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ISTOÉ Gente (31 de janeiro de 2011)

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Edição 594 da revista ISTOÉ Gente.

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Solidariedade

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Solidariedade

Apresentadora em ação na sede carioca da Cruz Vermelha: 50 mil garrafas de água doadas e bóton da entidade como reconhecimento da atitude

“BORA TRABALHAR?”, DISPAROU animada a apresentadora Ana Hickmann, enquanto subia no caminhão-baú carregado de garrafas de água. A empolgação tinha razão de ser: Hickmann veio de São Paulo para ajudar na distribuição de mantimentos feita pela Cruz Vermelha para as vítimas das enchentes na região serrana do Rio, onde, até o fechamento desta edição, já havia sido exterminada a vida de 809 pessoas. Ela atendeu ao pedido do presidente da entidade, Luiz Alberto Sampaio, e passou a manhã na sede da Cruz Vermelha, no centro da cidade, cooperando no descarregamento 50 mil garrafas d’água de 500 mililitros para os desabriga-dos. “Fiz questão de fazer a doação pessoalmente. Eles disseram que se eu viesse, incentivaria mais pessoas a ajudar. Respondi que, se esse era o propó-sito, eu estava dentro”, disse Ana, que chegou ao local por volta das 11 horas, acompanhada do marido, o empresário Alexandre Corrêa.

O forte calor de 39 graus incomodou, mas não diminuiu o entusiasmo de Hickmann, que já havia pedido aos seus 560 mil seguidores do Twitter que ajudassem na arrecadação de alimentos. Os dois caminhões que fizeram

Camilla Gabriella FOTOS Marcelo Fernandes e AgNews

humanidadeGesto de

No Rio e sob calor de 39 graus, ANA HICKMANN passa a manhã do domingo 23 descarregando caminhão com mantimentos para as vítimas da tragédia da região serrana do Estado. Na mesma semana, outras PERSONALIDADES também deram sua contribuição.

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o transporte das doações saíram mais cedo do município de Serra, interior de São Paulo, para conciliar com a agenda da apresentadora – que participaria, horas depois, do ensaio técnico da escola de samba Grande Rio, no Sambódromo. Como forma de agradecimento ao gesto, a apresentadora ganhou de presente um bóton e uma placa de “Amiga da Cruz Vermelha”. Honrada, Ana não se deixou levar pela vai-dade: “É minha obrigação como cidadã”, frisou ela, que con-firmou o interesse em visitar as cidades mais atingidas pela tragédia. “Não conheço a região, mas quero ir depois que liberarem a entrada de outras pessoas”, declarou. Ela tem esperança que a população continue ajudando. “O brasileiro é muito solidário, com grana ou não. Mas ainda vamos ter muita coisa pela frente.”

Além de Hickmann, outras personalidades também parti-ciparam da corrente do bem que buscou ajuda aos desabriga-dos. Na quarta-feira 19, a ex-modelo Luma de Oliveira seguiu para Nova Friburgo, local mais atingido pela catástofre, com um caminhão repleto de alimentos, produtos de higiene pes-soal e mais cinco mil litros de água – ajuda obtida junto aos seus vizinhos do bairro do Jardim Botânico. A escolha da cidade não foi gratuita: Luma morou em Friburgo quando tinha seis anos de idade e ainda tem parentes na região. “Fui até a última fronteira onde era permitido o acesso dos carros e fiquei chocada com o que vi. A cidade está suja e as pessoas estão usando máscaras porque é muita poeira suspensa no ar. Cheguei da serra mais triste”, lamentou.

Já Preta Gil recorreu aos seus 650 mil seguidores no Twitter para levar doações aos ensaios do seu bloco de Carnaval, reali-zados no Circo Voador, no centro. Só na sua última apresenta-ção, na quarta-feira 19, foram contabilizados 100 litros de água, mais 500 quilos de alimentos não perecíveis. “Foi um horror o que aconteceu. Lamento como cidadã e conhecedora da região. Frequento Araras desde pequena”, disse a cantora, que também fez questão de doar água mineral e produtos de higiene pesso-al. Na sexta-feira 21, ela descarregou todo o material em um posto de coleta que funciona na Lagoa Rodrigo de Freitas. Para o show da quinta-feira 27, a cantora já postou um pedido para levar leite em pó. Outra que ajudou pessoalmente foi Taís Araújo. A atriz, grávida de Lázaro Ramos, levou fraldas, papi-nhas de bebê e artigos de higiene para o posto de arrecadação, localizado no bar Chico & Alaíde, no Leblon.

Cléo Pires, por sua vez, promoveu uma campanha nos bastidores do Projac. A Estela da novela Araguaia espalhou vários cartazes nos corredores do complexo de estúdios da Globo, pedindo ajuda. “Teve muita doação em dinheiro. A Julia Lemmertz, o Ângelo Antonio, os câmeras, todo mundo colaborou. Com o dinheiro, fiz as compras e dois amigos con-seguiram um caminhão para levar”. Ela também organizou um jantar no restaurante Espaço Brasa, no Leblon, para arre-cadar dinheiro e comprar mais donativos. Os atores Marcelo Serrado e Marcelo Novaes fizeram uma apresentação especial com a banda Os Impossíveis na Melt, na segunda-feira 17, em prol dos desabrigados. Na próxima quinta-feira 27, haverá um show beneficente na Fundição Progresso com a presença de Elza Soares, Zélia Duncan, Lenine e George Israel, saxofo-nista do Kid Abelha que teve a sua casa em Teresópolis des-truída pelas chuvas. Por fim, na segunda-feira 24, o jogador Ronaldo deixou o treino do Corinthians, em São Paulo, para entregar no Sesi Tijuca, no Rio, alimentos não perecíveis arre-cadados junto a empresas e torcedores do clube. “Valeu a todo mundo que ajudou na doação... Conseguimos juntos 80 tone-ladas!” comemorou ele no Twitter.

No alto, Preta Gil descarrega seu carro com mantimentos, na sexta-feira 21. Acima, a atriz Cleo Pires no jantar no restaurante Espaço Brasa, com Marinho Felippo e Paulo César. À esq., o ator Sidney Sampaio, que também esteve na reunião

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o transporte das doações saíram mais cedo do município de Serra, interior de São Paulo, para conciliar com a agenda da apresentadora – que participaria, horas depois, do ensaio técnico da escola de samba Grande Rio, no Sambódromo. Como forma de agradecimento ao gesto, a apresentadora ganhou de presente um bóton e uma placa de “Amiga da Cruz Vermelha”. Honrada, Ana não se deixou levar pela vai-dade: “É minha obrigação como cidadã”, frisou ela, que con-firmou o interesse em visitar as cidades mais atingidas pela tragédia. “Não conheço a região, mas quero ir depois que liberarem a entrada de outras pessoas”, declarou. Ela tem esperança que a população continue ajudando. “O brasileiro é muito solidário, com grana ou não. Mas ainda vamos ter muita coisa pela frente.”

Além de Hickmann, outras personalidades também parti-ciparam da corrente do bem que buscou ajuda aos desabriga-dos. Na quarta-feira 19, a ex-modelo Luma de Oliveira seguiu para Nova Friburgo, local mais atingido pela catástofre, com um caminhão repleto de alimentos, produtos de higiene pes-soal e mais cinco mil litros de água – ajuda obtida junto aos seus vizinhos do bairro do Jardim Botânico. A escolha da cidade não foi gratuita: Luma morou em Friburgo quando tinha seis anos de idade e ainda tem parentes na região. “Fui até a última fronteira onde era permitido o acesso dos carros e fiquei chocada com o que vi. A cidade está suja e as pessoas estão usando máscaras porque é muita poeira suspensa no ar. Cheguei da serra mais triste”, lamentou.

Já Preta Gil recorreu aos seus 650 mil seguidores no Twitter para levar doações aos ensaios do seu bloco de Carnaval, reali-zados no Circo Voador, no centro. Só na sua última apresenta-ção, na quarta-feira 19, foram contabilizados 100 litros de água, mais 500 quilos de alimentos não perecíveis. “Foi um horror o que aconteceu. Lamento como cidadã e conhecedora da região. Frequento Araras desde pequena”, disse a cantora, que também fez questão de doar água mineral e produtos de higiene pesso-al. Na sexta-feira 21, ela descarregou todo o material em um posto de coleta que funciona na Lagoa Rodrigo de Freitas. Para o show da quinta-feira 27, a cantora já postou um pedido para levar leite em pó. Outra que ajudou pessoalmente foi Taís Araújo. A atriz, grávida de Lázaro Ramos, levou fraldas, papi-nhas de bebê e artigos de higiene para o posto de arrecadação, localizado no bar Chico & Alaíde, no Leblon.

Cléo Pires, por sua vez, promoveu uma campanha nos bastidores do Projac. A Estela da novela Araguaia espalhou vários cartazes nos corredores do complexo de estúdios da Globo, pedindo ajuda. “Teve muita doação em dinheiro. A Julia Lemmertz, o Ângelo Antonio, os câmeras, todo mundo colaborou. Com o dinheiro, fiz as compras e dois amigos con-seguiram um caminhão para levar”. Ela também organizou um jantar no restaurante Espaço Brasa, no Leblon, para arre-cadar dinheiro e comprar mais donativos. Os atores Marcelo Serrado e Marcelo Novaes fizeram uma apresentação especial com a banda Os Impossíveis na Melt, na segunda-feira 17, em prol dos desabrigados. Na próxima quinta-feira 27, haverá um show beneficente na Fundição Progresso com a presença de Elza Soares, Zélia Duncan, Lenine e George Israel, saxofo-nista do Kid Abelha que teve a sua casa em Teresópolis des-truída pelas chuvas. Por fim, na segunda-feira 24, o jogador Ronaldo deixou o treino do Corinthians, em São Paulo, para entregar no Sesi Tijuca, no Rio, alimentos não perecíveis arre-cadados junto a empresas e torcedores do clube. “Valeu a todo mundo que ajudou na doação... Conseguimos juntos 80 tone-ladas!” comemorou ele no Twitter.

No alto, Preta Gil descarrega seu carro com mantimentos, na sexta-feira 21. Acima, a atriz Cleo Pires no jantar no restaurante Espaço Brasa, com Marinho Felippo e Paulo César. À esq., o ator Sidney Sampaio, que também esteve na reunião

Abaixo, Novaes dá canja na percussão na noite beneficente que movimentou o Leblon. Ao lado, Ronaldo e o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, com parte das 80 toneladas que arrecadou

Acima, George Israel toca na Melt com sua banda Os Impossíveis, na segunda 17. Ele perdeu a casa na enxurrada em Teresópolis. À direita, Marcelo Serrado chega a balada com sua caixa de donativos

Show na boate Melt reuniu estrelas como Rodrigo Santoro (abaixo), Bruno Mazzeo, Marcos Palmeira

e Marcello Novaes (ao lado)

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‘‘A moda ocupa hoje um espaço na cultura, se fortaleceu como indústria, como design, como negócio, como autoestima. Então, sim, a minha missão já está cumprida’’Paulo Borges

Desfile da grife Jum Nakao, em 2004

"Até hoje fico nos camarins, fico vendo os desfiles, e me emociono. É isso que me faz estar sempre no ar", diz o empresário

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‘‘A moda ocupa hoje um espaço na cultura, se fortaleceu como indústria, como design, como negócio, como autoestima. Então, sim, a minha missão já está cumprida’’Paulo Borges

Desfile da grife Jum Nakao, em 2004

"Até hoje fico nos camarins, fico vendo os desfiles, e me emociono. É isso que me faz estar sempre no ar", diz o empresário

O MAIOR BUSINESSMAN da moda brasileira tem timing de CEO para tomar as decisões que transformaram o segmento num dos mais atraentes do País. Mas, ao mesmo tempo, o homem de negócios conserva um certo ar de menino animado, sorriso franco e olhar emocionado toda vez que observa, da coxia, um desfile de moda bem executado. A mesma emoção, aliás, que o leva-va para a igreja principal de sua cidade natal, São José do Rio Preto, a 450 quilômetros de São Paulo, quase todo sábado, para ficar lá, ao lado da mãe, Natalina, assistindo a casamentos. Via três, quatro de uma vez. Ali, diante do altar, se desenhava na cabeça do garoto a primeira concepção de um desfile: plateia dos dois lados, música e luz especiais, com padrinhos, madrinhas e daminhas de honra percorrendo a passarela central à espera da grande ‘top model’ da noite: a noiva. Aos 49 anos, Paulo Borges herdou do pai, funcionário público de escolas, a capacidade organizacional. Da mãe, que era gerente de loja de departamentos, o gosto pelo comercial. E foi nesse dueto do concreto com o lúdico, do realizador com o criador, que se construiu Paulo Borges. Um encontro de almas numa mesma alma.

Bianca Zaramella FOTOS Fernando Louza

Tratamento de imagem: CARLOS MESQUITA

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Paulo Borges comemora os 15 anos do São Paulo Fashion Week com uma mega

festa no topo do edifício Martinelli, no centro de São Paulo,

na quinta-feira 27

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Acima, a imagem-conceito do desfile de Alexandre Herchcovitch para a Primavera/ Verão 2009/2010, no São Paulo Fashion Week . Abaixo, Gisele Bündchen em julho de 1997, quando encarnou Alice nos País das Maravilhas para a coleção de Inverno da Zoomp com o olhar visionário de Renato Kherlakian

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No encontro com a presidente Dilma Rousseff, realizado no dia 20 de janeiro, no Palácio do Planalto, em Brasília. Na pauta, discussões a respeito do desenvolvimento da moda no Brasil e planos para o guarda-roupa dela

Mas defini-lo como businessman pode não ser o mais justo. Talvez Paulo seja um costureiro, um grande e hábil costureiro – mesmo que ele passe longe das agulhas que confeccionam os looks desfilados no São Paulo Fashion Week, que criou há 15 anos. Afinal de contas, foi com seu olhar minucioso de ‘alfaiate das ideias’ que ele conseguiu costurar a organização e a projeção da moda brasileira em todo o mundo. Tal feito o levou a ser chamado ao Palácio do Planalto na quinta-feira 20 para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, 19 dias depois da posse da sucessora de Lula.

Por uma hora e meia, Paulo Borges foi ouvido por Dilma, pelos ministros do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e da Casa Civil, Antônio Palocci, e pela Ministra da Secretaria de Comunicação Social, a jornalista Helena Chagas. “O Brasil nunca esteve em um momento tão bom e a gente tem uma presidente mulher que quer ser uma porta-voz para a moda brasileira”, contou o empresário, também diretor do Fashion Rio. “Dilma quer ser uma embaixadora para a moda brasileira. Ela vai vestir designers brasileiros para divulgar a nossa moda não só no Brasil, mas no mundo”.

O desafio é grande. Mas não maior do que imaginar que o garoto que saiu do interior paulista se tornaria essa espécie de guru de uma indústria que movimenta R$ 50 bilhões por ano e que criaria um evento divisor de águas na moda brasileira. Nem o próprio Paulo – que chegou à Capital para prestar vestibular de computação, foi cha-mado às pressas por um amigo dono de uma marca de roupa para organizar um desfile na loja, acabou como assistente de redação da editora de moda Regina Guerreiro, na Vogue, e convenceu a empresá-ria Cristiana Arcangeli a bancar o Phytoervas Fashion, em 1993 – pensaria tão grande.

O encontro em Brasília aconteceu oito dias antes do início da edição do SPFW que comemora os 15 anos do evento e sela esta cele-bração. “Hoje a gente fala que esta década é exatamente para desen-volver a moda no Brasil. E aí, de repente, sou chamado para conversar com a presidenta do País e para falar sobre o desenvolvimento da moda”, diz Borges. “Pode ser sinérgico, pode ser carmático e pode ser coincidência. Pode ser um monte de coisas, mas o fato é que a moda nunca esteve em um momento tão bom.”

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Foi uma conversa de uma hora e meia para falar de Brasil, de desenvolvimento da moda. Não foi a primeira vez que me encontrei com um presidente. A primeira vez foi com o Fernando Henrique, no Palácio da Alvorada, há 9, 10 anos, mas era uma coisa mais coletiva com pessoas da moda, quase uma celebração. Agora é diferente. O Brasil está num outro caminho e a moda já tem 15 anos. Isso é um marco. Estamos na metade de um caminho que a gente anunciou há 15 anos com desafios e metas específicas, com um proje-to de 30 anos para a moda. Dilma quer ser uma embaixado-ra para a moda brasileira, ela quer vestir e ela vai vestir designers brasileiros para divulgar a moda brasileira não só no Brasil, mas no mundo. E isso é muito importante.

Eles (presidente e ministros) entendem muito do processo industrial e de como fazer, onde estão os gargalos e em que etapa nós estamos. Sinto que eles estão planejando grandes mudanças para o País. Como desenvolver, como estruturar, como desonerar, desburocratizar e como incentivar a inova-ção, o design e a qualidade e a geração de empregos. Tudo

isso entendendo o patrimônio que já têm nas mãos e aquilo que já foi criado em torno do SPFW: o reconhecimento mundial, da moda e do design. Isso é muito legal e inédito.

Sou muito informal, transparente e sincero. Passo isso para as pessoas. Ainda mais quando você sabe que há um interesse em construir uma relação de respeito, confiança e troca. Ela é muito simples, muito culta e muito inteligente. Acho que os brasileiros vão se surpreender com a ‘presidenta’ que está aí. Dilma adora arte: tem um museu no iPad dela, onde coleciona obras de arte. A presidente ficava olhando aquilo e eu fiquei impressionado. E ela entende de história da arte, de música e de arte contemporânea. A gente conversou sobre design e ela falou sobre inspiração e sobre vários artistas que conhece e ainda me falou sobre moda e tecidos. Ela é babado! É uma mulher mara-vilhosa e as pessoas ainda vão descobrir esse lado dela.

Ela quer ser uma porta-voz para a moda brasileira, no papel que ela tem como presidente e no papel que ela tem como

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Foi uma conversa de uma hora e meia para falar de Brasil, de desenvolvimento da moda. Não foi a primeira vez que me encontrei com um presidente. A primeira vez foi com o Fernando Henrique, no Palácio da Alvorada, há 9, 10 anos, mas era uma coisa mais coletiva com pessoas da moda, quase uma celebração. Agora é diferente. O Brasil está num outro caminho e a moda já tem 15 anos. Isso é um marco. Estamos na metade de um caminho que a gente anunciou há 15 anos com desafios e metas específicas, com um proje-to de 30 anos para a moda. Dilma quer ser uma embaixado-ra para a moda brasileira, ela quer vestir e ela vai vestir designers brasileiros para divulgar a moda brasileira não só no Brasil, mas no mundo. E isso é muito importante.

Eles (presidente e ministros) entendem muito do processo industrial e de como fazer, onde estão os gargalos e em que etapa nós estamos. Sinto que eles estão planejando grandes mudanças para o País. Como desenvolver, como estruturar, como desonerar, desburocratizar e como incentivar a inova-ção, o design e a qualidade e a geração de empregos. Tudo

isso entendendo o patrimônio que já têm nas mãos e aquilo que já foi criado em torno do SPFW: o reconhecimento mundial, da moda e do design. Isso é muito legal e inédito.

Sou muito informal, transparente e sincero. Passo isso para as pessoas. Ainda mais quando você sabe que há um interesse em construir uma relação de respeito, confiança e troca. Ela é muito simples, muito culta e muito inteligente. Acho que os brasileiros vão se surpreender com a ‘presidenta’ que está aí. Dilma adora arte: tem um museu no iPad dela, onde coleciona obras de arte. A presidente ficava olhando aquilo e eu fiquei impressionado. E ela entende de história da arte, de música e de arte contemporânea. A gente conversou sobre design e ela falou sobre inspiração e sobre vários artistas que conhece e ainda me falou sobre moda e tecidos. Ela é babado! É uma mulher mara-vilhosa e as pessoas ainda vão descobrir esse lado dela.

Ela quer ser uma porta-voz para a moda brasileira, no papel que ela tem como presidente e no papel que ela tem como

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No alto, Milton Nascimento na passarela do estilista Ricardo Almeida em 2006.As papisas da moda Costanza Pascolato, Lilian Pacce, Regina Guerreiro e Gloria Kalil no início dos anos 2000 em um dos corredores da Bienal. Kate Moss veio para o Brasil em julho de 1999 especialmente para o Calendário da Moda em sua 7ª edição (Primavera-Verão 99-2000), quando desfilou para a Ellus. Em seguida, foi a vez da modelo sudanesa Alek Wek brilhar nas passarelas da marca brasileira de jeans

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mulher. Vou ajudar a coordenar um trabalho para ela vestir designers brasileiros. Não é vestir um estilista, não é um traba-lho de styling. Eu não vou ser o stylist dela. Ela sabe se respeitar e sabe se posicionar e gosto disso. Sabendo da personalidade dela, a minha função é dar acesso aos designers brasileiros e levar roupas adequadas aos momentos mais específicos.

Ela não me falou nada específico, acho que vou descobrin-do. A presidente tem compromissos profissionais que duram diversas horas por dia. Ela vai ter que se vestir for-malmente, independentemente de ela gostar de ficar à von-tade na casa dela. Ela vai estar dois terços da vida dela tra-balhando em público. Vai estar muito mais vestida de maneira formal, do que com a roupa que ela usaria na casa dela. O importante é ela ter roupas para compromissos públicos. E é onde ela quer fazer o papel dela. Eu falei que a gente ganhou mais uma Gisele Bündchen, mais uma super-modelo para divulgar a moda brasileira no mundo. Até por-que, hoje, ela já é a 16º personalidade mais influente do mundo. Imagina esta mulher nos próximos quatro anos como nossa presidenta usando só designers brasileiros?

Não, não. Os estilistas perderam uma chance, mas não signi-fica que não estava nos planos dela. Foi um momento icôni-co e histórico, mas aquela costureira que a vestiu na posse também é uma pessoa que trabalha com moda e houve um pouco de preconceito. A moda no Brasil está conquistando espaço... Com quantos segmentos você acha que ela já fez reuniões em pouco mais de 15 dias úteis? E a moda estava na lista, olha que incrível!

Estamos discutindo esses 15 anos de SPFW há dois anos.

Pensamos que era um momento de transformar e cada vez mais estou em um processo que tenho chamado de essen-cialidade, de carregar somente aquilo que é necessário, só o que me emociona, que me faz um sentido. É uma mudança completa de ciclo, que se encerra em fevereiro, quando ter-mina o SPFW – no dia 2 de fevereiro, dia de Iemanjá. No mais, as pessoas vão ver uma Bienal arquitetonicamente transformada, com salas de desfile mais modernas e cama-rins mais confortáveis e com luz natural. Trouxemos o Parque do Ibirapuera para dentro do prédio, com a sensação da luz natural e, ao mesmo tempo, iluminaremos o parque à noite para integrar com o ambiente externo.

Ele ajudou a construir a percepção em torno do SPFW. Perguntaram para a diretora da semana de moda de Nova York o que ela levaria de São Paulo para lá, e ela disse que levaria a Bienal. A gente construiu uma semana de moda com características nossas. Trouxemos a cultura brasileira para as semanas de moda. Para quebrar o preconceito que o Brasil tinha de moda, que moda é bobagem, que só faz parte da elite, que é supérfluo. Eu queria dizer que não. Moda é cultura, é negócio, é design, criação. Fui mostrar que o Portinari traba-lha com moda, que o Lasar Segall trabalha com moda, Di Cavalcanti trabalha com moda, assim como Villa Lobos e Flavio de Carvalho.Todos trabalhavam com moda na Semana de Arte de 22. Moda é uma expressão do momento e isso fui trazendo para o evento, criando essa relação para as pessoas verem que isso era um preconceito momentâneo. Isso foi se quebrando e ao mesmo tempo foi surgindo uma forma de criar o SPFW como uma plataforma de convergência.

Não existe moda brasileira, existe moda feita no Brasil. Defendo a moda brasileira para desenvolver o mercado do

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Eva Herzigova e Shirley Malmann de volta às passarelas para o desfile de Adriana Degreas para o Verão 2011

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Desfile Outono/ Inverno 2010 de Alexandre Herchcovitch. Celso Kamura assinou a maquiagem de caveira que foi a estrela da edição. Adriana Lima (à esq.) em 2001, no desfile de Lino Villaventura

Paulo Borges no Píer Mauá, no Rio de Janeiro. Ele assumiu a direção do Fashion Rio em abril de 2009 com o apoio da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro)

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Brasil, mas não no sentido que a moda tem uma bandeira brasileira, que ela carrega um cacho de banana, um desenho de praia, uma pena de arara. É desenvolver um país, a sua economia, o seu mercado, o seu negócio, o seu povo, as suas matérias-primas. Nesse sentido, falo de moda brasileira: a sua riqueza cultural, artesanal e uma diversidade que pou-quíssimos países têm.

Elas são o resultado desse liquidificador. O SPFW é um catalisador no processo da explosão das modelos brasileiras. Todas, não só a Gisele Bündchen, tiveram sua profissionali-zação ali. Elas falam que é um rito de passagem: se não fazem SPFW, é como não ter passado de ano. E isso se trans-fere para outras áreas profissionais da moda. É também para o estilista, o jornalista, o produtor, o maquiador, o DJ...

Mesmo no mundo da moda, que é mais flexível e mais fácil de lidar, tenho algumas opiniões a respeito de racismo e preconceito. Tem uma questão a ver com postura, auto-estima e com coisas resolvidas e não resolvidas. A minha vida inteira, desde criança, eu já sabia que em algum momento eu seria gay, apesar de só aos 19 anos efetivamen-te ter um contato homossexual. Não que eu fosse reprimido ou tivesse medo. Muito pelo contrário, na minha família sempre foi uma coisa muito natural. A dádiva de ter a edu-cação dos meus pais é a questão da liberdade da inclusão da diversidade. São valores que tenho até hoje. Por todo o lugar em que eu passei e trabalhei, em todos os momentos da vida, no business, em momentos importantes com empresários, nunca ninguém disse nada. Nunca passei por nenhum tipo de olhar, frase ou mal-estar. Até quando fui fazer a adoção do Henrique (seu filho de 4 anos), achava que poderia haver algum tipo de problema, até por mito ou achar que não pode e isso e aquilo. Mas não tive nenhuma dificuldade. Estas questões nascem na gente e não nos outros.

Não foi fácil, mas depois que eu entendi. Tudo é um trabalho que você vai percebendo e se convencendo dos porquês. O seu organismo tem condições e se predispõe para um certo tipo de problema. Cada indivíduo tem predisposição a determinadas

Naomi Campbell foi a estrela do desfile da Rosa Chá em 2003. Sonia Braga também exibiu irreverência nos corredores do evento em 2000. Adriana Lima no ritmo do samba para a coleção de Verão 2003 da Forum que teve cenografia de Joãosinho 30. Xuxa na passarela do Inverno 2000 de Lino Villaventura, ainda no Morumbi Fashion

coisas. Eu tenho predisposição a anorexia nervosa: por causa do stress, vou esquecendo de comer. É tanto trabalho que você se alimenta do trabalho, não tem fome, acha que comeu e não comeu. Pensa que tomou líquido e não tomou. Isso é stress. E quando você percebe, já foi.

O futuro é o dia a dia. Se você está conectado com a sua paixão, com os seus valores, com os seus desejos, você consegue ver, enxergar o seu futuro e diminuir essa ânsia para percebê-lo. Se souber fazer isso, vai perceber que a sua consciência é clara da continuidade e da con-fiança. Aí se consegue andar.

A moda ocupa hoje um espaço na cultura, se fortaleceu como indús-tria, como design, como criatividade, como negócio, como conver-gência, como autoestima. Então, sim, a minha missão já está cumpri-da. A moda se transformou em um assunto popular, em uma política de cultura oficial, um evento com a maior audiência espontânea de mídia do País, que só fica atrás do futebol, que há 100 anos é a paixão do brasileiro. Bem, minha missão está cumprida.

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Naomi Campbell foi a estrela do desfile da Rosa Chá em 2003. Sonia Braga também exibiu irreverência nos corredores do evento em 2000. Adriana Lima no ritmo do samba para a coleção de Verão 2003 da Forum que teve cenografia de Joãosinho 30. Xuxa na passarela do Inverno 2000 de Lino Villaventura, ainda no Morumbi Fashion

coisas. Eu tenho predisposição a anorexia nervosa: por causa do stress, vou esquecendo de comer. É tanto trabalho que você se alimenta do trabalho, não tem fome, acha que comeu e não comeu. Pensa que tomou líquido e não tomou. Isso é stress. E quando você percebe, já foi.

O futuro é o dia a dia. Se você está conectado com a sua paixão, com os seus valores, com os seus desejos, você consegue ver, enxergar o seu futuro e diminuir essa ânsia para percebê-lo. Se souber fazer isso, vai perceber que a sua consciência é clara da continuidade e da con-fiança. Aí se consegue andar.

A moda ocupa hoje um espaço na cultura, se fortaleceu como indús-tria, como design, como criatividade, como negócio, como conver-gência, como autoestima. Então, sim, a minha missão já está cumpri-da. A moda se transformou em um assunto popular, em uma política de cultura oficial, um evento com a maior audiência espontânea de mídia do País, que só fica atrás do futebol, que há 100 anos é a paixão do brasileiro. Bem, minha missão está cumprida.

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EM 1985, MALU MADER TINHA 19 ANOS e ganhava seu primeiro papel de destaque em uma novela. Era a Valquíria da primeira versão de Ti-ti-ti, filha de Jacques Leclair que vivia um namoro à la Romeu e Julieta com Luti (Cássio Cabus Mendes). No remake assinado por Maria Adelaide Amaral, a atriz vive Suzana, mãe do rapaz, agora interpretado por Humberto Carrão. Já o papel de Val – hoje mais moderninha e antenada - foi para a estreante Juliana Paiva, de 18 anos. “Encontrei a Malu em uma gravação em São Paulo. Foi muito especial. Estava no camarim. Quando ela viu o grupo de meninas, ficou ansiosa para saber quem era a Val. Perguntou e eu levantei o dedinho. E ela: ‘Nossa, como você é linda’. Toda carinhosa. E eu fiquei ali, olhando, emocionada, sabe?”, conta Juliana, que nem era nascida quando o folhetim foi ao ar pela primei-ra vez. “Na época que Ti-ti-ti estava sendo exibida, meus pais estavam casando. Quando soube-ram que peguei a Val, foi uma festa lá em casa”.

A atriz chamou a atenção da emissora graças a sua intensa interpretação no filme Desenrola, na pele de Tize, uma adolescente que engravida aos 17 anos. “Foi um trabalho incrível, mas feito com muito cuidado porque uma coisa é interpretar o que você já passou, outra é não ser sua realidade. Nunca fiquei grávida, mas tinha que conseguir convencer o público que aquilo estava acontecendo realmente comigo. Fiz laboratório com a Rafaela, uma das atrizes do filme que passou por isso, e acabei trazendo para mim todos aqueles conflitos: encarar, contar para os pais, para o parceiro que não quer assumir, ter ou não ter o bebê”, conta Juliana, que apesar da postu-ra mais madura que teve de assumir no trabalho, continua a fazer questão de viver sua adoles-cência. “Da Tize, tenho esse lado meio romântico e brincalhão, mas, diferentemente dela, nunca tive essa coisa de namorar cara mais velho, ser a garota mais popular do colégio, a mais madura, sabe? Nunca pulei etapas, acho isso muito importante. A gente vê criança querendo namorar. Tem que correr, brincar, estudar. Porque quando fica para trás, você sente uma saudade...”, opina a atriz. “Sempre aproveitei muito. Mesmo com os meninos, brincava de esconde, de correr, de polícia e ladrão. E desde pequena, adoro dançar. Colocava roupa e música e ficava dançando para os meus pais. Naquela época já sabia que queria ser atriz”, conta.

Vestido PAT PAT, sandáliasCostança Basto e colares Francesca Diana Romana

Simone Blanes FOTOS Jorge Bispo

EDIÇÃO DE MODA Bianca Zaramella STYLIST Cristina França

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Juliana entrou para uma agência de mode-los aos 9 anos, inspirada pelo pa, Gilmar, que no passado havia feito comerciais e fotos de catálogo. “Sempre fui muito solta, então fiz alguns trabalhinhos, mas começou mesmo quando a gente se mudou para Salvador. Tinha 11 anos e entrei para um curso de tea-tro. Três anos depois, voltamos para o Rio e falei para minha mãe: ‘É isso mesmo que eu quero’”. Com total apoio dos pais, a arquiteta Cristina e Gilmar, atualmente consultor de marketing, Juliana ingressou na agência 40 Graus e logo fez para os testes de Desenrola, que lhe rendeu a Tize, sua primeira persona-gem. Não demorou muito para pegar partici-pações nas novelas Viver a Vida e Cama de Gato e, em seguida, a Valquíria, em Ti-ti-ti. “No teste o (produtor de elenco) Nelsinho Fonseca falou: ‘Bom, Ju, adorei, mas você pode fazer melhor’. Fiz de novo e ele: ‘Não falei? Ju, acho que dá, só tem que ver a sua altura com a do Humberto’. Nem sabia do que ele estava falan-do. Na semana seguinte, recebi um telefonema dizendo que ia fazer a Val”, conta.

A parte mais difícil foi cortar o cabelo. “Quase chorei quando soube. Fiquei assustada com a foto que me mostraram. Mas era uma personagem mais ousada, estudante de moda. Fui entendendo. Quem cortou foi o Wanderley Nunes e, no final, amei. Ficava pensando: ‘Será que com o cabelo curto vou ficar parecendo menino?’ Porque a maioria das meninas da minha idade tem cabelão”.

Short e camisa de renda Mary Zaide com sandálias CONSTANÇA BASTO

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Juliana é uma adolescente que se emociona ao falar das amigas e é tida como conselheira das meninas. Também fica com os olhos brilhando ao mencionar os pais, que dão total liberdade a ela. “A primeira vez que saí sozinha tinha uns 13 anos. Mas eles sabem que eu sou muito família. Ligo e digo onde estou. E faço isso naturalmente. Penso assim: posso curtir do jeito que eu quero, mas também deixá-los tranquilos. Dou muito valor a eles.” Também tem espaço garantido em seu coração o cachorro Floquinho, uma mistura de bichon frisé e poodle, que ela ganhou aos 11 anos. “Nunca pedi um irmãozinho, só um cachorro. Brincamos que nem irmãos. É o meu xodó, meu filhote.”

A atriz também gosta de coisas típicas de sua idade: do (ator) Robert Pattinson, de Mc Donald’s, jogar vôlei e ir com as amigas para os barzinhos com música ao vivo, Juliana quer aprender a tocar violão. “Acho muito char-moso.” Aprender a dirigir, no entanto, não está entre suas prioridades no momento. “Vou tirar a carteira, mas não sei se vai ser este ano. Estou tranqui-la. Acho que para a mulher não é uma necessidade como é para os homens, que têm que levar as meninas e tal.” Namorar também não está nos seus planos. Recém-separada do seu primeiro namorado, Guilherme, com quem ficou durante dois anos e três meses e deu o primeiro beijo, a atriz diz que agora tem

que se concentrar no trabalho, afinal, está no início da carreira e da faculdade, que acabou de entrar, no curso de propaganda e marke-ting. “Estou ansiosa para ver como é estar na faculdade”, empolga-se. Casar e ter filhos, então, são desejos bem distantes, mas fazem parte dos sonhos de Juliana. “Quero me casar sim, na Igreja, com a família toda. Toda meni-na sonha com isso. Mas até eu me casar, muita coisa vai rolar, tem muito tempo ainda. Também quero ter filhos. Adoro bebês, são as coisas mais lindas do mundo.” O principal, para ela, é nunca perder a essência: “Eu sei quem sou e vou ser sempre assim, não quero mudar meu jeito de ser”.

Beleza JESUS LOPESProdução de moda MARIANA CORREIA

Camisa Agilitá

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Vestido de renda e cinto Lucidez e sandálias CONSTANÇA BASTO com brinco Fiszpan e pulseiras FRANCESCA DIANA ROMANA

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Mônica Filgueiras

recebe amigos em meio à sua

coleção particular.

QUADROS, esculturas e

objetos de decoração de

vários estilos deixam o

apartamento no Itaim Bibi com

um quê de assemblage

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A marchande Mônica Filgueiras faz do seu apartamento uma extensão da sua galeria de arte em São Paulo e reúne estilo e amigos numa assemblage toda particular

Thalita Peres FOTOS Marcelo Navarro/Ag. IstoÉ

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OS CACHORROS JAMES BOND, Julia e Vira dão boas-vin-das aos convidados da marchande Mônica Filgueiras em seu apartamento no Itaim Bibi, o primeiro grande prédio do bair-ro. “Comprei em 1972 e a vista do meu terraço era maravilhosa. Antes da verticalização dava para ver as árvores do Ibirapuera, do Jardim América e o espigão da Paulista.” Mônica, claro, faz do seu universo particular uma extensão da galeria que leva o seu nome, uma das mais importantes da cidade. O espaço, de 136 metros quadrados, abriga tesouros de nomes como Antônio Dias, Willys de Castro, Mario Cravo, Léon Ferrari, entre outros. “Não tem uma parede vazia na minha casa. Há inúmeros estilos como art déco, art nouveau, anos 50 e 60, peças com as orelhas do Mickey Mouse, esculturas em forma de cachorro, dados, bolinha de gude, peças de patchwork, além da minha paixão por etnias.” Tanta arte espalhada, tantas coleções expostas e Mônica tem dificuldade em apontar as mais importantes: “Todas signi-ficam algo em minha vida. O quadro de Andy Warhol, da série Flores, foi trocada com uma amiga por uma obra do artista Man Ray. As cadeiras que ficam na sala eram do escritório do meu pai e as duas poltronas com armação de couro eu comprei no mesmo dia em que fechei o contrato do apartamento.” E não pensem que essa mistura resume-se apenas ao decór do apê, chamada por Mônica de “ajuntamento”. Os

cachorros também vieram de várias partes do mundo. “O cocker spaniel James Bond é americano e veio da Califórnia. A Julia, da raça schnauzer, é carioca e a Vira, sem raça definida, foi adotada em uma feirinha em Paraisópolis.” O espaço é dividido em nove ambientes, incluindo um banheiro temático em homenagem aos cachorros com fotos penduradas de vários peludos. “Comprei este apartamento pelo maravilhoso terraço, me sinto em contato com a natureza. Os pássaros aparecem para comer frutas e tenho pés de pitanga, romã e mexerica. É maravilhoso.” Trabalhando com arte desde a década de 60, o que não faltam são histórias para contar em suas animadas reuniões com amigos. E nada em petit comitê. Mônica costuma rece-ber até 60 amigos em sua casa. Amigos é coisa que também sabe fazer bem. “Trabalhei com Salvador Dalí na Espanha, em 1970. Tínhamos tanto contato, que ele me recebia em sua casa usando pijamas e um creme para deixar o conheci-do bigode em pé.” Outra recordação marcante foi conhecer um de seus artistas favoritos, Miró. “Na mesma época em que trabalhei com Dalí, fui com a cara e a coragem na casa de Miró e pedi para o jardineiro me deixar entrar em seu ateliê. Fiquei uns 50 minutos lá, olhando bem detalhada-mente. Até que Miró entrou, olhou para mim e foi embora. Foi bem marcante.” E para que mais?

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O espaço é repleto de recordações da marchande seja de viagens ou presentes de amigos. Um dos lugares mais comentados da casa é o BANHEIRO com temática de cachorros. Abaixo, o lugar favorito dela: o terraço

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CACOCIOCLERRELAXA EM JURERÊ

Patrocínio: Copatrocínio: Apoio:

VERÃO E Mais:CAFE DE LA MUSIQUE: o pôr do sol mais animado de Jurerê Internacional

• CLAUDIA LYRA COMEMORA ESTREIA

EM NOVA NOVELA

• DUDU BERTHOLINI REVELA AS TENDÊNCIAS PARAO OUTONO-INVERNO 2011

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TATUADOS

NA ALMAO ator Caco Ciocler curte dias de muito sol

em Floripa e revela seus planos para 2011

Ana Claudia Duarte FOTOS Cleiby Trevisan

VERÃO2011

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Tatuagem em comum: o casal exibe o mesmo desenho de Deus Inca nos pés

VERÃO2011

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“Quero ficar no seu corpo feito tatuagem...” O conhecido verso da canção de Chico Buarque bem poderia ser tema de amor do casal da foto. A tatuagem com a imagem de um miste-rioso Deus Inca desenhada no pé do ator Caco Ciocler é idênti-ca a que sua mulher, a atriz, apresentadora e diretora de arte, Marina Previato exibe. “Somos casados de alma e essa tatuagem, que fizemos em Cusco, no Peru, reafirma o nosso amor. Esse Deus Inca é encontrado em várias cerâmicas antigas de lá e nin-guém sabe o seu nome”, explica ela, ao chegar no Il Campanario Villaggio Resort, em Jurerê Internacional, de braços dados com o ator. Juntos desde 2007, apesar de parecerem ter nascido um para o outro, são bem diferentes. Caco, 39 anos, é calmo, centra-do, fala devagar, palavra por palavra. Ela é agitada, super moder-na, adora uma badalação e é toda tatuada. “Acho que nos damos bem porque um respeita muito o jeito do outro. Quando come-cei a namorar com a Marina, ela só tinha 23 anos. Hoje aos 27, amadureceu, mas não deixo que ela perca nenhuma fase impor-tante da vida”, diz ele de forma apaixonada. Passear pelas praias e curtir as maravilhas da natureza foi o programa eleito pelo casal em Jurerê Internacional. Eles caminharam pelas pedras espalhadas na areia e aproveitaram a sombra das grandes árvores para namorar e relaxar. O alto astral de Marina é contagiante e conquistou imediatamente o único filho de Caco, Bruno, de 14 anos, fruto de outro relacionamento, “Ele é um fofo. Nos damos super bem”, conta ela. “No ano passado fizemos uma viagem de motor home pelo Brasil e o Bruno levou um amigo. Nós quatro nos divertimos muito”, complementa Caco.

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Marina e Caco sobem centenas de degraus do campanário do Hotel

Muito namoro antes da volta ao trabalho

Curtir a família e conciliar esse bom

momento com a vida profissional era um sonho antigo do ator, que no ano passado brilhou no seriado global A Cura e na peça Casting. Contratado da Globo até o fim deste ano, em 2011, ele quer se dedicar a projetos no teatro e no cinema. “Hoje tenho privilégio de optar por esse ou aquele projeto. Tem muita coisa acontecendo e acho que tudo é resultado de anos de dedi-cação. No começo tinha um pouco de medo pois a profissão é instável. Tinha um filho pequeno para sustentar, ficava de olho no salário do fim do mês. Hoje já estou mais relaxado”, diz ele, que aguarda ansioso pelo lançamento dos longas Família Vende Tudo, no qual faz um cantor brega, e Dois Coelhos, filme de ação, ambos produzidos no ano passado. “Adoro cinema. Este ano ainda vou participar de outro longa, no qual um pai viaja com o filho. Ainda não tem nome definido, mas vou adorar fazer porque vou me lembrar da viagem que fiz com o Bruno”, diz ele.

Figurino CAVALERA E ACERVO PESSOAL

VERÃO2011

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O casal lê IstoÉ Gente no Espaço Pilão

Curtindo a vista do Hotel Il Campanario

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FELIZ DA

VIDA! Ana Claudia Duarte FOTOS Cleiby Trevisan

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Claudia Lyra comemora em

Floripa participação em Rebelde,

nova novela da Record

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VERÃO2011

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Tranquila e realizada, a atriz Claudia Lyra vive um dos melhores momentos de sua vida. Curtindo a filha Valentina, que acaba de comple-tar quatro anos, e o namorado, o empresário João Marcelo Araújo, ela festeja sua participação em Rebelde, nova trama da Record com estreia prevista para março. De tão feliz, só falava nisso quando chegou em Jurerê Internacional para uns dias de descan-so. Claudia adiantou que interpretará Beth, uma mulher que era rica e fica viúva, sem dinheiro e com dois filhos adolescentes para cuidar. “Estou muito animada. É um grande prazer participar de uma produção com tanta gente talentosa, reencontrar amigos de anos. Estou sendo super bem tratada na nova casa”, declara.

Aos 47 anos, a atriz exibe uma boa

forma invejável. Qual o segredo desse visual? “Sempre fiz dança, lutas mar-ciais. Meu físico foi definido desde muito cedo e agora tenho o acompa-nhamento de um personal trainer que me orienta na musculação. Cuido da pele com protetor solar e uso alguns cremes para o rosto e para o corpo. E quando passo da conta na alimenta-ção, economizo no dia seguinte e treino um pouco mais pesado”, expli-ca ela, que também cuida muito da alimentação da filha. “A Valentina é super fofa e tranquila. Somos amigas. Tenho orgulho da minha filha que agora está aprendendo a escrever e é muito gentil com as pessoas.” Cheia de energia para 2011, Claudia quer se dedicar também ao cinema e ao tea-tro. “Estou louca para voltar aos pal-cos e quero participar de um longa. Estou estudando alguns projetos”, conta, pouco antes curtir a badalada noite de Jurerê ao lado do namorado, com quem está há oito meses.

Figurino CLUTCH, LAFORT, SHOPIN AND FRIENDS (JURERÊ INTERNACIONAL), VICTOR DZENK, CARLA CARLIN, BIA ZANY E CAROL NASSER

A atriz saboreia o Café Pilão Sabor e Leveza

Springer proporcionamomentos refrescantespara Claudia Lyra

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Antes de encarar a maratona da próxima São Paulo Fashion Week, o estilista Dudu Bertholini, da grife Neon, descansou alguns dias em Jurerê Internacional. Criada em 2002, junto com a também estilista Rita Comparato, a Neon é caracterizada por peças coloridas e estampas inusi-tadas. Hoje a grife exporta para o Japão e Estados Unidos. “Vamos ter um ano muito corrido, precisava dar uma respirada. Logo depois do nosso desfile na SPFW, embarcaremos no Fashion Cruise 2011, onde mostrarei uma mistura de várias peças de verão, ícones da Neon”, conta ele. O sus-pense fica por conta da coleção de inverno da marca. “Posso adiantar que será um inverno teatral com muita boca vermelha e esmaltes fortes. Pernas com scarpin, silhuetas justas e dramáticas”, revela ele empolgado. No dia a dia as encenações fazem parte da vida dele. Interessado por moda desde criança, Dudu é pra lá de teatral. É daquelas pessoas que não passam des-percebidas. Além de adorar fazer caras e bocas, sua figura longilínea aliada ao poderoso cabelão, chamam a atenção de todos. Mas apesar do exotis-mo, Dudu esbanja simpatia e é capaz de conversar com qualquer pessoa. “Gosto de gente, reparo muito nas pessoas”, afirma ele, pouco antes de deixar o hotel rumo a São Paulo.

2011

Figurino ACERVO PESSOAL

CONTAGEM

REGRESSIVA

Ana Claudia Duarte FOTOS Cleiby Trevisan

VERÃO2011

O estilista Dudu Bertholini adianta

as novidades da Neon para a SPFW

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Claudia saboreia o Cafê Pilão Sabor e Leveza

O estilista passeia peloHotel Il Campanario emJurerê Internacional

Dudu visita o Espaço Pilão

A PEDIDA

DO VERÃO

Gente bonita, música moderna, ambiente muito agradável. O Cafe de la Musique foi eleito o ponto mais concorrido dos finais de tarde da ilha de Florianópolis. Basta estar lá para conferir o que de mais bacana aconte-ce na casa. Frequentadores assíduos desmontam suas cadeiras na praia e seguem direto para a balada onde DJs nacionais e internacionais arrasam nas pickups como o DJ Pete Tha Zouk. Porque tudo é festa na ilha mais badalada do verão 2011.

Fim de tarde, pôr do sol. É hora de tomar uma ducha e conferir a balada do Cafe de la Musique

Ana Claudia Duarte FOTOS Alex Anastácio e Rafael Jota

Kayky Brito

VERÃO2011

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A PEDIDA

DO VERÃO

Gente bonita, música moderna, ambiente muito agradável. O Cafe de la Musique foi eleito o ponto mais concorrido dos finais de tarde da ilha de Florianópolis. Basta estar lá para conferir o que de mais bacana aconte-ce na casa. Frequentadores assíduos desmontam suas cadeiras na praia e seguem direto para a balada onde DJs nacionais e internacionais arrasam nas pickups como o DJ Pete Tha Zouk. Porque tudo é festa na ilha mais badalada do verão 2011.

Fim de tarde, pôr do sol. É hora de tomar uma ducha e conferir a balada do Cafe de la Musique

Ana Claudia Duarte FOTOS Alex Anastácio e Rafael Jota

Kayky Brito

VERÃO2011

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A PEDIDA

DO

Francys Slaviero e Patricia Campos

Camila Rodrigues

Milena Cemin

Léo Ribeiro

O novo Mini Countryman flutua nas águas de Jurerê

Francesco Aquilini, Tanara Burin, Frank Giutra, Frank Anderson,Sheila Ruchel e Josh Fink

Caco Alzugaray, Marcos Campos e José Bello

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A PEDIDA

DO

Francys Slaviero e Patricia Campos

Camila Rodrigues

Milena Cemin

Léo Ribeiro

O novo Mini Countryman flutua nas águas de Jurerê

Francesco Aquilini, Tanara Burin, Frank Giutra, Frank Anderson,Sheila Ruchel e Josh Fink

Caco Alzugaray, Marcos Campos e José Bello

Pratos que parecem obras de arte com sabor incomparável. A alguns passos do Jurerê Il Campanário Villaggio Resort fica o Sim’s Restaurant. Alta gastronomia que agrada ao paladar mais exigente. Delícias como o Congrio rosa com risoto de pêras ao molho de vieiras, o Robalo envolto em parma sobre colchão de inhame ou o Fet-tuccine com pato e pasta de pistache são es-trelas do cardápio em Jurerê Internacional.De qualquer lugar da casa é possível enx-ergar a preparação dos pratos na cozinha com vidro transparente. Atendimento cui-dadoso e ambiente descolado proporcio-nam momentos inesquecíveis.

Serviço Sim’s RestaurantAvenida dos Búzios, 1.800 (48) 3282-1995 Jurerê Internacional – FlorianópolisHorário de funcionamento: das 19h às 2h

MARKETING PUBLICITÁRIO E EVENTOSBEL POVINELI, BÊ MACHADO,ARIADNE PEREIRA E MARILIA TRINDADE

PROMOTERCAIO FISCHER

EDIÇÃOVANYA FERNANDES

REPORTAGEMANA CLAUDIA DUARTE

FOTOGRAFIACAUÊ MORENO E CLEIBY TREVISAN

ASSISTENTESALEX ANASTÁCIO E RAFAEL JOTA

ARTEEMERSON CAÇÃO E VICTOR FORJAZ

REVISÃOALESSANDRO GONÇALVES

PRODUÇÃOALICE LIMA E SILVA E CAMILA VAZ

MODAMÁRCIO MENEGHINI

CABELO E MAQUIAGEMMGET BY ERNANI FERNANDES(11 3679 2007 / 3673 3064)www.mget.com.br

CRIAÇÃO E CONCEITO CENOGRÁFICOCHD PRODUÇÕES POR CARLOS HENRIQUE DUARTEwww.chdproducoes.com.br

TERAPIA CORPORALMARCOS BORGES (48 8443 5781)

PARCEIROSHOTEL IL CAMPANARIO (48 3261 6067)www.ilcampanario.com.brHELISUL TAXI AÉREO (48 3338 1701 / 9615 0250) www.helisul.com/aerotransfer GUACIRA LOTUFO BONAFÉ (19 3254 6937)www.guacirahomedecor.com.brARTZZI (19 3705 5120)www.artzzi.com.brBYA BARROS EXPRESS (11 3062 6366)www.byabarrosexpress.com.brADORNARE OBJETOS E DECORAÇÃO (48 3266 0088)www.adornare.net.brARQ FLORA PAISAGISMO (48 3282 9895)www.arqflora.com.brFLAVIA TRONCA (48 3207 7578)www.flaviatronca.com.brÂNGELA NAMIMENT (48 9911 7106)

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PROJETO DESENVOLVIDO E EXECUTADO PELO DEPARTAMENTO DE MARKETING PUBLICITÁRIO E EVENTOS

VERÃO2011

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AVALIA

INDISPENSÁVEL

MUITO BOM BOM

REGULAR

• FRACO

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