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9 7 7 1 5 1 6 8 2 0 0 0 0 3 5 6 0 0 ISSN 1516 -8204 A LUTA DE HEBE PRÍNCIPE HARRY ENCANTA O BRASIL R$ 9,90 19/maR/2012 ano 13 n° 653 Três dias após festejar 83 anos na casa de Tom Cavalcante, a dama da tevê é operada às pressas para retirada de tumor no intestino Na quinta-feira 8, Roberto Carlos, Faustão e Jô Soares prestigiaram os aniversariantes. Hebe sentiu-se mal e foi internada na sexta-feira 9 UMA ENTREVISTA COM MADONNA: “NUNCA SONHEI COM PRÍNCIPES" ISABELI FONTANA: CASAMENTO SÓ EM 2013 REYNALDO GIANECCHINI VOLTA AOS PALCOS: “NÃO VEJO A DOENÇA COMO UM CASTIGO” A CASA DE TOM ZÉ EM SÃO PAULO ESPECIAL VIVA ELIS 30 ANOS SEM A MAIOR CANTORA DO BRASIL

ISTOÉ GENTE 653

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ISTOÉ GENTE 653, Hebe Camargo

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I S S N 1 5 1 6 - 8 2 0 4

A LUTA DE HEBE

PRÍNCIPE HARRY ENCANTA O BRASIL

R$ 9,90

19/maR/2012ano 13

n° 653

Três dias após festejar 83 anos na casa de Tom Cavalcante, a dama da tevê

é operada às pressas para retirada de tumor no intestino

Na quinta-feira 8, Roberto Carlos,

Faustão e Jô Soares prestigiaram os aniversariantes. Hebe sentiu-se

mal e foi internada na sexta-feira 9

Uma entrevista com MAdONNA:“nUnca sonhei com príncipes"

ISABELI FONTANA: casamento só em 2013

REYNALdO GIANECCHINI

volta aos palcos:“não vejo a

doença como Um castigo”

a casa de TOM ZÉ em são paUlo

EspEcial ViVa Elis30 anos sem a maior cantora do Brasil

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Três dias após comemorar 83 anos, a apresentadora faz cirurgia de emergência e se recupera bem depois da retirada de um tumor no intestino Bruna narcizo, caroline carvalho e Thaís BoTelho

HEBEFORÇA,

Tom e Patrícia Cavalcante, Roberto Carlos, Hebe Camargo, Fausto Silva, Jô Soares, Chitãozinho e Dudu Braga no momento do “Parabéns” para Hebe e Tom, na quinta-feira 8

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Três dias após comemorar 83 anos, a apresentadora faz cirurgia de emergência e se recupera bem depois da retirada de um tumor no intestino Bruna narcizo, caroline carvalho e Thaís BoTelho

HEBEFORÇA,

Tom e Patrícia Cavalcante, Roberto Carlos, Hebe Camargo, Fausto Silva, Jô Soares, Chitãozinho e Dudu Braga no momento do “Parabéns” para Hebe e Tom, na quinta-feira 8

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• Era para ser um dia especial. Afinal, Hebe Camargo completava 83 anos e, como todo ano, era dia das mulheres. Mas a apresenta-dora não acordou bem na quinta-feira 8. Nem os presentes que chegavam a anima-vam. Hebe sentia enjoo e náuseas. A apre-sentadora decidiu ir até o Hospital Albert Einstein e fez alguns exames.A origem do mal-estar, confirmada logo depois, era um tumor no peritônio (membrana que envolve os órgãos digestivos). O tamanho aumentara muito nos últimos dias e, constatado pelos exames, equivalia ao diâmetro de uma laran-ja. Liberada pelos médicos, ela deixou o hos-pital e almoçou em casa. À noite, continuava desanimada. Justo ela, conhecida pela alegria e pelo pique incansável para festas. Foi só depois de muita insistência do sobrinho Claudio Pessutti que Hebe aceitou passar no apartamento de Tom Cavalcante, que fez 50 anos no mesmo dia.

Era uma festa bastante discreta e fechada. Cerca de 50 pessoas celebravam o aniversá-rio do humorista no apartamento dele no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Hebe

O ator chegou ao local por volta das 14 horas

Capa

era esperada para também ser homenageada. Às 21 horas, ela chegou acompanhada de Claudio e da mulher dele, Helena Caio. Foi uma das primeiras a chegar e mesmo com o desconforto que estava sentindo, não deixou transparecer nada aos outros convidados. Participou de todas as rodinhas, bebeu vinho francês e champanhe. Por volta das 23 horas foi recepcionar Roberto Carlos. Foi seu mo-mento de maior felicidade e entusiasmo, já que passara o dia com o celular na mão espe-rando que ele ligasse. “Pena que ele não quer nada comigo”, brincou. E foi ao lado dele que ela jantou naquela noite. Os convidados podiam escolher entre uma das três opções do menu: robalo com molho madeira, vitelo ou massa recheada com queijo.

Depois da meia-noite os convidados puxa-ram o “Parabéns para você!” e Hebe ganhou um bolo só para ela. “Vocês não poderiam me dar melhor presente!”, disse ela, referindo-se ao Rei. A apresentadora apagou a sua vela do bolo dourado e vermelho e foi sentar-se ao lado dele. Ficaram de mãos dadas, entre co-chichos e risadas. Roberto até contou uma

• “Assim que elA receber AltA, como elA sempre diz: vAmos celebrAr A vidA” •Tom Cavalcante, humorista

Hebe em um dos muitos momentos de descontração da festa com Fausto Silva, Tom Cavalcante e Jô Soares na quinta feira 8, na casa de Tom, em São Paulo

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Hebe emocionada com uma apresentação na

gravação do programa especial de Natal

do SBT, no dia 6 de dezembro de 2010

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• Era para ser um dia especial. Afinal, Hebe Camargo completava 83 anos e, como todo ano, era dia das mulheres. Mas a apresenta-dora não acordou bem na quinta-feira 8. Nem os presentes que chegavam a anima-vam. Hebe sentia enjoo e náuseas. A apre-sentadora decidiu ir até o Hospital Albert Einstein e fez alguns exames.A origem do mal-estar, confirmada logo depois, era um tumor no peritônio (membrana que envolve os órgãos digestivos). O tamanho aumentara muito nos últimos dias e, constatado pelos exames, equivalia ao diâmetro de uma laran-ja. Liberada pelos médicos, ela deixou o hos-pital e almoçou em casa. À noite, continuava desanimada. Justo ela, conhecida pela alegria e pelo pique incansável para festas. Foi só depois de muita insistência do sobrinho Claudio Pessutti que Hebe aceitou passar no apartamento de Tom Cavalcante, que fez 50 anos no mesmo dia.

Era uma festa bastante discreta e fechada. Cerca de 50 pessoas celebravam o aniversá-rio do humorista no apartamento dele no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Hebe

O ator chegou ao local por volta das 14 horas

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era esperada para também ser homenageada. Às 21 horas, ela chegou acompanhada de Claudio e da mulher dele, Helena Caio. Foi uma das primeiras a chegar e mesmo com o desconforto que estava sentindo, não deixou transparecer nada aos outros convidados. Participou de todas as rodinhas, bebeu vinho francês e champanhe. Por volta das 23 horas foi recepcionar Roberto Carlos. Foi seu mo-mento de maior felicidade e entusiasmo, já que passara o dia com o celular na mão espe-rando que ele ligasse. “Pena que ele não quer nada comigo”, brincou. E foi ao lado dele que ela jantou naquela noite. Os convidados podiam escolher entre uma das três opções do menu: robalo com molho madeira, vitelo ou massa recheada com queijo.

Depois da meia-noite os convidados puxa-ram o “Parabéns para você!” e Hebe ganhou um bolo só para ela. “Vocês não poderiam me dar melhor presente!”, disse ela, referindo-se ao Rei. A apresentadora apagou a sua vela do bolo dourado e vermelho e foi sentar-se ao lado dele. Ficaram de mãos dadas, entre co-chichos e risadas. Roberto até contou uma

• “Assim que elA receber AltA, como elA sempre diz: vAmos celebrAr A vidA” •Tom Cavalcante, humorista

Hebe em um dos muitos momentos de descontração da festa com Fausto Silva, Tom Cavalcante e Jô Soares na quinta feira 8, na casa de Tom, em São Paulo

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Hebe emocionada com uma apresentação na

gravação do programa especial de Natal

do SBT, no dia 6 de dezembro de 2010

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27 de outubro de 2010Recuperada, Hebe grava DVD ao lado de nomes da MPB, e em março de 2011 estreia na Rede TV!

8 de maio de 2010 Devota de Nossa Senhora de Fátima, Hebe se emociona na visita à Catedral Metropolitana do Rio

8 de março de 2010 Ela volta aos palcos no SBT e comemora o sucesso da primeira fase do seu tratamento

8 de janeiro de 2010 Hebe descobre o câncer. Retira nódulos por laparoscopia, começa a quimio e, no dia 20, (foto) recebe alta da internação

Sorrir sempreNa árdua batalha contra o câncer no peritônio, que já dura dois anos, Hebe esbanja otimismo. Abaixo, momentos marcantes da luta:

piada que conseguiu arrancar gargalhadas dela: “Um cara estava correndo na esteira e falou para o parceiro que corria ao lado: - Cara, eu tenho que emagrecer dez quilos até o Natal. - O peru respondeu: eu também!”. Por volta da 1h30 Hebe foi embora, meio de fininho sem falar tchau para ninguém, du-rante o discurso de Tom Cavalcante.

Ao voltar para casa a apresentadora passou muito mal durante a noite inteira. Com muita dor e náuseas, causados pelo crescimento do tumor que aumentou no último mês e estava obstruindo o intestino. Na sexta-feira 9 de manhã ela foi internada e, por mais que os mé-dicos relutassem em realizar a cirurgia pela idade dela, já não havia outra opção. Ela ficou os dois dias seguintes realizando exames. “A cirurgia não estava prevista. Foi na quinta que decidimos. O tumor aumentou no último mês e optamos por retirá-lo. Porque os enjoos, do-res e náuseas estavam fortes, era mais fácil tirar do que tratar”, disse o oncologista Sergio Si-mon, que a acompanha. “Em câncer no peri-tônio, o tamanho é o que menos importa. A localização é mais importante. Às vezes o tu-mor é pequeno e faz um estrago grande.”

• Nova luta• A reincidência do câncer no peritônio foi diagnosticada em julho de 2011, depois da realização de exames de rotina, como Gente noticiou no início de outubro. Desde que re-cebeu o primeiro diagnóstico do tumor, em janeiro de 2010, Hebe criou uma estrutura hospitalar dentro de sua casa. E foi graças a esse esquema especial que ela conseguiu manter a discrição. Algumas sessões de qui-mioterapia, apenas, eram feitas no hospital e ela usava uma entrada de funcionários para não chamar a atenção.

A equipe médica, no entanto, não queria operá-la pela idade avançada e os riscos que qualquer cirurgia é capaz de proporcionar. Sendo assim, optaram pela quimioterapia com sessões a cada três ou quatro semanas. A ultima foi feita há apenas quatro semanas. Mas no último mês, o tumor aumentou mui-to de tamanho e Hebe estava enjoando há vários dias. Às 15 horas do domingo 11, de-pois de dois dias internada, ela deu entrada no centro cirúrgico. A operação durou cerca de três horas e meia. “Todos ficaram muito felizes. A cirurgia foi rápida e conseguiram tirar todo o tumor”, contou um amigo. Hebe ficaria na UTI até a manhã de terça-feira. Claudio e Helena se revezam na vigília com ela no quarto.

Na segunda de manhã, Hebe estava muito

• “o tumor Aumentou no último mês e optAmos por retirá-lo” •Sérgio Simon, oncologista. Ele diz que a localização do tumor - do tamanho de uma laranja - foi determinante na decisão pela cirurgia

Ela recebe o carinho do amigo Tom Cavalcante na hora do “Parabéns”

O retorno aos palcos no dia do seu aniversário, depois de vencer a primeira batalha contra o câncer, em 8 de março de 2010

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“Foi uma noite mágica”, diz Tom

O humorista fala da festa de seus 50 anos e do futuro profissional após 20 anos de carreira

Como foi a festa?Foi uma noite mágica, ao lado de pessoas que eu amo e contando muitas histórias engraçadas de nossas vidas. Como quando o Roberto me deu um Corvette conversível. Até hoje está difícil de assimilar.

Como é essa amizade com o Roberto?Tenho nele um amigo e um irmão de verdade. Um cara que me deu oportunidade de estar ao seu lado em grandes eventos, como num show em 1994, em Minas Gerais, onde conheci minha mulher, Patrícia, que é filha de Suzana, assessora dele. Já se vão 18 anos de muito respeito e carinho por esse cara, mora?

Quando volta à tevê?No momento quero curtir mais a família e viajar com meu show pelo País. Quero me reciclar, criar personagens, ter contatos com as fontes do meu Brasil e, um dia, volto a tevê.

27 de setembro de 2011 Ela anuncia no programa que vinha fazendo quimioterapia “preventiva”. Mas o tumor já havia reincidido em julho

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27 de outubro de 2010Recuperada, Hebe grava DVD ao lado de nomes da MPB, e em março de 2011 estreia na Rede TV!

8 de maio de 2010 Devota de Nossa Senhora de Fátima, Hebe se emociona na visita à Catedral Metropolitana do Rio

8 de março de 2010 Ela volta aos palcos no SBT e comemora o sucesso da primeira fase do seu tratamento

8 de janeiro de 2010 Hebe descobre o câncer. Retira nódulos por laparoscopia, começa a quimio e, no dia 20, (foto) recebe alta da internação

Sorrir sempreNa árdua batalha contra o câncer no peritônio, que já dura dois anos, Hebe esbanja otimismo. Abaixo, momentos marcantes da luta:

piada que conseguiu arrancar gargalhadas dela: “Um cara estava correndo na esteira e falou para o parceiro que corria ao lado: - Cara, eu tenho que emagrecer dez quilos até o Natal. - O peru respondeu: eu também!”. Por volta da 1h30 Hebe foi embora, meio de fininho sem falar tchau para ninguém, du-rante o discurso de Tom Cavalcante.

Ao voltar para casa a apresentadora passou muito mal durante a noite inteira. Com muita dor e náuseas, causados pelo crescimento do tumor que aumentou no último mês e estava obstruindo o intestino. Na sexta-feira 9 de manhã ela foi internada e, por mais que os mé-dicos relutassem em realizar a cirurgia pela idade dela, já não havia outra opção. Ela ficou os dois dias seguintes realizando exames. “A cirurgia não estava prevista. Foi na quinta que decidimos. O tumor aumentou no último mês e optamos por retirá-lo. Porque os enjoos, do-res e náuseas estavam fortes, era mais fácil tirar do que tratar”, disse o oncologista Sergio Si-mon, que a acompanha. “Em câncer no peri-tônio, o tamanho é o que menos importa. A localização é mais importante. Às vezes o tu-mor é pequeno e faz um estrago grande.”

• Nova luta• A reincidência do câncer no peritônio foi diagnosticada em julho de 2011, depois da realização de exames de rotina, como Gente noticiou no início de outubro. Desde que re-cebeu o primeiro diagnóstico do tumor, em janeiro de 2010, Hebe criou uma estrutura hospitalar dentro de sua casa. E foi graças a esse esquema especial que ela conseguiu manter a discrição. Algumas sessões de qui-mioterapia, apenas, eram feitas no hospital e ela usava uma entrada de funcionários para não chamar a atenção.

A equipe médica, no entanto, não queria operá-la pela idade avançada e os riscos que qualquer cirurgia é capaz de proporcionar. Sendo assim, optaram pela quimioterapia com sessões a cada três ou quatro semanas. A ultima foi feita há apenas quatro semanas. Mas no último mês, o tumor aumentou mui-to de tamanho e Hebe estava enjoando há vários dias. Às 15 horas do domingo 11, de-pois de dois dias internada, ela deu entrada no centro cirúrgico. A operação durou cerca de três horas e meia. “Todos ficaram muito felizes. A cirurgia foi rápida e conseguiram tirar todo o tumor”, contou um amigo. Hebe ficaria na UTI até a manhã de terça-feira. Claudio e Helena se revezam na vigília com ela no quarto.

Na segunda de manhã, Hebe estava muito

• “o tumor Aumentou no último mês e optAmos por retirá-lo” •Sérgio Simon, oncologista. Ele diz que a localização do tumor - do tamanho de uma laranja - foi determinante na decisão pela cirurgia

Ela recebe o carinho do amigo Tom Cavalcante na hora do “Parabéns”

O retorno aos palcos no dia do seu aniversário, depois de vencer a primeira batalha contra o câncer, em 8 de março de 2010

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“Foi uma noite mágica”, diz Tom

O humorista fala da festa de seus 50 anos e do futuro profissional após 20 anos de carreira

Como foi a festa?Foi uma noite mágica, ao lado de pessoas que eu amo e contando muitas histórias engraçadas de nossas vidas. Como quando o Roberto me deu um Corvette conversível. Até hoje está difícil de assimilar.

Como é essa amizade com o Roberto?Tenho nele um amigo e um irmão de verdade. Um cara que me deu oportunidade de estar ao seu lado em grandes eventos, como num show em 1994, em Minas Gerais, onde conheci minha mulher, Patrícia, que é filha de Suzana, assessora dele. Já se vão 18 anos de muito respeito e carinho por esse cara, mora?

Quando volta à tevê?No momento quero curtir mais a família e viajar com meu show pelo País. Quero me reciclar, criar personagens, ter contatos com as fontes do meu Brasil e, um dia, volto a tevê.

27 de setembro de 2011 Ela anuncia no programa que vinha fazendo quimioterapia “preventiva”. Mas o tumor já havia reincidido em julho

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bem e chegou a fazer piadas. “Ela está bem, confortável e falando os palavrões de sem-pre”, brincou outro amigo. O boletim médi-co divulgado pelo hospital na tarde da segun-da-feira 12 afirmou: “Após 24 horas da cirurgia as condições da paciente são estáveis. Ela recebe visita apenas dos familiares, já se levantou da cama e a evolução é favorável.” A alta está prevista para o final da semana.

• Amigos e trabalho• Durante a gravação do programa especial de seu aniversário na Rede TV, no dia 5, Hebe teve um mal-estar e o coquetel, pro-gramado para depois do programa, acabou sendo cancelado. No palco, ela recebeu Luan Santana, Paula Fernandes, Leonardo e ou-tros. Hebe ganhou um bolo e apagou veli-nhas no ar. Outro compromisso cancelado foi na segunda-feira 12. Roberto Justus e Ti-ciane Pinheiro tinham marcado um jantar para Hebe. Eles assistiriam juntos a estreia do talk show comandado por ele, com a par-ticipação da loira. Mas, uma semana antes Claudio avisou ao casal que ela não iria. A operação ainda não estava marcada, mas era quase certa a sua realização.

Tom Cavalcante ficou sabendo da cirurgia durante a festa, na quinta-feira 8. Amigo de Hebe há 20 anos, o humorista, está otimista. “A Hebe sempre nós dá palavras de carinho. Tenho certeza de que muitas risadas estarão reservadas, regadas a um bom vinho. Assim que ela receber alta, como ela sempre diz: va-mos celebrar a vida.” •

• “elA está bem, confortável e fAlAndo os pAlAvrões de sempre” •Um amigo da apresentadora na tarde da segunda-feira 12

Acima, a gravação do programa especial de aniversário e Dia das Mulheres da segunda-feira 5; ao lado, ela dá um selinho em Leonardo; abaixo, o bolo que ela ganhou da produção

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Harry no Brasil

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• “Ele é carioca!”, brincava o prefeito do Rio, Eduardo Paes, referindo-se ao visitante ilustre. Na noite da sexta-feira 9, aos pés do Morro da Urca e diante da bateria e de pas-sistas da escola de samba União da Ilha, o rapaz ruivo de 1,89 m de altura não sambou, mas reverenciou a bandeira da agremiação como manda o figurino na terra do zirigui-dum. O momento simbolizou o primeiro dia de Harry, o príncipe sangue bom, filho de Charles e Lady Di, no Brasil. A visita oficial marcou o Jubileu de Diamante da avó do rapaz, rainha Elizabeth II, há 60 anos no trono, e serviu para promover ações sociais financiadas pelo governo britânico pelo mundo. E quem melhor do que o carismá-tico Harry para ser garoto-propaganda do que é ser “social”?

Sua passagem pelo Rio foi um show de bom comportamento e simpatia. Ele desem-barcou às 7 horas da sexta no Aeroporto do Galeão, de onde seguiu para descansar no hotel Windsor. Lá, o príncipe se instalou em uma suíte executiva de 55 metros quadrados no 31º andar, com vista para as praias do Leme e de Copacabana. Com o sol brilhan-do lá fora, ele dispensou uma massagem re-laxante no SPA do hotel e foi para a rua.

Na tarde do sábado 10, Harry quebra o protocolo e se ajoelha no meio das crianças da favela no Morro do Alemão: gesto de humildade digno de sua mãe, Lady Di

príncipe sangue

bomEm sua primeira visita ao País, Harry, o terceiro

na linha sucessória ao trono da Inglaterra, cumpre agenda social, come churrasco, sobe o

Morro do Alemão e mostra que carrega no DNA o carisma da mãe, Lady Di

POR Samia mazzucco

Mas

ao G

oto

Filh

o/Ag

.Isto

É

Queria conhecer a cidade da qual seu pai tanto falava em casa.

“Mal posso acreditar que estou aqui. Com o passar dos anos, tenho ouvido mui-to sobre este lugar extraordinário. Na ver-dade, desde que meu pai me disse que cer-ta vez (em 1978) esteve aqui e dançou ao lado de uma bela moça (passista da Beija-Flor) chamada Pinah, aquilo ficou preso em minha mente por alguma razão”, con-tou ele à noite. Durante o dia, Harry almo-çou em uma churrascaria em Botafogo, passeou de helicóptero pelos pontos turís-ticos da cidade e terminou a tarde no bote-quim Astor, em Ipanema. Na comanda, juram os garçons, só tinha refrigerante marcado. E uma porção mista de pastéis de carne, camarão e queijo.

Na festa para 700 convidados, na Urca, ele falou da campanha Great, que busca ge-rar benefícios econômicos trazidos pelos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres. Seu discurso no palco, porém, foi marcado pela descontração. Sobrou até para o irmão, William. “Tudo no Rio faz você querer dançar. Estou agradecido que meu irmão não esteja aqui porque ele não tem habilida-de e isso não seria nada legal”, brincou.

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Harry no Brasil

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• “Ele é carioca!”, brincava o prefeito do Rio, Eduardo Paes, referindo-se ao visitante ilustre. Na noite da sexta-feira 9, aos pés do Morro da Urca e diante da bateria e de pas-sistas da escola de samba União da Ilha, o rapaz ruivo de 1,89 m de altura não sambou, mas reverenciou a bandeira da agremiação como manda o figurino na terra do zirigui-dum. O momento simbolizou o primeiro dia de Harry, o príncipe sangue bom, filho de Charles e Lady Di, no Brasil. A visita oficial marcou o Jubileu de Diamante da avó do rapaz, rainha Elizabeth II, há 60 anos no trono, e serviu para promover ações sociais financiadas pelo governo britânico pelo mundo. E quem melhor do que o carismá-tico Harry para ser garoto-propaganda do que é ser “social”?

Sua passagem pelo Rio foi um show de bom comportamento e simpatia. Ele desem-barcou às 7 horas da sexta no Aeroporto do Galeão, de onde seguiu para descansar no hotel Windsor. Lá, o príncipe se instalou em uma suíte executiva de 55 metros quadrados no 31º andar, com vista para as praias do Leme e de Copacabana. Com o sol brilhan-do lá fora, ele dispensou uma massagem re-laxante no SPA do hotel e foi para a rua.

Na tarde do sábado 10, Harry quebra o protocolo e se ajoelha no meio das crianças da favela no Morro do Alemão: gesto de humildade digno de sua mãe, Lady Di

príncipe sangue

bomEm sua primeira visita ao País, Harry, o terceiro

na linha sucessória ao trono da Inglaterra, cumpre agenda social, come churrasco, sobe o

Morro do Alemão e mostra que carrega no DNA o carisma da mãe, Lady Di

POR Samia mazzucco

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Queria conhecer a cidade da qual seu pai tanto falava em casa.

“Mal posso acreditar que estou aqui. Com o passar dos anos, tenho ouvido mui-to sobre este lugar extraordinário. Na ver-dade, desde que meu pai me disse que cer-ta vez (em 1978) esteve aqui e dançou ao lado de uma bela moça (passista da Beija-Flor) chamada Pinah, aquilo ficou preso em minha mente por alguma razão”, con-tou ele à noite. Durante o dia, Harry almo-çou em uma churrascaria em Botafogo, passeou de helicóptero pelos pontos turís-ticos da cidade e terminou a tarde no bote-quim Astor, em Ipanema. Na comanda, juram os garçons, só tinha refrigerante marcado. E uma porção mista de pastéis de carne, camarão e queijo.

Na festa para 700 convidados, na Urca, ele falou da campanha Great, que busca ge-rar benefícios econômicos trazidos pelos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres. Seu discurso no palco, porém, foi marcado pela descontração. Sobrou até para o irmão, William. “Tudo no Rio faz você querer dançar. Estou agradecido que meu irmão não esteja aqui porque ele não tem habilida-de e isso não seria nada legal”, brincou.

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• Suor real• No dia seguinte, às 8h45 – 15 minutos an-tes do início de sua agenda – lá estava ele, no Aterro do Flamengo, vestindo calça de abri-go, camisa polo e tênis. Com uma bandeira do Brasil em punho, Harry deu o sinal para a largada da corrida e, logo em seguida, uniu-se às crianças e famílias competidoras. Atlético, o príncipe emendou a corrida em uma partida de rúgby com crianças de esco-las locais por 15 minutos, sob um sol escal-dante. Chique, secava o suor com um lenço azul-marinho. Em seguida, Harry vestiu uma camisa da Seleção Brasileira e encarou uma aula de vôlei de praia com atletas reno-mados do esporte, como Carlão e Adriana Behar. “Ele é muito simpático, muito sim-ples e disposto, se atirou na areia. Disse que estava muito feliz e se sentindo muito à vontade no Rio”, contou a atleta.

• “Mal posso acreditar que estou aqui. coM o passar dos anos, tenho ouvido Muito sobre este lugar extraordinário” •

Ure feuis alit vullutpate feum diamet, core vel

Harry no Brasil

Nos braços do povo: Harry conquistou os cariocas com seu carisma. Acima, no palco com Diogo Nogueira. Abaixo, na volta do passeio de helicóptero, e com a máscara do irmão, William, após corrida na manhã do dia 10

No bar Astor, onde provou pastéis e bebeu refrigerante. Abaixo, ele faz careta para as crianças, e o bilhete deixado por ele no hotel, agradecendo à estadia

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• Suor real• No dia seguinte, às 8h45 – 15 minutos an-tes do início de sua agenda – lá estava ele, no Aterro do Flamengo, vestindo calça de abri-go, camisa polo e tênis. Com uma bandeira do Brasil em punho, Harry deu o sinal para a largada da corrida e, logo em seguida, uniu-se às crianças e famílias competidoras. Atlético, o príncipe emendou a corrida em uma partida de rúgby com crianças de esco-las locais por 15 minutos, sob um sol escal-dante. Chique, secava o suor com um lenço azul-marinho. Em seguida, Harry vestiu uma camisa da Seleção Brasileira e encarou uma aula de vôlei de praia com atletas reno-mados do esporte, como Carlão e Adriana Behar. “Ele é muito simpático, muito sim-ples e disposto, se atirou na areia. Disse que estava muito feliz e se sentindo muito à vontade no Rio”, contou a atleta.

• “Mal posso acreditar que estou aqui. coM o passar dos anos, tenho ouvido Muito sobre este lugar extraordinário” •

Ure feuis alit vullutpate feum diamet, core vel

Harry no Brasil

Nos braços do povo: Harry conquistou os cariocas com seu carisma. Acima, no palco com Diogo Nogueira. Abaixo, na volta do passeio de helicóptero, e com a máscara do irmão, William, após corrida na manhã do dia 10

No bar Astor, onde provou pastéis e bebeu refrigerante. Abaixo, ele faz careta para as crianças, e o bilhete deixado por ele no hotel, agradecendo à estadia

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• “Oi, alemão!”• Depois de almoçar no hotel – pediu ham-búrguer, fritas, salada verde, água de coco e quatro brigadeiros de sobremesa –, Harry partiu à tarde para seu último compromisso na cidade: uma visita à favela pacificada do Alemão, na zona norte. Acompanhado do Secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame, Harry andou no te-leférico que liga o asfalto ao topo do morro e foi recepcionado por um coral de crianças. Ali, ele quebrou o protocolo e deixou sua se-gurança em alerta, ao se aproximar das crian-ças, abraçando e sendo abraçado por elas. Era Harry, nos braços do povo carioca.

Após uma breve partida de críquete e a inauguração de uma instituição que assiste os moradores da comunidade (Educap), Harry subiu ao palco onde o sambista Diogo No-gueira se apresentaria. O “gringo” pegou o microfone e falou em bom português: “Oi, alemão, tudo bem?”. Foi ovacionado e virou o príncipe dos cariocas. •

Com o prefeito Eduardo Paes, cumprimentando a porta-bandeira da União da Ilha, na sexta 9. Abaixo, em partida de críquete e vôlei de areia, no Aterro do Flamengo

Descontraído, Harry jogou rúgbi com as crianças, rolou na areia e fez a maior farra: “Ele se sentiu em casa”, disse a jogadora de vôlei Adriana Behar

• “tudo no rio faz você querer dançar. estou agradecido que Meu irMão não esteja aqui porque ele não teM habilidade e isso não seria nada legal” •

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• “Oi, alemão!”• Depois de almoçar no hotel – pediu ham-búrguer, fritas, salada verde, água de coco e quatro brigadeiros de sobremesa –, Harry partiu à tarde para seu último compromisso na cidade: uma visita à favela pacificada do Alemão, na zona norte. Acompanhado do Secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame, Harry andou no te-leférico que liga o asfalto ao topo do morro e foi recepcionado por um coral de crianças. Ali, ele quebrou o protocolo e deixou sua se-gurança em alerta, ao se aproximar das crian-ças, abraçando e sendo abraçado por elas. Era Harry, nos braços do povo carioca.

Após uma breve partida de críquete e a inauguração de uma instituição que assiste os moradores da comunidade (Educap), Harry subiu ao palco onde o sambista Diogo No-gueira se apresentaria. O “gringo” pegou o microfone e falou em bom português: “Oi, alemão, tudo bem?”. Foi ovacionado e virou o príncipe dos cariocas. •

Com o prefeito Eduardo Paes, cumprimentando a porta-bandeira da União da Ilha, na sexta 9. Abaixo, em partida de críquete e vôlei de areia, no Aterro do Flamengo

Descontraído, Harry jogou rúgbi com as crianças, rolou na areia e fez a maior farra: “Ele se sentiu em casa”, disse a jogadora de vôlei Adriana Behar

• “tudo no rio faz você querer dançar. estou agradecido que Meu irMão não esteja aqui porque ele não teM habilidade e isso não seria nada legal” •

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“ele é fofo!”

Após a partida de polo no interior de São Paulo, Harry ganha fãs entre as socialites paulistanas e até um beijo – no rosto – da modelo Fernanda Motta. À noite, o príncipe se encantou com Heleninha Bordon, com quem conversouPOR ThaíS BoTelho

• Se nos contos de fada é o príncipe quem beija a plebeia, em Monte Mor, a 120 km de São Paulo, a coisa se inverteu. Harry, que de-pois do Rio, desembarcou em voo de carreira (de mochila nas costas e tudo) em Campinas, na noite do sábado 10, para disputar uma partida beneficente de polo no Haras Laris-sa, foi quem ganhou o beijo da top plebeia Fernanda Motta. A modelo, de 31 anos, en-tregou o troféu para o príncipe – cujo time, o Sentebale, venceu o St. Régis, liderado por Rico Mansur – e quebrou a formalidade do evento, beijando o rapaz no rosto.

“Nem sabia que não poderia beijá-lo, já que fiz o mesmo com todos os outros jogadores. Fiquei bem nervosa, pois o conheci momen-tos antes da partida, mas ele é muito simpáti-co”, contou Fernanda à Gente. A ousadia da modelo, que usou um vestido Diane von Furstenberg, foi apreciada pelo herdeiro do trono real inglês. Sem intimidar-se, Harry ra-pidamente fez o sinal de positivo com os dois polegares logo após receber o cumprimento e agradeceu em português: “Obrigado”. “É um príncipe, né, gente?”, brincou Fernanda.

Á esq., Harry disputando a jogada com Rico Mansur, e na chegada ao evento na carruagem ao lado do anfitrião Álvaro Coelho da Fonseca, Kedge Martin, CEO da Sentebale, e um dos seguranças do príncipe

Christian Porta, patrocinador da Sentebale Royal Salute Polo Cup, observa o beijo de Fernanda Motta no príncipe

Foto

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“ele é fofo!”

Após a partida de polo no interior de São Paulo, Harry ganha fãs entre as socialites paulistanas e até um beijo – no rosto – da modelo Fernanda Motta. À noite, o príncipe se encantou com Heleninha Bordon, com quem conversouPOR ThaíS BoTelho

• Se nos contos de fada é o príncipe quem beija a plebeia, em Monte Mor, a 120 km de São Paulo, a coisa se inverteu. Harry, que de-pois do Rio, desembarcou em voo de carreira (de mochila nas costas e tudo) em Campinas, na noite do sábado 10, para disputar uma partida beneficente de polo no Haras Laris-sa, foi quem ganhou o beijo da top plebeia Fernanda Motta. A modelo, de 31 anos, en-tregou o troféu para o príncipe – cujo time, o Sentebale, venceu o St. Régis, liderado por Rico Mansur – e quebrou a formalidade do evento, beijando o rapaz no rosto.

“Nem sabia que não poderia beijá-lo, já que fiz o mesmo com todos os outros jogadores. Fiquei bem nervosa, pois o conheci momen-tos antes da partida, mas ele é muito simpáti-co”, contou Fernanda à Gente. A ousadia da modelo, que usou um vestido Diane von Furstenberg, foi apreciada pelo herdeiro do trono real inglês. Sem intimidar-se, Harry ra-pidamente fez o sinal de positivo com os dois polegares logo após receber o cumprimento e agradeceu em português: “Obrigado”. “É um príncipe, né, gente?”, brincou Fernanda.

Á esq., Harry disputando a jogada com Rico Mansur, e na chegada ao evento na carruagem ao lado do anfitrião Álvaro Coelho da Fonseca, Kedge Martin, CEO da Sentebale, e um dos seguranças do príncipe

Christian Porta, patrocinador da Sentebale Royal Salute Polo Cup, observa o beijo de Fernanda Motta no príncipe

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• Caridade• Após o jogo, cerca de 400 convidados sen-tados participaram de um almoço para o príncipe, preparado pelo bufê Charlô. Fer-nanda e o marido, o empresário Roger Ro-drigues, estavam na mesa 13, mas foram con-vidados pelo príncipe para almoçarem todos juntos, na mesa 22. Um detalhe: na mesa ao lado, três agentes femininas britânicas disfar-çadas cuidavam de dissuadir as fãs do prínci-pe nos pedidos de fotos e autógrafos.

Antes de provar os pratos – caldinho de feijão, ravióli de mussarela de búfala e sorvete de iogurte com calda de frutas vermelhas –, o príncipe fez um breve discurso: “A coisa mais importante na vida são as crianças. Eu cresci na companhia da minha mãe e do meu pai, mas com um grande número de crianças gri-tando na porta ao lado. Sei que sou privilegia-do de estar nessa posição e, com isso, espero continuar sendo capaz de chamar a atenção para as crianças menos favorecidas ao redor do mundo”, disse ele, muito aplaudido.

Por volta das 19 horas, um leilão benefi-cente teve início, com peças que iam de ves-tido da Hebe Camargo a uma camisa do

Fernanda Motta, Christian Porta, presidente de Chivas Brothers, e a equipe Sentebale, de Harry

Heleninha Bordon; a preferida de Harry

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Santos Futebol Clube, assinada por Neymar – que tietou o príncipe e pediu uma foto.

• Balada• Hospedado na casa do empresário Álvaro Coelho da Fonseca, no próprio haras, Harry propôs ao grupo de convidados que o acom-panhou até a noite. “Vamos fazer uma festa?” Animado, ele e o grupo de pouco mais de dez pessoas ferveram ao som de música alta e bebida até às três da manhã. Quem mais chamou a atenção do filho da Lady Di? A empresária da moda Heleninha Bordon. “Ele é um fofo, supersimpático, easy going e nada tímido”, definiu ela. Se rolou um clima? Ela esquivou-se da resposta e negou até que tivesse trocado telefones com ele. “Tinha muita gente em volta, né?”, desconversou. garantindo que o papo girou sobre Londres, onde ela já morou. Harry ainda visitaria o Pantanal durante a semana, hospedado na fazenda de um empresário paulista. O ceri-monial real não confirmou o paradeiro dele tampouco a data que deixaria o País. •(colaBorou Bianca zaramella)

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Diversão & Arte

• Jorge Fernando assina o texto, a dire-ção e é o único ator em cena em Salve Jorge. Dito assim, parece demais. Mas não podia ser diferente. Afinal, esse espetáculo é uma panorâmica da sua vida – desde a infância no Méier até os dias de hoje, como artista consagrado na televisão e no teatro. “Sei o que é lotar um teatro”, garante Jorge, referindo-se aos 12 anos em que apresentou Boom. Seguindo o formato do trabalho anterior, ele conta histórias e improvisa com o público numa estrutura aberta, que varia a cada apresentação. Normalmente lem-brado pelas muitas novelas e pelos diver-sos shows que dirigiu, ele comprova, em

• Pode-se dizer que Salve Jorge surgiu a partir de um desejo de falar no palco sobre a sua vida?• Sim. É uma revisão da minha trajetória. Queria fazer um espetáculo na trilha de Boom. Durante esse tempo exercitei muito a troca com a plateia, o improvi-so. Procurei manter a linha de show. Fiquei pensando se falar sobre a minha vida poderia soar pretensioso. De início, o título do espetáculo era Escândalo. Havia um percurso dramatúrgico que justificava começar a falar sobre mim. Mas, depois, achei que seria ridículo tentar esconder que estou me homena-geando. Foi nesse momento que surgiu o título de Salve Jorge. Afinal, tenho esse nome por causa de São Jorge.

• Por que você decidiu perpetuar o formato de Boom?• Eu apresentei Boom ao longo de 12 anos. Rodei o Brasil quatro vezes. E, nesse momento, tenho vontade de fazer o que gosto. Se comédia e popu-lar são vistos como menores, então sou menor. Mas posso dizer que sei o que é lotar um teatro.

• Em Salve Jorge, você lembra também de sua infância?• Abordo a infância, época em que sofria bullying. Era chamado de mari-quinha na rua.

• Você traça um panorama de seus feitos artísticos?• Sim. Falo, inclusive, trechos de textos de autores como (Edward) Albee e (Franz) Kafka, remetendo à conexão que tinha com o teatrão. Comecei no teatro vinculado a autores sérios. Não gostava da tevê. Até que Fernando Pinto me mostrou que eu poderia fazer tudo com purpurina. Aprendi sobre shows com ele. Durante Salve Jorge, lembro ainda de espetáculos que dirigi, tanto monta-gens teatrais, como Pequeno Dicionário Amoroso, quanto grandes shows de diversos cantores. Trago à tona casos, como o da atriz que apareceu dormindo em cena em A Estrela Dalva.

• Você esteve próximo aos Dzi Croquettes e ao teatro besteirol...• Os Dzi Croquettes praticamente me

adotaram. Ninguém nunca mais fez nada tão irreverente quanto os Dzi. Só Dercy Gonçalves. Eu me sinto pai do besteirol e dinossauro da stand-up comedy. Só não gosto da cortina preta da stand-up. Em meus espetáculos uso muito o cenário.

• Você dirigiu a primeira versão de Guerra dos Sexos na década de 80 e agora está à frente do remake da novela. Acha que o telespectador mudou ao longo dos anos?• Sim. Hoje o telespectador tem mais opções de entretenimento. E quem chegava em casa às 19h, agora só chega às 21h. O ritmo do mundo mudou e a dramaturgia precisa ser contaminada por isto. Mas também não pode ser tão rápido a ponto de o público não conse-guir acompanhar a história. A nova ver-são de Guerra dos Sexos está sendo mais delicada para mim porque tenho um vínculo afetivo com o trabalho que fiz nos anos 80.

• Você se considera nostálgico?• À medida que envelhecemos, vamos

‘‘Fiquei pensando se falar sobre a minha vida poderia soar pretensioso. (...)Mas, depois, achei que seria ridículo tentar esconder que estou me homenageando”

teatro • Jorge Fernandoavalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom

★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

“Eu mE sinto pai do bEstEirol E

dinossauro da stand-up comEdy”, diz

JorgE FErnando

“SEi o quE é lotar um

teatro”

cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

o ator e diretor fala sobre

Salve Jorge, espetáculo

autobiográfico, e sua

relação com o teatro

besteirol. o diretor relata

ainda um caso de bullying

sofrido na infância, e se diz

mais seguro no trabalho

Daniel Schenker

ficando nostálgicos. Antigamente, havia mais esperança, anseio por um mundo melhor. As pessoas saíam à noite em busca de diversão, não de confusão. Acho que precisamos de uma política espiritual nos dias de hoje. Todo mundo quer o mesmo tênis, a mesma cobertura. Mas como você pode ficar bem se há milhares de pes-soas sem saúde?

• Como você avalia as mudanças pelas quais passou ao longo do tempo?• Eu me tornei mais seguro. Quando isso acontece, deixamos de dar ata-ques, passamos mais estabilidade para as equipes com as quais trabalhamos. O segredo é aprender a ouvir. Fui me tornando mais delicado no trato. Durante as gravações de Dercy de Verdade não houve um grito. Tudo foi planejado e cumprido dentro do prazo. Considero um ponto alto na minha carreira.

Teatro dos 4 – r. Marquês de São Vicente, 52 / 2º andar (Shopping da Gávea), Rio, tel. (21) 2274-9895. Até 29/4. (12 anos)

Salve Jorge, que fez bem mais. Seu nome está ligado a montagens próximas do célebre besteirol dos anos 80. Esteve em A Estrela Dalva, encenação centrada em Dalva de Oliveira que, de certo modo, marcou o início da onda contínua dos musicais biográficos. E, ainda no terreno do musical, dirigiu alguns protagonizados por Cláudia Raia em que prestava home-nagem ao Teatro de Revista. Agora, está envolvido com o remake de Guerra dos Sexos, novela de sucesso que conduziu nos anos 80, escrita por Silvio de Abreu, um dos seus principais parceiros dentro da televisão, assim como Guel Arraes e Roberto Talma.

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• Jorge Fernando assina o texto, a dire-ção e é o único ator em cena em Salve Jorge. Dito assim, parece demais. Mas não podia ser diferente. Afinal, esse espetáculo é uma panorâmica da sua vida – desde a infância no Méier até os dias de hoje, como artista consagrado na televisão e no teatro. “Sei o que é lotar um teatro”, garante Jorge, referindo-se aos 12 anos em que apresentou Boom. Seguindo o formato do trabalho anterior, ele conta histórias e improvisa com o público numa estrutura aberta, que varia a cada apresentação. Normalmente lem-brado pelas muitas novelas e pelos diver-sos shows que dirigiu, ele comprova, em

• Pode-se dizer que Salve Jorge surgiu a partir de um desejo de falar no palco sobre a sua vida?• Sim. É uma revisão da minha trajetória. Queria fazer um espetáculo na trilha de Boom. Durante esse tempo exercitei muito a troca com a plateia, o improvi-so. Procurei manter a linha de show. Fiquei pensando se falar sobre a minha vida poderia soar pretensioso. De início, o título do espetáculo era Escândalo. Havia um percurso dramatúrgico que justificava começar a falar sobre mim. Mas, depois, achei que seria ridículo tentar esconder que estou me homena-geando. Foi nesse momento que surgiu o título de Salve Jorge. Afinal, tenho esse nome por causa de São Jorge.

• Por que você decidiu perpetuar o formato de Boom?• Eu apresentei Boom ao longo de 12 anos. Rodei o Brasil quatro vezes. E, nesse momento, tenho vontade de fazer o que gosto. Se comédia e popu-lar são vistos como menores, então sou menor. Mas posso dizer que sei o que é lotar um teatro.

• Em Salve Jorge, você lembra também de sua infância?• Abordo a infância, época em que sofria bullying. Era chamado de mari-quinha na rua.

• Você traça um panorama de seus feitos artísticos?• Sim. Falo, inclusive, trechos de textos de autores como (Edward) Albee e (Franz) Kafka, remetendo à conexão que tinha com o teatrão. Comecei no teatro vinculado a autores sérios. Não gostava da tevê. Até que Fernando Pinto me mostrou que eu poderia fazer tudo com purpurina. Aprendi sobre shows com ele. Durante Salve Jorge, lembro ainda de espetáculos que dirigi, tanto monta-gens teatrais, como Pequeno Dicionário Amoroso, quanto grandes shows de diversos cantores. Trago à tona casos, como o da atriz que apareceu dormindo em cena em A Estrela Dalva.

• Você esteve próximo aos Dzi Croquettes e ao teatro besteirol...• Os Dzi Croquettes praticamente me

adotaram. Ninguém nunca mais fez nada tão irreverente quanto os Dzi. Só Dercy Gonçalves. Eu me sinto pai do besteirol e dinossauro da stand-up comedy. Só não gosto da cortina preta da stand-up. Em meus espetáculos uso muito o cenário.

• Você dirigiu a primeira versão de Guerra dos Sexos na década de 80 e agora está à frente do remake da novela. Acha que o telespectador mudou ao longo dos anos?• Sim. Hoje o telespectador tem mais opções de entretenimento. E quem chegava em casa às 19h, agora só chega às 21h. O ritmo do mundo mudou e a dramaturgia precisa ser contaminada por isto. Mas também não pode ser tão rápido a ponto de o público não conse-guir acompanhar a história. A nova ver-são de Guerra dos Sexos está sendo mais delicada para mim porque tenho um vínculo afetivo com o trabalho que fiz nos anos 80.

• Você se considera nostálgico?• À medida que envelhecemos, vamos

‘‘Fiquei pensando se falar sobre a minha vida poderia soar pretensioso. (...)Mas, depois, achei que seria ridículo tentar esconder que estou me homenageando”

teatro • Jorge Fernandoavalia: ★★★★★ indispensável ★★★★ muito bom

★★★ bom ★★ RegulaR ★ fRaco

“Eu mE sinto pai do bEstEirol E

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cinema • teatro • música • livros • televisão • gastronomia

o ator e diretor fala sobre

Salve Jorge, espetáculo

autobiográfico, e sua

relação com o teatro

besteirol. o diretor relata

ainda um caso de bullying

sofrido na infância, e se diz

mais seguro no trabalho

Daniel Schenker

ficando nostálgicos. Antigamente, havia mais esperança, anseio por um mundo melhor. As pessoas saíam à noite em busca de diversão, não de confusão. Acho que precisamos de uma política espiritual nos dias de hoje. Todo mundo quer o mesmo tênis, a mesma cobertura. Mas como você pode ficar bem se há milhares de pes-soas sem saúde?

• Como você avalia as mudanças pelas quais passou ao longo do tempo?• Eu me tornei mais seguro. Quando isso acontece, deixamos de dar ata-ques, passamos mais estabilidade para as equipes com as quais trabalhamos. O segredo é aprender a ouvir. Fui me tornando mais delicado no trato. Durante as gravações de Dercy de Verdade não houve um grito. Tudo foi planejado e cumprido dentro do prazo. Considero um ponto alto na minha carreira.

Teatro dos 4 – r. Marquês de São Vicente, 52 / 2º andar (Shopping da Gávea), Rio, tel. (21) 2274-9895. Até 29/4. (12 anos)

Salve Jorge, que fez bem mais. Seu nome está ligado a montagens próximas do célebre besteirol dos anos 80. Esteve em A Estrela Dalva, encenação centrada em Dalva de Oliveira que, de certo modo, marcou o início da onda contínua dos musicais biográficos. E, ainda no terreno do musical, dirigiu alguns protagonizados por Cláudia Raia em que prestava home-nagem ao Teatro de Revista. Agora, está envolvido com o remake de Guerra dos Sexos, novela de sucesso que conduziu nos anos 80, escrita por Silvio de Abreu, um dos seus principais parceiros dentro da televisão, assim como Guel Arraes e Roberto Talma.

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Ensaio

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Estrela da Ralph Lauren, a modelo chilena Josefina Cisternas, que se inspira em Alessandra Ambrósio na carreira, fala do início desacreditado na profissão e de seu namoro com o DJ carioca Rodrigo Peirão POR Simone BlaneS

fOtOs Sérgio Caddah/ ag. iStoé

styling alexandre SChnaBl

ebusca dom

sonho

• Diferentemente da maioria das histórias de modelos, que foram achadas por olheiros enquanto faziam compras no shopping ou passeavam em algum parque, a chilena Josefina Cisternas, 18 anos, não esperou o acaso entrar em ação. Há quatro anos, ela pediu a uma amiga que a fotografasse, quase sem produção, para fazer seu book e enviá-lo à agência Elite, em Santiago, no Chile. Um ano depois, já sem esperança, veio o telefonema. “Era uma diretora da agência perguntan-do se eu não queria participar do concurso Elite Model Look, na capital. Eu fui e ganhei”, conta ela à Gente, neste ensaio exclusivo assinado por Sérgio Caddah.

Como campeã da etapa de seu país no concurso, Josefina foi escalada para representar o seu país na final mundial na China, onde ela terminou em segundo lugar. “Foi então que tudo começou”, diz. Por “tudo”, entenda-se uma carreira in-ternacional que já coleciona trabalhos importantes, como uma coleção de beachwear para a Ralph Lauren. C

amis

a Sa

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lete

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Estrela da Ralph Lauren, a modelo chilena Josefina Cisternas, que se inspira em Alessandra Ambrósio na carreira, fala do início desacreditado na profissão e de seu namoro com o DJ carioca Rodrigo Peirão POR Simone BlaneS

fOtOs Sérgio Caddah/ ag. iStoé

styling alexandre SChnaBl

ebusca dom

sonho

• Diferentemente da maioria das histórias de modelos, que foram achadas por olheiros enquanto faziam compras no shopping ou passeavam em algum parque, a chilena Josefina Cisternas, 18 anos, não esperou o acaso entrar em ação. Há quatro anos, ela pediu a uma amiga que a fotografasse, quase sem produção, para fazer seu book e enviá-lo à agência Elite, em Santiago, no Chile. Um ano depois, já sem esperança, veio o telefonema. “Era uma diretora da agência perguntan-do se eu não queria participar do concurso Elite Model Look, na capital. Eu fui e ganhei”, conta ela à Gente, neste ensaio exclusivo assinado por Sérgio Caddah.

Como campeã da etapa de seu país no concurso, Josefina foi escalada para representar o seu país na final mundial na China, onde ela terminou em segundo lugar. “Foi então que tudo começou”, diz. Por “tudo”, entenda-se uma carreira in-ternacional que já coleciona trabalhos importantes, como uma coleção de beachwear para a Ralph Lauren. C

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A ótima performance da modelo em um concurso de repercussão mundial foi a reali-zação do primeiro sonho de Josefina. Desde muito nova, ela assume que pensava em se-guir qualquer carreira artística: modelo, can-tora, atriz, apresentdora de tevê... “Eu sem-pre quis ser famosa, ser conhecida nas ruas de meu país. E, como modelo, comecei a conquistar isso”, declara.

Entre os próximos sonhos profissionais da jovem modelo está o de estrelar uma campa-nha de lingeries e ela tem na brasileira Ales-sandra Ambrósio uma referência. “Ela me inspira muito porque conseguiu fazer uma carreira incrível e, hoje em dia, tem uma vida bem equilibrada entre trabalho e família. E é isso que eu quero”, finaliza.

Os objetivos mostram que ela superou a desaprovação que sofreu da mãe, Claudia López, ex miss Chile nos anos 80, no come-ço da carreira. “Ela não gostava muito por-que achava que eu era nova demais.” Somen-te após os primeiros trabalhos fora de sua terra natal sua mãe acreditou que ela estava no caminho certo.

‘‘Ela (Alessandra

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muito porque conseguiu fazer uma

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em dia, tem uma vida bem

equilibrada entre o

trabalho e a família”

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A ótima performance da modelo em um concurso de repercussão mundial foi a reali-zação do primeiro sonho de Josefina. Desde muito nova, ela assume que pensava em se-guir qualquer carreira artística: modelo, can-tora, atriz, apresentdora de tevê... “Eu sem-pre quis ser famosa, ser conhecida nas ruas de meu país. E, como modelo, comecei a conquistar isso”, declara.

Entre os próximos sonhos profissionais da jovem modelo está o de estrelar uma campa-nha de lingeries e ela tem na brasileira Ales-sandra Ambrósio uma referência. “Ela me inspira muito porque conseguiu fazer uma carreira incrível e, hoje em dia, tem uma vida bem equilibrada entre trabalho e família. E é isso que eu quero”, finaliza.

Os objetivos mostram que ela superou a desaprovação que sofreu da mãe, Claudia López, ex miss Chile nos anos 80, no come-ço da carreira. “Ela não gostava muito por-que achava que eu era nova demais.” Somen-te após os primeiros trabalhos fora de sua terra natal sua mãe acreditou que ela estava no caminho certo.

‘‘Ela (Alessandra

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muito porque conseguiu fazer uma

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EnsaioLorem eget

MOdelO • Josefina Cisternas (elite)Beleza • Matheus PastiCChiassistentes de PROduçãO • taMara laCerda, fabio bogea e giselle gonçalvesassistente de fOtOgRafia • feliPe ChavestRataMentO digital • oCtavio duarte

agRadeciMentO • Portobello resort & safari [email protected] 434 - rodovia rio-santos, Mangaratiba, rJ 0800 2820868 www.Portotel.CoM.br

“Eu o amo e queremos ficar juntos. Só namorar à distância é difícil, mas eu sempre vou ao Rio ficar com ele (...) É uma pessoa incrível!”Sobre o namoro com o DJ Rodrigo Peirão

• Amor e faculdade• O apoio em casa a ajudou a ter mais matu-ridade, sobretudo com a administração dos seus cachês. Além disso, Josefina retomou os estudos e ingressou na faculdade neste ano. “Começo em setembro”, comemora. Outro motivo de felicidade tem sido o namoro com o DJ carioca Rodrigo Peirão, que conheceu no ano passado, durante o Fashion Rio. “Eu o amo e gostamos de ficar juntos. Só namorar à distância é difícil, mas eu sempre vou para o Rio ficar com ele. E ele também vem a Mia-mi, onde eu moro. É uma pessoa incrível”, conta a modelo, que diz adorar o Brasil, espe-cialmente o Rio, onde passa horas na acade-mia e fazendo passeios turísticos pela cidade enquanto o namorado está no trabalho. •

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EnsaioLorem eget

MOdelO • Josefina Cisternas (elite)Beleza • Matheus PastiCChiassistentes de PROduçãO • taMara laCerda, fabio bogea e giselle gonçalvesassistente de fOtOgRafia • feliPe ChavestRataMentO digital • oCtavio duarte

agRadeciMentO • Portobello resort & safari [email protected] 434 - rodovia rio-santos, Mangaratiba, rJ 0800 2820868 www.Portotel.CoM.br

“Eu o amo e queremos ficar juntos. Só namorar à distância é difícil, mas eu sempre vou ao Rio ficar com ele (...) É uma pessoa incrível!”Sobre o namoro com o DJ Rodrigo Peirão

• Amor e faculdade• O apoio em casa a ajudou a ter mais matu-ridade, sobretudo com a administração dos seus cachês. Além disso, Josefina retomou os estudos e ingressou na faculdade neste ano. “Começo em setembro”, comemora. Outro motivo de felicidade tem sido o namoro com o DJ carioca Rodrigo Peirão, que conheceu no ano passado, durante o Fashion Rio. “Eu o amo e gostamos de ficar juntos. Só namorar à distância é difícil, mas eu sempre vou para o Rio ficar com ele. E ele também vem a Mia-mi, onde eu moro. É uma pessoa incrível”, conta a modelo, que diz adorar o Brasil, espe-cialmente o Rio, onde passa horas na acade-mia e fazendo passeios turísticos pela cidade enquanto o namorado está no trabalho. •

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Estilo Casa

• Por Silviane Neno

19/3/2012 | 83

Tom Zé de pernas para o arCriativo, irreverente, genial e ainda mais descontraído, o baiano Tom Zé abre as portas de sua morada em São Paulo e mostra que até tenta ser uma pessoa comumREPORTAGEM Juliana Faddul FOTOS Marcelo Navarro / Ag.IstoÉ

Tom Zé na sala de estar. Sofá, três cadeiras de balanço e

centenas de livros e memórias.

A cadeira ao lado, ele mandou fazer

para a mulher, Neusa. Ao lado,

detalhe da mesa de escritório

com um de seus rádios da coleção

• “Aqui não é casa de artista, é uma casa de um trabalhador qualquer”, ele vai logo avi-sando ao abrir a porta no hall que dá acesso ao único apartamento do décimo andar de um prédio de classe média, no bairro de Per-dizes, em São Paulo. Aviso inútil. Ali mora Tom Zé, autor de um dos clássicos eternos da MPB, “São Paulo, Meu Amor”, a canção vencedora do Festival da Record de 1968, o prêmio mais reputado em um país que co-meçava a viver seu mais emblemático mo-mento político e cultural. Parceiro de pri-meira hora do Tropicalismo de Caetano e Gil, Tom Zé viveu anos afastado da ribalta, voltou a ser redescoberto por David Byrne, mas nunca – seja no ostracismo, seja na fama – abandonou o jeitão ao mesmo tempo sim-pático, agitado e ressabiado. Ele tira e põe os sapatos freneticamente na sala de piso de ta-cos, alonga braços e pernas e conta que aca-

bou de chegar da natação. A casa é uma col-cha de retalhos. Um patchwork de objetos preciosos, repleto de histórias que ele vai sa-cando do seu parangolé de memórias.

“São oito milhões de habitantes...”, como diz sua canção campeã, mas entre tantos bairros, tantos guetos, esquinas, foi por ali que ele decidiu se aquietar quando migrou de Irará, interior da Bahia, depois de uma tem-porada em Salvador. Chegou em 1968 – aquele ano seminal para a vida de todos nós, o ano que nunca terminou, na definição do jornalista e escritor Zuenir Ventura.

Foram dois endereços na rua Homem de Mello. Do primeiro, do outro lado da rua, ele ainda cuida com carinho, regando as plantas do jardim. No segundo, ocupa dois andares, dorme em um e trabalha em outro. “Ganho um salário mínimo pelo trabalho. Como mú-sico ganho só um pouco a mais”, fala enquan-

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Estilo Casa

• Por Silviane Neno

19/3/2012 | 83

Tom Zé de pernas para o arCriativo, irreverente, genial e ainda mais descontraído, o baiano Tom Zé abre as portas de sua morada em São Paulo e mostra que até tenta ser uma pessoa comumREPORTAGEM Juliana Faddul FOTOS Marcelo Navarro / Ag.IstoÉ

Tom Zé na sala de estar. Sofá, três cadeiras de balanço e

centenas de livros e memórias.

A cadeira ao lado, ele mandou fazer

para a mulher, Neusa. Ao lado,

detalhe da mesa de escritório

com um de seus rádios da coleção

• “Aqui não é casa de artista, é uma casa de um trabalhador qualquer”, ele vai logo avi-sando ao abrir a porta no hall que dá acesso ao único apartamento do décimo andar de um prédio de classe média, no bairro de Per-dizes, em São Paulo. Aviso inútil. Ali mora Tom Zé, autor de um dos clássicos eternos da MPB, “São Paulo, Meu Amor”, a canção vencedora do Festival da Record de 1968, o prêmio mais reputado em um país que co-meçava a viver seu mais emblemático mo-mento político e cultural. Parceiro de pri-meira hora do Tropicalismo de Caetano e Gil, Tom Zé viveu anos afastado da ribalta, voltou a ser redescoberto por David Byrne, mas nunca – seja no ostracismo, seja na fama – abandonou o jeitão ao mesmo tempo sim-pático, agitado e ressabiado. Ele tira e põe os sapatos freneticamente na sala de piso de ta-cos, alonga braços e pernas e conta que aca-

bou de chegar da natação. A casa é uma col-cha de retalhos. Um patchwork de objetos preciosos, repleto de histórias que ele vai sa-cando do seu parangolé de memórias.

“São oito milhões de habitantes...”, como diz sua canção campeã, mas entre tantos bairros, tantos guetos, esquinas, foi por ali que ele decidiu se aquietar quando migrou de Irará, interior da Bahia, depois de uma tem-porada em Salvador. Chegou em 1968 – aquele ano seminal para a vida de todos nós, o ano que nunca terminou, na definição do jornalista e escritor Zuenir Ventura.

Foram dois endereços na rua Homem de Mello. Do primeiro, do outro lado da rua, ele ainda cuida com carinho, regando as plantas do jardim. No segundo, ocupa dois andares, dorme em um e trabalha em outro. “Ganho um salário mínimo pelo trabalho. Como mú-sico ganho só um pouco a mais”, fala enquan-

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Estilo Casa

to mostra a roseira e os planos futuros para o jardim do prédio vizinho. É no quinto andar que fica a sua fábrica de ideias, o estúdio, onde se reúne com a banda que o acompanha em suas andanças pelo mundo. Tom Zé ar-rasta milhares de fãs cada vez que se apresen-ta em alguma cidade da Europa e dos Esta-dos Unidos “Outro dia na Antuérpia, fazia um frio do cão. Achávamos que não aparece-ria ninguém e a fila dobrava o quarteirão”, conta Neusa, sua companheira há 42 anos.

O armário antigo do escritório guarda os recortes de jornais e revistas estrangeiras que o tratam como um gênio da música brasilei-ra. Mas, em casa, ele é apenas o Tom. Às ve-zes o Zé. Às vezes, o Tom que se escuta vindo do estúdio nos fundos é de coisa nova, novís-sima, como naquela tarde em que ele come-çava a gravar as bases de um novo disco.

Uma voltinha pela casa e vai se descobrin-do coisas, como a mania dele de inventar ins-trumentos musicais com buzinas e outras tranqueiras. Há fotos espalhadas de festivais, shows e diversos troféus em cima do piano. A viola de ouro que recebeu em 1968 no IV Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, no entanto não está lá “Neusa acha que chama muita atenção.” O quarto de hós-pedes merecia uma lista de presença. “Entre os mais ilustres que já dormiram aqui está Yale Evelev (dono da gravadora Luaka Bop), Christopher Dunn (escritor) e meu filho Everton”, conta o anfitrião.

Em frente à biblioteca de incontáveis títu-los, Tom Zé se diverte e se atrapalha com explicações sobre concepções de mundo, apologética católica, moçarábe e Aristóteles.

Assim como na canção, ele confunde para nos explicar e explica para nos confundir. É na sala sem tevê que todos os dias, entre 18 e 19 horas, Neusa tem o hábito de ler para o marido. O título que agora compartilham é A Estepe – História de uma viagem, de Anton Tchekhov.

É uma casa sem tevê, mas de muitos rá-dios “Adoro ouvir rádio. Gosto de ouvir os jogos, música. Por exemplo, sei as rádios que eu gosto só de tocar [no dial]. Se eu girar três vezes eu vou pro futebol, se girar mais duas, vou pra música. Tô velho, não posso ficar vendo os números das rádios todo o tempo”, explica enquanto dá piruetas no chão. Assim é em casa, Antonio José Santana Martins. Tom Zé para os íntimos e para o mundo. •

Acima do sofá, foto de Tom Zé em 1937, com 1 ano de idade. Abaixo, a máquina de escrever, herança da família de Neusa, e foto do festival de 1968. Acima, Tom Zé faz graça

POST-IT

Canto preferidoQuarto. Gosto porque é um silêncio. Adoro quando a Neusa fica lendo para mim.Achado de décorUma mesa trazida do Piauí. Pena que esse marceneiro fugiu com um rapaz. Essas coisas do coração, sabe como é.

Na wish listNão tenho nenhum. Só gostaria de ter mais rádios.

À esquerda, o estúdio e, abaixo, a coleção de objetos típicos do Nordeste. Ao lado, visão do jardim cuidado por ele do outro lado da rua. Abaixo, os troféus que ganhou ao longo de sua carreira

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Estilo Casa

to mostra a roseira e os planos futuros para o jardim do prédio vizinho. É no quinto andar que fica a sua fábrica de ideias, o estúdio, onde se reúne com a banda que o acompanha em suas andanças pelo mundo. Tom Zé ar-rasta milhares de fãs cada vez que se apresen-ta em alguma cidade da Europa e dos Esta-dos Unidos “Outro dia na Antuérpia, fazia um frio do cão. Achávamos que não aparece-ria ninguém e a fila dobrava o quarteirão”, conta Neusa, sua companheira há 42 anos.

O armário antigo do escritório guarda os recortes de jornais e revistas estrangeiras que o tratam como um gênio da música brasilei-ra. Mas, em casa, ele é apenas o Tom. Às ve-zes o Zé. Às vezes, o Tom que se escuta vindo do estúdio nos fundos é de coisa nova, novís-sima, como naquela tarde em que ele come-çava a gravar as bases de um novo disco.

Uma voltinha pela casa e vai se descobrin-do coisas, como a mania dele de inventar ins-trumentos musicais com buzinas e outras tranqueiras. Há fotos espalhadas de festivais, shows e diversos troféus em cima do piano. A viola de ouro que recebeu em 1968 no IV Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, no entanto não está lá “Neusa acha que chama muita atenção.” O quarto de hós-pedes merecia uma lista de presença. “Entre os mais ilustres que já dormiram aqui está Yale Evelev (dono da gravadora Luaka Bop), Christopher Dunn (escritor) e meu filho Everton”, conta o anfitrião.

Em frente à biblioteca de incontáveis títu-los, Tom Zé se diverte e se atrapalha com explicações sobre concepções de mundo, apologética católica, moçarábe e Aristóteles.

Assim como na canção, ele confunde para nos explicar e explica para nos confundir. É na sala sem tevê que todos os dias, entre 18 e 19 horas, Neusa tem o hábito de ler para o marido. O título que agora compartilham é A Estepe – História de uma viagem, de Anton Tchekhov.

É uma casa sem tevê, mas de muitos rá-dios “Adoro ouvir rádio. Gosto de ouvir os jogos, música. Por exemplo, sei as rádios que eu gosto só de tocar [no dial]. Se eu girar três vezes eu vou pro futebol, se girar mais duas, vou pra música. Tô velho, não posso ficar vendo os números das rádios todo o tempo”, explica enquanto dá piruetas no chão. Assim é em casa, Antonio José Santana Martins. Tom Zé para os íntimos e para o mundo. •

Acima do sofá, foto de Tom Zé em 1937, com 1 ano de idade. Abaixo, a máquina de escrever, herança da família de Neusa, e foto do festival de 1968. Acima, Tom Zé faz graça

POST-IT

Canto preferidoQuarto. Gosto porque é um silêncio. Adoro quando a Neusa fica lendo para mim.Achado de décorUma mesa trazida do Piauí. Pena que esse marceneiro fugiu com um rapaz. Essas coisas do coração, sabe como é.

Na wish listNão tenho nenhum. Só gostaria de ter mais rádios.

À esquerda, o estúdio e, abaixo, a coleção de objetos típicos do Nordeste. Ao lado, visão do jardim cuidado por ele do outro lado da rua. Abaixo, os troféus que ganhou ao longo de sua carreira

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Recuperação

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• Depois de vencer uma batalha importante contra um linfoma não-Hodgkin que o tirou de cena por oito meses, o ator Reynaldo Gia-necchini reestreou no teatro Faap, em São Paulo, com a peça Cruel, no último dia 13. O retorno ao trabalho marcou uma vitória da força de vontade do ator, que passou por ex-tenuantes sessões de quimioterapia e um bem-sucedido autotransplante de medula óssea. “A volta foi uma celebração da vida”, contou ele à Gente. Otimista, nem ele e tampouco a equipe da montagem – diretor, elenco e produtores – cogitaram substituí-lo para dar sequência às apresentações.

Com seu quadro de saúde estável e contro-lado, Giane olha para trás e faz uma leitura de certa forma surpreendente do drama que viveu nos últimos meses. “Não vejo como um castigo. Acredito que foi algo inevitável. Sempre soube que ia superar”, completou.

O ator vive o vilão Gustavo no espetáculo. “Meu personagem volta para se vingar e eu o deixo aqui no palco. Estou numa época em que o que mais preservo é o ser huma-no”, disse. Para Célia Forte, produtora e as-sessora da peça, agora os atores estão mais maduros. “A passagem do ensaio da quinta-feira 8 foi a melhor até agora. Estava tudo pronto só esperando a volta do Gianecchini. É a mesma equipe, o mesmo figurino e o mesmo cenário. Tudo igual”, disse ela. A peça fica em cartaz às segundas e terças-feiras até o dia 15 de maio. •

• Diagnóstico e tratamento• Gianecchini recebeu o diagnóstico de Linfoma T angioimunoblástico em agos-to de 2011. O ator ficou quase um mês no hospital e recebeu alta no dia 26 daquele mês. Depois de responder bem ao trata-mento quimioterápico, ele foi submetido a um autotransplante de medula – que consistiu na retirada das células-tronco saudáveis, limpeza da medula e reintro-dução intravenosa das mesmas células – no dia 12 de janeiro deste ano. O sucesso do procedimento foi constatado dez dias depois, com um exame de PET Scan, que não detectou mais células oncológicas em seu organismo. Giane recebeu alta no dia 26 de janeiro e, desde então, vem reto-mando sua rotina. •

A voltA (por cimA) de GiAneReynaldo Gianecchini reestreia nos palcos com a peça Cruel e mantém a postura otimista adotada desde o início do tratamento contra um linfoma: “Sempre soube que ia superar”

POR Bruna narcizo

FOtOs João caldas

Reynaldo Gianecchini, sem os cabelos ainda, ensaia para a reestreia de Cruel, peça em que atua ao lado de Erik Marmo e Maria Manoella (na foto ao lado), em São Paulo

Foto

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• Depois de vencer uma batalha importante contra um linfoma não-Hodgkin que o tirou de cena por oito meses, o ator Reynaldo Gia-necchini reestreou no teatro Faap, em São Paulo, com a peça Cruel, no último dia 13. O retorno ao trabalho marcou uma vitória da força de vontade do ator, que passou por ex-tenuantes sessões de quimioterapia e um bem-sucedido autotransplante de medula óssea. “A volta foi uma celebração da vida”, contou ele à Gente. Otimista, nem ele e tampouco a equipe da montagem – diretor, elenco e produtores – cogitaram substituí-lo para dar sequência às apresentações.

Com seu quadro de saúde estável e contro-lado, Giane olha para trás e faz uma leitura de certa forma surpreendente do drama que viveu nos últimos meses. “Não vejo como um castigo. Acredito que foi algo inevitável. Sempre soube que ia superar”, completou.

O ator vive o vilão Gustavo no espetáculo. “Meu personagem volta para se vingar e eu o deixo aqui no palco. Estou numa época em que o que mais preservo é o ser huma-no”, disse. Para Célia Forte, produtora e as-sessora da peça, agora os atores estão mais maduros. “A passagem do ensaio da quinta-feira 8 foi a melhor até agora. Estava tudo pronto só esperando a volta do Gianecchini. É a mesma equipe, o mesmo figurino e o mesmo cenário. Tudo igual”, disse ela. A peça fica em cartaz às segundas e terças-feiras até o dia 15 de maio. •

• Diagnóstico e tratamento• Gianecchini recebeu o diagnóstico de Linfoma T angioimunoblástico em agos-to de 2011. O ator ficou quase um mês no hospital e recebeu alta no dia 26 daquele mês. Depois de responder bem ao trata-mento quimioterápico, ele foi submetido a um autotransplante de medula – que consistiu na retirada das células-tronco saudáveis, limpeza da medula e reintro-dução intravenosa das mesmas células – no dia 12 de janeiro deste ano. O sucesso do procedimento foi constatado dez dias depois, com um exame de PET Scan, que não detectou mais células oncológicas em seu organismo. Giane recebeu alta no dia 26 de janeiro e, desde então, vem reto-mando sua rotina. •

A voltA (por cimA) de GiAneReynaldo Gianecchini reestreia nos palcos com a peça Cruel e mantém a postura otimista adotada desde o início do tratamento contra um linfoma: “Sempre soube que ia superar”

POR Bruna narcizo

FOtOs João caldas

Reynaldo Gianecchini, sem os cabelos ainda, ensaia para a reestreia de Cruel, peça em que atua ao lado de Erik Marmo e Maria Manoella (na foto ao lado), em São Paulo

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I S S N 1 5 1 6 - 8 2 0 4

A LUTA DE HEBE

PRÍNCIPE HARRY ENCANTA O BRASIL

R$ 9,90

19/maR/2012ano 13

n° 653

Três dias após festejar 83 anos na casa de Tom Cavalcante, a dama da tevê

é operada às pressas para retirada de tumor no intestino

Na quinta-feira 8, Roberto Carlos,

Faustão e Jô Soares prestigiaram os aniversariantes. Hebe sentiu-se

mal e foi internada na sexta-feira 9

Uma entrevista com MAdONNA:“nUnca sonhei com príncipes"

ISABELI FONTANA: casamento só em 2013

REYNALdO GIANECCHINI

volta aos palcos:“não vejo a

doença como Um castigo”

a casa de TOM ZÉ em são paUlo

EspEcial ViVa Elis30 anos sem a maior cantora do Brasil