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ANAacuteLISE ESTRUTURAL DE TUBOS EXPANSIacuteVEIS PARA
POCcedilOS DE PETROacuteLEO
Ana Carolina Caldas Aguiar
PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE
ENGENHARIA DO PETROacuteLEO DA ESCOLA POLITEacuteCNICA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE INTEGRANTE DOS REQUISITOS
NECESSAacuteRIOS PARA A OBTENCcedilAtildeO DO GRAU DE ENGENHEIRO DO
PETROacuteLEO
Aprovado por
______________________________________Theodoro Antoun Netto
(Orientador)
______________________________________Ilson Paranhos Pasqualino
______________________________________Carlos Eduardo da Fonseca
RIO DE JANEIRO RJ ndash BRASIL
DEZEMBRO 2008
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Dedicatoacuteria
Dedico esse trabalho ao meu pai Marcus Tulio Abreu Aguiar e agrave minha matildee
Maria Cristina Soares Caldas por estarem sempre torcendo por mim
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iii
Agradecimentos
Aos meus pais Marcus Tulio Abreu Aguiar e Maria Cristina Soares Caldas
meus irmatildeos avoacutes familiares e amigos pelo incentivo cooperaccedilatildeo e apoio
Ao meu orientador Theodoro Antoun Netto por ter me ensinado o caminho e
pela paciecircncia Aos professores Marcelo Igor e Ilson Paranhos Pasqualino e a todo
corpo teacutecnico do Laboratoacuterio de Tecnologia Submarina
Ao Engenheiro Carlos Eduardo da Fonseca (Cenpes-Petrobras) pela grandeajuda
Agrave ANP pelo apoio
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iv
Sumaacuterio
Lista de FigurasviLista de Tabelasviii
Resumoix
Abstractx
1 Introduccedilatildeo1
11 Poccedilo Monobore 2
12 Processo de Expansatildeo4
13 Objetivo do Trabalho6
2 Revisatildeo Bibliograacutefica621 Conceitos Baacutesicos6
211 Materiais Elastoplaacutesticos6
212 Teoria da Plasticidade7
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento7
2131 Criteacuterio de Von Mises7
2132 Criteacuterio de Tresca7
214 Modelos de Plasticidade8
2141 Plasticidade Perfeita8
2142 Encruamento Linear9
2143 Encruamento natildeo Linear9
215 Diagrama de tensatildeo-Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo Simples10
216 Tensatildeo Verdadeira versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica Logariacutetmica12
217 Encruamento12
2171 Encruamento Isotroacutepico13
2172 Encruamento Cinemaacutetico14
2173 Efeito Bauschinger14
22 Trabalhos Relacionados15
3 Metodologia23
31 Testes Experimentais23
311 Propriedades do Material23
312 Testes de Expansatildeo24
3121 Aparato de Expansatildeo24
3122 Expansatildeo de Tubos Soacutelidos26
313 Ensaio de Colapso28
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v
32 Modelagem Numeacuterica31
321 Descriccedilatildeo do Modelo Numeacuterico31
3211 Geometria31
3212 Material32
3213 Malha33
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de Contorno33
4 Resultados e Discussotildees34
41 Resultado Numeacuterico34
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental37
43 Estudo Parameacutetrico38
5 Estudo de Caso45
6 Conclusotildees54
7 Referecircncia Bibliograacutefica56
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vi
Lista de Figuras
Figura 12
Figura 24
Figura 35
Figura 48
Figura 59
Figura 610
Figura 711Figura 813
Figura 913
Figura 1014
Figura 1115
Figura 1224
Figura 1325
Figura 1425
Figura 1526Figura 1626
Figura 1727
Figura 1827
Figura 1929
Figura 2030
Figura 2130
Figura 2231
Figura 2332Figura 2434
Figura 2535
Figura 2635
Figura 2736
Figura 2837
Figura 2939
Figura 3040
Figura 3140
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vii
Figura 3241
Figura 3341
Figura 3442
Figura 3542
Figura 3643
Figura 3745
Figura 3847
Figura 3948
Figura 4050
Figura 4151
Figura 4252
Figura 4353
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viii
Lista de Tabelas
Tabela 116
Tabela 217
Tabela 322
Tabela 424
Tabela 528
Tabela 638
Tabela 744
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ix
Resumo
A tecnologia de tubos expansiacuteveis traz inuacutemeras vantagens em relaccedilatildeo aos
poccedilos convencionais A expansatildeo de tubos in situ permite o desenvolvimento de
reservas em cenaacuterios desafiadores da induacutestria de petroacuteleo como zonas de sal
reservas profundas ou lacircmina drsquoaacutegua ultra-profunda Adicionalmente apresenta boa
compatibilidade com poccedilos direcionais e horizontais e facilita a realizaccedilatildeo de side-
tracks Mesmo sendo atrativa existe a necessidade de se melhor entender a influecircncia
da expansatildeo nas propriedades mecacircnicas do tubo Neste trabalho testesexperimentais e anaacutelises numeacutericas foram realizados para estudar a influecircncia de
paracircmetros geomeacutetricos do tubo e da expansatildeo na sua resistecircncia ao colapso Um
aparato experimental foi projetado e construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de tubos
em escala real Trecircs tubos tiveram seus diacircmetros expandidos em 10 e foram
submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica no interior de uma cacircmara hiperbaacuterica ateacute o
colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos natildeo-expandidos tambeacutem foram
testados Em paralelo desenvolveram-se modelos numeacutericos incorporando natildeo
linearidades geomeacutetricas e de material Uma vez calibrados os modelos foram usadospara analisar o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircncia
da expansatildeo na pressatildeo de colapso considerando diferentes geometrias e graus de
expansatildeo
Palavras-chave Tubos Expansiacuteveis Pressatildeo de Colapso Testes Experimentais
Modelo Numeacuterico
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x
Abstract
Solid expandable tubular technology has many advantages when compared to
conventional wells The expansion of tubes in situ allows developing reserves in many
of the challenging scenarios found in oil industry as pre-salt layer deep reservoirs or
ultra-deep water Besides this procedure has good compatibility with directional and
horizontal wells and facilitates side-tracks operations Although the expansion of tubes
is very attractive a better understanding of its influence on the tube mechanical
strength is necessary In this work experimental tests and numerical analyses wereperformed in order to determine the effect of parameters such as diameter-to-thickness
ratio and expansion rate on the collapse resistance of expandable tubes An
experimental apparatus was designed and built to reproduce full-scale tube expansion
Three 2 meter long specimens were expanded 10 their original diameters and
subjected to hydrostatic pressure inside a vessel until collapse Three non-expanded
tubes were also tested for comparison At the same time non-linear numerical models
were developed using the finite element method After calibration they were used to
further analyze the mechanical behavior of solid expandable tubes and the influence ofexpansion on its resistance against collapse
Keywords Expandable Tubular Collapse Resistance Experimental Tests Numerical
Model
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1 Introduccedilatildeo
A jaacute alta demanda por energia oacuteleo em particular estaacute prevista para aumentar
nas proacuteximas deacutecadas 2-3 ao ano (Energy Information Administration 2006) Sendo
assim empresas de petroacuteleo buscam intensificar esforccedilos para acompanhar a
demanda mundial Tais esforccedilos devem ser feitos na aacuterea de exploraccedilatildeo e produccedilatildeo
(EampP) especialmente na descoberta e desenvolvimento de novas reservas e na
superaccedilatildeo de desafios atraveacutes do aumento de desempenho do desenvolvimento de
novas tecnologias e da reduccedilatildeo de custos Uma vez que perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo
representam uma percentagem significativa do custo total do desenvolvimento de um
campo natildeo eacute surpresa as companhias concentrarem seus esforccedilos nessessegmentos Os desafios atuais nas aacutereas de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo satildeo
perfuraccedilatildeo HPHT perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas de sal poccedilos profundos lacircminas de
aacutegua ultra-profundas poccedilos de longo alcance poccedilos com trajetoacuterias complicadas e
disponibilidade de sondas de perfuraccedilatildeo
Com mais de 1000 instalaccedilotildees em campo a tecnologia de tubos soacutelidos
expansiacuteveis provou ser uma alternativa viaacutevel e econocircmica agrave tecnologia convencional
de perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo como um meio de superar os desafios previamentemencionados Originalmente desenvolvida para aumentar a profundidade perfurada
mantendo o diacircmetro do poccedilo (poccedilo monobore ou slimwell ) apresenta aplicaccedilotildees
tanto nas aacutereas de construccedilatildeo completaccedilatildeo e remediaccedilatildeo de poccedilos Tubos
expansiacuteveis podem ser usados como liner de perfuraccedilatildeo para contingecircncia em
qualquer poccedilo durante a fase de perfuraccedilatildeo O processo mencionado minimiza a
perda de diacircmetro interno do poccedilo quando uma anomalia geoloacutegica ou um problema eacute
encontrado Outra aplicaccedilatildeo eacute o sistema de cladding em poccedilo aberto Este consiste
em uma coluna expansiacutevel com elastocircmeros que eacute descida e instalada contra aformaccedilatildeo para isolar zonas especiacuteficas em uma completaccedilatildeo aberta O cladding difere
do sistema anterior por natildeo se apoiar no revestimento base Tubos expansiacuteveis
tambeacutem podem ser utilizados em poccedilos revestidos O liner expansiacutevel para poccedilo
revestido permite reparar revestimentos jaacute existentes que estejam danificados ou
desgastados reduzindo o diacircmetro interno do poccedilo por apenas duas vezes o valor da
espessura do tubo utilizado Mesmo sendo uma tecnologia promissora e
economicamente viaacutevel ainda haacute a necessidade de se entender melhor as exigecircncias
do processo de expansatildeo e sua influecircncia na resistecircncia mecacircnica do tubo
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11 Poccedilo Monobore
Muitos na Induacutestria Petroliacutefera acreditam que a tecnologia de poccedilo monobore
representa um marco no setor de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo uma vez que permite
alcanccedilar reservas previamente inacessiacuteveis devido a problemas econocircmicos
tecnoloacutegicos ou de seguranccedila Esta tecnologia consiste em instalar e expandir longas
seccedilotildees de liners formando um revestimento de maior diacircmetro reduzindo ou mesmo
eliminando o perfil telescoacutepico do poccedilo A Figura 1 mostra uma comparaccedilatildeo entre trecircs
projetos de completaccedilatildeo um projeto convencional um para monobore e um para
slimwell
Figura 1 Comparaccedilatildeo entre projeto de completaccedilatildeo convencional slimwell e poccedilo
monobore
As economias referentes ao uso de monobore satildeo devidas agrave reduccedilatildeo do custo
total de construccedilatildeo do poccedilo Por causa da reduccedilatildeo do perfil telescoacutepico o monobore
permite o uso de revestimentos menores nas seccedilotildees superiores e meacutedias do poccedilo ao
mesmo tempo em que manteacutem ou mesmo aumenta o tamanho da completaccedilatildeo
Alternativa seria manter o tamanho dos revestimentos de superfiacutecie e intermediaacuteriopossibilitando aumentar a profundidade do poccedilo com o mesmo diacircmetro de produccedilatildeo
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ou mesmo aumentando-o Alguns dos benefiacutecios econocircmicos e ambientais do
monobore satildeo os seguintes
bull Reduccedilatildeo na quantidade de cascalho e fluiacutedo descartado
bull Menor pegada do poccedilo no meio ambiente
bull Desenvolvimento econocircmico de reservas profundas
bull Desenvolvimento econocircmico de camposreservas marginais
bull Aumenta o nuacutemero de poccedilos em uma mesma infra-estrutura
bull Reduccedilatildeo no tamanho da sonda de perfuraccedilatildeo
bull Melhora a construccedilatildeo de poccedilos multilaterais
Um importante benefiacutecio dentre os listados a cima eacute a possibilidade de se usarsondas de perfuraccedilatildeo de tamanho reduzido principalmente em ambientes off-shore
Em cenaacuterios de aacuteguas ultra-profundas e reservas profundas a disponibilidades de
sondas e suas altas taxas diaacuterias consistem um desafio a ser superado A reduccedilatildeo
dos tamanhos de revestimento permite a reduccedilatildeo da coluna de fluiacutedo de perfuraccedilatildeo e
do tamanho dos risers o que diminui o peso total que deve ser suportado pelo gancho
da sonda Devido a essa reduccedilatildeo crucial uma sonda de perfuraccedilatildeo de menor
tamanho como por exemplo uma semi-submersiacutevel (SS) de terceira geraccedilatildeo pode
ser usada em lacircminas drsquoaacutegua profundas
Uma vez que uma SS de terceira geraccedilatildeo possui uma menor taxa diaacuteria que
um floating production and storage (FPSO) de quinta geraccedilatildeo reduccedilotildees significativas
no custo de perfuraccedilatildeo do poccedilo podem ser realizadas Adicionalmente os custos
referentes a tamanho dos liners quantidade de cimento quantidade de fluiacutedo de
perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo brocas entre outros sofrem significativa reduccedilatildeo Campo et
al (2003) apresentaram em seu trabalho uma comparaccedilatildeo entre um poccedilo construiacutedo
com uma FPSO de quinta geraccedilatildeo um poccedilo construiacutedo com uma plataforma High
Spec e um poccedilo monobore (SS de terceira geraccedilatildeo) Figura 2 Mesmo levando um
maior tempo para ser finalizado o monobore apresenta um custo significativamente
mais baixo que os outros dois sistemas usados Logo poccedilos monobore podem ser a
alternativa mais econocircmica e eficiente para diversos cenaacuterios na induacutestria de petroacuteleo
e gaacutes natural
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Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
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P c P c o
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Dt=14
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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Grupo 1
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Grupo 3
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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54
6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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56
7 Referecircncias Bibliograacuteficas
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ii
Dedicatoacuteria
Dedico esse trabalho ao meu pai Marcus Tulio Abreu Aguiar e agrave minha matildee
Maria Cristina Soares Caldas por estarem sempre torcendo por mim
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iii
Agradecimentos
Aos meus pais Marcus Tulio Abreu Aguiar e Maria Cristina Soares Caldas
meus irmatildeos avoacutes familiares e amigos pelo incentivo cooperaccedilatildeo e apoio
Ao meu orientador Theodoro Antoun Netto por ter me ensinado o caminho e
pela paciecircncia Aos professores Marcelo Igor e Ilson Paranhos Pasqualino e a todo
corpo teacutecnico do Laboratoacuterio de Tecnologia Submarina
Ao Engenheiro Carlos Eduardo da Fonseca (Cenpes-Petrobras) pela grandeajuda
Agrave ANP pelo apoio
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iv
Sumaacuterio
Lista de FigurasviLista de Tabelasviii
Resumoix
Abstractx
1 Introduccedilatildeo1
11 Poccedilo Monobore 2
12 Processo de Expansatildeo4
13 Objetivo do Trabalho6
2 Revisatildeo Bibliograacutefica621 Conceitos Baacutesicos6
211 Materiais Elastoplaacutesticos6
212 Teoria da Plasticidade7
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento7
2131 Criteacuterio de Von Mises7
2132 Criteacuterio de Tresca7
214 Modelos de Plasticidade8
2141 Plasticidade Perfeita8
2142 Encruamento Linear9
2143 Encruamento natildeo Linear9
215 Diagrama de tensatildeo-Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo Simples10
216 Tensatildeo Verdadeira versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica Logariacutetmica12
217 Encruamento12
2171 Encruamento Isotroacutepico13
2172 Encruamento Cinemaacutetico14
2173 Efeito Bauschinger14
22 Trabalhos Relacionados15
3 Metodologia23
31 Testes Experimentais23
311 Propriedades do Material23
312 Testes de Expansatildeo24
3121 Aparato de Expansatildeo24
3122 Expansatildeo de Tubos Soacutelidos26
313 Ensaio de Colapso28
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v
32 Modelagem Numeacuterica31
321 Descriccedilatildeo do Modelo Numeacuterico31
3211 Geometria31
3212 Material32
3213 Malha33
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de Contorno33
4 Resultados e Discussotildees34
41 Resultado Numeacuterico34
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental37
43 Estudo Parameacutetrico38
5 Estudo de Caso45
6 Conclusotildees54
7 Referecircncia Bibliograacutefica56
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vi
Lista de Figuras
Figura 12
Figura 24
Figura 35
Figura 48
Figura 59
Figura 610
Figura 711Figura 813
Figura 913
Figura 1014
Figura 1115
Figura 1224
Figura 1325
Figura 1425
Figura 1526Figura 1626
Figura 1727
Figura 1827
Figura 1929
Figura 2030
Figura 2130
Figura 2231
Figura 2332Figura 2434
Figura 2535
Figura 2635
Figura 2736
Figura 2837
Figura 2939
Figura 3040
Figura 3140
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vii
Figura 3241
Figura 3341
Figura 3442
Figura 3542
Figura 3643
Figura 3745
Figura 3847
Figura 3948
Figura 4050
Figura 4151
Figura 4252
Figura 4353
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viii
Lista de Tabelas
Tabela 116
Tabela 217
Tabela 322
Tabela 424
Tabela 528
Tabela 638
Tabela 744
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ix
Resumo
A tecnologia de tubos expansiacuteveis traz inuacutemeras vantagens em relaccedilatildeo aos
poccedilos convencionais A expansatildeo de tubos in situ permite o desenvolvimento de
reservas em cenaacuterios desafiadores da induacutestria de petroacuteleo como zonas de sal
reservas profundas ou lacircmina drsquoaacutegua ultra-profunda Adicionalmente apresenta boa
compatibilidade com poccedilos direcionais e horizontais e facilita a realizaccedilatildeo de side-
tracks Mesmo sendo atrativa existe a necessidade de se melhor entender a influecircncia
da expansatildeo nas propriedades mecacircnicas do tubo Neste trabalho testesexperimentais e anaacutelises numeacutericas foram realizados para estudar a influecircncia de
paracircmetros geomeacutetricos do tubo e da expansatildeo na sua resistecircncia ao colapso Um
aparato experimental foi projetado e construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de tubos
em escala real Trecircs tubos tiveram seus diacircmetros expandidos em 10 e foram
submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica no interior de uma cacircmara hiperbaacuterica ateacute o
colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos natildeo-expandidos tambeacutem foram
testados Em paralelo desenvolveram-se modelos numeacutericos incorporando natildeo
linearidades geomeacutetricas e de material Uma vez calibrados os modelos foram usadospara analisar o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircncia
da expansatildeo na pressatildeo de colapso considerando diferentes geometrias e graus de
expansatildeo
Palavras-chave Tubos Expansiacuteveis Pressatildeo de Colapso Testes Experimentais
Modelo Numeacuterico
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x
Abstract
Solid expandable tubular technology has many advantages when compared to
conventional wells The expansion of tubes in situ allows developing reserves in many
of the challenging scenarios found in oil industry as pre-salt layer deep reservoirs or
ultra-deep water Besides this procedure has good compatibility with directional and
horizontal wells and facilitates side-tracks operations Although the expansion of tubes
is very attractive a better understanding of its influence on the tube mechanical
strength is necessary In this work experimental tests and numerical analyses wereperformed in order to determine the effect of parameters such as diameter-to-thickness
ratio and expansion rate on the collapse resistance of expandable tubes An
experimental apparatus was designed and built to reproduce full-scale tube expansion
Three 2 meter long specimens were expanded 10 their original diameters and
subjected to hydrostatic pressure inside a vessel until collapse Three non-expanded
tubes were also tested for comparison At the same time non-linear numerical models
were developed using the finite element method After calibration they were used to
further analyze the mechanical behavior of solid expandable tubes and the influence ofexpansion on its resistance against collapse
Keywords Expandable Tubular Collapse Resistance Experimental Tests Numerical
Model
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1
1 Introduccedilatildeo
A jaacute alta demanda por energia oacuteleo em particular estaacute prevista para aumentar
nas proacuteximas deacutecadas 2-3 ao ano (Energy Information Administration 2006) Sendo
assim empresas de petroacuteleo buscam intensificar esforccedilos para acompanhar a
demanda mundial Tais esforccedilos devem ser feitos na aacuterea de exploraccedilatildeo e produccedilatildeo
(EampP) especialmente na descoberta e desenvolvimento de novas reservas e na
superaccedilatildeo de desafios atraveacutes do aumento de desempenho do desenvolvimento de
novas tecnologias e da reduccedilatildeo de custos Uma vez que perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo
representam uma percentagem significativa do custo total do desenvolvimento de um
campo natildeo eacute surpresa as companhias concentrarem seus esforccedilos nessessegmentos Os desafios atuais nas aacutereas de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo satildeo
perfuraccedilatildeo HPHT perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas de sal poccedilos profundos lacircminas de
aacutegua ultra-profundas poccedilos de longo alcance poccedilos com trajetoacuterias complicadas e
disponibilidade de sondas de perfuraccedilatildeo
Com mais de 1000 instalaccedilotildees em campo a tecnologia de tubos soacutelidos
expansiacuteveis provou ser uma alternativa viaacutevel e econocircmica agrave tecnologia convencional
de perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo como um meio de superar os desafios previamentemencionados Originalmente desenvolvida para aumentar a profundidade perfurada
mantendo o diacircmetro do poccedilo (poccedilo monobore ou slimwell ) apresenta aplicaccedilotildees
tanto nas aacutereas de construccedilatildeo completaccedilatildeo e remediaccedilatildeo de poccedilos Tubos
expansiacuteveis podem ser usados como liner de perfuraccedilatildeo para contingecircncia em
qualquer poccedilo durante a fase de perfuraccedilatildeo O processo mencionado minimiza a
perda de diacircmetro interno do poccedilo quando uma anomalia geoloacutegica ou um problema eacute
encontrado Outra aplicaccedilatildeo eacute o sistema de cladding em poccedilo aberto Este consiste
em uma coluna expansiacutevel com elastocircmeros que eacute descida e instalada contra aformaccedilatildeo para isolar zonas especiacuteficas em uma completaccedilatildeo aberta O cladding difere
do sistema anterior por natildeo se apoiar no revestimento base Tubos expansiacuteveis
tambeacutem podem ser utilizados em poccedilos revestidos O liner expansiacutevel para poccedilo
revestido permite reparar revestimentos jaacute existentes que estejam danificados ou
desgastados reduzindo o diacircmetro interno do poccedilo por apenas duas vezes o valor da
espessura do tubo utilizado Mesmo sendo uma tecnologia promissora e
economicamente viaacutevel ainda haacute a necessidade de se entender melhor as exigecircncias
do processo de expansatildeo e sua influecircncia na resistecircncia mecacircnica do tubo
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2
11 Poccedilo Monobore
Muitos na Induacutestria Petroliacutefera acreditam que a tecnologia de poccedilo monobore
representa um marco no setor de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo uma vez que permite
alcanccedilar reservas previamente inacessiacuteveis devido a problemas econocircmicos
tecnoloacutegicos ou de seguranccedila Esta tecnologia consiste em instalar e expandir longas
seccedilotildees de liners formando um revestimento de maior diacircmetro reduzindo ou mesmo
eliminando o perfil telescoacutepico do poccedilo A Figura 1 mostra uma comparaccedilatildeo entre trecircs
projetos de completaccedilatildeo um projeto convencional um para monobore e um para
slimwell
Figura 1 Comparaccedilatildeo entre projeto de completaccedilatildeo convencional slimwell e poccedilo
monobore
As economias referentes ao uso de monobore satildeo devidas agrave reduccedilatildeo do custo
total de construccedilatildeo do poccedilo Por causa da reduccedilatildeo do perfil telescoacutepico o monobore
permite o uso de revestimentos menores nas seccedilotildees superiores e meacutedias do poccedilo ao
mesmo tempo em que manteacutem ou mesmo aumenta o tamanho da completaccedilatildeo
Alternativa seria manter o tamanho dos revestimentos de superfiacutecie e intermediaacuteriopossibilitando aumentar a profundidade do poccedilo com o mesmo diacircmetro de produccedilatildeo
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3
ou mesmo aumentando-o Alguns dos benefiacutecios econocircmicos e ambientais do
monobore satildeo os seguintes
bull Reduccedilatildeo na quantidade de cascalho e fluiacutedo descartado
bull Menor pegada do poccedilo no meio ambiente
bull Desenvolvimento econocircmico de reservas profundas
bull Desenvolvimento econocircmico de camposreservas marginais
bull Aumenta o nuacutemero de poccedilos em uma mesma infra-estrutura
bull Reduccedilatildeo no tamanho da sonda de perfuraccedilatildeo
bull Melhora a construccedilatildeo de poccedilos multilaterais
Um importante benefiacutecio dentre os listados a cima eacute a possibilidade de se usarsondas de perfuraccedilatildeo de tamanho reduzido principalmente em ambientes off-shore
Em cenaacuterios de aacuteguas ultra-profundas e reservas profundas a disponibilidades de
sondas e suas altas taxas diaacuterias consistem um desafio a ser superado A reduccedilatildeo
dos tamanhos de revestimento permite a reduccedilatildeo da coluna de fluiacutedo de perfuraccedilatildeo e
do tamanho dos risers o que diminui o peso total que deve ser suportado pelo gancho
da sonda Devido a essa reduccedilatildeo crucial uma sonda de perfuraccedilatildeo de menor
tamanho como por exemplo uma semi-submersiacutevel (SS) de terceira geraccedilatildeo pode
ser usada em lacircminas drsquoaacutegua profundas
Uma vez que uma SS de terceira geraccedilatildeo possui uma menor taxa diaacuteria que
um floating production and storage (FPSO) de quinta geraccedilatildeo reduccedilotildees significativas
no custo de perfuraccedilatildeo do poccedilo podem ser realizadas Adicionalmente os custos
referentes a tamanho dos liners quantidade de cimento quantidade de fluiacutedo de
perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo brocas entre outros sofrem significativa reduccedilatildeo Campo et
al (2003) apresentaram em seu trabalho uma comparaccedilatildeo entre um poccedilo construiacutedo
com uma FPSO de quinta geraccedilatildeo um poccedilo construiacutedo com uma plataforma High
Spec e um poccedilo monobore (SS de terceira geraccedilatildeo) Figura 2 Mesmo levando um
maior tempo para ser finalizado o monobore apresenta um custo significativamente
mais baixo que os outros dois sistemas usados Logo poccedilos monobore podem ser a
alternativa mais econocircmica e eficiente para diversos cenaacuterios na induacutestria de petroacuteleo
e gaacutes natural
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4
Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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6
13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
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0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
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80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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0
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1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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50
Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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56
7 Referecircncias Bibliograacuteficas
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iii
Agradecimentos
Aos meus pais Marcus Tulio Abreu Aguiar e Maria Cristina Soares Caldas
meus irmatildeos avoacutes familiares e amigos pelo incentivo cooperaccedilatildeo e apoio
Ao meu orientador Theodoro Antoun Netto por ter me ensinado o caminho e
pela paciecircncia Aos professores Marcelo Igor e Ilson Paranhos Pasqualino e a todo
corpo teacutecnico do Laboratoacuterio de Tecnologia Submarina
Ao Engenheiro Carlos Eduardo da Fonseca (Cenpes-Petrobras) pela grandeajuda
Agrave ANP pelo apoio
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iv
Sumaacuterio
Lista de FigurasviLista de Tabelasviii
Resumoix
Abstractx
1 Introduccedilatildeo1
11 Poccedilo Monobore 2
12 Processo de Expansatildeo4
13 Objetivo do Trabalho6
2 Revisatildeo Bibliograacutefica621 Conceitos Baacutesicos6
211 Materiais Elastoplaacutesticos6
212 Teoria da Plasticidade7
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento7
2131 Criteacuterio de Von Mises7
2132 Criteacuterio de Tresca7
214 Modelos de Plasticidade8
2141 Plasticidade Perfeita8
2142 Encruamento Linear9
2143 Encruamento natildeo Linear9
215 Diagrama de tensatildeo-Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo Simples10
216 Tensatildeo Verdadeira versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica Logariacutetmica12
217 Encruamento12
2171 Encruamento Isotroacutepico13
2172 Encruamento Cinemaacutetico14
2173 Efeito Bauschinger14
22 Trabalhos Relacionados15
3 Metodologia23
31 Testes Experimentais23
311 Propriedades do Material23
312 Testes de Expansatildeo24
3121 Aparato de Expansatildeo24
3122 Expansatildeo de Tubos Soacutelidos26
313 Ensaio de Colapso28
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v
32 Modelagem Numeacuterica31
321 Descriccedilatildeo do Modelo Numeacuterico31
3211 Geometria31
3212 Material32
3213 Malha33
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de Contorno33
4 Resultados e Discussotildees34
41 Resultado Numeacuterico34
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental37
43 Estudo Parameacutetrico38
5 Estudo de Caso45
6 Conclusotildees54
7 Referecircncia Bibliograacutefica56
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vi
Lista de Figuras
Figura 12
Figura 24
Figura 35
Figura 48
Figura 59
Figura 610
Figura 711Figura 813
Figura 913
Figura 1014
Figura 1115
Figura 1224
Figura 1325
Figura 1425
Figura 1526Figura 1626
Figura 1727
Figura 1827
Figura 1929
Figura 2030
Figura 2130
Figura 2231
Figura 2332Figura 2434
Figura 2535
Figura 2635
Figura 2736
Figura 2837
Figura 2939
Figura 3040
Figura 3140
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vii
Figura 3241
Figura 3341
Figura 3442
Figura 3542
Figura 3643
Figura 3745
Figura 3847
Figura 3948
Figura 4050
Figura 4151
Figura 4252
Figura 4353
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viii
Lista de Tabelas
Tabela 116
Tabela 217
Tabela 322
Tabela 424
Tabela 528
Tabela 638
Tabela 744
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ix
Resumo
A tecnologia de tubos expansiacuteveis traz inuacutemeras vantagens em relaccedilatildeo aos
poccedilos convencionais A expansatildeo de tubos in situ permite o desenvolvimento de
reservas em cenaacuterios desafiadores da induacutestria de petroacuteleo como zonas de sal
reservas profundas ou lacircmina drsquoaacutegua ultra-profunda Adicionalmente apresenta boa
compatibilidade com poccedilos direcionais e horizontais e facilita a realizaccedilatildeo de side-
tracks Mesmo sendo atrativa existe a necessidade de se melhor entender a influecircncia
da expansatildeo nas propriedades mecacircnicas do tubo Neste trabalho testesexperimentais e anaacutelises numeacutericas foram realizados para estudar a influecircncia de
paracircmetros geomeacutetricos do tubo e da expansatildeo na sua resistecircncia ao colapso Um
aparato experimental foi projetado e construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de tubos
em escala real Trecircs tubos tiveram seus diacircmetros expandidos em 10 e foram
submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica no interior de uma cacircmara hiperbaacuterica ateacute o
colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos natildeo-expandidos tambeacutem foram
testados Em paralelo desenvolveram-se modelos numeacutericos incorporando natildeo
linearidades geomeacutetricas e de material Uma vez calibrados os modelos foram usadospara analisar o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircncia
da expansatildeo na pressatildeo de colapso considerando diferentes geometrias e graus de
expansatildeo
Palavras-chave Tubos Expansiacuteveis Pressatildeo de Colapso Testes Experimentais
Modelo Numeacuterico
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x
Abstract
Solid expandable tubular technology has many advantages when compared to
conventional wells The expansion of tubes in situ allows developing reserves in many
of the challenging scenarios found in oil industry as pre-salt layer deep reservoirs or
ultra-deep water Besides this procedure has good compatibility with directional and
horizontal wells and facilitates side-tracks operations Although the expansion of tubes
is very attractive a better understanding of its influence on the tube mechanical
strength is necessary In this work experimental tests and numerical analyses wereperformed in order to determine the effect of parameters such as diameter-to-thickness
ratio and expansion rate on the collapse resistance of expandable tubes An
experimental apparatus was designed and built to reproduce full-scale tube expansion
Three 2 meter long specimens were expanded 10 their original diameters and
subjected to hydrostatic pressure inside a vessel until collapse Three non-expanded
tubes were also tested for comparison At the same time non-linear numerical models
were developed using the finite element method After calibration they were used to
further analyze the mechanical behavior of solid expandable tubes and the influence ofexpansion on its resistance against collapse
Keywords Expandable Tubular Collapse Resistance Experimental Tests Numerical
Model
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1
1 Introduccedilatildeo
A jaacute alta demanda por energia oacuteleo em particular estaacute prevista para aumentar
nas proacuteximas deacutecadas 2-3 ao ano (Energy Information Administration 2006) Sendo
assim empresas de petroacuteleo buscam intensificar esforccedilos para acompanhar a
demanda mundial Tais esforccedilos devem ser feitos na aacuterea de exploraccedilatildeo e produccedilatildeo
(EampP) especialmente na descoberta e desenvolvimento de novas reservas e na
superaccedilatildeo de desafios atraveacutes do aumento de desempenho do desenvolvimento de
novas tecnologias e da reduccedilatildeo de custos Uma vez que perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo
representam uma percentagem significativa do custo total do desenvolvimento de um
campo natildeo eacute surpresa as companhias concentrarem seus esforccedilos nessessegmentos Os desafios atuais nas aacutereas de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo satildeo
perfuraccedilatildeo HPHT perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas de sal poccedilos profundos lacircminas de
aacutegua ultra-profundas poccedilos de longo alcance poccedilos com trajetoacuterias complicadas e
disponibilidade de sondas de perfuraccedilatildeo
Com mais de 1000 instalaccedilotildees em campo a tecnologia de tubos soacutelidos
expansiacuteveis provou ser uma alternativa viaacutevel e econocircmica agrave tecnologia convencional
de perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo como um meio de superar os desafios previamentemencionados Originalmente desenvolvida para aumentar a profundidade perfurada
mantendo o diacircmetro do poccedilo (poccedilo monobore ou slimwell ) apresenta aplicaccedilotildees
tanto nas aacutereas de construccedilatildeo completaccedilatildeo e remediaccedilatildeo de poccedilos Tubos
expansiacuteveis podem ser usados como liner de perfuraccedilatildeo para contingecircncia em
qualquer poccedilo durante a fase de perfuraccedilatildeo O processo mencionado minimiza a
perda de diacircmetro interno do poccedilo quando uma anomalia geoloacutegica ou um problema eacute
encontrado Outra aplicaccedilatildeo eacute o sistema de cladding em poccedilo aberto Este consiste
em uma coluna expansiacutevel com elastocircmeros que eacute descida e instalada contra aformaccedilatildeo para isolar zonas especiacuteficas em uma completaccedilatildeo aberta O cladding difere
do sistema anterior por natildeo se apoiar no revestimento base Tubos expansiacuteveis
tambeacutem podem ser utilizados em poccedilos revestidos O liner expansiacutevel para poccedilo
revestido permite reparar revestimentos jaacute existentes que estejam danificados ou
desgastados reduzindo o diacircmetro interno do poccedilo por apenas duas vezes o valor da
espessura do tubo utilizado Mesmo sendo uma tecnologia promissora e
economicamente viaacutevel ainda haacute a necessidade de se entender melhor as exigecircncias
do processo de expansatildeo e sua influecircncia na resistecircncia mecacircnica do tubo
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2
11 Poccedilo Monobore
Muitos na Induacutestria Petroliacutefera acreditam que a tecnologia de poccedilo monobore
representa um marco no setor de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo uma vez que permite
alcanccedilar reservas previamente inacessiacuteveis devido a problemas econocircmicos
tecnoloacutegicos ou de seguranccedila Esta tecnologia consiste em instalar e expandir longas
seccedilotildees de liners formando um revestimento de maior diacircmetro reduzindo ou mesmo
eliminando o perfil telescoacutepico do poccedilo A Figura 1 mostra uma comparaccedilatildeo entre trecircs
projetos de completaccedilatildeo um projeto convencional um para monobore e um para
slimwell
Figura 1 Comparaccedilatildeo entre projeto de completaccedilatildeo convencional slimwell e poccedilo
monobore
As economias referentes ao uso de monobore satildeo devidas agrave reduccedilatildeo do custo
total de construccedilatildeo do poccedilo Por causa da reduccedilatildeo do perfil telescoacutepico o monobore
permite o uso de revestimentos menores nas seccedilotildees superiores e meacutedias do poccedilo ao
mesmo tempo em que manteacutem ou mesmo aumenta o tamanho da completaccedilatildeo
Alternativa seria manter o tamanho dos revestimentos de superfiacutecie e intermediaacuteriopossibilitando aumentar a profundidade do poccedilo com o mesmo diacircmetro de produccedilatildeo
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3
ou mesmo aumentando-o Alguns dos benefiacutecios econocircmicos e ambientais do
monobore satildeo os seguintes
bull Reduccedilatildeo na quantidade de cascalho e fluiacutedo descartado
bull Menor pegada do poccedilo no meio ambiente
bull Desenvolvimento econocircmico de reservas profundas
bull Desenvolvimento econocircmico de camposreservas marginais
bull Aumenta o nuacutemero de poccedilos em uma mesma infra-estrutura
bull Reduccedilatildeo no tamanho da sonda de perfuraccedilatildeo
bull Melhora a construccedilatildeo de poccedilos multilaterais
Um importante benefiacutecio dentre os listados a cima eacute a possibilidade de se usarsondas de perfuraccedilatildeo de tamanho reduzido principalmente em ambientes off-shore
Em cenaacuterios de aacuteguas ultra-profundas e reservas profundas a disponibilidades de
sondas e suas altas taxas diaacuterias consistem um desafio a ser superado A reduccedilatildeo
dos tamanhos de revestimento permite a reduccedilatildeo da coluna de fluiacutedo de perfuraccedilatildeo e
do tamanho dos risers o que diminui o peso total que deve ser suportado pelo gancho
da sonda Devido a essa reduccedilatildeo crucial uma sonda de perfuraccedilatildeo de menor
tamanho como por exemplo uma semi-submersiacutevel (SS) de terceira geraccedilatildeo pode
ser usada em lacircminas drsquoaacutegua profundas
Uma vez que uma SS de terceira geraccedilatildeo possui uma menor taxa diaacuteria que
um floating production and storage (FPSO) de quinta geraccedilatildeo reduccedilotildees significativas
no custo de perfuraccedilatildeo do poccedilo podem ser realizadas Adicionalmente os custos
referentes a tamanho dos liners quantidade de cimento quantidade de fluiacutedo de
perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo brocas entre outros sofrem significativa reduccedilatildeo Campo et
al (2003) apresentaram em seu trabalho uma comparaccedilatildeo entre um poccedilo construiacutedo
com uma FPSO de quinta geraccedilatildeo um poccedilo construiacutedo com uma plataforma High
Spec e um poccedilo monobore (SS de terceira geraccedilatildeo) Figura 2 Mesmo levando um
maior tempo para ser finalizado o monobore apresenta um custo significativamente
mais baixo que os outros dois sistemas usados Logo poccedilos monobore podem ser a
alternativa mais econocircmica e eficiente para diversos cenaacuterios na induacutestria de petroacuteleo
e gaacutes natural
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Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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31
32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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32
A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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33
utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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45
Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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50
Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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56
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iv
Sumaacuterio
Lista de FigurasviLista de Tabelasviii
Resumoix
Abstractx
1 Introduccedilatildeo1
11 Poccedilo Monobore 2
12 Processo de Expansatildeo4
13 Objetivo do Trabalho6
2 Revisatildeo Bibliograacutefica621 Conceitos Baacutesicos6
211 Materiais Elastoplaacutesticos6
212 Teoria da Plasticidade7
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento7
2131 Criteacuterio de Von Mises7
2132 Criteacuterio de Tresca7
214 Modelos de Plasticidade8
2141 Plasticidade Perfeita8
2142 Encruamento Linear9
2143 Encruamento natildeo Linear9
215 Diagrama de tensatildeo-Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo Simples10
216 Tensatildeo Verdadeira versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica Logariacutetmica12
217 Encruamento12
2171 Encruamento Isotroacutepico13
2172 Encruamento Cinemaacutetico14
2173 Efeito Bauschinger14
22 Trabalhos Relacionados15
3 Metodologia23
31 Testes Experimentais23
311 Propriedades do Material23
312 Testes de Expansatildeo24
3121 Aparato de Expansatildeo24
3122 Expansatildeo de Tubos Soacutelidos26
313 Ensaio de Colapso28
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v
32 Modelagem Numeacuterica31
321 Descriccedilatildeo do Modelo Numeacuterico31
3211 Geometria31
3212 Material32
3213 Malha33
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de Contorno33
4 Resultados e Discussotildees34
41 Resultado Numeacuterico34
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental37
43 Estudo Parameacutetrico38
5 Estudo de Caso45
6 Conclusotildees54
7 Referecircncia Bibliograacutefica56
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vi
Lista de Figuras
Figura 12
Figura 24
Figura 35
Figura 48
Figura 59
Figura 610
Figura 711Figura 813
Figura 913
Figura 1014
Figura 1115
Figura 1224
Figura 1325
Figura 1425
Figura 1526Figura 1626
Figura 1727
Figura 1827
Figura 1929
Figura 2030
Figura 2130
Figura 2231
Figura 2332Figura 2434
Figura 2535
Figura 2635
Figura 2736
Figura 2837
Figura 2939
Figura 3040
Figura 3140
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vii
Figura 3241
Figura 3341
Figura 3442
Figura 3542
Figura 3643
Figura 3745
Figura 3847
Figura 3948
Figura 4050
Figura 4151
Figura 4252
Figura 4353
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viii
Lista de Tabelas
Tabela 116
Tabela 217
Tabela 322
Tabela 424
Tabela 528
Tabela 638
Tabela 744
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ix
Resumo
A tecnologia de tubos expansiacuteveis traz inuacutemeras vantagens em relaccedilatildeo aos
poccedilos convencionais A expansatildeo de tubos in situ permite o desenvolvimento de
reservas em cenaacuterios desafiadores da induacutestria de petroacuteleo como zonas de sal
reservas profundas ou lacircmina drsquoaacutegua ultra-profunda Adicionalmente apresenta boa
compatibilidade com poccedilos direcionais e horizontais e facilita a realizaccedilatildeo de side-
tracks Mesmo sendo atrativa existe a necessidade de se melhor entender a influecircncia
da expansatildeo nas propriedades mecacircnicas do tubo Neste trabalho testesexperimentais e anaacutelises numeacutericas foram realizados para estudar a influecircncia de
paracircmetros geomeacutetricos do tubo e da expansatildeo na sua resistecircncia ao colapso Um
aparato experimental foi projetado e construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de tubos
em escala real Trecircs tubos tiveram seus diacircmetros expandidos em 10 e foram
submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica no interior de uma cacircmara hiperbaacuterica ateacute o
colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos natildeo-expandidos tambeacutem foram
testados Em paralelo desenvolveram-se modelos numeacutericos incorporando natildeo
linearidades geomeacutetricas e de material Uma vez calibrados os modelos foram usadospara analisar o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircncia
da expansatildeo na pressatildeo de colapso considerando diferentes geometrias e graus de
expansatildeo
Palavras-chave Tubos Expansiacuteveis Pressatildeo de Colapso Testes Experimentais
Modelo Numeacuterico
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Abstract
Solid expandable tubular technology has many advantages when compared to
conventional wells The expansion of tubes in situ allows developing reserves in many
of the challenging scenarios found in oil industry as pre-salt layer deep reservoirs or
ultra-deep water Besides this procedure has good compatibility with directional and
horizontal wells and facilitates side-tracks operations Although the expansion of tubes
is very attractive a better understanding of its influence on the tube mechanical
strength is necessary In this work experimental tests and numerical analyses wereperformed in order to determine the effect of parameters such as diameter-to-thickness
ratio and expansion rate on the collapse resistance of expandable tubes An
experimental apparatus was designed and built to reproduce full-scale tube expansion
Three 2 meter long specimens were expanded 10 their original diameters and
subjected to hydrostatic pressure inside a vessel until collapse Three non-expanded
tubes were also tested for comparison At the same time non-linear numerical models
were developed using the finite element method After calibration they were used to
further analyze the mechanical behavior of solid expandable tubes and the influence ofexpansion on its resistance against collapse
Keywords Expandable Tubular Collapse Resistance Experimental Tests Numerical
Model
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1 Introduccedilatildeo
A jaacute alta demanda por energia oacuteleo em particular estaacute prevista para aumentar
nas proacuteximas deacutecadas 2-3 ao ano (Energy Information Administration 2006) Sendo
assim empresas de petroacuteleo buscam intensificar esforccedilos para acompanhar a
demanda mundial Tais esforccedilos devem ser feitos na aacuterea de exploraccedilatildeo e produccedilatildeo
(EampP) especialmente na descoberta e desenvolvimento de novas reservas e na
superaccedilatildeo de desafios atraveacutes do aumento de desempenho do desenvolvimento de
novas tecnologias e da reduccedilatildeo de custos Uma vez que perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo
representam uma percentagem significativa do custo total do desenvolvimento de um
campo natildeo eacute surpresa as companhias concentrarem seus esforccedilos nessessegmentos Os desafios atuais nas aacutereas de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo satildeo
perfuraccedilatildeo HPHT perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas de sal poccedilos profundos lacircminas de
aacutegua ultra-profundas poccedilos de longo alcance poccedilos com trajetoacuterias complicadas e
disponibilidade de sondas de perfuraccedilatildeo
Com mais de 1000 instalaccedilotildees em campo a tecnologia de tubos soacutelidos
expansiacuteveis provou ser uma alternativa viaacutevel e econocircmica agrave tecnologia convencional
de perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo como um meio de superar os desafios previamentemencionados Originalmente desenvolvida para aumentar a profundidade perfurada
mantendo o diacircmetro do poccedilo (poccedilo monobore ou slimwell ) apresenta aplicaccedilotildees
tanto nas aacutereas de construccedilatildeo completaccedilatildeo e remediaccedilatildeo de poccedilos Tubos
expansiacuteveis podem ser usados como liner de perfuraccedilatildeo para contingecircncia em
qualquer poccedilo durante a fase de perfuraccedilatildeo O processo mencionado minimiza a
perda de diacircmetro interno do poccedilo quando uma anomalia geoloacutegica ou um problema eacute
encontrado Outra aplicaccedilatildeo eacute o sistema de cladding em poccedilo aberto Este consiste
em uma coluna expansiacutevel com elastocircmeros que eacute descida e instalada contra aformaccedilatildeo para isolar zonas especiacuteficas em uma completaccedilatildeo aberta O cladding difere
do sistema anterior por natildeo se apoiar no revestimento base Tubos expansiacuteveis
tambeacutem podem ser utilizados em poccedilos revestidos O liner expansiacutevel para poccedilo
revestido permite reparar revestimentos jaacute existentes que estejam danificados ou
desgastados reduzindo o diacircmetro interno do poccedilo por apenas duas vezes o valor da
espessura do tubo utilizado Mesmo sendo uma tecnologia promissora e
economicamente viaacutevel ainda haacute a necessidade de se entender melhor as exigecircncias
do processo de expansatildeo e sua influecircncia na resistecircncia mecacircnica do tubo
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11 Poccedilo Monobore
Muitos na Induacutestria Petroliacutefera acreditam que a tecnologia de poccedilo monobore
representa um marco no setor de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo uma vez que permite
alcanccedilar reservas previamente inacessiacuteveis devido a problemas econocircmicos
tecnoloacutegicos ou de seguranccedila Esta tecnologia consiste em instalar e expandir longas
seccedilotildees de liners formando um revestimento de maior diacircmetro reduzindo ou mesmo
eliminando o perfil telescoacutepico do poccedilo A Figura 1 mostra uma comparaccedilatildeo entre trecircs
projetos de completaccedilatildeo um projeto convencional um para monobore e um para
slimwell
Figura 1 Comparaccedilatildeo entre projeto de completaccedilatildeo convencional slimwell e poccedilo
monobore
As economias referentes ao uso de monobore satildeo devidas agrave reduccedilatildeo do custo
total de construccedilatildeo do poccedilo Por causa da reduccedilatildeo do perfil telescoacutepico o monobore
permite o uso de revestimentos menores nas seccedilotildees superiores e meacutedias do poccedilo ao
mesmo tempo em que manteacutem ou mesmo aumenta o tamanho da completaccedilatildeo
Alternativa seria manter o tamanho dos revestimentos de superfiacutecie e intermediaacuteriopossibilitando aumentar a profundidade do poccedilo com o mesmo diacircmetro de produccedilatildeo
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ou mesmo aumentando-o Alguns dos benefiacutecios econocircmicos e ambientais do
monobore satildeo os seguintes
bull Reduccedilatildeo na quantidade de cascalho e fluiacutedo descartado
bull Menor pegada do poccedilo no meio ambiente
bull Desenvolvimento econocircmico de reservas profundas
bull Desenvolvimento econocircmico de camposreservas marginais
bull Aumenta o nuacutemero de poccedilos em uma mesma infra-estrutura
bull Reduccedilatildeo no tamanho da sonda de perfuraccedilatildeo
bull Melhora a construccedilatildeo de poccedilos multilaterais
Um importante benefiacutecio dentre os listados a cima eacute a possibilidade de se usarsondas de perfuraccedilatildeo de tamanho reduzido principalmente em ambientes off-shore
Em cenaacuterios de aacuteguas ultra-profundas e reservas profundas a disponibilidades de
sondas e suas altas taxas diaacuterias consistem um desafio a ser superado A reduccedilatildeo
dos tamanhos de revestimento permite a reduccedilatildeo da coluna de fluiacutedo de perfuraccedilatildeo e
do tamanho dos risers o que diminui o peso total que deve ser suportado pelo gancho
da sonda Devido a essa reduccedilatildeo crucial uma sonda de perfuraccedilatildeo de menor
tamanho como por exemplo uma semi-submersiacutevel (SS) de terceira geraccedilatildeo pode
ser usada em lacircminas drsquoaacutegua profundas
Uma vez que uma SS de terceira geraccedilatildeo possui uma menor taxa diaacuteria que
um floating production and storage (FPSO) de quinta geraccedilatildeo reduccedilotildees significativas
no custo de perfuraccedilatildeo do poccedilo podem ser realizadas Adicionalmente os custos
referentes a tamanho dos liners quantidade de cimento quantidade de fluiacutedo de
perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo brocas entre outros sofrem significativa reduccedilatildeo Campo et
al (2003) apresentaram em seu trabalho uma comparaccedilatildeo entre um poccedilo construiacutedo
com uma FPSO de quinta geraccedilatildeo um poccedilo construiacutedo com uma plataforma High
Spec e um poccedilo monobore (SS de terceira geraccedilatildeo) Figura 2 Mesmo levando um
maior tempo para ser finalizado o monobore apresenta um custo significativamente
mais baixo que os outros dois sistemas usados Logo poccedilos monobore podem ser a
alternativa mais econocircmica e eficiente para diversos cenaacuterios na induacutestria de petroacuteleo
e gaacutes natural
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Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
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Dt=23
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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1
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P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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STEWART R B MARKETZ F LOHBECK WCM FISHER F D DAVES W
RAMMERSTORFER F G BOHM H J ldquoExpandable Wellbore Tubularsrdquo SPE
Technical Symposium ldquoQuest for Solutions in a Changing Industryrdquo 60766
Dhahran Saudi Arabia Out 1999
FONSECA CE ldquoAnaacutelise do Comportamento Estrutural Sob Pressatildeo Externa de
Tubos Expansiacuteveis para Poccedilos de Petroacuteleordquo Universidade Federal do Rio de
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de abril a 3 de maio de 2007
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v
32 Modelagem Numeacuterica31
321 Descriccedilatildeo do Modelo Numeacuterico31
3211 Geometria31
3212 Material32
3213 Malha33
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de Contorno33
4 Resultados e Discussotildees34
41 Resultado Numeacuterico34
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental37
43 Estudo Parameacutetrico38
5 Estudo de Caso45
6 Conclusotildees54
7 Referecircncia Bibliograacutefica56
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vi
Lista de Figuras
Figura 12
Figura 24
Figura 35
Figura 48
Figura 59
Figura 610
Figura 711Figura 813
Figura 913
Figura 1014
Figura 1115
Figura 1224
Figura 1325
Figura 1425
Figura 1526Figura 1626
Figura 1727
Figura 1827
Figura 1929
Figura 2030
Figura 2130
Figura 2231
Figura 2332Figura 2434
Figura 2535
Figura 2635
Figura 2736
Figura 2837
Figura 2939
Figura 3040
Figura 3140
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vii
Figura 3241
Figura 3341
Figura 3442
Figura 3542
Figura 3643
Figura 3745
Figura 3847
Figura 3948
Figura 4050
Figura 4151
Figura 4252
Figura 4353
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viii
Lista de Tabelas
Tabela 116
Tabela 217
Tabela 322
Tabela 424
Tabela 528
Tabela 638
Tabela 744
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ix
Resumo
A tecnologia de tubos expansiacuteveis traz inuacutemeras vantagens em relaccedilatildeo aos
poccedilos convencionais A expansatildeo de tubos in situ permite o desenvolvimento de
reservas em cenaacuterios desafiadores da induacutestria de petroacuteleo como zonas de sal
reservas profundas ou lacircmina drsquoaacutegua ultra-profunda Adicionalmente apresenta boa
compatibilidade com poccedilos direcionais e horizontais e facilita a realizaccedilatildeo de side-
tracks Mesmo sendo atrativa existe a necessidade de se melhor entender a influecircncia
da expansatildeo nas propriedades mecacircnicas do tubo Neste trabalho testesexperimentais e anaacutelises numeacutericas foram realizados para estudar a influecircncia de
paracircmetros geomeacutetricos do tubo e da expansatildeo na sua resistecircncia ao colapso Um
aparato experimental foi projetado e construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de tubos
em escala real Trecircs tubos tiveram seus diacircmetros expandidos em 10 e foram
submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica no interior de uma cacircmara hiperbaacuterica ateacute o
colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos natildeo-expandidos tambeacutem foram
testados Em paralelo desenvolveram-se modelos numeacutericos incorporando natildeo
linearidades geomeacutetricas e de material Uma vez calibrados os modelos foram usadospara analisar o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircncia
da expansatildeo na pressatildeo de colapso considerando diferentes geometrias e graus de
expansatildeo
Palavras-chave Tubos Expansiacuteveis Pressatildeo de Colapso Testes Experimentais
Modelo Numeacuterico
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x
Abstract
Solid expandable tubular technology has many advantages when compared to
conventional wells The expansion of tubes in situ allows developing reserves in many
of the challenging scenarios found in oil industry as pre-salt layer deep reservoirs or
ultra-deep water Besides this procedure has good compatibility with directional and
horizontal wells and facilitates side-tracks operations Although the expansion of tubes
is very attractive a better understanding of its influence on the tube mechanical
strength is necessary In this work experimental tests and numerical analyses wereperformed in order to determine the effect of parameters such as diameter-to-thickness
ratio and expansion rate on the collapse resistance of expandable tubes An
experimental apparatus was designed and built to reproduce full-scale tube expansion
Three 2 meter long specimens were expanded 10 their original diameters and
subjected to hydrostatic pressure inside a vessel until collapse Three non-expanded
tubes were also tested for comparison At the same time non-linear numerical models
were developed using the finite element method After calibration they were used to
further analyze the mechanical behavior of solid expandable tubes and the influence ofexpansion on its resistance against collapse
Keywords Expandable Tubular Collapse Resistance Experimental Tests Numerical
Model
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1
1 Introduccedilatildeo
A jaacute alta demanda por energia oacuteleo em particular estaacute prevista para aumentar
nas proacuteximas deacutecadas 2-3 ao ano (Energy Information Administration 2006) Sendo
assim empresas de petroacuteleo buscam intensificar esforccedilos para acompanhar a
demanda mundial Tais esforccedilos devem ser feitos na aacuterea de exploraccedilatildeo e produccedilatildeo
(EampP) especialmente na descoberta e desenvolvimento de novas reservas e na
superaccedilatildeo de desafios atraveacutes do aumento de desempenho do desenvolvimento de
novas tecnologias e da reduccedilatildeo de custos Uma vez que perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo
representam uma percentagem significativa do custo total do desenvolvimento de um
campo natildeo eacute surpresa as companhias concentrarem seus esforccedilos nessessegmentos Os desafios atuais nas aacutereas de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo satildeo
perfuraccedilatildeo HPHT perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas de sal poccedilos profundos lacircminas de
aacutegua ultra-profundas poccedilos de longo alcance poccedilos com trajetoacuterias complicadas e
disponibilidade de sondas de perfuraccedilatildeo
Com mais de 1000 instalaccedilotildees em campo a tecnologia de tubos soacutelidos
expansiacuteveis provou ser uma alternativa viaacutevel e econocircmica agrave tecnologia convencional
de perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo como um meio de superar os desafios previamentemencionados Originalmente desenvolvida para aumentar a profundidade perfurada
mantendo o diacircmetro do poccedilo (poccedilo monobore ou slimwell ) apresenta aplicaccedilotildees
tanto nas aacutereas de construccedilatildeo completaccedilatildeo e remediaccedilatildeo de poccedilos Tubos
expansiacuteveis podem ser usados como liner de perfuraccedilatildeo para contingecircncia em
qualquer poccedilo durante a fase de perfuraccedilatildeo O processo mencionado minimiza a
perda de diacircmetro interno do poccedilo quando uma anomalia geoloacutegica ou um problema eacute
encontrado Outra aplicaccedilatildeo eacute o sistema de cladding em poccedilo aberto Este consiste
em uma coluna expansiacutevel com elastocircmeros que eacute descida e instalada contra aformaccedilatildeo para isolar zonas especiacuteficas em uma completaccedilatildeo aberta O cladding difere
do sistema anterior por natildeo se apoiar no revestimento base Tubos expansiacuteveis
tambeacutem podem ser utilizados em poccedilos revestidos O liner expansiacutevel para poccedilo
revestido permite reparar revestimentos jaacute existentes que estejam danificados ou
desgastados reduzindo o diacircmetro interno do poccedilo por apenas duas vezes o valor da
espessura do tubo utilizado Mesmo sendo uma tecnologia promissora e
economicamente viaacutevel ainda haacute a necessidade de se entender melhor as exigecircncias
do processo de expansatildeo e sua influecircncia na resistecircncia mecacircnica do tubo
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11 Poccedilo Monobore
Muitos na Induacutestria Petroliacutefera acreditam que a tecnologia de poccedilo monobore
representa um marco no setor de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo uma vez que permite
alcanccedilar reservas previamente inacessiacuteveis devido a problemas econocircmicos
tecnoloacutegicos ou de seguranccedila Esta tecnologia consiste em instalar e expandir longas
seccedilotildees de liners formando um revestimento de maior diacircmetro reduzindo ou mesmo
eliminando o perfil telescoacutepico do poccedilo A Figura 1 mostra uma comparaccedilatildeo entre trecircs
projetos de completaccedilatildeo um projeto convencional um para monobore e um para
slimwell
Figura 1 Comparaccedilatildeo entre projeto de completaccedilatildeo convencional slimwell e poccedilo
monobore
As economias referentes ao uso de monobore satildeo devidas agrave reduccedilatildeo do custo
total de construccedilatildeo do poccedilo Por causa da reduccedilatildeo do perfil telescoacutepico o monobore
permite o uso de revestimentos menores nas seccedilotildees superiores e meacutedias do poccedilo ao
mesmo tempo em que manteacutem ou mesmo aumenta o tamanho da completaccedilatildeo
Alternativa seria manter o tamanho dos revestimentos de superfiacutecie e intermediaacuteriopossibilitando aumentar a profundidade do poccedilo com o mesmo diacircmetro de produccedilatildeo
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ou mesmo aumentando-o Alguns dos benefiacutecios econocircmicos e ambientais do
monobore satildeo os seguintes
bull Reduccedilatildeo na quantidade de cascalho e fluiacutedo descartado
bull Menor pegada do poccedilo no meio ambiente
bull Desenvolvimento econocircmico de reservas profundas
bull Desenvolvimento econocircmico de camposreservas marginais
bull Aumenta o nuacutemero de poccedilos em uma mesma infra-estrutura
bull Reduccedilatildeo no tamanho da sonda de perfuraccedilatildeo
bull Melhora a construccedilatildeo de poccedilos multilaterais
Um importante benefiacutecio dentre os listados a cima eacute a possibilidade de se usarsondas de perfuraccedilatildeo de tamanho reduzido principalmente em ambientes off-shore
Em cenaacuterios de aacuteguas ultra-profundas e reservas profundas a disponibilidades de
sondas e suas altas taxas diaacuterias consistem um desafio a ser superado A reduccedilatildeo
dos tamanhos de revestimento permite a reduccedilatildeo da coluna de fluiacutedo de perfuraccedilatildeo e
do tamanho dos risers o que diminui o peso total que deve ser suportado pelo gancho
da sonda Devido a essa reduccedilatildeo crucial uma sonda de perfuraccedilatildeo de menor
tamanho como por exemplo uma semi-submersiacutevel (SS) de terceira geraccedilatildeo pode
ser usada em lacircminas drsquoaacutegua profundas
Uma vez que uma SS de terceira geraccedilatildeo possui uma menor taxa diaacuteria que
um floating production and storage (FPSO) de quinta geraccedilatildeo reduccedilotildees significativas
no custo de perfuraccedilatildeo do poccedilo podem ser realizadas Adicionalmente os custos
referentes a tamanho dos liners quantidade de cimento quantidade de fluiacutedo de
perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo brocas entre outros sofrem significativa reduccedilatildeo Campo et
al (2003) apresentaram em seu trabalho uma comparaccedilatildeo entre um poccedilo construiacutedo
com uma FPSO de quinta geraccedilatildeo um poccedilo construiacutedo com uma plataforma High
Spec e um poccedilo monobore (SS de terceira geraccedilatildeo) Figura 2 Mesmo levando um
maior tempo para ser finalizado o monobore apresenta um custo significativamente
mais baixo que os outros dois sistemas usados Logo poccedilos monobore podem ser a
alternativa mais econocircmica e eficiente para diversos cenaacuterios na induacutestria de petroacuteleo
e gaacutes natural
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Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
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1
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0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
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04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
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Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
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Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
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1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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56
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vi
Lista de Figuras
Figura 12
Figura 24
Figura 35
Figura 48
Figura 59
Figura 610
Figura 711Figura 813
Figura 913
Figura 1014
Figura 1115
Figura 1224
Figura 1325
Figura 1425
Figura 1526Figura 1626
Figura 1727
Figura 1827
Figura 1929
Figura 2030
Figura 2130
Figura 2231
Figura 2332Figura 2434
Figura 2535
Figura 2635
Figura 2736
Figura 2837
Figura 2939
Figura 3040
Figura 3140
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vii
Figura 3241
Figura 3341
Figura 3442
Figura 3542
Figura 3643
Figura 3745
Figura 3847
Figura 3948
Figura 4050
Figura 4151
Figura 4252
Figura 4353
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viii
Lista de Tabelas
Tabela 116
Tabela 217
Tabela 322
Tabela 424
Tabela 528
Tabela 638
Tabela 744
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ix
Resumo
A tecnologia de tubos expansiacuteveis traz inuacutemeras vantagens em relaccedilatildeo aos
poccedilos convencionais A expansatildeo de tubos in situ permite o desenvolvimento de
reservas em cenaacuterios desafiadores da induacutestria de petroacuteleo como zonas de sal
reservas profundas ou lacircmina drsquoaacutegua ultra-profunda Adicionalmente apresenta boa
compatibilidade com poccedilos direcionais e horizontais e facilita a realizaccedilatildeo de side-
tracks Mesmo sendo atrativa existe a necessidade de se melhor entender a influecircncia
da expansatildeo nas propriedades mecacircnicas do tubo Neste trabalho testesexperimentais e anaacutelises numeacutericas foram realizados para estudar a influecircncia de
paracircmetros geomeacutetricos do tubo e da expansatildeo na sua resistecircncia ao colapso Um
aparato experimental foi projetado e construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de tubos
em escala real Trecircs tubos tiveram seus diacircmetros expandidos em 10 e foram
submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica no interior de uma cacircmara hiperbaacuterica ateacute o
colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos natildeo-expandidos tambeacutem foram
testados Em paralelo desenvolveram-se modelos numeacutericos incorporando natildeo
linearidades geomeacutetricas e de material Uma vez calibrados os modelos foram usadospara analisar o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircncia
da expansatildeo na pressatildeo de colapso considerando diferentes geometrias e graus de
expansatildeo
Palavras-chave Tubos Expansiacuteveis Pressatildeo de Colapso Testes Experimentais
Modelo Numeacuterico
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x
Abstract
Solid expandable tubular technology has many advantages when compared to
conventional wells The expansion of tubes in situ allows developing reserves in many
of the challenging scenarios found in oil industry as pre-salt layer deep reservoirs or
ultra-deep water Besides this procedure has good compatibility with directional and
horizontal wells and facilitates side-tracks operations Although the expansion of tubes
is very attractive a better understanding of its influence on the tube mechanical
strength is necessary In this work experimental tests and numerical analyses wereperformed in order to determine the effect of parameters such as diameter-to-thickness
ratio and expansion rate on the collapse resistance of expandable tubes An
experimental apparatus was designed and built to reproduce full-scale tube expansion
Three 2 meter long specimens were expanded 10 their original diameters and
subjected to hydrostatic pressure inside a vessel until collapse Three non-expanded
tubes were also tested for comparison At the same time non-linear numerical models
were developed using the finite element method After calibration they were used to
further analyze the mechanical behavior of solid expandable tubes and the influence ofexpansion on its resistance against collapse
Keywords Expandable Tubular Collapse Resistance Experimental Tests Numerical
Model
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1
1 Introduccedilatildeo
A jaacute alta demanda por energia oacuteleo em particular estaacute prevista para aumentar
nas proacuteximas deacutecadas 2-3 ao ano (Energy Information Administration 2006) Sendo
assim empresas de petroacuteleo buscam intensificar esforccedilos para acompanhar a
demanda mundial Tais esforccedilos devem ser feitos na aacuterea de exploraccedilatildeo e produccedilatildeo
(EampP) especialmente na descoberta e desenvolvimento de novas reservas e na
superaccedilatildeo de desafios atraveacutes do aumento de desempenho do desenvolvimento de
novas tecnologias e da reduccedilatildeo de custos Uma vez que perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo
representam uma percentagem significativa do custo total do desenvolvimento de um
campo natildeo eacute surpresa as companhias concentrarem seus esforccedilos nessessegmentos Os desafios atuais nas aacutereas de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo satildeo
perfuraccedilatildeo HPHT perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas de sal poccedilos profundos lacircminas de
aacutegua ultra-profundas poccedilos de longo alcance poccedilos com trajetoacuterias complicadas e
disponibilidade de sondas de perfuraccedilatildeo
Com mais de 1000 instalaccedilotildees em campo a tecnologia de tubos soacutelidos
expansiacuteveis provou ser uma alternativa viaacutevel e econocircmica agrave tecnologia convencional
de perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo como um meio de superar os desafios previamentemencionados Originalmente desenvolvida para aumentar a profundidade perfurada
mantendo o diacircmetro do poccedilo (poccedilo monobore ou slimwell ) apresenta aplicaccedilotildees
tanto nas aacutereas de construccedilatildeo completaccedilatildeo e remediaccedilatildeo de poccedilos Tubos
expansiacuteveis podem ser usados como liner de perfuraccedilatildeo para contingecircncia em
qualquer poccedilo durante a fase de perfuraccedilatildeo O processo mencionado minimiza a
perda de diacircmetro interno do poccedilo quando uma anomalia geoloacutegica ou um problema eacute
encontrado Outra aplicaccedilatildeo eacute o sistema de cladding em poccedilo aberto Este consiste
em uma coluna expansiacutevel com elastocircmeros que eacute descida e instalada contra aformaccedilatildeo para isolar zonas especiacuteficas em uma completaccedilatildeo aberta O cladding difere
do sistema anterior por natildeo se apoiar no revestimento base Tubos expansiacuteveis
tambeacutem podem ser utilizados em poccedilos revestidos O liner expansiacutevel para poccedilo
revestido permite reparar revestimentos jaacute existentes que estejam danificados ou
desgastados reduzindo o diacircmetro interno do poccedilo por apenas duas vezes o valor da
espessura do tubo utilizado Mesmo sendo uma tecnologia promissora e
economicamente viaacutevel ainda haacute a necessidade de se entender melhor as exigecircncias
do processo de expansatildeo e sua influecircncia na resistecircncia mecacircnica do tubo
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2
11 Poccedilo Monobore
Muitos na Induacutestria Petroliacutefera acreditam que a tecnologia de poccedilo monobore
representa um marco no setor de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo uma vez que permite
alcanccedilar reservas previamente inacessiacuteveis devido a problemas econocircmicos
tecnoloacutegicos ou de seguranccedila Esta tecnologia consiste em instalar e expandir longas
seccedilotildees de liners formando um revestimento de maior diacircmetro reduzindo ou mesmo
eliminando o perfil telescoacutepico do poccedilo A Figura 1 mostra uma comparaccedilatildeo entre trecircs
projetos de completaccedilatildeo um projeto convencional um para monobore e um para
slimwell
Figura 1 Comparaccedilatildeo entre projeto de completaccedilatildeo convencional slimwell e poccedilo
monobore
As economias referentes ao uso de monobore satildeo devidas agrave reduccedilatildeo do custo
total de construccedilatildeo do poccedilo Por causa da reduccedilatildeo do perfil telescoacutepico o monobore
permite o uso de revestimentos menores nas seccedilotildees superiores e meacutedias do poccedilo ao
mesmo tempo em que manteacutem ou mesmo aumenta o tamanho da completaccedilatildeo
Alternativa seria manter o tamanho dos revestimentos de superfiacutecie e intermediaacuteriopossibilitando aumentar a profundidade do poccedilo com o mesmo diacircmetro de produccedilatildeo
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ou mesmo aumentando-o Alguns dos benefiacutecios econocircmicos e ambientais do
monobore satildeo os seguintes
bull Reduccedilatildeo na quantidade de cascalho e fluiacutedo descartado
bull Menor pegada do poccedilo no meio ambiente
bull Desenvolvimento econocircmico de reservas profundas
bull Desenvolvimento econocircmico de camposreservas marginais
bull Aumenta o nuacutemero de poccedilos em uma mesma infra-estrutura
bull Reduccedilatildeo no tamanho da sonda de perfuraccedilatildeo
bull Melhora a construccedilatildeo de poccedilos multilaterais
Um importante benefiacutecio dentre os listados a cima eacute a possibilidade de se usarsondas de perfuraccedilatildeo de tamanho reduzido principalmente em ambientes off-shore
Em cenaacuterios de aacuteguas ultra-profundas e reservas profundas a disponibilidades de
sondas e suas altas taxas diaacuterias consistem um desafio a ser superado A reduccedilatildeo
dos tamanhos de revestimento permite a reduccedilatildeo da coluna de fluiacutedo de perfuraccedilatildeo e
do tamanho dos risers o que diminui o peso total que deve ser suportado pelo gancho
da sonda Devido a essa reduccedilatildeo crucial uma sonda de perfuraccedilatildeo de menor
tamanho como por exemplo uma semi-submersiacutevel (SS) de terceira geraccedilatildeo pode
ser usada em lacircminas drsquoaacutegua profundas
Uma vez que uma SS de terceira geraccedilatildeo possui uma menor taxa diaacuteria que
um floating production and storage (FPSO) de quinta geraccedilatildeo reduccedilotildees significativas
no custo de perfuraccedilatildeo do poccedilo podem ser realizadas Adicionalmente os custos
referentes a tamanho dos liners quantidade de cimento quantidade de fluiacutedo de
perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo brocas entre outros sofrem significativa reduccedilatildeo Campo et
al (2003) apresentaram em seu trabalho uma comparaccedilatildeo entre um poccedilo construiacutedo
com uma FPSO de quinta geraccedilatildeo um poccedilo construiacutedo com uma plataforma High
Spec e um poccedilo monobore (SS de terceira geraccedilatildeo) Figura 2 Mesmo levando um
maior tempo para ser finalizado o monobore apresenta um custo significativamente
mais baixo que os outros dois sistemas usados Logo poccedilos monobore podem ser a
alternativa mais econocircmica e eficiente para diversos cenaacuterios na induacutestria de petroacuteleo
e gaacutes natural
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Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
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0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
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70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
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1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
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30
40
50
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0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
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04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
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0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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vii
Figura 3241
Figura 3341
Figura 3442
Figura 3542
Figura 3643
Figura 3745
Figura 3847
Figura 3948
Figura 4050
Figura 4151
Figura 4252
Figura 4353
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viii
Lista de Tabelas
Tabela 116
Tabela 217
Tabela 322
Tabela 424
Tabela 528
Tabela 638
Tabela 744
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ix
Resumo
A tecnologia de tubos expansiacuteveis traz inuacutemeras vantagens em relaccedilatildeo aos
poccedilos convencionais A expansatildeo de tubos in situ permite o desenvolvimento de
reservas em cenaacuterios desafiadores da induacutestria de petroacuteleo como zonas de sal
reservas profundas ou lacircmina drsquoaacutegua ultra-profunda Adicionalmente apresenta boa
compatibilidade com poccedilos direcionais e horizontais e facilita a realizaccedilatildeo de side-
tracks Mesmo sendo atrativa existe a necessidade de se melhor entender a influecircncia
da expansatildeo nas propriedades mecacircnicas do tubo Neste trabalho testesexperimentais e anaacutelises numeacutericas foram realizados para estudar a influecircncia de
paracircmetros geomeacutetricos do tubo e da expansatildeo na sua resistecircncia ao colapso Um
aparato experimental foi projetado e construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de tubos
em escala real Trecircs tubos tiveram seus diacircmetros expandidos em 10 e foram
submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica no interior de uma cacircmara hiperbaacuterica ateacute o
colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos natildeo-expandidos tambeacutem foram
testados Em paralelo desenvolveram-se modelos numeacutericos incorporando natildeo
linearidades geomeacutetricas e de material Uma vez calibrados os modelos foram usadospara analisar o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircncia
da expansatildeo na pressatildeo de colapso considerando diferentes geometrias e graus de
expansatildeo
Palavras-chave Tubos Expansiacuteveis Pressatildeo de Colapso Testes Experimentais
Modelo Numeacuterico
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x
Abstract
Solid expandable tubular technology has many advantages when compared to
conventional wells The expansion of tubes in situ allows developing reserves in many
of the challenging scenarios found in oil industry as pre-salt layer deep reservoirs or
ultra-deep water Besides this procedure has good compatibility with directional and
horizontal wells and facilitates side-tracks operations Although the expansion of tubes
is very attractive a better understanding of its influence on the tube mechanical
strength is necessary In this work experimental tests and numerical analyses wereperformed in order to determine the effect of parameters such as diameter-to-thickness
ratio and expansion rate on the collapse resistance of expandable tubes An
experimental apparatus was designed and built to reproduce full-scale tube expansion
Three 2 meter long specimens were expanded 10 their original diameters and
subjected to hydrostatic pressure inside a vessel until collapse Three non-expanded
tubes were also tested for comparison At the same time non-linear numerical models
were developed using the finite element method After calibration they were used to
further analyze the mechanical behavior of solid expandable tubes and the influence ofexpansion on its resistance against collapse
Keywords Expandable Tubular Collapse Resistance Experimental Tests Numerical
Model
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1
1 Introduccedilatildeo
A jaacute alta demanda por energia oacuteleo em particular estaacute prevista para aumentar
nas proacuteximas deacutecadas 2-3 ao ano (Energy Information Administration 2006) Sendo
assim empresas de petroacuteleo buscam intensificar esforccedilos para acompanhar a
demanda mundial Tais esforccedilos devem ser feitos na aacuterea de exploraccedilatildeo e produccedilatildeo
(EampP) especialmente na descoberta e desenvolvimento de novas reservas e na
superaccedilatildeo de desafios atraveacutes do aumento de desempenho do desenvolvimento de
novas tecnologias e da reduccedilatildeo de custos Uma vez que perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo
representam uma percentagem significativa do custo total do desenvolvimento de um
campo natildeo eacute surpresa as companhias concentrarem seus esforccedilos nessessegmentos Os desafios atuais nas aacutereas de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo satildeo
perfuraccedilatildeo HPHT perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas de sal poccedilos profundos lacircminas de
aacutegua ultra-profundas poccedilos de longo alcance poccedilos com trajetoacuterias complicadas e
disponibilidade de sondas de perfuraccedilatildeo
Com mais de 1000 instalaccedilotildees em campo a tecnologia de tubos soacutelidos
expansiacuteveis provou ser uma alternativa viaacutevel e econocircmica agrave tecnologia convencional
de perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo como um meio de superar os desafios previamentemencionados Originalmente desenvolvida para aumentar a profundidade perfurada
mantendo o diacircmetro do poccedilo (poccedilo monobore ou slimwell ) apresenta aplicaccedilotildees
tanto nas aacutereas de construccedilatildeo completaccedilatildeo e remediaccedilatildeo de poccedilos Tubos
expansiacuteveis podem ser usados como liner de perfuraccedilatildeo para contingecircncia em
qualquer poccedilo durante a fase de perfuraccedilatildeo O processo mencionado minimiza a
perda de diacircmetro interno do poccedilo quando uma anomalia geoloacutegica ou um problema eacute
encontrado Outra aplicaccedilatildeo eacute o sistema de cladding em poccedilo aberto Este consiste
em uma coluna expansiacutevel com elastocircmeros que eacute descida e instalada contra aformaccedilatildeo para isolar zonas especiacuteficas em uma completaccedilatildeo aberta O cladding difere
do sistema anterior por natildeo se apoiar no revestimento base Tubos expansiacuteveis
tambeacutem podem ser utilizados em poccedilos revestidos O liner expansiacutevel para poccedilo
revestido permite reparar revestimentos jaacute existentes que estejam danificados ou
desgastados reduzindo o diacircmetro interno do poccedilo por apenas duas vezes o valor da
espessura do tubo utilizado Mesmo sendo uma tecnologia promissora e
economicamente viaacutevel ainda haacute a necessidade de se entender melhor as exigecircncias
do processo de expansatildeo e sua influecircncia na resistecircncia mecacircnica do tubo
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2
11 Poccedilo Monobore
Muitos na Induacutestria Petroliacutefera acreditam que a tecnologia de poccedilo monobore
representa um marco no setor de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo uma vez que permite
alcanccedilar reservas previamente inacessiacuteveis devido a problemas econocircmicos
tecnoloacutegicos ou de seguranccedila Esta tecnologia consiste em instalar e expandir longas
seccedilotildees de liners formando um revestimento de maior diacircmetro reduzindo ou mesmo
eliminando o perfil telescoacutepico do poccedilo A Figura 1 mostra uma comparaccedilatildeo entre trecircs
projetos de completaccedilatildeo um projeto convencional um para monobore e um para
slimwell
Figura 1 Comparaccedilatildeo entre projeto de completaccedilatildeo convencional slimwell e poccedilo
monobore
As economias referentes ao uso de monobore satildeo devidas agrave reduccedilatildeo do custo
total de construccedilatildeo do poccedilo Por causa da reduccedilatildeo do perfil telescoacutepico o monobore
permite o uso de revestimentos menores nas seccedilotildees superiores e meacutedias do poccedilo ao
mesmo tempo em que manteacutem ou mesmo aumenta o tamanho da completaccedilatildeo
Alternativa seria manter o tamanho dos revestimentos de superfiacutecie e intermediaacuteriopossibilitando aumentar a profundidade do poccedilo com o mesmo diacircmetro de produccedilatildeo
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3
ou mesmo aumentando-o Alguns dos benefiacutecios econocircmicos e ambientais do
monobore satildeo os seguintes
bull Reduccedilatildeo na quantidade de cascalho e fluiacutedo descartado
bull Menor pegada do poccedilo no meio ambiente
bull Desenvolvimento econocircmico de reservas profundas
bull Desenvolvimento econocircmico de camposreservas marginais
bull Aumenta o nuacutemero de poccedilos em uma mesma infra-estrutura
bull Reduccedilatildeo no tamanho da sonda de perfuraccedilatildeo
bull Melhora a construccedilatildeo de poccedilos multilaterais
Um importante benefiacutecio dentre os listados a cima eacute a possibilidade de se usarsondas de perfuraccedilatildeo de tamanho reduzido principalmente em ambientes off-shore
Em cenaacuterios de aacuteguas ultra-profundas e reservas profundas a disponibilidades de
sondas e suas altas taxas diaacuterias consistem um desafio a ser superado A reduccedilatildeo
dos tamanhos de revestimento permite a reduccedilatildeo da coluna de fluiacutedo de perfuraccedilatildeo e
do tamanho dos risers o que diminui o peso total que deve ser suportado pelo gancho
da sonda Devido a essa reduccedilatildeo crucial uma sonda de perfuraccedilatildeo de menor
tamanho como por exemplo uma semi-submersiacutevel (SS) de terceira geraccedilatildeo pode
ser usada em lacircminas drsquoaacutegua profundas
Uma vez que uma SS de terceira geraccedilatildeo possui uma menor taxa diaacuteria que
um floating production and storage (FPSO) de quinta geraccedilatildeo reduccedilotildees significativas
no custo de perfuraccedilatildeo do poccedilo podem ser realizadas Adicionalmente os custos
referentes a tamanho dos liners quantidade de cimento quantidade de fluiacutedo de
perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo brocas entre outros sofrem significativa reduccedilatildeo Campo et
al (2003) apresentaram em seu trabalho uma comparaccedilatildeo entre um poccedilo construiacutedo
com uma FPSO de quinta geraccedilatildeo um poccedilo construiacutedo com uma plataforma High
Spec e um poccedilo monobore (SS de terceira geraccedilatildeo) Figura 2 Mesmo levando um
maior tempo para ser finalizado o monobore apresenta um custo significativamente
mais baixo que os outros dois sistemas usados Logo poccedilos monobore podem ser a
alternativa mais econocircmica e eficiente para diversos cenaacuterios na induacutestria de petroacuteleo
e gaacutes natural
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Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
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70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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0
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Lista de Tabelas
Tabela 116
Tabela 217
Tabela 322
Tabela 424
Tabela 528
Tabela 638
Tabela 744
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Resumo
A tecnologia de tubos expansiacuteveis traz inuacutemeras vantagens em relaccedilatildeo aos
poccedilos convencionais A expansatildeo de tubos in situ permite o desenvolvimento de
reservas em cenaacuterios desafiadores da induacutestria de petroacuteleo como zonas de sal
reservas profundas ou lacircmina drsquoaacutegua ultra-profunda Adicionalmente apresenta boa
compatibilidade com poccedilos direcionais e horizontais e facilita a realizaccedilatildeo de side-
tracks Mesmo sendo atrativa existe a necessidade de se melhor entender a influecircncia
da expansatildeo nas propriedades mecacircnicas do tubo Neste trabalho testesexperimentais e anaacutelises numeacutericas foram realizados para estudar a influecircncia de
paracircmetros geomeacutetricos do tubo e da expansatildeo na sua resistecircncia ao colapso Um
aparato experimental foi projetado e construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de tubos
em escala real Trecircs tubos tiveram seus diacircmetros expandidos em 10 e foram
submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica no interior de uma cacircmara hiperbaacuterica ateacute o
colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos natildeo-expandidos tambeacutem foram
testados Em paralelo desenvolveram-se modelos numeacutericos incorporando natildeo
linearidades geomeacutetricas e de material Uma vez calibrados os modelos foram usadospara analisar o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircncia
da expansatildeo na pressatildeo de colapso considerando diferentes geometrias e graus de
expansatildeo
Palavras-chave Tubos Expansiacuteveis Pressatildeo de Colapso Testes Experimentais
Modelo Numeacuterico
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Abstract
Solid expandable tubular technology has many advantages when compared to
conventional wells The expansion of tubes in situ allows developing reserves in many
of the challenging scenarios found in oil industry as pre-salt layer deep reservoirs or
ultra-deep water Besides this procedure has good compatibility with directional and
horizontal wells and facilitates side-tracks operations Although the expansion of tubes
is very attractive a better understanding of its influence on the tube mechanical
strength is necessary In this work experimental tests and numerical analyses wereperformed in order to determine the effect of parameters such as diameter-to-thickness
ratio and expansion rate on the collapse resistance of expandable tubes An
experimental apparatus was designed and built to reproduce full-scale tube expansion
Three 2 meter long specimens were expanded 10 their original diameters and
subjected to hydrostatic pressure inside a vessel until collapse Three non-expanded
tubes were also tested for comparison At the same time non-linear numerical models
were developed using the finite element method After calibration they were used to
further analyze the mechanical behavior of solid expandable tubes and the influence ofexpansion on its resistance against collapse
Keywords Expandable Tubular Collapse Resistance Experimental Tests Numerical
Model
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1
1 Introduccedilatildeo
A jaacute alta demanda por energia oacuteleo em particular estaacute prevista para aumentar
nas proacuteximas deacutecadas 2-3 ao ano (Energy Information Administration 2006) Sendo
assim empresas de petroacuteleo buscam intensificar esforccedilos para acompanhar a
demanda mundial Tais esforccedilos devem ser feitos na aacuterea de exploraccedilatildeo e produccedilatildeo
(EampP) especialmente na descoberta e desenvolvimento de novas reservas e na
superaccedilatildeo de desafios atraveacutes do aumento de desempenho do desenvolvimento de
novas tecnologias e da reduccedilatildeo de custos Uma vez que perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo
representam uma percentagem significativa do custo total do desenvolvimento de um
campo natildeo eacute surpresa as companhias concentrarem seus esforccedilos nessessegmentos Os desafios atuais nas aacutereas de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo satildeo
perfuraccedilatildeo HPHT perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas de sal poccedilos profundos lacircminas de
aacutegua ultra-profundas poccedilos de longo alcance poccedilos com trajetoacuterias complicadas e
disponibilidade de sondas de perfuraccedilatildeo
Com mais de 1000 instalaccedilotildees em campo a tecnologia de tubos soacutelidos
expansiacuteveis provou ser uma alternativa viaacutevel e econocircmica agrave tecnologia convencional
de perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo como um meio de superar os desafios previamentemencionados Originalmente desenvolvida para aumentar a profundidade perfurada
mantendo o diacircmetro do poccedilo (poccedilo monobore ou slimwell ) apresenta aplicaccedilotildees
tanto nas aacutereas de construccedilatildeo completaccedilatildeo e remediaccedilatildeo de poccedilos Tubos
expansiacuteveis podem ser usados como liner de perfuraccedilatildeo para contingecircncia em
qualquer poccedilo durante a fase de perfuraccedilatildeo O processo mencionado minimiza a
perda de diacircmetro interno do poccedilo quando uma anomalia geoloacutegica ou um problema eacute
encontrado Outra aplicaccedilatildeo eacute o sistema de cladding em poccedilo aberto Este consiste
em uma coluna expansiacutevel com elastocircmeros que eacute descida e instalada contra aformaccedilatildeo para isolar zonas especiacuteficas em uma completaccedilatildeo aberta O cladding difere
do sistema anterior por natildeo se apoiar no revestimento base Tubos expansiacuteveis
tambeacutem podem ser utilizados em poccedilos revestidos O liner expansiacutevel para poccedilo
revestido permite reparar revestimentos jaacute existentes que estejam danificados ou
desgastados reduzindo o diacircmetro interno do poccedilo por apenas duas vezes o valor da
espessura do tubo utilizado Mesmo sendo uma tecnologia promissora e
economicamente viaacutevel ainda haacute a necessidade de se entender melhor as exigecircncias
do processo de expansatildeo e sua influecircncia na resistecircncia mecacircnica do tubo
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11 Poccedilo Monobore
Muitos na Induacutestria Petroliacutefera acreditam que a tecnologia de poccedilo monobore
representa um marco no setor de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo uma vez que permite
alcanccedilar reservas previamente inacessiacuteveis devido a problemas econocircmicos
tecnoloacutegicos ou de seguranccedila Esta tecnologia consiste em instalar e expandir longas
seccedilotildees de liners formando um revestimento de maior diacircmetro reduzindo ou mesmo
eliminando o perfil telescoacutepico do poccedilo A Figura 1 mostra uma comparaccedilatildeo entre trecircs
projetos de completaccedilatildeo um projeto convencional um para monobore e um para
slimwell
Figura 1 Comparaccedilatildeo entre projeto de completaccedilatildeo convencional slimwell e poccedilo
monobore
As economias referentes ao uso de monobore satildeo devidas agrave reduccedilatildeo do custo
total de construccedilatildeo do poccedilo Por causa da reduccedilatildeo do perfil telescoacutepico o monobore
permite o uso de revestimentos menores nas seccedilotildees superiores e meacutedias do poccedilo ao
mesmo tempo em que manteacutem ou mesmo aumenta o tamanho da completaccedilatildeo
Alternativa seria manter o tamanho dos revestimentos de superfiacutecie e intermediaacuteriopossibilitando aumentar a profundidade do poccedilo com o mesmo diacircmetro de produccedilatildeo
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ou mesmo aumentando-o Alguns dos benefiacutecios econocircmicos e ambientais do
monobore satildeo os seguintes
bull Reduccedilatildeo na quantidade de cascalho e fluiacutedo descartado
bull Menor pegada do poccedilo no meio ambiente
bull Desenvolvimento econocircmico de reservas profundas
bull Desenvolvimento econocircmico de camposreservas marginais
bull Aumenta o nuacutemero de poccedilos em uma mesma infra-estrutura
bull Reduccedilatildeo no tamanho da sonda de perfuraccedilatildeo
bull Melhora a construccedilatildeo de poccedilos multilaterais
Um importante benefiacutecio dentre os listados a cima eacute a possibilidade de se usarsondas de perfuraccedilatildeo de tamanho reduzido principalmente em ambientes off-shore
Em cenaacuterios de aacuteguas ultra-profundas e reservas profundas a disponibilidades de
sondas e suas altas taxas diaacuterias consistem um desafio a ser superado A reduccedilatildeo
dos tamanhos de revestimento permite a reduccedilatildeo da coluna de fluiacutedo de perfuraccedilatildeo e
do tamanho dos risers o que diminui o peso total que deve ser suportado pelo gancho
da sonda Devido a essa reduccedilatildeo crucial uma sonda de perfuraccedilatildeo de menor
tamanho como por exemplo uma semi-submersiacutevel (SS) de terceira geraccedilatildeo pode
ser usada em lacircminas drsquoaacutegua profundas
Uma vez que uma SS de terceira geraccedilatildeo possui uma menor taxa diaacuteria que
um floating production and storage (FPSO) de quinta geraccedilatildeo reduccedilotildees significativas
no custo de perfuraccedilatildeo do poccedilo podem ser realizadas Adicionalmente os custos
referentes a tamanho dos liners quantidade de cimento quantidade de fluiacutedo de
perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo brocas entre outros sofrem significativa reduccedilatildeo Campo et
al (2003) apresentaram em seu trabalho uma comparaccedilatildeo entre um poccedilo construiacutedo
com uma FPSO de quinta geraccedilatildeo um poccedilo construiacutedo com uma plataforma High
Spec e um poccedilo monobore (SS de terceira geraccedilatildeo) Figura 2 Mesmo levando um
maior tempo para ser finalizado o monobore apresenta um custo significativamente
mais baixo que os outros dois sistemas usados Logo poccedilos monobore podem ser a
alternativa mais econocircmica e eficiente para diversos cenaacuterios na induacutestria de petroacuteleo
e gaacutes natural
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Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
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1
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0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
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20
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
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40
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
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04
06
08
1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
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P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Resumo
A tecnologia de tubos expansiacuteveis traz inuacutemeras vantagens em relaccedilatildeo aos
poccedilos convencionais A expansatildeo de tubos in situ permite o desenvolvimento de
reservas em cenaacuterios desafiadores da induacutestria de petroacuteleo como zonas de sal
reservas profundas ou lacircmina drsquoaacutegua ultra-profunda Adicionalmente apresenta boa
compatibilidade com poccedilos direcionais e horizontais e facilita a realizaccedilatildeo de side-
tracks Mesmo sendo atrativa existe a necessidade de se melhor entender a influecircncia
da expansatildeo nas propriedades mecacircnicas do tubo Neste trabalho testesexperimentais e anaacutelises numeacutericas foram realizados para estudar a influecircncia de
paracircmetros geomeacutetricos do tubo e da expansatildeo na sua resistecircncia ao colapso Um
aparato experimental foi projetado e construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de tubos
em escala real Trecircs tubos tiveram seus diacircmetros expandidos em 10 e foram
submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica no interior de uma cacircmara hiperbaacuterica ateacute o
colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos natildeo-expandidos tambeacutem foram
testados Em paralelo desenvolveram-se modelos numeacutericos incorporando natildeo
linearidades geomeacutetricas e de material Uma vez calibrados os modelos foram usadospara analisar o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircncia
da expansatildeo na pressatildeo de colapso considerando diferentes geometrias e graus de
expansatildeo
Palavras-chave Tubos Expansiacuteveis Pressatildeo de Colapso Testes Experimentais
Modelo Numeacuterico
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x
Abstract
Solid expandable tubular technology has many advantages when compared to
conventional wells The expansion of tubes in situ allows developing reserves in many
of the challenging scenarios found in oil industry as pre-salt layer deep reservoirs or
ultra-deep water Besides this procedure has good compatibility with directional and
horizontal wells and facilitates side-tracks operations Although the expansion of tubes
is very attractive a better understanding of its influence on the tube mechanical
strength is necessary In this work experimental tests and numerical analyses wereperformed in order to determine the effect of parameters such as diameter-to-thickness
ratio and expansion rate on the collapse resistance of expandable tubes An
experimental apparatus was designed and built to reproduce full-scale tube expansion
Three 2 meter long specimens were expanded 10 their original diameters and
subjected to hydrostatic pressure inside a vessel until collapse Three non-expanded
tubes were also tested for comparison At the same time non-linear numerical models
were developed using the finite element method After calibration they were used to
further analyze the mechanical behavior of solid expandable tubes and the influence ofexpansion on its resistance against collapse
Keywords Expandable Tubular Collapse Resistance Experimental Tests Numerical
Model
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1
1 Introduccedilatildeo
A jaacute alta demanda por energia oacuteleo em particular estaacute prevista para aumentar
nas proacuteximas deacutecadas 2-3 ao ano (Energy Information Administration 2006) Sendo
assim empresas de petroacuteleo buscam intensificar esforccedilos para acompanhar a
demanda mundial Tais esforccedilos devem ser feitos na aacuterea de exploraccedilatildeo e produccedilatildeo
(EampP) especialmente na descoberta e desenvolvimento de novas reservas e na
superaccedilatildeo de desafios atraveacutes do aumento de desempenho do desenvolvimento de
novas tecnologias e da reduccedilatildeo de custos Uma vez que perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo
representam uma percentagem significativa do custo total do desenvolvimento de um
campo natildeo eacute surpresa as companhias concentrarem seus esforccedilos nessessegmentos Os desafios atuais nas aacutereas de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo satildeo
perfuraccedilatildeo HPHT perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas de sal poccedilos profundos lacircminas de
aacutegua ultra-profundas poccedilos de longo alcance poccedilos com trajetoacuterias complicadas e
disponibilidade de sondas de perfuraccedilatildeo
Com mais de 1000 instalaccedilotildees em campo a tecnologia de tubos soacutelidos
expansiacuteveis provou ser uma alternativa viaacutevel e econocircmica agrave tecnologia convencional
de perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo como um meio de superar os desafios previamentemencionados Originalmente desenvolvida para aumentar a profundidade perfurada
mantendo o diacircmetro do poccedilo (poccedilo monobore ou slimwell ) apresenta aplicaccedilotildees
tanto nas aacutereas de construccedilatildeo completaccedilatildeo e remediaccedilatildeo de poccedilos Tubos
expansiacuteveis podem ser usados como liner de perfuraccedilatildeo para contingecircncia em
qualquer poccedilo durante a fase de perfuraccedilatildeo O processo mencionado minimiza a
perda de diacircmetro interno do poccedilo quando uma anomalia geoloacutegica ou um problema eacute
encontrado Outra aplicaccedilatildeo eacute o sistema de cladding em poccedilo aberto Este consiste
em uma coluna expansiacutevel com elastocircmeros que eacute descida e instalada contra aformaccedilatildeo para isolar zonas especiacuteficas em uma completaccedilatildeo aberta O cladding difere
do sistema anterior por natildeo se apoiar no revestimento base Tubos expansiacuteveis
tambeacutem podem ser utilizados em poccedilos revestidos O liner expansiacutevel para poccedilo
revestido permite reparar revestimentos jaacute existentes que estejam danificados ou
desgastados reduzindo o diacircmetro interno do poccedilo por apenas duas vezes o valor da
espessura do tubo utilizado Mesmo sendo uma tecnologia promissora e
economicamente viaacutevel ainda haacute a necessidade de se entender melhor as exigecircncias
do processo de expansatildeo e sua influecircncia na resistecircncia mecacircnica do tubo
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11 Poccedilo Monobore
Muitos na Induacutestria Petroliacutefera acreditam que a tecnologia de poccedilo monobore
representa um marco no setor de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo uma vez que permite
alcanccedilar reservas previamente inacessiacuteveis devido a problemas econocircmicos
tecnoloacutegicos ou de seguranccedila Esta tecnologia consiste em instalar e expandir longas
seccedilotildees de liners formando um revestimento de maior diacircmetro reduzindo ou mesmo
eliminando o perfil telescoacutepico do poccedilo A Figura 1 mostra uma comparaccedilatildeo entre trecircs
projetos de completaccedilatildeo um projeto convencional um para monobore e um para
slimwell
Figura 1 Comparaccedilatildeo entre projeto de completaccedilatildeo convencional slimwell e poccedilo
monobore
As economias referentes ao uso de monobore satildeo devidas agrave reduccedilatildeo do custo
total de construccedilatildeo do poccedilo Por causa da reduccedilatildeo do perfil telescoacutepico o monobore
permite o uso de revestimentos menores nas seccedilotildees superiores e meacutedias do poccedilo ao
mesmo tempo em que manteacutem ou mesmo aumenta o tamanho da completaccedilatildeo
Alternativa seria manter o tamanho dos revestimentos de superfiacutecie e intermediaacuteriopossibilitando aumentar a profundidade do poccedilo com o mesmo diacircmetro de produccedilatildeo
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ou mesmo aumentando-o Alguns dos benefiacutecios econocircmicos e ambientais do
monobore satildeo os seguintes
bull Reduccedilatildeo na quantidade de cascalho e fluiacutedo descartado
bull Menor pegada do poccedilo no meio ambiente
bull Desenvolvimento econocircmico de reservas profundas
bull Desenvolvimento econocircmico de camposreservas marginais
bull Aumenta o nuacutemero de poccedilos em uma mesma infra-estrutura
bull Reduccedilatildeo no tamanho da sonda de perfuraccedilatildeo
bull Melhora a construccedilatildeo de poccedilos multilaterais
Um importante benefiacutecio dentre os listados a cima eacute a possibilidade de se usarsondas de perfuraccedilatildeo de tamanho reduzido principalmente em ambientes off-shore
Em cenaacuterios de aacuteguas ultra-profundas e reservas profundas a disponibilidades de
sondas e suas altas taxas diaacuterias consistem um desafio a ser superado A reduccedilatildeo
dos tamanhos de revestimento permite a reduccedilatildeo da coluna de fluiacutedo de perfuraccedilatildeo e
do tamanho dos risers o que diminui o peso total que deve ser suportado pelo gancho
da sonda Devido a essa reduccedilatildeo crucial uma sonda de perfuraccedilatildeo de menor
tamanho como por exemplo uma semi-submersiacutevel (SS) de terceira geraccedilatildeo pode
ser usada em lacircminas drsquoaacutegua profundas
Uma vez que uma SS de terceira geraccedilatildeo possui uma menor taxa diaacuteria que
um floating production and storage (FPSO) de quinta geraccedilatildeo reduccedilotildees significativas
no custo de perfuraccedilatildeo do poccedilo podem ser realizadas Adicionalmente os custos
referentes a tamanho dos liners quantidade de cimento quantidade de fluiacutedo de
perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo brocas entre outros sofrem significativa reduccedilatildeo Campo et
al (2003) apresentaram em seu trabalho uma comparaccedilatildeo entre um poccedilo construiacutedo
com uma FPSO de quinta geraccedilatildeo um poccedilo construiacutedo com uma plataforma High
Spec e um poccedilo monobore (SS de terceira geraccedilatildeo) Figura 2 Mesmo levando um
maior tempo para ser finalizado o monobore apresenta um custo significativamente
mais baixo que os outros dois sistemas usados Logo poccedilos monobore podem ser a
alternativa mais econocircmica e eficiente para diversos cenaacuterios na induacutestria de petroacuteleo
e gaacutes natural
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Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
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1
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Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
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30
40
50
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0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
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Razatildeo de Expansatildeo ()
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Dt=17
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Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
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Dt=14
Dt=17
Dt=20
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
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Dt=17
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
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0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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x
Abstract
Solid expandable tubular technology has many advantages when compared to
conventional wells The expansion of tubes in situ allows developing reserves in many
of the challenging scenarios found in oil industry as pre-salt layer deep reservoirs or
ultra-deep water Besides this procedure has good compatibility with directional and
horizontal wells and facilitates side-tracks operations Although the expansion of tubes
is very attractive a better understanding of its influence on the tube mechanical
strength is necessary In this work experimental tests and numerical analyses wereperformed in order to determine the effect of parameters such as diameter-to-thickness
ratio and expansion rate on the collapse resistance of expandable tubes An
experimental apparatus was designed and built to reproduce full-scale tube expansion
Three 2 meter long specimens were expanded 10 their original diameters and
subjected to hydrostatic pressure inside a vessel until collapse Three non-expanded
tubes were also tested for comparison At the same time non-linear numerical models
were developed using the finite element method After calibration they were used to
further analyze the mechanical behavior of solid expandable tubes and the influence ofexpansion on its resistance against collapse
Keywords Expandable Tubular Collapse Resistance Experimental Tests Numerical
Model
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1
1 Introduccedilatildeo
A jaacute alta demanda por energia oacuteleo em particular estaacute prevista para aumentar
nas proacuteximas deacutecadas 2-3 ao ano (Energy Information Administration 2006) Sendo
assim empresas de petroacuteleo buscam intensificar esforccedilos para acompanhar a
demanda mundial Tais esforccedilos devem ser feitos na aacuterea de exploraccedilatildeo e produccedilatildeo
(EampP) especialmente na descoberta e desenvolvimento de novas reservas e na
superaccedilatildeo de desafios atraveacutes do aumento de desempenho do desenvolvimento de
novas tecnologias e da reduccedilatildeo de custos Uma vez que perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo
representam uma percentagem significativa do custo total do desenvolvimento de um
campo natildeo eacute surpresa as companhias concentrarem seus esforccedilos nessessegmentos Os desafios atuais nas aacutereas de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo satildeo
perfuraccedilatildeo HPHT perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas de sal poccedilos profundos lacircminas de
aacutegua ultra-profundas poccedilos de longo alcance poccedilos com trajetoacuterias complicadas e
disponibilidade de sondas de perfuraccedilatildeo
Com mais de 1000 instalaccedilotildees em campo a tecnologia de tubos soacutelidos
expansiacuteveis provou ser uma alternativa viaacutevel e econocircmica agrave tecnologia convencional
de perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo como um meio de superar os desafios previamentemencionados Originalmente desenvolvida para aumentar a profundidade perfurada
mantendo o diacircmetro do poccedilo (poccedilo monobore ou slimwell ) apresenta aplicaccedilotildees
tanto nas aacutereas de construccedilatildeo completaccedilatildeo e remediaccedilatildeo de poccedilos Tubos
expansiacuteveis podem ser usados como liner de perfuraccedilatildeo para contingecircncia em
qualquer poccedilo durante a fase de perfuraccedilatildeo O processo mencionado minimiza a
perda de diacircmetro interno do poccedilo quando uma anomalia geoloacutegica ou um problema eacute
encontrado Outra aplicaccedilatildeo eacute o sistema de cladding em poccedilo aberto Este consiste
em uma coluna expansiacutevel com elastocircmeros que eacute descida e instalada contra aformaccedilatildeo para isolar zonas especiacuteficas em uma completaccedilatildeo aberta O cladding difere
do sistema anterior por natildeo se apoiar no revestimento base Tubos expansiacuteveis
tambeacutem podem ser utilizados em poccedilos revestidos O liner expansiacutevel para poccedilo
revestido permite reparar revestimentos jaacute existentes que estejam danificados ou
desgastados reduzindo o diacircmetro interno do poccedilo por apenas duas vezes o valor da
espessura do tubo utilizado Mesmo sendo uma tecnologia promissora e
economicamente viaacutevel ainda haacute a necessidade de se entender melhor as exigecircncias
do processo de expansatildeo e sua influecircncia na resistecircncia mecacircnica do tubo
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11 Poccedilo Monobore
Muitos na Induacutestria Petroliacutefera acreditam que a tecnologia de poccedilo monobore
representa um marco no setor de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo uma vez que permite
alcanccedilar reservas previamente inacessiacuteveis devido a problemas econocircmicos
tecnoloacutegicos ou de seguranccedila Esta tecnologia consiste em instalar e expandir longas
seccedilotildees de liners formando um revestimento de maior diacircmetro reduzindo ou mesmo
eliminando o perfil telescoacutepico do poccedilo A Figura 1 mostra uma comparaccedilatildeo entre trecircs
projetos de completaccedilatildeo um projeto convencional um para monobore e um para
slimwell
Figura 1 Comparaccedilatildeo entre projeto de completaccedilatildeo convencional slimwell e poccedilo
monobore
As economias referentes ao uso de monobore satildeo devidas agrave reduccedilatildeo do custo
total de construccedilatildeo do poccedilo Por causa da reduccedilatildeo do perfil telescoacutepico o monobore
permite o uso de revestimentos menores nas seccedilotildees superiores e meacutedias do poccedilo ao
mesmo tempo em que manteacutem ou mesmo aumenta o tamanho da completaccedilatildeo
Alternativa seria manter o tamanho dos revestimentos de superfiacutecie e intermediaacuteriopossibilitando aumentar a profundidade do poccedilo com o mesmo diacircmetro de produccedilatildeo
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ou mesmo aumentando-o Alguns dos benefiacutecios econocircmicos e ambientais do
monobore satildeo os seguintes
bull Reduccedilatildeo na quantidade de cascalho e fluiacutedo descartado
bull Menor pegada do poccedilo no meio ambiente
bull Desenvolvimento econocircmico de reservas profundas
bull Desenvolvimento econocircmico de camposreservas marginais
bull Aumenta o nuacutemero de poccedilos em uma mesma infra-estrutura
bull Reduccedilatildeo no tamanho da sonda de perfuraccedilatildeo
bull Melhora a construccedilatildeo de poccedilos multilaterais
Um importante benefiacutecio dentre os listados a cima eacute a possibilidade de se usarsondas de perfuraccedilatildeo de tamanho reduzido principalmente em ambientes off-shore
Em cenaacuterios de aacuteguas ultra-profundas e reservas profundas a disponibilidades de
sondas e suas altas taxas diaacuterias consistem um desafio a ser superado A reduccedilatildeo
dos tamanhos de revestimento permite a reduccedilatildeo da coluna de fluiacutedo de perfuraccedilatildeo e
do tamanho dos risers o que diminui o peso total que deve ser suportado pelo gancho
da sonda Devido a essa reduccedilatildeo crucial uma sonda de perfuraccedilatildeo de menor
tamanho como por exemplo uma semi-submersiacutevel (SS) de terceira geraccedilatildeo pode
ser usada em lacircminas drsquoaacutegua profundas
Uma vez que uma SS de terceira geraccedilatildeo possui uma menor taxa diaacuteria que
um floating production and storage (FPSO) de quinta geraccedilatildeo reduccedilotildees significativas
no custo de perfuraccedilatildeo do poccedilo podem ser realizadas Adicionalmente os custos
referentes a tamanho dos liners quantidade de cimento quantidade de fluiacutedo de
perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo brocas entre outros sofrem significativa reduccedilatildeo Campo et
al (2003) apresentaram em seu trabalho uma comparaccedilatildeo entre um poccedilo construiacutedo
com uma FPSO de quinta geraccedilatildeo um poccedilo construiacutedo com uma plataforma High
Spec e um poccedilo monobore (SS de terceira geraccedilatildeo) Figura 2 Mesmo levando um
maior tempo para ser finalizado o monobore apresenta um custo significativamente
mais baixo que os outros dois sistemas usados Logo poccedilos monobore podem ser a
alternativa mais econocircmica e eficiente para diversos cenaacuterios na induacutestria de petroacuteleo
e gaacutes natural
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Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
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06
08
1
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0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
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1
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
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Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
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Dt=23
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Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
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Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
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40
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P c ( M P a )
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Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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1 Introduccedilatildeo
A jaacute alta demanda por energia oacuteleo em particular estaacute prevista para aumentar
nas proacuteximas deacutecadas 2-3 ao ano (Energy Information Administration 2006) Sendo
assim empresas de petroacuteleo buscam intensificar esforccedilos para acompanhar a
demanda mundial Tais esforccedilos devem ser feitos na aacuterea de exploraccedilatildeo e produccedilatildeo
(EampP) especialmente na descoberta e desenvolvimento de novas reservas e na
superaccedilatildeo de desafios atraveacutes do aumento de desempenho do desenvolvimento de
novas tecnologias e da reduccedilatildeo de custos Uma vez que perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo
representam uma percentagem significativa do custo total do desenvolvimento de um
campo natildeo eacute surpresa as companhias concentrarem seus esforccedilos nessessegmentos Os desafios atuais nas aacutereas de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo satildeo
perfuraccedilatildeo HPHT perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas de sal poccedilos profundos lacircminas de
aacutegua ultra-profundas poccedilos de longo alcance poccedilos com trajetoacuterias complicadas e
disponibilidade de sondas de perfuraccedilatildeo
Com mais de 1000 instalaccedilotildees em campo a tecnologia de tubos soacutelidos
expansiacuteveis provou ser uma alternativa viaacutevel e econocircmica agrave tecnologia convencional
de perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo como um meio de superar os desafios previamentemencionados Originalmente desenvolvida para aumentar a profundidade perfurada
mantendo o diacircmetro do poccedilo (poccedilo monobore ou slimwell ) apresenta aplicaccedilotildees
tanto nas aacutereas de construccedilatildeo completaccedilatildeo e remediaccedilatildeo de poccedilos Tubos
expansiacuteveis podem ser usados como liner de perfuraccedilatildeo para contingecircncia em
qualquer poccedilo durante a fase de perfuraccedilatildeo O processo mencionado minimiza a
perda de diacircmetro interno do poccedilo quando uma anomalia geoloacutegica ou um problema eacute
encontrado Outra aplicaccedilatildeo eacute o sistema de cladding em poccedilo aberto Este consiste
em uma coluna expansiacutevel com elastocircmeros que eacute descida e instalada contra aformaccedilatildeo para isolar zonas especiacuteficas em uma completaccedilatildeo aberta O cladding difere
do sistema anterior por natildeo se apoiar no revestimento base Tubos expansiacuteveis
tambeacutem podem ser utilizados em poccedilos revestidos O liner expansiacutevel para poccedilo
revestido permite reparar revestimentos jaacute existentes que estejam danificados ou
desgastados reduzindo o diacircmetro interno do poccedilo por apenas duas vezes o valor da
espessura do tubo utilizado Mesmo sendo uma tecnologia promissora e
economicamente viaacutevel ainda haacute a necessidade de se entender melhor as exigecircncias
do processo de expansatildeo e sua influecircncia na resistecircncia mecacircnica do tubo
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11 Poccedilo Monobore
Muitos na Induacutestria Petroliacutefera acreditam que a tecnologia de poccedilo monobore
representa um marco no setor de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo uma vez que permite
alcanccedilar reservas previamente inacessiacuteveis devido a problemas econocircmicos
tecnoloacutegicos ou de seguranccedila Esta tecnologia consiste em instalar e expandir longas
seccedilotildees de liners formando um revestimento de maior diacircmetro reduzindo ou mesmo
eliminando o perfil telescoacutepico do poccedilo A Figura 1 mostra uma comparaccedilatildeo entre trecircs
projetos de completaccedilatildeo um projeto convencional um para monobore e um para
slimwell
Figura 1 Comparaccedilatildeo entre projeto de completaccedilatildeo convencional slimwell e poccedilo
monobore
As economias referentes ao uso de monobore satildeo devidas agrave reduccedilatildeo do custo
total de construccedilatildeo do poccedilo Por causa da reduccedilatildeo do perfil telescoacutepico o monobore
permite o uso de revestimentos menores nas seccedilotildees superiores e meacutedias do poccedilo ao
mesmo tempo em que manteacutem ou mesmo aumenta o tamanho da completaccedilatildeo
Alternativa seria manter o tamanho dos revestimentos de superfiacutecie e intermediaacuteriopossibilitando aumentar a profundidade do poccedilo com o mesmo diacircmetro de produccedilatildeo
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ou mesmo aumentando-o Alguns dos benefiacutecios econocircmicos e ambientais do
monobore satildeo os seguintes
bull Reduccedilatildeo na quantidade de cascalho e fluiacutedo descartado
bull Menor pegada do poccedilo no meio ambiente
bull Desenvolvimento econocircmico de reservas profundas
bull Desenvolvimento econocircmico de camposreservas marginais
bull Aumenta o nuacutemero de poccedilos em uma mesma infra-estrutura
bull Reduccedilatildeo no tamanho da sonda de perfuraccedilatildeo
bull Melhora a construccedilatildeo de poccedilos multilaterais
Um importante benefiacutecio dentre os listados a cima eacute a possibilidade de se usarsondas de perfuraccedilatildeo de tamanho reduzido principalmente em ambientes off-shore
Em cenaacuterios de aacuteguas ultra-profundas e reservas profundas a disponibilidades de
sondas e suas altas taxas diaacuterias consistem um desafio a ser superado A reduccedilatildeo
dos tamanhos de revestimento permite a reduccedilatildeo da coluna de fluiacutedo de perfuraccedilatildeo e
do tamanho dos risers o que diminui o peso total que deve ser suportado pelo gancho
da sonda Devido a essa reduccedilatildeo crucial uma sonda de perfuraccedilatildeo de menor
tamanho como por exemplo uma semi-submersiacutevel (SS) de terceira geraccedilatildeo pode
ser usada em lacircminas drsquoaacutegua profundas
Uma vez que uma SS de terceira geraccedilatildeo possui uma menor taxa diaacuteria que
um floating production and storage (FPSO) de quinta geraccedilatildeo reduccedilotildees significativas
no custo de perfuraccedilatildeo do poccedilo podem ser realizadas Adicionalmente os custos
referentes a tamanho dos liners quantidade de cimento quantidade de fluiacutedo de
perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo brocas entre outros sofrem significativa reduccedilatildeo Campo et
al (2003) apresentaram em seu trabalho uma comparaccedilatildeo entre um poccedilo construiacutedo
com uma FPSO de quinta geraccedilatildeo um poccedilo construiacutedo com uma plataforma High
Spec e um poccedilo monobore (SS de terceira geraccedilatildeo) Figura 2 Mesmo levando um
maior tempo para ser finalizado o monobore apresenta um custo significativamente
mais baixo que os outros dois sistemas usados Logo poccedilos monobore podem ser a
alternativa mais econocircmica e eficiente para diversos cenaacuterios na induacutestria de petroacuteleo
e gaacutes natural
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Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
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Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
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40
50
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0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
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Razatildeo de Expansatildeo ()
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
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Dt=14
Dt=17
Dt=20
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
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0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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11 Poccedilo Monobore
Muitos na Induacutestria Petroliacutefera acreditam que a tecnologia de poccedilo monobore
representa um marco no setor de perfuraccedilatildeo e completaccedilatildeo uma vez que permite
alcanccedilar reservas previamente inacessiacuteveis devido a problemas econocircmicos
tecnoloacutegicos ou de seguranccedila Esta tecnologia consiste em instalar e expandir longas
seccedilotildees de liners formando um revestimento de maior diacircmetro reduzindo ou mesmo
eliminando o perfil telescoacutepico do poccedilo A Figura 1 mostra uma comparaccedilatildeo entre trecircs
projetos de completaccedilatildeo um projeto convencional um para monobore e um para
slimwell
Figura 1 Comparaccedilatildeo entre projeto de completaccedilatildeo convencional slimwell e poccedilo
monobore
As economias referentes ao uso de monobore satildeo devidas agrave reduccedilatildeo do custo
total de construccedilatildeo do poccedilo Por causa da reduccedilatildeo do perfil telescoacutepico o monobore
permite o uso de revestimentos menores nas seccedilotildees superiores e meacutedias do poccedilo ao
mesmo tempo em que manteacutem ou mesmo aumenta o tamanho da completaccedilatildeo
Alternativa seria manter o tamanho dos revestimentos de superfiacutecie e intermediaacuteriopossibilitando aumentar a profundidade do poccedilo com o mesmo diacircmetro de produccedilatildeo
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ou mesmo aumentando-o Alguns dos benefiacutecios econocircmicos e ambientais do
monobore satildeo os seguintes
bull Reduccedilatildeo na quantidade de cascalho e fluiacutedo descartado
bull Menor pegada do poccedilo no meio ambiente
bull Desenvolvimento econocircmico de reservas profundas
bull Desenvolvimento econocircmico de camposreservas marginais
bull Aumenta o nuacutemero de poccedilos em uma mesma infra-estrutura
bull Reduccedilatildeo no tamanho da sonda de perfuraccedilatildeo
bull Melhora a construccedilatildeo de poccedilos multilaterais
Um importante benefiacutecio dentre os listados a cima eacute a possibilidade de se usarsondas de perfuraccedilatildeo de tamanho reduzido principalmente em ambientes off-shore
Em cenaacuterios de aacuteguas ultra-profundas e reservas profundas a disponibilidades de
sondas e suas altas taxas diaacuterias consistem um desafio a ser superado A reduccedilatildeo
dos tamanhos de revestimento permite a reduccedilatildeo da coluna de fluiacutedo de perfuraccedilatildeo e
do tamanho dos risers o que diminui o peso total que deve ser suportado pelo gancho
da sonda Devido a essa reduccedilatildeo crucial uma sonda de perfuraccedilatildeo de menor
tamanho como por exemplo uma semi-submersiacutevel (SS) de terceira geraccedilatildeo pode
ser usada em lacircminas drsquoaacutegua profundas
Uma vez que uma SS de terceira geraccedilatildeo possui uma menor taxa diaacuteria que
um floating production and storage (FPSO) de quinta geraccedilatildeo reduccedilotildees significativas
no custo de perfuraccedilatildeo do poccedilo podem ser realizadas Adicionalmente os custos
referentes a tamanho dos liners quantidade de cimento quantidade de fluiacutedo de
perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo brocas entre outros sofrem significativa reduccedilatildeo Campo et
al (2003) apresentaram em seu trabalho uma comparaccedilatildeo entre um poccedilo construiacutedo
com uma FPSO de quinta geraccedilatildeo um poccedilo construiacutedo com uma plataforma High
Spec e um poccedilo monobore (SS de terceira geraccedilatildeo) Figura 2 Mesmo levando um
maior tempo para ser finalizado o monobore apresenta um custo significativamente
mais baixo que os outros dois sistemas usados Logo poccedilos monobore podem ser a
alternativa mais econocircmica e eficiente para diversos cenaacuterios na induacutestria de petroacuteleo
e gaacutes natural
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Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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ou mesmo aumentando-o Alguns dos benefiacutecios econocircmicos e ambientais do
monobore satildeo os seguintes
bull Reduccedilatildeo na quantidade de cascalho e fluiacutedo descartado
bull Menor pegada do poccedilo no meio ambiente
bull Desenvolvimento econocircmico de reservas profundas
bull Desenvolvimento econocircmico de camposreservas marginais
bull Aumenta o nuacutemero de poccedilos em uma mesma infra-estrutura
bull Reduccedilatildeo no tamanho da sonda de perfuraccedilatildeo
bull Melhora a construccedilatildeo de poccedilos multilaterais
Um importante benefiacutecio dentre os listados a cima eacute a possibilidade de se usarsondas de perfuraccedilatildeo de tamanho reduzido principalmente em ambientes off-shore
Em cenaacuterios de aacuteguas ultra-profundas e reservas profundas a disponibilidades de
sondas e suas altas taxas diaacuterias consistem um desafio a ser superado A reduccedilatildeo
dos tamanhos de revestimento permite a reduccedilatildeo da coluna de fluiacutedo de perfuraccedilatildeo e
do tamanho dos risers o que diminui o peso total que deve ser suportado pelo gancho
da sonda Devido a essa reduccedilatildeo crucial uma sonda de perfuraccedilatildeo de menor
tamanho como por exemplo uma semi-submersiacutevel (SS) de terceira geraccedilatildeo pode
ser usada em lacircminas drsquoaacutegua profundas
Uma vez que uma SS de terceira geraccedilatildeo possui uma menor taxa diaacuteria que
um floating production and storage (FPSO) de quinta geraccedilatildeo reduccedilotildees significativas
no custo de perfuraccedilatildeo do poccedilo podem ser realizadas Adicionalmente os custos
referentes a tamanho dos liners quantidade de cimento quantidade de fluiacutedo de
perfuraccedilatildeocompletaccedilatildeo brocas entre outros sofrem significativa reduccedilatildeo Campo et
al (2003) apresentaram em seu trabalho uma comparaccedilatildeo entre um poccedilo construiacutedo
com uma FPSO de quinta geraccedilatildeo um poccedilo construiacutedo com uma plataforma High
Spec e um poccedilo monobore (SS de terceira geraccedilatildeo) Figura 2 Mesmo levando um
maior tempo para ser finalizado o monobore apresenta um custo significativamente
mais baixo que os outros dois sistemas usados Logo poccedilos monobore podem ser a
alternativa mais econocircmica e eficiente para diversos cenaacuterios na induacutestria de petroacuteleo
e gaacutes natural
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Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
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0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
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30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
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0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
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Dt=23
Dt=26
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0
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1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
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Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
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Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
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P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Figura 2 Comparaccedilatildeo entre o custo de construccedilatildeo total de um poccedilo monobore de um
poccedilo perfurado a partir de uma plataforma High Spec e de um poccedilo perfurado a partir
de uma FPSO de quinta geraccedilatildeo
12 Processo de Expansatildeo
A expansatildeo de tubos soacutelidos eacute um processo de conformaccedilatildeo a frio realizado
dentro do poccedilo que consiste em expandir o diacircmetro do tubo in situ atraveacutes da
passagem de um cone expansor Resulta na diminuiccedilatildeo da espessura e na variaccedilatildeo
do comprimento do corpo expandido este uacuteltimo paracircmetro podendo aumentar ou
diminuir dependendo do coeficiente de atrito entre o cone de expansatildeo e a parede
interna do tubo De acordo com Seibi et al (2002) esta tecnologia foi desenvolvida
pela Shell com o objetivo de construir um poccedilo com mono-diacircmetro e foi testada em
1993 As capacidades requeridas a um processo de expansatildeo in situ satildeo
bull Expandir o tubo ateacute o diacircmetro desejado sem fraturar colapsar ou danificaacute-lo
bull Manter as capacidades hidraacuteulicas necessaacuterias do tubo expandido para prover
resistecircncia suficiente agrave pressatildeo interna e externa de serviccedilo
bull Alcanccedilar um diacircmetro e uma espessura de parede constante ao longo de todo
o comprimento da seccedilatildeo expandida
bull Manter a integridade das conexotildees
bull Expandir longas seccedilotildees a altas taxas
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
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Razatildeo de Expansatildeo ()
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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Razatildeo de Expansatildeo ()
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Malaysia 13-15 set 2004
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A expansatildeo pode ser realizada tanto em poccedilos abertos como em poccedilos
revestidos onde no primeiro caso o tubo eacute expandido contra a formaccedilatildeo e no
segundo contra um revestimento previamente instalado no poccedilo Satildeo vaacuterios os
meacutetodos de expansatildeo mudando de acordo com a empresa encarregada do processo
A Figura 3 apresenta a sequumlecircncia de instalaccedilatildeo de uma expansatildeo convencional
realizada dentro de um poccedilo aberto Essa generalizaccedilatildeo seraacute suficiente para a
identificaccedilatildeo do fenocircmeno fiacutesico estudado neste trabalho Primeiro perfura-se a seccedilatildeo
onde o liner seraacute expandido o conjunto de expansatildeo jaacute contendo o cone expansor eacute
descido juntamente com o tubo expansiacutevel Comeccedila-se a cimentaccedilatildeo entre o liner e a
parede do poccedilo Um dardo eacute lanccedilado para iniciar o processo de expansatildeo ainda
durante a cimentaccedilatildeo Expande-se o liner e a junta do suspensor (junta com
elastocircmero para selar e segurar o sistema) Por uacuteltimo retira-se o conjunto de
expansatildeo e desce a broca para a perfuraccedilatildeo da sapata e da proacutexima fase onde outro
liner poderaacute ser corrido e expandido
Figura 3 Sequumlecircncia para instalaccedilatildeo de um liner expansiacutevel a) Perfuraccedilatildeo da seccedilatildeo
b) Descida do conjunto de expansatildeo c) Iniacutecio da cimentaccedilatildeo d) Lanccedilamento do
dardo e) iniacutecio da expansatildeo f) Expansatildeo da junta do suspensor e retirada do
conjunto g) Perfuraccedilatildeo da proacutexima fase
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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45
Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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13 Objetivo do Trabalho
Reproduzir o processo de expansatildeo de tubos soacutelidos e avaliar sua influecircncia na
resistecircncia mecacircnica sob carregamento de pressatildeo radial Fazer a correlaccedilatildeo
numeacuterico-experimental dos processos de expansatildeo e dos processos realizados na
cacircmara hiperbaacuterica onde tubos intactos e expandidos satildeo submetidos a uma pressatildeo
externa ateacute o colapso Por fim realizar um estudo parameacutetrico variando-se a
geometria do tubo (diacircmetro e espessura) e o grau de expansatildeo visando obter a
influecircncia desses paracircmetros na pressatildeo de colapso Os resultados desse estudo
poderatildeo ajudar na escolha dos tubos expansiacuteveis mais adequados para aplicaccedilatildeo em
determinado campo no tocante a suas caracteriacutesticas geomeacutetricas e razotildees de
expansatildeo usadas e ainda inferir suas resistecircncias mecacircnicas apoacutes a expansatildeo in situ
2 Revisatildeo Bibliograacutefica
Este capiacutetulo estaacute dividido em duas partes Na primeira satildeo definidos alguns
conceitos baacutesicos relacionados agrave plasticidade utilizados durante o trabalho e cuja
compreensatildeo se faz necessaacuteria Na segunda parte trabalhos que se aproximam da
proposta aqui apresentada seratildeo sucintamente descritos
21 Conceitos Baacutesicos
Uma vez que o processo de expansatildeo e subsequumlente colapso de tubos para
poccedilos de petroacuteleo envolvem grandes deformaccedilotildees um breve estudo sobre a
plasticidade seus modelos e fenocircmenos a ela associados deve ser exposto
211 Materiais ElastoplaacutesticosProjetos mecacircnicos em sua maioria consideram apenas os efeitos da zona
elaacutestica dos materiais Basear o projeto nessa hipoacutetese resulta em uma avaliaccedilatildeo
mecacircnica muito mais simples No entanto em projetos que envolvem a expansatildeo de
elementos tubulares ultrapassar o limite de escoamento (maior tensatildeo que um
material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente quando a carga for
retirada) eacute uma premissa Apesar de escoar o material natildeo significar a falha do
componente mecacircnico haacute algumas consequumlecircncias que devem ser analisadas
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
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1
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0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
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40
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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0
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1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
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40
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
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06
08
1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
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30
40
50
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
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P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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212 Teoria da Plasticidade
As teorias da elasticidade e da plasticidade descrevem a mecacircnica da
deformaccedilatildeo de uma grande parte dos soacutelidos utilizados na engenharia inclusive os
tubos expansiacuteveis Tais teorias aplicadas a metais e ligas foram baseadas em
estudos experimentais das relaccedilotildees entre tensatildeo e deformaccedilatildeo em agregados
policristalinos sob efeitos de carregamentos simples A seguir seratildeo discutidos os
comportamentos macroscoacutepicos dos metais Os aspectos da plasticidade
microscoacutepica tais como movimentos atocircmicos na rede cristalina defeitos cristalinos
(discordacircncias e maclas) etc natildeo seratildeo mencionados
213 Criteacuterios de Resistecircncia no Escoamento
Na praacutetica de engenharia os criteacuterios de resistecircncia satildeo usados no caacutelculo dastensotildees equivalentes (σeq) A seguir satildeo apresentados dois dos criteacuterios mais usados
em dutos Von Mises e Tresca
2131 Criteacuterio de Von Mises
O criteacuterio de Von Mises considera que o escoamento do material ocorre
quando a energia de deformaccedilatildeo de distorccedilatildeo atinge o valor limite medido no teste
uniaxial de traccedilatildeo Assim a tensatildeo equivalente eacute calculada atraveacutes da equaccedilatildeo (1) No
escoamento tem-se σeq = Sy onde Sy eacute a tensatildeo de escoamento Este criteacuterio eacute
adequado para prever escoamento ou ruptura em materiais duacutecteis como accedilos de
construccedilatildeo
983101 983086 minus 983083 minus 983083 minus 983218 (1)
2132 Criteacuterio de Tresca
Segundo o criteacuterio de Tresca o material falha quando a tensatildeo cisalhante atinge o
valor limite da tensatildeo cisalhante maacutexima no teste de traccedilatildeo uniaxial Se as tensotildees
principais satildeo tais que ge ge a tensatildeo cisalhante maacutexima se calcula mediante a
equaccedilatildeo (2) Este criteacuterio eacute adequado para prever escoamento e ruptura de materiais
duacutecteis
le 983101
(2)
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Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
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0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
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04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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8
Entatildeo 983101 minus e no escoamento 983101
Comparando as equaccedilotildees (1) e (2) conclui-se que o criteacuterio de Tresca resulta
ser mais conservador do que o criteacuterio de Von Mises
214 Modelos de Plasticidade
Para entender e aplicar os efeitos da teoria da plasticidade em anaacutelises eacute
necessaacuterio o uso de modelos para o comportamento dos materiais na fase
elastoplaacutestica De acordo com Maugin (1992) satildeo trecircs os modelos principais
plasticidade perfeita plasticidade linear e plasticidade natildeo linear
2141 Plasticidade PerfeitaO modelo da plasticidade perfeita assume que o material natildeo admite tensotildees
superiores agrave tensatildeo de escoamento assim quando uma tensatildeo igual agrave tensatildeo de
escoamento eacute aplicada ele sofre deformaccedilatildeo agrave tensatildeo constante Um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo que representa tal modelo pode ser visualizado atraveacutes da Figura 4
abaixo
Figura 4 Plasticidade Perfeita
Uma vez que natildeo existe nenhuma tensatildeo admissiacutevel acima da tensatildeo de
escoamento do material quando o modelo de elasticidade perfeita eacute levado em conta
natildeo ocorre encruamento Assim qualquer trabalho realizado na regiatildeo plaacutestica reflete
apenas em uma deformaccedilatildeo permanente que corresponde agrave parcela plaacutestica(deformaccedilatildeo total menos deformaccedilatildeo elaacutestica maacutexima) Logo esse modelo pode ser
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
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0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
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04
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1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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50
Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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definido com apenas dois paracircmetros moacutedulo de elasticidade (E ) e tensatildeo de
escoamento Materiais que apresentam um patamar antes do encruamento cuja
tensatildeo correspondente equivale a tensatildeo de escoamento e materiais com
encruamento assintoacutetico onde a tensatildeo equivalente eacute aquela correspondente agrave
assiacutentota podem ter seus comportamentos aproximados por esse modelo
2142 Encruamento Linear
O encruamento linear eacute um modelo mais rico que o anterior ele assume que o
encruamento sofrido pelo material eacute linear ao inveacutes de nenhum como na plasticidade
perfeita e segue ateacute seu limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo A Figura 5 mostra um graacutefico
de tensatildeo-deformaccedilatildeo representativo desse modelo
Figura 5 Encruamento linear
O modelo do material passa a ser composto por duas retas uma para o regime
elaacutestico outra para o regime plaacutestico Por isso o modelo eacute tambeacutem conhecido como
modelo bilinear para um material A representaccedilatildeo agora eacute feita por quatro
paracircmetros o moacutedulo de elasticidade a tensatildeo de escoamento a tensatildeo limite de
resistecircncia agrave traccedilatildeo e sua deformaccedilatildeo correspondente
2143 Encruamento Natildeo Linear
O encruamento natildeo linear eacute o modelo mais fiel ao comportamento real do
material quando dentro do regime plaacutestico Esse modelo descreve com maior precisatildeoo comportamento plaacutestico do material em uma curva baseada em paracircmetros obtidos
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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atraveacutes dos valores experimentais do material A Figura 6 mostra um graacutefico tensatildeo-
deformaccedilatildeo para este modelo
Figura 6 Encruamento natildeo linear
O modelo de encruamento natildeo linear eacute interessante quando se pretende
descrever com exatidatildeo o comportamento do material na regiatildeo plaacutestica por exemplo
quando o encruamento eacute um fator importante na anaacutelise como eacute o caso do estudo dainfluecircncia da expansatildeo na pressatildeo de colapso de tubos para poccedilos de petroacuteleo que eacute
realizado nesse trabalho O nuacutemero de paracircmetros para definir a curva desse modelo
depende dos dados possuiacutedos uma vez que esses paracircmetros seratildeo os pontos da
curva obtida a partir do ensaio de traccedilatildeo uniaxial
215 Diagrama de Tensatildeo Deformaccedilatildeo Nominal sob Traccedilatildeo
Simples (Ensaio de Traccedilatildeo Uniaxial)O teste de traccedilatildeo em uma barra de accedilo usinada eacute um dos exemplos mais
familiares de deformaccedilotildees elaacutesticas e plaacutesticas onde o material falha sob um
carregamento monoacutetono e crescente Registra-se durante o teste a carga aplicada e o
aumento do comprimento da barra Eacute necessaacuterio que o espeacutecime esteja alinhado
corretamente a maquina de teste e que o mesmo tenha a sua aacuterea central reduzida
em relaccedilatildeo agraves extremidades a fim de garantir uma tensatildeo axial uniforme atraveacutes da
regiatildeo central Um exemplo tiacutepico de graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo obtido em um teste
de traccedilatildeo para accedilos em geral estaacute apresentado na Figura 7
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11
Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
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Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
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0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
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Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
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P c ( M P a )
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
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Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
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Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Figura 7 Curva tiacutepica de tensatildeo-deformaccedilatildeo obtida em um teste de traccedilatildeo
uniaxial
A regiatildeo elaacutestica (OA) onde a relaccedilatildeo entre tensatildeo e deformaccedilatildeo eacute
essencialmente linear ocorre durante a fase inicial do ensaio A inclinaccedilatildeo da reta OA
eacute definida pelo moacutedulo de elasticidade (E ) O ponto A eacute denominado limite de
proporcionalidade a partir do qual natildeo haacute mais uma relaccedilatildeo linear poreacutem o material
continua predominantemente elaacutestico e caso o carregamento seja retirado o
espeacutecime retorna a sua configuraccedilatildeo geomeacutetrica inicial O ponto B eacute a maior tensatildeo
que o material pode suportar sem sofrer uma extensatildeo permanente apoacutes a retirada da
carga O valor maacuteximo da tensatildeo de escoamento pode ser obtido dividindo a carga
nesse ponto pela aacuterea transversal original do espeacutecime
As deformaccedilotildees seguintes satildeo acompanhadas por uma suacutebita queda no
carregamento e se aproximam de um valor de carga constante trecho CD O valor
inferior da tensatildeo de escoamento pode ser definido atraveacutes da divisatildeo do valor da
carga nesse trecho pela seccedilatildeo transversal original do espeacutecime Apoacutes o ponto D o
carregamento volta a aumentar junto com a deformaccedilatildeo ateacute atingir um valor maacuteximo
no ponto E Dividindo-se o valor da carga neste ponto pela seccedilatildeo transversal original
do espeacutecime obtecircm-se a tensatildeo de ruptura ou limite de resistecircncia agrave traccedilatildeo Tal tensatildeo
natildeo eacute um valor intriacutenseco da resistecircncia do material testado ela eacute um indicador
somente da condiccedilatildeo de instabilidade do teste de traccedilatildeo uniaxial
Alguns materiais apoacutes atingirem a tensatildeo de ruptura apresentam uma curvadecrescente ateacute o ponto F onde ocorre a fratura Esta zona de carregamento
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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0
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1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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decrescente (EF) eacute designada por zona de estricccedilatildeo e caracteriza-se pelo fato de a
deformaccedilatildeo deixar de ser uniforme ao longo do corpo e concentrar-se numa
determinada aacuterea onde um complexo sistema triaxial de tensatildeo se desenvolve O
teste de traccedilatildeo usualmente natildeo alcanccedila seu limite na fratura mas sim na condiccedilatildeo de
maacuteximo carregamento
216 Tensatildeo Verdadeira Versus Deformaccedilatildeo Plaacutestica
Logariacutetmica
A curva anteriormente apresentada (tensatildeo-deformaccedilatildeo nominal) eacute definida
apenas pela divisatildeo de um carregamento longitudinalmente aplicado ao corpo de
prova pela aacuterea da seccedilatildeo inicial do mesmo A curva tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira
definida a seguir apresenta maiores informaccedilotildees para estudos de plasticidade Atensatildeo verdadeira constitui-se na divisatildeo do carregamento aplicado longitudinalmente
ao corpo de prova pela sua aacuterea transversal a cada instante de tempo ao longo do
teste de traccedilatildeo uniaxial
Normalmente as curvas de material satildeo fornecidas utilizando valores nominais
de tensatildeo e deformaccedilatildeo No entanto programas de elementos comerciais como o
utilizado nesse trabalho (ABAQUS) fazem uso de valores verdadeiros As foacutermulas
que definem tensatildeo verdadeira e deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica em funccedilatildeo da tensatildeoe da deformaccedilatildeo nominais satildeo apresentadas abaixo
εverdadeiro = ln (1 + εnominal) (3)
σverdadeiro = σnominal (1 + εnominal) (4)
217 Encruamento
O encruamento eacute o fenocircmeno que ocorre quando o material entra na regiatildeo DE
da Figura 7 Ele eacute caracterizado pelo aumento da tensatildeo de escoamento do material
(na mesma direccedilatildeo do carregamento) apoacutes certo niacutevel de deformaccedilatildeo plaacutestica A
Figura 8 eacute uma representaccedilatildeo desse fenocircmeno em um graacutefico de tensatildeo-deformaccedilatildeo
O encruamento ocorre pois ao ser descarregado (AC) mesmo quando em regiatildeo
plaacutestica o material segue uma linha aproximadamente paralela ao moacutedulo de
elasticidade (OA) retendo apenas uma parcela de deformaccedilatildeo plaacutestica (OC) como
deformaccedilatildeo permanente e uma tensatildeo residual devido ao carregamento antecedenteNo proacuteximo carregamento portanto o material continuaraacute no regime elaacutestico ateacute uma
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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45
Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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nova tensatildeo de escoamento superior a anterior
Figura 8 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo demonstrando o fenocircmeno do encruamento
O encruamento pode ser isotroacutepico cinemaacutetico ou ainda misto Os
encruamentos isotroacutepicos e cinemaacuteticos satildeo brevemente descritos a seguir assim
como o efeito Bauschinger decorrente do encruamento cinemaacutetico
2171 Encruamento IsotroacutepicoNo encruamento isotroacutepico a superfiacutecie de escoamento cresce em tamanho
mantendo a sua forma original Assim as tensotildees de escoamento para carregamentos
inversos como traccedilatildeo e compressatildeo satildeo idecircnticas Figura 9
Figura 9 Carregamento reverso com encruamento isotroacutepico mostrando a superfiacutecie
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de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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14
de escoamento (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo resultante (direita)
2172 Encruamento Cinemaacutetico
Na regra de encruamento cinemaacutetico a superfiacutecie de escoamento inicial eacute
transladada a uma nova posiccedilatildeo no espaccedilo de tensatildeo mantendo seu tamanho e
formato inicial Figura 10 No cinemaacutetico a regiatildeo elaacutestica eacute significativamente menor
do que no encruamento isotroacutepico De fato para o encruamento cinemaacutetico a regiatildeo
elaacutestica equivale a 983090 enquanto no isotroacutepico essa regiatildeo eacute 2( 983083
Figura 10 Encruamento cinemaacutetico mostrando translaccedilatildeo IxI da superfiacutecie de
escoamento com deformaccedilatildeo plaacutestica (esquerda) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo
resultante com a tensatildeo de escoamento sob compressatildeo reduzida
2173 Efeito Bauschinger
A Figura 11 mostra um ciclo onde apos sofrer deformaccedilatildeo plaacutestica e
encruamento em uma direccedilatildeo o material reteacutem parte da deformaccedilatildeo imposta e se
carregado na mesma direccedilatildeo apresenta uma tensatildeo de escoamento mais alta
( 983102 ) mas ao ser carregado na direccedilatildeo oposta (por exemplo traccedilatildeo x
compressatildeo) o material apresenta uma tensatildeo de escoamento em moacutedulo menor do
que a inicial (prime 983100 ) Essa anisotropia gerada pelo encruamento cinemaacutetico consiste
no fenocircmeno chamado de efeito Bauschinger e estaacute presente na maioria dos metais
Portanto o processo de expansatildeo de tubos seguido pela aplicaccedilatildeo de carregamento
externo para determinaccedilatildeo de sua pressatildeo de colapso deve levar em consideraccedilatildeo o
efeito aqui apresentado por se tratar de dois carregamentos subsequumlentes de cargasreversas
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
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Dt=20
Dt=23
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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RAMMERSTORFER F G BOHM H J ldquoExpandable Wellbore Tubularsrdquo SPE
Technical Symposium ldquoQuest for Solutions in a Changing Industryrdquo 60766
Dhahran Saudi Arabia Out 1999
FONSECA CE ldquoAnaacutelise do Comportamento Estrutural Sob Pressatildeo Externa de
Tubos Expansiacuteveis para Poccedilos de Petroacuteleordquo Universidade Federal do Rio de
Janeiro COPPEUFRJ MSc Engenharia Oceacircnica 2007
ASTM E8M ldquoStandard Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials [Metric]rdquo
ASTM international 2001
PERVEZ T QAMAR SZ SEIBI AC AL-JAHWARI FK ldquoUse of SET in cased and
open holes Comparison between aluminum and steelrdquo Journal of Materials amp
Design 2007 article in press doi101016jmatdes200701009
MAUGIN Gerard The thermomechanics of plasticity and fracture Great Britain
University of Cambridge 1992 0-521-39780-4
EDWIN J CRUZ ROBERT V BAKER PAT YORK LEV RING ldquoMitigating Subsalt
Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid Expandable Monobore
Systemsrdquo Offshore Technology Conference 19008 Houston TX USA 30
de abril a 3 de maio de 2007
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Figura 11 Graacutefico tensatildeo-deformaccedilatildeo ilustrando o efeito Bauschinger
22 Trabalhos Relacionados
Satildeo poucos os trabalhos tratando do comportamento mecacircnico de elementos
tubulares durante e apoacutes a expansatildeo Dentre os trabalhos publicados a maioria trata
das vantagens econocircmicas e ambientais do produto atraveacutes de estudos e testes de
campo (Montagna et al 2004 Campo et al 2003 Mason et al 2005 Filippov et al
2005 Al-Saleh et al 2004 Moore et al 2002 Grant e Bullock 2005 Lodder et al2001 Nor et al 2002)
A seguir seratildeo apresentados alguns trabalhos que se aproximam da proposta
aqui apresentada o comportamento de tubos sujeitos ao processo de conformaccedilatildeo a
frio com consequumlente efeito na resistecircncia ao colapso de tubos que compotildeem os
sistemas expansiacuteveis Dentre esses trabalhos alguns tiveram como foco o
comportamento mecacircnico do corpo deformaacutevel Outros estudos tiveram foco na
alteraccedilatildeo das propriedades do material ou propriedades geomeacutetricas do elementotubular
Stewart et al (1999) definem os tubos soacutelidos expansiacuteveis como tubos de accedilo
(ou outros materiais como Alumiacutenio e Titacircnio) de resistecircncia convencional poreacutem
suficientemente duacutecteis para suportar uma operaccedilatildeo de deformaccedilatildeo a frio em que
seus diacircmetros satildeo aumentados em dezenas de por cento dentro do poccedilo Apoacutes
apresentarem diferentes projetos de poccedilo onde tubos expansiacuteveis satildeo utilizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
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Razatildeo de Expansatildeo ()
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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P c P c o m eacute d
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Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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sozinhos ou combinados com revestimentos convencionais o trabalho descreve o
processo de expansatildeo do elemento tubular
A maneira mais obvia de expansatildeo de um tubo segundo Stewart et al (1999)
eacute a aplicaccedilatildeo de pressatildeo interna ao tubo uma vez que a pressatildeo aplicada supera o
limite de escoamento e o tubo expande No entanto razotildees mais altas de expansatildeo a
taxas maiores satildeo alcanccediladas quando um mandril de expansatildeo eacute bombeado puxado
ou empurrado atraveacutes o tubo Quando o mandril eacute bombeado denomina-se expansatildeo
hidraacuteulica e o tubo pode ser preso em ambos os lados quando ele eacute puxado tem-se a
expansatildeo mecacircnica sob traccedilatildeo no uacuteltimo caso ao empurrar o mandril o que ocorre eacute
uma expansatildeo mecacircnica sob compressatildeo
Nesse trabalho um aparato de expansatildeo foi projetado e construiacutedo para
realizar a expansatildeo hidraacuteulica de tubos em escala real Um tubo com diacircmetro nominal
de 1016 mm espessura de 57 mm e comprimento de 46 m constituiacutedo de trecircs
seccedilotildees soldadas foi expandido em 21 do seu diacircmetro externo A taxa de expansatildeo
foi de 05 ms O tubo teve seu comprimento reduzido em 53 e sua espessura final
foi de 48 mm
As caracteriacutesticas mecacircnicas do material foram medidas antes e apoacutes a
expansatildeo a tensatildeo de escoamento aumentou na ordem de 70 e a tensatildeo uacuteltima na
ordem de 30 no entanto a ductilidade diminuiu o alongamento na fratura diminuiu
50 e a deformaccedilatildeo uniforme diminuiu de 194 para apenas 14 A capacidade de
encruamento do material foi exaustivamente discutida como um resultado do processo
de expansatildeo
As expansotildees de tubos soacutelidos sob compressatildeo e sob traccedilatildeo foram simuladas
com um programa baseado no meacutetodo de elementos finitos Usaram-se modelosaxissimeacutetricos onde o tubo foi discretizado em 840 elementos com 12 elementos na
espessura O mandril cocircnico foi representado por uma superfiacutecie riacutegida A lei de fricccedilatildeo
de Coulomb foi usada para simular a fricccedilatildeo entre o interior do tubo e a superfiacutecie do
mandril A Tabela 1 conteacutem alguns resultados provenientes da simulaccedilatildeo numeacuterica
realizada em Stewart et al (1999)
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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Razatildeo de Expansatildeo ()
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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56
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Tabela 1 Resultados da anaacutelise numeacuterica dos processos de expansatildeo sob tensatildeo e
sob compressatildeo realizados por Stewart et al (1999)
Traccedilatildeo Compressatildeo
Expansatildeo do diacircmetro externo (OD)[] 245 274
Expansatildeo do diacircmetro interno (ID)[] 299 319
Expansatildeo meacutedia do diacircmetro [] 270 295
Reduccedilatildeo da espessura da parede[] 178 795
Encurtamento do tubo [] 38 163
Forccedila de expansatildeo [klbs] 413 382
Dano maacuteximo de falha duacutectil 091 068
Pervez et al (2007) analisaram o uso do alumiacutenio em detrimento ao accedilo como
material de tubos expansiacuteveis Os paracircmetros analisados foram niacuteveis de tensatildeo e
deformaccedilatildeo forccedila de expansatildeo deformaccedilatildeo radial tensatildeo de contato variaccedilatildeo da
espessura e do comprimento e encruamento Concluiu-se que o uso do alumiacutenio
como material para a fabricaccedilatildeo de tubos soacutelidos expansiacuteveis eacute uma oacutetima alternativa
ao uso do accedilo Devido agrave reduccedilatildeo em aproximadamente 50 da forccedila de expansatildeo
exigida melhor formabilidade menor geraccedilatildeo de tensotildees excelente resistecircncia agrave
corrosatildeo e alta razatildeo entre a resistecircncia e o peso o alumiacutenio oferece oacutetimos
resultados a um custo de operaccedilatildeo significativamente mais baixo
A anaacutelise foi realizada em um programa de elementos finitos tanto para o caso
de poccedilo vertical como para poccedilo horizontal Modelos 2D (axissimeacutetricos) e 3D foram
desenvolvidos para os tubos soacutelidos expansiacuteveis Assim como feito por Stewart et al
(1999) o tubo foi modelado como um corpo deformaacutevel com comportamento elaacutestico-plaacutestico e o mandril como um corpo riacutegido O contato entre os dois corpos tambeacutem foi
representado pela lei de fricccedilatildeo de Coulomb O acircngulo de abertura do cone de
expansatildeo foi fixado em 20deg As propriedades mecacircnicas dos dois materiais (accedilo e
alumiacutenio) estatildeo listadas na Tabela 2
Tabela 2 Propriedades mecacircnicas dos materiais utilizados no artigo de Pervez et al
(2007)
ρ (kmsup3) E (Gpa) v σy (Mpa)Accedilo (API L-80) 7800 200 03 500
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
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70
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0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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0
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04
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08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Alumiacutenio(D16T) 2780 71 03 330
O tubo vertical foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos quadraacuteticos o
horizontal foi modelado usando 3939 elementos S4R de casca A expansatildeo realizada
foi uma expansatildeo sob traccedilatildeo onde uma ponta do tubo eacute presa e a outra permanece
livre Na expansatildeo horizontal o movimento em direccedilatildeo a forccedila peso do tubo tambeacutem
foi restringido Uma vez que o modelo 2D possui um custo computacional mais baixo e
apresentou resultados proacuteximos aos do modelo 3D Pervez et al (2007) aplicou-o para
a expansatildeo vertical No entanto para replicar apuradamente a expansatildeo horizontal o
3D fez-se necessaacuterio Foi mostrado que a forccedila de expansatildeo atinge um valor maacuteximo
no comeccedilo do processo e depois decai para um valor quase estaacutetico Como dito
anteriormente a forccedila necessaacuteria para a expansatildeo do accedilo eacute aproximadamente odobro da do alumiacutenio para a mesma geometria e taxa de expansatildeo
A forccedila de contato entre o mandril e o tubo eacute de grande interesse para qualquer
estudo de conformabilidade Os resultados das simulaccedilotildees realizadas no artigo de
Pervez et al (2007) mostram que o contato ocorre apenas em pequenas aacutereas no
comeccedilo e no final da superfiacutecie inclinada do mandril O material do tubo se encontra
sob traccedilatildeo na parte da frente dessa superfiacutecie e sob compressatildeo na parte de traacutes
mostrando a existecircncia de um gap entre os dois corpos por causa da deflexatildeo radialda superfiacutecie inclinada do mandril A forccedila de contato atinge um pico somente nessas
duas regiotildees e eacute significativamente mais baixa para o alumiacutenio do que para o accedilo
implicando que este requer uma menor forccedila de expansatildeo
Para o volume se manter constante o comprimento do tubo soacutelido expansiacutevel
deve diminuir quando seu diacircmetro aumenta Esse encurtamento eacute mais pronunciado
para o accedilo no caso da expansatildeo vertical Para a horizontal a situaccedilatildeo se inverte
apesar da diferenccedila entre os dois materiais ser agora menos significativa No que serefere agrave espessura a sua variaccedilatildeo eacute bastante similar para os dois materiais
ligeiramente maior para o accedilo quando o tubo eacute expandido na posiccedilatildeo vertical No
caso horizontal as diferenccedilas entre alumiacutenio e accedilo se acentuam sendo que dessa
vez eacute o alumiacutenio que apresenta a maior reduccedilatildeo
As anaacutelises feitas para o paracircmetro de encruamento mostraram que o do accedilo eacute
notavelmente maior do que o do alumiacutenio para ambos os processos de expansatildeo
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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31
32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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33
utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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45
Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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vertical e horizontal Mais uma vez isso implica no fato do alumiacutenio ser um material
capaz de ser expandido com maior facilidade
Mack (2005) demonstra em seu trabalho a influecircncia que o material o meacutetodo
de expansatildeo a condiccedilatildeo de carregamento durante a expansatildeo e os tratamentos
teacutermicos poacutes-expansatildeo como endurecimento por deformaccedilatildeo e suas cineacuteticas
causam nas propriedades mecacircnicas do tubo A pressatildeo de colapso e as tensotildees
residuais tambeacutem foram estudadas
Foram testados 10 tubos de accedilo-carbono e baixa liga e 17 de accedilo martensiacutetico
inoxidaacutevel alguns apresentando costura outros natildeo Cada tubo foi expandido por um
cone feito de accedilo de alta resistecircncia e tratado para produzir uma alta dureza com um
mandril a sua frente para guiaacute-lo e centralizaacute-lo A expansatildeo de 15 do diacircmetro foi
realizada de cinco formas diferentes expansatildeo hidraacuteulica com pressatildeo atraacutes do cone
sem cargas externas expansatildeo mecacircnica do tubo puxando o cone a extremidade
atraacutes do cone eacute fixa sem cargas agrave frente do cone expansatildeo hidraacuteulica com ambas as
extremidades do tubo fixas para prevenir a contraccedilatildeo expansatildeo hidraacuteulica com
pressatildeo atraacutes do cone e carga compressiva agrave frente equivalente a 4500 peacutes (1372 m)
de tubo assentados na face do cone (134 000 lbs) sem carga externa atraacutes do cone
(como no caso de expansatildeo vertical de baixo para cima) expansatildeo por compressatildeo agrave
frente do cone sem cargas externas atraacutes do cone
Foram realizados inuacutemeros ensaios de laboratoacuterio Dentre eles ensaios de
tensatildeo residual em tubos expandidos para determinaccedilatildeo do efeito da expansatildeo e das
cargas aplicadas pressatildeo de colapso em tubos intactos tubos expandidos e tubos
expandidos e posteriormente tratados termicamente (endurecimento por deformaccedilatildeo)
e traccedilatildeo uniaxial para cada condiccedilatildeo de material estudada
A expansatildeo do tubo reduziu a resistecircncia ao impacto Charpy agrave toleracircncia ao
defeito e a tensatildeo fraturante por sulfeto (SSC) dos tubos de accedilo carbono e de baixa
liga Os tratamentos teacutermicos realizados exacerbaram esses efeitos O mesmo
aconteceu nos tubos de accedilo inoxidaacutevel martensiacutetico no entanto a resposta ao
endurecimento por deformaccedilatildeo natildeo foi tatildeo pronunciada
Mack (2005) determina que os efeitos da expansatildeo e da expansatildeo seguida por
tratamento teacutermico na geometria do tubo satildeo extremamente significativos e variamconforme o meacutetodo A expansatildeo do diacircmetro se manteacutem em torno de 15 para todos
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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os meacutetodos a espessura da parede do tubo apoacutes a expansatildeo decai agrave medida que o
carregamento muda de compressatildeo para traccedilatildeo Jaacute o encurtamento do tubo eacute maior
para o meacutetodo de expansatildeo mecacircnica com compressatildeo (7) e aproximadamente nulo
para o meacutetodo hidraacuteulico com ambas as extremidades fixas
A reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso do tubo foi maior do que a prevista
considerando apenas as mudanccedilas na geometria - com uma razatildeo Dt maior devido agrave
expansatildeo a pressatildeo de colapso deve obviamente cair Essa perda adicional eacute
explicada por Mack (2005) como o resultado de mais trecircs fatores tensotildees residuais
efeito Bauschinger reduccedilatildeo dos limites elaacutesticos devido a solicitaccedilotildees a cima dos
limites originais comportamento natildeo linear da curva tensatildeo-deformaccedilatildeo Cada um
desses fatores eacute afetado de maneira diferente pelos meacutetodos de expansatildeo e
carregamento externo utilizados
A menor pressatildeo de colapso foi encontrada para um tubo accedilo-carbono que
sofreu expansatildeo hidraacuteulica a maior foi para um que sofreu expansatildeo mecacircnica sob
traccedilatildeo A expansatildeo hidraacuteulica com ambas as extremidades fixas produziu um tubo
com a maior razatildeo Dt no entanto esse mesmo processo levava agraves tensotildees residuais
mais baixas o que contrabalanceou o valor alto de Dt resultando em uma pressatildeo de
colapso relativamente alta Nota-se ainda que outros fatores como ovalizaccedilatildeo e
variaccedilatildeo da espessura interferem nesse processo e que para grandes valores de Dt
Dtgt20 o limite de escoamento do material natildeo influencia de maneira significativa na
resistecircncia ao colapso
Seib et al desenvolveram modelos de elementos finitos para o processo de
expansatildeo O tubo mais uma vez foi representado como um corpo deformaacutevel
enquanto o mandril como um corpo riacutegido A lei de fricccedilatildeo de Coulomb tambeacutem foi
utilizada Um tubo API com 500 mm de comprimento diacircmetro externo de 1143 mm eespessura de parede de 635 mm foi discretizado em 750 elementos axissimeacutetricos
quadraacuteticos A geometria do cone variou trecircs acircngulos foram usados 10deg 20deg e 45deg
Foram utilizadas razotildees de expansatildeo de 5 15 25 e 35 do diacircmetro e coeficientes de
fricccedilatildeo de 01 02 e 04 O moacutedulo elaacutestico o coeficiente de Poisson e a densidade do
material usados foram respectivamente 200 GPa 03 e 7800 Kgmsup3
Os efeitos da variaccedilatildeo das propriedades do material foram estudados para
uma expansatildeo de 25 acircngulo do mandril de 20deg e um coeficiente de fricccedilatildeo de 02Seib et al observaram que o paracircmetro de encruamento natildeo tem nenhum efeito na
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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40
Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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Razatildeo de Expansatildeo ()
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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forccedila de expansatildeo jaacute a tensatildeo de escoamento tem uma influecircncia significativa nessa
forccedila Quando a tensatildeo de escoamento aumenta de 350 para 500 MPa a forccedila de
expansatildeo cresce de 350 para 500 kN indicando que a expansatildeo eacute mais faacutecil para
valores de tensatildeo de escoamento mais baixos
A forccedila de expansatildeo as tensotildees induzidas a deformaccedilatildeo radial excessiva na
parede do tubo e as variaccedilotildees de comprimento e espessura da parede do tubo foram
obtidas para as diferentes razotildees de expansatildeo acircngulos de mandril e coeficientes de
fricccedilatildeo utilizados
Com o aumento do coeficiente de fricccedilatildeo a forccedila de expansatildeo aumentou O
valor meacutedio da forccedila aplicada dobrou quando o coeficiente de fricccedilatildeo aumentou de 01
para 04 Foi observado por Seib et al que a forccedila de expansatildeo tem um pico no iniacutecio
do processo devido ao movimento repentino do mandril e depois se manteacutem
relativamente constante O mesmo efeito foi observado em Pervez et al Em relaccedilatildeo agrave
geometria do tubo a espessura da parede diminui 15 a 20 em relaccedilatildeo ao valor
original de acordo com o valor do coeficiente de fricccedilatildeo Jaacute o comprimento exibiu
duas respostas diferentes dependendo das condiccedilotildees do processo de expansatildeo
encurtando para alguns casos e alongando para outros Concluiu-se que esta variaccedilatildeo
depende fortemente da magnitude da forccedila de expansatildeo que por sua vez depende do
coeficiente de fricccedilatildeo
Ao variar a razatildeo de expansatildeo deixando fixos os outros paracircmetros Seib et al
mostraram que a deformaccedilatildeo radial excessiva e a forccedila de expansatildeo aumentam com
a razatildeo enquanto a espessura do tubo continua diminuindo A variaccedilatildeo no
comprimento apresentou um comportamento parecido com aquele que teve quando se
variou o coeficiente de fricccedilatildeo Ao estudar a influecircncia dos diferentes acircngulos do
mandril comportamentos similares aos anteriores foram obtidos Concluiu-se que oacircngulo oacutetimo para a expansatildeo eacute de aproximadamente 20deg
Outro ponto apresentado foi a antecipaccedilatildeo de falhas durante a expansatildeo Foi
determinado que certas configuraccedilotildees geomeacutetricas e condiccedilotildees de carregamento
levam a falha do tubo Altas razotildees de expansatildeo mandris com baixos acircngulos (esses
proporcionam uma aacuterea de contato maior) e elevados coeficientes de fricccedilatildeo por
exemplo podem levar a uma falha localizada Seib et al propuseram as seguintes
soluccedilotildees para prevenir qualquer falha prematura e inesperada expandir o tubo sobcompressatildeo ao inveacutes de traccedilatildeo expandir o tubo sob estado plano de deformaccedilatildeo
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
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1
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0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
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30
40
50
60
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0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
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Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
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0
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1
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
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Dt=14
Dt=17
Dt=20
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
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08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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onde o tubo apresenta ambas as extremidades fixas usar um mandril esfeacuterico caso a
expansatildeo do tubo tenha que ser realizada sob traccedilatildeo
Fonseca (2007) fez um estudo numeacuterico e experimental do efeito da expansatildeo
radial a frio de tubos instalados em poccedilos de petroacuteleo A parte experimental contou
com o projeto e construccedilatildeo de um aparato de expansatildeo para laboratoacuterio que pudesse
simular as condiccedilotildees de expansatildeo de tubos soacutelidos e furados (tubos base de telas de
contenccedilatildeo de areia) Corpos de provas em escala real foram expandidos e em
seguida submetidos agrave pressatildeo hidrostaacutetica ateacute o colapso
Fonseca fez um modelo computacional do tubo iacutentegro com o mesmo
comprimento dos corpos de prova (2000 mm) espessura de parede de 643 mm e
diacircmetro externo de 15132 mm com dupla simetria angular O corpo contou com
26600 elementos com dois elementos na espessura O cone foi construiacutedo de acordo
com suas dimensotildees reais e sua geometria foi representada fazendo o uso de uma
casca definida como uma superfiacutecie riacutegida A extremidade inicial do tubo teve seu
movimento de translaccedilatildeo na direccedilatildeo axial restringido enquanto a extremidade final
permaneceu livre O material foi definido com base na curva de material obtida nos
ensaios axiais realizados em um dos corpos de prova Assim como nos trabalhos
anteriores foi imposto ao cone um movimento na direccedilatildeo axial do tubo
No modelo computacional a resistecircncia ao colapso foi obtida atraveacutes de duas
etapas Na primeira aplicou-se um carregamento ateacute uma pressatildeo proacutexima a pressatildeo
de colapso esperada Na segunda etapa o meacutetodo de Riks foi utilizado para a
obtenccedilatildeo da pressatildeo externa que causa o colapso da estrutura A Tabela 3 apresenta
a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental dos tubos sem furo para as pressotildees de colapso
obtidas O modelo numeacuterico mostrou-se capaz de estimar o comportamento do tubo
em funccedilatildeo da expansatildeo experimentada no trabalho de Fonseca (2007)
Tabela 3 Pressotildees de colapso numeacuterica e experimental encontradas por Fonseca
(2007)
Corpo deprova
ExperimentalPc (psi)
NumeacutericoPc (psi)
Diferenccedila()
INT-01 3573 3448 -364TSF-01 1997 1957 -200TSF-02 1958 1957 -005TSF-03 2343 2740 1694
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
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Dt=17
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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RAMMERSTORFER F G BOHM H J ldquoExpandable Wellbore Tubularsrdquo SPE
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de abril a 3 de maio de 2007
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Como mencionado anteriormente natildeo existem muitos trabalhos publicados
referentes agraves caracteriacutesticas mecacircnicas de tubos expansiacuteveis e ao seu comportamento
durante e apoacutes a expansatildeo Apesar de ter sido um assunto abordado em outras
publicaccedilotildees Fonseca (2007) foi o que mais se aprofundou no efeito da expansatildeo na
pressatildeo de colapso do tubo O presente trabalho iraacute tratar do mesmo assunto com o
objetivo de determinar a combinaccedilatildeo oacutetima de diacircmetro externo espessura da parede
e grau de expansatildeo baseando-se na resistecircncia ao colapso de tubos soacutelidos
3 Metodologia
O trabalho eacute dividido em duas partes numeacuterica e experimental A parte
numeacuterica eacute realizada com o auxiacutelio de um programa de elementos finitos onde seconstruiu modelos para descrever o processo de expansatildeo de um tubo soacutelido Os
resultados das simulaccedilotildees foram comparados com os resultados adquiridos nos
ensaios experimentais em escala real realizados em laboratoacuterio Posteriormente tubos
intactos e expandidos foram submetidos agrave pressatildeo externa ateacute o colapso no interior de
uma cacircmara hiperbaacuterica visando determinar suas resistecircncias mecacircnicas Os
processos realizados na cacircmara hiperbaacuterica tambeacutem foram analisados no programa
de elementos finitos para a posterior correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental Esse capiacutetulo
eacute dividido em duas partes principais a primeira descreve e apresenta os resultadosdos testes experimentais e a segunda descreve as principais caracteriacutesticas do
modelo numeacuterico desenvolvido
31 Testes Experimentais
Os testes experimentais foram feitos em corpos de prova retirados de tubos
expansiacuteveis dedicado a aplicaccedilotildees em poccedilos de petroacuteleo e gaacutes natural
Para realizar os testes experimentais em laboratoacuterio com representatividade
do fenocircmeno estudado (expansatildeo radial de elementos tubulares) um aparato de
expansatildeo foi projetado e construiacutedo
311 Propriedades do Material
Como as caracteriacutesticas do constituinte dos tubos natildeo foram fornecidas pelo
fabricante as propriedades do material foram determinadas a partir de ensaios detraccedilatildeo uniaxial realizados em nove corpos de prova retirados dos tubos na direccedilatildeo
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
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0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
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40
50
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80
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
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1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
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40
50
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0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
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30
40
50
60
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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longitudinal (3 corpos de prova por tubo) Determinou-se assim as caracteriacutesticas
elaacutesticas do material (tensatildeo de escoamento coeficiente de Poisson e moacutedulo de
elasticidade) e a curva tensatildeo-deformaccedilatildeo no regime plaacutestico Dentre os trecircs corpos
de prova de um mesmo tubo um foi instrumentado com dois extensocircmetros eleacutetricos
(strain gages ) uniaxiais aplicados no sentido longitudinal em faces opostas para
minimizar o efeito de flexatildeo um extensocircmetro uniaxial no sentido transversal e um clip
gage Os outros corpos de prova receberam apenas o clip gage Os testes foram
conduzidos de acordo com a norma ASTM E8M A Tabela 4 conteacutem as meacutedias das
propriedades elaacutesticas determinadas para cada um dos 3 tubos usados nesse estudo
(T1 T2 e T3) A Figura 12 mostra as trecircs curvas meacutedias de tensatildeo verdadeira versus
deformaccedilatildeo plaacutestica logariacutetmica que foram obtidas atraveacutes dos ensaios de traccedilatildeo
uniaxial
Tabela 4 Propriedades elaacutesticas do material
Tubo E (Mpa) V σy (MPa)T1 2072556 0264 410T2 2074089 0273 408T3 2051802 0286 347
Figura 12 Curvas tensatildeo-deformaccedilatildeo verdadeira do tubo T1 T2 e T3 obtidas peloensaio de traccedilatildeo uniaxial
312 Teste de Expansatildeo
3121 Aparato de Expansatildeo
Curva do material
0
100
200
300
400
500
600
700
0 005 01 015 02
Deformaccedilatildeo
T e n s atilde o ( M P a )
T1
T2
T3
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
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06
08
1
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0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
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1
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
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Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
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Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
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0
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1
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Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
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40
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Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Como mencionado anteriormente um aparato de expansatildeo foi projetado e
construiacutedo para reproduzir a expansatildeo de elementos tubulares em escala real com
diacircmetro externo de ateacute 1524 mm (6 polegadas) Sua funccedilatildeo eacute expandir o tubo sob
traccedilatildeo As partes principais satildeo cilindro garra cone expansor e fuso
O cilindro impotildee deslocamento ao cone expansor que por sua vez deforma o
tubo radialmente As garras fixam a extremidade inicial do tubo a ser expandido ou
seja aquela a ser a primeira a sofrer o processo de expansatildeo a outra extremidade
permanece livre O fuso transfere o deslocamento do cilindro ao cone durante todo o
comprimento da amostra garantindo seu movimento uma vez que o cilindro
permanece na extremidade inicial do tubo A Figura 13 esquematiza o aparato de
teste a Figura 14 mostra em detalhes a geometria do cone expansor este possui um
furo ciliacutendrico ao longo de todo seu comprimento com um perfil de rosca compatiacutevel
com a rosca externa do fuso As dimensotildees do cone L1 L2 e L3 satildeo respectivamente
154 133 e 309 mm
Figura 13 Desenho esquemaacutetico do aparato desenvolvido para expansatildeo de tubos emescala real
Figura 14 Detalhe da geometria do cone expansor
A expansatildeo ocorre em trecircs estaacutegios distintos No primeiro a porccedilatildeo inicial do
tubo (450 mm) estaacute sob compressatildeo devido ao posicionamento das garras Figura 15
Nesse estaacutegio o cone eacute posicionado dentro do tubo O segundo estaacutegio se daacute com o
corpo de prova sob traccedilatildeo nessa etapa as garras estatildeo posicionadas apenas na
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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31
32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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32
A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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33
utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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45
Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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extremidade inicial do tubo Figura 16 A expansatildeo entatildeo ocorre ateacute a capacidade
maacutexima de deslocamento do cilindro Atingida essa capacidade seu pistatildeo eacute movido
no sentido contraacuterio e o fuso eacute girado para que sua extremidade encontre novamente a
ponta do pistatildeo do cilindro Uma vez feito isso o terceiro e uacuteltimo estaacutegio eacute iniciado
completando o processo de expansatildeo ao longo de todo o comprimento do tubo
Figura 15 Posiccedilatildeo das garras para o primeiro estaacutegio de expansatildeo
Figura 16 Posiccedilatildeo das garras para o segundo e terceiro estaacutegio de expansatildeo
3122 Expansatildeo do tubo soacutelido
Trecircs corpos de prova de 2000 mm de comprimento retirados de tubos
destinados a este tipo de trabalho (tubos T1 T2 e T3) tiveram seus diacircmetros
originais expandidos em 10 (com base no diacircmetro interno do tubo) Os testes foram
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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realizados atraveacutes do aparato construiacutedo e com o objetivo de avaliar o comportamento
de deformaccedilatildeo do tubo durante o processo de expansatildeo e de calibrar e validar o
modelo numeacuterico desenvolvido
Mediram-se os diacircmetros externos e as espessuras de cada amostra antes e
apoacutes a expansatildeo Tais medidas geomeacutetricas foram levantadas nas seccedilotildees nomeadas
como I (inicial) e F (final) e enumeradas de 1 a 8 Cada seccedilatildeo foi medida em valores
equumlidistantes entre si em 36deg ao longo da direccedilatildeo circunferencial (total de dez
medidas por seccedilatildeo para a espessura e cinco para o diacircmetro) A Figura 17 mostra um
desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas e a Figura 18 conteacutem detalhes dos pontos
de mediccedilatildeo
Figura 17 Desenho esquemaacutetico das seccedilotildees medidas (sem escala) O valor de a eacute 75mm e o de b 150 mm
Figura 18 Detalhe dos pontos de mediccedilatildeo e da instrumentaccedilatildeo do tubo soacutelido
A Tabela 5 conteacutem as propriedades geomeacutetricas coletadas antes e apoacutes a
expansatildeo e suas diferenccedilas dos 3 corpos de prova expandidos (T1SFE-01 T2SFE-02
e T3SFE-03) e dos trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem usados neste trabalho (T3SFI-
01 T3SFI-02 e T3SFI-03) A ovalizaccedilatildeo calculada de acordo com a Equaccedilatildeo 5 onde
∆o eacute a ovalizaccedilatildeo de uma dada seccedilatildeo Dmax o maior valor de diacircmetro encontrado
nessa seccedilatildeo e Dmiacuten o menor tambeacutem estaacute presente na Tabela 5
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28
+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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43
Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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University of Cambridge 1992 0-521-39780-4
EDWIN J CRUZ ROBERT V BAKER PAT YORK LEV RING ldquoMitigating Subsalt
Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid Expandable Monobore
Systemsrdquo Offshore Technology Conference 19008 Houston TX USA 30
de abril a 3 de maio de 2007
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28
+
minus=∆
minmax
minmax
0
D D
D D
(5)
Tabela 5 Dados geomeacutetricos coletados antes e apoacutes a expansatildeo
Corpo deProva
Diacircmetro Meacutedio(mm) D
()
Espessura Meacutedia(mm) t
()
OvalizaccedilatildeoMaacutexima () ov
()Antes Apoacutes Antes Apoacutes Antes Apoacutes
T1SFE-01 15169 16647 +974 6492 6434 -089 01 0168 +6800
T2SFE-02 15153 1664 +981 6439 6439 000 01 0098 -200
T3SFE-03 15137 1663 +986 6425 5974 -702 007 0111 +5857
T3SFI-01 15111 --- --- 6427 --- --- 02 --- ---
T3SFI-02 15171 --- --- 6489 --- --- 0082 --- ---
T3SFI-03 15163 --- --- 6428 --- --- 0083 --- ---
A ovalizaccedilatildeo aumentou apoacutes a expansatildeo quando o esperado era que ela
diminuiacutesse devido agrave quase inexistente ovalizaccedilatildeo do cone expansor Esse aumento
pode ser explicado pelo espaccedilo existente entre o a superfiacutecie externa do cone e a
interna do tubo soacutelido durante o processo Dessa forma o cone natildeo imprime no tubo
sua seccedilatildeo transversal circular e este manteacutem sua seccedilatildeo ovalizada que eacute ligeiramente
agravada com a expansatildeo A existecircncia desse espaccedilo ou gap foi mencionada por
Pervez et al (2007) A excentricidade eacute outro fator que pode contribuir para o aumento
da ovalizaccedilatildeo
Apoacutes o primeiro estaacutegio de expansatildeo o corpo de prova T3SFE-03 foi
instrumentado com seis extensocircmetros eleacutetricos A instrumentaccedilatildeo se deu na seccedilatildeo
3 a 1025 mm da extremidade inicial do tubo Os extensocircmetros foram instalados aos
pares para mapear as deformaccedilotildees longitudinais e transversais em trecircs diferentes
pontos na seccedilatildeo escolhida 0deg 90deg e 180deg Esta distribuiccedilatildeo pode ser visualizada na
Figura 18 O cilindro recebeu um transmissor de pressatildeo
A pressatildeo aplicada ao cilindro limitada em 3000 psi controla o experimento
Dessa forma a taxa de expansatildeo eacute baixa realizando a expansatildeo radial em um
processo quase-estaacutetico com deformaccedilatildeo transiente apenas na regiatildeo do corpo de
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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50
Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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open holes Comparison between aluminum and steelrdquo Journal of Materials amp
Design 2007 article in press doi101016jmatdes200701009
MAUGIN Gerard The thermomechanics of plasticity and fracture Great Britain
University of Cambridge 1992 0-521-39780-4
EDWIN J CRUZ ROBERT V BAKER PAT YORK LEV RING ldquoMitigating Subsalt
Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid Expandable Monobore
Systemsrdquo Offshore Technology Conference 19008 Houston TX USA 30
de abril a 3 de maio de 2007
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prova que estaacute sendo expandida Uma vez que o tubo estaacute encurtando em seu
comprimento enquanto o diacircmetro estaacute sendo expandido os extensocircmetros
transversais mostram um aumento na deformaccedilatildeo e os longitudinais uma reduccedilatildeo
313 Ensaio de ColapsoOs ensaios de colapso foram realizados em uma cacircmara hiperbaacuterica com
capacidade de 7500 psi A cacircmara eacute preenchida com aacutegua ateacute que todo ar do seu
interior seja retirado A pressurizaccedilatildeo ocorre a uma taxa inferior a 200 psimin e eacute feita
com aacutegua atraveacutes de uma bomba hidraacuteulica de acionamento pneumaacutetico Uma vaacutelvula
para controle de vazatildeo foi usada
Os equipamentos utilizados nos teste de colapso foram Cacircmara hiperbaacutericacom capacidade para 7500 psi bomba hidraacuteulica com acionamento pneumaacutetico para
30000 psi (Haskel) Malha para mediccedilatildeo de pressatildeo (certificado de calibraccedilatildeo RBC Nordm
PE-03302006 de 21112006) contendo transdutor de pressatildeo para 15000 psi WIKA
(KTPP014) moacutedulo condicionador de sinais SCXI-1001 National Instruments
(AQD002M2) e Micro-computador com placa AD para a aquisiccedilatildeo e interpretaccedilatildeo dos
dados Figura 19
Figura 19 Cacircmara hiperbaacuterica com capacidade para 7500 psi e sistema de aquisiccedilatildeode dados
Os tubos expandidos tiveram suas extremidades iniciais retiradas para evitar
que as marcas impostas pela garra no primeiro segundo e terceiro estaacutegio de
expansatildeo influenciassem de alguma maneira o ensaio Desta forma os corpos de
prova ficaram com um comprimento de 1500 mm Ao inveacutes dos 2000 mm iniciais Trecircs
tubos soacutelidos expandidos foram testados na cacircmara hiperbaacuterica para a determinaccedilatildeo
da pressatildeo de colapso Para efeito de comparaccedilatildeo trecircs tubos soacutelido natildeo expandidos
tambeacutem foram submetidos agrave pressurizaccedilatildeo no interior da cacircmara O colapso ocorreu
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na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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30
na porccedilatildeo central de cada um dos corpos de prova A seccedilatildeo colapsada apresentou
uma configuraccedilatildeo ldquoosso-de-cachorrordquo (dogbone ) Figura 20
Figura 20 Corpo de prova T2SFE-02 colapsado apoacutes ter sido submetido agrave pressatildeoexterna na cacircmara hiperbaacuterica
Os resultados dos ensaios de colapso podem ser visualizados graficamente
atraveacutes da Figura 21 O corpo de prova T3SFE-03 apresentou a maior resistecircncia ao
colapso entre os trecircs elementos tubulares expandidos No entanto natildeo haacute motivo
significativo dentre as propriedades geomeacutetricas do tubo (ovalizaccedilatildeo diacircmetro
externo espessura da parede ou razatildeo Dt) que justifique tal comportamento Os tubos
soacutelidos natildeo expandidos (T3SFI-01 T3SFI-02 e T3SFI-03) como jaacute esperado
apresentaram pressotildees de colapso significativamente maiores do que asapresentadas pelos tubos expandidos Em meacutedia as pressotildees de colapso dos tubos
expandidos foram em torno de 50 mais baixas do que as dos tubos que natildeo
sofreram o processo de expansatildeo
Figura 21 Resultados dos testes de colapso para tubos soacutelidos
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31
32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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45
Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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32 Modelagem Numeacuterica
Modelos numeacutericos natildeo lineares foram desenvolvidos utilizando o meacutetodo de
elementos finitos atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) capaz desimular o processo de expansatildeo a frio e o comportamento dos tubos sob pressatildeo
radial Foram levadas em consideraccedilatildeo natildeo linearidades geomeacutetricas contato entre o
cone de expansatildeo e a face interna do tubo e natildeo linearidades do material Simulou-se
o processo de expansatildeo e o carregamento de pressatildeo externa atraveacutes da integraccedilatildeo
impliacutecita das equaccedilotildees de equiliacutebrio em dois passos O modelo criado foi capaz de
reproduzir com sucesso os experimentos fiacutesicos realizados Apoacutes sua calibraccedilatildeo com
os resultados obtidos em laboratoacuterio o modelo foi utilizado para analisar-se mais
profundamente o comportamento mecacircnico de tubos soacutelidos expansiacuteveis e a influecircnciada expansatildeo na sua resistecircncia contra o colapso
321 Descriccedilatildeo do modelo numeacuterico
3211 Geometria
Modelos de elementos finitos tridimensionais de um tubo soacutelido e um cone
expansor foram criados atraveacutes do programa comercial Abaqus (versatildeo 65-1) comomostrado na Figura 22 Uma vez que natildeo haacute simetria axial que permita reduzir o
modelo a geometria do tubo foi construiacuteda com o mesmo comprimento dos corpos de
prova apoacutes serem preparados para os testes de colapso (1500mm) O modelo conta
com um plano de simetria definido pelos eixos 1 e 3 e outro definido pelos eixos 1 e 2
Dessa forma apenas frac14 do tubo foi modelado reduzindo o nuacutemero de equaccedilotildees a
serem calculadas e consequumlentemente o tempo computacional requerido
Figura 22 Detalhe do modelo tridimensional de elementos finitos de um tubo soacutelido eum cone expansor
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
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1
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0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
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30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
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40
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0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
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40
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
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0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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A geometria do tubo foi criada como um corpo deformaacutevel cada modelo
conteacutem as propriedades geomeacutetricas correspondentes ao elemento tubular estudado
Os valores usados foram os diacircmetros e espessuras meacutedias e a maacutexima ovalizaccedilatildeo
encontrada ao longo do comprimento de cada corpo de prova A malha foi criada em
uma rotina externa ao programa ABAQUS escrita em Fortran Esse recurso permite
que a seccedilatildeo transversal do tubo modelado possua uma forma eliacuteptica proporcionando
a ovalizaccedilatildeo desejada que apresenta um valor maacuteximo no meio do tubo e decai em
direccedilatildeo agraves extremidades
As dimensotildees reais do cone de expansatildeo (L1 L2 e L3 respectivamente 154 133
e 309 mm) foram obtidas para serem utilizadas no modelo numeacuterico O cone foi
modelado como um corpo riacutegido analiacutetico com um ponto de referecircncia (RP) para
controlar seu deslocamento e permitir assim a expansatildeo Suas extremidades onde o
contato pode ocorrer foram adaptadas para evitar qualquer possibilidade de induzir
altas concentraccedilotildees de tensatildeo A Figura 23 apresenta detalhes da geometria do cone
com seu ponto de referecircncia RF
Figura 23 Detalhes da geometria do cone expansor modelado como um corpo riacutegido
analiacutetico Suas extremidades arredondadas e seu ponto de referecircncia RF
3212 Material
O modelo de elementos finitos demanda as propriedades do material
constituinte dos tubos soacutelidos para estudar a resposta estrutural sob expansatildeo a frio e
carregamento externo Uma vez que o tubo sofre deformaccedilotildees plaacutesticas significativas
um comportamento elaacutestico-plaacutestico foi utilizado A lei de encruamento cinemaacutetico foi
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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P c P c o m eacute d
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Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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56
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utilizada juntamente com a de encruamento isotroacutepico para simular o efeito
Bauschinger O efeito Bauschinger eacute observado em muitos metais e consiste na
reduccedilatildeo da tensatildeo de escoamento sob carregamento reverso apoacutes ocorrecircncia de
deformaccedilatildeo plaacutestica durante a carga inicial detalhado no item 2173 As
propriedades de material inseridas no programa dependem do tubo que estaacute sendo
analisado e satildeo baseadas nas propriedades determinadas a partir dos testes de traccedilatildeo
uniaxial anteriormente mencionados
3213 Malha
Elementos soacutelidos quadraacuteticos tridimensionais (C3D27) com nuacutemero variaacutevel
de noacutes foram utilizados Um estudo de sensibilidade de malha foi realizado para
determinar a malha mais adequada Um modelo tiacutepico apresenta 80 elementos nadireccedilatildeo axial dois elementos na espessura e dez elementos na direccedilatildeo angular A
direccedilatildeo angular foi dividida de acordo com a seguinte configuraccedilatildeo onde cada porccedilatildeo
apresenta um elemento 10deg 10deg 15deg 15deg 10deg 10deg 75deg 75deg 25deg 25deg Dessa
forma as partes que supostamente sofreratildeo maiores deformaccedilotildees e carregamentos
se encontram mais refinadas Detalhes da malha do tubo podem ser vistos na Figura
22 na seccedilatildeo 3211
3214 Contato Carregamento e Condiccedilotildees de ContornoO contato entre o cone expansor e a superfiacutecie interna do tubo foi modelado de
acordo com a lei de fricccedilatildeo de Coulomb no entanto uma vez que o teste experimental
foi realizado com graxa entre as superfiacutecies o coeficiente de fricccedilatildeo utilizado foi zero
Em simulaccedilotildees futuras este paracircmetro pode ser facilmente modificado visando
introduzir a influecircncia do atrito Durante o primeiro passo referente ao processo de
expansatildeo nenhuma carga foi aplicada No segundo passo para simular o teste de
colapso foi aplicada pressatildeo na direccedilatildeo radial sobre a superfiacutecie externa do tubo
Uma pressatildeo equivalente a anterior foi aplicada na direccedilatildeo axial sobre a aacuterea lateral
do tubo a fim de simular o carregamento hidrostaacutetico que ocorre dentro da cacircmara
hiperbaacuterica Figura 24
Com o objetivo de reproduzir os testes experimentais algumas condiccedilotildees de
contorno especiacuteficas foram usadas Durante o primeiro passo a extremidade do tubo
onde a expansatildeo comeccedila foi restringida de movimentar-se na direccedilatildeo 1 (direccedilatildeo axial)
simulando o conjunto de garras do segundo e terceiro estaacutegio Somado a isso um
deslocamento na direccedilatildeo 1 foi imposto ao ponto de referecircncia do cone para movecirc-lo
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atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
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1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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34
atraveacutes do tubo enquanto tinha suas rotaccedilotildees restringidas nas direccedilotildees 4 5 e 6
realizando a expansatildeo sob traccedilatildeo Para o passo de colapso uma extremidade do tubo
foi presa em todas as direccedilotildees enquanto a outra permanecia livre para mover-se na
direccedilatildeo 1 permitindo o alongamento do tubo que eventualmente ocorre sob pressatildeo
externa Figura 24 conteacutem os carregamentos e as condiccedilotildees de contorno para ambos
os passos
Figura 24 Cargas e condiccedilotildees de contorno para o passo 1 (esquerda) e 2 (direita)
4 Resultados e Discussotildees
Nesse capiacutetulo satildeo discutidos os resultados da metodologia exposta nocapiacutetulo 3 O capiacutetulo eacute dividido em trecircs partes Na primeira os resultados e
caracteriacutesticas provenientes do modelo numeacuterico satildeo expostos e discutidos
Posteriormente apresenta-se a correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental obtida no trabalho
que possibilitou a validaccedilatildeo do modelo desenvolvido A uacuteltima parte consiste em um
estudo parameacutetrico realizado variando-se ovalizaccedilatildeo (ov) excentricidade (Ec) razatildeo
de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt)
41 Resultado Numeacuterico
Durante a anaacutelise do primeiro passo a deformaccedilatildeo do tubo foi monitorada e
comparada aos resultados obtidos nos testes experimentais A Figura 25 apresenta
um graacutefico referente ao noacute 50171 situado nas coordenadas (6562500 757703
00000) mm pertencente ao modelo numeacuterico T2SFE-02 onde o deslocamento na
direccedilatildeo 2 eacute plotado contra o tempo A deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente ao longo do
tubo (modelo T1SFE-01) durante o passo 1 eacute mostrada na Figura 26
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Figura 25 Deslocamento na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 do modelo T2SFE-02 versus
deslocamento do cone
Figura 26 Deformaccedilatildeo plaacutestica equivalente plotada ao longo do modelo T1SFE-01
durante o primeiro step
Observa-se que o modelo numeacuterico reproduz a natureza quase estaacutetica do
experimento de expansatildeo realizado onde a deformaccedilatildeo ocorre apenas na regiatildeo que
estaacute sendo expandida No entanto este mostra uma pequena recuperaccedilatildeo da
deformaccedilatildeo elaacutestica que natildeo foi percebida pelo sistema de aquisiccedilatildeo usado no
laboratoacuterio e que pode ser vista no graacutefico anteriormente mencionado (Figura 25) Odeslocamento final na direccedilatildeo 2 para o noacute 50171 foi de 727mm (baseado no diacircmetro
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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40
Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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42
Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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externo) o que resulta em uma deformaccedilatildeo na direccedilatildeo circunferencial de 1008
(neste noacute) A deformaccedilatildeo meacutedia do experimento foi de 981 Comportamentos
similares foram observados para todos os modelos desenvolvidos
Para a determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso dos tubos soacutelidos expandidos ou
natildeo atraveacutes do algoritmo modificado de Riks para controle de incrementos pressatildeo
foi aplicada na face externa Este tipo de anaacutelise foi escolhido pois a carga eacute
proporcional e a soluccedilatildeo exibe instabilidade A Figura 27 apresenta a configuraccedilatildeo poacutes
colapso para o modelo numeacuterico T2SFE-02 O colapso ocorre na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo imposta ou seja direccedilatildeo 2 Como observado nos testes experimentais o
tubo assume uma configuraccedilatildeo poacutes-colapso comumente conhecida como ldquoosso-de-
cachorrordquo (dogbone ) na mesma direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo imposta
Figura 27 Configuraccedilatildeo poacutes colapso para o modelo T2SFE-02 referente ao uacuteltimo
incremento do segundo step Tubo assume uma configuraccedilatildeo de ldquoosso-de-cachorrordquo
A Figura 28 demonstra graficamente como o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico (carga axial devido ao tamponamento das extremidades do
tubo durante o teste realizado na cacircmara hiperbaacuterica) satildeo importantes na anaacutelise
numeacuterica para determinaccedilatildeo da pressatildeo de colapso buscada neste trabalho Dois
modelos extras foram criados em alternativa ao modelo original T2SFE-02 um natildeo
levando em consideraccedilatildeo o efeito Bauschinger (T2SFE-02NBE) e outro
desconsiderando o carregamento hidrostaacutetico durante o teste de colapso (T2SFE-
02NHL) A linha pontilhada apresentada no graacutefico eacute referente ao resultado obtido no
experimento realizado em laboratoacuterio Apesar da diferenccedila entre o modelo original e o
modelo sem carga axial ser pequena para este caso (54) ela varia em funccedilatildeo da
geometria e do processo sendo analisado Quando o efeito Bauschinger eacute desprezadoa diferenccedila entre as pressotildees de colapso determinadas eacute significativamente maior O
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
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06
08
1
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0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
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30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
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Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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0
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1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
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Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
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1
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P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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modelo T2SFE-02NBE mostrou resistecircncia ao colapso 65 maior do que a resistecircncia
mostrada pelo modelo original (com carregamento hidrostaacutetico e encruamento
cineacutetico) Por tanto a inclusatildeo de ambos os efeitos eacute de extrema importacircncia para a
confiabilidade do modelo desenvolvido Pela figura 28 pode-se notar que o modelo
T2SFE-02 foi o que apresentou melhor correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental e portanto
foi o modelo utilizado no restante desse trabalho
Figura 28 - Comparaccedilatildeo da pressatildeo de colapso determinada para o modelo original
(T2SFE-02) modelo sem encruamento cineacutetico (T2SFE-02NBE) e modelo sem
carregamento axial (T2SFE-02NHL)
42 Correlaccedilatildeo Numeacuterico-Experimental
Seis anaacutelises foram realizadas trecircs referentes a cada um dos tubos
expandidos e trecircs a cada um dos tubos natildeo-expandidos A Tabela 6 conteacutem os
resultados dos testes experimentais e das anaacutelises numeacutericas mostrando tambeacutem a
diferenccedila em porcentagem entre as duas pressotildees de colapso obtidas para cada tubo
(∆Pc) Para alcanccedilar essa correlaccedilatildeo o modelo numeacuterico foi ajustado para ser capaz
de reproduzir os experimentos Uma boa correlaccedilatildeo entre as anaacutelises e os testes em
laboratoacuterio eacute observada provando a capacidade do modelo numeacuterico de estimar o
comportamento do tubo em funccedilatildeo da expansatildeo realizada Uma vez validado o
modelo pocircde ser utilizado para analisar mais detalhadamente o comportamento do
tubo expandido e para realizar um estudo parameacutetrico
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Tabela 6 ndash Comparaccedilatildeo numeacuterico-experimental das pressotildees de colapso dos tubos
soacutelidos
Corpo deProva
ExperimentalPc (psi)
Numeacuterico Pc(psi) ∆Pc ()
T1SF-01 1997 2045 +240T2SF-02 1958 1984 +132T3SF-03 2343 1810 -2250T3SFI-01 3573 3868 +826T3SFI-02 4475 4303 -384T3SFI-03 4469 4235 -524
43 Estudo Parameacutetrico
Os paracircmetros variados no estudo parameacutetrico foram ovalizaccedilatildeo (ov)
excentricidade (Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) Quatro
grupos foram criados o primeiro com ov = 05 e Ec = 0 o segundo com ov = 01
e Ec = 0 o terceiro com ov = 05 e Ec = 2 e por uacuteltimo um grupo com ov = 01
e Ec = 2 As pressotildees de colapso foram determinadas para razotildees de expansatildeo
entre 5 e 20 Para cada razatildeo de expansatildeo diferentes anaacutelises foram realizadas
variando-se a razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) do elemento tubular entre 14 e 32 As
propriedades de material utilizadas no estudo foram aquelas referentes ao corpo de
prova T2SFE-02
Para variar-se a Dt da geometria dos tubos manteve-se o mesmo diacircmetro
externo de 193675 mm (7 58rdquo) para todos os modelos e variou-se a espessura de
forma a obter a Dt desejado O diacircmetro de 193675 mm foi escolhido por ser um
diacircmetro mais usual na construccedilatildeo de poccedilos que aquele utilizado nos ensaios
experimentais O diacircmetro interno portanto muda de acordo com a anaacutelise realizada
Para variar-se a RE mudou-se a dimensatildeo L1 (Figura 14) apenas Logo o acircngulo da
superfiacutecie lateral do cilindro muda de acordo com a RE utilizada (para uma RE=5 tal
acircngulo eacute menor que para uma RE=15)
A Figura 29 Figura 31 Figura 33 e Figura 35 mostram no eixo das ordenadas
a relaccedilatildeo entre a pressatildeo de colapso obtida em cada anaacutelise e a pressatildeo de colapso
original determinada para um tubo natildeo expandido (PcPco) no eixo das abscissas
tecircm-se as razotildees de expansatildeo Na Figura 30 Figura 32 Figura 34 e Figura 36 o eixo
das ordenadas apresenta apenas a pressatildeo de colapso em MPa enquanto o das
abscissas continua mostrando a razatildeo de expansatildeo utilizada
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39
Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
Razatildeo de Expansatildeo ()
P c P c o
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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40
Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
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Grupo 3
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Pelas Figuras 30 32 34 e 36 vecirc-se que para maiores razotildees diacircmetro-
espessura a pressatildeo de colapso do tubo eacute menor enquanto os tubos com menores
razotildees Dt apresentam paredes mais espessas e satildeo portanto mais robustos Para
Dt = 26 (Figura 30) e RE = 0 o tubo possui uma pressatildeo de colapso de 2154 MPa jaacute
para um Dt = 17 essa pressatildeo para a mesma razatildeo de expansatildeo eacute de 465 MPa
116 maior
Figura 29 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
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P c P c o
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Dt=14
Dt=17
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
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P c P c o
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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P c P c o m eacute d
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Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
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Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Figura 30 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 1
Figura 31 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
0
10
20
30
40
50
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70
0 5 10 15 20 25Razatildeo de Expansatildeo ()
P c ( M P a )
Dt=14
Dt=17
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Dt=32
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
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41
Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
0
10
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50
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P c ( M P a )
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Dt=17
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Razatildeo de Expansatildeo ()
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Dt=17
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
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P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
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P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
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0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Figura 32 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 2
Figura 33 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
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Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Figura 34 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 3
Figura 35 - Razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a pressatildeo de
colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com diferentes
valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
0
10
20
30
40
50
60
70
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Figura 36 ndash Pressatildeo de colapso (MPa) versus razatildeo de expansatildeo para tubos com
diferentes valores de Dt Graacutefico referente ao grupo 4
Como pode ser observado nas figuras anteriores os elementos tubulares
apresentam consideraacutevel reduccedilatildeo na pressatildeo de colapso com o aumento da razatildeo de
expansatildeo (RE) Esta reduccedilatildeo se deve ao efeito Bauschinger e agrave maior razatildeo diacircmetro-
espessura (Dt) final do tubo (como jaacute mencionado a espessura (t) diminui com o
aumento do diacircmetro externo (D) durante o trabalho a frio de expansatildeo) A influecircncia
do efeito Bauschinger jaacute foi detalhada no item 2173 Em todos os grupos tubos com
diferentes Dtrsquos possuem o mesmo comportamento frente ao aumento da RE com um
efeito prejudicial semelhante Foi observado que para os grupos 1 e 2 para os quais
os tubos modelados possuem excentricidade igual a zero algumas anaacutelises
apresentaram a regiatildeo de colapso se formando de forma invertida Ou seja os tubos
colapsavam na direccedilatildeo 3 oposta a direccedilatildeo da ovalizaccedilatildeo inicial e natildeo na direccedilatildeo 2Nos grupos 3 e 4 todos os tubos apresentaram colapsos na mesma direccedilatildeo da
ovalizaccedilatildeo inicial
Com exceccedilatildeo do Dt = 32 os elementos tubulares dos grupos 1 e 3 que
possuem ov = 05 apresentaram maior semelhanccedila no efeito prejudicial O tubo com
razatildeo diacircmetro-espessura igual a 32 mostra uma menor taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo
de colapso com a RE Isso se deve ao fato de sua parede ser significativamente mais
fina permitindo que o cone expansor imprima sua geometria natildeo ovalizada no tuboconforme este eacute expandido A ovalizaccedilatildeo influencia na pressatildeo de colapso de maneira
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25
P c ( M P a )
Razatildeo de Expansatildeo ()
Dt=14
Dt=17
Dt=20
Dt=23
Dt=26
Dt=32
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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inversa ou seja quanto menor o valor desse paracircmetro maior a resistecircncia do
elemento tubular ao colapso Para os grupos 2 e 4 por sua vez maiores razotildees
diacircmetro-espessura resultam em uma intensificaccedilatildeo do efeito prejudicial na pressatildeo
de colapso ao se aumentar a razatildeo de expansatildeo No entanto assim como ocorre para
os tubos com ov = 05 o tubo de parede mais fina (Dt = 32) tem a menor taxa de
reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso com a RE
A Tabela 7 apresenta os valores de PcPco meacutedios para cada um dos 4
grupos os mesmos valores estatildeo apresentados de forma graacutefica na Figura 37 Repare
que apesar de apresentar valores maiores para a pressatildeo de colapso (Pc) o grupo 2
(ov = 01 e Ec = 0) apresenta uma taxa de reduccedilatildeo da pressatildeo com a RE mais
significativa do que o grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) O mesmo vale em relaccedilatildeo aos
grupos 4 e 3 que possuem respectivamente ov = 05 e Ec = 2 e ov = 01 e Ec =
2 Ou seja a menor ovalizaccedilatildeo atua aumentando a pressatildeo de colapso dos
elementos tubulares testados poreacutem provoca uma reduccedilatildeo na resistecircncia ao colapso
mais significativa conforme esses elementos satildeo expandidos a razotildees cada vez
maiores
A excentricidade tambeacutem atua intensificando a reduccedilatildeo da pressatildeo de colapso
conforme o aumento da RE Por exemplo para uma razatildeo de expansatildeo de 10 o
grupo 1 (ov = 05 e Ec = 0) apresenta em meacutedia uma reduccedilatildeo na pressatildeo de
colapso de 42 (PcPco=58) enquanto o grupo 3 que apresenta a mesma
ovalizaccedilatildeo poreacutem uma excentricidade de 2 apresenta uma reduccedilatildeo de 50
(PcPco=50) para o mesmo RE = 10 O mesmo ocorre entre o grupo 2 (ov = 01
e Ec = 0) que depois de uma expansatildeo de 15 do diacircmetro interno apresenta em
meacutedia uma pressatildeo de colapso 55 menor do que a pressatildeo original (PcPco = 45)
e o grupo 4 (ov = 01 e Ec = 2) que nas mesmas condiccedilotildees tem uma reduccedilatildeo de
62 de sua resistecircncia ao colapso (PcPco = 38)
Tabela 7 ndash PcPco dos grupos 1 2 3 e 4 para RErsquos variando de 5 a 20
RE983120983139983087983120983139983151
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
5 071 061 06 057
10 058 05 05 043
15 052 045 043 038
20 048 042 038 033
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
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i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Figura 37 ndash Meacutedia da razatildeo entre a pressatildeo de colapso do tubo expandido (Pc) e a
pressatildeo de colapso do tubo original (Pco) versus razatildeo de expansatildeo para grupo 1 2 3
e 4
Este estudo parameacutetrico permite determinar a Dt necessaacuteria para obter uma
pressatildeo de colapso especiacutefica depois que um tubo foi expandido em diferentes
magnitudes A fim de encontrar essa razatildeo diacircmetro-espessura a pressatildeo de colapso
original (Pco) do tubo assim como seus paracircmetros geomeacutetricos (ovalizaccedilatildeo e
excentricidade) deve ser calculada Por exemplo se em um dado cenaacuterio a pressatildeo
de colapso miacutenima requerida eacute 15 MPa a ovalizaccedilatildeo do elemento tubular a ser usado
na completaccedilatildeo eacute 05 e sua excentricidade eacute 2 pode-se escolher diferentes
combinaccedilotildees de Dt e RE como apresentado a seguir Dt=26 (Pco=225 MPa) com
RE = 5 (PcPco = 60) Dt = 23 (Pco = 2898 MPa) com RE = 10 (PcPco = 49)
ou ainda Dt = 20 (Pco = 375 MPa) com RE = 15 (PcPco = 42) Caso a razatildeo
diacircmetro-espessura do revestimento seja fixa pode-se escolher uma razatildeo de
expansatildeo adequada para a pressatildeo de projeto especiacutefica
5 Estudo de Caso
Nesta seccedilatildeo diversas aplicaccedilotildees em construccedilatildeo de poccedilos presentes no artigo
ldquoMitigating Subsalt Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid
Expandable Monobore Systemsrdquo escrito por Edwin et al (2007) seratildeo discutidas
Esses exemplos mostram como a aplicaccedilatildeo do sistema de revestimento monobore
pode reduzir significativamente o custo de construccedilatildeo de um poccedilo ao mesmo tempo
0
02
04
06
08
1
12
0 5 10 15 20 25
P c P c o m eacute d
i o s
Razatildeo de Expansatildeo ()
Grupo 1
Grupo 2
Grupo 3
Grupo 4
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
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Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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em que resolve os desafios associados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes de zonas
problemaacuteticas e a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Posteriormente um caso
ocorrido recentemente em um poccedilo em aacuteguas profundas no Golfo do Meacutexico seraacute
exposto duas alternativas ao projeto realizado seratildeo mencionadas
Segundo Edwin et al O uso de sistemas expansiacuteveis (principalmente para
construccedilatildeo de poccedilos monobore ) pode servir como contingecircncia para lidar de maneira
efetiva com riscos associados a incertezas geoloacutegicas permitir o uso de fases extras
de revestimento facilitar novas teacutecnicas proativas de construccedilatildeo de poccedilos e melhorar
a produtividade do poccedilo Com a profundidade total dos poccedilos (TD) aumentando cada
vez mais os sistemas expansiacuteveis vecircm se tornando uma fonte extremamente valiosa
como meio de reduzir os custos do poccedilo e aumentar as chances de atingir o topo do
reservatoacuterio com um tamanho de poccedilo que permita a continuidade das operaccedilotildees
As dificuldades associadas em se perfurar atraveacutes ou ao redor de zonas de sal
podem ser divididas em trecircs categorias principais perda de circulaccedilatildeo aacutereas de alta
pressatildeo inesperadas integridade e estabilidade do poccedilo Com isso ter uma
quantidade adicional de fases de revestimento eacute extremamente vantajoso para que se
consiga colocar com sucesso o sal atraacutes do revestimento e garantir um diacircmetro de
produccedilatildeo razoaacutevel Os exemplos a seguir satildeo projetos de perfuraccedilatildeo de poccedilos que
passam atraveacutes de uma zona de perda (Rubble zone ) associada agrave penetraccedilatildeo na
camada de sal As zonas de escombros podem ser criadas in situ por caminhos de
desidrataccedilatildeo ou tensotildees tectocircnicas Elas ocorrem quando haacute uma alta pressatildeo de
poros e uma baixa pressatildeo de fratura criando uma janela de atuaccedilatildeo muito estreita
ou ocorrem pela presenccedila da camada de sal por si soacute
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional
Na maioria dos casos os projetistas incluem um revestimento convencional de
contingecircncia como um meio de lidar temporariamente com uma zona problemaacutetica ou
cobri-la No entanto essa maneira tipicamente resulta no aumento do diacircmetro da
porccedilatildeo superior do poccedilo e em alguns casos uso natildeo planejado e prematuro de tubos
convencionais que implicam na reduccedilatildeo do diacircmetro interno do poccedilo Reduzir o
diacircmetro interno eacute um alto preccedilo a se pagar por um ato de contingecircncia uma vez que
o tamanho do poccedilo determina a profundidade perfurada e quantas fases adicionais
poderatildeo ser usadas A Figura 38 a seguir representa o projeto convencional de
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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7 Referecircncias Bibliograacuteficas
SEIBI AC PERVEZ T AL-HIDDABI S KARRECH A ldquoFinite Element Modeling ofa Solid Tubular Expansion ndash A Typical Well Engineering Applicationrdquo Soc of
Petroleum Engineers 84943 Lousiania EUA 20-21 Fev 2002
CAMPO D WILLIAMS C COOK L BRISCO D DEAN B RING L
ldquoMonodiameter drilling Liner ndash From Concept to Realityrdquo SPEIADC Drilling
Conference 79790 Amsterdam The Netherlands 19-21 February 2003
NOR NM HUANG E VOON CH LAU J BERHAD SS RUGGIER MldquoTransforming Conventional Wells to Bigbore Completions Using Solid
Expandable Tubing (SET)rdquo Offshore Technology Conference 14315 Houston
EUA 6-9 Mai 2002
FILIPPOV A AKHIDENO M ZIJSLING D WADDELL K COSTA S WATSON
B BELL B ldquoContinued Evolution of the One-Trip Expansion Single-Diameter
wellborerdquo Offshore Technology Conference 17437 Houston TX USA 2-5
mai 2005
MONTAGNA JM POPP T WHITE WG ldquoBeyond Sand Control Using
Expandable Systems for Annular Isolation and Single Selective Production in
Open-Hole Completionsrdquo Offshore Technology Conference 16666 Houston
EUA 3-6 Mai 2004
MASON D CALES G HOLLAND M JOPLING J ldquoUsing an Engineering Analysis
to Identify Pragmatic Applications for Solid Expandable Tubular Technologyrdquo
Offshore technology Conference 17438 Houston TX USA 2-5 Mai 2005
AL-SALEH A AL-KANDARI A AL FAYEZ F BREWSTER TW ldquoUsing
Expandable Liners in Deep High Pressure Wells A Case Studyrdquo Asia Pacific
Drilling Technology Conference and Exhibition 88029 Kuala Lumpur
Malaysia 13-15 set 2004
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MOORE MJ WINTERS WJ ZWALD E BRISCO D ldquoField Trial Proves
Upgrades to Solid Expandable Tubularsrdquo Offshore Technology Conference
14217 Houston TX USA 6-9 Mai 2002
GRANT T BULLOCK M ldquoThe evolution of Solid Expandable Tubular Technology
Lessons Learned Over Five Yearsrdquo Offshore Technology Conference 17442
Houston TX EUA 2-5 Mai 2005
LODDER R J RUGGIER M BOBROSKY D RADFORD S ldquoDetermination of
Borehole Quality Diameter and BHA Directional Response Eccentric Tool Test
Program for Expandable Casing Application North Seardquo SPEIADC Drilling
Conference 67769 Amsterdam The Netherlands 27 Fev ndash 1 Mar 2001
STEWART R B MARKETZ F LOHBECK WCM FISHER F D DAVES W
RAMMERSTORFER F G BOHM H J ldquoExpandable Wellbore Tubularsrdquo SPE
Technical Symposium ldquoQuest for Solutions in a Changing Industryrdquo 60766
Dhahran Saudi Arabia Out 1999
FONSECA CE ldquoAnaacutelise do Comportamento Estrutural Sob Pressatildeo Externa de
Tubos Expansiacuteveis para Poccedilos de Petroacuteleordquo Universidade Federal do Rio de
Janeiro COPPEUFRJ MSc Engenharia Oceacircnica 2007
ASTM E8M ldquoStandard Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials [Metric]rdquo
ASTM international 2001
PERVEZ T QAMAR SZ SEIBI AC AL-JAHWARI FK ldquoUse of SET in cased and
open holes Comparison between aluminum and steelrdquo Journal of Materials amp
Design 2007 article in press doi101016jmatdes200701009
MAUGIN Gerard The thermomechanics of plasticity and fracture Great Britain
University of Cambridge 1992 0-521-39780-4
EDWIN J CRUZ ROBERT V BAKER PAT YORK LEV RING ldquoMitigating Subsalt
Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid Expandable Monobore
Systemsrdquo Offshore Technology Conference 19008 Houston TX USA 30
de abril a 3 de maio de 2007
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completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes a perfuraccedilatildeo de uma camada de
sal
Figura 38 Projeto convencional de completaccedilatildeo para mitigar uma zona de perda apoacutes
a perfuraccedilatildeo de camada de sal Adiccedilatildeo de 4 fases extras abaixo da sapata de 13-58
Geometricamente eacute possiacutevel correr ateacute quatro colunas de revestimento
convencionais atraveacutes de um revestimento de 13-58rdquo No entanto uma vez que o
revestimento de 5-12rdquo estaacute instalado perfurar um poccedilo de 4-34rdquo eacute extremamente
desafiador A avaliaccedilatildeo dessas seccedilotildees estreitas satildeo na melhor das hipoacuteteses difiacutecil
quando natildeo impossiacutevel Primeiro ferramentas especiacuteficas de perfuraccedilatildeo e avaliaccedilatildeo
satildeo necessaacuterias Segundo a gerecircncia da densidade de circulaccedilatildeo equivalente se
torna uma questatildeo que pode frustrar as tentativas de se atingir o alvo na profundidade
definida
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Quando tubos soacutelidos expansiacuteveis satildeo incorporados no projeto o tamanho do
poccedilo pode ser conservado uma meacutedia de 12 por coluna de revestimento Em termos
de uso de expansiacuteveis convencionais essa porcentagem traduz-se pela possibilidade
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
39
Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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7 Referecircncias Bibliograacuteficas
SEIBI AC PERVEZ T AL-HIDDABI S KARRECH A ldquoFinite Element Modeling ofa Solid Tubular Expansion ndash A Typical Well Engineering Applicationrdquo Soc of
Petroleum Engineers 84943 Lousiania EUA 20-21 Fev 2002
CAMPO D WILLIAMS C COOK L BRISCO D DEAN B RING L
ldquoMonodiameter drilling Liner ndash From Concept to Realityrdquo SPEIADC Drilling
Conference 79790 Amsterdam The Netherlands 19-21 February 2003
NOR NM HUANG E VOON CH LAU J BERHAD SS RUGGIER MldquoTransforming Conventional Wells to Bigbore Completions Using Solid
Expandable Tubing (SET)rdquo Offshore Technology Conference 14315 Houston
EUA 6-9 Mai 2002
FILIPPOV A AKHIDENO M ZIJSLING D WADDELL K COSTA S WATSON
B BELL B ldquoContinued Evolution of the One-Trip Expansion Single-Diameter
wellborerdquo Offshore Technology Conference 17437 Houston TX USA 2-5
mai 2005
MONTAGNA JM POPP T WHITE WG ldquoBeyond Sand Control Using
Expandable Systems for Annular Isolation and Single Selective Production in
Open-Hole Completionsrdquo Offshore Technology Conference 16666 Houston
EUA 3-6 Mai 2004
MASON D CALES G HOLLAND M JOPLING J ldquoUsing an Engineering Analysis
to Identify Pragmatic Applications for Solid Expandable Tubular Technologyrdquo
Offshore technology Conference 17438 Houston TX USA 2-5 Mai 2005
AL-SALEH A AL-KANDARI A AL FAYEZ F BREWSTER TW ldquoUsing
Expandable Liners in Deep High Pressure Wells A Case Studyrdquo Asia Pacific
Drilling Technology Conference and Exhibition 88029 Kuala Lumpur
Malaysia 13-15 set 2004
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MOORE MJ WINTERS WJ ZWALD E BRISCO D ldquoField Trial Proves
Upgrades to Solid Expandable Tubularsrdquo Offshore Technology Conference
14217 Houston TX USA 6-9 Mai 2002
GRANT T BULLOCK M ldquoThe evolution of Solid Expandable Tubular Technology
Lessons Learned Over Five Yearsrdquo Offshore Technology Conference 17442
Houston TX EUA 2-5 Mai 2005
LODDER R J RUGGIER M BOBROSKY D RADFORD S ldquoDetermination of
Borehole Quality Diameter and BHA Directional Response Eccentric Tool Test
Program for Expandable Casing Application North Seardquo SPEIADC Drilling
Conference 67769 Amsterdam The Netherlands 27 Fev ndash 1 Mar 2001
STEWART R B MARKETZ F LOHBECK WCM FISHER F D DAVES W
RAMMERSTORFER F G BOHM H J ldquoExpandable Wellbore Tubularsrdquo SPE
Technical Symposium ldquoQuest for Solutions in a Changing Industryrdquo 60766
Dhahran Saudi Arabia Out 1999
FONSECA CE ldquoAnaacutelise do Comportamento Estrutural Sob Pressatildeo Externa de
Tubos Expansiacuteveis para Poccedilos de Petroacuteleordquo Universidade Federal do Rio de
Janeiro COPPEUFRJ MSc Engenharia Oceacircnica 2007
ASTM E8M ldquoStandard Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials [Metric]rdquo
ASTM international 2001
PERVEZ T QAMAR SZ SEIBI AC AL-JAHWARI FK ldquoUse of SET in cased and
open holes Comparison between aluminum and steelrdquo Journal of Materials amp
Design 2007 article in press doi101016jmatdes200701009
MAUGIN Gerard The thermomechanics of plasticity and fracture Great Britain
University of Cambridge 1992 0-521-39780-4
EDWIN J CRUZ ROBERT V BAKER PAT YORK LEV RING ldquoMitigating Subsalt
Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid Expandable Monobore
Systemsrdquo Offshore Technology Conference 19008 Houston TX USA 30
de abril a 3 de maio de 2007
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de ter a disposiccedilatildeo um total de cinco opccedilotildees de colunas extras de revestimento Figura
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Figura 39 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional incrementado pelo uso de tubos soacutelidos
expansiacuteveis convencionais Adiccedilatildeo de cinco colunas extras de revestimento abaixo da
sapata de 13-58rdquo
A maioria dos desafios de perfuraccedilatildeo no Golfo do Meacutexico por exemplo
ocorrem a partir do ponto onde se instala o revestimento de 13-58rdquo Com o uso de
revestimentos expansiacuteveis a quantidade de opccedilotildees para contingecircncia abaixo desse
ponto aumenta de maneira significativa A instalaccedilatildeo de um expansiacutevel 11-34rdquo x 13-
38rdquo para poccedilo aberto eacute frequumlentemente considerada Esta alternativa natildeo possui um
diacircmetro interno (ID) suficientemente grande para permitir a passagem de um liner
convencional com diacircmetro nominal de 11-34rdquo No entanto apoacutes sua expansatildeo
permite a instalaccedilatildeo tanto de um revestimento com 10-34rdquo como de um com 9-58rdquo
Se uma coluna adicional for necessaacuteria um revestimento de 7rdquo convencional
pode ser corrido ou ainda outro tubo expansiacutevel caso suas propriedades mecacircnicas
sejam adequadas Um dos cenaacuterios de contingecircncia mais comuns no Golfo do Meacutexico
ocorre quando problemas durante a perfuraccedilatildeo obrigam a descida prematura de um
revestimento de 11-78rdquo Apoacutes a instalaccedilatildeo desse revestimento normalmente desce-
se um expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-78rdquo que quando expandido faz com que seja
extremamente desafiante prosseguir com uma coluna de 9-58rdquo Portanto a induacutestriatem sido forccedilada a depender de um revestimento natildeo API Q-125 com diacircmetro
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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de abril a 3 de maio de 2007
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nominal de 9-38rdquo Esse revestimento possui espaccedilo interno suficiente para permitir a
passagem de um liner convencional de 7rdquo ou ainda outro revestimento expansiacutevel
Em essecircncia natildeo importa qual combinaccedilatildeo eacute utilizada o resultado eacute similar
um maacuteximo de cinco colunas de revestimento disponiacuteveis para serem corridas atraveacutes
da sapata do revestimento de 13-38rdquo Trecircs dessas colunas podem ser usadas para
combater problemas relacionados com a perfuraccedilatildeo atraveacutes do sal enquanto as
opccedilotildees restantes podem ser usadas para atingir o topo do reservatoacuterio em questatildeo
Expansiacutevel para poccedilo aberto do tipo monobore
A Figura 40 ilustra a diferenccedila do sistema de liner monobore quando
comparado com o sistema convencional Como mencionado na introduccedilatildeo desse
trabalho desde 1999 tubos expansiacuteveis soacutelidos tecircm sido utilizados para prover agrave
induacutestria uma maior seleccedilatildeo de tamanhos de revestimentos No entanto esses tubos
expansiacuteveis convencionais nem sempre apresentam as caracteriacutesticas mecacircnicas
necessaacuterias para determinadas aplicaccedilotildees em campo Uma vez que a resistecircncia ao
colapso de elementos tubulares eacute funccedilatildeo principalmente de sua parede o caminho
encontrado para se produzir um liner com melhores caracteriacutesticas mecacircnicas Foi
construiacute-lo a partir de um tubo manufaturado com uma espessura de parede maior As
diferenccedilas entre os sistemas expansiacuteveis monobore e convencional (11-34rdquo x 13-38rdquo)
satildeo
bull Perda de diacircmetro interno igual a zero
bull Pressatildeo de colapso apoacutes a expansatildeo eacute maior que o dobro da pressatildeo de
revestimentos expansiacuteveis convencionais com o mesmo tamanho (espessura
de 0582rdquo versus 0375rdquo)
bull O cone expansor se expande e retrai de acordo com a necessidadebull O sistema utiliza tubos sem costura
bull A pressatildeo de expansatildeo eacute aproximadamente 30 menor
bull Conexotildees do tipo metal-metal dentro do ISO-standard
bull Disponibilidade de uma accedilatildeo de contingecircncia para fechar o cone caso fique
preso
bull Necessidade da sapata do revestimento anterior ter um diacircmetro interno
superior ao diacircmetro externo do tubo apoacutes a expansatildeo
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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7 Referecircncias Bibliograacuteficas
SEIBI AC PERVEZ T AL-HIDDABI S KARRECH A ldquoFinite Element Modeling ofa Solid Tubular Expansion ndash A Typical Well Engineering Applicationrdquo Soc of
Petroleum Engineers 84943 Lousiania EUA 20-21 Fev 2002
CAMPO D WILLIAMS C COOK L BRISCO D DEAN B RING L
ldquoMonodiameter drilling Liner ndash From Concept to Realityrdquo SPEIADC Drilling
Conference 79790 Amsterdam The Netherlands 19-21 February 2003
NOR NM HUANG E VOON CH LAU J BERHAD SS RUGGIER MldquoTransforming Conventional Wells to Bigbore Completions Using Solid
Expandable Tubing (SET)rdquo Offshore Technology Conference 14315 Houston
EUA 6-9 Mai 2002
FILIPPOV A AKHIDENO M ZIJSLING D WADDELL K COSTA S WATSON
B BELL B ldquoContinued Evolution of the One-Trip Expansion Single-Diameter
wellborerdquo Offshore Technology Conference 17437 Houston TX USA 2-5
mai 2005
MONTAGNA JM POPP T WHITE WG ldquoBeyond Sand Control Using
Expandable Systems for Annular Isolation and Single Selective Production in
Open-Hole Completionsrdquo Offshore Technology Conference 16666 Houston
EUA 3-6 Mai 2004
MASON D CALES G HOLLAND M JOPLING J ldquoUsing an Engineering Analysis
to Identify Pragmatic Applications for Solid Expandable Tubular Technologyrdquo
Offshore technology Conference 17438 Houston TX USA 2-5 Mai 2005
AL-SALEH A AL-KANDARI A AL FAYEZ F BREWSTER TW ldquoUsing
Expandable Liners in Deep High Pressure Wells A Case Studyrdquo Asia Pacific
Drilling Technology Conference and Exhibition 88029 Kuala Lumpur
Malaysia 13-15 set 2004
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MOORE MJ WINTERS WJ ZWALD E BRISCO D ldquoField Trial Proves
Upgrades to Solid Expandable Tubularsrdquo Offshore Technology Conference
14217 Houston TX USA 6-9 Mai 2002
GRANT T BULLOCK M ldquoThe evolution of Solid Expandable Tubular Technology
Lessons Learned Over Five Yearsrdquo Offshore Technology Conference 17442
Houston TX EUA 2-5 Mai 2005
LODDER R J RUGGIER M BOBROSKY D RADFORD S ldquoDetermination of
Borehole Quality Diameter and BHA Directional Response Eccentric Tool Test
Program for Expandable Casing Application North Seardquo SPEIADC Drilling
Conference 67769 Amsterdam The Netherlands 27 Fev ndash 1 Mar 2001
STEWART R B MARKETZ F LOHBECK WCM FISHER F D DAVES W
RAMMERSTORFER F G BOHM H J ldquoExpandable Wellbore Tubularsrdquo SPE
Technical Symposium ldquoQuest for Solutions in a Changing Industryrdquo 60766
Dhahran Saudi Arabia Out 1999
FONSECA CE ldquoAnaacutelise do Comportamento Estrutural Sob Pressatildeo Externa de
Tubos Expansiacuteveis para Poccedilos de Petroacuteleordquo Universidade Federal do Rio de
Janeiro COPPEUFRJ MSc Engenharia Oceacircnica 2007
ASTM E8M ldquoStandard Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials [Metric]rdquo
ASTM international 2001
PERVEZ T QAMAR SZ SEIBI AC AL-JAHWARI FK ldquoUse of SET in cased and
open holes Comparison between aluminum and steelrdquo Journal of Materials amp
Design 2007 article in press doi101016jmatdes200701009
MAUGIN Gerard The thermomechanics of plasticity and fracture Great Britain
University of Cambridge 1992 0-521-39780-4
EDWIN J CRUZ ROBERT V BAKER PAT YORK LEV RING ldquoMitigating Subsalt
Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid Expandable Monobore
Systemsrdquo Offshore Technology Conference 19008 Houston TX USA 30
de abril a 3 de maio de 2007
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Figura 40 Diferenccedila entre o sistema expansiacutevel convencional onde D1 lt D0 e o
sistema do tipo monobore onde D1 = D0
Projeto de Perfuraccedilatildeo Convencional com Expansiacuteveis do Tipo Monobore e
Tubos Expansiacuteveis Convencionais
Conforme a induacutestria cria confianccedila na tecnologia de tubos expansiacuteveis novos
usos em construccedilotildees proativas de poccedilos vatildeo sendo criados por engenheiros de
perfuraccedilatildeo Apesar das extensotildees com liners para poccedilo aberto do tipo monobore
serem constantemente utilizadas como contingecircncia seu verdadeiro valor ocorre
quando elas satildeo incorporadas no projeto base do poccedilo e uma avaliaccedilatildeo apropriada de
seu potencial econocircmico eacute conduzida
O sistema monobore para poccedilo aberto fornece uma fase de revestimento extra
que previne a reduccedilatildeo prematura do perfil do poccedilo Este sistema fornece uma opccedilatildeo
de liner de contingecircncia durante a perfuraccedilatildeo atraveacutes de camadas de sal aumentando
a probabilidade de alcanccedilar a base do sal com o tamanho de poccedilo planejado
Adicionalmente o sistema monobore ajuda a controlar os riscos causados pelas
incertezas geoloacutegicas associadas agrave saiacuteda da camada de sal Este liner fornece
proteccedilatildeo contra a pressatildeo para a sapata enquanto perfura-se por zonas problemaacuteticas
nas aacutereas de lacircmina drsquoaacutegua profunda no Golfo do Meacutexico
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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7 Referecircncias Bibliograacuteficas
SEIBI AC PERVEZ T AL-HIDDABI S KARRECH A ldquoFinite Element Modeling ofa Solid Tubular Expansion ndash A Typical Well Engineering Applicationrdquo Soc of
Petroleum Engineers 84943 Lousiania EUA 20-21 Fev 2002
CAMPO D WILLIAMS C COOK L BRISCO D DEAN B RING L
ldquoMonodiameter drilling Liner ndash From Concept to Realityrdquo SPEIADC Drilling
Conference 79790 Amsterdam The Netherlands 19-21 February 2003
NOR NM HUANG E VOON CH LAU J BERHAD SS RUGGIER MldquoTransforming Conventional Wells to Bigbore Completions Using Solid
Expandable Tubing (SET)rdquo Offshore Technology Conference 14315 Houston
EUA 6-9 Mai 2002
FILIPPOV A AKHIDENO M ZIJSLING D WADDELL K COSTA S WATSON
B BELL B ldquoContinued Evolution of the One-Trip Expansion Single-Diameter
wellborerdquo Offshore Technology Conference 17437 Houston TX USA 2-5
mai 2005
MONTAGNA JM POPP T WHITE WG ldquoBeyond Sand Control Using
Expandable Systems for Annular Isolation and Single Selective Production in
Open-Hole Completionsrdquo Offshore Technology Conference 16666 Houston
EUA 3-6 Mai 2004
MASON D CALES G HOLLAND M JOPLING J ldquoUsing an Engineering Analysis
to Identify Pragmatic Applications for Solid Expandable Tubular Technologyrdquo
Offshore technology Conference 17438 Houston TX USA 2-5 Mai 2005
AL-SALEH A AL-KANDARI A AL FAYEZ F BREWSTER TW ldquoUsing
Expandable Liners in Deep High Pressure Wells A Case Studyrdquo Asia Pacific
Drilling Technology Conference and Exhibition 88029 Kuala Lumpur
Malaysia 13-15 set 2004
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MOORE MJ WINTERS WJ ZWALD E BRISCO D ldquoField Trial Proves
Upgrades to Solid Expandable Tubularsrdquo Offshore Technology Conference
14217 Houston TX USA 6-9 Mai 2002
GRANT T BULLOCK M ldquoThe evolution of Solid Expandable Tubular Technology
Lessons Learned Over Five Yearsrdquo Offshore Technology Conference 17442
Houston TX EUA 2-5 Mai 2005
LODDER R J RUGGIER M BOBROSKY D RADFORD S ldquoDetermination of
Borehole Quality Diameter and BHA Directional Response Eccentric Tool Test
Program for Expandable Casing Application North Seardquo SPEIADC Drilling
Conference 67769 Amsterdam The Netherlands 27 Fev ndash 1 Mar 2001
STEWART R B MARKETZ F LOHBECK WCM FISHER F D DAVES W
RAMMERSTORFER F G BOHM H J ldquoExpandable Wellbore Tubularsrdquo SPE
Technical Symposium ldquoQuest for Solutions in a Changing Industryrdquo 60766
Dhahran Saudi Arabia Out 1999
FONSECA CE ldquoAnaacutelise do Comportamento Estrutural Sob Pressatildeo Externa de
Tubos Expansiacuteveis para Poccedilos de Petroacuteleordquo Universidade Federal do Rio de
Janeiro COPPEUFRJ MSc Engenharia Oceacircnica 2007
ASTM E8M ldquoStandard Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials [Metric]rdquo
ASTM international 2001
PERVEZ T QAMAR SZ SEIBI AC AL-JAHWARI FK ldquoUse of SET in cased and
open holes Comparison between aluminum and steelrdquo Journal of Materials amp
Design 2007 article in press doi101016jmatdes200701009
MAUGIN Gerard The thermomechanics of plasticity and fracture Great Britain
University of Cambridge 1992 0-521-39780-4
EDWIN J CRUZ ROBERT V BAKER PAT YORK LEV RING ldquoMitigating Subsalt
Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid Expandable Monobore
Systemsrdquo Offshore Technology Conference 19008 Houston TX USA 30
de abril a 3 de maio de 2007
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O monobore possibilita a adiccedilatildeo de outra coluna de revestimento sem perda de
diacircmetro interno do poccedilo Este sistema estende a profundidade da sapata anterior sem
perda nenhuma de diacircmetro interno e portanto natildeo modifica o projeto do poccedilo O
sistema representado na Figura 41 adiciona um total de seis possiacuteveis colunas
abaixo do revestimento de 13-58rdquo com a opccedilatildeo de adicionar ainda outro revestimento
agrave profundidade total (TD)
Figura 41 Projeto de perfuraccedilatildeo convencional melhorado com o uso de expansiacuteveis
do tipo monobore e do tipo convencional Adiccedilatildeo de seis colunas de revestimento
abaixo da sapata de 13-58rdquo com ainda uma seacutetima coluna opcional
Aplicaccedilatildeo do Liner Monobore no Projeto de um Poccedilo no golfo do Meacutexico
(Lacircmina drsquoaacutegua Profunda)
Recentemente um poccedilo de aacutegua profunda atingiu uma zona de escombros ao
sair de uma camada de sal o que resultou na descida inesperada de uma coluna de
revestimento como forma de conter a situaccedilatildeo O projeto original determinava que o
revestimento de 11-78rdquo seria utilizado em uma maior profundidade Ao inveacutes disso foi
usado para cobrir aproximadamente 1000 peacutes de zona de perdas associada a
presenccedila de uma formaccedilatildeo de sal Caso o projeto original fosse executado o
revestimento de 9-58rdquo seria instalado a uma profundidade onde deveria estar o de
11-78 originalmente A consequumlecircncia seria diminuir o diacircmetro do poccedilo em
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
7182019 Monopol i 10000018
httpslidepdfcomreaderfullmonopol-i-10000018 6668
56
7 Referecircncias Bibliograacuteficas
SEIBI AC PERVEZ T AL-HIDDABI S KARRECH A ldquoFinite Element Modeling ofa Solid Tubular Expansion ndash A Typical Well Engineering Applicationrdquo Soc of
Petroleum Engineers 84943 Lousiania EUA 20-21 Fev 2002
CAMPO D WILLIAMS C COOK L BRISCO D DEAN B RING L
ldquoMonodiameter drilling Liner ndash From Concept to Realityrdquo SPEIADC Drilling
Conference 79790 Amsterdam The Netherlands 19-21 February 2003
NOR NM HUANG E VOON CH LAU J BERHAD SS RUGGIER MldquoTransforming Conventional Wells to Bigbore Completions Using Solid
Expandable Tubing (SET)rdquo Offshore Technology Conference 14315 Houston
EUA 6-9 Mai 2002
FILIPPOV A AKHIDENO M ZIJSLING D WADDELL K COSTA S WATSON
B BELL B ldquoContinued Evolution of the One-Trip Expansion Single-Diameter
wellborerdquo Offshore Technology Conference 17437 Houston TX USA 2-5
mai 2005
MONTAGNA JM POPP T WHITE WG ldquoBeyond Sand Control Using
Expandable Systems for Annular Isolation and Single Selective Production in
Open-Hole Completionsrdquo Offshore Technology Conference 16666 Houston
EUA 3-6 Mai 2004
MASON D CALES G HOLLAND M JOPLING J ldquoUsing an Engineering Analysis
to Identify Pragmatic Applications for Solid Expandable Tubular Technologyrdquo
Offshore technology Conference 17438 Houston TX USA 2-5 Mai 2005
AL-SALEH A AL-KANDARI A AL FAYEZ F BREWSTER TW ldquoUsing
Expandable Liners in Deep High Pressure Wells A Case Studyrdquo Asia Pacific
Drilling Technology Conference and Exhibition 88029 Kuala Lumpur
Malaysia 13-15 set 2004
7182019 Monopol i 10000018
httpslidepdfcomreaderfullmonopol-i-10000018 6768
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MOORE MJ WINTERS WJ ZWALD E BRISCO D ldquoField Trial Proves
Upgrades to Solid Expandable Tubularsrdquo Offshore Technology Conference
14217 Houston TX USA 6-9 Mai 2002
GRANT T BULLOCK M ldquoThe evolution of Solid Expandable Tubular Technology
Lessons Learned Over Five Yearsrdquo Offshore Technology Conference 17442
Houston TX EUA 2-5 Mai 2005
LODDER R J RUGGIER M BOBROSKY D RADFORD S ldquoDetermination of
Borehole Quality Diameter and BHA Directional Response Eccentric Tool Test
Program for Expandable Casing Application North Seardquo SPEIADC Drilling
Conference 67769 Amsterdam The Netherlands 27 Fev ndash 1 Mar 2001
STEWART R B MARKETZ F LOHBECK WCM FISHER F D DAVES W
RAMMERSTORFER F G BOHM H J ldquoExpandable Wellbore Tubularsrdquo SPE
Technical Symposium ldquoQuest for Solutions in a Changing Industryrdquo 60766
Dhahran Saudi Arabia Out 1999
FONSECA CE ldquoAnaacutelise do Comportamento Estrutural Sob Pressatildeo Externa de
Tubos Expansiacuteveis para Poccedilos de Petroacuteleordquo Universidade Federal do Rio de
Janeiro COPPEUFRJ MSc Engenharia Oceacircnica 2007
ASTM E8M ldquoStandard Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials [Metric]rdquo
ASTM international 2001
PERVEZ T QAMAR SZ SEIBI AC AL-JAHWARI FK ldquoUse of SET in cased and
open holes Comparison between aluminum and steelrdquo Journal of Materials amp
Design 2007 article in press doi101016jmatdes200701009
MAUGIN Gerard The thermomechanics of plasticity and fracture Great Britain
University of Cambridge 1992 0-521-39780-4
EDWIN J CRUZ ROBERT V BAKER PAT YORK LEV RING ldquoMitigating Subsalt
Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid Expandable Monobore
Systemsrdquo Offshore Technology Conference 19008 Houston TX USA 30
de abril a 3 de maio de 2007
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aproximadamente 3-34rdquo e atingir a profundidade total com um poccedilo com diacircmetro
interno igual a 4-34rdquo Figura 42
Figura 42 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com liners convencionais e aperfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e natildeo expansiacuteveis Haacute
certa reduccedilatildeo no diacircmetro interno do poccedilo em ambos os casos poreacutem menor quando
ocorre o uso dos tubos expansiacuteveis
Para atingir a profundidade total com um poccedilo de 7-12rdquo de diacircmetro um liner
expansiacutevel de 9-58rdquo x 11-34rdquo convencional foi corrido Uma vez que o ID do
expansiacutevel natildeo era suficiente para correr outro revestimento convencional de 11-34rdquo
um liner natildeo-API de 9-38rdquo foi utilizado Para voltar ao projeto original do poccedilo utilizou-se outro expansiacutevel convencional (7-58rdquo x 9-38rdquo) permitindo que uma seccedilatildeo com 7-
12rdquo fosse perfurada agrave profundidade total Figura 42 e aumentando a possibilidade de
uma avaliaccedilatildeo apropriada ao longo de todo o poccedilo
Estes trecircs liners cobriram um intervalo com 2000 peacutes de extensatildeo que possuiacutea
uma janela de pressatildeo de poro-gradiente de fratura entre 04 e 06 libras por galatildeo
(ppg) Ainda usando essa combinaccedilatildeo de expansiacuteveis convencionais e revestimentos
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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6 Conclusotildees
Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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7 Referecircncias Bibliograacuteficas
SEIBI AC PERVEZ T AL-HIDDABI S KARRECH A ldquoFinite Element Modeling ofa Solid Tubular Expansion ndash A Typical Well Engineering Applicationrdquo Soc of
Petroleum Engineers 84943 Lousiania EUA 20-21 Fev 2002
CAMPO D WILLIAMS C COOK L BRISCO D DEAN B RING L
ldquoMonodiameter drilling Liner ndash From Concept to Realityrdquo SPEIADC Drilling
Conference 79790 Amsterdam The Netherlands 19-21 February 2003
NOR NM HUANG E VOON CH LAU J BERHAD SS RUGGIER MldquoTransforming Conventional Wells to Bigbore Completions Using Solid
Expandable Tubing (SET)rdquo Offshore Technology Conference 14315 Houston
EUA 6-9 Mai 2002
FILIPPOV A AKHIDENO M ZIJSLING D WADDELL K COSTA S WATSON
B BELL B ldquoContinued Evolution of the One-Trip Expansion Single-Diameter
wellborerdquo Offshore Technology Conference 17437 Houston TX USA 2-5
mai 2005
MONTAGNA JM POPP T WHITE WG ldquoBeyond Sand Control Using
Expandable Systems for Annular Isolation and Single Selective Production in
Open-Hole Completionsrdquo Offshore Technology Conference 16666 Houston
EUA 3-6 Mai 2004
MASON D CALES G HOLLAND M JOPLING J ldquoUsing an Engineering Analysis
to Identify Pragmatic Applications for Solid Expandable Tubular Technologyrdquo
Offshore technology Conference 17438 Houston TX USA 2-5 Mai 2005
AL-SALEH A AL-KANDARI A AL FAYEZ F BREWSTER TW ldquoUsing
Expandable Liners in Deep High Pressure Wells A Case Studyrdquo Asia Pacific
Drilling Technology Conference and Exhibition 88029 Kuala Lumpur
Malaysia 13-15 set 2004
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MOORE MJ WINTERS WJ ZWALD E BRISCO D ldquoField Trial Proves
Upgrades to Solid Expandable Tubularsrdquo Offshore Technology Conference
14217 Houston TX USA 6-9 Mai 2002
GRANT T BULLOCK M ldquoThe evolution of Solid Expandable Tubular Technology
Lessons Learned Over Five Yearsrdquo Offshore Technology Conference 17442
Houston TX EUA 2-5 Mai 2005
LODDER R J RUGGIER M BOBROSKY D RADFORD S ldquoDetermination of
Borehole Quality Diameter and BHA Directional Response Eccentric Tool Test
Program for Expandable Casing Application North Seardquo SPEIADC Drilling
Conference 67769 Amsterdam The Netherlands 27 Fev ndash 1 Mar 2001
STEWART R B MARKETZ F LOHBECK WCM FISHER F D DAVES W
RAMMERSTORFER F G BOHM H J ldquoExpandable Wellbore Tubularsrdquo SPE
Technical Symposium ldquoQuest for Solutions in a Changing Industryrdquo 60766
Dhahran Saudi Arabia Out 1999
FONSECA CE ldquoAnaacutelise do Comportamento Estrutural Sob Pressatildeo Externa de
Tubos Expansiacuteveis para Poccedilos de Petroacuteleordquo Universidade Federal do Rio de
Janeiro COPPEUFRJ MSc Engenharia Oceacircnica 2007
ASTM E8M ldquoStandard Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials [Metric]rdquo
ASTM international 2001
PERVEZ T QAMAR SZ SEIBI AC AL-JAHWARI FK ldquoUse of SET in cased and
open holes Comparison between aluminum and steelrdquo Journal of Materials amp
Design 2007 article in press doi101016jmatdes200701009
MAUGIN Gerard The thermomechanics of plasticity and fracture Great Britain
University of Cambridge 1992 0-521-39780-4
EDWIN J CRUZ ROBERT V BAKER PAT YORK LEV RING ldquoMitigating Subsalt
Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid Expandable Monobore
Systemsrdquo Offshore Technology Conference 19008 Houston TX USA 30
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natildeo API a conservaccedilatildeo de tamanho de poccedilo foi 60 maior do que se apenas
revestimentos convencionais fossem instalados
Uma alternativa seria a utilizaccedilatildeo de liners expansiacuteveis do tipo monobore onde
1000 peacutes de um liner 11-34rdquo x 13-58rdquo para aplicaccedilatildeo em poccedilo aberto do tipo
monobore com alta resistecircncia ao colapso eacute expandido e instalado Esta opccedilatildeo iria
trazer o poccedilo de volta para o projeto original e permitir correr o revestimento
convencional de 11-78rdquo agrave sua profundidade planejada A construccedilatildeo subsequumlente
poderia continuar usando todos os equipamentos determinados pelo projeto original
com fim de atingir a profundidade total com um diacircmetro de poccedilo de 7-12rdquo Figura 43
Figura 43 Comparaccedilatildeo entre a perfuraccedilatildeo feita com muacuteltiplos liners convencionais e a
perfuraccedilatildeo feita com uma combinaccedilatildeo de liners expansiacuteveis e do tipo monobore A
utilizaccedilatildeo de liners do tipo monobore acarreta em uma reduccedilatildeo zero do ID e em uma
reduccedilatildeo no uso de expansiacuteveis o que diminui o custo de construccedilatildeo
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Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
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7 Referecircncias Bibliograacuteficas
SEIBI AC PERVEZ T AL-HIDDABI S KARRECH A ldquoFinite Element Modeling ofa Solid Tubular Expansion ndash A Typical Well Engineering Applicationrdquo Soc of
Petroleum Engineers 84943 Lousiania EUA 20-21 Fev 2002
CAMPO D WILLIAMS C COOK L BRISCO D DEAN B RING L
ldquoMonodiameter drilling Liner ndash From Concept to Realityrdquo SPEIADC Drilling
Conference 79790 Amsterdam The Netherlands 19-21 February 2003
NOR NM HUANG E VOON CH LAU J BERHAD SS RUGGIER MldquoTransforming Conventional Wells to Bigbore Completions Using Solid
Expandable Tubing (SET)rdquo Offshore Technology Conference 14315 Houston
EUA 6-9 Mai 2002
FILIPPOV A AKHIDENO M ZIJSLING D WADDELL K COSTA S WATSON
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wellborerdquo Offshore Technology Conference 17437 Houston TX USA 2-5
mai 2005
MONTAGNA JM POPP T WHITE WG ldquoBeyond Sand Control Using
Expandable Systems for Annular Isolation and Single Selective Production in
Open-Hole Completionsrdquo Offshore Technology Conference 16666 Houston
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to Identify Pragmatic Applications for Solid Expandable Tubular Technologyrdquo
Offshore technology Conference 17438 Houston TX USA 2-5 Mai 2005
AL-SALEH A AL-KANDARI A AL FAYEZ F BREWSTER TW ldquoUsing
Expandable Liners in Deep High Pressure Wells A Case Studyrdquo Asia Pacific
Drilling Technology Conference and Exhibition 88029 Kuala Lumpur
Malaysia 13-15 set 2004
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MOORE MJ WINTERS WJ ZWALD E BRISCO D ldquoField Trial Proves
Upgrades to Solid Expandable Tubularsrdquo Offshore Technology Conference
14217 Houston TX USA 6-9 Mai 2002
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Lessons Learned Over Five Yearsrdquo Offshore Technology Conference 17442
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LODDER R J RUGGIER M BOBROSKY D RADFORD S ldquoDetermination of
Borehole Quality Diameter and BHA Directional Response Eccentric Tool Test
Program for Expandable Casing Application North Seardquo SPEIADC Drilling
Conference 67769 Amsterdam The Netherlands 27 Fev ndash 1 Mar 2001
STEWART R B MARKETZ F LOHBECK WCM FISHER F D DAVES W
RAMMERSTORFER F G BOHM H J ldquoExpandable Wellbore Tubularsrdquo SPE
Technical Symposium ldquoQuest for Solutions in a Changing Industryrdquo 60766
Dhahran Saudi Arabia Out 1999
FONSECA CE ldquoAnaacutelise do Comportamento Estrutural Sob Pressatildeo Externa de
Tubos Expansiacuteveis para Poccedilos de Petroacuteleordquo Universidade Federal do Rio de
Janeiro COPPEUFRJ MSc Engenharia Oceacircnica 2007
ASTM E8M ldquoStandard Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials [Metric]rdquo
ASTM international 2001
PERVEZ T QAMAR SZ SEIBI AC AL-JAHWARI FK ldquoUse of SET in cased and
open holes Comparison between aluminum and steelrdquo Journal of Materials amp
Design 2007 article in press doi101016jmatdes200701009
MAUGIN Gerard The thermomechanics of plasticity and fracture Great Britain
University of Cambridge 1992 0-521-39780-4
EDWIN J CRUZ ROBERT V BAKER PAT YORK LEV RING ldquoMitigating Subsalt
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Neste trabalho um estudo teoacuterico e experimental foi realizado para avaliar o
comportamento estrutural de tubos soacutelidos expansiacuteveis Um aparato de expansatildeo foi
projetado e construiacutedo Testes de traccedilatildeo uniaxial para a caracterizaccedilatildeo do material
testes de expansatildeo e testes de colapso em uma cacircmara hiperbaacuterica foram feitos com
o objetivo de ajustar e validar os modelos numeacutericos desenvolvidos Trecircs tubos soacutelidos
foram expandidos e colapsados Trecircs tubos natildeo expandidos tambeacutem foram
colapsados para propoacutesito de comparaccedilatildeo Modelos numeacutericos considerando as
propriedades de material e geomeacutetricas de cada corpo de prova foram desenvolvidos
ajustados e validados Apoacutes sua validaccedilatildeo o modelo pocircde ser utilizado para a
realizaccedilatildeo de um estudo parameacutetrico onde valores de ovalizaccedilatildeo (ov)excentricidade(Ec) razatildeo de expansatildeo (RE) e razatildeo diacircmetro-espessura (Dt) foram
variados Por fim um breve estudo de caso foi apresentado Abaixo algumas
conclusotildees e observaccedilotildees satildeo apresentadas
bull Aparato experimental e modelo numeacuterico foram desenvolvidos e
validados
bull Obteve-se boa correlaccedilatildeo numeacuterico-experimental
bull A expansatildeo realizada neste trabalho provou-se ser um processo quaseestaacutetico
bull As anaacutelises numeacutericas devem levar em conta o efeito Bauschinger e o
carregamento hidrostaacutetico
bull A recuperaccedilatildeo da deformaccedilatildeo plaacutestica observada apoacutes a expansatildeo foi
insignificante nos testes experimentais e muito pequena nas anaacutelises numeacutericas
bull A expansatildeo tubular resulta em mudanccedilas na geometria e no material
bull A ovalizaccedilatildeo inicial natildeo diminuiu para todos os corpos de prova
testados
bull Pressatildeo de colapso obtida experimentalmente para tubos apoacutes
expansatildeo de 10 foi em meacutedia 50 da pressatildeo original para a geometria e os
materiais testados
bull Curvas de projeto para pressotildees de colapso de tubos foram geradas
considerando diferentes geometrias e razotildees de expansatildeo
bull Diferentes geometrias de tubos e cones razotildees de expansatildeo e
condiccedilotildees de contorno devem ser testadas com o objetivo de analisar mais
profundamente o comportamento estrutural de tubos expandidos
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
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7 Referecircncias Bibliograacuteficas
SEIBI AC PERVEZ T AL-HIDDABI S KARRECH A ldquoFinite Element Modeling ofa Solid Tubular Expansion ndash A Typical Well Engineering Applicationrdquo Soc of
Petroleum Engineers 84943 Lousiania EUA 20-21 Fev 2002
CAMPO D WILLIAMS C COOK L BRISCO D DEAN B RING L
ldquoMonodiameter drilling Liner ndash From Concept to Realityrdquo SPEIADC Drilling
Conference 79790 Amsterdam The Netherlands 19-21 February 2003
NOR NM HUANG E VOON CH LAU J BERHAD SS RUGGIER MldquoTransforming Conventional Wells to Bigbore Completions Using Solid
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EUA 6-9 Mai 2002
FILIPPOV A AKHIDENO M ZIJSLING D WADDELL K COSTA S WATSON
B BELL B ldquoContinued Evolution of the One-Trip Expansion Single-Diameter
wellborerdquo Offshore Technology Conference 17437 Houston TX USA 2-5
mai 2005
MONTAGNA JM POPP T WHITE WG ldquoBeyond Sand Control Using
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Open-Hole Completionsrdquo Offshore Technology Conference 16666 Houston
EUA 3-6 Mai 2004
MASON D CALES G HOLLAND M JOPLING J ldquoUsing an Engineering Analysis
to Identify Pragmatic Applications for Solid Expandable Tubular Technologyrdquo
Offshore technology Conference 17438 Houston TX USA 2-5 Mai 2005
AL-SALEH A AL-KANDARI A AL FAYEZ F BREWSTER TW ldquoUsing
Expandable Liners in Deep High Pressure Wells A Case Studyrdquo Asia Pacific
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MOORE MJ WINTERS WJ ZWALD E BRISCO D ldquoField Trial Proves
Upgrades to Solid Expandable Tubularsrdquo Offshore Technology Conference
14217 Houston TX USA 6-9 Mai 2002
GRANT T BULLOCK M ldquoThe evolution of Solid Expandable Tubular Technology
Lessons Learned Over Five Yearsrdquo Offshore Technology Conference 17442
Houston TX EUA 2-5 Mai 2005
LODDER R J RUGGIER M BOBROSKY D RADFORD S ldquoDetermination of
Borehole Quality Diameter and BHA Directional Response Eccentric Tool Test
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Conference 67769 Amsterdam The Netherlands 27 Fev ndash 1 Mar 2001
STEWART R B MARKETZ F LOHBECK WCM FISHER F D DAVES W
RAMMERSTORFER F G BOHM H J ldquoExpandable Wellbore Tubularsrdquo SPE
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FONSECA CE ldquoAnaacutelise do Comportamento Estrutural Sob Pressatildeo Externa de
Tubos Expansiacuteveis para Poccedilos de Petroacuteleordquo Universidade Federal do Rio de
Janeiro COPPEUFRJ MSc Engenharia Oceacircnica 2007
ASTM E8M ldquoStandard Test Methods for Tension Testing of Metallic Materials [Metric]rdquo
ASTM international 2001
PERVEZ T QAMAR SZ SEIBI AC AL-JAHWARI FK ldquoUse of SET in cased and
open holes Comparison between aluminum and steelrdquo Journal of Materials amp
Design 2007 article in press doi101016jmatdes200701009
MAUGIN Gerard The thermomechanics of plasticity and fracture Great Britain
University of Cambridge 1992 0-521-39780-4
EDWIN J CRUZ ROBERT V BAKER PAT YORK LEV RING ldquoMitigating Subsalt
Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid Expandable Monobore
Systemsrdquo Offshore Technology Conference 19008 Houston TX USA 30
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Deve-se notar que as curvas mostradas nas Figuras 21 22 23 e 24 fornecem
uma ferramenta confiaacutevel desde que os paracircmetros geomeacutetricos e de material do tubo
sendo projetado natildeo desviem significativamente daqueles que formam a faixa de
propriedades usada para geraacute-las Caso os paracircmetros do problema desviem-se
consideravelmente daqueles presentes no corpo deste trabalho novos experimentos e
anaacutelises devem ser realizados
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Petroleum Engineers 84943 Lousiania EUA 20-21 Fev 2002
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NOR NM HUANG E VOON CH LAU J BERHAD SS RUGGIER MldquoTransforming Conventional Wells to Bigbore Completions Using Solid
Expandable Tubing (SET)rdquo Offshore Technology Conference 14315 Houston
EUA 6-9 Mai 2002
FILIPPOV A AKHIDENO M ZIJSLING D WADDELL K COSTA S WATSON
B BELL B ldquoContinued Evolution of the One-Trip Expansion Single-Diameter
wellborerdquo Offshore Technology Conference 17437 Houston TX USA 2-5
mai 2005
MONTAGNA JM POPP T WHITE WG ldquoBeyond Sand Control Using
Expandable Systems for Annular Isolation and Single Selective Production in
Open-Hole Completionsrdquo Offshore Technology Conference 16666 Houston
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MASON D CALES G HOLLAND M JOPLING J ldquoUsing an Engineering Analysis
to Identify Pragmatic Applications for Solid Expandable Tubular Technologyrdquo
Offshore technology Conference 17438 Houston TX USA 2-5 Mai 2005
AL-SALEH A AL-KANDARI A AL FAYEZ F BREWSTER TW ldquoUsing
Expandable Liners in Deep High Pressure Wells A Case Studyrdquo Asia Pacific
Drilling Technology Conference and Exhibition 88029 Kuala Lumpur
Malaysia 13-15 set 2004
7182019 Monopol i 10000018
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MOORE MJ WINTERS WJ ZWALD E BRISCO D ldquoField Trial Proves
Upgrades to Solid Expandable Tubularsrdquo Offshore Technology Conference
14217 Houston TX USA 6-9 Mai 2002
GRANT T BULLOCK M ldquoThe evolution of Solid Expandable Tubular Technology
Lessons Learned Over Five Yearsrdquo Offshore Technology Conference 17442
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LODDER R J RUGGIER M BOBROSKY D RADFORD S ldquoDetermination of
Borehole Quality Diameter and BHA Directional Response Eccentric Tool Test
Program for Expandable Casing Application North Seardquo SPEIADC Drilling
Conference 67769 Amsterdam The Netherlands 27 Fev ndash 1 Mar 2001
STEWART R B MARKETZ F LOHBECK WCM FISHER F D DAVES W
RAMMERSTORFER F G BOHM H J ldquoExpandable Wellbore Tubularsrdquo SPE
Technical Symposium ldquoQuest for Solutions in a Changing Industryrdquo 60766
Dhahran Saudi Arabia Out 1999
FONSECA CE ldquoAnaacutelise do Comportamento Estrutural Sob Pressatildeo Externa de
Tubos Expansiacuteveis para Poccedilos de Petroacuteleordquo Universidade Federal do Rio de
Janeiro COPPEUFRJ MSc Engenharia Oceacircnica 2007
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PERVEZ T QAMAR SZ SEIBI AC AL-JAHWARI FK ldquoUse of SET in cased and
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Design 2007 article in press doi101016jmatdes200701009
MAUGIN Gerard The thermomechanics of plasticity and fracture Great Britain
University of Cambridge 1992 0-521-39780-4
EDWIN J CRUZ ROBERT V BAKER PAT YORK LEV RING ldquoMitigating Subsalt
Rubble Zones Using High Collapse Cost-Effective Solid Expandable Monobore
Systemsrdquo Offshore Technology Conference 19008 Houston TX USA 30
de abril a 3 de maio de 2007
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