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My Cooprofar Novembro 2012

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Revista para Profissionais de Saúde

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Novembro

2012

EmpreendedorismoGrupo Medlogassocia-se amovimentomundial

MedicamentosPortugueses gastaram menos52 milhões de euros

Saúde OralPortugueses só vão ao dentista quando têm dores de dentes

O empreendedorismo como estado de arte!

Novembro é o mês inspirador do empreendedorismo. Uma vez mais, o Grupo Medlog afir-

ma o seu papel empreendedor ao associar-se à Global Entrepreneurship Week 2012 (Sema-

na Global do Empreendedorismo 2012), o maior movimento mundial de empreendedoris-

mo que mobiliza mais de 100 países em torno do tema.

Perante o cenário atual, impõe-se que as empresas assumam políticas de fomento ao em-

preendedorismo como uma das soluções para contornar a crise. É de facto esta cultura e

espírito empreendedores que estão, desde sempre, enraizados no Grupo Medlog.

Promovemos o empreendedorismo qualificado e de base tecnológica, injectamos no ADN

da equipa Medlog uma atitude empreendedora que nos conduz a novos conhecimentos

e competências diferenciadoras. É por este caminho que identificamos oportunidades,

agarrámo-las e transformamos crescimento e produtividade.

Novembro é, por isso, o mês de homenagem ao empreendedorismo como estado de arte!

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EDITORIAL

Análise de mercadoReportEspecial SaúdePublireportagemBonificações TopNovosCosmética e Higiene CorporalDiagnósticoDispositivos MédicosÉticosGalénicosHigiene BebéHigiene OralIce PowerInterapothekMed. Não Suj. a Rec. MédicaNão ComercializadosNut. e Prod. à Base de PlantasNutrição InfantilNão CatalogadoOrtopediaParafarmáciaQuímicosVeterináriaBreves

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O Período de vigência das Bonificações decorre entre 25 de Outubro e 24 de Novembro, inclusive. Os Preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido as condições de mercado.Os Valores indicados são vingentes, salvo erro tipográfico. Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.

FICHA TÉCNICA | Administração e propriedade:

CooprofarRua José Pedro José Ferreira, 200 - 2104424-909 GondomarT 22 340 10 00F 22 340 10 [email protected]

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Design e Paginação:Creative Blue

Distribuição:Gratuita

Índice

Direcção:Celso Silva

Coordenação Editorial:Natércia Moreira

Produção Redactorial:Cooprofar

Publicação:Mensal

Tiragem:1500 exemplares

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Mercado

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Governo prevê poupar 146 milhões com me-dicamentosO governo inscreveu no Orçamento do Estado uma poupança de 146 milhões de euros com medicamentos, de acordo com um documento que integra o Orçamento do Estado aprovado dia 15 de Outubro em Conselho de Ministros. Esta poupança vem em linha com as metas acordadas no me-morando da ‘troika’, que prevê a redução da despesa pública com medicamentos para 1% do PIB em 2013. Este ano, através de um acordo com a Apifarma, o Governo conseguiu poupar 300 milhões de euros na despesa com medicamentos.

Nova taxa sobre cosméticos, produtos dehigiene, dispositivos e homeopáticosO governo criou uma taxa sobre a comer-cialização dos produtos cosméticos e de hi-giene corporal, bem como dos dispositivos médicos e produtos farmacêuticos home-opáticos, segundo uma versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2013. O documento indica que esta taxa tem de ser paga por todas “as entida-des que procedam à primeira alienação a título oneroso em território nacional” dos produtos cosméticos e de higiene corpo-ral. Terão igualmente de realizar este pa-gamento as entidades responsáveis pela colocação no mercado de produtos farma-cêuticos homeopáticos e de dispositivos médicos – incluindo os ativos e não ativos e os para diagnóstico in vitro e acessórios. Esta taxa incide sobre o montante do volu-me de vendas destes produtos, deduzido o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) realizado pelas entidades que têm de efe-tuar o pagamento. A taxa terá de ser autoli-quidada e paga mensalmente com base na declaração de vendas mensais que têm se ser registadas na autoridade que regula o setor (Infarmed).

Portugueses gastaram menos 52 milhões de euros em medicamentos no primeirosemestreNo primeiro semestre deste ano, os por-tugueses gastaram menos 52 milhões de euros (menos 11,7%) com medicamentos comparticipados, comparativamente com o período homólogo, segundo dados da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed). De acordo com a Análise do Mercado de Medicamen-tos, em Ambulatório, até final de agosto deste ano (últimos dados disponíveis), os encargos do Estado com a comparticipa-ção de medicamentos diminuíram 9,4%, em comparação com o período homólo-go. No que respeita ao mercado total de medicamentos vendidos em farmácias comunitárias até agosto, registou-se uma diminuição de 12,1% (1,74 mil milhões de euros), comparativamente a igual período de 2011 (1,98 mil milhões de euros). Este de-créscimo ocorreu a par de um aumento do volume de vendas de 2,3%, ou seja mais 3,6 milhões de embalagens vendidas. O preço dos medicamentos tem vindo a descer ao longo do ano, custando em média 10,85 euros, face aos 13,20 de 2011. O preço dos medicamentos genéricos também tem vin-do a cair, com uma média de custo de 6,57 euros em agosto, contra 10,43 euros no ano anterior. Este valor médio dos medicamen-tos genéricos foi atingido em julho, o mais baixo dos últimos cinco anos.

Saúde é o Ministério mais castigado pelo OENenhum Ministério vai registar, em 2013, um corte na despesa tão grande como a Saúde. Não é uma estreia. Já no ano pas-sado, a pasta liderada por Paulo Macedo tinha sido, a par da Educação, aquela que registou um maior corte na dotação a si destinada. A dotação dirigida à Saúde, no âmbito do subsetor Estado, é de 7.863 mi-lhões de euros, de acordo com relatório da proposta do Orçamento do Estado para 2013. O número fica 19,8% abaixo daquele que estava estimado para o presente ano. Os números referem aos transferidos no âmbito do subsetor Estado, pelo que os ministérios poderão receber dotações por parte de outros subsetores. Ainda assim, mesmo nesse caso, a Saúde perde quase dois milhões do seu orçamento. A dotação da Saúde é aquela que mais cai entre os vá-rios Ministérios. Aquele que mais se aproxi-ma regista apenas uma descida de 5,6% da despesa consolidada transferida no âmbito do subsetor Estado.

Report

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Grupo Medlog adere ao maior movimento empreendedor à escala mundial À semelhança de anos anteriores, o Grupo Medlog vai aderir à Semana Global do Empreendedorismo (SGE) que decorre de 12 a 18 de Novembro em mais de 136 países. Trata-se do maior evento mundial dedicado à promoção do empreendedorismo, criatividade e inovação, agregando neste movimento várias entidades e envolvendo apoios de todos os setores da sociedade. Uma vez mais, é esperado que os 6 continentes se unam em prol do empreendedorismo, encorajando as pessoas a ter uma atitude mais dinamizadora e a transformar ideias em projetos. Em Portugal, a organização da semana está a cargo da Associação Portuguesa de Business Angels (APBA) e da Sedes - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social. Segundo Trigo da Roza, presidente da APBA, os objec-tivos deste evento passam por desenvolver as capacidades empreendedoras dos participantes, promover o empreendedorismo em Portugal e “unir esforços de forma coordenada numa semana única”. Além disso pretende-se “influenciar e relacionar decisores a nível local, nacional e internacional”. Este ano, o destaque da SGE vai para o Empreendedorismo nas Indústrias Criativas e, deste modo, foi convidada para embaixadora Guta Moura Guedes, co-fundadora e presidente da associação cultural sem fins lucrativos “Experimenta – Associação para a Promoção do Design e Cultura de Projecto”. A sessão de abertura da SGE12 decorre no dia 12 de Novembro, em Lisboa, no ISCET – Instituto Universitário de Lisboa.

Cooprofar e FPC assinalam Dia Mundial da Alimentação com ação de formação A Cooprofar assinalou o Dia Mundial da Alimentação com uma ação de formação em parceria com a Fundação Portuguesa de Car-diologia (FPC). Nutrição no Idoso foi o tema da iniciativa dirigida para a equipa da Farmácia. Considerando a data, todos os forman-dos receberam um livro de receitas saudáveis co-produzido pela (FPC) e outras entidades. Conduzida pela nutricionista Rosa Maria Santos, a ação de formação abordou o envelhecimento como um processo natural, que se reflete em todo o organismo, ainda que de forma faseada, mas seguramente irreversível. Segundo a especia-lista, os efeitos de uma alimentação inadequada, tanto por excesso, como por carência de nutrientes têm grande incidência na popu-lação idosa. Na terceira idade, a alimentação deve ser enquadrada com os fatores de risco e com a polimedicação, considerando a in-teração medicamento/alimento. A ação teve como objetivo princi-pal aprofundar as competências do profissional de saúde de forma a auxiliá-lo na sua atividade diária de aconselhamento, concreta-mente, quando está perante utentes da faixa da terceira idade. A parceria com a FPC estende-se a outra ação de formação intitulada «Hipertensão Arterial – Inovação, Evidências e Mundo Real», a reali-zar dia 13 de Novembro, no Auditório da Cooprofar, em Gondomar.

I Fórum da Distribuição Farmacêutica: Medlog fala sobre Boas Práticas O Grupo Medlog participou no I Fórum da Distribuição Farmacêu-tica que decorreu em Alcântara. O evento, organizado pela Groqui-far em parceria com a IMS Health, teve como objetivo discutir e de-bater com todos os players e parceiros da distribuição o estado da arte do mercado, no âmbito das dificuldades e grandes constrangi-mentos que o setor enfrenta. O encontrou incidiu na construção de uma plataforma única de conhecimento, debate, partilha de expe-riências e procura de soluções entre todas as empresas e parceiros da Distribuição Farmacêutica. Foram abordados temas como a Di-nâmica do Mercado Farmacêutico; as Boas Práticas da Distribuição em revisão a nível europeu – painel este onde a Medlog (Coopro-far) esteve representada pela Diretora Técnica e de Qualidade, Su-sana Quelhas, que interveio sobre a vasta experiência da Medlog, bem como, a certificação do serviço de distribuição alcançada em 2009. No fórum, estiveram outros temas em cima da mesa como o futuro sistema de traceabilidade dos medicamentos, bem como, as obrigações e oportunidades que podem resultar na implementa-ção de tal sistema; a Distribuição e Logística na Área Hospitalar e as Novas Formas de Remuneração do setor da Distribuição, de modo a assegurar a sobrevivência das empresas e consequentemente a sustentabilidade do próprio Serviço Nacional de Saúde. O evento contou com a participação de Martim Fitzgerald, Assessor Jurídico da GIRP - The European Association of Pharmaceutical Wholesalers.

Análise de

Mercado

ESPECIAL

SAÚDE

Apesar de quase todos terem hábitos de higiene oral, apenas quatro em cada dez portugueses vão ao dentista quando têm dores na boca, revela um estudo da APHO. Fruto da melhor nutrição e cuidados de saúde, nas crianças portuguesas os dentes estão a desenvolver-se mais cedo. Este mês, falamos de Saúde Oral! E

De acordo com um estudo conduzido pela Associação Portuguesa de Higiene Oral (APHO), mais de 80 por cento dos 1.256 inquiridos lava os dentes mais do que uma vez por dia – 51 por cento escovam-nos duas vezes e 23 por cento três ou mais vezes. Apesar de a maioria da população revelar hábitos de higiene oral e reconhecer a importância do flúor (70 por cento), 36 por cento apenas visitam um dentista quando têm dores de dentes e só 29 por cento usam elixir, 15 por cento fio dentário e nove por cento o flúor, como complemento da higiene oral. Contudo, mais de um quinto da população (27 por cento) refere ter como rotina anual as visitas ao dentista para efeito de vigilância, e 15 por cento realizam-nas uma vez de seis em seis meses. Contrariamente à recomendação dos profissionais de saúde oral (que aconselham a trocar de escova de três em três meses), 42 por cento dos entrevistados apenas fazem a substituição quando consideram que a escova já não exerce limpeza de forma adequada. Quando questionados sobre o estado da sua saúde oral, 39 por cento dos inquiridos consideram ter algum problema, destacando-se os residentes nas zonas mais urbanas, como Lisboa e Porto. São estes pre-cisamente os que mais visitam os profissionais de saúde oral (32 por cento vão pelo menos uma vez em cada seis meses). Os indivíduos mais novos (entre os 15 e os 24 anos), de estrato social mais baixo e residentes no Alentejo, Algarve e Interior são os que referem não ter qualquer problema de saúde oral, sendo também os que referem que só vão ao dentista quando têm dores.

Portugueses só vão ao dentista quando têm doresde dentes...

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Saúde Oral

ESPECIAL

SAÚDE

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OA Saúde Oral em Crianças

1- A partir de que idade e com que regularidade a criança deve consultar um médico dentista?A primeira consulta deve ser realizada quando os primeiros dentes temporários (ou «de leite») erupciona ou, no máximo, até à criança completar o primeiro ano de vida, de modo a esta-belecer um programa preventivo de saúde oral e interceptar hábitos que possam ser prejudiciais. Idealmente, quando existe uma boa saúde oral, a criança deve ser observada cada seis meses. Em situações de elevado risco de cárie, esta periodici-dade deve ser reduzida para intervalos de três meses.

2- Em que idade aparecem os primeiros dentes e quando se com-pletam as dentições?Em média, a erupção da primeira dentição tem início entre os 6 e os 8 meses de idade, sendo as meninas geralmente mais precoces; entre os 2 anos e meio e os 3 anos de idade os 20 dentes temporários já estarão presentes na cavidade oral A dentição permanente ou definitiva inicia-se entre os 5 e os 7 anos e poderá constituir-se de 32 dentes, caso erupcionem os terceiros molares (sisos), o que nem sempre ocorre. A erupção mais precoce ou tardia não está necessariamente relacionada com patologia; no entanto, caso a criança não apresente qual-quer dente após completar 1 ano de vida, deverá ser observada na consulta de Medicina Dentária.

3 - Quais as queixas que podem estar relacionadas com a erupção dos dentes e como pode ser ajudada a criança?Os sintomas mais comuns são: gengivas avermelhadas, aumento da salivação, perda de apetite e alteração dos hábi-tos nutricionais, ansiedade, dificuldade em dormir. Se a criança apresentar febre, vómitos ou diarreia, deverá ser consultada pelo seu médico assistente pois poderá existir outra causa sub-jacente. O desconforto da criança pode ser aliviado limpando a boca 2- 3 vezes por dia com uma gaze molhada ou recorrendo a mordedores e geles disponíveis no mercado.

4 - Quando deve cessar o uso da chupeta, biberão ou sucção digital?Os hábitos de sucção não nutritiva (chupeta, por ex.) devem ser abandonados até cerca dos 3 anos de idade, atendendo à possibilidade de auto-correção de desarmonias no desenvol-vimento das arcadas dentárias. Relativamente ao biberão, o hábito deve ser abandonado, idealmente, quando a criança completar 1 ano. Alguns métodos podem constituir uma mais-valia, nomeadamente diluir gradualmente em água o conteúdo do biberão, para que após 2 semanas se ofereça à criança apenas água; outra forma será reduzir gradualmente a quantidade de fluido até que o hábito cesse, sendo o biberão substituído, por exemplo, pelo copo com palhinha ou colher.

5 - Como se pode prevenir o aparecimento de cáries precoces na infância?Várias medidas são importantes na prevenção de lesões de cárie na primeira infância: promover a amamentação materna pelo menos até aos 4-6 meses de idade, colocar apenas leite ou água no biberão e oferecer à criança sobretudo durante o dia e nunca quando esteja a dormir; não colocar líquidos açucarados no biberão nem na chupeta; logo que os primeiros dentem erupcionem, promover a sua higiene com uma gaze, dedeira

Dentição das crianças portuguesas está a desenvolver-se mais cedoOs dentes das crianças portuguesas estão a desenvolver--se mais cedo do que há um século atrás, como resultado da melhoria na nutrição, cuidados de saúde e salubridade, segundo uma investigação publicada no American Journal of Human Biology. Esta investigação, liderada por Hugo Cardoso, antropólogo e investigador da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e que envolveu cientistas portugueses e norte-americanos, é a primeira a demonstrar, de forma clara e consistente, a influência dos fatores ambientais na maturação dentária. Para o trabalho foram avaliadas mais de 500 crianças portuguesas, com idades entre os seis e os 18 anos, de classe socioeconómica média a baixa, recrutadas nas consultas da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto. De acordo com a universidade, “o aceleramento do desen-volvimento dos dentes tem início depois do final do regime ditatorial em Portugal, altura em que se registaram melhorias consideráveis em termos económicos e se investiu em sistemas de saúde e ação social”. Os autores explicaram ainda que estas conclusões vão ter implicações na prática clínica, “uma vez que sugerem que a idade de referência para realizar tratamentos ortodônticos nos adolescentes dos países mais desenvolvidos pode estar desatualizada, devendo ser antecipada”.

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Análise de

Mercado

ESPECIAL

SAÚDEO papel do farmacêutico na promoção da Saúde OralHá doenças e medicamentos que fragilizam a saúde oral, podendo o farmacêutico constituir uma fonte de informação e orientação. O farmacêutico, além de estar bem posicionado para promover nos seus utentes as regras da boa higiene oral, bem como, orientar para a melhor terapêutica.Os utentes têm toda a vantagem quando abordam o seu farma-cêutico em procurar expor com clareza o estado de saúde da sua boca, como seja: se os seus dentes são sensíveis a variações de temperatura (para o quente e para o frio), se as suas gen-givas sangram com facilidade, qual é a periodicidade das suas idas ao dentista e se existem doenças crónicas que obriguem à toma de medicamentos e quais (é o caso da epilepsia, diabetes e asma).Nas doenças ligeiras da boca sabe-se que há pessoas que desen-volvem pequenas lesões ou inflamações, como é o caso das estomatites e as gengivites. A estomatite vulgar é uma inflama-ção da boca que pode afetar a mucosa interior das bochechas, a língua, o céu da boca e as gengivas. Aparece com intensidade variável, com vermelhidão e dor, podendo apresentar-se com o aspeto de uma úlcera.O farmacêutico pode vir a ser chamado a intervir no tratamento das aftas, mas há situações mais graves em que a prescrição médica é indispensável. As gengivites são inflamações (agu-das ou crónicas) das gengivas, com vermelhidão e inchaço podendo apresentar pontos hemorrágicos.Não é raro a gengivite ser acompanhada de estomatite. Nestes casos, o tratamento passa por uma boa higiene buco-dental, realizada após a ingestão de alimentos. Podem ainda realizar-se bochechos com anti-sépticos e outros produtos.

Saber distinguir as indisposições gástricasQuando as queixas digestivas, particularmente do estômago, são ocasionais e muitas vezes associadas a excessos alimenta-res, é recomendado o recurso à indicação farmacêutica. Estes males digestivos são de diferente natureza, manifestando-se por dores, náuseas, vómitos, azia, arrotos e digestões difíceis.Falando da azia, as situações mais ligeiras podem ser aliviadas com a toma de antiácidos que, ao diminuírem a acidez do estô-mago, abrandam a sensação de ardor e a agressividade sobre o esófago. Os antiácidos podem também trazer alívio na gastrite (uma inflamação do estômago) e na úlcera gástrica (sempre que as dores persistirem, é imprescindível o diagnóstico médico).

Mais de 50% da população adulta sofre de mau hálitoEsta é uma realidade desconhecida por muitos e uma situação incómoda e embaraçosa, que pode diminuir a auto-estima, gerar stress e afetar as relações inter-pessoais sociais e pro-fissionais. Ou seja, o mau hálito diminui a nossa qualidade de vida de forma muito significativa. Estima-se o mau hálito seja a 3ª razão mais frequente para procurar dentista. O mau hálito tem geralmente uma causa comum: os Compostos Sulfurados Voláteis (CSV) que são expelidos na cavidade oral. Os Compostos Sulfurados Voláteis (CSV) são emitidos por bactérias anaeróbicas como resultado da degradação de proteínas, constituintes habituais da alimentação.

Fontes: Ordem dos Médicos Dentistas; Associação Portuguesa de Higienistas Orais (APHO);Farmácia Saúde; Sapo Saúde; RCMPharma; CPCH

ou escova macia, idealmente após as refeições.

6 - Quais as causas mais frequentes para a ocorrência de altera-ções de cor dentário numa criança?A alteração da cor poderá ter várias causas. Assim, para além das lesões de cárie, também situações traumáticas, perturba-ções na formação do esmalte e dentina, higiene oral deficiente ou pigmentação extrínseca de origem bacteriana ou alimentar, por exemplo, podem conduzir a este tipo de transtornos.

7 - Deve administrar-se flúor às crianças?A administração de flúor às crianças tem sido alvo de controvér-sia. Face à evidência disponível, e de acordo com as recomenda-ções da Direção Geral da Saúde, é dada prioridade às aplicações tópicas sob a forma de dentífricos administrados na escovagem dos dentes desde a sua erupção. Os comprimidos e gotas ante-riormente recomendados só serão administrados após os 3 anos a crianças de alto risco à cárie dentária. Nesta situação, os comprimidos devem ser dissolvidos na boca, lentamente, preferencialmente antes de deitar. As ações de educação para a saúde devem, prioritariamente, promover a escovagem dos dentes com dentífrico fluoretado.

8 - Como deve ser efetuada a escovagem dentária nas crianças?As características da escovagem numa criança estão dependen-tes de vários fatores, mas essencialmente da idade da mesma. Assim, de acordo com as normas da Direção Geral da Saúde:

0-3 Anos: escovagem realizada pelos pais a partir da erupção do primeiro dente, 2x/dia (uma obrigatoriamente ao deitar), utilizando uma gaze, dedeira ou escova macia de tamanho adequado.

3-6 Anos: escovagem realizada progressivamente pela criança, devidamente supervisionada e auxiliada, 2x/dia (uma das quais obrigatoriamente ao deitar), utilizando escova macia de tama-nho adequado. A quantidade de dentífrico fluoretado (1000-1500 ppm) deverá ser semelhante ao tamanho da unha do 5º dedo da criança.

>6 Anos: escovagem realizada pela criança, devidamente supervisionada e auxiliada caso não possua destreza manual suficiente, 2x/dia (uma das quais obrigatoriamente ao deitar), utilizando escova macia (ou em alternativa média). A quanti-dade de dentífrico fluoretado (1000-1500 ppm) deverá ser do tamanho de uma pequena ervilha ou até 1cm de dentífrico.

Brevesfarmácias hospitalares

obrigatória a prescrição eletrónica A prescrição eletrónica de medicamentos dispensados em ambulató-rio hospitalar passou a ser obrigatória desde dia 15 de outubro, como já acontece com as farmácias comunitárias. O governo justifica a me-dida com a necessidade de melhorar e uniformizar os mecanismos de monitorização dos medicamentos dispensados gratuitamente em regime de ambulatório nas farmácias hospitalares, “em situações espe-ciais devidamente regulamentadas”.

psoríaseInfarmed aprova gel inovador O Infarmed já aprovou a comercialização de um novo gel que promete revolucionaro tratamento da psoríase do corpo. Comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), o novo fármaco, desenvolvido pela Leo Farmacêuticos, representa um claro passo em frente para a qua-lidade de vida dos doentes que padecem deste problema dermatoló-gico que afeta milhares de pessoas em todo o mundo.

inovaçãoperitos debatem nova política do medicamentoUm grupo de personalidades ligadas ao setor da Saúde em Portugal vai constituir uma nova plataforma de discussão sobre o acesso à inovação na área do medicamento. A iniciativa “Latitude”, inédita em Portugal, decorrerá ao longo de três anos e tem como objetivo contri-buir de forma prática para uma política do medicamento que integre o acesso à inovação em benefício do doente, através da atualização da legislação aplicável.

gripevacinas da gripe com forte procuraO apelo à vacinação, principalmente à população alvo da vacinação gratuita, teve uma resposta intensa logo desde o início, o que provoca o consumo rápido das vacinas nos centros de saúde”, revelou a DGS. Desde o dia 1 até ao dia 10 de Outubro, tinham sido administradas nos serviços de saúde mais de 160 mil doses de vacina gratuita contra a gripe a pessoas com idade igual ou superior a 65 anos.

percentisOMS define novas curvas As curvas de crescimento das crianças têm novas características, defi-nidas pela OMS. Os novos percentis são menos tolerantes face à obe-sidade e mais permissivas com os bebés alimentados apenas por leite materno que, nos primeiros meses de vida, podem crescer um pouco mais devagar. As mudanças são também ao nível das consul-tas. Ao calendário são acrescentadas duas novas: uma aos cinco anos, outra aos dez, no início da puberdade. As alterações devem constar do Programa Nacional de Saúde Infantil ainda este ano.

tomatereduz risco de AVC Comer tomate, rico em licopénio, poderoso antioxidante que dá a cor vermelha ao fruto, reduz o risco de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), conclui um estudo publicado EUA. A investigação, publicada na revista Neurology, indica que as pessoas com taxas mais elevadas de licopénio no sangue têm menos probabilidades de ter um AVC, com-parativamente com as que têm níveis inferiores.

maçãmais uma razão para a degustar A ingestão de uma maçã por dia reduz em 40% os níveis sanguíneos de uma substância associada com o espessamento das artérias, refe-re no “Journal of Funtional Foods”. Os investigadores verificaram que o consumo diário de uma maçã diminui os níveis do colesterol LDL (“mau” colesterol) oxidado. Quando o colesterol LDL interage com os radicais livres fica oxidado e apresenta uma maior probabilidade de promover a inflamação e causar danos nos tecidos.

17%taxa de mortalidade em rota descendente até 2030A taxa de mortalidade por cancro pode entrar numa rota descenden-te até 2030, diminuindo em 17% nos próximos 20 anos, segundo as últimas estimativas do Instituto de Investigação do Cancro do Reino Unido, avança o PIPOP – Portal de Informação Português de Oncologia Pediátrica.

osteoporosecada 30 segundos uma pessoa na UE sofre uma fratura A APOROS – Associação Nacional Contra a Osteoporose, recorda, em comunicado de imprensa, que a cada 30 segundos uma pessoa na União Europeia (UE) sofre uma fratura e que um quarto dos doentes que apresentam uma fratura do colo do fémur morre no ano seguinte.

11portugueses que morrem de cancro do pulmão por dia Morrem, em média, 11 portugueses por dia vítimas de cancro do pul-mão. Em Portugal são diagnosticados 3.800 novos doentes por ano e apenas 15 por cento dos pacientes sobrevivem ao fim de cinco anos. Os dados constam do relatório de 2012 do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias.

genéricoslaboratórios europeus queixam-se de Portugal à CE Os laboratórios europeus apresentaram uma queixa contra Portugal na Comissão Europeia por causa de uma lei aprovada pelo governo para acelerar a entrada de genéricos no mercado, alegando que esta “viola os direitos da propriedade intelectual da indústria”.

3.758.393medicamentos falsificados apreendidos em todo mundo Cerca de 100 países estiveram envolvidos numa operação internacio-nal (Pangea V) dedicada ao combate aos medicamentos falsificados e ao alerta para os perigos associados à compra destes medicamentos através da internet, que culminou com a detenção de 79 indivíduos e a apreensão em todo o mundo de 3.758.393 medicamentos falsificados, potencialmente letais e com um valor estimado de 10,5 milhões de dólares (cerca de 8 milhões de euros), revelou o Infarmed.

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