Historia Antigua 1850

8/17/2019 Historia Antigua 1850

1/172


2/172


3/172

\z


4/172

B I B L I O T E C U N I V E R S I D D D E M L G

6 1 0 4 3 9 5 4 0 9


5/172

HISTORIA A N T I G U A

P A R A I S O

DE LOS INSTITUTOS ¥ COLEGIOS DE SEGUNDA ENSEÑANZA.

P o r e l P r e s b í t e r o D o c t o r y C a t e d r á t i c o d e h i s t o r i a

D O N F E R N A N D O D E G A S T R O -

S e g u n d a e d i c i ó n c o r r e g i d a y m e j o r a d a .

M A D R I D :

1 8 5 0 .

imprenta que fue r s O p e r a r i o s , a cargo de I>. A nt on io C ub as ,

calle del Factor, mim.

9 .


6/172

Esta o bra es propiedad del autor.

A d e m a s d e e s t e h a y o tr o s d o s to m o s d e l m i s m o

au t o r co r r e sp o n d i e n t e s , e l u n o á l a H I S T O R I A D E LA

EDAD MEDIA y e l otro á l a d e l a H I S T O R I A M O D ER N A.

LO S to m o s s e v e n d e n j u n t o s ó s e p a r a d o s e n M a d r id

e n l a l i b r e r í a d e l a Publicidad, ca l l e d e l Co r r e o , y

e n la p o r t e r í a d e S . I s i d r o , c a l le d e T o l e d o .


7/172

Í N D I C E .

L E C C I Ó N

1.

a

N o c i o n e s p r e l i m i n a r e s .

1 .

Historia,

su

relación

con la

geografía

y la

cro

nología

I

2 .

Algunas ideas de cronología

3 . Eras principales

.

í.

Divisiones

mas

generales

de la

historia.

. . .

Desde la creación del mundo hasta la

fundación de Mioma

9 5 »

años antes de

Jesucristo

L E C C I Ó N

2 .

a

La c r e ac i ó n

5 . D i o s , la

creación,

el

primer hom bre hasta

Noé.

7

6 . ¡Soé

diluvio universal

7 .

Hijos

de Noé

dispersión

del

género humano.

.

8 .

Pueblos

que

pertenecen

á la

historia antigua.

.


8/172

IV

L E C C I Ó N 3 .

a

Los as i r ios .

9 . Oscuridad de la historia de esos pueblos. . .

1 0 . Historia de los asirios según los griegos. . .

1 1 . Historia de los asirios según las relaciones de

los judias.. '.

1 2 .

Gobierno y leyes de esos primeros pueblos. .

1 3 .

Sus costumbres.

L E C C I Ó N 4 .

a

. E g ip to .

Descripción geográfica del Egipto

Oscuridad de los'orígenes de este- pueblo, di

visión de su h istoria en periodos. . . . . .

Primer periodo.

Segundo

Tercero.

Civilización de los egipcio s .

L E C C I Ó N o / -

Los fen ic ios .

Situación geográfica de la Fenicia,'su estado

interior. . . . . . . . . . . . . . . . . .

Sidon y Tiro. . '

Ocupa ción p rincipal de los fenicios, sus a de

lantos en las artes .

Colonias de los fenicios

L E C C I Ó N 6 /

P r i m e ro s t i e m p o s d e l a G r e c i a .

2 4 .

Situación geográfica déla Grec ia. . . . . .

2 3 .

Primeros habitantes de la Grecia

2 6 . Colonias establecidas en la Grecia

2 7 .

El Areópago, el Anfictionado

u

1 5 .

1 6 .

1 7 .

1 8 .

1 9 .

. 2 0 .

2 1 .

h'.

2 5 .


9/172

V

¿ 8 . Origen de los oráculos é institución de los

juegos públicos

L E C C I Ó N 7 .

a

T i e m p o s h e r o i c o s d e G r e c i a .

2 9 . Tiempos heroicos.

2 9

3 0 .

Espedicion de los Argonautas

3 1 . Hércules y Teseo.

3 2 . Guerra de Tebas, los Epígonos

3 5 . Guerra y destrucción de Troya

3 4 .

Consecuencias, modo de hacer la guerra. .

5 5 .

Los Heraclidas, los Pelopidas y los Dorios. .

3 6 . Colonias griegas

L E C C I Ó N 8 .

a

. . . .

T i e m p o s h i s t ó r i c o s d e G r e c i a . — E s p a r t a .

5 7 . Estado de la Grecia.

'.. . . . . 5 5

3 8 .

Estado de Esparta, Licurgo ...

5 9 . Gobierno de Licurgo.'. . . . . . . . . . . .

4 0 .

Institución de los Eforos,

•41. Guerras de M ésenla..-. . .

4 2 . Conquista de la Arcadia y de la Argolida. . .

L E C C I Ó N 9 .

a

A t ena s ha s t a . l a s gue r r a s c on l o s p e r s a s .

4 5 . Abolición déla d ignidad real en Atenas.

. . . 5 9

4 4 . Institución del Arcontado

4 5 . Arcontado de Drucon. . . •

4 6 .

Arcontado de Solón.

4 7 . Su gobierno

4 8 . Com paración de Esparta con Atenas

4 9 .

Los Pisistra tidas. ......

5 0 .

Su calda.


10/172

V I

L E C C I Ó N 4 0 .

L o s p e r s a s .

5 1 . Origen del reino de los medos

4 5

5 2 .

Ciro el Grande

5 3 . Darío Hidaspes

8 4 . Gobierno y costumbres de los antiguos persas.

5 5 . Religión de los persas

L E C C I Ó N 1 1 .

G r e c i a y P e r s i a . — G u e r r a s m é d i c a s .

5 6 . Causas y épocas notables délas guerras mé

dicas

4 0

5 7 . Su historia en cada una de estas épocas. . .

5 8 . Su fi.ii.

5 9 . Hom bres célebres de la Grecia du rante estas

guerras

L E C C I Ó N 1 2 .

G u e r r a d e l P e l o p o n é s o , g u e r r a d e T o b a s .

6 0 . Caicsas de la guerra del Peloponéso Sí

6 1 .

Acontecimientos de la guerra

6 2 .

Hom bres célebres durante la guerra del Pelo

ponéso

6 5 . Los treinta tiranos

6 4 .

Mu erte de Sócrates

6 5 . Retirada de los diez mil, campa ña de A gesilao

en Asia

6 6 . Guerra de Tebas con Esparta

L E C C I Ó N 1 3 .

F i li p o d e M a c e d o n i a . — A l e j a n d r o .

6 7 . Principios del reino de Macedo nia

6 0

6 8 . Filipo

Oü.

Guerra sagrada

http://fi.ii/http://fi.ii/


11/172

V I I

7 0 .

Estado de la Persia 6 2

7 1 .

Alejandro . . .

7 2 . Sus espediciones y conquistas

7 5 .

Fin de Alejandro

L E C C I Ó N 1 4 .

D e s m e m b r a c i ó n d e l i m p e r i o d e A l e j a n d r o .

7 4 . Consecuencias de la muerte de Alejandro. .

. 6 b

7 5 . Grecia y Maced onia

7 6 .

Siria

7 7 . Egipto

esde l a f u n d a c i ó n d e R o m a e n 7 52 a ñ o s a n t e s de

J e s u c r i s t o h a s t a e l I m p e r i o .

L E C C I Ó N 1 5 .

R o m a e n t i e m p o d e l o s r e y e s .

7 8 . Italia, orígenes del pueblo romano

7 9 . Numa Pompilio

8 0 .

Tuto Hoslilio

8 1 . Anco Marcio

8 2 .

Tarquino Prisco, ó el Ma yor

8 5 . Servio Tulio

8 4 . Tarquino el Soberbio

8 5 . Constitución politica de Rom a durante los

reyes

L E C C I Ó N 1 6 .

L os c óns u l e s , e l t r i buna d o ba s t a l o s d e c em vi r os .

8 6 .

Creación del consulado,

8 7 .

Guerras

7 7


12/172

V I I I

8 8 .

Alteraciones p or causa de las deudas

8 9 . Creac ión de un dictador. . . .......

9 0 .

Creación del tribunado

9 1 .

Primeras adqu isiciones de los tribunos. . . .

L E C C I Ó N 1 7 .

E l d e cena y i r a to , con qui s t a d e l a I t a l i a .

9 2 .

Ley Ter entila.

. 8 3

9 3 . Los Decem viros

9 4 . Nuevas adquisiciones de los plebeyos

9 5 . Sus consecuencias

9 6 . Conquista de la Italia

L E C C I Ó N 1 8 .

G u e r r a s p ú n i c a s .

9 7 . Fundación y gobierno de Cartago

8 7

9 8 .

Historia de Sicilia

9 9 . Primera guerra púnica

1 0 0 . Segunda guerra púnica , .........

L E C C I Ó N 1 9 .

G ue r r a s d e l o s r om a nos en G r ec i a y en A s i a .

F i n d e l as g u e r r a s p ú n i c a s .

1 0 1 . Principio de las guerras délos romanos en

la Grecia

9 2

1 0 2 . Guerra de losromanoscon Anlioco el Grande.

1 0 5 . Tercera guerra púnica

1 0 4 . Consecuencias de estas guerras

L E C C I Ó N 2 0 .

R e vo l uc ión d e lo s G r a c os ha s t a l a c ons p i r a c i ón

d e C a t i l i na .

1 0 5 . Estado de Rom a.

1 0 0 . Tiberio Graco.. .

9 5


13/172

I X

' 1 0 7 .

Cayo Graco ¡

1 0 8 . Guerras de Yugurta

1 0 9 . Guerra social ,

1 1 0 . Rivalidad entre M ario y Sila. . .

1 1 1 . Dictadura de Sila

L E C C I Ó N 2 1 .

C on j u r ac i ón d e G a t ü i na ha s t a la m ue r t e d e

C é s a r .

1 1 2 . C on ju ración de C atilin a. . . . . . . 1 0 1

1 1 5 . Primer triunvirato

1 1 4 . Rivalidad entre César y Pom peyo

US. Guerra civil

1 1 6 . César señor de Rom a.

1 1 7 . Muerte de César

L E C C I Ó N 2 2 .

S e g u n d o t r i u n v i r a t o h a s t a l a b a t a l l a d e A c t i u m .

1 1 8 . Segundo triunvirato 1 0 S

1 1 9 . Batalla de Filipos. ....... .

1 2 0 . Desavenencias entre Octavio y Antonio. . . .

1 2 1 .

Batalla de Actium . ..........


14/172

X

El imperio.

L E C C I Ó N 2 3 .

A u g u s t o y l o s e m p e r a d o r e s d e s u c a s a .

1 2 2 . Augusto primer emperador 1 0 9

1 2 5 . Siglo de Augusto

1 2 4 . Nacimiento de Jesucristo

1 2 5 . Tiberio

1 2 6 . Calígula

1 2 7 .

Claudio

1 2 8 . Nerón

L E C C I Ó N 2 4 .

De sd e G a lba h as t a los Antón imos .

1 2 9 . Galba , Otón, Vitelio

.

Hi

1 5 0 . Vespasiano

1 5 1 . Tito

1 5 2 . Domiciano

1 3 5 . Nerva

1 5 4 . Trajano

1 5 5 .

Adriano . . •

L E C C I Ó N 2 5 .

L os A n t on i nos . A na r qu í a m i l i t a r ha s t a

ü i o c l e c i a n o .

1 5 6 . Antonino Pio. .

1 5 7 . Ma rco Aurelio. .

1 5 8 .

Comodo Antonino

1 1 8


15/172

X I

1 3 9 . He lvio Perlinax, el imperio en venta. . . .

1 4 0 . Despotismo militar

1 4 1 .

Desde Caracalla y Geta hasta Diocleciano. .

L E C C I Ó N 2 6 .

Dioc l ec iano has ta Cons tan t ino .

1 4 2 . Diocleciano 1 2 2

1 4 3 . Mu danzas introducidas por Diocleciano. . •

1 4 4 . Guerras con diferentes pueblos

1 4 5 .

Abdicación de los dos Augustos

1 4 6 .

Constancio y Galeno

L E C C I Ó N 2 7 .

Constan t ino y sus h i jos .

1 4 7 . Constantino

» 1 2 6

1 4 8 . Mu danzas introducidas por Constantino. . .

1 4 9 . Funda ción de Constantinopla

1 3 0 . Resum en d el reinado de Constantino

1 5 1 .

Sus hijos

L E C C I Ó N 2 8 .

J u l i a n o h a s t a T e o d o s i o e l G r a n d e .

1 5 2 .

Juliano 1 3 1

1 5 5 .

Joviano

1 5 4 . Velentiniano I

1 5 5 .

Graciano

L E C C I Ó N 2 9 .

T e o d o s i o e l G ran d e h as t a l a ca i d a d e l i m p e r i o

r o m a n o .

1 5 6 .

Teodosio el Grande 1 3 4

1 5 7 . Honorio

1 5 8 .

Yalenliniano

1 5 9 . Ruina del imperio de Occidente


16/172

X I I

L E C C I Ó N 3 0 .

E l Cr i s t i an i sm o e n los cu a t ro p r im e ros s ig los

d e l a I g l e s i a .

1 6 0 . Siglo primero

1 5 8

1 6 1 .

Siglo segundo.

1 6 2 .

Siglo tercero.

1 6 5 .

Siglo cuarto

L E C C I Ó N 3 1 .

L a E s pa ña d e s d e s u o ri g en ha s t a l a c a i d a

d e l i m p e r i o .

1 6 4 . Primeros tiempos de la España.

I

4 2

1 6 5 .

España cartaginesa.

1 6 6 . España romana hasta Augusto

1 6 7 .

España romana hasta las invasiones


17/172


18/172

M O D I

de un cuadro sinóptico para que con arreglo á él se e

clase, cuando salieren al encerado , comparando la L

A Ñ O S A N

T E S D E J. C.

ASIA ÁFRICA

264

Ant ioco I I Theos , r ey d e

S i r ia .

P r ime ra gue r ra pún ica .

256 La Pe rs ia se s e para d e

la Siria.

R égulo hace la gue rra

en África.

218

T o m a d e S ag u n t o . S e gún

da gue r ra pún ica .

210

Fin d e l as gue r ras d e An

tioco I I I e l G rand e con

los Pe r sas .

Escipion se apod e ra de ,

Car tago .

201

Guerra de Ant ioco I I I

con los R om anos.

Batal la de Zama. Fin de S

la segunda guerra pú

nica.

JMuer te de Anibal .


19/172

B E L O

se ejerciten los discípulos, ya privadamente, ya en la

la Historia por a ñ o s , por r e i n a d o s , por s iglos ó por é poc a s .

ca.

¡rra

GRECIA

Poder de Ant igono en

Grecia .

Arato gefe de l iga

aquea .

1-ìuerra

de las dos ligas,

aquea y etolia.

t

de F i lopemen gefe de la l i -

—

ga aque a .

pú-

S e g u n d a g u e r r a d e F i l i -

po I I I d e Macedon ia

con los R om anos. .

Muer t e d e F i lopemen .

ROMA

Primera guerra púnica .

R ég ulo pasa al Africa.

Anibal en I ta l ia .

La S icil ia re d ucid a á

provinc ia Romana.

F in d e la s e gund a gue r

ra púnica.

Muer te de Esc ipion e l

Africano.

A N O S A N -

T E S

D E

, 1 .

C .

4

83


20/172


21/172

HISTORIA A N T I G U A

I L e c c t o i s 1 .

a

N O C I O N E S P R E L I M I N A R E S .

1 . Historia, su relación con la geografía y la cronología.

2 . Algunas ideas de cronología.

5 .

Eras principales.

4 . Divisiones m as generales de la historia.

1 .

Historia , su relación con la geografía y

la cronología.—

H i s to r ia e s la n a r r a c i ó n v e r d a d e

r a d e s u c e s o s ó c o s as m e m o r a b l e s p a r a e n s e ñ a n

z a y r e c r e o d e l h o m b r e .

Co m o to d o su ce so h a d e h a b e r s e v e r i f icad o e n

a l g ú n lu g a r y e n d e t e r m i n a d o t i e m p o , s e s i g ue d e

aq u i q u e h ay d o s c i e n c i a s co m o p r i n c i p a l m e n t e

au x i l i a r e s d e la h i s t o r i a , q u e son l a

geografía

q u e

n o s d a á co n o ce r e l p u n t o d e l a t i e r r a d o n d e h a su -


22/172

2

c e d i d o e l h e c h o , - y la cronología q u e no s fija e l

s ig lo , e l año y aun e l d i a en que suced ió ó s e c r e e

d e b i ó d e s u c e d e r .

2 . Algunas ideas de cronología.— L a c r o n o

l og ía a d e m a s d e d i v id i r e l t i e m p o , le m i d e : c o n

v i e n e , p u e s , s a b e r l a s p r i n c ip a l e s m e d i d a s d e l

t i em po pa ra ap l i c a r l as lu e go á l a h i s to r i a . La s

p r i n c i p a l e s m e d i d a s d e l t ie m p o co n r e l ac i ó n á l a

h is tor ia son: e l periodo, la época, la e r a , e l siglo,

e l

lustro,

e l

año,

e t c .

Periodo, e n l a h i s t o r i a u n i v e r sa l e s e l t i e m p o

q u e h a ta r d a d o la e s p e c i e h u m a n a e n r e c o r r e r c i e r t o

n ú m e r o d e s u c e s o s q u e c o n s t it u y e n u n o r d e n d e id e a s

y d e c o sa s c o m p l e t o . - E n e s t e c o n c e p t o l a h i st o ri a

u n i v e r s a l s e d i v i d e e n t re s p e r i o d o s q u e s o n :

'1 .° H is tor ia antigua d e s d e l a c r e a c i ó n d e l

m u n d o h a s t a e l a ñ o 4 7 6 d e l a e r a c r i s t i a n a .

2 . ° Edad media d e s d e 4 7 6 h a st a ' 1453 .

3 . ° H i s to r ia

moderna

d e sd e '1 4 5 3 h as t a -178 9 .

C a d a p e r io d o s e s u b d i v i d e e n é p o c a s ; y

época

e s e l e s p a c i o d e t i e m p o c o m p r e n d i d o e n t r e d o s

a c o n t e c i m i e n t o s n o t a b l e s , q u e s i r v e n a l a v e z d e

p u n t o d e p a r a d a ó d e s c a n s o , y d e p u n t o d e p a r t i d a

p a ra s e g u i r co n t an d o l o s su ce so s , y d e c l av e p a r a

e sp l i ca r los .— El pe r iod o d e l a h i s to r i a an t igu a s e

d i v i d e e n t r e s ép o cas , q u e so n :

•1 .

a

De sd e l a c r e ac ión has ta la fundac ión d e

l i o r n a e n 7 5 3 .


23/172

— 3 —

2 . " D e s d e la f un d a ció n d e R o m a e n 7 5 3 h a s

t a e l i m p e r i o ó J e s u c r i s t o , p r i m e r a ñ o d e l a . e r a

c r i s t i a n a .

3 .

a

D e s d e J e s u c r i s t o h a s t a la c a i d a d e l i m p e r i o

r o m a n o e n 4 7 6 .

3 . Eras principales.

— L a e r a s u e l e c o n f u n

d i r s e con l a época , p e ro s e d i s t inguen . .Cra e s e l

p u n t o d e s d e d o n d e e m p i e z a n á c o n t a r s e l os a ñ o s

d e e x i s t e n c i a h i s t ó ri ca c i e r t a d e u n a n ac i ó n . Las

e r a s m a s n o t a b le s s o n : la d é l a s Olimpiadas, la

íle la fundación d e Roma, l a d e Nabonasar, la

d e l o s

Seleucidas,

la d e

Dionisio,

la

Hispana,

la

Cristiana y la Regirá.

La e r a d e l a s Olimpiadas t r ae su o r igen d e l a

G r e c i a , e n e l e s ta b l e c i m i e n t o d e lo s j u e g o s l l a

m a d o s o l í m p i c o s , p or qu e , s e c e l e b r a b a n e n O l im

p i a , c i u d a d d e la E l i d a ; d a n d o p r in c i p io p o r a q u e

lla en que sa lió ve nc e d or Co re bo , e l 19 d e ju l io

d e l añ o 7 7 6 an t e s d e J . C . La d u rac i ó n d e cad a

O l i m p i ad a son cu a t ro añ o s .

L a e r a Romana v i e n e d e la f un d a c i ón d e R o m a

e l 2 1 d e ab r i l d e l añ o 75 3 an t e s d e . 1 . C .

L a e r a d e

Nabonasar,

l o m a d a d e q u e á e s t e

r e y s e le co n s i d e r a com o e l f u n d ad o r d e l r e i n o

d e Ba b i l o n i a , t ie n e su p r i n c i p io e n e l 2 6 d e f e

b r e ro d e l añ o 7 4 7 an t e s d e J . C .

La e ra d e lo s Seleucidas lo m ad a d e l a d v e n i

m i e n t o d e S e l e u co N i ca t o r a l t ro n o d e Bab i l o n ia ,


24/172

— —

y l l a m a d a t a m b i é n e r a Alejandrina, d e lo s g r i e

gos ó d e los co n t ra tos , tuvo p r in c ip io e n e l e s t io

d e l a ñ o 3 1 2 a n t e s d e J . C .

L a e r a hispana v i e n e d e l a t ot al co n q u i s t a d e

l a E sp añ a p o r A u g u s t o e l añ o 3 9 an t e s d e J . C .

y e m p e zó e l 1.° d e e n e ro d e l añ o s i g u i e n t e . — E s t a

e r a q u e d ó a b o l i d a p o r a u t o r i d a d p ú b l i c a e n C a t a

l u ñ a e n 11 8 0 , e n A rag ó n e n 1 3 5 0 , e n V a l e n c i a

e l a ñ o d e 1 3 5 8 , e n C a s ti ll a e l 1 3 9 3 , y e n P o r t u

g a l e l 1 4 1 5 ó 2 2 , su s t i t u y én d o l a l a c r i s t i an a .

L a e r a cristiana l l a m a d a a s i d e l n a c i m i e n t o

d e J . C , e m p i e za e l m i sm o añ o e n q u e n ac i ó ,

s ie n d o e l q u e c o r re e l d e 1 8 5 0 : e sta e r a s e c o -

n o c e t a m b i é n con lo s n o m b r e s d e e r a d e l a E n c a r

n ac i ó n , v u l g a r , co m ú n ó d e D i o n i s i o .

L a hegira e s la h u i d a d e M a h o m a d e la Meca á

Medina, e l 1 6 d e j u l i o d e l añ o 6 2 2 d e l a e r a

c r i s t i a n a .

Siglo e s la d u r a c i ó n d e c ie n a ñ o s .- L u s t r o d e

c i n c o .

Año c o m ú n d e 3 6 5 d i a s . - L o s h e c h o s d e l a

h i s t o r ia an t i g u a s e cu e n t an d e d o s m o d o s , ó p o r

lo s a ñ o s q u e i b a n t r a s c u r r i d o s d e s d e la c r e a c i ó n ,

ó por los qu e fa l tab an ha s ta J . C . Los profe sore s

d e b e n h a c e r c o m p r e n d e r e s t o c o n e j e m p l o s .

4 .

D ivisiones mas generales de la historia.—

La h i s t o r i a s e d i v i d e :

1.° Po r razón d e t i e m po , en

antigua,

d e l a

edad media y moderna ( n . 2 ) .


25/172

— 5 —

S¡.° Po r su m at e r i a , en sagrada y profana.

3 . ° Po r su fo rma e n va r i a s c l ase s como se

d i r á .

4° Por su e s t en s ion e n particular y general.

H i st o ri a s a g r a d a d e l antiguo Testamento, e s la

h i s t o r i a d e l p u e b l o h e b r e o r e v e l ad a p o r D i o s á su s

p ro fe t as .

H i st o ri a s a g r a d a d e l Nuevo Testamento, e s la

h i s to r i a d e J e s u c r i s t o y d e l e s t a b l e c i m i e n t o d e l a

ig l e s i a r e ve lad a por D ios á los Ev an ge l i s t as y á lo s

A p ó s t o l e s .

H i st o ri a eclesiástica e s la q u e c u e n t a la p r o p a

g ac i ó n , e s t ad o y v i c i s i t u d e s d e ¡a I g l e s i a h a s t a

n u e s t r o s d i a s .

H i st o ri a

profana

e s l a nar ra c ió n d e tod os los

su ce so s m as m e m o rab l e s r e l a t i v o s al o r d e n so c i a l,

y q u e s u e l e t o m a r l a s d e n o m i n a c i o n e s d e política,

civil, literaria, militar, e t c .

La h i s to r i a po r razó n d e sus fo rmas r e c ibe lo s

n o m b r e s d e C r ó n i c a , A n a l e s , D é c a d a s , E f e m é r i

d e s y M e m o r i a s .

Crónica e s la r e l ac i ó n co n t e m p o rán e a y c i r cu n s

t a n c ia d a d e un r e i n a d o ó d e o tr os h e c h o s c u a l e s

q u i e r a , g u a r d a n d o u n o r d e n e s t r i c t a m e n t e c r o n o

lógico .

Anales son l as h i s to r i a s e sc r i t a s po r añ os .

Décadas s e ap li ca á la r e l ac i ó n d e su ce so s ac ae

c i dos en e l e spac io d e d i e z años .


26/172

— 6

Efemérides son l os ap u n t e s e n q u e s e an o t an

por c l i as ó po r s emanas los suce sos .

L as

Memorias

co n t ie n e n l a r e l ac i ó n d e c i e r t o s

h e ch o s q u e s i rv e n p a ra fo rm ar l a h i s t o r i a , ó i l u s

t r a r l a .

F i n a l m e n t e l a h i s t o r i a p o r su e s t e n s i o n s e d i v i d e

en general

Y

particular. G e n e r a l e s l a q u e s e

o cu p a d e l a h i s to r i a d e t o d o s lo s p u e b l o s , p a r t i c u l a r

l a q u e t r a t a d e a l g ú n p u e b l o ó s u c e s o d e t e r m i n a d o ,

y particular-biográfica d e a l gú n i n d i v i d u o .


27/172

D e s d e l a c r e a c i ó n d e l m u n d o h a s t a l a f u n d a c i ó n d e R o m a

752 ai íos

a n t e s d e J e s u c r i s t o .

¡ L e c c i ó n 3 .

a

L A C R E A CI ÓN H A S T A E L D I L U V I O .

5 . D i o s , la creación, el primer hombre hasta Noé.

6 . Noé, diluvio universal.

7 . Hijos de Noé, dispersión del género hum ano.

8 .

Pueblos que pertenecen ala historia antigua.

5 . D i o s , la creación , el primer hom bre has

ta

Noé.—

EXISTE UN

D I O S . . .

E s t e e s e l p r im e r h e

c h o p o r d o n d e d e b e e m p e z a r la h i st o ri a g e n e r a l

d e l a s n a c i o n e s , p o r q u e u n a v e z n e g a d o , n o p u e d e

c o n c e b i r s e q u e h u b i e r a c r e a c i ó n , n i m u n d o , n i

h u m a n i d a d , n i h i s t o r ia ; c r e í d o y c o n s i g n a d o , t o

d o s e h ace y a p o s i b l e , y to d o se e n t i e n d e y s e

e s p l i c a p e r f e c t a m e n t e . V e a m o s c ó m o :

« En e l p r i n c i p i o , d i c e n l o s l i b ro s s ag rad o s ,

c r ió D ios e l c i e lo y l a t i e r ra ,» y d e spu és d e ha

be r c r i a d o tod o cua n to e n e l c i e lo y e n l a t i e r ra


28/172

— 8 —

e x i s t e , d i jo : « H a g a m o s a l b o m b r e á i m a g e n y

s e m e j a n z a n u e s t r a . » F o r m ó t a m b i én u n a m u g e r

p a r a e l h o m b r e , q u e s e l la m ó E v a . E c h ó l e s s u

b e n d i c i ó n y l o s p u so e n u n p a ra í so d e d e l i c i a s

con p roh ib ic ión d e com e r e l f ru to d e l á rb o l d e l a

c i e n c i a d e l b i e n y d e l m a l . N u e s t r o s p r i m e r o s

p a d r e s A d á n y E v a , q u e b r a n ta r o n e s te p r e

c e p t o : e l S e ñ o r l e s ca s t i g ó y l e s e ch ó d e l Pa ra í so .

- E l a ñ o s e g u n d o d e l a c r e a c i ó n l e s n a c i ó e l p r i

m e r h ij o q u e s e l lam ó C a i n , y e l t e r c e r añ o , A b e l ,

aq u e l fue ag r i cu l t o r , y e s t e p a s t o r . Ca i n m a t ó á

s u h e r m a n o A b e l p o r e n v i d i a d e s u v i r t u d ( 1 2 9 ) .

Ca in tuvo un h ijo qu e s e l l am ó En oc h . A d án

tuv o o t ro h i jo qu e se l lam ó S e t (130 ) , y e s t e á

E n ó s ( 2 3 5 ) .

D e su e r t e q u e Ca i n y En o ch p o r u n a p a r t e , S e t y

Enós por o t ra , fu e ron los ge f e s d e l as dos g rande s

divisiones i n t r o d u c i d a s e n l a f am i lia d e A d á n , y

co n o c i d a l a p r i m e ra co n e l n o m b re d e h i j o s d e l o s

h o m b r e s p o r p e c a d o r e s , y l a s e g u n d a c on e l d e

h i j o s d e D i o s p o r c r e y e n t e s .

6 . Ñoé, diluvio universal.— A l cab o d e 9 8 0

años se mezclaron los h i jos de Dios con las h i jas

d e l o s h o m b r e s , y v i e n d o D i o s s e r m u c h a l a m a

l ic ia d e e s t o s , l la m ó e n 1 6 5 5 á N o é , v a r ó n r e

lig io so y j u s t o , d e s c e n d i e n t e d e S e t , c on o b je t o

d e q u e f ab ric a se u n a e m b a r c a c ió n d o n d e s e e n

c e r r a s e n é l , su f am i li a y d o s an i m a l e s d e ca d a


29/172

— 9 —

e s p e c i e , m a c h o y h e m b r a , p a r a q u e d e s p u é s

d e l d i luv io d e agu as con qu e iba á ca s t iga r a l

g é n e r o h u m a n o , s e r e p o b l a s e e l m u n d o .

E l d i l u v i o su ce d i ó e l añ o 1 0 5 6 ro m p i én d o s e t o

d a s l a s f ue n t e s ó d e p ó s i to s d e l g r a n d e a b is m o d e

l o s m ar e s , ab r i én d o s e l a s ca t a r a t a s d e l c i e l o y l l o

v i e n d o s o b r e l a t i e r r a c u a r e n t a d i a s co n c u a r e n

ta n o ch e s . T o d o cu a n t o e n l a t i e r r a t ie n e a l ie n t o

d e v i d a , t o d o p e r e c i ó .

C u a n d o e m p e z a r o n á m e n g u a r l a s a g u a s , e l a r

c a p o s ó s o b r e e l m o n t e A r a r a t e n la A r m e n i a :

y l u e g o q u e se h u b o s e cad o t o d a l a su p e r f i c ie

d e l a t i e r ra , sa l i e ron d e l A rca Noé y su fami l i a ,

p a r a c r e a r , m u l t ip l i c a r s e y p o b l a r la t i e r r a s e

g ú n l a b e n d i c i ó n d e D i o s .

7 . H ijos de Noé , dispersión del género hu

mano.

—Eran, p u e s , los h i jos d e No é , S e m , Cl iam

y J a p h e t , q u ie n e s d e s p u é s d e a lg ú n t ie m p o b a

j a n d o d e l a s a l t u r a s d e l A r a r a t , s e s i t u a r o n á l a

f a l d a d e l m o n t e e n l a s f é r t i l e s l l an u ra s d e S e n n aa r ,

d o n d e h a b i é n d o s e p r o p u e s t o e d i f i c a r u n a c i u d a d

y u n a t o r r e d e so b e rb i a a l t u r a , e l S e ñ o r co n fu n

d ió su l e ng ua y d e sd e al lí lo s e spa rc ió po r tod as

l as r e g i o n e s ( 1 8 0 0 ) . N o é h a b i e n d o v i v i d o 3 5 0

a ñ os d e s p u é s d e l d i l u v i o , m u r i ó e l 2 0 0 6 .

L o s d e s c e n d i e n t e s d e S e m p o b l a r o n e l A s i a ,

l o s d e J ap h e t l a Eu ro p a , y l o s d e C l i am e l Á f r i ca .

8 . Pueblos que pertenecen á la historia an—


30/172

_ 10 —

ligua.—Los he b r e os . Los as i r ios : so bre l as ru in as

d e l p r i m e r i m p e r i o d e A s i r í a se l e v a n t a r o n l o s b a

b i l o n i o s , n i n i v i l a s y m e d o s .

Lo s e g i p c i o s , l o s f e n i c i o s , p e r sa s , g r i e g o s , m a-

c e d o n i o s , c a r t a g i n e s e s y r o m a n o s . A l a m u e r t e

d e A l e j a n d r o s e d i v id e e l i m p e r i o d e M a c e d o n i a

e n t r e su s g e n e r a l e s e n l o s cu a t ro r e i n o s s i g u i e n t e s :

M a c e d o n i a , T r a c i a , S i ri a y E g i p t o .

R o m a a b s o r v i e n d o e n sí t od o s e s to s d i f e r e n t e s

e s t a d o s , f or m a l a u n i d a d d e l m u n d o r o m a n o q u e

c a e e l a ñ o 4 7 6 d e la e r a c r i s t ia n a , p o r l a i n v a

s ión d e lo s pueb los d e l Nor t e .

I L e e c I o r a 3 » .

a

L o s A S I R I O S .

9 . Oscuridad'

ele

las historia de esos pueblos.

1 0 .

Historia de los asirios según los griegos.

1 1 . Historia de los asirios según las relaciones de los ju

díos.

1 2 .

Gobierno y leyes de esos primeros pueblos.

1 5 . Sus costumbres.

9 . Oscuridad de la historia de esos pueblos.

— Lo s as i r ios e s t ab an s i tuad os e n e l As ia y los

e g i p c io s e n Á fr ic a . P e r o r e i n a t a l o s c u r i d a d é i n -

c e r l i d u m b r e e n l a h i s t o r ia d e e s o s p u e b l o s , q u e s e


31/172

_ H _

i g n o ra si e l n o m b r e d e a s i rl o s e s e l d e u n p u e b l o

e s p e c i a l , ó s i e s e l n o m b r e g e n é r i c o d e u n a c o

m a r c a d e g r a n d e e s t e n s i o n , q u e c o m p r e n d i e s e e n

s í d i f e r e n t e s p u e b l o s , i g n o r á n d o s e n o m e n o s q u i é

ne s e ra n los bab i lon ios y los ca l d e os , y cóm o se

f u n d a r o n e s o s g r a n d e s i m p e r i o s , c u y a s r i q u e z a s ,

lu jo y s u n t u os i d a d n o s a s o m b r a n b o y i ü a . - L o s

g r ie g o s e n t e n d í a n b ajo e l n o m b r e g e n e r a l d e

a s i ri o s e l p u e b l o q u e d o m i n ab a e n l a s co m arc as

e n t r e e l Eu f r a t e s y e l T i g r i s an t e s d e C i ro ; p e ro

lo s j u d í o s a l c o n t r a r i o , d e s i g n a b a n c on e s t e n o m

b r e u n p u e b lo p a r t i c u l a r , c o n q u i s ta d o r y f u n d a

d o r d e u n i m p e r i o .

'10. H istoria de los Asirios según los grie

gos—Be su e r t e q u e l a h i s t o r ia d e A s i r í a s e g ú n

l a s r e l a c i o n e s d e l o s g r i e g o s , y p a r t i c u l a r m e n t e d e

C te s ia s y d e H e r o d o í o , c o n s is te s o l a m e n t e e n s i m

p le s t r ad i c io n e s s in n i n g ú n o r d e n c r o n o ló g i c o s o

b r e a l g u n o s h é ro e s y h e ro í n as q u e fu n d a ro n an

t i g u a m e n t e g r a n d e s i m p e r io s e n t r e e l T i g r is y e l

Euf ra t e s ; p e ro todas son puras t r ad ic iones do gus to

o r i e n t a l .

A l l í s e h ab l a d e l a s g r an d e s co n q u i s t a s d e N i ñ o

h as t a l a Bac t r i an a y l a I n d i a , d e l a co n s t ru cc i ó n d e

N í n i v e s o b r e e l T i g r is , c i u d a d f a m o sa , c u y a c i r

c u n fe r e n c ia e r a d e v e i n t e l e g u a s , s u s m u r a l l a s

d e c ie n p ie s d e e l e v a c i ó n y s u s m il y q u i n i e n

t as t o rr e s d e d o s c i e n t o s . - S e c u e n t a n t a m b i én l a s


32/172

— 12 —

h a z a ñ a s d e s u m u g e r S e m í r a m i s q u e , s uc e d i én —

dolé en e l impe r io s e p ropuso a lcanzar mas g lo r i a

q u e s u m a r i d o v i s it a n d o s u s e s t a d o s , s o m e t ie n d o

d i f e r e n t e s p a í s e s y c o n s t r u y e n d o l a g r a n c i u d a d d e

B a b i l o n i a d e v e i n t i c u a t r o l e g u a s d e c i r c u n f e r e n c i a

c o n c ie n p u e r t a s d e b r o n c e , c o n u n p u e n t e d e 1 2 4

p i e s y dos pa lac ios á lo s dos e s t r enuos d e l a c iudad ,

q u e c o m u n i c a b a n p o r u n a g a l e r í a s u b t e r r á n e a , l a

cua l p asa ba por d e ba jo d e l r io . No son e s tos so

l o s ,

d i ce n , los m o n u m e n to s d e S e m í ra m i s ; t a m

b i én fue ro n o b ra su y a e l te m p l o d e Be l o d o n d e

h a b i a t r e s e s t a t u a s co lo sa le s d e o ro , u n l ag o d e

v e i n t e y u n a l e g u as d e c i r cu n f e r e n c i a : u n o b e l i s co

d e 1 2 0 p i e s , y i os fam o so s j a r d i n e s co l g a n t e s .

Ú l t im a m e n t e , s e c u e n t a q u e d e s p u é s d e h a b e r

p a s a d o e s t e i m p e r i o p o r l a d o m i n a c i ó n d e u n a s e

r i e l a r g u ís i m a d e r e y e s a b a n d o n a d o s á lo s p l a c e

r e s , p e r e c i ó e n S a r d a n á p a l o , c o n s p i r a n d o c o n t r a

é l lo s bab i lon ios y los m e d os e n e l año 7 5 9 an t e s

d e J e s u c r i s t o .

1 1 .

Historia de los asirios según las relacio

nes de los judíos.— S abe m os p o r l a s a g r a d a E s

c r i t u r a q u e á lo s 1 5 0 a ñ o s d e s p u é s d e l d i l u

vio , Nembrot (qu e e s e l Be l o d e l os h i s t o r i a

d o re s p ro fanos) , n i e lo d e Cham , fundó la c iud ad

d e Bab i l o n i a so b r e e l E u f r a t e s , y q u e A su r , h ij o

d e S e m , á l a o ri ll a d e l T ig r i s , á N ín ive , cap i t a l

d e l i m p e r i o a s i r i o . - A l a m u e r t e d e N i n i a s , h i j o d e


33/172

— -13 —

N in o y d e S e m í r a m i s , h a s t a S a r d a n á p a l o , h a y e n

l a s t r a d i c i o n e s j u d í a s so b r e e s t o s p u e b l o s u n

v a c í o d e c e r c a d e o c h o c ie n t o s a ñ o s , al c a b o d e l

c u a l a p a r e c e n e n Salmanasar, r e y d e N í n i v e , l a s

g ra n d e s l u ch a s d e lo s j u d í o s co n l os n i n i v i t a s , e n

t é rm i n o s q u e e s e r e y s e a p o d e r ó d e S a m a r i a y

d i sp e r só p o r su s e s t ad o s l a s d i e z t r i b u s q u e co m p o

n í a n e l r e i n o d e I s r a e l , 7 2 1 a ñ os a n t e s d e J e s u

c r i s to .

D e s p ué s d e a lg ú n t i e m p o a p a r e c e N í n iv e d e s

t r u id a y m a n d a n d o B a b il on ia s o b re t od a la A s i

r í a , d i s ti n g u i é n d o s e e n t r e v a r i o s d e su s r e y e s

N a b o n a s a r , p o r h a b e r d a d o s u n o m b r e á l a e r a d e l

O r ie n t e , y N a b u c o d ò n o s or I I , q u e d e s t ru y ó á J e -

ru sa l e n , l l e v an d o cau t i v o s á Bab i l o n i a á l o s j u d í o s

h as t a l o s t i e m p o s d e l g r an C i ro , q u e e n e l r e i n ad o

d e Ba l t a sa r t o m ó á Bab i l o n i a y d e s t ru y ó e l s e g u n

d o i m p e r io a s i d o e n 5 3 8 a n t e s d e J e s u c r i s t o .

1 2 .

Gobierno y leyes de esos primeros pue

blos.--E l p r i m e r g o b i e rn o d e t od o s e s e l p a t r i a r c a l ,

p ro p i o d e l a i n fan c i a d e l a s so c i e d ad e s , y co m o

e l p a s o n a t u r a l q u e c o n d u c e a l e s t a b l e c i m i e n t o d e

la m o n a r q u í a . — L a s p r im e r a s m o n a rq u ía s d e b i e

ro n s e r m u y d éb i l e s y su t e r r i t o r i o m u y r e d u c i d o

p o r e l e s t a d o m i sm o d e a q u e l l a s s o c i e d a d e s . A s i

e s que los r eye s que c i t a l a Bib l i a , mas b i en que

r eye s en lo que hoy s ign i f i ca e sa pa lab ra , no e ran

r e a l m e n t e m a s q u e g e fe s ó c a be z a s d e t r i b u s . —


34/172

— 14 —

P r o b a b l e m e n t e l a d i g n i d a d d e r e y f u e e n u n p r i n

c ip io electiva, b u s c á n d o s e a l h o m b r e d e m a s f ue r

za y d e m a s i n g e n i o , p r e s e n t án d o s e l a su ce s i ó n

h e r e d i t a r i a co n e l t i e m p o , cu an d o l a s e l e cc i o n e s

f ue r o n o c as ió n d e t u r b u l e n c i a s y d e s ó r d e n e s .

En t r e l a s p r i m e ra s l e y e s e n l o d o s l o s p u e b l o s d e l

m u n d o figuran l a s r e l a t i v as a l m a t r i m o n i o , p o r

q u e p u e d e d e c i rs e q u e e l la zo ' n u p c i a l s e d e s c u

b r e d e s d e la fo rm a ció n d e la s s o c i e d a d e s . — E n

l os p u e b l o s an t i g u o s e l m ar i d o co m p ra b a á l a m u

g e r c on d i n e r o ó c on s e r v i c io s p e r s o n a l e s : d ie z

años d e e s t a ocupac ión cos tó á J ac ob e l ob t e ne r

á L i a , " y o t ro s d ie z á R aq u e l . En t r e lo s a s i ri o s l a s

j ó v e n e s se a d j u d i c a b a n al m e j o r p o s t o r . — A l as

l e y e s d e l m a t r i m o n i o s ig u e n la s d e s u c e s ió n y h e

r e n c i a s .

1 3 . Sus costumbres.—Con r e spe c to á l as cos

t u m b r e s s on d i g n a s d e e s p e c i a l m e m o r i a l a s r e l a

t ivas á los co nt ra tos , á los m e d ios d e t ras m i t i r la

h i s t o r ia y l a s l e y e s , y a l cu l to r e l i g i o s o . — A n t e s

d e l a i n v e n c i ó n d e la e s c r i t u r a , lo s m a t r i m o n i o s ,

t e s t a m e n t o s y to d a e s p e c i e d é c o n t ra t o s s e c e l e

b r a b a n d e v i v a v o z y e n p r e s e n c i a d e t e s t i g o s .

Las h i s t o r i a s j u d í a y g r i e g a n o s^o f r e c e n i n n u m e ra

b le s e j e m p l o s. O t r a s n a c i o n e s b á r b a r a s s e v a l ía n

para e l lo d e l cambio d e s ímbo los ge rog l í í i cos .

La poe s ía y e l can to fue ron los m e d ios por los

cua l e s l a t r ad ic ión o ra l con se rvó y p ropa gó los


35/172

— 1o —

h e ch o s h i s t ó r ico s y l a s l e y e s . E n t r e lo s p u e b l o s

b á rb a ro s so n l o s m o n u m e n t o s h i s t ó r i co s p i e d r a s t o s

c a m e n t e e s c u l p i d a s , t ú m u l o s ó m o n t o n e s d e t i e r r a .

E l cu l to r e l i g io so o cu p a un p u e s t o m u y d i s t i n

gu ido en t r e l as in s t i tuc iones p r imi t ivas d e lodos los

p u e b l o s ; p o rq u e e l s e n t i m i e n t o r e l i g i o so t i e n e h o n

d a s r a i c e s e n e l c o r a z ó n h u m a n o . E l h o m b r e p r i

m i t i v o co n oc ió l a e x i s t e n c i a d e D i os p o r l a t r a d i

c i ó n d e su s m ay o r e s , y p o r e l o r d e n u n i v e r sa l y e l

m e c a n i s m o d e la n a t u r a l e z a . A n t e s d e p o d e r s e fo r

m ar l a i d e a d e u n s e r i m p e rc e p t i b l e á l o s s e n t i d o s

y p u ram e n t e e sp i r i t u a l , e l s a l v ag e b u sc ó á D io s e n

aqu e l los ob j e tos v i s ib l e s cu ya benéf i ca in fluenc ia

s i e n t e y e sp e r i m e n t a á cad a p a so ; co m o e l so l , e l

fu e go y d e m á s c u e r p o s c e l e s t e s . — E l s ac e r d o c io

e n lo an t ig uo fue ca rg o p rop io d e l r e y ó ge f e d e l

p u e b l o ; p e ro e s l cn d i én d o s e l u e g o lo s i m p e r i o s , l os

m o n a r c a s d e l e g a r o n e s t e c a r g o ; s i e n d o s u s i n d i v i

d u o s l o s e n c a r g a d o s d e h a c e r la s l e y e s , a u m e n

t á n d o s e p o r e s t o l a v e n e r a c i ó n y r e s p e t o a l c a r á c

t e r s o c e r d o l a l .

Con r e spec to á l as a r t e s y á l as c i enc ias d e lo s

an t i g u o s , aq u e l l a s com o h ij a s d e la n e c e s i d ad fue ro n

l a s p r i m e ra s q u e s e co n o c i e ro n , e s t a s co m o su p o n e n

y a c o m o d i d a d y d e s a h o g o , v i n i e r o n d e s p u é s , s i e n

d o c u lt iv a d a s p o r los s a c e r d o t e s , y d e b i e n d o c o n

t a r s e e n t r e l a s p r i m e r a s l a a s t ro n o m í a y la m e

d i c i n a .


36/172

— 16 —

I L e e c i o n 4 . °

E G I P T O .

1 4 .

Descripción geográfica del Egipto,

lo . Oscuridad de los orígenes de este pueblo, división de

su historia en periodos.

1 6 . Primer' periodo.

1 7 .

Segundo.

1 8 . Tercero.

1 9 . Civilización de los egipcios.

MÍ.

Descripción geográfica del Egipto.— Este

pa i s s e ha l l a s i tuad o a l no r t e d e l Áf r i ca , su con s

t it u c ió n f ís ica e s m u y d e s i g u a l , p u e s m i e n t r a s

q u e l a s t i e r r a s d e l a s r i b e r a s d e l N i l o so n m u y f é r

t il e s y p r o d u c e n a b u n d a n t e s g r a n o s , e n lo d e m á s

d e l p a i s n o s e v e n m as q u e d e s i e r t o s d e a r e n a a l

o e s t e y m o n t añ as a l e s t e : l a s i n u n d ac i o n e s d e l N i

lo e m p i e zan á p r i m e ro s d e ag o s t o , y d u ra n h as t a

fine s d e o c t u b r e , d e m o d o q u e d u r an t e e so s t r e s

m e s e s , l a s p a r t e s d e l p a i s q u e h e m o s c i ta d o m a s

a r r i b a s e h a l l a n e n t e r a m e n t e c u b i e r t a s po r l a s

a g u a s . - D i v í d e s e e s e p a i s e n a lto E g i p t o ó Tebaida

d e s d e S i e n a h a s ta C h e m m i s, c a p it al

Tebas;

Eg i p t o

m e d i o ó Ileplanómida d e s d e C h e m m i s h a s t a C e r c a -

soro , capi ta l Menfis ; y Egip to infe r ior ó Delta,


37/172

. - 17 —

cap i t a l Sais. Mas a r r ib a d e l Eg ip to se ba i l a la

E t i o p i a .

1 5 . Oscuridad de los orígenes de este pueblo,

división de su historia en periodos.— T an i n c i e r

tos y tan oscuros son los or ígenes de la h is tor ia de

Eg i p t o co m o lo s d e la A s i r í a , co n s i s t ie n d o l a h i s

t o r ia p r i m i t i v a d e lo s e g i p c io s co m o l a d e lo s d e -

m a s p u e b l o s e n s ol as t r a d i c i o n e s . C o n s e r v á n d o s e

e s t as po r lo s eg ipc ios en una e sc r i tu ra geroglífica

in te l igible solo á algunos, y d if íci l por lo mismo de

co ns e rva rse s in a l t e rac ión , fu e aun m as d if íc il

cu an d o s e t r a t ó d e f o rm ar l a h i s t o r i a d e e s e p u e b l o

d a r co n l a v e r d ad e r a s ig n if icac ió n d e e so s s i g n o s .

La h i s t o r i a d o Eg i p t o s e d i v i d e e n t r e s p e r i o d o s

d e d e s i g u a l o s te n s i ó n ; e l p r i m e r o d e s d e lo s t ie m

pos m as an t iguos has ta S e sos l r i s , como 16 50 años

a n t e s d e J e s u c r i s t o ; — e l s e g u n d o d e s d o S e s o str is

h a s ta P s a m m c l ic o , d e 1 6 5 0 á 6 5 0 ; — y e l t e r c e r o

d e s d e P s a m m é l ic o h a s t a s u c o n q u is ta p o r lo s p e r

s a s (5 2 8 añ o s an t e s d e J e su c r i s t o ) .

1 6 . Primer periodo.— Me n e s, d i c e n lo s h i s

t o r i ad o r e s , q u e fue e l p r i m e r r e y d e Eg i p t o , ta l

vez e s e l Misrain d e l a E sc r i tu ra , hi jo d e Cham y

n i e to d e N oé . S e a como qu i e ra , la Bib l ia p in ta a l

Eg ip to como un e s t ad o f lo r ec i en t e y r i co á lo s i S O

a ñ o s d e s p u é s d e l d i l u v i o . — A la m u e r t e d o M e n e s

p a r e c e q u e e l E g i p t o s e d i vi d i ó e n c u a t r o d i n a s

t ía s , T e b a s , T h i s , E l e f an t in a y Mcn fis , e n cu y o

2


38/172

— 18 —

t i e m p o l l e g a ro n e so s p u e b l o s á u n a l t o g r ad o d e c i

v i l i zac ión .

M as l u e g o a p a r e c e c o n q u i s t ad o e l Eg i p t o pol

los Hicsos ó r e y e s p a s t o r e s , b an d i d o s p r o c e

d e n t e s d e l os d e s i e r t o s d e la E t io p ia , q u ie n e s d i

v i d i e ro n e l p a í s e n p ro v i n c i a s ó d i s t ri t o s l l am ad o s

nonios , e j e r c i e n d o u n p o d e r a b s o lu t o é i n d e p e n

d i e n t e p o r e s p ac io d e 2 5 9 a ñ o s , h a s ta

queTutmosís,

pr í nc ipe d e l a l to Eg ip to , v e nc ió á e sos régu los y

los ob l igó á r e fug ia r se e n S i r i a y Pa l e s t ina ; p e ro s e

i g n o ra n l os su ce so s o cu r r i d o s h as t a su d e s t ru cc i ó n

final p o r S e s o s t r i s . — D u r a n t e e s te p e r io d o r e i n a

ro n e n Eg i p t o l o s r e y e s

Faraones,

á q uie n e s s e

g ú n l a E sc r i t u r a v i s i t a ro n A b r ah am y Ja co b , d e

q u i e n e s fu e m i n i s t ro e l p a t r i a r ca Jo sé , e s t ab l e c i én

d o s e p o r e n t o n ce s e l p u e b l o h e b r e o e n l a t i e r r a d e

G e s s e n .

1 7 . Segundo.—Supónese que Sesostris v iv ió

por lo s años d e 4 6 5 0 an t e s d e J e su c r i s t o , q u e fo rm ó

d e to d o s aq u e l lo s e s t ad o s d i v id i d o s u n r e i n o co m p ac

to , y q u e l e g o b e rn ó co n su m a p o l í t i c a y ad m i rab l e

d e s t r e z a , d i s ti n g u i é n d o s e n o m e n o s p o r s u s g l o ri o

s a s c o n q u i s t a s , q u e p o r su a d m i n is t ra c i ó n i n t e

r i o r . — E s t e p e r io d o p a sa p o r s e r e l m a s f lo re c ie n

t e d e E g i p t o , c u y o s g r a n d e s m o n u m e n t o s f ue r on

c o n s t r u i d o s e n e s t e t i e m p o . — S i n e m b a r g o , a l a c a

b a r s e e s te p e r i od o e m p e z ó y a á d e c a e r la p r o s p e

r i d a d d e e s t e r e i n o , p u e s s e d i c e q u e u n c o n q u i s t a -


39/172

— 19 —

d o r e s t r a n g e r o , l l a m a d o Sabacon, l le g a d o d e l a

Et iop ia , som e t ió e l Eg ip to por a lgún t i e m po , ha s ta

• q u e u n s a c e r d o t e d e V u l c a n o , l l a m a d o S e l h o s , l e

•arro jó y us urp ó e l t ro no co nt ra la cas ta d e los

g u e r r e r o s , p o r l o q u e á s u m u e r t e n o c o n v i n i é n d o

s e e n la e l e c c ió n d e r e y , v o lv i e r o n á r e a p a r e c e r

los an t iguos

nomos, ó

m as b i e n s e d i v i d i ó e l Eg i p t o

e n d o c e e s t ad o s i n d e p e n d i e n t e s , c u y o r e i n a d o s e

conoce en l a h i s to r i a con e l nombre d e Dodedar—

quia. D u ra n t e e s t e p e r i o d o sa l i e ro n lo s i s r a e l i t a s

d e E g i p t o c o n d u c i d o s p o r M o i sé s, 1 4 8 7 a ñ o s a n -

i e s d e J e s u c r i s t o .

1 8 . Tercero.— E n e s t e t e r c e r p e r i o d o e l E g i p

to vo lv ió á fo rmar un so lo im pe r io ba jo P sa m m ét i -

co , cu y a cap i t a l f u e Me n f i s . D e sd e e s t a ép o ca e m

p i eza á tomar l a h i s to r i a d e Eg ip to c i e r to ca rác t e r

d e v e r d a d . E n e l r e i n a d o d e P s a m m é l i e o f u e r o n a d

m i t i d o s l o s e s t r a n g e r o s e n E g i p t o , p a r t i c u l a r m e n t e

lo s g r i e g o s , y a co m o so l d ad o s m e rc e n a r i o s , y a co

m o c o m e r c i a n t e s .

Ñecos (5 9 4 ) , h ijo d e P s am m ét i co , l e su ce d i ó ,

con qu i s t and o en e l As ia has ta e l Euf ra t e s ; h izo

t e n t a t i v as i n ú t il e s p a r a u n i r p o r m e d i o d e u n ca

n a l e l M e d i t e r r á n e o co n e l m ar R o j o . Po r o r d e n

d e e s t e p r í n c ip e e m p r e n d i e r o n y a c a b a r o n f e l i z

m e n t e lo s f e n ic io s e l v i a j e a l r e d e d o r d e u n a p a r

t e d e l Á f r i ca . — Lu e g o q u e l os p e r sa s co n q u i s t a ro n

á Bab i lon ia y e m pe zaron á e n t ra r en r e l ac ione s


40/172

• — 20 —

con los e g ip c io s ; e s tos d os pue b los s e h ic i e ron un a

g u e r r a á m u e r t e , q u e t uv o po r r e s u l t a d o s e r v e n c i

d o

Psammético,

e l ú l ti m o d e lo s f a rao n e s d e E g i p

to , p o r Cam b i s e s , h i j o d e C i ro (5 2 5 ) , co n v i r t i én d o s e

e l Eg ip to en una p rov inc ia d e l a Pe r s i a ; s in que

l a s r e v o l u c i o n e s p o r h a c e r s e i n d e p e n d i e n t e s e n l o s

r e i n ad o s d e D a r í o I , d e A r t a je r j e s í, y d e D a r í o l í ,

s i r v i e s e n m as q u e p a r a au m e n t a r l e s l os t r ib u t o s y

la op re s ión .

'19. Civilización de los Egipcios.

— Lo s e g i p

c ios ,

s e gún Bo ssue t , fu e ron e l pu e b lo mas c iv i l i za

d o d e l a an t i g ü e d ad , y s e d i c e q u e h an s id o lo s

m ae s t ro s d e l o s g r i e g o s , a s i co m o e s t o s d e l o s ro

m an os , y unos y o t ros lo son d e lo s pue b los m o

d e r n o s .

E l g o b i e r n o d e lo s e g i p c io s e r a m o n á r q u i c o h e

r e d i t a r i o , y e l m o n a rca r e u n í a l a s f u n c i o n e s c i v i l e s

y l a s r e l i g i o s a s . — C o m p o n i a n e l g r a n t r ib u n a l d e

l a n ac i ó n t r e i n t a s ac e r d o t e s p ag a d o s co n l a rg u e za

por e l mismo r ey , á f in d e que s e d ed icasen e s—

e l u s i v a m e n t e á h a c e r j u s t i c i a . A fin d e e v i t a r l o s

e f e c to s p e r ju d i c ia l e s d é l a e l o c u e n c i a , h a c í a n c o n

s ign ar po r e sc r i to lo s he cho s y casos qu e t e n ían

q u e r e s o l v e r . L a s l e y e s e r a n m u y s e v e r a s y a l c a n

zaba n has ta lo s m ue r tos ; p ue s s e l e s n e ga ban los

r itos fune ra le s has ta qu e un t r ib un al ca l i f icaba e l

m ér i to d e l d i fun to , no e s t an d o e xe n tos d e e s t a

p ru e b a l o s m i sm o s r e y e s .


41/172

- 21 —

Los eg ipc ios p r eced i e ron á todos los pueb los an

t iguo s e n e l e j e rc i c io d e tod as l as a r t e s ú t i le s y e n

e l c u lt iv o d e l a s c i e n c i a s . C o n o c i e r o n m u y d e s d e

e l p r inc ip io e l u so d e lo s me ta l e s , a s i para lo s usos

d o m és t i co s co m o p a ra la acu ñ ac i ó n d e l a m o n e d a

y p a r a e l a d o r n o y d e c o r a c ió n m o n u m e n t a l . P e r

f e cc i o n a ro n m u ch o la a rq u i t e c t u r a . La fu n d ac i ó n

d é l a s p i r á m i d e s s e fija u n os 9 0 0 a ñ o s a n t e s d e J e

s u c r i s t o , p r o b a b l e m e n t e f ue r on u n o s m o n u m e n t o s

s e p u l c r a l e s e r i g id o s á d i fe r e n t e s m o n a r c a s , p u e s

lo s e g i p c io s c r e í an q u e e l a l m a n o s e s e p a ra b a d e l

cu e rp o s i n o cu an d o e s t e s e co r ro m p í a , p o r e so t am

b i é n s u c o s t u m b r e d e e m b a l s a m a r c o n t a n t o c u i d a

d o lo s c a d á v e r e s .

Conoc i e ron los eg ipc ios l a g eome t r í a , l a mecán i

ca y l a as t ronomía ; t ambién inven ta ron los doce s ig

nos d e l Zod iaco , l l egaron á ca lc u la r lo s e c l ipse s so la

r e s y l u n a r e s , y au n p a r e c e q u e l l e g a ro n á v i s l u m

b ra r e l g r an p r i n c i p i o d e l m o v i m i e n t o d e l a t i e r r a .

Ú l t i m a m e n t e , d e b e n o t a r s e q u e h a y e n t o d o l o q u e

p e r t e n e c e á e s e p u e b l o , c i e r t o e sp í r i t u d e i n m o b i l i —

d a d y d e m e l an c o lí a r e l ig io s a, q u e s u s m o n u m e n

t o s c a r e c e n d e e l e g a n c i a y d e g u s t o , d i s t i n g u i é n d o

se so lo por la magni tud co losal de sus formas.


42/172

L e c c i ó n 5 .

L 03 F E N I C I O S .

2 0 .

Situación geográfica de la Fenicia, su estado interior:

2 1 . Sidon y Tiro.

2 2 .

Ocupación principal de los fenicios, sus adelantos en

las artes.

2 3 . Colonias de los fenicios.

2 0 . Situación geográfica de la Fen icia, su

estado interior.—Después d e lo s e g ipc ios pa r e ce

muy na tu ra l co locar á lo s f en ic ios po r s e r en l a an

t i g ü e d a d u n o d e l o s p r i m e r o s p u e b l o s c i v i l i z a d o s . —

L a F e n i c i a c o m p r e n d í a l a p a r t e o c c i d e n t a l d e l a

c o st a d e S i r ia , q u e s e e s t e n d i a d e s d e Tiro has ta

e l Aradus e n u n a l e n g u a d e t i e r r a q u e t e n i a c e r c a

d e c i n c u e n t a le g u a s d e l a rg o s o b r e o c h o ó d i e z d e

a n c h o .

E s t e p a i s n o f o r m a b a u n e s t a d o u n i d o y c o m

p ac t o , d e su e r t e q u e v i v i e s e su j e t o á u n r e y ó g e f e

s u p e r i o r ; e r a m a s b i e n u n a c o n f e d e r a c i ó n d e p u e

b l o s ó c i u d ad e s , q u e n o o b s t an t e d e t r a t a r s e e n

c o m ú n c i e r t o s a s u n t o s d e i m p o r t a n c i a , e n l o d e m á s

c a d a c iu d a d s e g o b e r n a b a i n d e p e n d i e n t e m e n t e . S in

e m b a r g o , s e d i c e q u e l le g ó u n t ie m p o e n q u e l a s


43/172

— 2 3 —

c i u d a d e s m a s p o d e r o s a s a d q u i r i e n d o u n a a u t o r i d a d

p r e p o n d e r a n t e , s e p u s ie r o n á la c a b e z a d e l a c o n

f e d e r a c i ó n .

2 1 .

Sidony Tiro.— Estas d o s c i u d a d e s f u e

ro n l a s m a s cé l e b r e s d e l a F e n i c i a . S i d o n co lo n izó

á T i r o , y fue la c iu d a d p r e p o n d e r a n t e h a s ta S a l o

m o n , d e s d e c u y o t ie m p o e m p e z a n d o á d e c a e r p o r

la sup e r io r i d ad d e su c o lon ia , v ino á s e r T i ro l a

c i ud a d p r in c ip a l d e la F e n i c i a . — J o s e f o n os h a

c o n s e r v a d o u n a s e r i e d e r e y e s d e T i r o q u e e m p i e z a

e n e l añ o 1 0 5 0 an t e s d e J e su c r i s t o , p o r A b i b a l ,

c o n t e m p o r á n e o d e D a v i d . L o s m a s n o t a b l e s s o n :

Hiram,

su c e so r d e l p r e c e d e n t e . — E t h l a a l I , por

lo s a ñ os d e 9 2 0 . —

P i g m a l i o n ,

h e r m a n o d e D i d o ,

p o r lo s a ño s d e 9 0 0 . — E t h b a a l I I , bajo e l cu al

T i ro fue d e s t r u i d a p o r N a b u c o d ò n o s o r I I , r e y d e

Bab i l o n i a , 5 7 6 añ o s an t e s d e J e su c r i s t o .

R e e d i fi ca d a s e g u n d a ve z e s t a c i u d a d , fue g o b e r

n ad a p o r l o s suffetas, e s p e c ie d e c ó n s u le s ó d i c t a

d o r e s a n u a l e s c o m o e n R o m a y C a r l a g o h a s t a lo s

a ñ o s d e 2 4 5 a n te s d e J e s u c r i st o , e n q u e fue n u e

v a m e n t e d e s t r u i d a p o r A l e j a n d r o , d e s p u é s d e u n

c e r c o d e si e te m e s e s , q u e p a s a p o r u n o d e lo s h e

ch o s d e g u e r r a m as g l o r i o so s e l e aq u e l i l u s t r e co n

q u i s t a d o r .

2 2 . Ocupación principal de los fenicios, sus

adelantos en las artes.—Desde los t i em pos d e

A b ra h a m e r a n y a e s t o s u n p u e b l o m e rca n t i l . S i—


44/172

[nados en una l engua d e t i e r ra sobre l a cos ta o r i en

t al d e l M e d i t e r r á n e o , y c e r cad o s d e o t ro laclo p o r

t r i b u s b á r b a r a s y e n e m i g as , s e d e d i ca r on n a t u r a l

m e n t e a l e j e r c i c i o d e l a n a v e g a c i ó n . — A e s t o s e d e

b e q : u e l o s d e T i ro ad e l an t a s e n m u ch o e n l a i n d u s

t r ia , y d e s c u b r ie s e n v a r i a s a r te s d e u t i li d a d , d e

b i én d o s e l e s la i n v e n c i ó n d e l v i d r i o y d e l ab a l o r i o ,

v a r i a s m an u fac t u r a s , y p r i n c i p a l m e n t e su s t e j id o s ,

y l a t an c e l e b r ad a p ú rp u r a t i r i a ; n o s i e n d o m e n o s

n o t a b l e la i n v e n c i ó n d e lo s c a r a c t e r e s d e l a e s c r i

t u r a q u e a l g u n o s Í e s - a t r i b u y e n t am b i én .

2 3 . Co lonias de los fenicios.— Lo q u e c o n s

t i tuyó l a g lo r i a y l as r iqu e za s d e T i ro y d e tod a l a

Fe n i c i a , f ue ro n su s m u ch as co l o n i a s . D e sd e '1 5 0 0

añ o s an t e s d e J e su c r i s t o h as t a 5 0 0 , e s t o s i n t r ép i d o s

n a v e g a n t e s c u b r ie r o n c on s u s e s t a b l e c i m i e n t o s t o

d a s l as c o st as d e l O c é a n o y d e l M e d i t e r r á n e o . - A l

N o rd e s t e p o b l a ro n l a s i s l a s d e Chipre y d e Creía,

s e e s t ab l e c i e ro n e n l a s Sporades y Ciclados, y e n

t o d as l a s i s l a s i n m e d i a t a s a l I l e l e sp o n t o .

E n Es p a ñ a t u v ie ro n h a s t a d o sc i e n t a s co lo n i a s

s i t u a d a s c a s i t o d a s a l M e d i o d í a . S e e s t a b le c i e r o n

t am b i én e n l a s co s ta s d e F r an c i a y d e I t a l i a , d e

d o n d e p asa ro n á S i c il ia , Ce r d cñ a y l as i sl a s Ba l e a

r e s . Su co lon ia p r inc ipa l en Áf r i ca fue Car lago .


45/172

J L e c c i í t i s

. Primeros habitantes de la Grecia.

2 6 . Colonias establecidas en la Grecia.

2 7 . El Areópugo, el Anficlionado.

2 8 .

Origen de los oráculos é institución de los juegos pú

blicos.

2 . Situación geográfica de la Grecia.-Esia

pa r le d e E ur op a qu e confina a l N . con .la I l i r ia y

M ace d on ia , al S . y al E . con e l m ar Eg e o , y a l 0 .

c on e l J o n i o , e s u n a p e n í n s u la d i l a la d a é i r r e g u

l a r c o r t a d a p o r v a r i a s c o r d i ll e r a s , q u e fo rm a n d i

f e r e n t e s va l l e s , y á la que r i e gan d os r íos p r inc i

p a l e s ,

e l Peneo y e l Aqueloo.—La Gre c ia an t ig ua

s e d i v i d í a e n S e t e n l r i o n a l , M e l lad a ó c e n t r a l , y

M e r i d i o n a l .

La

Setenlrional

c o m p re n d ía d o s g r a n d e s c o

m ar ca s , l a T e sa l i a al E . y e l Ep i ro a l 0 .

La Central o c h o , e l M i c a , l a M e g a r k l a , la

Beoc ia , l a Fóc ida , l a Locr i da , l a Dór ida , l a E lo—

l ia y l a Acarnan ia .


46/172

— 26

L a Meridional o t r a s o ch o ; l a A rc ad i a , l a Lac o -

n i a , l a Me se n i a , l a E l i d a , l a A rg ó l i d a , l a A cay a ,

e l p a i s d e S i c i o n e y e l d e G o r i n t o .

2 5 .

P rimeros habitantes de la Grecia- 'En

t r e l a s h o r d a s d e s a lv a g e s q u e h a b i ta r o n p r i m e r a

m e n t e l a G r e c i a , s e d i s t in g u e n d o s r a z a s p r i n c i p a

l e s , l a d e lo s P e l a sg o s y la d e l os H e l e n o s . A l a

r az a p e l a sg i ca s e l a a t r i b u y e n lo s m a s an t i g u o s

m o n u m e n t o s q u e s u b s i s t e n a u n , l l a m a d o s ciclópi

cos. S e e s t e n d i ó p r i n c i p a l m e n t e p o r l a A r g ó l i d a ,

l a A rcad i a y l a T e sa l i a , y d u ró su d o m i n ac i ó n d e

1 8 0 0 á 1 5 3 0 a ñ o s a n t e s d e J e s u c r i s t o .

E n t o n c e s lo s H e l e n o s , d e s c e n d i e n t e s d e Helia,

h ij o d e D e u c a l i o n , e n t r a r o n e n g u e r r a c o n lo s P e

l a s g o s , y á m e d i d a q u e s e i b a n a p o d e r a n d o d e l

p a i s q u e o cu p ab an , lo s a r ro j ab an á o t r a p a r t e ,

has ta que por ú l t imo emigraron unos á I t a l i a , o t ros

á C r e t a y á o t r a s i s l a s . — L a n a c i ó n d e l o s h e l e n o s

s e d i v i d e e n c u a t r o r a m a s p r i n c i p a l e s , jónios, eo

lios, dorios y aqueos, á q u i e n e s la t r a d i c i ó n h ac e

d e s c e n d e r d e los s uc e s or e s i n m e d i at os d e D e u

c a l i o n .

2 6 . Colonias establecidas en la Grecia.—Los

Titanes, co lon ia e g ipc ia ó f en ic ia , e s t ab l e c i d a e n

G re c i a ca s i e n lo s t ie m p o s d e M o i sés , p a r e c e q u e

fue ron los p r im e ros qu e e m pe zaro n á c iv i l i za r á

los g r i e gos , é in t rod u j e ron e n t r e e l lo s e l cu l to d e

s u s d i v i n i d a d e s S a t u r n o , J ú p i t e r , C e r e s , e t c . , q u e


47/172

— 2 7 —

DO e r a n m a s q u e h é ro e s d i v i n i z a d o s . — ¡ n a c h o , e l

ú l t imo de lo s t i t ane s , fundó e l r e ino d e Argos ,

\

8 5 6

añ o s an t e s d e J e su c r i s t o , y su h i j o Egialeo e l d e

S i c i o n e . — E n e l sig lo s ig u ie n t e s e c r e e q u e o c u r

r i ó l a i n u n d ac i ó n ó d i l u v io d e O g i g e s .

Cecrope

g e f e d e o t r a c o l o n i a p r o c e d e n t e d e E g i p

t o , d e s e m b a r c ó e n e l Á t i c a '1 58 2 a ñ o s a n t e s d e

J e s u c r i s t o y e d i fic ó d o c e c i u d a d e s , e n t r e e l l a s á

A t e n a s , l l a m a d a d e s u n o m b r e C e c r o p ia . C e c r o p e

mur ió s in suce s ión , y l e s igu ió Cranao, e n c u y o

r e i n a d o c o lo c an lo s m á r m o l e s d e A r u n d e l ( d i g n o s

d e b a s t a n t e c r é d i t o ) d o s a c o n t e c i m i e n t o s d i g n o s d e

a t e n c i ó n : e l j u i c io d e l A r e o p a g o e n t r e M a r t e y

N e p t u n o , q u e e r a n d o s p r i n c i p e s d e T e s a li a ; e l

A n f i cl io n ad o y e l d i l u v io d e D e u ca l i o n .

Cadmo ge f e d e o t ra co lon ia d e f en ic ios , s e e s t a

b l e c i ó e n 1 5 1 9 e n la B e o c i a , i n t ro d u j o e l a l f a

b e t o f e n ic io e n G r e c i a y fu n d ó á T e b a s .

Pelope p r í n c i p e l i d i o , c o n q u i s t ó e n 1 4 0 0 l a

T e s a l i a , y c a s á n d o s e d e s p u é s c o n u n a h i j a d e E n o -

m a u s , r e y d e la E l i d a , s e e s t e n d i ó p o r lo d o lo

q u e s e l la m ó d e s u m i s m o n o m b r e P e l o p o n e s o .

2 7 . El Áreópago, el Anficlionado.--El famoso

t r i b u n a l d e l Áreópago fue c r e a c i ó n d e C e c r o p e , y

e l n ú m e r o d e lo s j u e c e s v a r i ó e n d i fe r e n te s é p o

c a s d e s d e n u e v e h a s t a c i n c u e n t a y u n o ; e s c o g í a n

s e p a r a e s to s d e s t in o s lo s c i u d a d a n o s m a s r e s p e

t a b le s p o r s u v i r t u d y s a b i d u r í a , d e l i b e r a b a n


48/172

— 28 —

siempre al aire libre, y se pronunciaban las sen-

tencias de noche.

Anfict ion, contemporáneo de Cranao , fue el

fundador del consejo de los

x

\ n f i c t i o n e s .

Empezó

esta liga en un principio por., la reunión de nueve

ciudades para tratar de los asuntos comunes á to-

d a s .

Con el tiempo llegó á ser la asamblea gene-

ral de todos los Estados de la Grec ia , y produjo

grandes resultados políticos, porque estableció en-

tre ellos un interés comun. Se reunía este conse-

jo dos veces al ano, una en las Termopilas, y otra

en Delfos, cada ciudad enviaba dos re pr es en ta n-

tes , y todos eran iguales en las deliberaciones y

acuerdos.

2 8 . Origen de los oráculos é institución de

los juegos públicos — Siendo la superstición en

esta primera época de la historia de Grecia el ras-

go mas pronunciado de su ca rá ct er , á ella se r e -

fiere también el origen de los oráculos y la i n s t i -

tución do los juegos públicos en honor de las d i -

vinidades que adoraban. El natural deseo que

siempre ha aquejado al hombre, de conocer lo fu-

t u r o , y el espír itu de superstición inherente á la

infancia de los pueblos, dio origen á los oráculos

de Delfos, Délos, Claros y Pa tara ; y la concur -

rencia numerosa de natura les y estrangeros á

esos templos, promovió después el establecimiento

de grandes fiestas y juegos públicos. Los cuatro


49/172

m a s s o l e m n e s q u e s e c e l e b r a b a n e n G r e c i a e r a n

los olímpicos, pílicos, ñemeos é is (micos.- -No se

p u e d e s a b e r c on e x a c t i t u d l a é p o c a e n q u e s e h a

c í a n , n i lo s n o m b r e s d e l a s p e r s o n a s q u e lo s e s

t ab l e c i e ro n ; p e ro s e s ab e q u e co n s i s t í an p r i n c i p a l

m e n t e e n l u c h a s d e d e s t r e z a , e n e j e r ci ci os g i m n á s

t icos y a t l é l i cos , y en d i s t r ibuc ione s d o p r e m ios

q u e d a b a n g r a n d e s y d i st in g u id o s h o n o r e s .

EjcaseSom

3.°

T

IEMPOS

H E R O I C O S d e G

RECIA.

2 0 . Tiempos heroicos.

5 0 .

Espedicion de los A rgonautas.

5 1 .

Hércules y Teseo.

5 2 .

Guerra de Tebas, los Epígonos.

5 5 . Guerra y destrucción de Troya.

5 4 . Consecuencias, modo de hacer la guerra.

3 5 .

Los Heraclidas, los Pelopidas y los Dorios.

5G.

Colonias griegas.

2 9 .

Tiempos heroicos.— S o d a e s t e n o m b r e á

u n p e r i o d o d e t r e s c i e n t o s a ñ o s a n t e r i o r á l a g u e r

r a d e T ro y a , y e n q u e p o r e n t r e l a s f icc io n e s d e

la m i to lo g ía s e d e scu b r e a l g ú n p u n t o d e v e r d ad

h i s t ó ri c a , d e b i é n d o s e s e n t a r c om o p r in c i p io g e n e

ra l , qu e los he ch os (p ie la t rad ic ió n y la fábula


50/172

— 3 0 —

re f i e r en á e s t a ép oc a , s e e sp l i can po r o t ros t an tos

g r a d o s d e a d e l a n t o s y m e j o r a s e n t r e l o s g r i e g o s . -

A

c u a t r o s e r e d u c e n lo s h e c h o s d e l o s t i e m p o s

h e ro i co s d e s f i g u rad o s p o r l a t r a d i c i ó n y l a f áb u l a :

- á l a e s p e d i c io n d e lo s A r g o n a u t a s, — á l as h a z a

ñ a s d e H é r c u le s y T e s e o , - á la g u e r r a d e T e b as ,—

y á la d e T r o y a .

3 0 .

Espedicion de los Argonautas.— L a e s p e

d ic ion d e lo s A rgo na u ta s tuvo por ob j e to ó b i e n

d e f e n d e r la c iv i li zaci ó n n ac i e n t e d e la G r e c i a co n t r a

l a s i n v as i o n e s d e lo s p i r a t a s d e l p o n to Eu x i n o q u e

in f e s t aban l as cos tas d e l a G re c ia , ó ab r i r a l co m e r

c io e l P o n t o E u x i n o ó m a r N e g r o , y a s e g u r a r a l

g u n o s p u n t o s d e e s ca l a e n l a co st a d e l A s i a . P u e

de f i jarse e s t e suceso por los años de '1263 an tes de

J e s u c r i s t o . - E l g e fe d e e s t a e s p e d i c io n fue Jason,

r e y d e T e s a l i a , e l n a v i o m e j o r d e d o n d e l o m a r o n e l

n o m b r e s e l la m ó A r g o s . T r iu n f a r o n d e lo s p i r a t a s ,

s e ap o d e r a ro n d e l p a i s d e la Co l q u i d a y t r a je ro n

á la G re cia un r ico bo t ín . E sto d io or ige n á la

fábu la d e l Be l loc ino d e o ro .

3 .

Hércules y Teseo.— D e spués d e h a b e r s e

h e ch o r e sp e t a r a s i e n e l e s t e r i o r , s e p ro p u s i e ro n

a s e g u r a r e l o r d e n p ú b l i c o y l a s e g u r i d a d i n d i v i d u a l

e n s u p a i s , c o n t r a a v e n t u r e r o s y h o m b r e s d e m a l a

v i d a , f a c i l i t a n d o l a s c o m u n i c a c i o n e s y a u m e n t a n

d o l as r i q u e z a s y la p r o s p e r i d a d d e s u s p e q u e ñ o s

e s t ad o s . La f áb u l a acu m u l an d o t o d o s e s t o s h e ch o s


51/172

— 3 1 —

á u n so l o h o m b re , h a co m p u e s t o l o s d o ce t r ab a j o s

d e

Hércules

y l a s h a za ñ a s d e

Teseo.

3 2 . Guerra de lebas, los Epígonos.— La.

g u e r r a d e T e b a s fue l a d e f e n s a d e l d e r e c h o s o c ia l

y d e la s a n t i d a d d e l j u r a m e n t o . Y a h e m o s d ic h o

q u e C a d m o fue e l f un d a d o r d e e s ta c i u d a d . - D e s

p u é s d e C a d m o r e i n a r o n P o l i d o r o , l u e g o L a b d a c o ,

y p o r ú l ti m o L a y o I I ( 1 3 5 8 ) , q u e c a s a d o c o n J o -

c a s t a , t u v o p o r h i j o á E d i p o . - E s t e p o r u n a s e r i e d e

r a ro s acc i d e n t e s , q u i t ó l a v i d a á su p ad r e , s e ca só

co n su m a d r e , y m u r i ó d e d o l o r cu an d o su p o á

c u á n t o s c r í m e n e s l e h a b í a a r r a s t r a d o e l d e s t i n o .

A r r o j a d o d e l t r o n o

Edipo

p o r s u s d o s h ijo s E t e o -

c l e s y Po l i n i c e , ó a l m e n o s ab an d o n ad o d e e l lo s ,

los d os he rm an os sos tuv i e ron por l a suce s ión un a

g u e r r a i n t e s t i n a , q u e t e r m i n ó p o r u n c o m b a t e

p a r t i c u l a r e n q u e m u r i e r o n a m b o s h e r m a n o s .

S u s h ijo s r e n o v a r o n l a c o n t i e n d a , y m o v i e r o n

l a g u e r r a l l a m a d a d e lo s Epígonos, e s d e c i r , d e

l o s 'h i jo s ó d e s c e n d i e n t e s d e lo s p r i m e r o s e n la q u e

lo s a r g iv o s d e s t r u y e r o n e n t e r a m e n t e á T e b a s .

3 3 .

Guerra y destrucción de Troya.—La

g u e r r a d e T r o y a e n 1 1 8 4 a n te s d e J e s u c r i s t o , fu e

u n a d e f e n s a d e l d e r e c h o d e g e n t e s , f u e u n a g u e r

r a d e h o n o r e n t r e d o s r a z a s e n e m i g a s , la helena

y la pelásgica. E x i s t í a d e m u c h o t ie m p o u n a s e

c r e t a r i v a l id a d e n t r e G r e c i a y lo s p u e b l o s a s i á

t i cos ; l a qu e e s t a lló en una gu e r ra á cau sa d e l


52/172

— 3 2 —

r ob o d e H e l e n a , e s p os a d e M e n e l a o r e y d e E s

p a r t a , p o r P á r i s h ijo d e P r i a m o r e y d e T r o y a .

E n c i n c u e n t a y c u a t r o e s ta d o s d e a l g u n a i m

p o r t a n c i a e s t a b a d i v i d i d a l a G r e c i a . T o d o s s e u n i e

r o n c o n t r a T r o y a . E l r e y d e A r g o s Ágamemnon,

fue su ge fe .

P r i a m o r e y d e T r o y a le s o p u so t a m b i é n o t r a

co n f e d e r ac i ó n , la d e lo s p u e b l o s d e l A s i a M e n o r ,

y d e s p u é s d e n u e v e a ñ o s d e s i t io , e n e l d é c i m o

T r o y a fue to m a d a y d e s t r u i d a .

3 4 . Consecuencias, modo de hacer la guerra.

— La gu e r ra y ru ina d e T roy a no fue un t riun fo

p a r a lo s v e n c e d o r e s ; p o r q u e c o m o d e t an l a r g a d u

r a c i ó n , ó e n co n t r a ro n a l v o l v e r su le ch o n u p c i a l y

s u t ro n o u s u r p a d o s , s u s h ijo s d i v i d i d o s y s u s e s

t a d o s e n u n a e sp an t o sa r e v o l u c i ó n , ó t r aq u e ad o s

e l los mismos aqu i y a l l á po r lo s d iose s , p e r ec i e ron

e n s u s e r r a n t e s c o r r e r í a s . L a G r e c i a s e h a b i a t r a n s

fo rm ad o co n s i d e r ab l e m e n t e , y no fue la m e n o r d e

s u s c o n s e c u e n c i a s e l h a b e r s e d e s a r r o l l a d o d u r a n t e

e s a g u e r r a e l e s p í r i tu d e p a t r i a , e l p e n s a m i e n t o d e

n a c i o n a l i d a d .

En aque l los t i empos l a gue r ra so lo s e hac ia en

p r i m a v e r a y e s l ío : la e n t r a d a d e i n v ie r n o s u s

p e n d í a l a s h o s t i l i d a d e s , y f i j a b a u n a é p o c a d e a r

m i s t i c i o : c ad a b a t a l l a e r a u n co n j u n t o d o co m b a

te s p a r t i c u l a r e s : e l e s t ip e n d i o d e l s o ld a d o c o n

s is t ía en e l bo t ín que l e ad jud icaban los ge fes


53/172

— 3 3 —

e n c a r g a d o s d e l a d i s t r i b u c i ó n . L a s a r m a s o f e n s i

v as e ran l a e sp ad a , l a f le cha , e l d a r d o , l a m az a ,

e l h a c h a y l a h o n d a ; l a s d e f e n s i v as u n y e l m o

d e h i e r r o ó b r o n c e , u n e s c u d o d e m e t a l f o rr a d o

d e c u e r o , c o r a z a y b o t i n e s ó b o t a s ta m b i é n d e

c u e r o .

3 5 .

Los Heraclidas, los Pelópidas y los Ba

rios.— L os h e r a c l i d a s t ra e n s u o r ig e n d e H é r c u l e s ,

h i j o d e A n f y t r i o n , r e y d e M i c e n a s . D e s p o j a d o d e

e s t e t r o n o p o r su t i o Eu ry s l h e o , v e n c i ó t o d o s l o s

p e l ig r o s á q u e e s t e le s u je t ó p a r a m e r e c e r e l

t r o n o , s in q u e n u n c a h u b i e s e p o d i d o c o n s e g u i r l o .

S u s h ij os , d a n d o m u e r t e á E u r y s l h e o , s e a p o d e r a

ron p or fin d e l t rono d e M ice nas ; m as lu e go los

p e l ó p i d a s l e s e c h a r o n d e l P e l o p o n e s o , y d o m i n a

r o n e n é l , c o n t á n d o s e e n t r e s u s d e s c e n d i e n t e s

A g a m e m n o n y M e n e l ao , r e t i r á n d o s e lo s h e r a c l i d a s

á A t e n a s d o n d e r e i n a b a T e s e o .

Es t e fu e e l p r i n c i p i o d e l a e n e m i s t ad c ru e l

e n t r e lo s p e l ó p i d a s y lo s h e r a c l i d a s . N o c e s a r o n

e m p e r o d e c o m b a t i r c o m o u s u r p a d o r a e n A r g o s á

la raz a d e lo s pe lóp id as , y pa ra log ra r su to ta l

e s l e r m i n i o , o ch e n t a a ñ os d e s p u é s d e la g u e r r a

d e T ro y a , s e l i g a ro n co n l a s t r i b u s s a l v a g e s d e l

N o r t e , p r i n c i p a l m e n t e c on lo s d o rio s d e l a T e s a

l ia , p u s i é ro n s e á su cab e za y s e e n s e ñ o r e a ro n d e l

P e l o p o n e so , a r ro j a n d o á lo s p e l ó p i d a s co n o c i d o s

e n t o n ce s m a s p o r lo s n o m b re s d e e o l io s y j o n i o s ,

3


54/172

— 3 4 —

l o s c u a l e s p a s a r o n al Á t i c a , ¡ l e v á n d o s e c o n s i g o l a s

l u c e s y la c i v i l i z a c i ó n d e la G r e c i a . - D e s d e e s t e

t i e m p o

se

e m p i e z a

á

n o t a r

la

d i f e r e n c i a

d e

c a r á c

t e r e n t r e

Esparla

y

Atenas.

A q u e l l a g u e r r e r a

y

c a s i s a l v a j e t i r a n i z a d a

por los

d o r i o s ,

y

e s t a

i l u s t r a d a y l i b r e e n p o d e r d e los j o n i o s .

3 6 . Colonias griegas.—A

c o n s e c u e n c i a

de

e s t a s g u e r r a s

y d e la

o p r e s i ó n

en q u e

v i v í a n

a l g u n o s p u e b l o s , t u v i e r o n o r i g e n

l a s

c o l o n i a s g r i e

g a s . - M u c h o s h a b i t a n t e s

d e l

P e í o p o n c s o f u n d a r o n

e n l a c o s t a o p u e s t a

d e l

A s i a d o c e c i u d a d e s ,

d e l a s

c u a l e s fue la p r i n c i p a l

Esmir na.-Wganoa

e s p a

c i a d o s

d e la

J o n í a p a s a r o n t a m b i é n

al

A s i a

y

f u n d a r o n

á

E f t ^ o , C o l o r a n t e , C l a z o i n e u a

y

o t r a s

c i u d a d e s , d a n d o al p a i s su m i s m o n o m b r e . - L o s

d o r i o s e n v i a r o n c o l o n i a s

á

I t a l i a

y

S i c i l i a . E s t a s

m i s m a s c o l o n i z a r o n d e s p u é s las i s l a s de C r e t a ,

R o d a s ,

C o o s ,

á

G n i d o

y

H a l i c a r n a s o

e n

A s i a .

M a c h a s de e s t a s c o l o n i a s se

hicieron

n o t a b l e s

p o r

su s

a d e l a n t o s

e n la industria y el

c o m e r c i o ,

a v e n t a j a r o n

á s u s

n i c l r r i p o ü s ,

y el

e j e m p l o

d e su

r i q u e z a

y

p o d e r a t r i b u i d o

�

Documents

Historia Antigua 1850