16
Santidade de Hoje e de Sempre Sta. Edwiges Semana Santa em fotos Págs. 08 e 09 Notícias Corpus Christi: Corpo dado, Sangue derramado para a vida do mundo! Os Santos e a nossa vida! Pág. 06 Palavra do Pároco A Eucaristia e o Sagrado Coração de Jesus Pág. 10 Ano Marelliano Lugar de plena ação de graças Pág. 05 Santuário Juventude STA. EDWIGES Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXI * Nº 248 * Junho de 2011 Na cruz ele deu sua vida, mas antes da cruz, Ele deu a si mesmo como sinal perpétuo. Pág. 15 A santidade é possível e é para hoje, para nossos dias. Pág. 04 Mas afinal de contas, o que é identidade? Pág. 14

jornal junho

Embed Size (px)

DESCRIPTION

jornal junho

Citation preview

Page 1: jornal junho

Santidade de Hoje e de Sempre

Sta. Edwiges

Semana Santa em fotosPágs. 08 e 09

Notícias

Corpus Christi: Corpo dado, Sangue derramado para a vida do mundo!

Os Santos e a nossa vida!Pág. 06

Palavra do Pároco

A Eucaristia e o Sagrado Coração de JesusPág. 10

Ano Marelliano

Lugar de plena ação de graçasPág. 05

Santuário

Juventude

STA. EDWIGESPadres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXI * Nº 248 * Junho de 2011

Na cruz ele deu sua vida, mas antes da cruz, Ele deu a si mesmo como sinal perpétuo. Pág. 15

A santidade é possível e é para hoje, para nossos dias. Pág. 04Mas afi nal de contas, o que é identidade? Pág. 14

Juventude

Mas afi nal de contas, o que é identidade? Pág. 14

Page 2: jornal junho

Editorial

Paróquia Santuário Santa EdwigesArquidiocese de São PauloRegião Episcopal IpirangaCongregação dos Oblatos de São JoséProvíncia Nossa Senhora do RocioPároco: Pe. Paulo Siebeneichler, OSJ

Responsável e Editora: Juliana Sales Diagramador: Victor Hugo de SouzaFotos: Gina e Michelson Ribeiro Equipe: Aparecida Y. Bonater; Eliana Tamara Carneiro; Guiomar Correia do Nascimento; João A. Dias; José A. de Melo Neto; Helena Garcia; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza e Marcelo R. Ocanha

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição: 20/05/2011 Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 6.000 exemplares.Distribuição gratuita

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111

EA era (cristã) digital

02 santuariosantaedwiges.com.br

Junho de 2011STA. EDWIGES

Calendário Paroquial Pastoral 2011

Juliana [email protected]

m comemoração ao 45º Dia Mundial das Comu-nicações Sociais, o Papa Bento 16, escreve uma mensagem a todos os cristãos católicos. Este ano sua reflexão é baseada na difusão da comu-

nicação através da internet. Compartilho aqui alguns dos seus apontamentos sobre o tema e também a reflexão de outros autores.

As novas tecnologias mudam cada vez mais o cenário comunicacional. Há transformações no modo de aprender e pensar, como o modelo de emissor e receptor, (encon-trado nos meios analógicos como TV, jornal, revista) onde alguém escreve ou fala sobre um determinado conteúdo e somente recebemos esta mensagem, porém ela não pode ser debatida ou comentada. Isto não acontece com a in-ternet, ela é colaborativa, onde há troca de idéias, informa-ções e outras interações.

A partir da internet, a sociedade torna-se mais colabo-rativa. Antes passávamos apenas a informação de forma unilateral, distribuída por alguns canais e com intervenções de ruídos. Já a comunicação digital apresenta-se como um processo em rede e interativo.

Na era digital, há uma troca de informações, “de todos para todos”, de forma instantânea, encorajando a socieda-de a pensar de forma mais construtiva.

Mas o Santo Padre, o Papa, faz um alerta sobre as mí-dias digitais: “As novas tecnologias permitem que as pes-soas se encontrem para além dos confins do espaço e das próprias culturas, inaugurando deste modo todo um novo mundo de potenciais amizades. Esta é uma grande opor-tunidade, mas exige também uma maior atenção e uma to-mada de consciência quanto aos possíveis riscos. Quem é o meu “próximo” neste novo mundo? Existe o perigo de es-tar menos presente a quantos encontramos na nossa vida diária? Existe o risco de estarmos mais distraídos, porque a nossa atenção é fragmentada e absorvida por um mun-do “diferente” daquele onde vivemos? Temos tempo para refletir criticamente sobre as nossas opções e alimentar relações humanas que sejam verdadeiramente profundas e duradouras? É importante nunca esquecer que o conta-to virtual não pode nem deve substituir o contato humano direto com as pessoas, em todos os níveis da nossa vida.”

Por fim, falando de forma superficial sobre esta temáti-ca extensa, a era digital chegou para contribuir com a socie-dade de diversas formas e uma delas é essencial para os cristãos: ser responsável nas redes, comunicar o Evange-lho, não só inserindo conteúdos religiosos, como diz a men-sagem do Papa, mas mostrando-se autêntico no seu perfil digital, imprimindo seus valores e sendo fiéis a si mesmo.

01 Quarta - FeiraPastoral da Família (reunião) A defi nir 20h30

Local Hora

02 Quinta - FeiraApostolado da Oração (reunião)SAV (Adoração Vocacional)Pastoral da Família (reunião)

Salão São JoséCap. da ReconciliaçãoA defi nir

14h20h20h30

Local Hora

03 Sexta- FeiraApostolado da Oração (missa) Santuário 20h

Local Hora

04 SábadoInscrições p/ CatequeseInfância Missionária (Encontro)CPP N Sra Aparecida (CPC)

SantuárioCap. da ReconciliaçãoSalão São JoséComunidade

9h e 15h3014h17h3019h

Local Hora

05 DomingoAJUNAI (Encontro)CoroinhasCoroinhas (Encontro)Inscrições p/ CatequeseAscensão do Senhor – Dia Mun-dial das Comunicações SociaisSemana de Oração p/ unidade dos cristãos

Salão Pe. SegundoSantuárioSalão São José MarelloSantuárioEm toda Arquidiocese

Em toda Arquidiocese

8h309h10h10h30A defi nir

A defi nir

Local Hora

07 Terça - FeiraPastoral da Família A defi nir Adefi nir

Local Hora

09 Quinta - FeiraDia de José de AnchietaPastoral da Família (ensaio canto)

SantuárioA defi nir

19hA defi nir

Local Hora

10 Sexta - FeiraReunião do Setor Anchieta (Clero)CPS N.Sra. de Fátima

8h30 20h

Local Hora

11 SábadoInscrições p/ CatequeseN Sra Aparecida (CPC)Infância Missionária (Encontro)Formação p/Catequistas

SantuárioComunidadeCap. da ReconciliaçãoSala Pedro Magnone

9h e 15h3015h14h17h30

Local Hora

12 DomingoCatequese (Venda de Bolos)AJUNAI (Encontro)Bolsistas (reunião)Coroinhas (Encontro)Inscrições p/ CatequeseFesta de Pentecostes JovensPastoral da Acolhida

Salão S. José MarelloSalão Pe. SegundoSala Pe. Pedro MagnoneSalão São JoséSantuárioCatedralSalão São José

7h8h308h5010h10h3015h16h

Local Hora

14 Terça - FeiraPastoral da Família (ensaio canto) A defi nir 20h30

Local Hora

15 Quarta - FeiraPastoral da Família (evangelização) A defi nir 20h30

Local Hora

16 Quinta - FeiraNovena de Sta Edwiges Santuário Todo dia

Local Hora

17 Sexta - FeiraPastoral da Família (evangelização) A defi nir 20h30

Local Hora

18 SábadoInscrições p/ CatequeseInfância Missionária (Encontro)MESC (Reunião)FESTA JUNINA DA COMUNIDADE

SantuárioCap.da ReconciliaçãoSala Pe. MagnonePRAÇA DA IGREJA

9h e 15h3014h17h17h

Local Hora

19 DomingoRomaria a Aparecida Curso de Noivos AJUNAI (Encontro)Coroinhas (Encontro)Apostolado da Oração (Retiro)Fraternidade São José (reunião)Inscrições p/Catequese

Santuário NacionalSalão São JoséSalão Pe. SegundoSalão São José MarelloCap. da ReconciliaçãoSalão São JoseSantuário

6h7h50 às 17h8h3010h14h20h9h e 15h30

Local Hora

20 Segunda - FeiraPastoral da Família (evangelização) A defi nir 20h30

Local Hora

22 Quarta - FeiraMissa (ECC) A defi nir A defi nir

Local Hora

23 Quinta - FeiraCorpus Christi – Missa e ProcissãoCorpus Christi – MissaCorpus Christi – MissaCorpus Christi – Missa

SantuárioSantuárioSantuárioComunidade

9h15h19h19h30

Local Hora

24 Sexta - FeiraECCSAV (Reunião)

A defi nirCap. da Reconciliação

A defi nir20h

Local Hora

25 SábadoECCInfância Missionária (Encontro)Inscrições p/ CatequesePastoral Missionária (reunião)Pastoral do Batismo (Curso)RCC (Aniversário)

A defi nirCap. da ReconciliaçãoSantuárioSão PedroSalão São JoséSantuário

A defi nir14h9h e 15h3017h17h3019h

Local Hora

26 DomingoECCPastoral Missionária (Mutirão)AJUNAI (Encontro)Coroinhas (Encontro)Inscrições p/ CatequesePastoral do Batismo (celebração)Com. N Sra Aparecida (retiro)

A defi nirSantuárioSalão Pe. SegundoSalão S. José MarelloSantuárioSantuárioA defi nir

A defi nir12h8h3010h10h3016hA defi nir

Local Hora

30 Quinta - FeiraApostolado da Oração (reunião) Salão São José 14h

Local Hora

Page 3: jornal junho

03 santuariosantaedwiges.com.br

Junho de 2011Comunidade

Comunidade N. Sra. Aparecida Tríduo Pascal

os dias 21, 22 e 23 de abril, cerca de 150 pesso-as participaram do Tríduo Pascal na Comunidade Nsa. Aparecida. As celebrações foram presididas

pelo vigário paroquial, Pe. Bennelson Barbosa, OSJ.O rito do lava-pés, na quinta-feira santa, foi recebido pe-las próprias pessoas da comunidade, onde o sacerdote coloca-se a serviço dos outros, lavando os pés dos seus discípulos, assim como Jesus fez em sinal de humilda-de. Mas a principal comemoração desta Santa Missa é a instituição da Eucaristia e do sacerdócio.

Espaço do Devoto

N

No espaço do devoto, recebemos muitos testemunhos de graças alcançadas por inter-médio de Santa Edwiges, mas este mês, o de-poimento de Francisca relata sua cura por outra intercessora, Nossa Senhora de Fátima. Assim como nossa padroeira Santa Edwiges fez em muitos momentos de sua vida, Francisca en-controu seu alento nos braços da Mãe Maria.

Não me recordo exatamente o período, mas há alguns anos me mudei da cidade de São Paulo e fui morar em Vinhedo. Com o tempo comecei a ter problemas com o meu vizinho, eu havia “colocado” em minha cabeça que ele me fazia mal, que queria me enve-nenar. Entrei em estado de depressão e não queria fazer nada, nem mesmo assistir TV, tive até alucinações de que meus móveis que estavam em São Paulo haviam sido transpor-tados para onde eu estava. Depois de algum tempo, retornei para a cidade, mas continuei com muitas paranóias, imaginando que minha casa estava sendo filmada pela vizinhança. E

A sexta-feira da Paixão do Senhor foi acompanhada pelo fi eis em profundo silêncio, até os momentos da Proclamação do Evangelho e demais solenidades. Aconteceu também o rito de adoração à Santa Cruz, que foi conduzida ao altar sob um tecido vermelho para o momento de veneração e, pos-teriormente os fi eis comungaram a Eucaristia consagrada na missa da Ceia do Senhor, já que na sexta-feira Santa não há celebração Eucarística.

Na noite do Sábado Santo, a comunidade se reuniu em frente à capela em torno de uma pequena fogueira. O “Fogo

Suzana [email protected]

Novo” foi abençoado e nele foi aceso o Círio Pascal, simboli-zando o Cristo que ressurge das trevas para iluminar o nosso caminho. Com as luzes apagadas, a comunidade iluminou toda a capela acendendo suas velas. Nesta noite também foram feitos a renovação das promessas batismais e o batis-mo de dois novos membros da comunidade cristã católica. A celebração foi encerrada com a benção solene da Páscoa.

além de sofrer com tudo isto, não tinha cora-gem de contar a ninguém. Até as minhas filhas começaram a sofrer as conseqüências, pois ti-nham dias que eu trancava toda a casa e não deixava elas saírem, nem para ir ao trabalho. Eu não dormia mais, até chegar o dia que fui internada com o diagnóstico de esquizofrenia, mas mesmo assim não contava os meus proble-mas aos médicos. Passado alguns meses, uma colega a quem chamo de meu anjo da guarda, Valdeci, começou a me trazer ao Grupo de Ora-ção, na Paróquia Santa Edwiges. No começo eu não queria vir, mas com o tempo fui pedindo a intercessão de Nossa Senhora de Fátima e hoje já não tenho mais estes sintomas. Ainda estou tomando alguns remédios, por recomen-dação médica, mas não tenho mais os proble-mas de antes e sinto-me muito perto de Deus. É muito bom estar assim! Agradeço todos os dias a Nossa Senhora que intercedeu por mim!

Francisca é casada com Erick e tem duas fi -lhas, Érica e Selma.

Depoimento de Francisca Rocha Figueiredo

Page 4: jornal junho

beatificação de João Paulo 2º foi um aconteci-mento único, marcante. Ela declara que a santi-dade, qualidade de quem está próximo de Deus,

é uma possibilidade de vida e uma realidade ainda nos nossos tempos.

Escrevo este artigo às vésperas da beatificação de Irmã Dulce, chamada de “O Anjo Bom da Bahia”. Faz algum tempo que não se fala mais de “beatificação” ou “canonização” nos meios de comunicação social. Aliás, até na Igreja não é muito comum falar-se disto. E, quando se fala, tenho a impressão que o tom é meio de devoção, com algum exagero religioso que se chama “pieguice”. João Paulo 2º, Papa de 1978 a 2005, foi conhecido de to-dos, visto por centenas de milhões, bilhões de pessoas. É impossível ficar alheio ao fato de sua beatificação. Então, pode-se perguntar: “O que é uma beatificação?” “Por que existe isto?” “Quem pode ser ‘beato’ ou ‘santo’?” “Não é somente Deus o Santo?” Eu acrescento outras questões que me parecem muito práticas: “O que é ser santo hoje? Tem valor social, cultural e eclesial uma beatificação ou canonização, ainda hoje?”

Ritos — Beatificação é o rito em que um fiel cristão, batizado, falecido com fama de união com Deus (Santida-de) é declarado próximo de Deus, digno de receber o culto dos bem-aventurados seguidores de Jesus. Este culto é de imitação, de admiração e reconhecimento desua maneira de viver: intensamente unida ao Senhor. É uma espécie de “degrau” no caminhoda declaração da santidade.

Para chegar até este ponto o fiel batizado, depois de falecido um certo tempo, tem as suas obras escritas e não escritas avaliadas. Especialmente nos dez últimos anos de sua morte. (Vamos ver, no final, o que significa este tempo “antes da morte”.) Se o fiel batizado não escreveu ou fez coisas que lhe desse má fama, então ele é consi-derado “venerável”. A parte da Igreja, do ser humano, foi feita. Sim, esta é a parte das pessoas: conferir a coerência dos fieis que deixaram esta vida com fama de santidade. As questões podem ser resumidas mais ou menos assim: A pessoa foi digna na sua vida? Ela buscou fazer a vonta-de de Deus sempre? Deu bom exemplo? Propôs sempre

04 santuariosantaedwiges.com.br

Junho de 2011STA. EDWIGES

A

Santidade de Hoje e de Sempreo que era justo, verdadeiro, honesto? Foi um/a cristão/ã autêntico?

Os escritos deixados por quem tem sua vida posta à mostra devem testemunhar que ele, o fiel batizado, foi coerente em sua vida: o que as-sumiu como identidade de vida, isto é, a fé, foi o que viveu, tendo deixado exemplos disso tudo. O “venerável”, título que ele recebe, dado pela Igreja instituição, é a afirmação que a Igreja pode fazer sobre ele.

Como dissemos duas vezes, a parte da Igreja é conferir a honra e dignidade da pessoa. Feito isto, cabe agora a Deus dar seu sinal. Sim, o si-nal de Deus. Uma intervenção clara, em uma pessoa que a tenha pedido

pela intercessão do futuro bem-aventurado. É o que se chama de “milagre”: algo que ultrapassa a possibilidade de compreensão atual. Em geral este sinal ou milagre tem algo a ver com a cura de uma enfermidade. Esta cura deve ser imediata, duradoura, completa e inexplicável do pon-to de vista científico. Veja que não se trata de uma ava-liação subjetiva, algo como “eu acho que…”. É objetivo e científico: tem a averiguação de médicos e especialistas. De fato a Igreja não se deixa levar pelo senso comum ou pela mentalidade mágica, em que tudo é levado pelo lado espiritual, místico. Muitos especialistas são envolvidos, em especial da área médica. E a predisposição é não confir-mar facilmente, é duvidar, é tentar buscar outras explica-ções para o que pode ser uma intervenção de Deus pela intercessão do candidato à beatificação. Se com tudo isto a intervenção de Deus parece ser clara, então o caso é aprovado pela comissão científica ou médica e vai para os Teólogos. Eles analisam tudo, desde o início, tentando ver se não houve alguma falha. Não havendo nada errado e, por outro lado, confirmada a dignidade do fiel investigado, então os Teólogos recomendam ao Papa a declaração da bem-aventurança daquele/a fiel. O Papa geralmente aceita a indicação e se dispõe a declarar a santidade de vida do fiel batizado no grau de “bem-aventurança”.

Este é o primeiro passo dado. O fiel batizado, que vi-veu de modo coerente e sincero sua vida como cristão, teve confirmado da parte de Deus, através de um milagre, seu modo de ser e viver. Ele está junto a todos os que, em todos os tempos, viveram do mesmo modo.

Seu culto pode ser começado de modo oficial na Igreja.Todo este processo pode ser abreviado se o fiel cris-

tão sofreu o martírio. Esta é uma forma de santidade mui-to especial: o cristão deixa a sua vida, perde a sua vida para dar o testemunho de fé que a situação pede. Ainda existem muitos martírios em nossos dias. É impressionan-te como o martírio acontece em muitas partes do mundo, naqueles lugares aonde o cristianismo é minoritário ou sofre perseguição.

Se o fiel viveu a fé até ao ponto de dar a sua vida para testemunha-la, então ele já tem uma comprovação da parte de Deus. De fato, o martírio sempre foi consi-

derado um dom de Deus, algo que não é natural no ser humano. Morrer por um acidente é uma tragédia. Morrer por um engano é uma fatalidade. Morrer por uma decisão tomada, conscientemente, é um dom que somente quem entende a santidade e o chamado à vida em união com Jesus Cristo entende.

A tradição era que o Prefeito (responsável, diretor) da Congregação para a Causa dos Santos, grupo do Vatica-no encarregado do trabalho de investigação e aprovação da realidade da santidade de alguém, declarasse publi-camente o fiel cristão bem-aventurado. Ele fazia isto em uma celebração eucarística. Mas João Paulo 2º decidiu que seria ele quem faria isto. Assim ele declarou milha-res de cristãos bem-aventurados. O atual Papa, Bento 16, retomou o costume: o Cardeal Prefeito da Congregação da Causa dos Santos declara o fiel batizado como bem--aventurado e o Papa declara os Santos.

No caso de João Paulo 2º, Papa, ele não morreu de modo trágico ou fatalista. Contudo sua morte foi como sua vida: um testemunho constante de unidade com Deus. Quem se recorda dos últimos meses de sua vida pode se lembrar do esforço quase sobre humano que o Papa fazia para cumprir seus deveres de condutor da Igreja. A doença lhe tirou o que lhe era um dos dons mais importantes: a voz! Mesmo sabendo dezenas de línguas, o Papa não podia ex-pressar-se, pois perdera a voz. Foram momentos dramáticos.

Emocionante foi ver o Papa que, por quase trinta anos esteve à frente de todas as celebrações pascais da Sema-na Santa e, pelos limites da doença, não pôde fazer tudo isto naquele ano. Nós o vimos sentado diante da televisão acompanhando as celebrações. Na Via Sacra no Coliseu, escrita e motivada pelo então Cardeal Josef Ratzinger, João Paulo 2º esteve presente simbolicamente com uma cruz, nas últimas estações, segurada com as mãos. Era o seu momento de cruz, de identificação como Mestre, o grande amor de sua vida.

Canonização — A santidade é possível e é para hoje, para nossos dias. Talvez esta fosse a ideia que João Pau-lo 2º desejava transmitir com as centenas de celebrações de canonização e beatificação que presidiu nos quase trinta anos de papa. Por isso a celebração de sua beatifi-cação foi um grande acontecimento. Foi algo como uma vitória: depois da tristeza da morte do grande Papa, os fies acorrem para proclama-lo santo, imitador da Jesus Cris-to. Ainda não está canonizado, mas a beatificação é um grande sinal e confirmação da possibilidade do homem estar em comunhão com Deus.

Não tenho certeza, mas acho que alguma rede de televisão transmitiu a beatificação de João Paulo, bem como aquela de Irmã Dulce. Mas gostaria de saber: será que o tempo dado para a apresentação desta matéria foi, no mínimo, metade do que estas mesmas emissões usam em matérias que apresentam escândalos da Igreja… Pro-vavelmente não. A santidade, um dom possível hoje e sempre, não dá audiência como se espera. Mas gera a esperança e a vida.

Pe. Mauro Negro, OSJBiblista da PUC-SP - [email protected]:mauronegro.wordpress.com

Page 5: jornal junho

Martinho [email protected]

05 Santuário

O Santuário Santa Edwiges é um lugar em que, de modo concreto, se agradece por muitas graças recebidas de Deus. A graça é a presença de nosso Senhor, que nos ama infinitamente e nos quer sempre junto dele, para assim sermos agraciados todos os dias.

Lugar de plena ação de graças

N este mês de junho celebramos o sexto dia da novena anual de Santa Edwi-ges, nossa inestimável padroeira. Não

por menos, o tema de refl exão proposto para este dia é o da confi ança em Deus, que se tra-duz na ação de graças que ao Pai do Céu deve-mos render todos os dias, pois Ele sabe, porque examina, o que está no fundo dos nossos cora-ções mesmo porque de longe penetra a nossa mente (cf. Salmo 138/139, 1-2).

Enquanto paroquianos, devotos e fi eis que freqüentam o Santuário Santa Edwiges, se faz necessário entender o porque de nos inserirmos dentro do espaço físico destinado ao culto verda-deiro ao Senhor, que é infi nitamente maior que uma atitude religiosa por vezes inexpressiva.

Ao entrarmos em um santuário é preciso enten-der e perceber que Deus nos ama e nos quer bem. É ele quem convida a estarmos ali. Assim, no con-tato com Deus através do espaço físico a Ele des-tinado, podemos de modo sincero agradecer por todas as maravilhas que o Pai bondoso faz para nós, pois eterno é o seu amor! (cf. Salmo 135/136).

Como santuário, devemos ser uma escola viva de oração e de comunhão, de discípulos e missionários de Jesus Cristo que devem pe-dir com sinceridade a força do Espírito Santo para a cada dia renovar a esperança de che-gar junto de Deus e ter, enfim, a sua paz (cf. Oração Eucarística 5ª).

A ação de graças prestada a Deus é dita pelo próprio Jesus quando nos indica no Evangelho de Mateus: “Peçam, e lhes será dado! Procu-rem, e encontrarão! Batam, e abrirão a porta para vocês! Pois todo aquele que pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, a porta será aberta” (Mateus 7,7-8). Assim, o Santuário San-ta Edwiges, que também é paróquia, não poderá ser um espaço burocrático de atendimento de serviços religiosos, que organizadamente aten-de o povo. Isto, quem adverte, é o nosso Arce-bispo Dom Odilo Pedro Scherer na sua 1ª Carta Pastoral à Arquidiocese de São Paulo.

No sentido de percebermos a atuação de Deus na nossa vida, devemos ter uma mudança de postura sempre que entramos no santuário ou mesmo em qualquer paróquia: Educar-se para a ação de graças. Santa Edwiges, quando “assistia” à celebração da missa não permitia que ninguém fi zesse ualquer barulho que ti-rasse a atenção dela e dos demais. Este é um

primeiro passo. Se aprendermos a acolher o Es-pírito de Deus, que nos foi infundido na Crisma, de modo sempre novo, acolheremos a graça di-vina na nossa ação de graças nas atividades do dia a dia. São Paulo nos educa: “Irmãos, pela misericórdia de Deus, peço que vocês ofereçam os próprios corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Esse é o culto autêntico de vocês. Não se amoldem às estruturas deste mundo, mas transformem-se pela renovação da mente, a fi m de distinguir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que é agradável a ele, o que é perfeito” (Romanos 12, 1-2).

Quem nos ensina melhor a entender os de-sígnios de Deus é a nossa Mãe, Maria de Na-zaré, que no Magnifi cat expressa a grande ação de graças que Deus fez a Ela: ser a Mãe do Redentor da humanidade, Jesus Cristo (Lucas 1,46-55). Ao olharmos Maria entendemos que o santuário – no caso dela, seu ventre – é o local de acolhida do dom precioso de Deus, sua ação na nossa vida e história, pelo qual deixando-nos amar por Ele e retribuindo este amor.

Os grandes santuários religiosos do mundo, locais de peregrinação de fi eis, formatizam os homens e mulheres para a dimensão contem-plativa da vida, fazendo com que esta mesma vida tenha um sentido, uma meta a ser alcan-çada. Isto é o entendimento de que “temos uma vocação para uma vida”, que deve transformar o mundo tendo em vista o bem comum. Assim, as religiões não são espaços de evasão, dissi-pação e confusão da vida humana como muitos “pensadores” laicos acreditam elas ser.No nosso caso de cristãos católicos, a grande ação de gra-ças que rendemos a Deus por Ele ser nosso Pai e atuante na nossa vida, é aquela celebrada to-dos os Domingos, Dia do Senhor, na Eucaristia.

Através da mesa da Palavra e do Pão Eucarístico respondemos cristamente ao convite a celebrá-lo até que ele volte defi nitivamente, pois é daí que tiramos a força para construirmos juntos o Reino de Deus, que também é nosso (cf. Oração Eucarística 5ª).

Que Santa Edwiges, modelo de coração con-fi ante e abrasada do amor divino, interceda por nós junto a Deus.

Deo gratias!

Page 6: jornal junho

EOs Santos e a nossa vida!

Pe. Paulo Siebeneichler - [email protected]

06 santuariosantaedwiges.com.br

Junho de 2011Palavra do Pároco

Quantas pessoas fi cam atemorizadas e cheias de pavor até ao ponto de perderem a confi ança em Deus, ao verem os inimigos da Fé ameaça-rem de morte a Igreja de Cristo! Os que assim procedem, começam por esquecer as palavras de Jesus sobre o tratamento dado a Ele próprio: “Se tratam assim o madeiro verde, que farão com o seco”? (Lucas 23,31). Depois convém lembrar que Jesus faz das perseguições uma beatitude: Bem-aventurdos os que são perseguidos por amor da justiça! (Mateus 5,10). Se Deus permite as perseguições à Igreja, também dá a força e a graça para que a Igreja seja vitoriosa. As portas do inferno não prevalecerão contra ela! (Mateus 16,18) Assim, em vez de tristeza, deve existir é alegria nos corações dos bons cristãos ao defron-tarem as tempestades dos tempos de persegui-ção, porque é a melhor forma de serem provados na pureza da Fé e o melhor meio de alcançarem a bem-aventurança eterna.

ExemploAs provações de Santa Edwiges não fi caram

somente nas tristezas, mágoas e passagens do-lorosas provocadas por acontecimentos de que fi zeram parte os fi lhos e o marido. Mas, foram muito mais longe. A santa teve que ver o próprio esposo, que formara espiritualmente pelos seus ensinamentos e exemplos, descer à mais baixa posição que um fi lho da igreja pode atingir, ou seja a excomunhão.

Henrique havia alargado até aos mais distan-tes limites o âmbito dos seus domínios. Uma su-cessão de guerras e outras manobras, julgadas indispensáveis para a sua soberania, tinham levado as fronteiras do estado até próximo de Berlim no lado oriental, elas incluíam a Grande e Pequena Polônia; no ocidental, a Silésia e o país de Lebuska.

Sentindo-se tão poderoso, Henrique deixou--se dominar pelo demônio do orgulho, e preten-deu restaurar o antigo “direito de investiduras”. Além do mais, procurou intimidar a opinião cató-lica, deixando de respeitar direitos e liberdades da igreja.

Os Bispos, em consideração à dignidade do du-que e por deferência a Edwiges, sempre dedicada e obediente, empregaram todos os meios possí-veis para demover o duque dos seus intentos pou-co respeitosos para com a hierarquia eclesiástica.

Novena de Santa Edwiges

stamos no mês de junho, e este período é marcado pela tradição popular com as festas juninas. As ruas são enfeitadas

por bandeirinhas, são acesas fogueiras e oferece--se um cardápio amplo de iguarias. As pessoas que migraram para a cidade têm saudades do simples, do cardápio rústico, e aproveitam este momento para comer, beber e ainda “matar” um pouco das saudades do que já viveu no passado.

O que não se recorda muito são as tradições dos santos que são celebrados. Suas popularida-des passam a formar um determinado público, e este público se torna consumidor. A proposta da reunião por causa de Santo Antonio, São João, São Pedro, São Paulo passam como que esque-cidas, ou nada valorizadas.

Você deve estar pensando ao ler estas pala-vras, que o padre é contra as festividades, ao con-trário, sou muito favorável! Com as festas juninas temos motivo para sair de nossa casa, nos socia-bilizarmos com outras famílias, pessoas amigas e com a nossa comunidade.

Aproveitemos também este momento para co-

nhecer a importância de Antonio de Pádua, ou de Lisboa. Este homem português chamado Antonio, da cidade de Lisboa, se tornou Frade Franciscano e como missionário pregou em muitos lugares, mas ainda jovem morreu na cidade de Pádua. Ali teve sua veneração começada e por tantos prodígios que fez é solicitado por muitos fieis cristãos, que vi-sitam a Igreja onde repousa os seus restos mortais.

Os fieis agradecem a sua intercessão por gra-ças recebidas ou fazem os seus pedidos. O que Antonio, o Santo de Portugal chamado de Antonio de Lisboa e na Itália chamado de Antonio de Pá-dua nos ensina? Que a nossa fé deve ser muito simples e muito ardorosa, e ainda mais, que pre-cisamos conhecer o que a Igreja nos ensina, pois Santo Antônio possuía muito conhecimento e é reconhecido como um Doutor da Igreja.

De São João, nosso olhar deve voltar-se para os aspectos da liderança. Ele foi um verdadeiro assessor, aquele que preparou os caminhos para o Senhor e o recebeu nas margens do Jordão. Não se considerou digno de desamarrar as san-dálias de Jesus, onde demonstrou grande humil-

dade. E quando Jesus partiu para sua missão ele o apresenta e se coloca no seu lugar para que de fato apareça o Salvador, o qual ele já havia anun-ciado a conversão preparando a sua chegada.

Pedro e Paulo as duas colunas da Igreja; um pela presença junto de Jesus, outro por estender aos povos a propagação do Evangelho. De Pedro nos vem o exemplo de como podemos nos mol-dar com a presença de Jesus, de estar com ele. E de Paulo, a força da superação, da humildade de reconhecer o erro, assumir e difundir a verdade libertadora da mensagem de Cristo.

As Festas Juninas deixam nossa vida mais animada! E na fraternidade da comunidade, bus-quemos a conversão pessoal e a realização do projeto de Deus.

Que nós também sejamos santos!Boas festas juninas a todos.

6º DIA

CONFIANÇA EM DEUS

Meditação

Page 7: jornal junho

07 santuariosantaedwiges.com.br

Junho de 2011BATISMO

Batismo em 01 de Maio de 2011Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do

Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)Fotos: Manuel Menezes

Nesta edição damos continuidade ao texto “José Calvi, O Padre Santo”, transcrito do livro “Uma abordagem história da Congregação dos Oblatos de São José no Brasil” (1919-2009).

...Entretanto, a preocupação dos confrades com a sua saúde era grande. Ele se dedicava de corpo e alma ao trabalho, esquecendo-se dos cuidados com a saúde. Vendo isso, os superiores decidiram interferir e o transferiram para o bairro da Água Verde, em Curiti-

ba, onde não precisaria mais se expor a um trabalho tão extenuante quanto o desempenhado no litoral.

Em Curitiba, o seu estado de saúde piorou no-vamente, agravado, talvez, pelo esforço que insistia em manter para auxiliar o trabalho missionário da Congregação, que, naquela época, sentia a falta do envio de mais padres para o Brasil. Assim, em 1935, o religioso voltou a ser internado na Lapa, mas obte-ve novamente alta em maio desse mesmo ano. Continua...

Padre José Calvi

N

Anderson

Keroline da Costa SantosNycole de Lima SantosRafaella Neves FerreiraBruno Henrique de Andrade SouzaDiego Sousa Nascimento SantiagoLuan Guilherme da Silva LealLucas Sousa da SilvaPedro Henrique dos Santos Oliveira

Page 8: jornal junho

Domingo de Ramos

Sexta-feira Santa Celebração da Cruz

Sexta-feira Santa Celebração da Cruz

Domingo de Ramos

Domingo de Ramos

Domingo de Ramos

Domingo de Ramos

Domin

Lava-pés e Ceia

do Senhor

Lava-pés e Ceia do Senhor

Lava-pés e Ceia do Senhor

Sexta-feira Santa Celebração da Cruz

Sexta-feira Santa Celebração da Cruz

Sexta-feira Santa Celebração da Cru

Page 9: jornal junho

Sáb. Santo-Vigília Pascal

Sáb. Santo-Vigília Pascal

Sáb. Santo-Vigília Pascal

Sáb. Santo-Vigília Pascal

Sexta-feira Santa Celebração da Cruz

Sexta-feira Santa - Paixão

Sexta-feira Santa - Paixão

Sexta-feira Santa - Paixão

Sáb. Santo-Vigíli

Sexta-feira Santa - Paixão

Procissão do Senhor Morto

Sáb. Santo-Vigília Pascal

Sexta-feira Santa Celebração da Cruz

Page 10: jornal junho

10 santuariosantaedwiges.com.br

Junho de 2011ANO MARELLIANO

A Eucaristia e o Sagrado Coração de Jesus

A MA A EUCARISTIA“No século 19, enquanto a teologia ia ela-borando em que grau de fé deveriam ser acolhidas determinadas verdades revela-

das, o povo cristão recolhia sua fé, sobretudo em Jesus Cristo presente corpo-sangue-alma-divin-dade na Eucaristia. Dessa fé em Jesus Eucarís-tico, germina uma difusa prática devocional, ecle-sial e eucarística: adoração e comunhão como fontes de graças particulares” (T. Goffi, La spiri-tualità dell’800). José Marello, filho de seu século, sente dentro de si a necessidade da Eucaristia e, desde jovem clérigo, faz dela o alimento de sua vida espiritual. A partir desta frase, podemos julgar o quanto ele era dela enamorado: “Stefano Delau-de (amigo de São José Marello), abracemo-nos em Deus e, quando estivermos para unir-nos a Ele na mística união da Eucaristia, transfiguremo--nos (carta 11). Durante os anos de teologia, no seminário de Asti, escreve o padre L. Garberoglio, que ele ia receber com mais freqüência do que os seus companheiros, a Santa Comunhão”. Com ele estava o amigo Egidio Mofta, do qual o Marello dirá: “(a ele) vou devedor de muitas coisas que formam um segredo aquém da tumba, e serão uma preciosa revelação no dia do juízo” (Scritti p. 40). Não sabemos a razão de tanta intimida-de, mas não estamos longe de acreditar que essa nasceu ao redor da Eucaristia, por cuja freqüência eles eram apontados entre os companheiros.

Mas é sobretudo como sacerdote e como bis-

po que o Marello recoloca na Eucaristia a sua força e se faz seu fervoroso propagador. Eis a respeito alguns testemunhos do padre L. Garbe-roglio: “A Eucaristia o atraía e o absorvia todo, a ponto de alguém dizer: parece que ele vê o Se-nhor”. “Rezava muito, e nós o víamos diariamen-te no coreto da nossa igreja, defronte do altar do Santíssimo, especialmente no agradecimento da Santa Missa”. “Inspirava e exortava à pieda-de: disso se falava em casa, e ouvi também que aqueles de Àcqüi tinham a mesma impressão, observando seu bispo a celebrar”.

Devotíssimo do SS.mo Sacramente do altar, quando chegava à Comunhão na Missa, con-centrava-se todo no Deus humanado que estava para receber, e parecia que saciasse o espírito naquele banquete celeste. Nosso confrade Pe. Pedro Bianco afirmava tê-lo visto naqueles mo-mentos com o rosto vermelho em chamas.

Não admira que ele nas suas homilias reco-mendasse amiúde a Comunhão freqüente, seja em Asti aos seus Oblatos como em Àcqüi duran-te as visitas às paróquias da diocese. “Na santa Comunhão - dizia ele - Jesus nos faz todos ir-mãos no seu preciosíssimo sangue que comu-nica contemporaneamente a cada um de nós nutrindo-nos a todos com seu próprio corpo. De-veríamos, por isso, ter em comunhão as alegrias e as dores, as esperanças e as aspirações, viver todos em um só coração e em uma só alma: a alma de Jesus” (Scritti p. 337).

O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUSNa Congregação dos Oblatos de São José,

desde as origens, a devoção ao Sagrado Cora-ção sempre esteve unida à devoção à Eucaristia. Existem fortes motivos teológicos a favor desse fato, já que o amor do Coração de Jesus por nós revela-se sobretudo não sacramento do amor que é exatamente a Eucaristia.

Mas, além desses motivos gerais, existem outros de caráter contingente, ligados à vida do Fundador, os quais é bom levar em conta para uma avaliação mais completa. As adorações das quintas-feiras, que o Pe. Marello dirigia todas as semanas, aconteciam na igreja do Jesus, assim denominada porque dedicado ao Santo Nome do Senhor. Ora, a festa do Santo Nome caía a 2 de janeiro e por isso , aquele mês era dedicado a honrar o Sagrado Coração, sobretudo a partir de quando o papa Pio 9º estendeu sua festa a toda a Igreja, em 1856.

Um assíduo pregador do mês do Sagrado Coração, em Asti, foi o Pe. Cortona, o qual a 5 de fevereiro de 1893 recebia esta carta de Dom Marello: “Faz mais de um mês que não recebo notícias (do Instituto) de Santa Chiara. Pensando, porém, que o Pe. Cortona tinha o peso da pre-gação quotidiana (na igreja de São Segundo) e os outros estavam sobrecarregados de trabalho, resignava-me a esperar a visita anunciada e com ela um mundo de boas novidades. Agora, o mês já expirou e o visitador não chega, mas manda a substitui-lo uma carta assaz breve, etc.”.

A carta, com essa tácita admoestação, é reve-ladora de uma tradição de devoção ao Sagrado Coração, promovida pelos primeiros Oblatos, se-guindo as indicações do Fundador, o qual encer-rava o seu escrito com esta oração: “O Coração de Jesus, movido pela Grande Virgem e por São José, faça com que possamos logo trocar notícias igualmente boas” (carta 246).

As Regras de 1892 reportam este aviso aos Oblatos: “À imitação de São José, procurarão ter uma tenra devoção ao Sagrado Coração de Je-sus e empenhar-se-ão em propagar o seu Reino, tomando-o conhecido e amado especialmente no seu Sacramento de amor, recebendo-o o mais que possam, e fazendo com que outros o rece-bam, pois é o único que pode sanar os sumos males que afligem a sociedade” (Scritti p. 134). A festa do Sagrado Coração sempre foi celebrada na Congregação com muita solenidade, e a tradi-ção era de fazer naquele dia a procissão eucarís-tica no interno do instituto, unindo a devoção ao Sagrado Coração com a fé eucarística, segundo a vontade do Fundador.

Artigo publicado em Joseph, fevereiro 2001Tradução Pe. Alberto Antonio Santiago, osj

Page 11: jornal junho

11 santuariosantaedwiges.com.br

Junho de 2011ENTREVISTA

stamos vivendo o Ano Marelliano em comemoração aos dez anos da canonização de São José Marello. É

uma boa oportunidade para pensar e propor vocações, em especial a vocação sacerdo-tal para a nossa juventude, pois “a Messe é grande e os operários são poucos” (Mt 9,37).

O ser humano foi criado à Imagem e Se-melhança de Deus (cf. Gn 1,26). Dele rece-beu a missão de ser o seu colaborador nesse mundo. A vocação é um diálogo entre Deus que chama e o homem que responde em vis-ta de uma missão. Viver a vocação humana à luz da fé e da mensagem de Cristo, dando continuidade a sua missão de evangelizar, buscando a santidade e sendo membro ativo na comunidade, dando testemunho do Rei-no, eis o que chamamos de vocação cristã.

A vocação sacerdotal é como um grande presente de Deus a um ser. Responder sim a esta vocação não é somente ação humana, mas é o próprio Cristo no interior da alma do sacerdote que pronuncia seu nome e o convida a segui-lo.

Assim aconteceu na vida do Pe. Hilton, nosso entrevistado do mês para assim re-construirmos juntos o caminho daqueles que buscam seguir a Cristo inspirados pelos pas-sos de São José Marello.

JSE: Quem é o Pe. Hilton?Meu nome é Hilton Carlos Soares, tenho

64 anos. Minha família é de Santa Catarina, porém eu me criei no Norte do Paraná, em Apucarana. Entrei no seminário aos doze anos, porém desde pequeno, sempre dese-jei ser sacerdote e tinha um desejo de me tornar um Oblato de São José; que naquele tempo eram chamados “Padres Josefinos”. Fui coroinha durante vários anos e acompa-nhava os sacerdotes em suas missas nas capelas do interior como também ajudava nas missas da Matriz; atualmente catedral de Apucarana.

Os padres que mais me marcaram foram: Pe. Carlos Ferrero, Pe. Severino Cerutti e o Pe. Armando Círio, hoje arcebispo emérito de Cascavel – PR.

JSE: Fale-nos um pouco de sua traje-tória e de seu ministério:

Na minha trajetória não tem nada de ex-

traordinário, sempre tive uma vida regular como seminarista, como alguém que se pre-parava para a vida sacerdotal. Quando me tornei sacerdote, sempre trabalhei nos cam-pos da Congregação, isso é: formação, pa-róquias, diretor do internato em Apucarana e como superintendente do Colégio São José, por um ano.

JSE: Sabemos que o Senhor esteve por uns anos em uma paróquia em terras chilenas. Como foi?

Quando completei cinquenta anos de ida-de me tornei missionário no Chile junto com o Pe. Juventino. Ele com vinte e cinco dias de sacerdote e eu com vinte e cinco anos de sacerdócio. Iniciamos um trabalho na Paró-quia San Gregório, na cidade de Santiago. Foi uma experiência muito bonita! Alguns pa-dres passaram por lá, entre eles o Pe. Joao Erittu e o Pe. Mário Rocha. O povo chileno sempre muito acolhedor, muito bom; deram--nos todo apoio e ficamos muito contentes com o trabalho lá realizado.

JSE: Estamos celebrando o Ano Ma-relliano e gostaríamos de saber qual o impacto deste grande santo e da Congre-gação em sua vida:

Sobre São José Marello, desde criança, conheci a sua história; inclusive várias ve-zes a representei nos pequenos teatros do seminário e algumas vezes fazendo o papel de Dom José Marello mesmo. Numa dessas vezes foi marcante porque na hora que eu estava para representar o Marello chorando diante de sua mãe falecida, chega meu pai pra me buscar dizendo que minha mãe es-tava passando muito mal e corria sério risco de vida. Foi um abalo muito grande, natural-mente o teatro terminou e isso foi uma expe-riência que ficou muito marcante na minha vida.

JSE: Deixe uma mensagem de espe-rança aos nossos vocacionados e aos lei-tores de nosso jornal:

O seminário sempre foi um lugar muito bom, muito agradável; muitos bons compa-nheiros e colegas de seminário, bons forma-dores também. Tenho muito que agradecer. Os novos seminaristas, sem dúvida, deverão

ter um desafio bem diferenciado em relação ao que foi o nosso, pois na realidade de pós--modernidade, muitos dos valores são ques-tionados e provocam um certo constrangi-mento em uma resposta vocacional; porém a gente percebe que Deus continua fazendo o seu chamado e muitas pessoas, graças a Deus, estão aceitando o convite.

Tenho certeza que se você também for um dos chamados, e der a sua resposta, você não vai se arrepender pois você será, de verdade, uma pessoa bem feliz. Pois o salário daquele que se dedica a obra do Se-nhor é a alegria no coração, a paz interior.

Agradeço a oportunidade e saúdo a todos os leitores do Jornal Santa Edwiges. Deus os abençoe!

Pe. Hilton Carlos Soares Pároco da Paróquia Senhor Bom Jesus do Portão - Curitiba – PR.

E

Frei Marcelo Ocanha, [email protected]

Page 12: jornal junho

santuariosantaedwiges.com.br

Junho de 2011SÃO JOSÉ12

Frei Edenilson, [email protected]

Durante o mês de junho serão feitas inscrições da Catequese de 1ª Comunhão para crianças

HorárioAos sábados das 9h às 11h e das 15h30 às 17h30 e

aos domingos após a missa das 9h.

Documentos necessários para inscrição:

- Certidão de Nascimento da criança;- Certidão de Batismo da criança;

- Declaração Escolar;- Comprovante de residência;

- Valor da Inscrição R$ 5,00

A inscrição será feita apenas mediante todos os documentos.

Início da Catequese: 07/08/11 na missa das 9h.

o falar da paternidade de José é neces-sário ter claro qual o melhor termo para designar este compromisso assumido

com Deus e seu fi lho. No decorrer da história en-contra-se o conceito de pai adotivo, muito usado por pessoas que não tem clareza do assunto, por isso é essencial salientar que esta é uma forma inadequada, pois indica uma relação paterna com um fi lho que não é da família, o que não é o caso de Jesus. Baseando-se no Evangelho de Mateus (1,21), que relata sobre as palavras do anjo direcio-nadas a José; o qual pede para receber Maria por esposa, e que dela nasceria o fi lho da promessa e que caberia a ele dar o nome ao menino, designa sua paternidade como pai legal. “Esta designação possui um sentido estritamente jurídico, expres-sando claramente que Jesus é legitimamente re-conhecido perante a lei como fi lho de José. Com isso vem conferida a José a paternidade, inclusive com o titulo messiânico da descendência de Davi”. Porém este termo é incompleto por não manifestar a relação de pai e fi lho, de José e Jesus. Entre os teólogos, o termo mais aceito e usado é o de pai virginal, por captar a essência espiritual desta pa-ternidade e determinando sua natureza, colocando José e Maria no mesmo patamar, pois é nesta rela-ção virginal matrimonial que nasce Jesus. Mas ain-da assim, esta expressão é imprópria: “pois Maria virgem concebeu por obra do Espírito Santo dan-do um corpo, carne e sangue a Jesus, enquanto

que José em nada disso cooperou”. Por José ser quem o alimentou, educou, protegeu-o em todos os aspectos, permite nomeá-lo como pai nutrício, porém ao chamá-lo assim é restringir sua pater-nidade, como o termo pai matrimonial, em virtude de seu matrimônio com Maria, “tendo em vista que seu matrimônio foi querido por Deus em razão da acolhida de Jesus”. Ou ainda pai vigário, para in-dicar que José faz as funções do pai natural, Deus. Alguns teólogos defendem que, segundo o que es-creve Lucas 3, 23: “ Ao iniciar o ministério, Jesus tinha mais ou menos trinta anos e era, conforme se supunha, fi lho de José...” até mesmo este título é pobre para designar a paternidade de José, pois era simplesmente como os moradores de Nazaré o conheciam, sem salientar os pontos positivos des-ta sua missão.

Na verdade, nenhum destes termos usados manifestam na totalidade a missão assumida por José. “Esta é uma paternidade única, sobrenatu-ral”, fazendo-o participar da mesma dignidade de Maria, mãe. Portanto não encontrando uma pa-lavra que expressa no sentido amplo a paterni-dade, deve levar em conta o que nos diz a escri-tura e chamar José simplesmente de pai (Cf. Lc 2,27.33.43.48;3,23; Mt 13, 55) “pai de Jesus”.

Paternidade de JoséA

Page 13: jornal junho

N

Santos primeiros mártires da Igreja de Roma30 de Junho

13 santuariosantaedwiges.com.br

Junho de 2011SANTO DO MÊS

Mensagem Especial

Heloisa P. de Paula dos Reis [email protected]

Eu queria tanto ser criança novamente, poder brincar sem me preocupar com o amanhã.

Viver apenas o hoje, o aqui e o agora.Tomar chuva, andar descalça, tomar sorvete

estando resfriada, brigar com o irmão, não fazer os deveres da escola...

Eu queria tanto ser criança novamente e ter o aconchego dos braços de minha mãe.

Poder correr para ela quando as coisas para mim não dessem certo e ouvi-la dizer: “calma, dias melhores virão.”

Queria poder fazer tudo que me desse vontade, sem medir as conseqüências, sem me preocupar com nada... E correr para ela, quando eu “caísse” e saber que tinha alguém me levantar.

Era bom e eu não sabia.Eu me rebelava, não gostava quando ela me re-

preendia, chamava minha atenção e me mostrava que não estava o que eu fazia.

Tinha vontade de crescer logo e sair de perto dela, para cuidar sozinha da minha vida.

o calendário geral o dia de São Pedro e São Paulo é celebrado em 29 de junho. Dizemos calendário geral pois em muitos lugares,

como no Brasil, o dia destes dois Apóstolos é trans-ferido para o Domingo. Desta forma os dois Santos Apóstolos são celebrados juntos em uma solene litur-gia dominical, valorizando-os. Eles marcaram a Igreja pela pregação, o testemunho e a liderança. A histó-ria da Igreja declara ter sido a cidade de Roma o palco de seu martírio. Mas não apenas do martí-rio, supremo e extremo testemunho de vida, mas também de vida e pregação dos dois grandes Apóstolos a Roma da antiguidade está marcada.

No dia 30 de junho, para recordar que Pedro e Paulo não fizeram a história da Igreja sozinhos, a Igre-ja recorda e celebra os “Santos Protomártires da Igreja de Roma”. Foram os primeiros mártires de uma Igreja que seria depois muito perseguida, muito provada e ainda perseverou.

Conta-nos o historiador romano chamado Tácito que uma grande multidão de cristãos foi feita prisionei-ra e submetida a cruéis torturas. Alguns eram jogados em arenas para lutar com feras famintas; outros eram levantados em postes e obrigados a ficar dias e noites lá, até que as forças terminassem e caíssem, ou fos-sem puxados brutalmente; alguns eram “acesos” com fogo, como tochas que depois iluminavam jardins... A lista de barbaridades é enorme e causa repugnância a qualquer que seja normal.

Por que esta violência sobre os discípulos de Je-sus? Pelo simples fato que eles seguiam o “seu” Deus, Jesus Cristo e não os deuses do Império, em especial o deus-imperador.

Estes primeiros mártires foram levados ao martírio no reinado de Nero. O mesmo historiador Tácido afirma que isto ocorreu não porque julgou-se que eles, os cris-tãos, haviam incendiado a cidade de Roma, como se dizia então. O motivo primeiro era a mórbida e doentia vontade de impor a outros, especialmente a quem pen-sava diferente, o sofrimento. E ainda mais especialmente porque aquele simples povo se declarava cristão.

Não sabemos o nome daquelas pessoas, a maio-ria gente realmente simples, escravos ou libertos, pe-quenos comerciantes e alguns artesãos. Eles seguiam os ensinamentos de tolerância, perdão e amor que os Apóstolos haviam transmitido. Eram os ensinamentos de Jesus Cristo. O Império não aceitava esta mensa-gem e lutava contra ela, especialmente porque este Cristo aos poucos ia sendo apresentado como uma fi-gura muito especial. Aos poucos sabemos que Jesus foi tomando o lugar de honra no coração e na mente do povo romano. Em uma reviravolta espetacular da his-tória ele será, menos de cento e cinquenta anos mais ao futuro, o Deus aceito pelo Império. Mas naquelas últimas décadas do primeiro século ainda era um “per-sonagem banido”. E seus seguidores eram também eli-minados pelo poder imperial.

No Vaticano, entre a Basílica de São Pedro e a gran-de sala de audiências Paulo 6º, existe uma praça que por nada chama a atenção. Mas é dedicada a estas pessoas, homens, mulheres, idosos, jovens, crianças, ricos, pobres, livres ou escravos. Eles deram o teste-munho de fé com a própria vida. Nós podemos dar o testemunho com o desejo de ser fiel a Jesus Cristo e seu Evangelho.

Era tão bom e eu não sabia.Queria ser criança novamente, para que ela me

explicasse por que os sonhos são só sonhos e tão difíceis de realizar.

Queria ser criança novamente, para tê-la por perto e dizer que hoje entendo tudo que ela queria me falar e eu não ouvia.

Demorou tanto... Passou tanto tempo... Foi pre-ciso que eu passasse por tanta coisa... A ponto de querer ser criança novamente...

E ouvi-la de novo... E continuar a ser a mesma criança que eu fui. E me rebelar e não gostar...

Era tão bom e eu não sabia...

Era tão bom e eu não sabia

Pe. Mauro Negro, OSJBiblista da PUC-SP - [email protected]:mauronegro.wordpress.com

Page 14: jornal junho

14 STA. EDWIGESsantuariosantaedwiges.com.br

Junho de 2011

ara entendermos o sentido da Festa de Pentecostes, precisamos primeiro lançar um olhar sobre a Palavra de Deus, de maneira especial, a primeira

leitura e o Evangelho do dia da celebração.A Primeira leitura é tirada do livro dos Atos

dos Apóstolos (At 2,1- 11), e aqui é narrada a cena de Pentecostes (que quer dizer 50 dias após a ressurreição) remontando o primeiro pentecostes celebrado pelo povo de Israel no deserto (Ex 19,16-20). Em um primeiro mo-mento a descida do Espírito Santo sobre os discípulos como dom, reforça o cumprimento da promessa de Jesus: “Eis que enviarei sobre vós o que meu Pai prometeu...” (Lc 24, 49a).

Num segundo momento quer mostrar a tendência das nações a uma unidade. Se no pentecostes vivido por Israel no antigo tes-tamento, Deus falou do meio do fogo, mas eles não se aproximaram por medo, agora o fogo de Deus que é o Espírito Santo, dá for-ça àqueles que pareciam não ter e enche de coragem os discípulos para que eles pos-sam anunciar. Portanto são os iniciadores de um novo ciclo, agora sem a presença de Jesus, mas com a presença do Espírito que é a plenificação do amor do Pai e do Filho. Dessa forma acontece o batismo no Espíri-to anunciado por João Batista (Lc 3,16). As pequenas chamas descritas na leitura são colocadas em relação ao dom das línguas, demonstrando que embora muitas naciona-lidades ali presentes, cada um falando em sua própria língua, eles se entendiam per-feitamente. Dessa forma, através da força do Espírito que unifica todas as nações, é possível construir uma nova unidade. Se em Babel (Gn 11,1-9) a unidade estava perdi-

Pentecostes: o nascimento de uma Igreja missionária

P

da e ninguém se entendia, o Espírito vem restaurar a unidade e anunciar a missão da Igreja enquanto Igreja universal.

No evangelho (Jo 20,19-23) os discípu-los se encontram trancados por medo dos judeus, afinal se fizeram isso com o Mestre Jesus, o que poderia acontecer com eles? O medo dos discípulos deixa claro que eles ainda não tinham entendido a missão de Je-sus. Nesse contexto de medo, Jesus entra e “sopra” sobre eles. Esse sopro(hebraico) ou hálito(grego), quer simbolizar a nova cria-ção. Da mesma forma que o Criador soprou para dar vida à humanidade, Jesus, o novo Adão sopra sobre seus discípulos transfor-mando o medo deles em coragem, para que assim, se tornem missionários. Fortificados pelo Espírito, os discípulos agora são porta-dores da mesma salvação que

Jesus realizou na paixão e que se concretiza no perdão dos pecados e no dom do Espírito.

O Pentecostes para os discípulos foi a mola propulsora que os fez vencer o medo dos judeus e sair pregando o evangelho sem temor. A partir desse dom gracioso de Deus, cada um de nós também é chamado, primei-ramente através do nosso batismo e depois confirmado pela sacramento da confirmação a sermos verdadeiros discípulos e mensagei-ros da boa nova.

Somos chamados a vencer os nossos me-dos, romper as barreiras que nos impedem de mostrar que o amor do Pai é infinito.

Viver o Pentecostes hoje é colocar nossos dons à serviço como pede São Paulo, favore-cendo portanto a unidade, a unidade que só é capaz pela força do Espírito. È mostrar com a própria vida, pregando em nossa própria lín-gua, fazendo acontecer o reino onde nós es-tamos. Aos discípulos foi pedido o testemunho com a própria vida e eles radicalmente levaram isso a termo, até as últimas conseqüências. E a pergunta que cabe a nós é: Como estamosvi-vendo hoje o nosso Pentecostes?

Celebrar o Pentecostes é celebrar a ousa-dia do Evangelho... Celebrar

Pentecostes é celebrar o amor de Deus que se revela a cada dia.

Portanto, peçamos todos os dias como o salmista: “Enviai o vosso espírito Senhor, e da terra toda face renovai”

É comum ouvirmos a expressão: “os jovens de hoje não tem identidade ”.

Mas afi nal de contas, o que é identidade? Va-mos pensar!

I-den-ti-da-de. Identidade! Palavra oriunda do adjetivo idêntico – perfeitamente igual. Do Latinidentitate. Do Inglês identity. Do espanhol identidad. Do italiano identità. Segun-do os livros, identidade é o conjunto de características pró-prias, com as quais podemos diferenciar as pessoas umas das outras, quer diante do conjunto das diversidades, quer diante de seus semelhantes. Também podemos entender identidade como sendo a consciência que uma pessoa tem de si mesma.

Também podemos pensar o que é identidade sob os princípios da sociologia, da ciência, da antropologia, da me-dicina, da fi losofi a, do direito...

Diante disso, questionamos: 1. O que nos dá identidade é aquilo que nos caracteriza

como iguais ou diferentes?2. A nossa identifi cação é algo próprio nosso ou é aquilo

que os outros dizem de nós?E no tocante a nós, o que identifi ca a nossa juventude?No contexto histórico, a juventude era reconhecida e

identifi cada pela sua ação e oposição a uma sociedade que buscava oprimir e amputar os direitos juvenis. Foi assim em todo o mundo nos séculos passado, no período da Revo-lução Francesa, a Revolução Cubana na América Latina, os caras pintadas na década 90 e muitos outros. Nestas revoluções, os jovens foram protagonistas.

Os jovens de hoje são fi lhos ou netos dos muitos jovens que “lutaram” nessa época. Por conta disso, a atual juventu-de é rotulada pelos seus pais e avós como uma juventude passiva aos acontecimentos que os cercam, pois pela ex-periência deles, a identidade da juventude se dá quando se sai às rua para se manifestar e lutar pelos seus direitos.

Dúvida? Quem nunca ouviu esta expressão: os jo-vens de hoje não são mais como os de antigamente, não protestam, não saem nas ruas, não brigam pelos seus direitos, etc.

Porém, podemos acreditar piamente em tais expres-sões? Ou devemos questioná-las?

Vemos hoje diferentes maneiras da juventude se ex-pressar e, por conta disso, há também uma infi nidade de maneiras dela ser identifi cada e de se auto-identifi car.

O que dizer das várias expressões culturais das quais a juventude faz parte?

Skatista, surfi sta, blogueiro, roqueiro, pagodeiro, emo, nerd, membro de escola de samba e de torcida organizada, punks, dragqueens, skinheads, rappers, góticos, grunges, rockabillies, twiteiros, hippies, rastafaris, metaleiros... Não seriam estas formas da juventude se expressar e de se identifi car, o seu jeito de fazer revolução?

Estas expressões nós fazem refl etir que a juventude busca se afi rmar num mundo pós-moderno que prega a subjetividade como forma de expressão mais concreta.

Por isso, diante desse mundo que massifi ca e que opri-me as verdadeiras expressões juvenis, quais serão os me-lhores caminhos para a juventude buscar sua identidade?

É justamente isso que a VII Mostra de Dança quer discutir!

Leia o texto na integra no site: www.santuariosantaedwiges.com.br

Frei José Alves de Melo Neto, [email protected]

VII Mostra de dança de São Paulo: Identidade, Qual é a sua?

Page 15: jornal junho

15 santuariosantaedwiges.com.br

Junho de 2011ESPECIAL

Festa de Corpus Christi nos recorda o imenso amor de Cristo que nos deu, na Eucaristia, a sua presença viva e eficaz no meio da Igreja. Além disso, mostra

como deve ser um amor autêntico, verdadeiro: deve ser um amor sem limites, a ponto de dar a sua vida em favor do mundo. Na Cruz ele deu sua vida, mas antes da cruz, Ele deu a si mesmo como sinal perpétuo. Seu Corpo dado, seu San-gue derramado para a vida do mundo é o sinal perene de sua presença na Igreja.

Um pouco de história...A solenidade do Corpo de Deus foi instituída

no século 12, pelo Papa Urbano 4º em 1264, atra-vés da bula “Transiturus”, que prescreveu esta so-lenidade para toda a Igreja Universal.

Existem várias teorias para o surgimento desta festa. Uma delas nos diz que a origem da festa deve-se ao fato ocorrido ao ano de 1247, na Dio-cese de Liége – Bélgica. Santa Juliana de Cor-nillon, uma monja agostiniana, teve consecutivas visões de um astro semelhante à lua, totalmente brilhante, porém com uma incisão escura. O pró-prio Jesus Cristo a ela revelou que a lua significa-va a Igreja, a sua claridade as festas e, a mancha, sinal da ausência de uma data dedicada ao Corpo de Cristo. Santa Juliana levou o caso ao bispo lo-cal que, em 1258, acabou instituindo a festa em sua Diocese.

O fato, na época, havia sido levado também ao conhecimento do bispo Jacques de Pantaleón que, quase duas décadas mais tarde, viria a ser eleito Papa (Urbano 4º).

Porém, o fato que deflagrou a decisão do Papa, e que viria como que a confirmar a antiga visão de Santa Juliana, deu-se por um grande mi-lagre ocorrido no segundo ano de seu pontificado: O milagre eucarístico de Bolsena, no Lácio, onde um sacerdote tcheco, Padre Pietro de Praga, co-locando dúvidas na presença real de Cristo na Eucaristia durante a celebração da santa Missa, viu brotar sangue da hóstia consagrada. (Se-melhante ao milagre de Lanciano, ocorrido no início do Século 8). O fato foi levado ao Papa Urbano 4º, que encarregou o bispo de Orvie-tro a levar-lhe as alfaias litúrgicas embebidas com o Sangue de Cristo. Instituída para toda a Igreja, desde então, a data foi marcada por concentrações, procissões e outras práticas religiosas, de acordo com o modo de ser e de

viver de cada país, de cada localidade.A celebração do Corpus Christi hoje A Festa

de Corpus Christi é celebrada com grande alegria pelos católicos brasileiros. Ruas enfeitadas com os mais belos tapetes feitos dos mais variados elementos dão a tônica e a beleza deste dia. Afi-nal, estamos falando de preparar o melhor para o Corpo e Sangue de Cristo. E nosso povo não mede esforços...

Porém, é preciso que se dê um passo a mais. Jesus não instituiu a Eucaristia para que ficás-semos “olhando” para ela. Corpo dado, Sangue derramado para a vida do mundo são, antes de tudo, bebida e comida e que deve ser “assimila-dos”, comido e bebido por nós. Trata-se, portanto, de fazer-se um com o Cristo, pois quando comun-gamos, nos tornamos um com Ele. Cada vez que

Corpus Christi: Corpo dado, Sangue derramado para a vida do mundo!

participamos da Eucaristia, cada vez que comun-gamos, nos tornamos “co-corpóreos” e “consa-guineos” com Jesus Cristo. Desta forma, Ele está plenamente em nós e nos envia em missão.

É bom, é importante, é necessário sair com Jesus Cristo na Eucaristia pelas ruas no dia de Corpus Christi, mas é preciso dar um passo a mais. Sair pelas ruas deve ser a primeira atitude do cristão que quer, em sua vida, servir a Cristo e fazer o que Ele fez.

Agindo desta forma, seremos cada vez mais Corpo e Sangue de Cristo na vida do mundo.

A

Pe. Alexandre Alves Filho, [email protected]

Page 16: jornal junho

Ademar AshicarAdemar e Maria VitóriaAdevaldo José de CastroAdriana e Douglas ArrudaAdriana Fresneda Soares Rogério e FamíliaAgmar Maria dos SantosAguimar e Izabel de SouzaAlaíde Lucinda de AlmeidaAlaíde Maria dos Santos Alaíde Santos CoelhoAlcino Rodrigues de SouzaAlessandra Boscariol da Silva Alexandre Sabatine RodaAlexandre SiqueiraAlexandre Xavier de Oliveira Alfredo ElimÁlvaro Ernesto JanussiÁlvaro Leopoldo FurtadoAna Claudia Couto BarretoAna da Costa Oliveira Coimbra e FamíliaAna da Silva Camargo e famíliaAna Dalva Pereira CorreiaAna Lúcia Tertuliano e FamíliaAna Luiza e Eduarda - Família SouzaAna MariaAna Maria, Osvaldo, Rafael e Renato – Família Barros Ana Marina de Freitas SiqueiraAna Paula Caciano Bispo, Sebastião B. Leão e Maria MadalenaAna Paula da Silveira SiqueiraAna Rosa de CarvalhoAna Ruiz de OliveiraAna Teresa Stoppa Cruz e FamíliaAnair Meireles SoaresAnderson Félix Ferreira e FamíliaAndréa Francisca dos Santos e fi lhos: Rafael, Gabriele e LeonardoÂngela, Marcos, Higor. Hingrid e Thiago AguitonAnonimoAnônimoAnônimoAntonia Alexandre de SousaAntonio Alves de FreitasAntonio Alves de FreitasAntonio Cristóvão de AlmeidaAntonio Faustino da Silva e famíliaAntonio Pereira Monteiro FilhoAntonio Teixeira NetoAparecida do Amaral CampezziApostolado da OraçãoArgeu CarlotiArgeu CarlotiArgeu CarlotiArgeu CarlotiArlindo FerreiraArmazém do SaborAuricério Inácio da Silva e FamíliaAurivan de Paiva Silva Avelino e Beatriz RosaAvilmar SouzaBenedito Abreu de Souza Carlos Antonio Alves GodoiCarlos e Cristina MarcondesCarmen Violandi ConceiçãoCatequese de 1ª Eucaristia do Santuário Sta EdwigesCícero Alves

Clarindo de Souza RussoClaudia Lima da SilvaClaudia Rejane Cassiano LeãoCláudio BreviatoCleiciane Alexandre BezerraCleonice Estorte e famíliaCleonice, Beatriz, Therezinha, Niete e LindalvaComunidade Nossa Sra. AparecidaCreche São Vicente PallottiDelcio Pesse (Brigth Dentes)Dinaldo Mendes Bernardes e famíliaDjanane Ângelo Alves Domingos MalzoniDomingos Sávio Alves de FariaDrusila Fernanda Gomes MilaniDulce do Nascimento DinizEdilberto, Erineide B., Mouro, Antonio M. e Rosália BezerraEdilson Pereira de AndradeEdimilson P.Silva e Ernando PachecoEdinalva J. Sousa e famíliaEdison VicentainerEdna Gonçalves de MacedoEdson da Silva Cruz e Família Edspress Industria Gráfi ca LTDA (Edson Luis Delavega Leon)Efi genia e José RibeiroElias e Fernanda GedeonElisa Nilza FernandesElisana RibeiroEloísa CaltadeloteElza C. Genaro e FamíliaEngesonda Fundações e Construções LTDAErivan Carvalho da CruzErnanes Rosa PereiraEstevam PanazzolEurides Almeida Matos NetoEvanira do Amaral Carrara e FamíliaEvelin – Familia Cestari NoronhaFábio Souza Ramos e famíliaFamília A. AmaralFamília Bertone AmaralFamília Coviello, Caputo e OliveiraFamília Dassie Magalhães GomesFamília Dassie Magalhães GomesFamília Fernandes dos Santos e DelgadoFamília GonçalvesFamília Guimarães e SivieroFamília Lucinda GorreriFamília Marquezine e Apostolado da OraçãoFamília MoryamaFamília PiccinFamília Santos LimaFamília SenaFamília Sena de AlmeidaFamília TinelliFátima e fi lhos: Tadeu, Tiago e Fernanda LopesFátima E. S.MoraesFátima Monteiro de AriolaFausto Ferreira de FreitasFernanda Carolina Inácio DaykoFernando Augusto SilvaFernando Gomes MartinsFlávia Regina RodriguesFlorisa Sergina dos SantosFrancisca Alves NascimentoFrancisca Alves Nascimento, Tiago, Mateus e FelipeFrancisca Paulino Silveira

Francisco Araújo LimaFrancisco Carlos AbranchesFrancisco de Assis Cabral e FamíliaFrancisco de Assis Pereira e FamíliaFrancisco e Antonia Amâncio SobrinhoFrancisco Fernandes de Freitas e FamíliaFrancisco Tomaz FerreiraFraternidade São JoséGabriela Augusta OliveiraGazzan IzarGeralda Generoso dos Santos, Antonio Marcos e Márcio MoreiraGeraldo Alves Martins Getulio SanchesGilberto da Silva SantanaGilmar Antonio B. Lírios Glauce AvelarGláucia Marques JácomoHamilton Balvino de Macedo e FamíliaHebert AKira KuniosiHeleno Amorim LinharesHelio Martins de AguiarHermes Redentor Pereira SencionIrene Pocius Torolo e Antonio Demetrio Isaura de Jesus CardosoIsmael Ferreira de Matos e FamíliaIvete dos Santos SouzaIvete Gonçalves de Lima ElinIvoni da Silva Calisto e FamíliaJailda Ferreira da SilvaJanice Monteiro Vieira (esposa do Sr. Mievel)JM Produtos MineraisJoana Adelaide CarvalhoJoana Teixeira dos Santos e FamíliaJoão Batista TuríbioJoão Bosco CalouJoão Carlos Crema João GuimarãesJoão Mario e Maria Helena João PequimJoão Pereira de Andrade e FamíliaJoão Ramiro FuscoJoão Ricardo Silva de OliveiraJoão, Alexandra e CamilaJoaquim José de Santana NetoJoaquim Pedro da SilvaJobel Felix da Costa José Alves PereiraJose Augusto Ferreira da Mota e FamíliaJosé Barbosa dos SantosJosé Batista do Amaral e Amélia Crivelari do AmaralJosé Carlos Andrade SantosJosé Carlos Pinheiro José Donizete Candido do Vale e FamíliaJosé Fernandes GóesJose Luiz Bravo e FamíliaJosé Roberto Pereira LimaJosé Roberto PlimaJosé Rodrigo de OliveiraJosé Severiano de JesusJosé Severino Nunes da SilvaJosé Valdomiro FuscoJosete Gomes de JesusLanhouse Santa Fé Leila Izar (em memória)Leonor Alonso GalinaroLílian Pontes e Fábio PontesLodovico FavaLourdes Ferreira de Santana

Lourdes Lima Ribeiro MarcelinoLourdes, Mário e Marcos Vinícius NemotoLuis Carlos RufoLuis Celso Pasquale Rosa e FamíliaLuis Laurindo dos Santos (Família Laurindo)Luiz Alberto AmaralLuiz Carlos MontorsiLuiz Ferreira da SilvaLuiz Geraldo Sylos Luiza Cristina FernandesLurdes Aparecida e Pedrina MontovaniLuzia Ap. PerobelleLuzia Bicudo Villela de AndradeLuzineide e EdimarMª de Fátima, Eliza, Rafaela e Anderson Santos Mª Jose, Gil, Angelina, Roberta, Luiza, Zeneide, Kátia, Helena e FranciscaMª Nascimento, Eliza, Samuel e GabrielManoel Ferreira da Silva e FamíliaManoel Joaquim GranadeiroManuel Baleeiro AlvezManuel Braga VazMarcelo Barbosa de OliveiraMárcia Regina Silva de SeneMarco Antonio Fernandes CardosoMarcos da Roz e FamíliaMarcos Ferreira de Sena Margarida de Faria RodriguesMaria Antonia MendesMaria Aparecida BonessoMaria Aparecida e Carlos Eduardo LiberatiMaria Augusta Cristovam e FamíliaMaria Barbosa Ciqueira e FamíliaMaria Bezerra Paiva SoaresMaria Cecília BeneditoMaria Cirila MartinsMaria Conceição Brandão e Antônio PereiraMaria da Conceição V. Alves e FamíliaMaria da Paz Silva Gonçalves Maria de Fátima Campos Vieira Maria de Fátima PereiraMaria de Lourdes da Conceição Maria de Nazareth Vaze Vilela Maria do Amaral Camargo e FamíliaMaria do Carmo BonilhaMaria do Carmo e Mônica Cristina Alencar RibeiroMaria do Céu da Silva BentoMaria Ferreira LimaMaria Ferreira VassoloMaria Florinda Vieira CostaMaria José de Oliveira e FamíliaMaria José Veloso BragaMaria José Vieira Silva e FamíliaMaria Neuza da Silva SalesMaria Regina DiasMaria Regina Tavares Maria Rocilda de Lima Maia Maria Tereza V. RochaMaria Valdelícia de Sousa Marilene David Pinheiro BentoMariliza e Walter Alberto BrickMarina dos Santos e FamíliaMario Estanislau CorreaMauricio de AndradeMauro Antonio Vilela e FamíliaMauro César do CarmoMiguel Caludino Ferreira

Miguel Muniz LeãoMiriam Cristina MascarenhasMoacir e Sueli da SilvaNeisa de Azevedo AlvesNeusa Barra GalizziNewton MoriNilza Maria RodriguesNivaldo Mendes FreireNoemia de Oliveira MoneratoNorma IzarOdete e Roseli PrioreOdete Maria Teixeira Oscália CalmonOscarino Martins e Fátima LemosOsvaldo Martins JanuárioPastoral da AcolhidaPaula A. Vicente e Graziela V. SuprianoPaulo Vicente de Jesus e FamíliaPaulo Vicente Martins e FamíliaPedro dos SantosQuitéria GouveiaRael Pereira NunesRailda e Sandra Ferreira de SenaRenata Lima FerreiraRenato RuizRoberto e Eliete GimenezRoberto Martini Roberto Parvo e FamíliaRomaria de São José dos Campos Rosa BonveguesRosangela ColliRosangela Val Vit Consultoria Previ-denciáriaRosely PrioreSalvador Carvalho de AraújoSandra e Samuel RochaSebastiana Martins dos Santos Sebastião José da CostaSelma Mara Gasperoni e Wilson José PoncettiSelma PanazzoSerize e Edson França VincenziSeverino Vitalino da SilvaSilvaldo José Pereira e FamíliaSilvana Terezinha Marques de AndradeSonia Maria CesariSonia Varga Ortega Bernardo Gomes e familiaSuraia Zonta BittarSylvia Cristina Augusto e FamíliaSylvio Roberto RicchettiTadeu Laerte MattioliTeodora Paiva PinheiroTomás e Antonia Valéria Ferrari Tonche da SilvaVanilde Fernandes e Família Vanja Lúcia OrsineVanja OrsiniVera Lucia Gouveia da Silva SantosVictorio MarzzetelliVitória Paula de Jesus SouzaWaldyr Villanova PangardiWalfredo Ferreira JuniorWilson Malavolta e Simone BombasseiWilta das Graças de AlmeidaZilda da Silva AlvesZulma de Souza Dias

Já quitaram seu carnê