44
ENTREVISTA COM RODRIGO SANTORO “ESTOU PRONTO PARA SER PAI” MARIA RITA ESPERA UM FILHO DO MÚSICO DAVI MORAES HEBE Depois de dez anos sem pisar numa praia, a dama da tevê celebra a vida em águas baianas na primeira viagem após a cirurgia que a salvou do câncer istoegente.com.br A MORTE DE DONNA SUMMER, A RAINHA DA ERA DISCO “O bom da morte é que você não sabe quando ela vem” A EMOÇÃO DE ENTRAR NO MAR R$ 9,90 9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 3 6 6 0 0 ISSN 1516 -8204 23/mai/2012 ano 13 n° 663 EXCLUSIVO CANNES 2012 EVA LONGORIA, OS MEHORES LOOKS E A POLÊMICA DO MACHISMO NO FESTIVAL

ISTOÉ Gente 663

Embed Size (px)

DESCRIPTION

ISTOÉ Gente 663, Hebe

Citation preview

Page 1: ISTOÉ Gente 663

ENTREVISTA com RodRigo SantoRo

“ESToU PRoNTo PARA SER PAI”

MaRia Rita ESPERA Um FILHo do mÚSIco

daVi MoRaES

hebe

Depois de dez anos sem pisar numa praia, a dama da tevê celebra a vida em águas baianas na primeira viagem após a cirurgia que a salvou do câncer

istoegente.com.br

A MORTE DE DONNA SUMMER, A RAINHA DA ERA DISCO

“O bom da morte é que você não sabe quando ela vem”

a emoção De entrar no mar R$ 9,90

97

71

51

68

20

00

03

66

00

IS

SN

15

16

-8

20

4

23/mai/2012ano 13

n° 663

EXCLUSIVO

CANNES 2012EvA lONgORiA, OS mEHORES

lOOkS E A pOlêmICA DO mACHISmO NO fEStIvAl

Page 2: ISTOÉ Gente 663

Capa

Dois meses depois da cirurgia que lhe salvou do câncer, Hebe Camargo celebra sua recuperação em aguas baianas, depois de dez anos sem entrar

no mar. ela fala de vida e morte e conta que herdou dos pais a sua força e alegria

POR Gisele Vitória, de Comandatuba (ba)fOtOS eduardo lopes / aG. istoÉ

23/5/2012 | 47

“EU APRENDI COM A vIDA”

• Ninguém reparou nas comandás, sementes nativas que brotam em abundância na beira da praia de 21 quilômetros e 20 mil coquei-ros, e de onde se origina, em tupi, a palavra Comandatuba. De verdade, o que brotava aos borbotões naquela hora era uma certa energia contagiante, sem medida de tempo e de espaço. Uma energia que leva o nome e o sobrenome de Hebe Camargo. O sol das 13 horas no domingo era quente na ilha baiana, a 70 quilômetros de Ilhéus, mas a brisa não deixava arder na pele o calor de 30 graus. A água do mar, morna a 23, 24 graus, era con-vidativa. Dentro de um caftã verde, maiô por baixo, brincos de brilhante com pedras bra-sileiras nas orelhas e sapatilhas douradas nos pés, Hebe abriu o sorriso e apertou os olhos ao avistar o horizonte. Sentada no carrinho que faz o transporte dos hóspedes do hotel Transamérica, ela era levada pelo motorista Danilo, que atravessava a última fileira de coqueiros na fronteira do resort com a praia, para entrar, enfim, no areião a perder de vis-ta. “Praia é vida. Você olha para o mar, essa coisa imensa que não tem fim... É vida sem fim”, divagava ela, no auge de seus 83 anos. “Ter peninha de morrer é isso: não dá pena de perder isso aqui? Olha que beleza!”

Page 3: ISTOÉ Gente 663

Capa

Dois meses depois da cirurgia que lhe salvou do câncer, Hebe Camargo celebra sua recuperação em aguas baianas, depois de dez anos sem entrar

no mar. ela fala de vida e morte e conta que herdou dos pais a sua força e alegria

POR Gisele Vitória, de Comandatuba (ba)fOtOS eduardo lopes / aG. istoÉ

23/5/2012 | 47

“EU APRENDI COM A vIDA”

• Ninguém reparou nas comandás, sementes nativas que brotam em abundância na beira da praia de 21 quilômetros e 20 mil coquei-ros, e de onde se origina, em tupi, a palavra Comandatuba. De verdade, o que brotava aos borbotões naquela hora era uma certa energia contagiante, sem medida de tempo e de espaço. Uma energia que leva o nome e o sobrenome de Hebe Camargo. O sol das 13 horas no domingo era quente na ilha baiana, a 70 quilômetros de Ilhéus, mas a brisa não deixava arder na pele o calor de 30 graus. A água do mar, morna a 23, 24 graus, era con-vidativa. Dentro de um caftã verde, maiô por baixo, brincos de brilhante com pedras bra-sileiras nas orelhas e sapatilhas douradas nos pés, Hebe abriu o sorriso e apertou os olhos ao avistar o horizonte. Sentada no carrinho que faz o transporte dos hóspedes do hotel Transamérica, ela era levada pelo motorista Danilo, que atravessava a última fileira de coqueiros na fronteira do resort com a praia, para entrar, enfim, no areião a perder de vis-ta. “Praia é vida. Você olha para o mar, essa coisa imensa que não tem fim... É vida sem fim”, divagava ela, no auge de seus 83 anos. “Ter peninha de morrer é isso: não dá pena de perder isso aqui? Olha que beleza!”

Page 4: ISTOÉ Gente 663

23/5/2012 | 49

Era a sua primeira viagem dois meses após a cirurgia de emergência que retirou do seu intestino um tumor maligno equivalente ao tamanho de uma laranja e, depois dos dias tensos, a deixou dois meses em repouso. Hebe tinha sido convidada pelo empresário João Doria para participar do 11o Fórum empresarial de Comandatuba, que reuniu 300 empresários e autoridades. Ao chegar ao evento, na hora do almoço, ela foi aplaudida de pé. “Senti muita emoção. Eu nunca exter-no tanto, mas as pessoas vêm correndo, con-tam que rezaram por mim”, conta. “É bonito saber que alguém que não te conhece pesso-almente rezou por você, pela sua saúde.”

Na praia de areia batida, o carrinho ga-nhou velocidade. “Que delícia esse passeio!”, disse, enquanto falava da vida, e refletia sobre a morte (leia entrevista na pág. 51). “Que ódio desse corpo!”, gritou Hebe para a modelo Marina Sanvicente, que curtia a praia e ace-nou de longe. Ao pararmos para as fotos, com seu jeito maroto a dama da televisão se ofereceu: “Você quer que eu entre no mar?”. Ela tirou a sapatilha, e, pé na areia, dirigiu-se devagar até a areia molhada. Nas primeiras

marolas, Hebe se desequilibrou e soltou uma gargalhada: “Faz muitos, muitos anos que eu não entro no mar”, contou, virando-se de costas enquanto molhava os pés. Fez as con-tas com o sobrinho Cláudio Pessuti, também seu empresário, e a mulher dele, Helena Caio, e eles concluíram: fazia dez anos que Hebe não punha os pés na areia e muito me-nos no mar.

Naquela espécie de batismo depois de anos, sugeri que ela se desprendesse e, total-mente livre, também tirasse a peruca que es-conde os efeitos da quimioterapia, da qual já está liberada. Mas ali, reagindo com olhos de surpresa, foi fácil enxergar na rainha da ale-gria um ligeiro e inofensivo pudor protegen-do seu legítimo direito à vaidade. “Mas ago-ra?”, Hebe respondeu, com um olhar tristinho – como ela diria. “Eu vou tirar de-pois. Já tirei da primeira vez que a doença apareceu. Mas ainda não está bonito. O ca-belo cresceu só um pouquinho, mas tem uma mecha maior do outro lado.” Desculpou-se, lembrando ainda que uma cola prendia a pe-ruca à cabeça. “Vai doer se eu tirar agora.” Deixamos a sugestão para lá. Pensei: esqueça aF

P

“Já tirei a peruca da primeira vez que a doença apareceu, mas ainda não está bonito. O cabelo cresceu só um pouquinho”

Em Comandatuba, ela mostra a joia que virou um

amuleto, além dos seus inseparáveis diamantes

Capa

“Praia é vida. Você olha para essa coisa imensa que não tem fim. É vida sem fim. Ter peninha de morrer é isso”Hebe

Page 5: ISTOÉ Gente 663

23/5/2012 | 49

Era a sua primeira viagem dois meses após a cirurgia de emergência que retirou do seu intestino um tumor maligno equivalente ao tamanho de uma laranja e, depois dos dias tensos, a deixou dois meses em repouso. Hebe tinha sido convidada pelo empresário João Doria para participar do 11o Fórum empresarial de Comandatuba, que reuniu 300 empresários e autoridades. Ao chegar ao evento, na hora do almoço, ela foi aplaudida de pé. “Senti muita emoção. Eu nunca exter-no tanto, mas as pessoas vêm correndo, con-tam que rezaram por mim”, conta. “É bonito saber que alguém que não te conhece pesso-almente rezou por você, pela sua saúde.”

Na praia de areia batida, o carrinho ga-nhou velocidade. “Que delícia esse passeio!”, disse, enquanto falava da vida, e refletia sobre a morte (leia entrevista na pág. 51). “Que ódio desse corpo!”, gritou Hebe para a modelo Marina Sanvicente, que curtia a praia e ace-nou de longe. Ao pararmos para as fotos, com seu jeito maroto a dama da televisão se ofereceu: “Você quer que eu entre no mar?”. Ela tirou a sapatilha, e, pé na areia, dirigiu-se devagar até a areia molhada. Nas primeiras

marolas, Hebe se desequilibrou e soltou uma gargalhada: “Faz muitos, muitos anos que eu não entro no mar”, contou, virando-se de costas enquanto molhava os pés. Fez as con-tas com o sobrinho Cláudio Pessuti, também seu empresário, e a mulher dele, Helena Caio, e eles concluíram: fazia dez anos que Hebe não punha os pés na areia e muito me-nos no mar.

Naquela espécie de batismo depois de anos, sugeri que ela se desprendesse e, total-mente livre, também tirasse a peruca que es-conde os efeitos da quimioterapia, da qual já está liberada. Mas ali, reagindo com olhos de surpresa, foi fácil enxergar na rainha da ale-gria um ligeiro e inofensivo pudor protegen-do seu legítimo direito à vaidade. “Mas ago-ra?”, Hebe respondeu, com um olhar tristinho – como ela diria. “Eu vou tirar de-pois. Já tirei da primeira vez que a doença apareceu. Mas ainda não está bonito. O ca-belo cresceu só um pouquinho, mas tem uma mecha maior do outro lado.” Desculpou-se, lembrando ainda que uma cola prendia a pe-ruca à cabeça. “Vai doer se eu tirar agora.” Deixamos a sugestão para lá. Pensei: esqueça aF

P

“Já tirei a peruca da primeira vez que a doença apareceu, mas ainda não está bonito. O cabelo cresceu só um pouquinho”

Em Comandatuba, ela mostra a joia que virou um

amuleto, além dos seus inseparáveis diamantes

Capa

“Praia é vida. Você olha para essa coisa imensa que não tem fim. É vida sem fim. Ter peninha de morrer é isso”Hebe

Page 6: ISTOÉ Gente 663

Capa

23/5/2012 | 51

Hebe, vamos curtir. O momento era tão sin-gular que não precisava de mais nada. Por 15 minutos ou um pouco mais, nos divertimos nas ondas, de roupa e tudo, durante as fotos. O caftã de Hebe molhou inteiro, minha cal-ça jeans ficou ensopada. Um iPhone caiu na água, um disparador de flash molhou e estra-gou. Nada parecia ter a menor importância.

Ali, brincando no mar, Hebe parecia vol-tar no tempo. Era simplesmente a menina batizada com nome de deusa da juventude na Mitologia grega, filha de Ester Camargo e Sigisfrego Camargo, Fego, um violinista que tocava em sessões de cinema na época dos filmes mudos. Oitenta e três anos nem pareciam ter se passado para a moça que em 1960 cantava “Nunca aos Domingos” (Never on Sunday, de M. Hadjidakis / Larue) entre outros sucessos, e que se mudou com a famí-lia para São Paulo aos 6 anos de idade. Na volta do passeio, o caftã secou no vento e ela

foi direto para o almoço, onde foi abraçada por dezenas de convidados, da filha de Jorge Amado, Paloma, ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que a convidou para estrelar uma campanha dirigida às mães para incentivar a frequência escolar.

E as viagens não param por aí. Em junho, ela embarca para Miami, onde assistirá ao show de Roberto Carlos no dia 2, e acerta de-talhes para gravar um programa para a Rede TV! na casa de Julio Iglesias. “Logo depois da cirurgia, ele me ligou e me convidou para um almoço em sua casa, em Miami. Avisei que queria gravar e ele adorou. Ele é uma graci-nha.” Dos amigos queridos, Hebe, claro, não esquece nunca do Rei. “Roberto me ligou logo que cheguei em casa, e me disse (ela en-grossa a voz): ‘Ô, Hebe, eu te amo’”. Depois de tantas emoções, ela tomou seu sorvete de creme depois do almoço e foi dormir, porque ninguém é de ferro. Nem Hebe Camargo. •

“A melhor coisa da morte é você não saber que dia você vai. Falei e

disse”, diz a apresentadora

“Eu e a Nair Belo íamos a um velório e a gente tinha que se separar para não cair na gargalhada”

• Hebe, qual foi o maior desafio de ter enfrentado pela segunda vez uma cirurgia para retirar um tumor?• Hebe. A segunda cirurgia foi muito mais grave do que a primeira. Mas eu não tinha noção da gravidade.

• Nem uma intuição?• Nada, nada, nada. Até já disse numa repor-tagem que eu fui para a mesa de cirurgia como se tivesse ido para a drenagem linfática. Juro por Deus. Eu não senti nenhuma sensação de medo. Aquilo de pensar, ai meu Deus, que será que vai fazer, que será que vai acontecer. De-pois que eu soube que a cirurgia durou quatro horas, que o tumor era do tamanho de uma laranja. E nunca acerto. Eu falo sempre que foi figado e rim e foi o que, Cláudio?• Cláudio. Intestino. (risos)• Hebe. Toda vez eu erro. Aí eu falo: foi no rim. E o Cláudio me corrige: foi no intestino, tia. Aí eu acerto. Por aí você vê que eu não tive noção.

• E não teve um momento que caiu a ficha? Que tenha levado um susto, que tenha se dado conta, “meu Deus, eu podia ter ido...”• Não, não, não. Nem na primeira vez, nem na segunda. Engraçado isso... em nenhum mo-mento eu pensei em morte.

• Você sempre fala esta frase : “Eu não tenho medo de morrer, eu tenho peninha...”. Numa entrevista três anos atrás, nos seus 80 anos, você falou também.• Imagina só: se eu morro, eu perco isso (ela aponta para o mar, para a praia). Não dá peninha? olha aí. Olha lá aquele homem com aquele corpo. (risos). Dá peninha de não po-der ver. Não sei se lá em cima, ou lá embaixo, tem isso.

• Foi um jeito de lidar com a morte que você construiu ao longo da vida?• Isso eu não copiei de ninguém. Por exemplo, o selinho veio da Rita Lee. Esse coração feito com as mãos é da Ana Maria Braga, o vapt-vupt é do Chico Anisio. “É uma gracinha” também é uma coisa só minha. Não sabia que ia pegar. • Hebe, explique para uma reles mortal como é não sentir medo de morrer?• Não adianta ter medo. Todos nós um dia vamos. O bom da morte é que a gente nunca sabe quando ela vem. Porque se você soubesse quando, no ano 2013, aí você sabe que 2013 está chegando, e isso é horrível. A melhor coisa da morte é você não saber que dia você vai. Falei e disse. Acho que eu não sou normal mesmo. Porque nunca sei o que eu vou falar. Você não pode premeditar as respostas. Você não sabe o que vão perguntar. Não pensei que você ia falar tanto de morte, se eu nunca pensei na morte. Agora te peguei! (Hebe avista um urubu na praia) Olha ali, é um bichinho, menininho o que é você? Ai que passeio gostoso esse.. Se não fosse vocês, a gente não estava aqui (Gente sugeriu o passeio de carrinho até o canto deserto da praia).

“Não tinha noção da

gravidade”Esta conversa com Hebe

aconteceu no passeio pela praia, no carrinho que a levava ao ponto mais

deserto da ilha. Cabelos ao vento, sorriso no rosto, ela falou da vida, da morte, de

seus pais e até do dia em que chorou quando perdeu

Vivi, sua galinha-d’angola de estimação.

Page 7: ISTOÉ Gente 663

Capa

23/5/2012 | 51

Hebe, vamos curtir. O momento era tão sin-gular que não precisava de mais nada. Por 15 minutos ou um pouco mais, nos divertimos nas ondas, de roupa e tudo, durante as fotos. O caftã de Hebe molhou inteiro, minha cal-ça jeans ficou ensopada. Um iPhone caiu na água, um disparador de flash molhou e estra-gou. Nada parecia ter a menor importância.

Ali, brincando no mar, Hebe parecia vol-tar no tempo. Era simplesmente a menina batizada com nome de deusa da juventude na Mitologia grega, filha de Ester Camargo e Sigisfrego Camargo, Fego, um violinista que tocava em sessões de cinema na época dos filmes mudos. Oitenta e três anos nem pareciam ter se passado para a moça que em 1960 cantava “Nunca aos Domingos” (Never on Sunday, de M. Hadjidakis / Larue) entre outros sucessos, e que se mudou com a famí-lia para São Paulo aos 6 anos de idade. Na volta do passeio, o caftã secou no vento e ela

foi direto para o almoço, onde foi abraçada por dezenas de convidados, da filha de Jorge Amado, Paloma, ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que a convidou para estrelar uma campanha dirigida às mães para incentivar a frequência escolar.

E as viagens não param por aí. Em junho, ela embarca para Miami, onde assistirá ao show de Roberto Carlos no dia 2, e acerta de-talhes para gravar um programa para a Rede TV! na casa de Julio Iglesias. “Logo depois da cirurgia, ele me ligou e me convidou para um almoço em sua casa, em Miami. Avisei que queria gravar e ele adorou. Ele é uma graci-nha.” Dos amigos queridos, Hebe, claro, não esquece nunca do Rei. “Roberto me ligou logo que cheguei em casa, e me disse (ela en-grossa a voz): ‘Ô, Hebe, eu te amo’”. Depois de tantas emoções, ela tomou seu sorvete de creme depois do almoço e foi dormir, porque ninguém é de ferro. Nem Hebe Camargo. •

“A melhor coisa da morte é você não saber que dia você vai. Falei e

disse”, diz a apresentadora

“Eu e a Nair Belo íamos a um velório e a gente tinha que se separar para não cair na gargalhada”

• Hebe, qual foi o maior desafio de ter enfrentado pela segunda vez uma cirurgia para retirar um tumor?• Hebe. A segunda cirurgia foi muito mais grave do que a primeira. Mas eu não tinha noção da gravidade.

• Nem uma intuição?• Nada, nada, nada. Até já disse numa repor-tagem que eu fui para a mesa de cirurgia como se tivesse ido para a drenagem linfática. Juro por Deus. Eu não senti nenhuma sensação de medo. Aquilo de pensar, ai meu Deus, que será que vai fazer, que será que vai acontecer. De-pois que eu soube que a cirurgia durou quatro horas, que o tumor era do tamanho de uma laranja. E nunca acerto. Eu falo sempre que foi figado e rim e foi o que, Cláudio?• Cláudio. Intestino. (risos)• Hebe. Toda vez eu erro. Aí eu falo: foi no rim. E o Cláudio me corrige: foi no intestino, tia. Aí eu acerto. Por aí você vê que eu não tive noção.

• E não teve um momento que caiu a ficha? Que tenha levado um susto, que tenha se dado conta, “meu Deus, eu podia ter ido...”• Não, não, não. Nem na primeira vez, nem na segunda. Engraçado isso... em nenhum mo-mento eu pensei em morte.

• Você sempre fala esta frase : “Eu não tenho medo de morrer, eu tenho peninha...”. Numa entrevista três anos atrás, nos seus 80 anos, você falou também.• Imagina só: se eu morro, eu perco isso (ela aponta para o mar, para a praia). Não dá peninha? olha aí. Olha lá aquele homem com aquele corpo. (risos). Dá peninha de não po-der ver. Não sei se lá em cima, ou lá embaixo, tem isso.

• Foi um jeito de lidar com a morte que você construiu ao longo da vida?• Isso eu não copiei de ninguém. Por exemplo, o selinho veio da Rita Lee. Esse coração feito com as mãos é da Ana Maria Braga, o vapt-vupt é do Chico Anisio. “É uma gracinha” também é uma coisa só minha. Não sabia que ia pegar. • Hebe, explique para uma reles mortal como é não sentir medo de morrer?• Não adianta ter medo. Todos nós um dia vamos. O bom da morte é que a gente nunca sabe quando ela vem. Porque se você soubesse quando, no ano 2013, aí você sabe que 2013 está chegando, e isso é horrível. A melhor coisa da morte é você não saber que dia você vai. Falei e disse. Acho que eu não sou normal mesmo. Porque nunca sei o que eu vou falar. Você não pode premeditar as respostas. Você não sabe o que vão perguntar. Não pensei que você ia falar tanto de morte, se eu nunca pensei na morte. Agora te peguei! (Hebe avista um urubu na praia) Olha ali, é um bichinho, menininho o que é você? Ai que passeio gostoso esse.. Se não fosse vocês, a gente não estava aqui (Gente sugeriu o passeio de carrinho até o canto deserto da praia).

“Não tinha noção da

gravidade”Esta conversa com Hebe

aconteceu no passeio pela praia, no carrinho que a levava ao ponto mais

deserto da ilha. Cabelos ao vento, sorriso no rosto, ela falou da vida, da morte, de

seus pais e até do dia em que chorou quando perdeu

Vivi, sua galinha-d’angola de estimação.

Page 8: ISTOÉ Gente 663

Capa

14/01/2011 | 53

• Agora, falando de vida, da sua energia de viver. Você sempre foi assim?• Sempre fui assim, desde pequena. • Nem quando ficava doente, quando era pequena?• Nunca fiquei doente. • Nem dor de barriga?• Não. Ultimamente, eu só ia ao hospital para fazer plástica. Ligava para o Pedro Albuquer-que e falava: vamos dar uma puxadinha aqui? Fiz no seio, no rosto... para doença, nunca fui ao hospital. A primeira vez foi agora, na pri-meira cirurgia. Engraçado, né? Ultimamente está dando tanta doença. Câncer então.. virou moda. Todo mundo agora tem câncer. • Como é essa maneira de olhar a vida? A gente sabe que não é mole, não é Hebe? Nao é mole enfrentar uma quimioterapia.• Não, não é. Por sorte não tive enjoo. Mas a minha mãe, por exemplo, morreu sem ter nada. Ela morreu, simplesmente. Eu digo sempre, ela não morreu, ela acabou. Porque ela estava na caminha dela assim, deitadinha, praticamente fazendo que estava dormindo, mas estava se despedindo. Eu estava do lado dela, e dali a pouco ela fez assim: puff! (Hebe imita um suspiro). Acabou. Tinha 90 anos. • E nunca tinha ficado doente?• Não. Não. Papai sim. Papai ficou uma vez doentinho, mas eu não lembro o que era. Esse negócio de doença eu nunca tive muita infor-mação, porque nunca tive, né? Uma vez, papai deitado na caminha virou para mim e falou: “Eu não quero morrer” (Hebe imita voz de cho-ro). Virou-se e dormiu. Ele devia ter pena de morrer. Não era medo. Papai morreu com 83. Sete anos depois de mamãe. • Voce tinha que idade?• Ah, não lembro. Faz muitos anos. Não faz pergunta difícil. Essa eu não sei responder mesmo. • Então você herdou isso dos seus pais?• Acho que sim, essa alegria de viver. Papai tinha alegria de viver. Mamãe não era tanto, mamãe era assim... mais resguardada, reser-vada, introspectiva. Papai não. Como papai era músico, violinista, ele tinha muito contato com as pessoas. Mamãe contava que quando papai era jovem, as mulheres olhavam papai e se apaixonavam. Ele nunca foi um homem assim... que você olha e diz... que lindo, que Gianecchini. Você olha o Gianecchini e já

quer se apaixonar. Até careca ele está bonito. Papai não era um homem bonito, mas ele era tão simpático, tão carismático que a mulherada ficava louca, se apaixonava na hora. • Mesmo nesse paralelo com seus pais, e na força que você transmite, imagino que haja um momento seu, mais íntimo possível, em que você tenha o seu tempo para se recarregar, chorar ...• É muito raro eu chorar. Engraçado, e eu era chorona. Quan-do a coisa é tão bonita e tão espontânea, me dá alegria. E na alegria você não chora. Você chora com a emoção. Mas se me passa alegria, como vou chorar se estou alegre? Eu chorei um dia inteiro, quando a minha galinha-d’angola morreu. • Nós fotografamos você com ela, três anos atrás...Nós tinhamos mandado dedetizar a casa. A Vivi era uma gra-ça, andava pelo jardim. Nessa ocasião, quase matei também um dos cachorros. O meu jardineiro, não quero agredir, botou a galinha na salinha de som, que tinha acabado de ser dedeti-zada, e estava totalmente contaminada e a galinha-d’angola morreu, sufocada pelo veneno. Chorei o dia inteiro. Chorei pela perda dela, pela maneira como ela morreu. Não como galinha-d’angola em restaurante nenhum. Porque tenho a sensação que estou comendo a Vivi. (risos). Os ovos da Gui-gui, a galinha que tenho agora, eu não como. Ela já pôs mais de 20 ovos. Eu não como, e digo: o ovo é dela. Ninguém pode comer. Estão lá guardados os ovos. Eu tenho essas coisas. Acho que é da velhice mesmo, né? São coisinhas mesmo de velhice. Não tem sentido você guardar o ovo. Agora, comer, eu não posso. Eu tenho amizade com ela, como eu vou comer? Eu não sou que nem homem, já conhece uma mulher e já quer comer... (ela gargalha)... cada besteira... • Enquanto você fala, me vem à cabeça aquele filme A Vida é Bela. • Tudo é motivo para você brincar, para você rir... eu sou assim mesmo. Às vezes, eu e a Nair Belo íamos a um velório e a gen-te tinha que se separar para não cair na gargalhada. Imagina, todo mundo sofrendo, e a gente tinha que se segurar para não olhar a coisa com humor. Ela era um pouco como eu. Tinha esse jeito de olhar a vida. • Qual é o lado bom de viver uma experiência como a de enfrentar um câncer?• Acho que muita coisa boa aconteceu, depois que tive a do-ença. Fiquei muito orgulhosa de eu ser um exemplo. Mostrei a careca, falei para as pessoas, acho que dei força e ajudei a mudar o olhar que as pessoas tem sobre o câncer. Assim como Gianecchini, assim como Lula. • Como você soube da doença? • O médico conversou com o Cláudio nas duas vezes. Na pri-meira vez, o Cláudio me disse que eu tinha que fazer uma ci-rurgia. Eu estava em Miami e comecei a sentir um mal-estar e, pela primeira vez na vida, eu disse: Acho que preciso fazer uma tomografia. Quando os médicos detectaram o tumor, eles conversaram com o Cláudio e ele me deu a notícia. Não tive nenhum choque. Se havia como operar, entendi que havia

uma chance. Então fiquei confiante. Nas duas vezes foi assim. Na segunda vez, eu não tinha mesmo muita noção. • Não sentiu nem um frio na barriga ao saber que a doença havia voltado? Nem sozinha, no quarto do hospital, sentiu-se triste?• Não senti. Eu nunca ficava sozinha. Eles não me deixavam só nem um minuto. Eu di-zia: já estão vocês aqui de novo, meu Deus. • Você sempre foi uma mulher que gostou de estar rodeada de amigos, em sua casa, com jantares. Gosta de sair. Como é ficar mais tempo em casa?• Tenho gostado de ficar mais em casa, rezo muito, estou sempre com meus bichos. Tenho meus cachorros, são quatro. O Fendi (um gal-guinho italiano) sempre dorme comigo, toda a noite. Mas só ele. Se não, dá briga. Não faço rodízio, porque o Fendi está acostumado. Quando voltei do hospital para casa, ele dava saltos de alegria. • Não sei se falei muito da morte...• Imagina, a morte é o inevitável. Ela faz parte da vida. Tenho 83 anos. Então sofrer por quê? É só não ficar lembrando. Eu aprendi com a vida... e não com a morte (Hebe sorri). •

Quase um caldo: “Que delícia esse passeio”, diz Hebe. Abaixo,

com o sobrinho Cláudio Pessutti e sua mulher, Helena Caio

“É raro eu chorar. Mas chorei o dia inteiro quando a minha galinha-

d’angola morreu”

A turma na praia: Hebe faz gracinhas no carro acompanhada por Cláudio, Helena (atrás), Gisele Vitória, Daniela Filomeno e o motorista Danilo

O que NiNguém viu

Os bastidores do encontro de Hebe com o mar da Bahia

CONFIRA O MAKING OF EM WWW.ISTOEGENTE.COM.BR

Page 9: ISTOÉ Gente 663

Capa

14/01/2011 | 53

• Agora, falando de vida, da sua energia de viver. Você sempre foi assim?• Sempre fui assim, desde pequena. • Nem quando ficava doente, quando era pequena?• Nunca fiquei doente. • Nem dor de barriga?• Não. Ultimamente, eu só ia ao hospital para fazer plástica. Ligava para o Pedro Albuquer-que e falava: vamos dar uma puxadinha aqui? Fiz no seio, no rosto... para doença, nunca fui ao hospital. A primeira vez foi agora, na pri-meira cirurgia. Engraçado, né? Ultimamente está dando tanta doença. Câncer então.. virou moda. Todo mundo agora tem câncer. • Como é essa maneira de olhar a vida? A gente sabe que não é mole, não é Hebe? Nao é mole enfrentar uma quimioterapia.• Não, não é. Por sorte não tive enjoo. Mas a minha mãe, por exemplo, morreu sem ter nada. Ela morreu, simplesmente. Eu digo sempre, ela não morreu, ela acabou. Porque ela estava na caminha dela assim, deitadinha, praticamente fazendo que estava dormindo, mas estava se despedindo. Eu estava do lado dela, e dali a pouco ela fez assim: puff! (Hebe imita um suspiro). Acabou. Tinha 90 anos. • E nunca tinha ficado doente?• Não. Não. Papai sim. Papai ficou uma vez doentinho, mas eu não lembro o que era. Esse negócio de doença eu nunca tive muita infor-mação, porque nunca tive, né? Uma vez, papai deitado na caminha virou para mim e falou: “Eu não quero morrer” (Hebe imita voz de cho-ro). Virou-se e dormiu. Ele devia ter pena de morrer. Não era medo. Papai morreu com 83. Sete anos depois de mamãe. • Voce tinha que idade?• Ah, não lembro. Faz muitos anos. Não faz pergunta difícil. Essa eu não sei responder mesmo. • Então você herdou isso dos seus pais?• Acho que sim, essa alegria de viver. Papai tinha alegria de viver. Mamãe não era tanto, mamãe era assim... mais resguardada, reser-vada, introspectiva. Papai não. Como papai era músico, violinista, ele tinha muito contato com as pessoas. Mamãe contava que quando papai era jovem, as mulheres olhavam papai e se apaixonavam. Ele nunca foi um homem assim... que você olha e diz... que lindo, que Gianecchini. Você olha o Gianecchini e já

quer se apaixonar. Até careca ele está bonito. Papai não era um homem bonito, mas ele era tão simpático, tão carismático que a mulherada ficava louca, se apaixonava na hora. • Mesmo nesse paralelo com seus pais, e na força que você transmite, imagino que haja um momento seu, mais íntimo possível, em que você tenha o seu tempo para se recarregar, chorar ...• É muito raro eu chorar. Engraçado, e eu era chorona. Quan-do a coisa é tão bonita e tão espontânea, me dá alegria. E na alegria você não chora. Você chora com a emoção. Mas se me passa alegria, como vou chorar se estou alegre? Eu chorei um dia inteiro, quando a minha galinha-d’angola morreu. • Nós fotografamos você com ela, três anos atrás...Nós tinhamos mandado dedetizar a casa. A Vivi era uma gra-ça, andava pelo jardim. Nessa ocasião, quase matei também um dos cachorros. O meu jardineiro, não quero agredir, botou a galinha na salinha de som, que tinha acabado de ser dedeti-zada, e estava totalmente contaminada e a galinha-d’angola morreu, sufocada pelo veneno. Chorei o dia inteiro. Chorei pela perda dela, pela maneira como ela morreu. Não como galinha-d’angola em restaurante nenhum. Porque tenho a sensação que estou comendo a Vivi. (risos). Os ovos da Gui-gui, a galinha que tenho agora, eu não como. Ela já pôs mais de 20 ovos. Eu não como, e digo: o ovo é dela. Ninguém pode comer. Estão lá guardados os ovos. Eu tenho essas coisas. Acho que é da velhice mesmo, né? São coisinhas mesmo de velhice. Não tem sentido você guardar o ovo. Agora, comer, eu não posso. Eu tenho amizade com ela, como eu vou comer? Eu não sou que nem homem, já conhece uma mulher e já quer comer... (ela gargalha)... cada besteira... • Enquanto você fala, me vem à cabeça aquele filme A Vida é Bela. • Tudo é motivo para você brincar, para você rir... eu sou assim mesmo. Às vezes, eu e a Nair Belo íamos a um velório e a gen-te tinha que se separar para não cair na gargalhada. Imagina, todo mundo sofrendo, e a gente tinha que se segurar para não olhar a coisa com humor. Ela era um pouco como eu. Tinha esse jeito de olhar a vida. • Qual é o lado bom de viver uma experiência como a de enfrentar um câncer?• Acho que muita coisa boa aconteceu, depois que tive a do-ença. Fiquei muito orgulhosa de eu ser um exemplo. Mostrei a careca, falei para as pessoas, acho que dei força e ajudei a mudar o olhar que as pessoas tem sobre o câncer. Assim como Gianecchini, assim como Lula. • Como você soube da doença? • O médico conversou com o Cláudio nas duas vezes. Na pri-meira vez, o Cláudio me disse que eu tinha que fazer uma ci-rurgia. Eu estava em Miami e comecei a sentir um mal-estar e, pela primeira vez na vida, eu disse: Acho que preciso fazer uma tomografia. Quando os médicos detectaram o tumor, eles conversaram com o Cláudio e ele me deu a notícia. Não tive nenhum choque. Se havia como operar, entendi que havia

uma chance. Então fiquei confiante. Nas duas vezes foi assim. Na segunda vez, eu não tinha mesmo muita noção. • Não sentiu nem um frio na barriga ao saber que a doença havia voltado? Nem sozinha, no quarto do hospital, sentiu-se triste?• Não senti. Eu nunca ficava sozinha. Eles não me deixavam só nem um minuto. Eu di-zia: já estão vocês aqui de novo, meu Deus. • Você sempre foi uma mulher que gostou de estar rodeada de amigos, em sua casa, com jantares. Gosta de sair. Como é ficar mais tempo em casa?• Tenho gostado de ficar mais em casa, rezo muito, estou sempre com meus bichos. Tenho meus cachorros, são quatro. O Fendi (um gal-guinho italiano) sempre dorme comigo, toda a noite. Mas só ele. Se não, dá briga. Não faço rodízio, porque o Fendi está acostumado. Quando voltei do hospital para casa, ele dava saltos de alegria. • Não sei se falei muito da morte...• Imagina, a morte é o inevitável. Ela faz parte da vida. Tenho 83 anos. Então sofrer por quê? É só não ficar lembrando. Eu aprendi com a vida... e não com a morte (Hebe sorri). •

Quase um caldo: “Que delícia esse passeio”, diz Hebe. Abaixo,

com o sobrinho Cláudio Pessutti e sua mulher, Helena Caio

“É raro eu chorar. Mas chorei o dia inteiro quando a minha galinha-

d’angola morreu”

A turma na praia: Hebe faz gracinhas no carro acompanhada por Cláudio, Helena (atrás), Gisele Vitória, Daniela Filomeno e o motorista Danilo

O que NiNguém viu

Os bastidores do encontro de Hebe com o mar da Bahia

CONFIRA O MAKING OF EM WWW.ISTOEGENTE.COM.BR

Page 10: ISTOÉ Gente 663

Diversão & Arte

14/01/2011 | 111

• Inicialmente, Marco Pigossi não teria qualquer conexão com o universo nordestino de Chicó, seu personagem em O Auto da Compadecida, célebre texto de Ariano Suassuna que ganha nova montagem com direção de Sidnei Cruz. Afinal, o ator cresceu em São Paulo, dentro de apartamento, jogando videogame. No entanto, esta já é a segunda encenação de texto de Suassuna da qual Pigossi participa – a primeira foi a bem-sucedida versão de João Fonseca para O Santo e a Porca. Agora, Pigossi interpreta Chicó, que acompanha em diversas peripé-

com o público. Em O Auto da Compadecida, Suassuna aborda a esperteza daqueles que precisam sobreviver. Trata-se de algo muito brasileiro. E esse trabalho está sendo bem diferente do que fiz em O Santo e a Porca, uma montagem em que entrei para fazer uma substituição. Ali, parti da criação de outro ator (Armando Babaioff).

• Você nasceu e cresceu em São Paulo. Tem alguma identificação com o universo nordestino?• De fato, eu cresci num apartamento em São Paulo jogando videogame. Mas tenho o meu paraíso particular na Bahia, em Caraíva, um lugar para onde vou sempre que posso. Na primeira vez que fui até lá, a luz elétrica tinha acaba-do de chegar. Não existe asfalto. Só dá para chegar de barco. Hoje, já há algu-mas pousadas instaladas.

• Quais foram os desafios com que você se deparou para interpretar Chicó?• O primeiro desafio foi concorrer com o belíssimo trabalho do Selton (Mello), que interpretou o personagem no cinema. Quando surgiu o convite, tive dúvidas: por que fazer esse texto nova-mente? O que eu teria para adicionar? Perguntei às pessoas e muitas me aconselharam a não aceitar. E quando você fala para um ator não fazer, aí é que ele vai lá e faz. Pressenti que o processo seria enriquecedor. De qual-quer modo, Chicó é muito complexo, maior do que o ator que o interpreta. Tenho a impressão de que as minhas vivências não são suficientes para inter-pretar personagens dessa dimensão.

• Como você conseguiu, então?• Pela intuição. Fico pensando em como resolver determinadas cenas. Eu venho numa batida muito pesada de trabalho desde a novela Caras & Bocas (2009). Às vezes, eu me pergunto: onde conse-guirei buscar referências?

• Você gosta desse ritmo frenético de trabalho?• O ator se recicla no trabalho. Não acredito na importância de tirar um ano sabático para buscar novas referências.

Acho que elas surgem, inclusive, dos momentos de sufoco.

• Tanto na televisão quanto no teatro, você tem se destacado em trabalhos de composição de voz e corpo bastan-te marcados. É uma característica sua como ator?• Sim. Mas, isso vem acontecendo aci-dentalmente. Até agora, tive muita sorte na televisão. O mais previsível era ser classificado logo de início como galã. Mas comecei com um personagem gay cômico que fugia do estereótipo (em Caras & Bocas). Depois migrei para o mau caráter (em Ti-Ti-Ti). E fiz na se-quência um bandidinho que se redime por causa do amor (em Fina Estampa). O Rafael, de Fina Estampa, me possibili-tou transitar por uma gama variada de emoções. As novelas são longas e, se o personagem se apresenta de maneira

‘‘O primeiro desafio foi concorrer com o belíssimo trabalho do Selton (Mello), que interpretou o personagem no cinema. (...) Chicó é muito complexo. Tenho a impressão de que as minhas vivências não são suficientes para interpretar personagens dessa dimensão”

teatro • Marco Pigossiavalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom

★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

O ator fala sobre viver

Chicó em O Auto da

Compadecida, de vir

emendando uma novela na

outra há três anos e de sua

participação em Gabriela

Daniel Schenker

“O maiS PreViSíVel era Ser galã”

cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

cias o amigo João Grilo (Gláucia Rodrigues), por sua vez auxiliado pela providencial ajuda da Compadecida para escapar do Diabo, determinado a capturá-lo. O ator, que terminou recentemente Fina Estampa, fala sobre ter feito personagens tão diversos numa sequência de novas, da partici-pação em Gabriela e em como se aproximou do universo nordestino.

• Como tem sido retomar o contato com a obra de ariano Suassuna?• Muito bom. Os textos são ricos e populares, se comunicam diretamente

linear, acaba caindo na mesmice.

• Como será seu trabalho no remake de Gabriela?• Vou interpretar Juvenal, filho do Coronel Amâncio Leal. Meu persona-gem é apenas citado no livro de Jorge Amado. Ele chega com ideias progres-sistas e se encanta por Jerusa, filha do Coronel Ramiro Bastos, e depois por uma prostituta. Farei aula de prosódia, o que, em si, já é um desafio. Afinal, não é fácil fazer sotaque e ficar natural.

• Quais são seus próximos projetos?• Vou coproduzir, juntamente com a Cia. Limite 151, a montagem de O Saque, de Joe Orton. Estreará em São Paulo, no final do ano. Gostei do humor fúnebre de Orton. (10 anos)

Teatro Fashion mall – estrada da Gávea, 899, sala 213, rio, tel.: (21) 3322-2495. até 24/6.

Serg

io Sa

ntoa

in/D

ivul

gaçã

o

Guga

Mel

gar

com Gláucia RodRiGues, que vive João GRilo

Page 11: ISTOÉ Gente 663

Diversão & Arte

14/01/2011 | 111

• Inicialmente, Marco Pigossi não teria qualquer conexão com o universo nordestino de Chicó, seu personagem em O Auto da Compadecida, célebre texto de Ariano Suassuna que ganha nova montagem com direção de Sidnei Cruz. Afinal, o ator cresceu em São Paulo, dentro de apartamento, jogando videogame. No entanto, esta já é a segunda encenação de texto de Suassuna da qual Pigossi participa – a primeira foi a bem-sucedida versão de João Fonseca para O Santo e a Porca. Agora, Pigossi interpreta Chicó, que acompanha em diversas peripé-

com o público. Em O Auto da Compadecida, Suassuna aborda a esperteza daqueles que precisam sobreviver. Trata-se de algo muito brasileiro. E esse trabalho está sendo bem diferente do que fiz em O Santo e a Porca, uma montagem em que entrei para fazer uma substituição. Ali, parti da criação de outro ator (Armando Babaioff).

• Você nasceu e cresceu em São Paulo. Tem alguma identificação com o universo nordestino?• De fato, eu cresci num apartamento em São Paulo jogando videogame. Mas tenho o meu paraíso particular na Bahia, em Caraíva, um lugar para onde vou sempre que posso. Na primeira vez que fui até lá, a luz elétrica tinha acaba-do de chegar. Não existe asfalto. Só dá para chegar de barco. Hoje, já há algu-mas pousadas instaladas.

• Quais foram os desafios com que você se deparou para interpretar Chicó?• O primeiro desafio foi concorrer com o belíssimo trabalho do Selton (Mello), que interpretou o personagem no cinema. Quando surgiu o convite, tive dúvidas: por que fazer esse texto nova-mente? O que eu teria para adicionar? Perguntei às pessoas e muitas me aconselharam a não aceitar. E quando você fala para um ator não fazer, aí é que ele vai lá e faz. Pressenti que o processo seria enriquecedor. De qual-quer modo, Chicó é muito complexo, maior do que o ator que o interpreta. Tenho a impressão de que as minhas vivências não são suficientes para inter-pretar personagens dessa dimensão.

• Como você conseguiu, então?• Pela intuição. Fico pensando em como resolver determinadas cenas. Eu venho numa batida muito pesada de trabalho desde a novela Caras & Bocas (2009). Às vezes, eu me pergunto: onde conse-guirei buscar referências?

• Você gosta desse ritmo frenético de trabalho?• O ator se recicla no trabalho. Não acredito na importância de tirar um ano sabático para buscar novas referências.

Acho que elas surgem, inclusive, dos momentos de sufoco.

• Tanto na televisão quanto no teatro, você tem se destacado em trabalhos de composição de voz e corpo bastan-te marcados. É uma característica sua como ator?• Sim. Mas, isso vem acontecendo aci-dentalmente. Até agora, tive muita sorte na televisão. O mais previsível era ser classificado logo de início como galã. Mas comecei com um personagem gay cômico que fugia do estereótipo (em Caras & Bocas). Depois migrei para o mau caráter (em Ti-Ti-Ti). E fiz na se-quência um bandidinho que se redime por causa do amor (em Fina Estampa). O Rafael, de Fina Estampa, me possibili-tou transitar por uma gama variada de emoções. As novelas são longas e, se o personagem se apresenta de maneira

‘‘O primeiro desafio foi concorrer com o belíssimo trabalho do Selton (Mello), que interpretou o personagem no cinema. (...) Chicó é muito complexo. Tenho a impressão de que as minhas vivências não são suficientes para interpretar personagens dessa dimensão”

teatro • Marco Pigossiavalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom

★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

O ator fala sobre viver

Chicó em O Auto da

Compadecida, de vir

emendando uma novela na

outra há três anos e de sua

participação em Gabriela

Daniel Schenker

“O maiS PreViSíVel era Ser galã”

cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

cias o amigo João Grilo (Gláucia Rodrigues), por sua vez auxiliado pela providencial ajuda da Compadecida para escapar do Diabo, determinado a capturá-lo. O ator, que terminou recentemente Fina Estampa, fala sobre ter feito personagens tão diversos numa sequência de novas, da partici-pação em Gabriela e em como se aproximou do universo nordestino.

• Como tem sido retomar o contato com a obra de ariano Suassuna?• Muito bom. Os textos são ricos e populares, se comunicam diretamente

linear, acaba caindo na mesmice.

• Como será seu trabalho no remake de Gabriela?• Vou interpretar Juvenal, filho do Coronel Amâncio Leal. Meu persona-gem é apenas citado no livro de Jorge Amado. Ele chega com ideias progres-sistas e se encanta por Jerusa, filha do Coronel Ramiro Bastos, e depois por uma prostituta. Farei aula de prosódia, o que, em si, já é um desafio. Afinal, não é fácil fazer sotaque e ficar natural.

• Quais são seus próximos projetos?• Vou coproduzir, juntamente com a Cia. Limite 151, a montagem de O Saque, de Joe Orton. Estreará em São Paulo, no final do ano. Gostei do humor fúnebre de Orton. (10 anos)

Teatro Fashion mall – estrada da Gávea, 899, sala 213, rio, tel.: (21) 3322-2495. até 24/6.

Serg

io Sa

ntoa

in/D

ivul

gaçã

o

Guga

Mel

gar

com Gláucia RodRiGues, que vive João GRilo

Page 12: ISTOÉ Gente 663

Princesamoderna

Ensaio

23/5/2012 | 29

Giovanna Ewbank revela seus sonhos à Gente: filhos, abrir um abrigo para animais abandonados e ter papéis mais densos na tevê. Mas o maior sonho dela já foi realizado: casar-se com o amor de sua vidapor simone blanesfotos Gabriel Chiarastelli/aG. istoéedição de moda bianCa Zaramellastyling Pamela e Deborah ewbank

Saia

Let

hici

a B

rons

tein

Top

Pre

to H

ope

Col

ar D

oura

do R

aka

Joia

s

Col

ar P

reto

Le

Lis

Bla

nc B

rinc

o C

asa

Vasc

once

los

Sand

ália

s St

udio

TM

LS

Page 13: ISTOÉ Gente 663

Princesamoderna

Ensaio

23/5/2012 | 29

Giovanna Ewbank revela seus sonhos à Gente: filhos, abrir um abrigo para animais abandonados e ter papéis mais densos na tevê. Mas o maior sonho dela já foi realizado: casar-se com o amor de sua vidapor simone blanesfotos Gabriel Chiarastelli/aG. istoéedição de moda bianCa Zaramellastyling Pamela e Deborah ewbank

Saia

Let

hici

a B

rons

tein

Top

Pre

to H

ope

Col

ar D

oura

do R

aka

Joia

s

Col

ar P

reto

Le

Lis

Bla

nc B

rinc

o C

asa

Vasc

once

los

Sand

ália

s St

udio

TM

LS

Page 14: ISTOÉ Gente 663

Ensaio

• E o escolhido foi Bruno Gagliasso, como é sabido desde 2010. “Ele é o grande amor da minha vida”, declara ela, enquanto troca de roupa para este ensaio exclusivo para Gente. Mas as aspirações de Giovanna Ewbank vão além. A atriz, de 25 anos, quer o pacote com-pleto: filhos, casa, cachorros... todos juntos assistindo a um filme na cama. Bem, casa e cachorros ela já tem. Já os filhos virão no tempo certo. “Não estamos planejando ain-da, mas quero ter um casal. Na verdade, um menino primeiro. Acho que deve ser mais fácil ser mãe de menino, bem menos compli-cado”, diz a atriz, que antevê ser uma mãe superprotetora. “Leoa mesmo, sabe? Já sou assim com amigos, familiares, com os meus cachorros. Imagine com um filho?”

Bem antes da maternidade, porém, ela pretende realizar outro desejo: abrir um abrigo para cuidar de animais abandonados. “Isso está bem perto de acontecer. Estou pesquisando terrenos e vou fazer isso com a Fiorella Mattheis, minha amiga desde os 15 anos, e que, como eu, ama os bichos.” O apego com animais vem da infância, segun-do sua mãe, Deborah. “A Gio era muito ca-chorreira. Por boa parte da minha vida fi-quei arrumando donos para tantos cachor-ros que ela trazia para casa”, conta ela, que recorda que muita gente, sabendo desse cui-dado da atriz, abandonavam filhotes dentro de caixas na porta da casa da família.

A lista de sonhos para 2012 contempla a carreira também. Em cartaz no teatro com a peça O Grande Amor da Minha Vida, ao lado de Joaquim Lopez – namorado de Paola Oliveira –, Giovanna tem atuado mais em papéis cômicos nas novelas. A expectativa agora é mudar. Papéis mais densos, “uma drogada talvez”, onde ela diz poder testar melhor os seus limites. Quem sabe?

• Vida real• Enquanto sonha, a vida segue. Em casa, o marido é prioridade. Sobretudo porque a agenda de trabalho dos dois anda tão dispu-tada que quando conseguem um tempo jun-tos é dedicação total mesmo. Este mês, por exemplo, a atriz passou apenas quatro dias no Rio, onde mora. O resto do tempo foi gasto em estúdios, teatro e aeroportos, indo e vindo de trabalhos.

Na intimidade, a curtição do casal é mexer na decoração. É um tal de arrastar sofá, mudar mesa de lugar, arrumar maçaneta, pregar qua-dro na parede... um agito! Fora isso, têm vida normal, com os prazeres e desafios inerentes à vida a dois. Giovanna, por exemplo, tem ma-nia de xampu – tem vários no banheiro. E ela sai do sério quando Bruno aparece de repente e surrupia um deles. “Ele entra no banheiro e pega qualquer um que estiver lá. Aí eu fico louca, tenho que ficar explicando que aquele não pode, por isso ou por aquilo”, diverte-se.

‘‘Não estamos planejando ainda, mas quero um casal (de filhos). Na verdade, um menino primeiro. Acho que deve ser mais fácil ser mãe de menino’’

Vest

ido

bran

co L

ethi

cia

Bro

nste

in C

into

Bo.

Sand

ália

s St

udio

TM

LS B

rinc

o C

asa

Vasc

once

los

Puls

eira

s R

aka

Joia

s

Page 15: ISTOÉ Gente 663

Ensaio

• E o escolhido foi Bruno Gagliasso, como é sabido desde 2010. “Ele é o grande amor da minha vida”, declara ela, enquanto troca de roupa para este ensaio exclusivo para Gente. Mas as aspirações de Giovanna Ewbank vão além. A atriz, de 25 anos, quer o pacote com-pleto: filhos, casa, cachorros... todos juntos assistindo a um filme na cama. Bem, casa e cachorros ela já tem. Já os filhos virão no tempo certo. “Não estamos planejando ain-da, mas quero ter um casal. Na verdade, um menino primeiro. Acho que deve ser mais fácil ser mãe de menino, bem menos compli-cado”, diz a atriz, que antevê ser uma mãe superprotetora. “Leoa mesmo, sabe? Já sou assim com amigos, familiares, com os meus cachorros. Imagine com um filho?”

Bem antes da maternidade, porém, ela pretende realizar outro desejo: abrir um abrigo para cuidar de animais abandonados. “Isso está bem perto de acontecer. Estou pesquisando terrenos e vou fazer isso com a Fiorella Mattheis, minha amiga desde os 15 anos, e que, como eu, ama os bichos.” O apego com animais vem da infância, segun-do sua mãe, Deborah. “A Gio era muito ca-chorreira. Por boa parte da minha vida fi-quei arrumando donos para tantos cachor-ros que ela trazia para casa”, conta ela, que recorda que muita gente, sabendo desse cui-dado da atriz, abandonavam filhotes dentro de caixas na porta da casa da família.

A lista de sonhos para 2012 contempla a carreira também. Em cartaz no teatro com a peça O Grande Amor da Minha Vida, ao lado de Joaquim Lopez – namorado de Paola Oliveira –, Giovanna tem atuado mais em papéis cômicos nas novelas. A expectativa agora é mudar. Papéis mais densos, “uma drogada talvez”, onde ela diz poder testar melhor os seus limites. Quem sabe?

• Vida real• Enquanto sonha, a vida segue. Em casa, o marido é prioridade. Sobretudo porque a agenda de trabalho dos dois anda tão dispu-tada que quando conseguem um tempo jun-tos é dedicação total mesmo. Este mês, por exemplo, a atriz passou apenas quatro dias no Rio, onde mora. O resto do tempo foi gasto em estúdios, teatro e aeroportos, indo e vindo de trabalhos.

Na intimidade, a curtição do casal é mexer na decoração. É um tal de arrastar sofá, mudar mesa de lugar, arrumar maçaneta, pregar qua-dro na parede... um agito! Fora isso, têm vida normal, com os prazeres e desafios inerentes à vida a dois. Giovanna, por exemplo, tem ma-nia de xampu – tem vários no banheiro. E ela sai do sério quando Bruno aparece de repente e surrupia um deles. “Ele entra no banheiro e pega qualquer um que estiver lá. Aí eu fico louca, tenho que ficar explicando que aquele não pode, por isso ou por aquilo”, diverte-se.

‘‘Não estamos planejando ainda, mas quero um casal (de filhos). Na verdade, um menino primeiro. Acho que deve ser mais fácil ser mãe de menino’’

Vest

ido

bran

co L

ethi

cia

Bro

nste

in C

into

Bo.

Sand

ália

s St

udio

TM

LS B

rinc

o C

asa

Vasc

once

los

Puls

eira

s R

aka

Joia

s

Page 16: ISTOÉ Gente 663

Ensaio

“Até aturo ver (jogo de futebol) pela tevê. Mas me irrita profundamente quando ele (Bruno) ouve pelo rádio”

Tiar

a e

Puls

eira

Cas

a Va

scon

celo

s, A

nel d

e Es

mer

alda

da

Bib

iana

Par

anho

s, A

nel d

e B

rilh

ante

s da

Viv

ara,

Blu

sa F

arm

, Sho

rts

Acer

vo d

a at

riz,

Bri

nco

Pizz

a R

aka

Joia

s

Page 17: ISTOÉ Gente 663

Ensaio

“Até aturo ver (jogo de futebol) pela tevê. Mas me irrita profundamente quando ele (Bruno) ouve pelo rádio”

Tiar

a e

Puls

eira

Cas

a Va

scon

celo

s, A

nel d

e Es

mer

alda

da

Bib

iana

Par

anho

s, A

nel d

e B

rilh

ante

s da

Viv

ara,

Blu

sa F

arm

, Sho

rts

Acer

vo d

a at

riz,

Bri

nco

Pizz

a R

aka

Joia

s

Page 18: ISTOÉ Gente 663

Ensaio

Beleza • renner souZa/ abá mGtagradecimento • louisrua amauri, 282. itaim bibi.

CONFIRA O MAKING OF EM WWW.ISTOEGENTE.COM.BR

Já o flamenguista Bruno, ela conta, gosta de acompanhar aos jogos de futebol na tevê e no rádio. E isso deixa ela irada! “Até aturo pela tevê, mas me irrita profundamente quando ele ouve pelo rádio”, confessa. Ops!

Mas, como tudo tem seus sabores e dissa-bores, Giovanna desfruta de um maridão-gourmet em casa. Sim, Bruno tem se arrisca-do com frequência na cozinha. Em sua última incursão fez sair do forno um peixe com frutos do mar na folha de bananeira. E ficou uma delícia, segundo ela. Mas a atriz não fica atrás, não. Sua especialidade são os doces. “Na minha casa o que não pode faltar é leite condensado”, entrega.

É assim, na cozinha, na cama vendo filme ou no quintal com os cachorros, que Gio-vanna alimenta seus sonhos e sua realidade. “O bom é que parece que começamos a na-morar agora. E temos também o essencial que é a amizade e o companheirismo.” •B

rinc

o C

asa

Vasc

once

los,

Cas

aqui

nho

Pret

o Ac

ervo

da

atri

z

‘‘O bom é que parece que começamos a namorar agora. E temos o essencial que é a amizade e o companheirismo’’

Page 19: ISTOÉ Gente 663

Ensaio

Beleza • renner souZa/ abá mGtagradecimento • louisrua amauri, 282. itaim bibi.

CONFIRA O MAKING OF EM WWW.ISTOEGENTE.COM.BR

Já o flamenguista Bruno, ela conta, gosta de acompanhar aos jogos de futebol na tevê e no rádio. E isso deixa ela irada! “Até aturo pela tevê, mas me irrita profundamente quando ele ouve pelo rádio”, confessa. Ops!

Mas, como tudo tem seus sabores e dissa-bores, Giovanna desfruta de um maridão-gourmet em casa. Sim, Bruno tem se arrisca-do com frequência na cozinha. Em sua última incursão fez sair do forno um peixe com frutos do mar na folha de bananeira. E ficou uma delícia, segundo ela. Mas a atriz não fica atrás, não. Sua especialidade são os doces. “Na minha casa o que não pode faltar é leite condensado”, entrega.

É assim, na cozinha, na cama vendo filme ou no quintal com os cachorros, que Gio-vanna alimenta seus sonhos e sua realidade. “O bom é que parece que começamos a na-morar agora. E temos também o essencial que é a amizade e o companheirismo.” •B

rinc

o C

asa

Vasc

once

los,

Cas

aqui

nho

Pret

o Ac

ervo

da

atri

z

‘‘O bom é que parece que começamos a namorar agora. E temos o essencial que é a amizade e o companheirismo’’

Page 20: ISTOÉ Gente 663

• Por Silviane Neno

Estilo Casa

A casa do apresentador

é bastante despojada. Na

foto, à esquerda, dardos e um

iô-iô se tornam objetos de

decoração. Ao lado, um livro

com fotos da Life

A TocA do Cazé

Com toques setentistas, Cazé Pecini faz de sua casa em São Paulo

um QG de trabalho e diversãoPor Juliana Faddul

FoToS Gabriel Chiarastelli/ Ag.IstoÉ

Page 21: ISTOÉ Gente 663

• Por Silviane Neno

Estilo Casa

A casa do apresentador

é bastante despojada. Na

foto, à esquerda, dardos e um

iô-iô se tornam objetos de

decoração. Ao lado, um livro

com fotos da Life

A TocA do Cazé

Com toques setentistas, Cazé Pecini faz de sua casa em São Paulo

um QG de trabalho e diversãoPor Juliana Faddul

FoToS Gabriel Chiarastelli/ Ag.IstoÉ

Page 22: ISTOÉ Gente 663

Estilo Casa

23/5/2012 | 87

• “Bem, bem, bem, bem, muito bem. A que devo o prazer dessa visita surpresa?” Se Cazé Pecini não tivesse nos recebido dessa forma, em sua casa no Alto de Pinheiros, seria pos-sível supor que estávamos no set de Laranja Mecânica, o famoso filme de Stanley Kubri-ck. Desde o mobiliário, até os objetos que compõem o décor bem autoral, tudo ali re-mete muito ao clássico do cinema dos anos 1970. “Não chamei ninguém para fazer a de-coração. Fui comprando o que achava legal e ela foi acontecendo. Quando vi, percebi que estava com este ar mais vintage, conta.

O encontro do apresentador carioca com sua morada se deu há três anos, quando ele visitava algumas residências em busca do lar perfeito. “Adoro casas. Sempre quando vejo que alguma está aberta para visitações, vou ver, mesmo que não tenha nenhuma inten-ção de comprá-la.” Os 440 m², distribuídos em dois andares, pareceram perfeitos para compor o mix de residência, escritório e sa-lão de festas. “A cada 15 dias junto a galera da tevê ou da Estricnina (estúdio de anima-ção do apresentador). Fazemos desde reu-nião até confraternização.” São encontros animadíssimos em volta da mesa de sinuca e da geladeira cheia de cerveja, estrategica-mente instaladas na sala principal.

O bairro de Pinheiros também não foi esco-lhido à toa. “A praça Barcelos foi a primeira que vi quando cheguei na cidade. Sempre quis morar por aqui, mas não tinha grana. Então as coisas foram melhorando até que eu consegui comprar essa casa”, conta. O jardim também ajuda a aumentar o astral do lugar. Por ali, só uma mesa, cadeiras e um grafite interessante. “Um gringo doido um dia veio aqui, bebeu e disse: ‘Can I make you a draw?’. Aí ele foi lá e desenhou no portão”, lembra rindo.

Apaixonado por filmes e desenhos anima-dos, Cazé se inspira vendo animações em um dos quartos equipados com um projetor e um pufe gigante garimpado por R$ 300 na Vila Madalena. Em frente ao cômodo, uma sala de reunião, também com um projetor e uma mesa desenhada por Guilherme Torres. “Gosto muito do trabalho dele. É irado.” Outro artefato que chama bastante a aten-ção é o Michael Jacksonômetro, um termô-metro que mede a quantidade de plásticas que Michael Jackson fez. “Foi o pessoal da MTV que fez isso para um programa, nem lembro qual foi. Tava lá largado e resolvi trazer para cá. Gosto dessa coisa que não é necessariamente uma peça artística, mas quando você coloca num contexto percebe que ela é autêntica.” •

Apaixonado por grafite, Cazé exibe o trabalho de artista inglês

No tapete da Teto tem um zíper que permite as duas partes se separar. Ao lado,

o jardim com a mesa Suite Arquitetos Punt diam, quat voloreet utpat am verit la ad erosto dolent dolobore dipit at ullute et iriure faccum zzriusci et, sismodipit, sed magna consend ipsusto duissisl ullaorer

POST-IT

Canto preferido

A sala. À noite ligo a luz do jardim

e um abajur, bem baixinho

Achado de décor

Os bonecos do Tim Burton que eu

trouxe do Metropolitan, em Nova York

Na wish listUm Rainbow Garden, um arco-íris que

você coloca no jardim

Page 23: ISTOÉ Gente 663

Estilo Casa

23/5/2012 | 87

• “Bem, bem, bem, bem, muito bem. A que devo o prazer dessa visita surpresa?” Se Cazé Pecini não tivesse nos recebido dessa forma, em sua casa no Alto de Pinheiros, seria pos-sível supor que estávamos no set de Laranja Mecânica, o famoso filme de Stanley Kubri-ck. Desde o mobiliário, até os objetos que compõem o décor bem autoral, tudo ali re-mete muito ao clássico do cinema dos anos 1970. “Não chamei ninguém para fazer a de-coração. Fui comprando o que achava legal e ela foi acontecendo. Quando vi, percebi que estava com este ar mais vintage, conta.

O encontro do apresentador carioca com sua morada se deu há três anos, quando ele visitava algumas residências em busca do lar perfeito. “Adoro casas. Sempre quando vejo que alguma está aberta para visitações, vou ver, mesmo que não tenha nenhuma inten-ção de comprá-la.” Os 440 m², distribuídos em dois andares, pareceram perfeitos para compor o mix de residência, escritório e sa-lão de festas. “A cada 15 dias junto a galera da tevê ou da Estricnina (estúdio de anima-ção do apresentador). Fazemos desde reu-nião até confraternização.” São encontros animadíssimos em volta da mesa de sinuca e da geladeira cheia de cerveja, estrategica-mente instaladas na sala principal.

O bairro de Pinheiros também não foi esco-lhido à toa. “A praça Barcelos foi a primeira que vi quando cheguei na cidade. Sempre quis morar por aqui, mas não tinha grana. Então as coisas foram melhorando até que eu consegui comprar essa casa”, conta. O jardim também ajuda a aumentar o astral do lugar. Por ali, só uma mesa, cadeiras e um grafite interessante. “Um gringo doido um dia veio aqui, bebeu e disse: ‘Can I make you a draw?’. Aí ele foi lá e desenhou no portão”, lembra rindo.

Apaixonado por filmes e desenhos anima-dos, Cazé se inspira vendo animações em um dos quartos equipados com um projetor e um pufe gigante garimpado por R$ 300 na Vila Madalena. Em frente ao cômodo, uma sala de reunião, também com um projetor e uma mesa desenhada por Guilherme Torres. “Gosto muito do trabalho dele. É irado.” Outro artefato que chama bastante a aten-ção é o Michael Jacksonômetro, um termô-metro que mede a quantidade de plásticas que Michael Jackson fez. “Foi o pessoal da MTV que fez isso para um programa, nem lembro qual foi. Tava lá largado e resolvi trazer para cá. Gosto dessa coisa que não é necessariamente uma peça artística, mas quando você coloca num contexto percebe que ela é autêntica.” •

Apaixonado por grafite, Cazé exibe o trabalho de artista inglês

No tapete da Teto tem um zíper que permite as duas partes se separar. Ao lado,

o jardim com a mesa Suite Arquitetos Punt diam, quat voloreet utpat am verit la ad erosto dolent dolobore dipit at ullute et iriure faccum zzriusci et, sismodipit, sed magna consend ipsusto duissisl ullaorer

POST-IT

Canto preferido

A sala. À noite ligo a luz do jardim

e um abajur, bem baixinho

Achado de décor

Os bonecos do Tim Burton que eu

trouxe do Metropolitan, em Nova York

Na wish listUm Rainbow Garden, um arco-íris que

você coloca no jardim

Page 24: ISTOÉ Gente 663

Evento

23/5/2012 | 37

• O furacão Gisele deu as caras no Brasil de novo. E, claro, causou o mesmo frisson que a acompanha em suas passagens por aqui. A diferença, desta vez, foi que a top surgiu com uma pitadinha a mais de sensualidade. Na noite da terça-feira 15, a gaúcha foi a estrela da inauguração da flagship da marca de lin-geries Hope, no bairro dos Jardins, em São Paulo. E, a despeito do friozinho outonal que já domina a cidade – cerca de 14 graus na ocasião –, Gisele surgiu com um visual arre-batador: uma camisa de renda preta, bem transparente, envelopando um sutiã azul- marinho, saia preta também, escarpins Gucci e poderosas joias de Jack Vartanian.

Tanto sex-appeal tinha razão de ser. A mo-delo veio ao País lançar sua segunda coleção de lingeries pela marca, a coleção Gisele Bündchen Brazilian Intimates. E, como mandava o figurino, ela tratou de apimentar o papo com os jornalistas presentes. “Não dis-penso lingerie sexy em momentos íntimos. Entre quatro paredes vale tudo”, provocou.

A übermodel acredita que uma lingerie certa para a ocasião deixa a mulher mais se-gura. Além, é claro, de mexer com a imagi-nação dela. “Me divirto escolhendo em casa. Posso ser o que quiser: glamourosa, santi-nha, diva...”, disse ela, que assumiu preferir peças mais fininhas.

Gisele Bündchen exibe o catálogo de sua coleção de lingeries, em São Paulo

Gisele Bündchen confessa não ter limites para seduzir e aposta na lingerie como maior aliada da mulherPOR ThaliTa Peres

“EntrE quatro parEdEs

vale tudo”

Foto

s nlu

ciana

Préz

ia/di

vulg

ação

Page 25: ISTOÉ Gente 663

Evento

23/5/2012 | 37

• O furacão Gisele deu as caras no Brasil de novo. E, claro, causou o mesmo frisson que a acompanha em suas passagens por aqui. A diferença, desta vez, foi que a top surgiu com uma pitadinha a mais de sensualidade. Na noite da terça-feira 15, a gaúcha foi a estrela da inauguração da flagship da marca de lin-geries Hope, no bairro dos Jardins, em São Paulo. E, a despeito do friozinho outonal que já domina a cidade – cerca de 14 graus na ocasião –, Gisele surgiu com um visual arre-batador: uma camisa de renda preta, bem transparente, envelopando um sutiã azul- marinho, saia preta também, escarpins Gucci e poderosas joias de Jack Vartanian.

Tanto sex-appeal tinha razão de ser. A mo-delo veio ao País lançar sua segunda coleção de lingeries pela marca, a coleção Gisele Bündchen Brazilian Intimates. E, como mandava o figurino, ela tratou de apimentar o papo com os jornalistas presentes. “Não dis-penso lingerie sexy em momentos íntimos. Entre quatro paredes vale tudo”, provocou.

A übermodel acredita que uma lingerie certa para a ocasião deixa a mulher mais se-gura. Além, é claro, de mexer com a imagi-nação dela. “Me divirto escolhendo em casa. Posso ser o que quiser: glamourosa, santi-nha, diva...”, disse ela, que assumiu preferir peças mais fininhas.

Gisele Bündchen exibe o catálogo de sua coleção de lingeries, em São Paulo

Gisele Bündchen confessa não ter limites para seduzir e aposta na lingerie como maior aliada da mulherPOR ThaliTa Peres

“EntrE quatro parEdEs

vale tudo”

Foto

s nlu

ciana

Préz

ia/di

vulg

ação

Page 26: ISTOÉ Gente 663

Evento

• “Me divirto escolhendo (lingerie) eM casa. Posso ser o que quiser: glaMourosa, santinha, diva...” •Gisele Bündchen

A top deu apenas 35 autógrafos: fila recheada de personalidades

A chegada da top gaúcha: transparência em noite fria

Sobre ser o desejo de consumo de homens e mulheres – a ex-modelo Brooklyn Decker recentemente declarou que ela é apaixonada pela brasileira – Gisele disfarçou. “O que im-porta são as vibrações positivas das pessoas que gostam do meu trabalho, independente-mente do sexo ou do que fazem.”

• Agito• A loja, tão logo abriu para convidados, ficou lotada de personalidades da moda e sociali-tes. Todos ávidos para garantir um autógrafo da gaúcha no catálogo da coleção, todo foto-grafado por Nino Muñoz. Entre os sortudos que levaram para casa a encadernação com 35 imagens estavam o estilista Reinaldo Lourenço e a DJ Lara Gerin. Após pouco mais de uma hora e meia na loja, e depois de beber água de coco e provar das mini torti-nhas de morango servidas pelo bufê, Gisele partiu. Com o sorriso de sempre – e mais sexy, aos 30, do que nunca. •

Foto

s nlu

ciana

Préz

ia/di

vulg

ação

Orla

ndo O

livei

ra/A

g. n

ews

Page 27: ISTOÉ Gente 663

JULIANA KNUSTPrimavera na esPanhaA atriz conhece a capital espanhola, se diverte pelos cartões-postais da cidade e fala da carreira e da emoção de ficar longe do filho, Matheus, pela primeira vez

Madri

Patrocínio: Apoio:

DESTINOSespecial

Page 28: ISTOÉ Gente 663

Mamãede primeira viagem

Para passar seis dias na Espanha, Juliana Knust ficou pela primeira vez longe do filho, Matheus, de 1 ano e 8 meses. E chorou. “Estou com o coração apertado.”Por Bruna NarcizoFotos Marcelo Navarro/Ag. IstoÉ

23/5/2012 | 59

DESTINOS Madri

A atriz Juliana Knust faz pose diante da Puerta de Alcalá, no centro de Madri

Page 29: ISTOÉ Gente 663

Mamãede primeira viagem

Para passar seis dias na Espanha, Juliana Knust ficou pela primeira vez longe do filho, Matheus, de 1 ano e 8 meses. E chorou. “Estou com o coração apertado.”Por Bruna NarcizoFotos Marcelo Navarro/Ag. IstoÉ

23/5/2012 | 59

DESTINOS Madri

A atriz Juliana Knust faz pose diante da Puerta de Alcalá, no centro de Madri

Page 30: ISTOÉ Gente 663

Não há noticiário, econômico ou de qualquer outra ordem, que ofusque os encantos da capital da

Espanha. Madri, com suas praças, jardins e museus, continua bela e encantadora, sobretudo neste início de primavera. Para viver de perto todo esse astral, Gente levou à cidade a atriz Juliana Knust que, claro, se deslumbrou com o que viu. “Não conhecia Madri, mas achei tudo lindo. O lugar é incrível, as pessoas também. Gostei de tudo e tirei muitas fotos”, contou ela, diante da Puerta de Alcalá, um monumen-to construído no século 18 e que atrai muitos turistas.

Foram seis dias de viagem. O desembar-que ocorreu no Aeroporto de Barajas, após 11 horas de voo pela companhia Iberia. Nos céus, tranquilidade absoluta. O problema, para Juliana, foi entrar no avião, em São Paulo. Explica-se: foi a primeira vez que ela ficou longe por tanto tempo do filho, Matheus, de 1 ano e 8 meses, que ficou com o pai, Gustavo, no Rio. “Foi difícil, mas acho que temos que passar por isso. É a primeira de muitas viagens. Mas enquanto eu chorava no saguão da ponte aérea para para Guarulhos, ele ficava brincando.”

Juliana pelos jardins do Museu do Prado. Abaixo, no

check in da companhia Iberia, no Aeroporto de Barajas

Acima, a atriz é preparada para conhecer Madri com o tônico hidratante Hidrafil. Ao lado, ela finaliza sua maquiagem com a base compacta SpectraBAN T na cor bege médio

DESTINOS Madri

Page 31: ISTOÉ Gente 663

Não há noticiário, econômico ou de qualquer outra ordem, que ofusque os encantos da capital da

Espanha. Madri, com suas praças, jardins e museus, continua bela e encantadora, sobretudo neste início de primavera. Para viver de perto todo esse astral, Gente levou à cidade a atriz Juliana Knust que, claro, se deslumbrou com o que viu. “Não conhecia Madri, mas achei tudo lindo. O lugar é incrível, as pessoas também. Gostei de tudo e tirei muitas fotos”, contou ela, diante da Puerta de Alcalá, um monumen-to construído no século 18 e que atrai muitos turistas.

Foram seis dias de viagem. O desembar-que ocorreu no Aeroporto de Barajas, após 11 horas de voo pela companhia Iberia. Nos céus, tranquilidade absoluta. O problema, para Juliana, foi entrar no avião, em São Paulo. Explica-se: foi a primeira vez que ela ficou longe por tanto tempo do filho, Matheus, de 1 ano e 8 meses, que ficou com o pai, Gustavo, no Rio. “Foi difícil, mas acho que temos que passar por isso. É a primeira de muitas viagens. Mas enquanto eu chorava no saguão da ponte aérea para para Guarulhos, ele ficava brincando.”

Juliana pelos jardins do Museu do Prado. Abaixo, no

check in da companhia Iberia, no Aeroporto de Barajas

Acima, a atriz é preparada para conhecer Madri com o tônico hidratante Hidrafil. Ao lado, ela finaliza sua maquiagem com a base compacta SpectraBAN T na cor bege médio

DESTINOS Madri

Page 32: ISTOÉ Gente 663

23/5/2012 | 63

“Nunca fico tanto tempo em lojas quando viajo.

Mas aqui passei um dia inteiro comprando!

” Juliana Knust

No roteiro madrilenho da atriz, visitas ao Museo do Prado, um dos mais impor-tantes e impressionantes acervos de arte de todo o mundo, Plaza Mayor e Igreja de San Jerônimo. Ela só parava de admirar a cidade para assistir aos vídeos do filho no celular. “É a primeira vez que eu viajo e fico tanto tempo longe. O coração está bem apertado”, disse ela, que se comunicava à noite com o menino via internet do hotel.

Bom garfoMadri também é famosa por seus tradicio-

nais bares de tapas – iguaria típica dos botecos espanhóis. Para poder aproveitar os montaditos, pinchos, croquetas e o jamon de locais como o Mercado de San Miguel, conhecido por suas bancas que servem uma infinidade de delícias gastronômicas, Juliana contou que emagreceu um pouco antes de viajar. “Tenho tendência a engordar, então, já fiz todos os tipos de dieta. Por isso, aprendi a comer e me permito uma deslizada uma vez ou outra. Aqui eu abusei legal”, divertiu-se.

Cheia de estilo, usando óculos Bulget, a atriz desfila pelos prédios históricos da Plaza Mayor

A bela também se rendeu aos baixos preços das roupas e brinquedos nas lojas locais e aproveitou as lojas da Gran Via, uma das principais ruas de Madri onde estão as lojas de departamento. Coisa que ela garante que não é comum em suas viagens para fora do País. “Nunca fico tanto tempo em lojas quando viajo. Mas aqui passei um dia inteiro comprando!” Juliana garante, porém, que a maioria das compras eram presentes para o filho. “É natural. Toda mãe faz isso.”

Os dias de dolce far niente, contudo, já têm data para terminar. Depois de interpretar a ambiciosa Zuleika na novela Fina Estampa, Juliana agora quer produzir o texto de uma peça que assistiu há 15 anos. “Ainda está muito embrionário. Por isso não quero dizer nem o nome, vai que alguém copia a minha ideia! Espero conseguir levantar tudo até o final do ano.” A atriz também pretende fazer mais cinema. “Sinto dificuldade porque é um meio muito fechado. Toparia fazer até curtas de estudantes. Se for um papel legal, com certeza eu toparia.”

DESTINOS Madri

Na Igreja San Jerônimo, Juliana contempla a arquitetura. Ao lado, em um mercado de tapas, em San Miguel

Page 33: ISTOÉ Gente 663

23/5/2012 | 63

“Nunca fico tanto tempo em lojas quando viajo.

Mas aqui passei um dia inteiro comprando!

” Juliana Knust

No roteiro madrilenho da atriz, visitas ao Museo do Prado, um dos mais impor-tantes e impressionantes acervos de arte de todo o mundo, Plaza Mayor e Igreja de San Jerônimo. Ela só parava de admirar a cidade para assistir aos vídeos do filho no celular. “É a primeira vez que eu viajo e fico tanto tempo longe. O coração está bem apertado”, disse ela, que se comunicava à noite com o menino via internet do hotel.

Bom garfoMadri também é famosa por seus tradicio-

nais bares de tapas – iguaria típica dos botecos espanhóis. Para poder aproveitar os montaditos, pinchos, croquetas e o jamon de locais como o Mercado de San Miguel, conhecido por suas bancas que servem uma infinidade de delícias gastronômicas, Juliana contou que emagreceu um pouco antes de viajar. “Tenho tendência a engordar, então, já fiz todos os tipos de dieta. Por isso, aprendi a comer e me permito uma deslizada uma vez ou outra. Aqui eu abusei legal”, divertiu-se.

Cheia de estilo, usando óculos Bulget, a atriz desfila pelos prédios históricos da Plaza Mayor

A bela também se rendeu aos baixos preços das roupas e brinquedos nas lojas locais e aproveitou as lojas da Gran Via, uma das principais ruas de Madri onde estão as lojas de departamento. Coisa que ela garante que não é comum em suas viagens para fora do País. “Nunca fico tanto tempo em lojas quando viajo. Mas aqui passei um dia inteiro comprando!” Juliana garante, porém, que a maioria das compras eram presentes para o filho. “É natural. Toda mãe faz isso.”

Os dias de dolce far niente, contudo, já têm data para terminar. Depois de interpretar a ambiciosa Zuleika na novela Fina Estampa, Juliana agora quer produzir o texto de uma peça que assistiu há 15 anos. “Ainda está muito embrionário. Por isso não quero dizer nem o nome, vai que alguém copia a minha ideia! Espero conseguir levantar tudo até o final do ano.” A atriz também pretende fazer mais cinema. “Sinto dificuldade porque é um meio muito fechado. Toparia fazer até curtas de estudantes. Se for um papel legal, com certeza eu toparia.”

DESTINOS Madri

Na Igreja San Jerônimo, Juliana contempla a arquitetura. Ao lado, em um mercado de tapas, em San Miguel

Page 34: ISTOÉ Gente 663

Para todos os gostosMadri é o destino certo para quem procura de museus a roteiro de compras

A capital espanhola não encanta apenas pela beleza de seus monumentos históricos ou parques floridos. Madri chama a atenção por muitos motivos. • Mercado de San Miguel (1). Localizado na Plaza de San Miguel, o endereço reúne em suas bancas diversos tipos de tapas e outras comidinhas que podem ser consumidas em mesinhas localizadas no centro da construção datada de 1916.• Museu do Prado (2). É possível ver obras de Velázquez e Goya. Fica no Passeo del Prado, s/n. Abre todos os dias.• Edifício Metrópolis (3). É outro cartão postal madrileno. Inaugurado em 1911, hoje ele abriga a seguradora Metrópolis.• Estádio Santiago Bernabéu (4). É o local para os apaixonados por futebol. Palco de muitas vitórias do Real Madri, abre todos os dias do ano exceto 25 de dezembro e 1o de janeiro.• Gran Vía (5). É o endereço certo para compras a preços tentadores. Um dos principais corredores de tráfego da cidade, abriga as grandes e populares marcas europeias.

Juliana vesteateen, seven for all Mankind, lucy in the sky, Bia Zany, eMPório anna e Maria valentina.

iberiawww.iBeria.coMreservas: (11) 3218-7140

escritório de turismo da embaixada da espanhawww.sPain.info(11) 3675-2000

intercontinental madridwww.intercontinental.coM/Madrid+34 91 700 7300

bulget occhialiwww.generaloPtical.coM.Br(11) 3097-0299

laboratório stiefelwww.sPectraBant.coM.Brwww.linhahidrafil.coM.Brsac 0800 704 31 89

23/5/2012 | 64

1

5

2

4

DESTINOS Madri

3

ExpEdiEntE projEto Destinos maDri

Marketing Bel Povineli e Bê machadoFotos marcelo navarroreportagem Bruna narcizo produção márcio meneghini Cabelo e maquiagem Fábio araújo by mget promoter Caio Fischer Edição Fabiano mazzei

Page 35: ISTOÉ Gente 663

dicas imperdíveis! Uma programação especial

para qUem gosta de cUltUra e diversão

gianne albertoni

um giro pela

noite mais fervida

do brasilmusicais no palco, drinques sofisticados,

alta gastronomia e pistas badaladas. Um roteiro cool com a apresentadora,

pela cidade que não dorme nunca.

especial são paUlo

Page 36: ISTOÉ Gente 663

23/5/2012 | 69

Gianne Albertoni abre a noite no restaurante Spot: roteiro cultural e bem cool por São Paulo

pauliceia by night

Na cidade que nunca dorme, a apresentadora GiaNNe albertoNi se diverte no agito cultural e

gastronômico paulistano. Do teatro ao drinque, do jantar à pista de dança, terminando com um capuccino em plena madrugada, uma noite

inesquecível e repleta de opçõesPOR juliana faddul

fOtOS Marcelo liso / ag. istoÉ

EspEcial são paulo

19h30 Spot

Page 37: ISTOÉ Gente 663

23/5/2012 | 69

Gianne Albertoni abre a noite no restaurante Spot: roteiro cultural e bem cool por São Paulo

pauliceia by night

Na cidade que nunca dorme, a apresentadora GiaNNe albertoNi se diverte no agito cultural e

gastronômico paulistano. Do teatro ao drinque, do jantar à pista de dança, terminando com um capuccino em plena madrugada, uma noite

inesquecível e repleta de opçõesPOR juliana faddul

fOtOS Marcelo liso / ag. istoÉ

EspEcial são paulo

19h30 Spot

Page 38: ISTOÉ Gente 663

23/5/2012 | 71

Jantar levinho no Maní. Destaque para o capellini com cogumelos e a sobremesa de berinjela

Musicais em alta Nos últimos dez anos, São Paulo tem eclodido incontáveis musicais. As mega produções, como tim Maia - Vale tudo, o Musical e família addams, trazem para a América Latina todo o glamour e a sofisticação da Broadway e dos teatros ingleses.

Tim Maia – Vale Tudo, o musicalTeatro Procópio FerreiraEm cartaz até 24 de junhoDe quinta e sábado, 21h; sexta às 21h30; domingo às 18h

A Família AddamsTeatro AbrilEm cartaz por tempo indeterminadoDe quinta e sexta, 21h; sábado 17h e 21h; domingo, 16h e 20hPreços de R$ 70 a R$ 250

representa a miscigenação brasileira. O paulista respeita a diversidade. Temos restaurantes de todas as comidas, peças de todos os tipos, baladas para todos os públicos. Sei que aqui posso encontrar de tudo e a qualquer hora”, avalia.

Convidada por Gente, Gianne deu um giro pela noite seguindo um roteiro que ela mesma indicou. Embora vi-vendo uma fase mais caseira por conta do longo namoro, a modelo disse que gosta de encontrar as amigas sempre que pode. E uma boa pedida para este get together é um drinque no restaurante Spot. “Sempre encontro amigos aqui. O pro-blema não é nem a fila para conseguir uma mesa, mas ir embora mesmo, com tanta gente bacana que encontro”, diz ela, enquanto beberica uma caipirinha de frutas vermelhas.

• A modelo, apresentadora e repórter da Record, Gianne Albertoni, costuma dizer que São Paulo lhe deu as duas coisas mais importantes de sua vida: uma carreira e um amor. Aos 13 anos, em um passeio com os irmãos pelo Parque do Ibirapuera, foi des-coberta pelo fotógrafo Sérgio Duarte e, seis meses depois, estreava como modelo inter-nacional em Milão. Anos mais tarde, em 2006, lá estava ela com um grupo de ami-gas dançando em uma casa noturna, quan-do conheceu seu namorado, o arquiteto Sérgio Gobbeti. Pronto: foi amor à primei-ra pista. Quer dizer, vista.

Essa relação de amor com a cidade se re-flete em como Gianne gosta de aproveitar o que São Paulo tem de melhor. As muitas opções culturais, a variedade gastronômica, o agito noturno, tudo a faz enaltecer ainda mais a capital paulista. “Além disso, aqui

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

GastronomiaCom um público exigente à mesa, os restaurantes da cidade têm cada vez mais se aprimorado. Dois deles se destacam: o D.O.M. e o Maní, que integram a lista The World’s 50 Best Restaurants, da revista inglesa restaurant – respectivamente em 4º e 51º.

ManíDe terça a domingoRua Joaquim Antunes, 210Tels.: (11) 3085-4148 e 3062-7458

D.O.M.De segunda-feira a sábadoRua Barão de Capanema, 549Tel.: (11) 3088-0761

EspEcial são paulo

21h Teatro

23h15 Maní

Page 39: ISTOÉ Gente 663

23/5/2012 | 71

Jantar levinho no Maní. Destaque para o capellini com cogumelos e a sobremesa de berinjela

Musicais em alta Nos últimos dez anos, São Paulo tem eclodido incontáveis musicais. As mega produções, como tim Maia - Vale tudo, o Musical e família addams, trazem para a América Latina todo o glamour e a sofisticação da Broadway e dos teatros ingleses.

Tim Maia – Vale Tudo, o musicalTeatro Procópio FerreiraEm cartaz até 24 de junhoDe quinta e sábado, 21h; sexta às 21h30; domingo às 18h

A Família AddamsTeatro AbrilEm cartaz por tempo indeterminadoDe quinta e sexta, 21h; sábado 17h e 21h; domingo, 16h e 20hPreços de R$ 70 a R$ 250

representa a miscigenação brasileira. O paulista respeita a diversidade. Temos restaurantes de todas as comidas, peças de todos os tipos, baladas para todos os públicos. Sei que aqui posso encontrar de tudo e a qualquer hora”, avalia.

Convidada por Gente, Gianne deu um giro pela noite seguindo um roteiro que ela mesma indicou. Embora vi-vendo uma fase mais caseira por conta do longo namoro, a modelo disse que gosta de encontrar as amigas sempre que pode. E uma boa pedida para este get together é um drinque no restaurante Spot. “Sempre encontro amigos aqui. O pro-blema não é nem a fila para conseguir uma mesa, mas ir embora mesmo, com tanta gente bacana que encontro”, diz ela, enquanto beberica uma caipirinha de frutas vermelhas.

• A modelo, apresentadora e repórter da Record, Gianne Albertoni, costuma dizer que São Paulo lhe deu as duas coisas mais importantes de sua vida: uma carreira e um amor. Aos 13 anos, em um passeio com os irmãos pelo Parque do Ibirapuera, foi des-coberta pelo fotógrafo Sérgio Duarte e, seis meses depois, estreava como modelo inter-nacional em Milão. Anos mais tarde, em 2006, lá estava ela com um grupo de ami-gas dançando em uma casa noturna, quan-do conheceu seu namorado, o arquiteto Sérgio Gobbeti. Pronto: foi amor à primei-ra pista. Quer dizer, vista.

Essa relação de amor com a cidade se re-flete em como Gianne gosta de aproveitar o que São Paulo tem de melhor. As muitas opções culturais, a variedade gastronômica, o agito noturno, tudo a faz enaltecer ainda mais a capital paulista. “Além disso, aqui

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

Div

ulga

ção

GastronomiaCom um público exigente à mesa, os restaurantes da cidade têm cada vez mais se aprimorado. Dois deles se destacam: o D.O.M. e o Maní, que integram a lista The World’s 50 Best Restaurants, da revista inglesa restaurant – respectivamente em 4º e 51º.

ManíDe terça a domingoRua Joaquim Antunes, 210Tels.: (11) 3085-4148 e 3062-7458

D.O.M.De segunda-feira a sábadoRua Barão de Capanema, 549Tel.: (11) 3088-0761

EspEcial são paulo

21h Teatro

23h15 Maní

Page 40: ISTOÉ Gente 663

23/5/2012 | 73

A modelo se joga na pista do Louis Lounge: som eletrônico e gente bonita noite adentro

• CortinaOutro programa que ela recomenda é apro-veitar as muitas peças em cartaz pela cidade. Sobretudo os musicais, que têm temporada fértil na cidade com montagens bem-sucedi-das de Tim Maia, com o ator Thiago Abravanel, e A Família Adams, onde brilham Daniel Boaventura e Marisa Orth. Ela indica ainda comédias como as de Marcelo Médici e os vários palcos com stand up comedies espalha-dos pela cidade (ver mais dicas na página 74). “Gosto de todos os tipos de peça, de dramas a comédia. O palco é mágico!”

Dando continuidade a programação, nada melhor do que emendar a ida ao tea-tro com um bom jantar. E falar das opções do assunto da cidade é uma barbada. No menu de alta gastronomia, dois endereços premiadíssimos: o D.O.M. e o Maní, am-bos na lista do The World’s 50 Best Restaurants, editado pela revista britânica Restaurant. No Maní, aliás, Gianne indica o cappelini com mix de cogumelos.

“Aqui é como Nova York neste ponto, mas acho São Paulo mais acolhedora”, compara. Notívaga assumida, ela sugere uma esticadi-

nha para um bar logo após a sobremesa. Sem perder o pique, a repórter do programa Hoje em Dia dirige seu Range Rover preto para o Itaim, onde costuma frequentar os clubs do bairro. O desembarque acontece no recém-inaugurado bar Louis Lounge, com seus lus-tres roxos de néon e o Louis, o drinque mais pedido da casa. “Uma amiga minha veio co-memorar o aniversário aqui e gostei bastan-te. É bem descontraído”, diz. No balcão, a modelo, de 1,80 m chamou a atenção, claro. E não foi difícil um ou outro bonitão espi-char os olhos para ela. Mas, que nada, a moça é comprometida e fez que nem viu.

• MadrugadaDuas horas depois, perto das 3 horas da ma-nhã, Gianne prepara-se para partir. Destino casa? Não! Hora de tomar um capuccino e... fazer compras? “É a melhor hora. Não tem ninguém e é tranquilo. Eu adoro fazer com-pras, fico lendo todos os rótulos, por isso gosto de tranquilidade.” Ok, mas não desta vez. Pit stop na padaria – patrimônio histórico paulis-tano – Galeria dos Pães, nos Jardins. O lugar funciona 24 horas e tem uma delicatessen de primeira. Ali, ela compra coisinhas para o seu café da manhã, bate papo com as atendentes e posa para fotos com fãs.

Na pistaO Louis Lounge, dos sócios Marcus Buaiz, Kako Perroy, Fábio Faria, Marcelo Checon, Marco Affonseca, João Paulo Affonseca e Fabio Fronterotta, é uma filial da badalada casa de Miami e, claro, já caiu no gosto dos moderninhos da cidade.

Louis LoungeDe terça-feira a sábado, das 19h às 3hRua Amauri, 282Tel.: (11) 3079-5020

EspEcial são paulo

0h30 Louis

Page 41: ISTOÉ Gente 663

23/5/2012 | 73

A modelo se joga na pista do Louis Lounge: som eletrônico e gente bonita noite adentro

• CortinaOutro programa que ela recomenda é apro-veitar as muitas peças em cartaz pela cidade. Sobretudo os musicais, que têm temporada fértil na cidade com montagens bem-sucedi-das de Tim Maia, com o ator Thiago Abravanel, e A Família Adams, onde brilham Daniel Boaventura e Marisa Orth. Ela indica ainda comédias como as de Marcelo Médici e os vários palcos com stand up comedies espalha-dos pela cidade (ver mais dicas na página 74). “Gosto de todos os tipos de peça, de dramas a comédia. O palco é mágico!”

Dando continuidade a programação, nada melhor do que emendar a ida ao tea-tro com um bom jantar. E falar das opções do assunto da cidade é uma barbada. No menu de alta gastronomia, dois endereços premiadíssimos: o D.O.M. e o Maní, am-bos na lista do The World’s 50 Best Restaurants, editado pela revista britânica Restaurant. No Maní, aliás, Gianne indica o cappelini com mix de cogumelos.

“Aqui é como Nova York neste ponto, mas acho São Paulo mais acolhedora”, compara. Notívaga assumida, ela sugere uma esticadi-

nha para um bar logo após a sobremesa. Sem perder o pique, a repórter do programa Hoje em Dia dirige seu Range Rover preto para o Itaim, onde costuma frequentar os clubs do bairro. O desembarque acontece no recém-inaugurado bar Louis Lounge, com seus lus-tres roxos de néon e o Louis, o drinque mais pedido da casa. “Uma amiga minha veio co-memorar o aniversário aqui e gostei bastan-te. É bem descontraído”, diz. No balcão, a modelo, de 1,80 m chamou a atenção, claro. E não foi difícil um ou outro bonitão espi-char os olhos para ela. Mas, que nada, a moça é comprometida e fez que nem viu.

• MadrugadaDuas horas depois, perto das 3 horas da ma-nhã, Gianne prepara-se para partir. Destino casa? Não! Hora de tomar um capuccino e... fazer compras? “É a melhor hora. Não tem ninguém e é tranquilo. Eu adoro fazer com-pras, fico lendo todos os rótulos, por isso gosto de tranquilidade.” Ok, mas não desta vez. Pit stop na padaria – patrimônio histórico paulis-tano – Galeria dos Pães, nos Jardins. O lugar funciona 24 horas e tem uma delicatessen de primeira. Ali, ela compra coisinhas para o seu café da manhã, bate papo com as atendentes e posa para fotos com fãs.

Na pistaO Louis Lounge, dos sócios Marcus Buaiz, Kako Perroy, Fábio Faria, Marcelo Checon, Marco Affonseca, João Paulo Affonseca e Fabio Fronterotta, é uma filial da badalada casa de Miami e, claro, já caiu no gosto dos moderninhos da cidade.

Louis LoungeDe terça-feira a sábado, das 19h às 3hRua Amauri, 282Tel.: (11) 3079-5020

EspEcial são paulo

0h30 Louis

Page 42: ISTOÉ Gente 663

14/01/2011 | 74

MAiS DicAS

TeaTro•Um Violinista no Telhado Teatro Alfa Quinta, às 21h; sexta, às 21h30; sábado, às 17h e 21h; domingo, às 17h.Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 – Santo AmaroTels.: (11) 5693-4000 ou 0300 789 3377

•Cada um com os seus pobremaTeatro Frei Caneca Terça e quarta, às 21hRua Frei Caneca, 569Tel.: (11) 3472-2229

•Stand-up ComedyComediansDe terça a domingoRua Augusta, 1.129Tel.: (11) 2615-1129

reSTaUraNTeS•Clos de TapasDe segunda a sábadoRua Domingos Fernandes, 548Tel.: (11) 3045-2291

•Fasano De segunda a sábadoRua Vitório Fasano, 88, Hotel Fasano Tel.: (11) 3896-4000

•La Brasserie erick JacquinDe terça a domingoRua Bahia, 683 São Paulo, 01244-001(11) 3826-5409

BaLaDa•Bar NumeroDe quinta a sábadoRua da Consolação, 3.585Tel.: (11) 3061-3995

•Kiss and FlyDe quinta a sábadoAvenida Juscelino Kubitsckek, 2.041Tel.: (11) 3044-6181 •Bar SecretoDe quinta a sábadoRua Álvaro Anes, 97 http://chez.com.br/barsecreto/

PaDarIaS•Bella PaulistaTodos os dias 24 horasRua Haddock Lobo, 354Tels.: (11) 3214-3347 e 3214-4520

•St. etienne Padaria GourmetTodos os dias 24 horasAlameda Joaquim Eugênio de Lima, 1.417Tel.: (11) 3885-0691

•Villa GranoTodos os dias 24 horasRua Wisard, 500Tel.: (11) 3031-6636

Fim de noite e a apresentadora ainda está no pique. A essa hora, sem trânsito, ela chegará rápido em casa, no bairro de Cidade Jardim, zona sul da cidade. “Se bem que poderia ir de barco, se tivesse um sistema que ligasse as duas pontas do rio Pinheiros, né? Ia deixar a paisa-gem mais bonita também”, sugere. Ao entrar no carro, a modelo se despede e termina a noi-te agradecendo. “Acho que todo mundo colhe o que planta. Meu sonho era ser atriz e fazer jornalismo. Fui e corri atrás. E a cidade teve um papel essencial para que tudo desse certo.” Obrigada, São Paulo. •

Padaria Com mais de 2.500 itens disponíveis, a padaria Galeria dos Pães se tornou um hot spot para quem está voltando da balada ou gosta de comer no meio da madrugada. A variedade é tanta que os clientes podem optar por sopas, lanches e, claro, um clássico pão na chapa.

Galeria dos PãesDe segunda-feira a domingo, 24 horasRua Estados Unidos, 1.645, Jardins.

EspEcial são paulo

3h Galeria dos Pães

Page 43: ISTOÉ Gente 663
Page 44: ISTOÉ Gente 663

ASSINE AGORAISTOÉ GENTE

CLIQUE AQUI

ENTREVISTA com RodRigo SantoRo

“ESToU PRoNTo PARA SER PAI”

MaRia Rita ESPERA Um FILHo do mÚSIco

daVi MoRaES

hebe

Depois de dez anos sem pisar numa praia, a dama da tevê celebra a vida em águas baianas na primeira viagem após a cirurgia que a salvou do câncer

istoegente.com.br

A MORTE DE DONNA SUMMER, A RAINHA DA ERA DISCO

“O bom da morte é que você não sabe quando ela vem”

a emoção De entrar no mar R$ 9,90

97

71

51

68

20

00

03

66

00

IS

SN

15

16

-8

20

4

23/mai/2012ano 13

n° 663

EXCLUSIVO

CANNES 2012EvA lONgORiA, OS mEHORES

lOOkS E A pOlêmICA DO mACHISmO NO fEStIvAl