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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS VII LICENCIATURA EM MATEMÁTICA EDNELMA BARBOSA DOS SANTOS XAVIER A INFLUÊNCIA DO PROFESSOR NA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA Senhor do Bonfim-Ba 2010

Monografia Ednelma Matemática 2010

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Matemática 2010

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS VII

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

EDNELMA BARBOSA DOS SANTOS XAVIER

A INFLUÊNCIA DO PROFESSOR NA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

Senhor do Bonfim-Ba 2010

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EDNELMA BARBOSA DOS SANTOS XAVIER

A INFLUÊNCIA DO PROFESSOR NA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

Monografia apresentada à Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Departamento de Educação Campus VII, como pré-requisito para conclusão do curso de Licenciatura plena em ciências com Habilitação em Matemática .

Orientadora: Tânia Maria Cardoso de Araújo

Senhor do Bonfim-BA 2010

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EDNELMA BARBOSA DOS SANTOS XAVIER

A INFLUÊNCIA DO PROFESSOR NA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

Monografia apresentada à Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Departamento de Educação Campus VII, como pré-requisito para conclusão do curso de Licenciatura plena em ciências com Habilitação em Matemática .

Aprovada em 09 de setembro de 2010

_____________________________ _____________________________ ELIZETE BARBOSA DE BRITO MARIA CELESTE SOUZA CASTRO Profª. Examinadora Profª. Examinadora

_____________________________________ TÂNIA MARIA CARDOSO DE ARAÚJO

Profª. Orientadora

Senhor do Bonfim-Ba 2010

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"Á medida que as leis da matemática referem-se à realidade, elas não são exatas; e à medida que elas são exatas, não se referem à realidade. A imaginação é mais importante que o conhecimento."

Einstein (1879 - 1955)

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RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de apresentar algumas idéias de aprendizagens, ou

como o professor de matemática pode interferir no processo de aprendizado do

aluno; e isto é e fica evidente quando apontamos as dificuldades na qualificação do

professor, como também na sua prática pedagógica. Por outro lado procuramos

mostrar em contra partida a disposição e o desejo do aluno nesse processo de

desmistificação do mito do bicho papão que é a matemática. É notório neste

trabalho o contra ponto da preocupação em mostrar um despertar para as

modificações ou implementações que deverão acontecer nas escolas, com os

professores e também por parte dos alunos em relação as mudanças sociais e seus

caminhos apontados no decorrer do trabalho.

Outro aspecto deste trabalho é buscar e apontar outros meios para que o ensino

aprendizagem da matemática venha à baila e se discuta novos modelos ou

caminhos para que essa aprendizagem seja de maneira significativa e imprima uma

qualificação de melhoria no ensino para o estudante e assim elevando o nível da

educação no país.

Palavras-chaves: Aprendizagem, conhecimento, mudança, professor, aluno.

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ABSTRACT

This paper aims to present some ideas of learning, or as the math teacher can affect

the process of student learning, and this is evident when it is and point out the

difficulties in qualifying the teacher, but also in their teaching. Furthermore, we tried

to show in game against disposition and desire of the student in the process of

demystification of the myth of the bogeyman that is mathematics. It is clear in this

work against the point of worry to show an awakening to the modifications or

implementations that should happen in schools, with teachers and also from students

about the social changes and their paths indicated in this work.

Another aspect of this work is to try and point out other means for the teaching and

learning of mathematics come to the fore and discuss new models or ways in which

this learning is a significant and print an improvement in teaching skills for the

student and thereby elevating the level of education in the country.

Keywords: Learning, knowledge, change, teacher, student.

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DEDICATÓRIA

“Dedico este trabalho a meu esposo Valdinei que

sempre me apoiou, esteve presente e acreditou em

meu potencial, me incentivando na busca de novas

realizações , aos meus filhos Arthur e Annelise(que

está pra nascer) que são a razão de eu querer

alcançar meus objetivos e a minha mãe e meus

irmãos que sempre estiveram do meu lado”.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me dá força interior, coragem

e perseverança de não desistir nunca;

A minha professora e orientadora Tânia Maria

Cardoso de Araújo, pelo apoio e encorajamento

contínuos na pesquisa;

Aos demais Mestres da casa, pelos conhecimentos

transmitidos;

A minha melhor amiga e colega Odimar que não me

deixou desisti e esteve sempre ao meu lado me

incentivando.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................09

2. CAPÍTULO I....................................................................................................12

2.1 A FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO PROFESSOR..................................12

3. CAPÍTULO II...................................................................................................16

3.1 COMPETÊNCIA OU INCOMPETÊNCIA NA APRENDIZAGEM.....................16

4. CAPÍTULO III..................................................................................................19

4.1 O PAPEL DO PROFESSOR NA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA.............19

4.2 O PROFESSOR DE MATEMÁTICA ESTÁ PREPARADO PARA

ENSINAR?.......................................................................................................21

4.3 O PROFESSOR DE MATEMÁTICA E SUA PRÁTICA

PEDAGÓGICA.................................................................................................23

4.4 O DRAMA DA AVERSÂO DO ALUNO COM A

MATEMÀTICA.................................................................................................25

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................33

BIBLIOGRAFIA....................................................................................................35

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1. INTRODUÇÃO

A participação do professor, desde os tempos mais antigos sempre foi alvo

de discussão em relação ao desenvolvido da aprendizagem do aluno, bem como o

comportamento apresentado por este, não deixando de ressaltar o emocional em

sala de aula desse educando.

O objetivo deste estudo é verificar e ressaltar a importância da relação

professor-aluno como fator de interfêrencia positiva ou negativa no processo de

ensino-aprendizagem; esclarecer o que significa interação entre processor e aluno e

mostrar como a afetividade influencia no aprendizado.

A escolha do tema se deu por uma necessidade pessoal de mostrar como o

professor influência diretamente na aprendizagem do aluno e como afetividade é

importânte nesse processo, pois tive a experiência vivenciada por meu filho já ao

entrar na escola, a falta de afetividade da professora com ele prejudicou muito seu

aprendizado, e hoje em outra turma e com outra professora ele desenvolveu 100%,

me fazendo exergar com mais clareza que realmente a afetividade influência no

aprendizado.

A metodologia usada para a realização deste trabalho se baseia na pesquisa

bibliografica das décadas de 80 e 90, foi utilizado material como livros, revistas,

artigos e publicações disponibilizadas na internet.

Esta obra é composta de três capítulos:

No Capítulo I apresentamos sobre a formação e qualificação do professor.

No capítulo II mostramos a competência ou incompetência na aprendizagem

No capítulo III falamos sobre o papel do professor na aprendizagem

significativa; o professor de matemática está preparado para ensinar?; o professor

de matemática e sua prática pedagógica e o drama da aversão do aluno com a

matemática.

Nos três capitulos procuramos demonstrar o tempo todo a necessidade de

se iniciar o estudo da matemática com o conhecimento que o aluno traz consigo do

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seu meio social e cultural, ou seja, que ele possa assimiliar o que ele aprendeu no

seu meio social com que ele irá aprender na escola.

Tendo em vista que o projeto de ensino-aprendizagem é constituído em

longo prazo, como também o projeto de formação de docentes deve ser orientado

por um processo de emancipação que acontece pela produção autônoma do

conhecimento, como uma maneira de promover a democratização do saberes e

como uma forma de elaborar a critica da realidade existente em nossa sociedade.

Citamos D’Ambrosio(1990) mostrando a apresentação da universalidade do

ensino da matemática:

A matemática é desde os gregos, uma disciplina de foco nos sistemas educacionais, e tem sido a forma de pensamento mais estável da tradição mediterrânea que perdura até nossos dias como manifestação cultural que se impôs, incontestada, às demais formas...e a matemática, como conhecimento de base para a tecnologia e para o modelo organizacional da sociedade moderna, está presente de maneira muito intensa em tudo ( p.10,14).

Por ser uma das ciências mais antigas, a matemática sofreu bastantes

reformas e rupturas, tornando-se um saber bastante complexo. Complexidade esta,

que pode ser observada hoje na diversidade de disciplinas em que ela se divide: a

álgebra, geometria, aritmética..., e principalmente na dificuldade que experimentam

os alunos dessas disciplinas. Qualquer área que envolva cálculo é vista como algo

atemorizante pela maioria dos alunos, quando na realidade deveria ser encarada

como qualquer outra disciplina, visto que todas as áreas do conhecimento têm suas

belezas e seus desafios.

A matemática, como qualquer outro domínio do conhecimento, tem seu

processo muito a ver com o contexto social, econômico, político e ideológico. Como

mostra a história da matemática ela surgiu e foi desenvolvida pelos homens em

função de suas necessidades sociais.

Pensando desta maneira D´Ambrosio(1990) fala:

O ensino da matemática, por seu valor estético, é algo que será absorvido pelos alunos de modos muito diferentes, em circunstâncias também diferentes e muitas vezes inesperadas. É uma beleza que resulta da apreciação, sensibilidade e, por conseguinte, de estados emocionais diversos (1990 p. 19).

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Como educadores precisamos encarar com tranquilidade as mudanças do

nosso papel, conscientes de que essas mudanças irão contribuir para um futuro

melhor, mas não esquecendo dos valores dos conhecimentos anteriores.

Assim sendo, D´Ambrosio(1990) diz:

Nossa responsabilidade, como educadores numa democracia, vão além de reproduzir o passado e os modelos atuais. Estamos preocupados em construir um futuro que poderá ser melhor que o presente. Esse é o nosso objetivo (...) O que tem a matemática a ver com isso? Nossa resposta é, sem dúvida: Tudo. A matemática tem raízes profundas em nossos sistemas culturais e como tal possui muitos valores (...). Embora não tenha sido suficientemente estudada, a análise de componentes ideológicos no pensamento matemático revela uma forte ligação com um certo modelo socioeconômico (p. 24).

Levando em consideração que o ser humano depende muito de seu estado

emocional para aprender, perguntam-se como os professores estão trabalhando

esse lado, e se têm trabalhado o próprio emocional para que consiga transmitir não

apenas o conhecimento, mas contribuir para o desenvolvimento do aprendizado.

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2. CAPITULO I

2.1 A Formação e qualificação do professor

Não se pode falar em fracasso no ensino-aprendizagem da matemática ou

investigar questões básicas da Educação Matemática, sem tocar num dos pontos

que, na opinião de grande número de autores e com a qual concordamos, são

extremamente essenciais: a formação inicial e continuada do professor de

matemática, a qual está focalizada (Carvalho, 1994; Bertoni,1995; Cooney,1994;

Santos, Nasser e Tinoco, 1996; D'Ambrosio, 1993).

Um dos principais problemas da Educação Matemática no Brasil está na

formação do professor (Carvalho, 1994). Este tipo de problema parece não ser

"privilégio" do Brasil, país em desenvolvimento, onde a educação está num

processo de prioridade dos governos. Autores já denunciavam algo semelhante

há alguns anos atrás, nos Estados Unidos. Vejamos o que Lembo nos mostra:

Praticamente todas as faculdades que ministram cursos de professores adotam programas de trabalho que servem, apenas, para prolongar as tristes condições encontradas nas escolas de primeiro e segundo graus. A grande maioria dos cursos de formação de professores em nossas faculdades e universidades exige que os alunos passem por experiências sem qualquer significação perante as necessidades individuais do aluno e as condições de aprendizagem que devem ser oferecidas na escola (LEMBO, 1975).

Sendo assim, existe a necessidade de promover mudanças nas ações

destes profissionais da educação, pelo fato que estes tenham que acompanhar as

transformações da sociedade, a escola precisa mudar. E para que essa mudança

aconteça é necessário mudar ou transformar o ensino, a educação apresentada

pelos educadores no cotidiano da sala de aula. Neste sentido, ou seja, pensando

numa maneira diferenciada para os professores NÓVOA (1995), apresenta a

seguinte idéia:

A situação dos professores perante a mudança social é comparável a de um grupo de actores, vestidos com traje de determinada época, a que sem

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prévio aviso se muda o cenário, em metade do palco, desenrolando um novo pano de fundo, no cenário anterior. (p.97)

De acordo com esta visão, as transformações das ações dos educadores,

se apresentam como reformas eficientes para a melhoria do ensino aprendizagem,

como também oferecem condições de formar profissionais que reflitam criticamente

sobre o seu papel social, reconhecendo seus potenciais e que avancem no

aprimoramento da sua formação, analisando e refletindo sobre a sua forma de

aprender e ensinar.

Torna-se necessário uma mudança de atitude de fazer o pedagógico, em

que fazer pensar na formação do educador, ou seja, pensar em uma ação

interacionista, reflexiva, autônoma, competente, ética, política, humana e critica.

Assim buscamos confirmação nas palavras de D’Ambrosio(1990), no sentido

de mudança que:

Faz-se necessário um outro professor, formado de outra maneira e com a capacidade de renovar seus conhecimentos como parte integrante de sua preparação profissional. Além disso, um professor conscientizado de que seu papel tem sua ação bem ampliada é certamente mais empolgante do que um mero transmissor de informação na função do professor. ( p. 49).

O professor de Matemática é um elemento decisivo na complexa atividade

que é ensinar Matemática. Na definição das suas práticas pedagógicas faz intervir,

consciente ou inconscientemente, as suas concepções e conhecimento profissional,

que orientam as suas ações, desde grandes opções que faz relativamente ao

currículo, por exemplo, a aspectos mais particulares da preparação e condução de

aulas. As concepções e as práticas pedagógicas do educador são marcadas por

muitos fatores. Elas dependem das suas características pessoais e também dos

contextos em que estes ensinam, desde o contexto mais restrito da sala de aula ao

contexto mais alargado em que a escola se insere. As características destes

contextos e as interações que tem com os elementos que neles encontra trazem ao

professor oportunidades e constrangimentos em termos da sua vivência de Ensino

da Matemática.

A sala de aula, local privilegiado de interação direta com os alunos, constitui

um dos maiores condicionantes da atividade do educador. O grande número de

alunos, associado à heterogeneidade dos mesmos, que se manifesta em diversos

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modos de estar e em diferentes ritmos de aprendizagem, pode tornar extremamente

difícil o trabalho deste profissional da educação formal da matemática.

Conforme Becker, em relação ao trabalho do educador, mostramos sua

visão de conhecimento:

Os próprios professores desta área expressam-se, em geral, da seguinte maneira: o aluno que já sabe aprende bem, o aluno que não sabe, não aprende nunca (...) A insegurança dos professores deve-se, em grande parte, parece-me, ao seu desconhecimento das características básicas do desenvolvimento do conhecimento (BECKER, 6ª ed. 1990 p. 43).

A preocupação com o ensino da matemática é um assunto que merece

atenção de todos nós. A didática da Matemática tem a preocupação em transmitir os

conteúdos básicos de uma maneira eficiente e atualizada, fazendo com que o aluno

esteja desenvolvendo o pensamento lógico e prático para a resolução de problemas.

Quando se quer fazer o aluno pensar é importante que se apresente uma situação, e

a partir desta, levantar hipóteses, as quais, vão fazer com que o aluno elabore suas

possíveis saídas (conhecimento), que devem ser desenvolvidas, fazendo dele um

ser pensante e bastante inteligente; daí o significado lógico da matemática.

Um aspecto que merece atenção é a formação de conceitos, os quais são

elaborados a partir de experiências vivenciadas. Quando o aluno elabora suas

hipóteses ele começa a compreender o sentido da Matemática como necessidade.

Como se sabe, ninguém transmite conhecimento diretamente ao outro, é importante

que se pense na construção, que não é só ação; mas reação para se chegar ao

conhecimento científico e filosofico que o educando estará adquirindo no processo

de aprendizagem. Compreender é isolar a razão das coisas, por isso, quando um

aluno aprende ele organiza suas idéias segundo seu ponto de vista, gerando

respostas que não foram ensinadas pelos professores, com isso o ser humano

torna-se agente do conhecimento científico que é fruto da aprendizagem. Sempre

que há mudança de comportamento existirá a necessidade da aprendizagem efetiva

na vida do educando.

O ensino da matemática nos níveis fundamental e médio tem sido marcado

por constantes problemas como excesso de reprovação, falta de pré-requisitos dos

estudantes quando se deparam com novos conceitos e, também, problemas

decorrentes das diferenças entre os vários modelos de escola, o que se torna objeto

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de apreciação das licenciaturas em matemática e as diversas situações que o

educador se depara quando atua nas escolas nestes níveis. Este curso pretende

instrumentalizar o profissional relacionado com o ensino da matemática, com

métodos e técnicas, para que este possa ter e criar melhores condições para atingir

os objetivos propostos nos programas escolares e cumprir o seu papel de agente de

mudanças sociais.

Para assumir este compromisso com a educação, o professor necessita,

acima de tudo, investir na sua qualificação profissional, tornando-se apto a

desenvolver uma prática pedagógica voltada para o processo de desenvolvimento

do ser humano como um todo.

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3. CAPÍTULO II

3.1 Competência ou incompetência na aprendizagem

Algumas correntes téoricas sobre a aquisição da aprendizagem concebida

como o domínio da alfabetização, explicam que seus mecanismos funcionam

através de um sistema complexo constituído por componentes sociais, biológicos,

psicológicos ou mentais.(BRANSSFORD, BROWN,2007, SOLSO, 2004, GARCIA,

2002, GONZÁLES, 2006). Na concepção de Garcia, são os conjuntos desses

componentes, os subsistemas, que propiciam a formação do conhecimento, através

de processos interativos.(Garcia, 2002). Mas o conhecimento desconexo não é

suficiente para desenvolver competências capazes de solucionar problemas. Para

tal fim é necessário que ele seja organizado de forma a ser aplicado, possibilitando

novos conhecimentos e aplicações, configurando a aprendizagem. (BRANSFORD,

BROWN, 2007).

Os métodos e as técnicas utilizadas para o ensino e a aprendizagem do

aluno, independentemente da base teórica que é oferece suporte, não terão efeitos

significativos sem que exista uma relação entre seu emprego e os fatores que

propiciam a busca pelos novos conhecimentos e as competências dos indivíduos

para a aprendizagem.

Ser educador em nossa sociedade é ter consciência e dar atenção a

divulgação de conhecimentos científicos e intelectuais; como também as questões

sociais amplamente refletidas e discutidas, visualizando as ações e construções de

conhecimentos apresentados na sala de aula, expressarão e reproduzirão as ações

na sociedade. A prática pedagógica apresenta-se de maneira a atingir uma

dimensão de uma prática direcionada, construída e planejada com base em

objetivos e finalidades sociais objetivas e concretas, com princípios e fins sociais

mais amplos. Em relação a essa prática pedagógica encontramos em VIEIRA apud

ALONSO (1999), mostrando que a teoria é:

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É representado por um conjunto de idéias constituído pelas teorias pedagógicas, sistematizado a partir da prática realizada dentro das condições concretas de vida e de trabalho. A finalidade da teoria pedagógica é elaborar ou transformar idealmente, e não realmente, a matéria prima. O lado objetivo da prática pedagógica é constituído pelo conjunto de meios, o modo pelo qual as teorias pedagógicas são colocadas em ação pelo professor. O que distingue da teoria o caráter real, objetivo da matéria prima sobre a qual ela atua dos meios ou instrumentos com que exerce a ação, e de seu resultado ou produto. Sua finalidade é a transformação real, objetiva de modo natural ou social, a satisfazer determinada necessidade humana. (p. 22) .

O educador necessita ter consciência de sua função. Ele não pode perder a

dimensão de que a escola é o lugar de ampliação da experiência humana, o lugar

onde se constrói o conhecimento, que para tanto, necessita ser atraente e capaz de

despertar o interesse do aluno proporcionando uma educação que lhe dê prazer.

Conforme FREIRE (1999.32), “a boa escola não é a que ensina coisas, mas

a que permite a superação da (curiosidade ingênua) pelas curiosidades

epistemológicas, permitindo ao educando o levantamento de perguntas e questões”.

O processo de aprendizagem é maior se o professor provocar no aluno a

descrição clara do processo de como se encontra a solução adequada a cada

situação; desta maneira provoca a reflexão sobre os conceitos obtidos. O papel do

educador quanto ao desenvolvimento e acompanhamento deste processo é

fundamental, sejam anotando o andamento do processo de aprendizagem, assim

também como as dificuldades ou progressos, bem como sendo provocador de

situações, problemas, movendo interação e socialização dos passos alcançados

pelos alunos.

A escola não é mais o centro de transmissão de informações e, hoje

vivenciamos o fenômeno de excesso de informações; é tarefa do professor a

orientação dos alunos na aquisição das habilidades de pensar, orientando-os na

filtragem e análise destas descobertas e conteúdos das informações recebidas.

Neste sentido João Amós Comícios diz:

O que for dado ao conhecimento, que seja dado antes de modo geral, e depois por partes. Por exemplo, se eu quiser proporcionar ao aluno um conhecimento verdadeiro e geral sobre o homem, direi que o homem é: 1) a criatura mais perfeita de Deus, destinada a ser senhora das outras; 2) dotada de livre-arbítrio para escolher e fazer; 3) por isso provida da luz da razão para orientar-se com prudência em suas escolhas e ações. Esta, por certo, é a noção geral, mas fundamental, de homem porque lhe atribui todos os predicados necessários (COMENIUS, 1997 p. 240)

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Sendo assim, Amós em sua magistral obra do século XVI, Didática Magna,

mostra a importância da análise dos significados e das composições das partes a

perceber as vantagens para consolidar o conhecimento das vivências dos alunos.

Concluímos assim que, cada educando seleciona e prioriza a informação

recebida, segundo seus interesses e necessidades. (Torres, s/d). Se determinados

conteúdos ensinados não são apreendidos por um aluno por falta de motivação,

interesse, atenção, concentração ou compreensão, podem entretanto, ser objetos de

apreensão, assimilação e transformação para outro aluno que apresente valores

diferentes. Nem todo conhecimento interessa a todos nem interessa da mesma

forma, nem todos têm as mesmas competências para apreendê-los.

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4. CAPÍTULO III

4.1 O papel do professor na aprendizagem significativa

Como podemos ser profissionais que apresente um trabalho com

significância ou que seja relevante para o educando? Certamente isto é possível

quando os educadores transformam as suas experiências em símbolos, retirando

deles o seu verdadeiro significado, e permitindo agir em novas situações com base

nessas experiências vividas.

Por isso uma educação que apenas pretende transmitir significados que

estejam muito distante da vida concreta do seu educando, não produzirão uma

aprendizagem concreta, e sim, no máximo uma abstração do concreto. É necessário

que os conceitos simbolizados estejam em perfeita conexão com as experiências

vividas pelos educando. Este o ponto fundamental da aprendizagem significativa,

onde o educando está no centro desta experiência. Aprender é um processo que

movimenta e mobiliza os significados quanto os sentimentos ou as experiências.

Quando percebemos na abordagem de Pennington (1997), quando é

discutida a questão da rotulação muito incipiente de distúrbios em relação às

dificuldades de aprendizagem, ele mostra que no desenvolvimento das conquistas e

na ultrapassagem das barreiras deste processo, é apresentado de maneira bastante

clara que a dificuldade do educando é apresentada na aprendizagem, sendo que a

superação deste obstáculo acontece com o educando com distúrbios é muito

complexo e que nesse processo de superação é de extrema necessidade intervir no

âmago destes distúrbios.

Já (FONSECA, 1995) mostra que as maiores dificuldades de aprendizagem

se apresentam com maior intensidade pela questão de boas condições das práticas

pedagógicas que possuam qualidade de superação ou diminuição de excesso de

alunos na classe, o não oferecimento de matérias, como também a desmotivação de

educadores.

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É necessário que se analise as concepções do educador no seu dia a dia

escolar, a compreensão deste em relação as dificuldades e possíveis distúrbios de

aprendizagem do aluno. Percebida estas dificuldades por parte de educador faz-se

necessário uma mudança na prática pedagógica como também no contexto escolar.

Uma aprendizagem significativa necessita que o aluno tenha uma disposição

voluntária, que ele decida de forma consciente relacionar os novos materiais a sua

estrutura, e que este material aprendido crie uma potencialidade, ou seja,

desenvolva na sua estrutura um conhecimento por meio de uma ordem objetiva e

não aleatória.

Desta maneira, independerá o quanto de potencial significativo do conteúdo

de aprendizagem esse aluno vai memorizar no processo final, e sim será uma

aprendizagem automática. Entretanto, o que terá significado nesta aprendizagem é o

processo e produto desta aprendizagem

Conforme AUSUBEL e colaboradores (1980), um dos vários motivos pelos

quais os alunos preferem aprender de maneira automática os conteúdos

significativos é por meio de respostas pessoais, que na maioria os professores não

consideram. Outro motivo indicado pelo autor são os fracassos anteriores em

alguma disciplina, apresentando insegurança na sua própria capacidade de

aprender significativamente aquele conteúdo.

O docente que se dedica à formação sustenta que o conhecimento a ser

ensinado é um meio para se desenvolver o educando, logo, deve ser subordinada a

necessidade desse desenvolvimento. Com o processo cognitivo e afetivo do

educando constitui-se chave para que o ensino tenha sucesso, afirmam a

necessidade de se conhecer o processo pelo qual o aluno vai do estado de menor

para o de maior conhecimento, entendido que a matéria de ensino é o meio pelo

qual se facilita esse processo. Ainda que as circunstâncias nas quais se dêem à

escolarização constituem-se o obstáculo ou facilitação do desenvolvimento da

educação dentro do sistema de ensino. Logo, o futuro professor deve conhecer com

acuidade, tais situações, já que a finalidade é formar jovens para a vida social,

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independentemente de que venham ou não cursar o ensino superior. Neste

contexto, FERRAZ (1976, p.8) comenta:

É necessário que se observe que um sistema de ensino não deve, por pretexto pense a necessidade de ser autentico, fique limitado a reproduzir a realidade social que se encontre inserido, refletindo-a com a delicadeza de se tornar servil, ou seja, que venha a retratar a imagem colocada a sua frente. O ensino tem como missão, também, interferir nessa realidade, modificando-a, trabalhando-a, e na maioria das vezes se necessário for reagir contra ela e, transformá-la daquilo, que é em algo que ela pode ser ou poderá vir a ser. (p.8)

Nesta perspectiva concluímos citando Becker, que no sentido significativo

percebe-se que, “Na matemática, quando o aluno começa a compreender que as

coisas são relações, interagem, se relacionam, começa a entender” (BECKER, 6ª

ed. 1990 p. 43).

Na realidade o que é necessário é alertar o profissional sobre a importância

de adotar um método. Um método bem definido para garantir seu plano de ação,

permitindo saber por que o profissional deve agir desta ou daquela maneira, pois

teria um melhor entendimento dos passos que deveria seguir para que haja uma

evolução natural na aprendizagem do aluno. O professor fica realizado ao perceber

seus alunos repetirem uma lista de palavras, sem se dar conta de que na realidade

isto não significa, necessariamente, saberem o que fazer com elas. O processo de

aprendizagem, como já falamos, é muito complexo porque nele implicam não só

capacidade intelectual, como também fatores de ordem social.

4.2 O professor de matemática está preparado para ensinar?

Ao procurar maneiras para que a Matemática possa ser trabalhada mais

significativamente, contribuindo, assim, para um maior desenvolvimento crítico dos

indivíduos é fundamental pensar sobre o professor: como percebe a matemática,

como actua em sala de aula, suas metodologias, como avalia. Todos estes

elementos estão relacionados com a sua formação.

Os cursos de licenciatura têm por obrigação de proporcionar uma

compreensão sistematizada da educação, com uma visão de que o trabalho do

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professor se desenvolva acima e além com comum e se apresente como uma

atividade modificadora da realidade.

Para que isto se torne realidade necessitamos de empregar alguns aspectos

na realidade do profissional do educador que são: primeiro é a qualificação, que o

educador deve adquirir os conhecimentos científicos necessários para passar o

conteúdo específico, buscando garantir a competência do profissional por meio do

domínio do conteúdo; segundo é a formação pedagógica, que o educador deve

superar os níveis do senso comum e tornando a atividade organizada. Neste caso é

fundamental saber selecionar o conteúdo a partir de objetivos adquiridos de

antemão, visando garantir a ação eficiente da ação; e a terceira é a formação ética e

política, pois o educador deve ter como base os valores sócio-culturais para

viabilizar um mundo melhor. Este último aspecto desvenda o ponto que o educador

necessita desenvolver um trabalho com intenção transformadora, pois a educação

está inserida em um contexto bem amplo social, econômico e político.

Assim, o educador poderá despertar no aluno a capacidade de

questionamento e promover a desmistificação da cultura, como também desenvolver

a formação ética e política possibilitando uma melhor compreensão a respeito do

que é relevante ensinar e de que maneira fazer para não cair no academicismo.

Grande parte das críticas ao sistema escolar se refere à formação dos

professores. As faculdades de filosofia não foram inicialmente destinadas a cuidar

do preparo dos professores do ensino secundário. Elas visavam inaugurar uma nova

era no ensino superior brasileiro, capaz de dar vida e unidade à universidade

(WEREBE,1994). Os cursos de licenciatura sempre valorizaram excessivamente o

aspecto de conteúdo específico, ou seja, a formação científica dos pesquisadores e

docentes. Eles valorizam uma visão de matemática que privilegia as abstrações e o

rigor em que se colocam os problemas em todos os ramos do conhecimento

matemático, abordagem esta, importante para a formação do matemático

profissional, porém não adequada para aqueles que irão se transformar em

professor do ensino fundamental e médio. Sendo que para isto, seria necessário um

aprofundamento da compreensão dos significados concretos dos conceitos

matemáticos, necessário para uma contextualização adequada do aluno do ensino

fundamental e médio.

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Se a formação científica, em muitos casos, foi satisfatória, as deficiências na

formação pedagógica foram sempre imensas. Alguns mitos e equívocos reforçam a

idéia de que não existe a necessidade de um preparo para o exercício da função

docente e um deles é que o professor nasce com o dom ou que o que vale é o bom

senso e não regras ou métodos pedagógicos. A idéia mais corriqueira, e, por isto,

talvez a mais perigosa, é de que quem sabe, sabe ensinar. Assim, se justificaria, nos

cursos de formação de professores, a importância dada ao preparo nas matérias

que estes não irão ensinar. Outra visão estereotipada para não dizer perversa, sobre

o magistério é a de considerá-lo um sacerdócio e que exigiria, dos que o exercem,

sacrifícios pessoais, abnegação, desinteresse. É notório que decidir pelo magistério

não é a mesma coisa de optar por uma ordem religiosa. Os professores são

profissionais como quaisquer outros e, desta forma, carecem de uma formação e

qualificação que lhes dê a possibilidade exercer competentemente suas funções

(WEREBE, 1994).

Chegando a um indicio de conclusão, percebemos que a sala de aula, como

a própria escola, em sua totalidade, é um espelho da sociedade, com suas

diferentes camadas sociais, seus grupos, seus desvios e problemas. Entretanto, o

aluno, que está debaixo da orientação está aprendendo a conviver e a estabelecer

uma identidade social e pessoal, e neste processo de socialização o professor tem

um papel ativo a desenvolver, não só no fornecimento de informações, mas também

no domínio de interação pessoal, no processo de aprendizagem (MORRISH, 1975).

4.3 O professor de matemática e sua prática pedagógica.

A educação não está centralizada no professor ou no aluno, mas sim na

formação central do homem. A educação está voltada para o ser humano e suas

atividades realizadas no meio social. Desta maneira, percebemos no centro da

pedagogia a educação é percebida como um processo de humanização. Este

processo é um comprometimento com os interesses do próprio homem.

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24

Os educadores, de que necessita o ensino, devem possuir, mais do que

domínio de conteúdos, amplitude em Educação. Terão de apresentar abertura e

receptividade de espírito para encarar a matemática de um ponto de vista não

matemático, sendo capazes de empatia com os alunos, de forma a ser sensíveis os

seus problemas e anseios (PINTO, 1996). Mais do que conhecer matemática, eles

têm que conhecer aqueles a quem estão ensinando e os caminhos para atingi-los.

"Os cursos de formação deverão produzir professores com "insight educacional" e

não "pesquisadores egocêntricos” (KLINE, 1976).

O que falta, também, aos educadores é uma profissionalização, uma

capacitação que lhes permita desenvolver, adequadamente, a atividade de ensinar,

pois:

… a profissionalização passa, certamente, por uma elevação do nível real de qualificação, uma vez que a aplicação de regras exige menos competências do que a construção de estratégias.…O estatuto universitário e o domínio do saber acadêmico dão aos professores do ensino secundário uma autonomia que não podem assumir verdadeiramente no plano didático. Deste ponto de vista a sua autonomia é mais importante do que sua qualificação e, conseqüentemente, do que o grau de profissionalização da sua atividade… (PERRENOUD, 1997, p. 138).

Não obstante muitos cursos de licenciatura estejam se reformulando, ainda

é cedo para sentir resultados positivos efetivos no ensino matemático fundamental

e médio.

Além disso, um grande contingente de educadores ativos é egresso de

cursos tradicionais de licenciatura onde tiveram uma formação muito mais

direcionada para o matemático profissional do que para ser professor do ensino

fundamental e médio. E aqui achamos interessante citar:

Os matemáticos profissionais constituem a mais séria ameaça à vida da matemática, pelo menos no que tange ao ensino dela. Eles ressentem estudantes que não se aplicam nela e mostram-se impacientes para com aqueles que desejam ser convencidos de que a matéria é digna de interesse. Se exigisse que os professores de matemática despendessem 8 anos em escola elementar, 3 ou 4 em escola secundária e, depois, mais 1 ano no colégio, em cerâmicas, eles se oporiam fortemente . Mas eles não vêem que a matemática, pelo que ela representa, oferece menos interesse aos jovens do que a cerâmica para eles (KLINE, 1976, p. 160 e 161).

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No Brasil, educadores - pesquisadores preocupados com o grave problema

da educação matemática indicam deficiências na formação dos professores,

principalmente, no que diz respeito a dois aspectos: falta de capacitação para

conhecer o aluno e desatualização dos conteúdos ministrados (D'Ambrosio, 1996).

A formação de professores de matemática é o grande desafio para o século

XXI (D'AMBROSIO, 1993). Sua proposta sobre as características desejáveis em um

professor de Matemática vem quebrar velhos paradigmas e faz uma nova leitura do

papel do professor, deslocando o foco do acúmulo de informações que até então

tem prevalecido, para enfatizar a geração de experiências.

Concluímos então que é necessário que a escola ou o professor tenha bem

claro que o seu papel não é o de “passar” conhecimentos matemáticos para que os

alunos memorizem, mas sim o de proporcionar a possibilidade de elaborarem

matemática, o que é um modo diferente de memorizar resultados. Fazer matemática

é resolver problemas, por meios de materiais manipulativos, de diferentes

modelagens, tendo como conseqüência não só a aprendizagem de conteúdos

matemáticos, como também a estruturação de forma de pensar e agir do aluno.

4.4 O drama da aversão do aluno com a matemática

A matemática é disciplina básica nos currículos de todos os graus, em todo o

mundo, ela é considerada difícil por muitos, desinteressante por outros, inatingível

por uma grande maioria de pessoas.

Temida e odiada por uma enormidade de estudantes e adultos, tem sido

uma das vilãs na história do fracasso escolar. Paradoxalmente, há uma opinião

quase unânime de que Matemática é importante e, mais do que isso, fundamental

no mundo moderno.

Que fatores desencadeiam sentimentos tão aversivos em relação à

Matemática? Por que a Matemática, considerada por muitos pensadores,

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26

naturalmente espontânea para o ser humano, tem sido para este mesmo ser

humano, objeto de ódio e medo?

A relação que as pessoas e, particularmente, os alunos têm com a

matemática, sempre foi algo que me intrigou. A maioria dos alunos odeia e teme a

matemática e, consequentemente, não consegue aprendê-la (Lima, R. N.,Vila, M. C.

e Gazire, E.1995).

Especialmente, entre outros fatores que possam desencadear uma relação

negativa dos estudantes com a Matemática, instiga-me investigar o papel do

professor, pois este é o agente educacional por excelência e se, de alguma forma,

influencia os sentimentos de medo, raiva e aversão desenvolvidos pelos alunos em

relação a essa disciplina, está, assim, atuando na contramão da educação.

Curiosamente, parece existir certa cumplicidade ou corporativismo por parte

dos professores, quando se fala em investigar causas do fracasso do ensino-

aprendizagem de matemática. Geralmente, as causas apontadas são as políticas

educacionais governamentais, as influências do meio social, a escola, quando não

(o que é mais preocupante) o próprio aluno. Com raras exceções, o professor nunca

se coloca como parte desse problema, pelo contrário, sempre se sente como vítima.

Não pretendemos minimizar a influência de outros fatores, nem atribuir toda a

responsabilidade do fracasso escolar ao professor. Não é isto. Mas o que é a

escola?

Uma entidade abstrata, existindo independentemente? Não. A escola é um

organismo social vivo, dinâmico, feito de pessoas, onde o professor não é mero

espectador (ou expectador), mas um agente transformador, educador. Ele faz parte

de uma cadeia cuja função é formar novos cidadãos, portanto, não lhe compete

apenas ensinar teorias e conceitos, mas, sobretudo, a compreender o universo fora

da escola, a fazer uma leitura do mundo (Pinto, 1996). E qualquer educador que

tenha um mínimo de honestidade intelectual e consciência social tem que se

reconhecer responsável pelo fracasso/sucesso da aprendizagem daqueles a quem

educa.

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27

Neste ponto notamos em algumas pesquisas realizadas por profissionais da

área de educação o contraste ou a injustificável assertiva em relação à comum

alegação de que os estudantes tenham aversão à matemática, vejamos:

Na verdade, tudo era fictício, o teste era um teste padrão e constituía apenas um pretexto. Foram escolhidos, ao acaso, alguns casos "interessantes", uma média de 20% em cada turma e seus nomes comunicados aos professores de forma intencionalmente discreta. Depois de condicionar os professores a acreditar que havia no grupo alunos com maior potencial de aprendizagem, os pesquisadores aguardaram os resultados, aplicando novamente testes, quatro meses depois e no final do período escolar. Os resultados foram surpreendentes e deixaram Rosenthal perplexo. Os alunos designados artificialmente como os que deveriam dar os melhores resultados progrediram notadamente mais rápido do que os outros, alguns , com baixo QI, chegaram a ser classificados como bem dotados, após seus professores acreditarem que eram prodígios. Os professores, ao descreverem o comportamento desses casos "interessantes", ressaltaram a "alegria, curiosidade, originalidade e adaptabilidade" desses alunos. O ponto perverso observado foi a sorte dos alunos que não foram "sugeridos" aos professores como potencialmente brilhantes. Seus resultados foram nitidamente piores e, o mais grave, quando um deles se distinguia, era automaticamente rebaixado pelo professor e mantido no nível ao qual "deveria" pertencer (IDAC, 1982).

É claro que a pesquisa provou que os maus e os bons alunos são formados

pelos professores e que, via de regra, a condição primordial para que um aluno ou

um grupo de alunos cheguem a um bom resultado está primordialmente na

confiança e na capacidade do educador em relação ao conteúdo transmitido.

Várias são as causas do bloqueio matemático que vão desde a ansiedade

matemática até a inadequação de métodos de ensino e concepções equivocadas do

próprio professor sobre a matemática. Indivíduos que possuem uma boa

desenvoltura e são capazes de sair bem em outras áreas, que conseguem entender

tramas da literatura ou complexos aspectos na área jurídica não são capazes de

entender os mais básicos elementos de uma demonstração matemática.

Deparando com um problema matemático revelam dificuldades no seu

entendimento e na sua compreensão, na ausência de um referencial em que se

apoiar se apavoram, ficam bloqueadas, incapazes de raciocinar (PAULOS, 1994).

Sendo assim concordamos que:

… por toda parte, e em qualquer época, sempre se tem reconhecido que o ensino de matemática tem sido traumatizante. Em vez de desenvolver o

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raciocínio ela tem chocado o indivíduo, que não se encontra maduro para absorver o conhecimento sistemático do que ela representa. Observe-se que não se deve deduzir a estupidez seguinte desta frase: o indivíduo não é suficientemente inteligente para entender o conhecimento classificatório que é a matemática, ciência para mentes iluminadas (PEREIRA,1990).

O que se percebe claramente é que o ensino da matemática, na maioria das

vezes, tem semeado falsas e negativas sensações nos indivíduos e que, quando isto

acontece, infelizmente é inevitável um sentimento de derrota pessoal. Não

devemos de maneira nenhuma concordar que a aprendizagem da matemática

favoreça apenas indivíduos supostamente com mentes privilegiadas. Qualquer

criança ao entrar na escola já traz algumas noções iniciais de matemática, identifica

números com os dedos das mãos, tem noção de dinheiro, lida com troco. O ensino

da matemática deveria seguir sempre valorizando as habilidades que os indivíduos

carregam consigo (Vitti, 1995). Muitas vezes o excesso de rigor e de formalismo

exacerbado com que alguns professores conduzem o ensino da matemática faz

com que alguns dos alunos se sintam incapazes de aprender. O ensino inadequado

da matemática, a maneira como o professor trata os assuntos em sala de aula, a

deficiência dos currículos, a má qualidade dos livros didáticos, o ensino distanciado

da realidade e das aplicações da matemática no dia - a - dia, isto sim, contribui para

que o aluno goste ou não dessa disciplina. Assim nos valemos da seguinte idéia:

… não podemos continuar sendo ingênuos, tentando motivar um adolescente a se interessar por matemática, dando-lhe mais matemática. Se o mesmo não estiver interessado em resolver a equação 3x - 1 = 4, certamente não ficará motivado e resolver 3 x + 1 = 7. O ensino e desenvolvimento dessa matéria devem ser inspirados no momento histórico e na necessidade do homem e não nas malditas fórmulas, teoremas e corolários… Sem dúvida alguma não precisamos de muito esforço para sentirmos o conteúdo pulsante de prazer e de utilidade que estão inseridos na matemática. Estas impressões aparecem espontaneamente quando colocamos toda a crença e confiança em instrumentos de cálculo que nos permitem controlar o desconhecido. Nesta busca da verdade, os homens tornam-se semideuses, quando, então descobrem a essência do cientista, que ligeiramente se constitui de três elementos básicos: a dedução, a intuição e, sem dúvida, a curiosidade (Revista Matemática Aplicada à Vida, p. 13 - 14, 1993).

Estamos plenamente de acordo com a idéia de Vitti (1995) quando aponta,

como indicadores do fracasso no ensino da matemática, além das várias questões

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metodológicas, a realidade de que o professor não valorizar as habilidades e

experiências matemáticas trazidas pelo aluno, à grande preocupação por parte de

muitos professores em cumprir metas e programas, em detrimento de explorar as

idéias individuais dos alunos, o tratamento severo que alguns professores dão à

matemática, os programas inadequados, a visão da histórica da matemática, entre

outros. Esses elementos, embora com valores diferenciados, são, na realidade, os

maiores responsáveis pelo fracasso matemático, aumentando o fosso entre a

matemática organizada pela comunidade científica e a matemática como atividade

humana.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Notamos que por meio da pesquisa realizada encontramos resultados de

grande importância através da afetividade e respeito transmitidos pelo professor ao

aluno, e estes não anulam a autoridade do educador. Quando este interage com

seus alunos automaticamente estarão ganhando por meio dos resultados obtidos. O

professor ao interagir com seus alunos está ganhando muito, pois as experiências

aprendidas serão essenciais para a sua vida em sociedade. A afetividade é um fator

positivo que ajuda o aluno quando este está com problemas. O professor conversa

com o aluno e procura ajuda na suas necessidades.

Segundo Vygotsky (Rego, 1999), o ser humano transforma o seu meio para

atender suas necessidades básicas transformando a si mesmo. Um educador não

poderá se valer apenas do uso automático das técnicas pedagógicas. Tem que

haver uma integração da técnica na cultura, criando uma aprendizagem significativa.

Brune mostra que os aspectos da aprendizagem fazem uma interligação

pois, “embora haja beneficio na clareza a respeito dos fins da educação, muitas

vezes é verdade que podemos descobrir ou redescobrir novos objetivos últimos no

decorrer do processo de procurar alcançar metas mais modestas...A muitos de nós

parece que o caminho a trilhar é o de preparar materiais que desafiem o aluno

superior, sem destruir a confiança e a vontade de aprender dos menos

afortunados... se pretendemos buscar a excelência e, ao mesmo tempo, considerar

a adversidade dos talentos que devemos educar” (BRUNE,1972).

Um bom professor se dedica para que suas se tornem atraentes, como

também estimula o aluno explicando o conteúdo de maneira clara e objetiva, usando

recursos e técnicas simples, relacionando os assuntos a vida do mesmo.

Esta interação teria de ser a mais importante de todas as interações sociais

que acontecem no meio escolar, pois é o meio que se realiza o processo ensino-

aprendizagem.

É importante também frisar as conseqüências de uma interação negativa,

porque esta afeta bastante o desenvolvimento do educando, por exemplo, alguns

educadores demonstram um desanimo muito grande quando se fala em relação aos

honorários, como também em relação a conduta de seus alunos em classe. È

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notório que esta relação afeta diretamente os alunos, sendo que esta postura de

educadores estressados, descontentes, irá transmitir uma imagem bastante

negativa, assim, o professor se esquece da sua responsabilidade com o êxito no

ensino.

Entender o sistema educativo em toda a sua complexidade pode ser

impossível. Isso não quer dizer que devemos nos sentir impotentes diante dos

grandes desafios que a educação nos apresenta. O que se faz necessário e urgente

é a ampliação e a divulgação dos resultados das pesquisas para que os professores

comprometidos com a sua profissão possam se valer das mesmas e, assim,

incrementar suas práticas e, às vezes, diminuir suas angústias diante das

dificuldades enfrentadas diariamente.

Quando buscamos explicações para o fracasso na aprendizagem e, em

especial, em matemática, nos é apresentadas várias evidências de que a diferença

entre um e outro educador está diretamente ligada à prática pedagógica, sendo que

uns refletirão num nível melhor de aprendizagem por parte dos alunos. A prática

tradicional, aquela que privilegia a aula expositiva e a utilização do livro didático

como texto, compatível com uma concepção de matemática como algo pronto e

encerrado, resultando o que vemos na atualidade; uma parcela muito grande de

pessoas que odeiam matemática, que possuíam ou possuem dificuldade ou não

conseguiram entende-la com muita facilidade, manifestando um desencantamento

ou frustração por ela.

Os professores que estão em busca de uma formação profissional, muitas

vezes lutam contra com os seus rendimentos, ou seja, os baixos salários e a

necessidade de encontrar fontes de renda. Sopram no ouvido de cada profissional a

tentação de deixar à carreira ou de abandonar indefinidamente a adesão ao

movimento de formação. A grande maioria dos professores quer se aperfeiçoar, mas

a educação não tem como evoluir sem a valorização do profissional. A Secretaria de

Educação precisa oferecer mais cursos e o que o Ministério da Educação fizer para

melhorar o rendimento desses docentes em sala de aula será sempre de grande

importância.

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32

Por tudo que escrevemos até aqui, fica claro que não existe fórmulas

mágicas que resolvam os problemas de aprendizagem apresentados pelos alunos

em sala de aula. Além disso, nada existe que possa garantir uma aprendizagem

efetiva, em condições normais.

Essas afirmações se apóiam na consideração básica de que o processo de

aprender tem peculiaridades próprias, que envolvem múltiplos fatores, desde a área

de sua concorrência (cognitiva, afetiva ou psicomotora) e suas características

individuais do sujeito que aprende, passando pelas condições do contexto em que

isto ocorre.

Portanto, o ensino e a aprendizagem são processos distintos, porém

interdependentes. É preciso compreender claramente em que consiste e em que

bases e em quais condições acontecem à aprendizagem, para que se organize e o

ensino seja conduzido de maneira segura, critica e reflexiva, ou seja, competente,

tendo assim a garantia de grande sucesso e grandeza na tarefa de educar.

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