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    UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

    MARCOS PEREIRA LIMA Jr.

    SANDRA CRISTINA IMPALWILSON EDUARDO P. GAMBASSI

    PROPOSTA DE MELHORIA DE ARRANJO

    FSICO NUMA INDSTRIA METALRGICA:REA DE ESTAMPARIA

    SO PAULO2010

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    Orientador: Professor MSc. Lus Henrique Rodrigues

    MARCOS PEREIRA LIMA Jr.

    SANDRA CRISTINA IMPAL

    WILSON EDUARDO P. GAMBASSI

    Trabalho de Concluso de Cursoapresentado como exigncia parcialpara a obteno do ttulo de Graduaodo Curso de Engenharia de Produocom formao especifica emPlanejamento e Controle de OperaesLogsticas da Universidade AnhembiMorumbi.

    PROPOSTA DE MELHORIA DE ARRANJO

    FSICO NUMA INDSTRIA METALRGICA:

    REA DE ESTAMPARIA

    SO PAULO2010

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    Trabalho____________ em: ____ de_______________de 2010.

    ______________________________________________

    Professor MSc. Lus Henrique Rodrigues

    ______________________________________________

    Professor MSc. Francisco Carlos Damante

    SO PAULO2010

    MARCOS PEREIRA LIMA Jr.

    SANDRA CRISTINA IMPAL

    WILSON EDUARDO P. GAMBASSI

    PROPOSTA DE MELHORIA DE ARRANJO FSICO

    NUMA INDSTRIA METALRGICA: REA DE

    ESTAMPARIA

    Trabalho de Concluso de Cursoapresentado como exigncia parcial

    para a obteno do ttulo de Graduaodo Curso de Engenharia de Produocom formao especifica emPlanejamento e Controle de OperaesLogsticas da Universidade AnhembiMorumbi.

    Comentrios:_________________________________________________________

    ___________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________

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    AGRADECIMENTOS

    Primeiramente agradecemos Deus por sempre guiar nossos passos e nos

    dar foras para nunca desistir, principalmente nos momentos mais difceis.

    A todos das nossas famlias que sempre nos apoiaram e nos deram suporte

    para que ns ingressssemos na faculdade e conclussemos o curso de Engenharia

    de Produo.

    A esta Universidade, seu corpo de Direo e Administrativo, que contriburam

    para nossa formao acadmica em toda essa trajetria fundamentada na

    confiana, no mrito e tica aqui presentes.

    A todos os professores que contriburam para nossa formao acadmica em

    toda essa trajetria, em especial aos professores Lus Henrique Rodrigues e

    Francisco C. Damante pelas orientaes, nos ensinando sempre o que era correto

    ao longo deste ano. OBRIGADO PROFESSORES!

    Ao Sr. Karl Michael, scio diretor da IMD, pelo interesse em nosso

    trabalho/assunto desenvolvido e por nos disponibilizar as informaes necessrias

    para o estudo de caso.

    A nossos amigos e colegas de classe, enfim chegamos ao final. Que Deus

    abenoe a todos!

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    RESUMO

    Diante da sociedade que se mostra cada vez mais exigente e competitiva comrelao a resultados, as empresas de modo geral tambm precisam demonstrar queso ativas e capazes de minimizar perdas, lanando mo de processos eficientes etcnicas de Engenharia. O trabalho apresentado mostrar inicialmente uma visosobre o Layout ou Arranjo Fsico, definies, variaes e importncia e ser seguidode estudo de caso utilizando a ferramenta SLP Systematic Layout Planning(Planejamento Simplificado de Layout) que auxiliar na obteno do melhor layout,ou seja, a melhor disposio da maquinaria em rea fabril, de uma empresametalrgica atuante na rea de estamparia. Essa nova disposio dever propiciarreduo da movimentao interna para a produo de dois tipos de produtos padro(Kit de Peas de Segurana para Elevadores e Gabinetes/Rack). Tambm serdescrito cada um dos passos da aplicao do SLP usando exemplos a fim deelucidar as diferentes fases do estudo.

    Palavras Chave: Layout, Arranjo Fsico, SLP, Maquinaria

    rea do conhecimento: Engenharia de Operaes e Processos da Produo

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    ABSTRACT

    In the face of society that shows ever more demanding and competitive with regardto results, companies generally must also demonstrate that they are active and ableto minimize losses, making use of efficient processes and techniques of engineering.The work presented initially show an insight into the physical layout or arrangement,definitions, and variations in importance and will be followed by case study using theSystematic Layout Planning tool or SLP (Simplified Layout Planning) which will assistin achieving the best layout, i.e. the best provision of machinery in the manufacturingarea, a metal stamping company. This new provision will allow for a reduction ofinternal movement to produce two types of standard products (Kit of Parts for Liftsand Security Cabinets / Racks). It will also describe each step of the implementationof the SLP using examples to clarify the different phases of the study.

    Key Worlds: Layout, Arrangement, SLP, Machinery

    Knowledge area: Operations Engineering and Process Production

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 5.1 Tipos de processos em operaes de manufatura...................................10

    Figura 5.2 Relao entre os tipos de processos e os tipos de arranjo fsicos bsicos

    ...........................................................................................................................13

    Figura 5.3 Variedade x volume x tipo bsico de arranjo fsico ..................................21

    Figura 5.4 Etapas e ferramentas usados no SLP......................................................23

    Figura 5.5 Diagrama de Relaes.............................................................................24

    Figura 5.6 Folhas das reas e Caractersticas das Atividades .................................25Figura 5.7 Diagrama de relacionamentos .................................................................26

    Figura 5.8 Desenho dos delineamentos....................................................................27

    Figura 5.9 Avaliao de alternativas ........................................................................28

    Figura 5.10 Detalhamento do Plano.........................................................................29

    Figura 5.11 Matriz de deciso sobre transporte interno ............................................31

    Figura 6.1 Layout atual da empresa..........................................................................35

    Figura 6.2 Curva ABC de faturamento ......................................................................40

    Figura 6.3 Fluxo de processos - Gabinetes...............................................................41

    Figura 6.4 Fluxo de processos kit de componentes ...............................................42

    Figura 6.5 Planejamento do layoutdo departamento de uma Fbrica......................44

    Figura 6.6 Diagrama de Relaes.............................................................................45

    Figura 6.7 Folha das reas e Caractersticas das Atividades pg. 1 de 2 ...............46

    Figura 6.8 Folha das reas e Caractersticas das Atividades pg. 2 de 2 ...............47

    Figura 6.9 Diagrama da Relao das Atividades ......................................................48

    Figura 6.10 Desenho prdio atual .............................................................................49

    Figura 6.11 Desenho prdio novo1, opo 2.............................................................50

    Figura 6.12 Desenho prdio novo2, opo 3.............................................................50

    Figura 6.13 Desenho prdio novo3, opo 4.............................................................51

    Figura 6.14 Avaliao das alternativas......................................................................52

    Figura 6.15 Detalhamento final do layout proposto...................................................53

    Figura 6.16 Diagrama de movimentao interna e externa atual Kit de Componentes

    de Segurana para Elevadores.........................................................................54

    Figura 6.17 Diagrama de movimentao interna e externa atual Rack e Gabinete ..54

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    Figura 6.18 Diagrama de movimentao interna proposta Kit de Componentes de

    Segurana para Elevadores..............................................................................56

    Figura 6.19 Diagrama de movimentao interna proposto Racke Gabinete ............56

    Figura 9.1 Mquina Puncionadeira...........................................................................4

    Figura 9.2 Mquina dobradeira ................................................................................4

    Figura 9.3 Exemplo de gabinete montado para clientes ..........................................5

    Figura 9.4 Setor de prensas.....................................................................................5

    Figura 9.5 Ferramentaria do setor de estampagem e dobra ....................................6

    Figura 9.6 Estoque de chaparia, no porto 2 ...........................................................6

    Figura 9.7 Guilhotina................................................................................................7

    Figura 9.8 Setor de soldagem ..................................................................................7

    Figura 9.9 Setor de lixadeiras...................................................................................8

    Figura 9.10 Galpo em construo (20/02/10).........................................................8

    Figura 9.11 Galpo da usinagem e doca para carregamento ..................................9

    Figura 9.12 Frente da empresa..............................................................................34

    Figura 9.13 Porto de movimentao externa........................................................34

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 5.1 Tipos de arranjo e caractersticas..........................................................17

    Tabela 5.2 Arranjo bsico x aplicao.....................................................................22

    Tabela 6.1 Faturamento .........................................................................................36

    Tabela 6.2 Lista de Equipamentos.........................................................................37

    Tabela 6.3 Custo de movimentao interna atual ..................................................55

    Tabela 6.4 Comparao entre distncias percorridas............................................57

    Tabela 6.5 Comparao entre distncias percorridas (LayoutProposto)...............58

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    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ALDEP Programa de desenvolvimento de layoutautomatizado

    CORELAPPlanejamento de relacionamento entre layoutscomputadorizados

    CRAFT Distribuio Relativa de Recursos por Meio de Computador

    SLP Planejamento Sistemtico deLayout

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    LISTA DE SMBOLOS

    Km Quilometro

    m Metro

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    SUMRIO

    p.

    1. INTRODUO.....................................................................................................1

    2. OBJETIVOS.........................................................................................................3

    2.1 Objetivo Geral...............................................................................................................3

    2.2 Objetivo Especfico ......................................................................................................3

    3. MTODO DE TRABALHO ...................................................................................4

    Etapas da seleo do Projeto de Arranjo Fsico.................................................................4

    4 JUSTIFICATIVA...................................................................................................5

    5 ESTADO DA ARTE..............................................................................................6

    5.1

    Definies Gerais.........................................................................................................7

    5.2 Objetivos do arranjo fsico ..........................................................................................8

    5.3 Projeto de Processo ..................................................................................................10

    5.4 Etapa de seleo do arranjo fsico bsico .............................................................13

    5.5 Planejamento do arranjo fsico ................................................................................17

    5.6 O problema na mudana do arranjo fsico.............................................................19

    5.7 Seleo de um tipo de arranjo fsico ......................................................................21

    5.7.1 SLP Systematic Layout Planning(Planejamento Sistemtico de Layout)

    22

    Etapa de tabelamento dos relacionamentos e anlise dos fluxos.........................23

    Estabelecimento de espaos .......................................................................................25

    Elaborao de diagramas.............................................................................................265.7.2 Abordagens Computadorizadas ......................................................................29

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    5.8 Transporte interno .....................................................................................................30

    5.9 Critrios de desempenho .........................................................................................32

    6 ESTUDO DE CASO...........................................................................................34

    6.1 Apresentao da Empresa .......................................................................................34

    6.2 Escopo da anlise .....................................................................................................36

    6.2.1 Maquinaria ..........................................................................................................37

    6.2.2 Sobre as reas ...................................................................................................37

    6.2.3

    Definio de produtos analisados no estudo caso.......................................40

    6.3 Definio do tipo de arranjo fsico ...........................................................................42

    6.4 Ferramenta utilizada..................................................................................................43

    6.5 Aplicao do SLP.......................................................................................................44

    6.5.1 Diagrama das Relaes (Tringulo) ...............................................................44

    6.5.2 Estabelecer as Necessidades de Espao (Quadrado)................................46

    Fonte: (Adaptado de Richard Muther & Associates, 2010).........................................47

    6.5.3 Diagrama de relaes das Atividades (Estrela)............................................48

    6.5.4 Desenhar os Layouts de relaes dos Espaos (Crculo) ..........................49

    6.5.5 Avaliar os arranjos alternativos (Hexgono) .................................................51

    Fonte: (Adaptado de Richard Muther & Associates, 2010).........................................52

    6.5.6 Detalhar o Plano do LayoutSelecionado (Retngulo).................................52

    6.6

    Movimentao interna...............................................................................................53

    6.6.1 Movimentao interna e externa atual ...........................................................53

    6.6.2 Custo de movimentao interna e externa atual ..........................................54

    6.6.3 Movimentao interna layoutproposto .......................................................56

    6.6.4 Custo de movimentao interna do layoutproposto e comparao com

    custos atuais.......................................................................................................................57

    6.6.5 Fatores qualitativos a serem considerados ...................................................58

    7 ANLISE DOS RESULTADOS..........................................................................59

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    8 CONCLUSES..................................................................................................60

    9 RECOMENDAES..........................................................................................61

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..........................................................................62

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..........................................................................64

    APNDICE A...............................................................................................................1

    APNDICE B...............................................................................................................2

    APNDICE C ..............................................................................................................4

    APNDICE D ............................................................................................................10

    FORMULRIOS E DESENHOS RELACIONADOS AO SLP ....................................10

    APNDICE E.............................................................................................................23

    MOVIMENTAO INTERNA E EXTERNA LAYOUTATUAL...................................23

    APNDICE F.............................................................................................................25

    MOVIMENTAO INTERNA E EXTERNA LAYOUTPROPOSTO ..........................25

    APNDICE G ............................................................................................................27

    LAYOUTATUAL .......................................................................................................27

    ANEXO A ..................................................................................................................28

    ORGANOGRAMA DA EMPRESA.............................................................................28

    ANEXO B ..................................................................................................................29

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    MODELO DE ORDEM DE SERVIO .......................................................................29

    ANEXO C ..................................................................................................................30

    MODELO DE FICHA DE ACOMPANHAMENTO DA PRODUO...........................30

    ANEXO D ..................................................................................................................31

    CATLOGO DE PRENSA 100 TONELADAS ...........................................................31

    ANEXO E ..................................................................................................................32

    CATLOGO DE PUNCIONADEIRA TRUPUNCH 2020............................................32

    ANEXO F...................................................................................................................34

    ANEXO G..................................................................................................................35

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    1. INTRODUO

    Motivao:

    Os dogmas de seu passado tranqilo no so adequadas ao presente

    tempestuoso. Nossa situao nova; temos que pensar de forma inovadora.

    - Abraham Lincoln-

    Posto essa motivao inicial, o grupo buscou na necessidade e dificuldade

    real das empresas a definio do arranjo fsico ideal, como foco de estudos e

    desenvolvimento do trabalho de concluso de curso. A dificuldade encontrada na

    empresa IMD, para a definio e formatao do arranjo fsico comum a vrias

    empresas, o grupo buscou utilizar as boas prticas do mercado alm da literatura e

    conhecimentos disseminados sobre o assunto, base para a realizao do Trabalho.

    Partiu-se da necessidade real de mudana da planta industrial atual, localizada em

    um prdio alugado, num bairro da Zona Sul de So Paulo para um galpo localizado

    no distrito industrial de Itapecerica da Serra (sede prpria) como uma das premissasdo estudo.

    Ser tratado a seguir todo o processo de levantamento de dados,

    mapeamento de processos e seleo de modelo e/ou modelos de arranjo fsico para

    a empresa em questo, culminando na seleo do arranjo fsico que mais atenda as

    necessidades da empresa.

    Este trabalho est estruturado em 9 Captulos, o Capitulo 1 apresenta a

    introduo, etapa que discorre sobre a motivao do TCC.

    O Captulo 2 descreve os objetivos gerais e especficos e tambm apresenta

    os indicadores de desempenho que sero detalhados no decorrer do trabalho.

    O Captulo 3 discorre sobre o mtodo de trabalho a ser utilizado no TCC.

    O Captulo 4 apresenta as justificativas do grupo para a adoo do tema do

    TCC.

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    No Captulo 5 apresentado o estado da arte, capitulo no qual sero

    abordadas as definies de diversos autores que escreveram sobre o tema do TCC.

    Nesse capitulo ser feita a meno ao SLP (Systematic Layout Planning), tcnica

    est que ser utilizada no estudo de caso e de onde sero gerados indicadores de

    desempenho da seleo de arranjo fsico.

    No Captulo 6 ser abordado o estudo de caso com o objetivo de aplicar as

    tcnicas estudadas no capitulo anterior.

    O Captulo 7 tratar da anlise dos resultados obtidos no estudo de caso.

    J o Captulo 8 apresentar as concluses deste trabalho.

    E finalmente o Capitulo 9 trar as recomendaes do grupo.

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    2. OBJETIVOS

    2.1 Objetivo Geral

    Demonstrar em um caso prtico os ganhos em reduo de movimentao

    interna que uma empresa pode obter, estudando a disposio da maquinaria e o

    fluxo das operaes. Propor o rearranjo fsico, com o intuito de reduzir a

    movimentao interna de materiais.

    2.2 Objetivo Especfico

    Discutir a disposio atual da maquinaria, num caso prtico do setor de

    estamparia de uma metalrgica, apresentando o processo de rearranjo para a

    utilizao racional do espao no ambiente de produo, buscando minimizar as

    movimentaes de materiais.

    Mensurar os ganhos que a empresa pode obter atravs da utilizao dos

    ndices de: minimizao do custo de transporte interno e comparao da distncia

    percorrida para a confeco do produto entre layoutatual e layoutproposto.

    Apontar a melhoria dos fatores qualitativos da operao, como segurana,

    organizao do trabalho, atravs da utilizao do layoutproposto.

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    3. MTODO DE TRABALHO

    Como metodologia de trabalho, o grupo optou pelo estudo de caso, devido

    combinao de fatores como: a oportunidade de a empresa efetuar uma anlise

    completa do fluxo de materiais e processos e a necessidade da definio de novo

    arranjo fsico devido mudana da planta industrial para um galpo prprio.

    A seguir so definidos os passos a serem executados na conduo do estudo

    de caso do arranjo fsico da Indstria Metalrgica em questo.

    Etapas da seleo do Projeto de Arranjo Fsico

    Nesse tpico esto descritas as etapas de trabalho a serem cumpridas para a

    execuo do Projeto de Arranjo Fsico:

    - Seleo do Projeto de Processos/Servios;

    - Projeto da Rede de Operaes Produtivas;

    - Seleo de um Modelo de Arranjo Fsico Bsico;- Anlise e aplicao da metodologia selecionada;

    - Confeco do Desenho do Arranjo Fsico.

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    4 JUSTIFICATIVA

    A empresa, objeto do estudo, teve um crescimento acelerado de demanda

    que ocasionou um crescimento desordenado do prdio, com anexos criados para

    atender novas necessidades do negcio. Acreditando que atravs da aplicao de

    ferramentas de engenharia seria possvel obter uma reduo de movimentao

    interna e conseqentemente reduzir os custos. Foi observada a oportunidade de

    melhorar a disposio dos equipamentos do setor da estamparia, vislumbrando obter

    um melhor fluxo de materiais. Os equipamentos devero ser agrupados dentro de

    uma seqncia racional, seja por processo, seja por tipos de peas semelhantes.

    Logo o trabalho dever demonstrar ao seu fim que a disposio proposta vai trazer

    benefcios para a empresa, tais como: reduo da movimentao de materiais,

    minimizao do custo de transporte interno e o registro da distncia percorrida para

    a confeco do produto entre layout atual e layout proposto, para fins de

    comparao.

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    6

    5 ESTADO DA ARTE

    Nessa etapa do estado da arte, ser abordada a teoria que fundamentar a

    conduo do trabalho bem como a validao dos resultados.

    Instalaes Industriais

    As oficinas que serviam s necessidades dos artesos foram as instalaes

    industriais da Idade Mdia. Eram pequenas e centradas em torno de uma habilidade

    nica como a fabricao de armas ou selas. Sua organizao era simples e clara

    (LEE, 1998).

    Durante a revoluo industrial, a energia e o movimento da matria-prima

    determinaram o projeto das instalaes. As indstrias txteis exigiam grandes

    quantidades de gua para gerar energia e sua organizao era dominada por

    estranhos eixos e correias. As primeiras indstrias de ferro e ao localizavam-se

    prximo a rios, ferrovias ou minas; seu projeto era determinado pelas necessidadesde transporte de carvo, minrio de ferro e calcrio (LEE, 1998).

    As primeiras instalaes de produo de larga escala, como a Pickering Piano

    Factory, foram desenvolvidas no sculo XIX. Essas instalaes geravam um grande

    numero de produtos manufaturados. Houve uma poca em que essa indstria

    construa 400 pianos por dia (LEE, 1998).

    O layout da fbrica moderna comeou principalmente em Highland Park,

    Michigan. L Henry Ford e Charles Sorensen colocaram em prtica pela primeira vez

    a produo em larga escala. O layout, a distribuio do equipamento no espao

    construdo, foi o aspecto mais marcante da produo na Ford. O layoutda Ford era

    to notvel que diferenciava os elementos mais intangveis do sistema de produo

    altamente integrado e bem planejado (LEE, 1998).

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    5.1 Definies Gerais

    Definio de leiaute, segundo dicionrio Houaiss (2010):

    1 Rubrica: publicidade. Esboo de anncio que submetido aprovao do cliente, com indicao da forma e disposio de seuselementos visuais mais importantes (ttulos, mancha do texto,ilustrao etc.)2 Derivao:por extenso de sentido. Rubrica: editorao, artesgrficas. Esboo ou espelho especificando fonte e corpo doscaracteres utilizados, diagramao, cores e formato de qualquer obraa ser produzida3 Derivao: por extenso de sentido. Modo de distribuio deelementos num determinado espao. Ex.: o l. da fbrica segue osmais modernos requisitos da ergonomia

    4 Derivao: por extenso de sentido, sentido figurado. Concepoou exposio dos traos gerais de: delineamento, esboo, projeto.

    O Arranjo Fsico ou layout de uma operao produtiva preocupa-se com o

    posicionamento fsico dos recursos de transformao. Colocado de forma simples,

    definir o arranjo fsico decidir onde colocar todas as instalaes, mquinas,

    equipamentos e pessoal da produo. (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009, p

    200).

    Segundo MACHLINE; S MOTTA; SCHOEPS; WEIL; 1990 p. 383:Arranjo fsico ou leiaute definido pelo ILO (Internacional LaborOffice) de Genebra, como sendo a posio relativa dosdepartamentos, sees ou escritrios dentro do conjunto de umafbrica, oficina ou rea de trabalho; das mquinas, dos pontos dearmazenamento e do trabalho manual ou intelectual dentro de cadadepartamento ou seo; dos meios de suprimento e acesso s reasde armazenamento e de servios, tudo relacionado dentro do fluxode trabalho.

    A viso de Maynard (1970 p. 33), no difere das tratadas anteriormente,

    porm possui claramente o enfoque na disposio dos equipamentos quando define

    o arranjo fsico como a disposio fsica do equipamento industrial. Este arranjo

    quer instalado, quer em projeto, inclui o espao necessrio para a movimentao de

    material, armazenamento, mo-de-obra indireta e todas as outras atividades e

    servios dependentes, alm do equipamento de operao e o pessoal que o opera.

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    Segundo Lee (1998, 229 p.):

    O arranjo fsico de uma operao produtiva preocupa-se com oposicionamento fsico dos recursos de transformao. amanifestao fsica de um tipo de processo, onde uma das

    caractersticas mais evidentes de uma operao produtiva porquedetermina sua forma e aparncia e tambm a maneira segundo aqual os recursos transformados fluem.

    Ainda tratando da definio geral do assunto, Corra, Corra (2009 p.407)

    definem o arranjo fsico de uma operao como a maneira segundo a qual se

    encontram dispostos fisicamente os recursos que ocupam espao dentro da

    instalao de uma operao.

    No entanto, este assunto no deve ser tratado de uma forma to simplria,

    porque de acordo com Moreira (1998, p. 97), o arranjo fsico do local ou dos locais

    de trabalho pode restringir a capacidade ou resolv-la.

    5.2 Objetivos do arranjo fsico

    O arranjo fsico tem por objetivo aumentar ou conservar a rentabilidade da

    empresa, que por sua vez pode ser atingida com a melhoria da qualidade do

    produto, o atendimento ao cliente, aumento da satisfao dos funcionrios, atravs

    da flexibilizao das operaes e etc. Ele tambm tem por objetivo atuar na reduo

    de custos importantes para a empresa, por exemplo, utilizao mais eficiente do

    espao, evitar o investimento em equipamentos, reduo dos transportes, reduo

    do lead time, reduo dos estoques, etc. Para efeito desse trabalho de concluso de

    curso, ser utilizado como indicador de desempenho o ndice de movimentao

    interna das principais peas. Esse ndice ser medido baseado no diagrama de

    relacionamento de atividades onde sero calculadas as distncias percorridas pelas

    peas nolayoutatual e na proposta de melhoria.

    Conforme Mayer (1992 p.86) o objetivo o desenvolvimento de um arranjo

    que permita o mais eficiente fluxo de trabalho, do ponto de vista de distncia e

    custo.

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    Segundo Corra, Corra; (2009 p. 407), com o enfoque de operaes, o

    objetivo primordial das decises sobre o arranjo fsico apoiar a estratgia

    competitiva da operao.

    Essa funo pode ser atingida, pois um bom arranjo fsico pode visar tanto

    eliminar atividades que no agreguem valor, como enfatizar as que agreguem tais

    como: minimizar os custos de manuseio e movimentao interna de materiais;

    utilizar o espao fsico disponvel de forma eficiente; apoiar o uso eficiente da mo-

    de-obra, evitando que esta se movimente desnecessariamente; facilitar comunicao

    entre as pessoas envolvidas na operao entre outras, so bons exemplos ligados

    ao tema em estudo.

    Maynard (1970, p.34) define como sendo objetivos bsicos do arranjo fsico a

    integrao total de todos os fatores que afetam o arranjo fsico, a movimentao de

    materiais por distncias mnimas; ter o trabalho fluindo atravs da fbrica; ter todo o

    espao efetivamente utilizado; obter a satisfao e segurana para os operrios e

    por fim um arranjo flexvel que possa ser facilmente reajustado.

    Machline (1990, p.394) cita os seguintes objetivos do arranjo fsico:Facilitar o fluxo de materiais e pessoas, evitando atropelos emantendo distancias mnimas entre postos de trabalho; permitir aexpanso, por meio de reas de reserva; utilizar da melhor maneira oespao disponvel; diminuir os investimentos em equipamentos einstalaes; permitir um controle da quantidade e qualidade daproduo; assegurar segurana e conforto aos operrios e facilitar asuperviso; dar flexibilidade em caso de modificaes sem necessitarde longas paradas.

    Cury (2000, p. 386), cita os seguintes objetivos de um processo de layout:

    Otimizar as condies de trabalho do pessoal nas diversas unidadesorganizacionais; Racionalizar os fluxos de fabricao ou detramitao de processos; Racionalizar a disposio fsica dos postosde trabalho, aproveitando todo o espao til disponvel; Minimizar amovimentao de pessoas, produtos, materiais e documentos dentroda ambincia organizacional.

    Em um trecho de Iida (1972, p.255), possvel sintetizar todas as definies e

    objetivos anteriores como o objetivo principal de um problema de arranjo fsico o

    de minimizar o fluxo total dentro da fbrica.

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    Aps as etapas de definio geral e objetivo do trabalho, nos tpicos a seguir

    sero tratados os diversos aspectos relacionados ao projeto do arranjo fsico.

    5.3 Projeto de Processo

    As etapas a seguir detalhadas, so as indicadas por Slack, Chambers,

    Johnston (2009), as quais sero utilizadas como base da fundamentao nesse

    tpico, viso que a ser complementada com as idias e conceitos de outros autores

    e obras.

    A tarefa de projeto de processos difere sensivelmente em funo do tipo deManufatura ou Servios e tambm so usados termos diferentes para identificar

    tipos de processos nos diferentes setores (Slack; Chambers; Johnston; 2009). Na

    Manufatura, esses tipos de processos so (em ordem de volume crescente e

    variedade decrescente): processos de projeto, processos de jobbing, processos em

    lotes ou bateladas, processos de produo em massa e processos contnuos.

    Corra, Corra (2009) acrescentam a essa lista o modelo de processos hbridos.

    Tipos de processos em manufatura

    Cada tipo de processo em manufatura implica em uma forma diferente em

    organizar as atividades das operaes, com suas peculiaridades, que sero citadas

    a seguir:

    Figura 5.1Tipos de processos em operaes de manufatura(Slack, Chambers, Johnston; 2009).

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    Processos de Projeto

    Processos do tipo projeto so os que lidam com produtos discretos,

    usualmente bastante customizados e com um perodo relativamente longo, para a

    confeco do produto (Slack; Chambers; Johnston; 2009). A essncia desse tipo de

    processo que cada trabalho tem o inicio e fim bem definidos, o intervalo de tempo

    entre o inicio de diferentes trabalhos relativamente longo e os recursos

    transformadores provavelmente so organizados de forma especial para cada um

    deles.

    Processos dejobbing

    Para Corra, Corra (2009), esse modelo tambm conhecido como Processo

    por Tarefa, apresenta a produo em pequenos lotes, de uma grande variedade de

    produtos, com variados roteiros de fabricao, em geral associados com arranjos

    fsicos funcionais. J Slack, Chambers, Johnston (2009), denominam esse modelo

    como Processos de jobbing tambm lidam com alta variedade e baixos volumes,

    enquanto em processos de projetos, cada produto tem recursos dedicados mais oumenos exclusivamente a eles, em jobbing cada produto deve compartilhar os

    recursos de operao com diversos outros. Os processos dejobbingproduzem mais

    quantidade e usualmente menores do que os processos de projetos, mas em geral,

    o grau de repetio baixo. So exemplos de jobbing muitos servios tcnicos

    especializados.

    Processos em lotes ou bateladas

    Segundo os autores Slack, Chambers, Johnston (2009 p.130).

    Processo em lotes freqentemente pode parecer-se com os dejobbing, mas os processos em lotes no tm o mesmo grau devariedade dos de jobbing. Como o nome indica, cada vez que umprocesso em lotes produz um produto, produzido mais que umproduto. Dessa forma, cada parte da operao tem perodos em quese est repetindo, pelo menos enquanto o lote produzido/processado.

    Esse processo definido de maneira semelhante por Corra, Corra (2009)

    como sendo essencialmente, um processo similar ao processo por tarefa no sentido

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    de que seu arranjo deve ser funcional pelo alto grau de flexibilidade requerida, mas

    j h especializao e dedicao de funcionrios aos equipamentos.

    Processos de produo em massa (ou em linha)

    o que produz bens em alto volume e variedade relativamente estreita, isto

    , em termos dos aspectos fundamentais do projeto do produto (SLACK;

    CHAMBERS; JOHNSTON, 2009 p.130).

    Segundo Corra, Corra (2009):

    Denominam esse modelo como de processo em linha, caracterizadopela produo de peas discretas (em unidades) fluindo de estaode trabalho a estao de trabalho (conexas umas as outras) numataxa preestabelecida. As estaes de trabalho so arranjadas deforma a respeitar a seqncia de etapas do processo produtivo doproduto.

    Conforme Corra, Corra (1999) esse modelo evidentemente s tem sentido

    quando os produtos so feitos em alto volume.

    Processos contnuos e hbridos

    Segundo Corra, Corra (1999, p.336) definido como processamento de

    material em fluxo (no discreto) continuo.

    Situam-se num passo alm dos processos de produo em massa, pelo fato

    de operarem em volumes ainda maiores e em geral terem variedade ainda mais

    baixa (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009 p.130).

    Normalmente operam por perodos de tempo muito longo e s vezes at

    literalmente contnuos no sentido que os produtos so inseparveis e produzidos em

    fluxo ininterrupto. Processos contnuos muitas vezes esto associados a tecnologias

    relativamente inflexveis, de capital intensivo com fluxo altamente previsvel.

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    Os Processos hbridos segundo Corra, Corra (1999, p.336):

    Buscam beneficiar-se dos pontos fortes de mais de um dos tipos

    clssicos de processo. Como exemplo temos o arranjo fsico celular,que um hibrido dos processos em lotes com o processo em linha,no qual se procura, a partir de um processo em lotes, estabeleceruma pequena fbrica dentro da fabrica dedicada a produo de umafamlia definida. De certa forma faz-se uma linearizao do processoem lotes para essas famlias de produtos.

    5.4 Etapa de seleo do arranjo fsico bsico

    Depois que o tipo de processo foi selecionado, deve ser definido o tipo de

    arranjo fsico. A maioria dos arranjos fsicos deriva de apenas quatro tipos bsicos,

    os quais sero detalhados a seguir, o importante ressaltar que a relao entre os

    tipos de processos e os tipos bsicos de arranjo fsico no determinstica (SLACK;

    CHAMBERS; JOHNSTON, 2009):

    Figura 5.2Relao entre os tipos de processos e os tipos de arranjo fsicos bsicos(Adaptado de Slack, Chambers, Johnston; 2009)

    Da anlise de Corra, Corra (2009); Heizer, Render (2001) e Slack,

    Chambers, Johnston (2009); temos os seguintes tipos de arranjo fsico: arranjo fsico

    posicional, arranjo fsico por processo, arranjo fsico celular, arranjo fsico por

    produto, arranjos fsicos flexveis.

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    Arranjo fsico posicional

    Heizer, Render (2001, p. 234) destacam que em um layout posicional o

    projeto permanece no lugar e os trabalhadores e equipamentos vo para essa rea

    de trabalho. Segundo Slack, Chambers, Johnston (2009) em vez de materiais,

    informaes ou clientes flurem por uma operao, quem sofre o processamento fica

    estacionrio, enquanto equipamento, maquinaria, instalaes e pessoas movem-se

    na medida do necessrio.

    Corra, Corra (2009), citam que este modelo apresenta uma eficincia baixa

    e um grau mximo de customizao, o que leva as empresas que adotam essemodelo a produtos nicos ou em quantidades muito pequenas.

    Arranjo fsico por processo

    No arranjo por processo, processos similares (ou processos com

    necessidades similares) so localizados juntos um do outro. (SLACK; CHAMBERS;

    JOHNSTON, 2009). A idia bsica desse modelo agrupar recursos com funo ouprocessos similares (CORRA; CORRA, 2009).

    Heizer, Render (2001, p. 235) entendem que o layout orientado para o

    processo pode simultaneamente lidar com uma ampla variedade de produtos ou

    servios. Essa a maneira tradicional para dar suporte a uma estratgia de

    diferenciao de produto. Esse tipo aplicado principalmente em casos com

    muitos produtos diferentes, com tempos de operaes no balanceados e de

    demanda intermitente (IIDA, 1972, p.255).Corra, Corra (2009) definem como trade-off (conflitos) o fato de privilegiar

    a flexibilidade dos fluxos em detrimento da eficincia. Um dos desafios desse

    modelo aproximar as reas/setores com o fluxo mais intenso para evitar (ou

    minimizar) os deslocamentos.

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    Cury (2000 p. 394) elenca as seguintes vantagens da adoo do layout por

    processo:

    Vantagens - Grande flexibilidade para suportar variao e flutuao

    na demanda; Reduz a necessidade de duplicao de mquinas,ferramentas, calibres, matrizes, vigas, ou equipamentos especiais;Proporciona custos mais baixos de manuteno e separao;Assegura maior controle sobre produtos de alta preciso ou artigoscomplicados;

    Porm ainda segundo o mesmo autor, Cury (2000 p. 394), so enumeradas

    as desvantagens da adoo do layoutpor processo:

    Desvantagens - Retrocessos na movimentao dos materiais so

    freqentes e normais; Exige maiores inventrios dos materiaisestocados;Desde que os materiais normalmente caminhem em lotes, hnecessidade de ser aguardada a finalizao de um processo ouoperao na totalidade do lote, at o incio do prximo processo ouprxima operao, redundando em maior tempo de paralisao;Planejamento e controle de produo em maior volume e maisoneroso; Pelas caractersticas do segundo e do quarto itens, exigemaior quantidade de trabalho de natureza burocrtica.

    Arranjo fsico celular

    Segundo Heizer, Render (2001, p.238) os arranjos de clulas de trabalho so

    usados quando o volume justifica um arranjo especial de mquinas e

    equipamentos. Para Slack, Chambers, Johnston (2009) o arranjo fsico celular

    uma tentativa de trazer alguma ordem para a complexidade de fluxo que caracteriza

    o arranjo fsico por processo.

    A idia da clula de trabalho rearranjar pessoas e mquinas que

    geralmente esto espalhadas por diversos departamentos de processos e coloc-las

    em um pequeno grupo (HEIZER; RENDER, 2001, p. 238) para processar famlias

    ou grupos de peas ou produtos semelhantes.

    Arranjo fsico por produto

    O arranjo fsico por produto tem por principio a localizao dos recursos

    produtivos em funo do item a ser transformado. Cada produto segue um roteiro

    predefinido no qual a seqncia de atividades requerida coincide com a seqncia

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    na qual os processos foram arranjados fisicamente. (SLACK; CHAMBERS;

    JOHNSTON, 2009).

    Corra, Corra (2009) definem esse modelo chama-se por produto, porque a

    lgica usada para arranjar a posio relativa dos recursos a seqncia das etapas

    que agregam valor.

    Conforme Machline (1990, p.387) o arranjo fsico por produto caracteriza-se

    por um mnimo de manuseio e uma mxima utilizao de mquinas. Deve haver

    balanceamento exato da capacidade produtiva de cada mquina com o resto da

    linha.

    Para Corra, Corra (2009) pode-se citar como trade-off (conflito) dessemodelo o privilgio da eficincia em detrimento da flexibilidade.

    Cury (2000 p. 394) elenca as seguintes vantagens da adoo do layoutpor

    produto, Minimizar o manuseio dos materiais; Reduzir o tempo do ciclo de

    produo; Reduzir os inventrios; Economizar; Automatizar praticamente o controle

    de produo.

    Porm, segundo o mesmo autor, Cury (2000 p. 394), so enumeradas as

    desvantagens da adoo do layoutpor produto:

    Desvantagens - Falta de flexibilidade para atender a modificaessubstanciais no desenho do produto ou a necessidades de produo;Manuteno e reparos onerosos e problemas quanto ociosidade;Exigir um processo de planejamento muito elaborado; Exigircuidados extremos na seleo de equipamentos; Exigir uma bancadalocal para armazenagem temporria no final da linha (banca demateriais).

    Arranjos fsicos flexveis

    Decorrentes da necessidade das empresas de se manter flexveis em termos

    de seus arranjos e onde se freqente a introduo de novos produtos. Segundo

    Corra, Corra (2009), essas empresas optam por tecnologia de menor porte

    favorecendo a movimentao e reconfigurao dos setores com demarcao no

    cho de setores e clulas no com tintas, mas com fitas.

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    Apesar dos tipos bsicos, muitas operaes ou projetam arranjos fsicos

    mistos ou combinam elementos de alguns ou de todos os tipos bsicos.

    Na tabela a seguir, est um resumo dos conceitos a sua aplicao mais

    comum.Tabela 5.1 Tipos de arranjo e caractersticas

    5.5 Planejamento do arranjo fsico

    A definio do arranjo fsico deve ajudar consideravelmente a comunicao

    dos planos de produto e das prioridades competitivas de uma organizao.

    E o planejamento do arranjo fsico envolve decises sobre a disposio dos

    centros de trabalho. Moreira (1998, p. 97) conceitua como centro de trabalho

    qualquer coisa que ocupe espao: um departamento, uma sala, uma pessoa ou umgrupo de pessoas, mquinas, equipamentos e etc. J Ritzman, Krajewski (2004, p.

    196) chamam centro de trabalho como centro de atividade econmica.

    Conforme Martins, Alt (2006, p 396) o transporte interno de materiais deve

    ser reduzido ao mnimo possvel, tanto em relao s quantidades transportadas

    quanto s distncias percorridas. O chamado momento de transporte o

    instrumento bsico para otimizar o layoutdos locais de fluxo.

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    Quem elabora o arranjo deve:

    a) deixar espao suficiente para acesso s mquinas, para transporte e servios

    auxiliares (manuteno, controle de qualidade, etc.);

    b) reservar reas pensando em possveis pequenas alteraes no produto ou

    processo;

    c) permitir fluxo progressivo e contnuo;

    d) muito material em processo, congestionando o ambiente;

    e) espao mal aproveitado;

    f) cruzamento excessivo na movimentao de materiais e pessoas;

    g) produo ineficiente;h) dificuldade de superviso e controle

    Segundo Maynard (1970, p. 36) os fatores que influenciam no arranjo fsico

    subdividem-se em oito grupos, que sero citados a seguir:

    Fator material: incluindo projeto, variedades, quantidade, asoperaes necessrias e sua seqncia;

    Fator maquinaria: incluindo o equipamento produtivo, ferramentas esua utilizao;Fator homem: incluindo superviso e auxilio alm do trabalho direto;Fator movimento: incluindo o transporte inter e intradepartamentos eo transporte s vrias operaes, armazenagens e inspees;Fator espera: incluindo os estoques intermedirios e permanentes eatrasos;Fator servio: incluindo manuteno, inspeo, perdas, programaoe expedio;Fator construo: incluindo as caractersticas do edifcio e adistribuio da maquinaria e do equipamento;Fator mudana: incluindo versatilidade, flexibilidade eexpansibilidade.

    Esse mesmo autor cita que em alguns pases esses fatores so analisados a

    partir de check lists ou listas guias onde cada um desses fatores detalhado em

    partes menores visando uma completa montagem e anlise do cenrio. Desde o

    inicio do planejamento at a deciso do arranjo fsico, deve-se porem, ter em mente

    a preocupao com os aspectos ergonmicos e econmicos, como os quatro

    princpios de arranjo fsico enumerados por Machline (1990, p.393):

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    1) Principio da economia do movimento, pois o arranjo fsico timo tende a reduzir

    as distncias percorridas no ambiente produtivo;

    2) Principio do fluxo progressivo, aonde o movimento ininterrupto de uma operao

    para a prxima, sem transportes e cruzamentos prefervel;

    3) Principio da Flexibilidade, aonde a possibilidade de rearranjos em funo de

    demandas de produtos e do mercado, devem ser possveis;

    4) Principio da integrao, aonde a integrao entre os fatores necessria para

    que o arranjo seja timo, deve ser preferido.

    O mesmo autor cita, porm, que o leiaute reflete a poltica da empresa, seja

    pelos corredores largos e reas para depsitos, seja pelo mximo de economia paraa reduo das edificaes.

    Iida (1972, p.245) consegue resumir de maneira simples a questo do estudo

    do arranjo fsico como tendo por objetivo a melhor combinao do material,

    equipamento e mo-de-obra no espao disponvel.

    5.6 O problema na mudana do arranjo fsico

    Harmon, Peterson (1991, p. 48) entendem que as mudanas noslayoutsdas

    fbricas se caracterizam por um processo de construo de anexos muito grandes e

    esquisitos e que mesmo o projeto de fbricas novas sofre influncia do layout

    antigo.

    A deciso de arranjo fsico uma parte importante da estratgia daoperao. Um projeto bem elaborado de arranjo fsico ser capaz de refletir e

    alavancar desempenhos competitivos desejveis. (CORRA; CORRA, 2009,

    p.407).

    O layout e o fluxo de todas as fbricas no mundo, inclusive as mais novas,

    so imperfeitos. Como essas imperfeies costumam no ser de pequena grandeza,

    aperfeioamentos no layout e fluxo de toda uma fbrica podem aumentar

    substancialmente sua produtividade (HARMON; PETERSON, 1991 p.45).

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    Uma das dificuldades na tarefa de definio do layout a comum adequao

    do arranjo ao prdio existente, como citado por Imai (1992, pg. 76): o antigo layout

    tinha sido projetado para se ajustar ao prdio, mas a Mitsubishi reverteu esse

    conceito e projetou o prdio para se ajustar ao layouttimo, mas isso, na maioria

    das vezes, no possvel.

    Mas como saber se a mudana no layout a melhor sada? Existem algumas

    perguntas que podem ser feitas para se detectar se grande a necessidade de

    alterao do layout:

    1. Novos produtos foram desenvolvidos e adicionados as linhas de produtos?2. Os produtos existentes foram alterados ou abandonados?

    3. Processos foram alterados e/ou aperfeioados para refletir mudanas de

    produtos?

    4. Processos foram adicionados e eliminados como resultado de mudanas nas

    decises de fabricar ou comprar?

    5. A produo atual atende a demanda de vendas mensal?

    6. H excesso de transporte?7. H excesso de acidentes do trabalho?

    Desta forma podemos entender conforme Moreira (1998, p. 97) que as

    decises sobre arranjo fsico so tipicamente decises tticas, ou seja, no se

    repetem necessariamente em uma rotina diria, mas no so to espordicas

    quanto deciso da localizao de instalaes, por exemplo.

    O problema sobre o qual iremos nos concentrar ser aquele em que a

    empresa considera necessrio rever e possivelmente, alterar todo layout de uma

    fbrica existente. (MAYER, 1992, p.88).

    E um fator importante para a conservao ou alterao do arranjo fsico o

    sistema de produo adotado pela empresa.

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    Para Moreira (1998, p. 14) os sistemas de produo so agrupados em trs

    grandes categorias:

    1. Sistema de produo Contnua ou de fluxo de linha

    2. Sistema de produo por lotes ou por encomenda (fluxo intermitente)

    3. Sistema de produo de grandes projetos sem repetio.

    Apesar de todas as consideraes feitas anteriormente, segundo Araujo

    (1985, p.66) indica a seguir a preocupao de dificuldade existente na tarefa de

    definio do layout:

    O estudo de layout, que visa a aproveitar espaos na organizaotem a sua irradiao bastante limitada. Se bem sucedido, o estudotrar benefcio restrito rea estudada. Se mal conduzido, o mesmoestudo resultar em fracasso, quase sempre restrito a mesma rea.O que se quer dizer que, dificilmente, um estudo de layoutcobrirtoda ou uma grande parte da organizao a ponto de considerarmoso resultado final, bom ou ruim, como de alcance global ou estrutural.

    5.7 Seleo de um tipo de arranjo fsico

    A deciso do modelo de arranjo fsico a ser adotado, normalmente no selimita a uma nica opo dos arranjos bsicos, mas encontram-se duas ou mais

    opes presentes nas empresas. Slack, Chambers, Johnston (2009, p. 213) citam

    volume e variedade de uma operao como caractersticas bsicas de escolha. A

    seguir uma figura de autoria de Corra, Corra (2009, p.336), onde retratada a

    viso das literaturas sobre o assunto.

    Figura 5.3Variedade x volume x tipo bsico de arranjo fsico(Corra, Corra, 2009)

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    J Maynard (1970, p.35 36) cita algumas indicaes de qual modelo de

    arranjo utilizar para determinada operao:

    Tabela 5.2 Arranjo bsico x aplicaoTipo deArranjo

    Posicional Por Processo Linha de Produo

    Operaes de conformao outratamento utilizarem

    ferramentas manuais oumquinas simples

    Maquinaria cara e de difcilmovimentao

    Grandes quantidades de produtospara fazer

    Em confeco de uma s peaou poucas de certo tipo

    Produo de grandevariedade de produtos

    Projeto padronizado

    Quando o custo demovimentao de pea montada

    for alto

    Grandes variaes nostempos de operao

    Demanda estvel

    Q

    uandousar?

    Quando a habilidade dooperador for ponto importante

    Para demandas pequenasou intermitentes

    Quando for possvel manteroperaes balanceadas e fluxo

    continuo sem dificuldades(Adaptado pelos autores (2010) de Maynard, 1970 (p.35 36))

    Essa viso, de certa forma simplista e mais prtica do que terica, no

    utilizada por outros autores como Slack, Chambers, Johnston (2009), Corra, Corra

    (2009) e Machline (1972), que citam o mtodo SLP (Systematic Layout Planning) ou

    no portugus Planejamento Sistemtico de Layout, assim nomeado por Muther.

    5.7.1 SLP Systematic Layout Planning(Planejamento Sistemtico de Layout)

    Segundo Machline (1972, p.409), esse mtodo envolve principalmente os

    seguintes elementos: 1- relacionamento entre vrias funes ou atividades; 2-

    clculo de espao para cada atividade; 3 arranjo desses itens num plano de

    delineamento.

    Esse mtodo possui as seguintes etapas ou passos, segundo Corra, Corra

    (2009, p. 410): 1 Anlise de fluxos; 2-Identificao dos fatores qualitativos; 3-

    Avaliar os dados disponveis; 5-Determinao do plano de arranjo dos espaos e 6-

    Ajuste do arranjo no espao disponvel.

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    A seguir ser apresentada uma figura de Machline (1972, p. 410), onde

    apesar das diferenas de nomes e seqncia de etapas, so apresentadas

    graficamente as etapas e ferramentas adotadas.

    Figura 5.4Etapas e ferramentas usados no SLP(Machline,1972)

    Conforme o exposto anteriormente, as etapas indicadas por Machline, diferem

    um pouco do processo indicado por Corra, Corra, porm, em anlise feita pelo

    grupo adotamos seguir a linha de Machline, fazendo a contraposio com o conceito

    de outras literaturas encontradas:

    Etapa de tabelamento dos relacionamentos e anlise dos fluxos

    Essa a etapa de levantamento de informaes como rea atual dos setores,

    identificao das tarefas executadas nesse local e a identificao dos

    relacionamentos entre os setores. Para tal, Machline (1972, p.412) indica o

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    formulrio de relacionamentos a seguir, nesse formulrio so medidas e pontuadas

    as questes de proximidade, motivo e importncia.

    Segundo Corra, Corra (2009, p. 410), os critrios de prioridade da

    proximidade so classificados da seguinte maneira:A proximidade absolutamente necessria, valor 2;E proximidade especialmente necessria, valor 3;I proximidade importante, valor 2;O proximidade regular, valor 1;U proximidade no importante, valor 0;X proximidade indesejvel, valor -1.

    Figura 5.5Diagrama de Relaes(Muther, Wheeler, 2008)

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    Estabelecimento de espaos

    Com a etapa anterior executada, seguem-se os estabelecimentos do espao

    necessrio para cada atividade, bem como do levantamento das caractersticas e

    restries, como citado por Machline (1972, p.417). So sugeridos pelo mesmo autor

    os seguintes passos para execuo dessa etapa: registro das atividades na mesma

    seqncia da tarefa anterior; registro das reas exigidas; determinar as

    caractersticas necessrias para o prdio; analisar e determinar as exigncias

    especficas de servios, manuteno ou de outra natureza.

    Figura 5.6Folhas das reas e Caractersticas das Atividades(Muther, Wheeler, 2008)

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    Elaborao de diagramas

    Nessa etapa se estabelece a relao visual entre as diversas atividades para

    que forme o padro bsico do arranjo. (MACHLINE, 1972, p.417). Corra, Corra

    (2009, p.411) descrevem essa etapa como a representao grfica da relao entre

    os setores com uma linha de ligao para representar o valor 1, duas linhas para o

    valor 2 e assim por diante.

    Figura 5.7Diagrama de relacionamentos(Muther, Wheeler, 2008)

    A idia deixar os setores com maior quantidade de linhas de ligao mais

    prximos entre si. (CORRA, CORRA, 2009, p. 411). A seguir indicada a

    construo.

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    Desenho dos delineamentos

    a passagem de arranjo ideal para a disposio real que melhor lhe

    aproxime. Nessa etapa conseguem-se as dimenses especificas levando em conta

    corredores, paredes, sadas e etc. (MACHLINE, 1972, p.419).

    Figura 5.8Desenho dos delineamentos(Muther, Wheeler, 2008)

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    Avaliar as alternativas e detalhamento do plano

    De posse das opes identificadas, segue a etapa de seleo das alternativas

    feita levando os seguintes fatores em considerao, conforme Machline (1972,

    p.419):

    Identificar cada arranjo final selecionado com uma letra (A, B, C), etc,com uma breve descrio; Estabelecer todos os fatores e objetivosque se espera atingir com o plano de arranjo; Selecionar o fator maisimportante, atribuindo-lhe peso e avaliar os demais fatores emrelao ao valor mximo; Atribuir valores s letras da importncia (A altamente importante, B especialmente bom. I importante e O

    ordinrio) e multiplicar esse valor pelos pesos; realizar a soma dosvalores para cada opo, aquela que apresentar o maior valor ser aadotada.

    Figura 5.9 Avaliao de alternativas(Muther, Wheeler, 2008)

    Aps a definio do melhor arranjo fsico, parte-se para a elaborao do

    desenho final onde sero detalhados os pormenores da instalao como, por

    exemplo: linhas de ar comprimido, largura de corredores, disposio de iluminao,pontos de energia eltrica, rede de incndio, pontos para rede de informtica.

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    Abaixo segue a exemplificao de um arranjo fsico detalhado, a partir da

    melhor opo escolhida na etapa anterior.

    Figura 5.10 Detalhamento do Plano(Muther, Wheeler, 2008)

    5.7.2 Abordagens Computadorizadas

    Diversas abordagens computadorizadas esto disponveis para a criao eanalise de layout de processo. Segundo Monks (1987, p.96), alguns sistemas de

    computador como o Apple Lisa, so muito flexveis, com programas de layout e

    desenho fceis de usar. Os softwares so basicamente heursticos, mtodos

    interativos de passo-a-passo. Ainda segundo o mesmo autor os programas ALDEP

    (projeto de layout automatizado) e CORELAP (planejamento de layout de relao

    computadorizado) tentam maximizar a taxa de proximidade nos limites das

    dimenses da instalao. Abaixo ser apresentado o CRAFT (Computerized

    Relative Allocation of Faculties Technique), porm segundo Monks (1987, p. 96),

    nenhum desses mtodos garante a otimizao.

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    O mtodo CRAFT ou em portugus denominado Distribuio Relativa de

    Recursos por Meio de Computador, indicado para casos que possuam entre 20 e

    40 centros de atividades interagindo entre si. Segundo Buffa (1972, p. 299), o

    programa apresenta alguns requisitos bsicos como:

    1 - Ele deve levar em contar grandes variaes nos caminhos dofluxo; 2 Ele deve permitir o uso de sistemas diferentes paramanuseio de peas e materiais diferentes, cada sistema tendopossivelmente custos diferentes com relao distanciatransportada; 3 Ele deve levar em conta requisitos diferentes deespao para centros de atividade e departamentos; 4 Ele devesatisfazer condio possvel de que certos centros de atividadeexigem uma localizao especifica e no podem ser deslocados; 5

    Ele deve incorporar um algoritmo rigoroso, que minimizeconjuntamente os custos de manuseio do conjunto de peas ouprodutos que so transportados pelo sistema.

    A partir de entrada das informaes sobre os centros, fluxo

    interdepartamental e custos de manuseio do material, o programa dotado de

    algoritmos heursticos, realizam inmeras interaes, visando soluo tima, que

    apresente um mnimo custo de manuseio do material. Como sada desse

    processamento, apresentado um diagrama de blocos final, que passa a ser base

    para o detalhamento do plano de arranjo fsico.

    5.8 Transporte interno

    Para Machline (1984, p.443) o problema do transporte de materiais

    representado pelo estudo do movimento interno dos elementos ligados a produo.

    As operaes de transporte a considerar dizem respeito matria-prima, aos

    produtos semi-acabados, as partes componentes e ao produto acabado.

    Segundo Martins, Alt (2006, p.396) o chamando momento do transporte

    instrumento bsico para otimizar o layoutdos locais de fluxo. Segundo os mesmos

    autores, temos a matriz de deciso a seguir, onde so apresentadas as questes e

    principais preocupaes relacionadas movimentao interna.

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    A seguir o detalhamento do fluxo de decises a ser tomado em questes de

    transporte interno.

    Figura 5.11Matriz de deciso sobre transporte interno(Martins, Alt, 2006 p.397)

    O tempo e os custos despendidos no transporte no agregam valor ao

    produto e devem, portanto, ser minimizados at atingir o indispensvel para garantir

    o trnsito entre o almoxarifado de entrada e o despacho (MARTINS, ALT, 2006,p.396).

    E, mesmo quando h a preocupao de determinar e controlar a

    produtividade da mo-de-obra diretamente utilizada nas operaes de fabricao, a

    produtividade das operaes de transporte interno raramente abrangida de forma

    efetiva nos controles existentes MACHLINE (1984, p.443).

    Muitas vezes, uma anlise mais acurada pode mostrar que uma simples

    modificao no processo ou uma redistribuio no layouttorna a movimentao no

    necessria, podendo ser eliminada (MARTINS, ALT, 2006, p.396).

    Machline (1984, p.444) entende que o rendimento industrial de mquinas e

    instalaes aumentam geralmente em razo direta com o aumento da eficincia das

    operaes de transporte interno, pois, assim, reduzem-se as horas passivas e umfluxo contnuo de materiais significa uma melhoria global do ritmo de trabalho.

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    5.9 Critrios de desempenho

    Segundo Heizer, Render (2001, p.235) os custos do manuseio de materiais

    do nmero de cargas a serem movimentadas entre dois departamentos (i ou j)

    durante algum perodo de tempo e os custos relacionados distancia de

    movimentao de cargas entre departamentos.

    relativamente fcil determinar, em uma indstria, qual o custo da mo de

    obra empregada para o transporte interno (MACHLINE, 1972, p.443).

    Desta forma, Heizer, Render (2001, p.235) presumem que o custo sejafuno da distncia dos departamentos. E o objetivo pode ser expresso da seguinte

    forma:

    Minimizar o custo = ijijCX

    n

    i

    n

    j

    = =1 1

    Em que n = nmero total de centros de trabalho ou departamentos

    i, j = departamentos individuais

    ijX = nmero de cargas movimentadas do departamento i para o

    departamentoj

    ijC = Custo para movimentar uma carga entre o departamento i e o

    departamentoj

    Machline (1972, p.444) destaca que o rendimento industrial de mquinas e

    instalaes aumenta geralmente em razo direta com o aumento da eficincia das

    operaes de transporte interno, pois assim, reduzem-se as horas passivas.

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    Para se decidir que tipo de arranjo fsico adotar preciso enfatizar fatores

    para se obter uma boa soluo de acordo com o core businessda empresa e podem

    se incluir um ou mais fatores:

    Nvel de investimento de capital;

    Necessidades de movimentao de material;

    Facilidade de remoo de itens do estoque;

    Ambiente do trabalho;

    Facilidade de manuteno dos equipamentos;

    Atitudes dos funcionrios;

    Nvel de flexibilidade necessrio;Convenincia do cliente e nvel de vendas.

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    6 ESTUDO DE CASO

    Nesse capitulo ocorrer a conduo do estudo de caso, iniciando pela

    apresentao da empresa e detalhamento do cenrio encontrado pelo grupo no

    perodo de conduo dos trabalhos.

    6.1 Apresentao da Empresa

    Fundada em 2000 a IMD INDSTRIA METALURGICA LTDA uma empresa

    metalrgica no ramo de conformao de chapas, atualmente a empresa conta com

    80 colaboradores, sendo eles distribudos entre os dois setores de produo

    (Estamparia e Usinagem) e administrao.

    A operao da empresa hoje ocorre em prdio alugado localizado numa rea

    de uso misto (pois existem tanto construes comerciais e industriais quanto

    construes residenciais), no Jardim Rebouas. O custo mensal do aluguel desse

    prdio gira em torno de R$ 12.000,00.

    Poltica de Qualidade da empresa:

    Ns da IMD estamos comprometidos com a fabricao de produtos e servios

    de qualidade, atravs de um pessoal capaz e de pessoal qualificado.

    Misso:

    Fabricar produtos com qualidade garantida, atendendo aos requisitos doprojeto e do contrato firmado com nossos clientes.

    Viso:

    Ser referncia de qualidade e bom atendimento em nosso mercado de

    atuao.

    Valores da empresa:

    Pessoas criar um ambiente de trabalho saudvel, respeitando a liberdade deexpresso e valorizando o desenvolvimento profissional e pessoal dos colaboradores.

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    Clientes atender as expectativas dos clientes quanto aos requisitos tcnicos dos

    produtos, mantendo uma relao honesta e cordial.

    Fornecedores desenvolver uma relao de parceria visando aquisio de

    produtos com qualidade garantida e preos competitivos.

    Produtos e servios fornecer produtos e servios com qualidade assegurada e com

    produtividade, garantindo a rentabilidade da empresa.

    Recursos buscar continuamente a manuteno e aprimoramento do parque

    industrial, aplicando tecnologia adequada para fabricao dos nossos produtos e

    prestao de servios.

    Nmeros da empresa

    Total de Empregados: 80

    Administrativos e Servios: 30

    Operacional: 50

    Figura 6.1Layoutatual da empresaFonte: Adaptado pelos autores (2010)

    Utilizao de reas:

    Terreno: 3.895,81m2

    rea Construda Trreo: 1.647,94m2

    Mezanino: 523,45m2

    rea Construda Total: 2.171,39m2

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    Para complemento da apresentao da empresa e entendimento do mercado

    que, que a mesma se situa, ser apresentada a seguir uma tabela com os

    faturamentos da empresa.

    Tabela 6.1 Faturamento

    Ms Faturamento (R$)

    Fonte: IMD Indstria Metalrgica Ltda. 2010.

    Na definio do foco do trabalho com a direo da empresa, foi adotado o

    segmento da Estamparia, onde a empresa oferece servios de corte, dobra, solda,

    montagem de painis e gabinetes especiais, estando equipada com mquinas de

    ltima gerao. Destacam-se atualmente os seguintes itens produzidos: Gabinetes,

    Rack, painis e botoeiras para elevadores, componentes para telecomunicaes e

    radiodifuso.

    6.2 Escopo da anlise

    Para fins de delimitao do escopo para o estudo, foi definido o arranjo fsico

    da rea de Estamparia da Empresa IMD (isso em comum acordo com a Direo da

    empresa). A IMD atualmente est investindo na construo de um novo galpo

    industrial, localizado no municpio de Itapecerica da serra, grande So Paulo, por

    esse motivo foi considerada a opo de transferir a empresa para o novo prdio ou

    efetuar o rearranjo do setor de estamparia no prdio atual, com intuito de tornar a

    fbrica mais eficiente. As principais reas do negcio de estamparia so:

    Puncionadeira, Dobradeira, Prensas, Lixadeiras, Compressores, Ferramentaria,

    Soldagem, Estoque de Chapas, Montagem, Almoxarifado, Furadeiras e

    Parafusadeiras, Expedio e Gravao/Pantgrafos.

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    6.2.1 Maquinaria

    Definido o escopo do trabalho, a seguir est listada a maquinaria empregada

    no negcio de Estamparia.Tabela 6.2 Lista de Equipamentos

    Equipamento Quantidaderea Do

    EquipamentoFabricante Modelo

    Estamparia

    Dobradeira 1 2,70 x 1,20Bancada 1 1,8 x 0,7

    Dobradeira hidrulica 1 1,20 x 0,8

    Gabinete 1 0,8 x 0,55Gabinete FerramentasPuncionadeira 2 2,0x 0,8

    Prensa Manual 8 T 1 1,1 x 1,1 Newton BA8

    Prensa 100 T 1 1,8 x 2,4 JundiaLE100M6(num 2)

    Prensa 80 T 1 1,8 x 1,5 JundiaPrensa Excntrica 100 T 1 1,8 x 2,2 Jundia EL100M6

    Dobradeira 01 1 1,4 x 3,3 Sorg PVMS 45-3Prensa Excntrica Num 4 1 1,2x 0,8Prensa Excntrica 15 T 1 1,2 x 0,8 Victor

    Ferramenta p/ Dobradeira 1 3,3 x 0,4

    Puncionadeira 1 5,3 x 7,7 TrumpfPuncionadeira 1 5,3 x 7,7 Trumpf

    Acabamento

    Lixadeira 1 4,0 x 2,0 InvictaLixadeira 1 3,8 x 1,7 BaldamBancada 2 1,6 x 0,8 LFE-1

    Lixadeira Pequena 05 1 Mod. 3Lixadeira Pequena 04 1

    Bancadas 1 1,7 x 1,1Armrio 1 2,0 x 0,5

    Lixadeira/Escovatriz 1 1,8 x 1,5 Mod. 14

    Compressores / Secador 3 / 1 4,7 x 4,7Guilhotina Manual 1 0,4 x 0,3

    Estufa 1 AG N700Fonte: Desenvolvido pelos autores (2010)

    6.2.2 Sobre as reas

    Nesse tpico do estudo de caso, segue um breve detalhamento sobre asreas e suas principais funes:

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    Puncionadeira: setor da empresa onde esto localizadas as puncionadeiras,

    mquina CNC (Controle Numrico Computadorizado) onde recorta as chapas

    metlicas no formato das peas e faz os furos;

    Prensas: setor da empresa onde esto localizadas as prensas, mquinas utilizadas

    do processo de estampagem (corte, dobra, etc.) que por meio da conformao

    mecnica modificam o estado inicial das peas;

    Dobradeira: setor da empresa onde esto localizadas as dobradeiras, mquinas

    utilizadas para dobrar as peas, por meio da conformao mecnica a frio;

    Lixadeira: setor da empresa onde esto localizadas as politrizes (mquinas utilizadas

    para o polimento de superfcies) e lixadeiras, mquinas utilizadas para lixar (dar

    acabamento) as peas fabricadas na empresa;

    Compressores: setor da empresa onde esto localizados os equipamentos utilizados

    para suprir a empresa com o ar comprimido necessrio para o funcionamento das

    mquinas e equipamentos, esse setor compreendido por dois compressores tipopisto e dois secadores de ar;

    Ferramentaria: setor da empresa onde esto localizadas as ferramentas utilizadas

    nas prensas e dobradeiras da empresa. Os ferramentais utilizados nos processos de

    puncionamento esto localizados em armrios especficos para esse fim, ao lado

    das mquinas;

    Solda: setor da empresa onde realizado o processo de soldagem de peas no

    processo produtivo da empresa. A empresa possui os equipamentos para realizar

    solda dos tipos MIG/MAG e TIG, necessrios para atender a especificao dos

    clientes;

    Estoque de chaparia: devido as caractersticas do prdio, o estoque de chaparia

    utilizado em sua maioria para a produo de racks e gabinetes, fica armazenado na

    portaria 2 da empresa no acesso para o galpo superior da empresa;

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    Montagem: setor da empresa onde realizado os processos de montagem,

    basicamente existem dois tipos, montagem de gabinetes eracks, que so montados

    duas vezes durante o fluxo de produo (uma vez para alinhamento e esquadro

    antes da pintura, os gabinetes so desmontados para a pintura e montados

    novamente quando retornam, para que seja realizada a entrega) e a montagem das

    demais peas produzidas, que compreende as etapas de colocao de rebites,

    insertos e/ou montagem dos conjuntos e embalagem.

    Almoxarifado: setor da empresa onde so armazenados os diversos itens utilizados

    na fabricao, tanto os materiais diretos (por exemplo, barras, tubos, parafusos,

    porcas, rebites), quanto os materiais indiretos (por exemplo, lubrificantes em geralpara a maquinaria).

    Furadeiras/Parafusadeiras: setor da empresa onde se encontram as furadeiras de

    bancada existentes na empresa, esse setor faz parte da usinagem tendo sido

    destacado pela sua utilizao por parte dos produtos/itens fabricados no negocio de

    estampagem.

    Usinagem: setor da empresa responsvel pelo negcio de usinagem, a empresa

    atua nesse mercado na fabricao e manuteno de ferramentas e estampos para a

    indstria alimentcia, mercado em que a empresa tambm atua e que ficou fora do

    escopo do estudo de caso.

    Expedio: setor da empresa onde so expedidos os diversos materiais fabricados

    na empresa. A expedio e o almoxarifado compartilham a mesma mo-de-obra (ocolaborador o mesmo para as duas atividades).

    Gravao/Pantgrafos: funo da rea de usinagem que foi destacada devido

    eventual utilizao pela estamparia. Nesse setor esto os pantgrafos utilizados

    para as gravaes de peas (tanto de usinagem como de estamparia).

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    6.2.3 Definio de produtos analisados no estudo caso

    Atravs da curva ABC de faturamento da empresa, verificamos que os

    produtos gabinetes para refrigerao e componentes de segurana para

    elevadores juntos representam 64% do faturamento.

    Produtos/Servios X Faturamento

    100,0

    90,6

    77,3

    64,0

    39,5

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    Gabinetes pararefrigerao

    Componentesde segurana

    para elevadores

    Painis ebotoeiras para

    elevadores

    Componentespara Telecom,

    energia einformtica.

    Caixas deConexo parapisos elevados

    %Participao (%)

    Freq. Acum.

    Figura 6.2Curva ABC de faturamentoFonte: Desenvolvido pelos autores (2010)

    Confrontando os itens mais representativos de cada grupo, com os processos

    de fabricao j existentes, optou-se por balizar o estudo de arranjo fsico nos

    seguintes produtos: Gabinete Famlia MSA/MSW e Kit de componentes de

    segurana para Elevadores.

    Esses gabinetes so utilizados em sua grande maioria para sistemas derefrigerao e controle de temperatura para sistemas industriais. A adoo da famlia

    MSA/MSW se deu devido a ser a mais relevante em termos de faturamento e

    volume de produo da empresa. Para fins dos estudos acadmicos, esse item foi

    definido como o gabinete padro da empresa e a capacidade produtiva utilizada

    nessa linha de produto foi definida com base nesse gabinete padro. Como

    resultado foi encontrado um total de 70 gabinetes/ms a capacidade produtiva atual

    da IMD.

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    Segue abaixo a demonstrao do processo de fabricao de Gabinetes e

    Rackatravs do fluxo detalhado:

    Figura 6.3Fluxo de processos - GabinetesFonte: Desenvolvido pelos autores (2010)

    Para o produto Kitde componentes para segurana em elevadores valem as

    seguintes consideraes sobre a sua produo e faturamento: os componentes so

    comprados/embalados individualmente, mas a sua utilizao depende dos 3

    componentes indicados, por esse motivo a empresa adota a nomenclatura de kit

    para esses componentes. Essas peas so utilizadas tanto para os elevadores

    novos como na ocorrncia de manutenes corretivas e preventivas dos mesmos.

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    A seguir o fluxo detalhado do processo de fabricao de kitde reparos para

    elevadores:

    Figura 6.4Fluxo de processos kit de componentes

    Fonte: Desenvolvido pelos autores (2010)

    6.3 Definio do tipo de arranjo fsico

    A IMD no segmento de estamparia especializada em atender as

    necessidades especficas de seus clientes a partir de projetos enviados por seus

    clientes. Por conta disso, sua manufatura caracterizada como discreta (baixos

    volumes de peas e grande diversidade de itens fabricados).

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    Com base nesse cenrio o arranjo fsico por processo o mais indicado por

    apresentar as seguintes vantagens: Grande flexibilidade para suportar variao e

    flutuao na demanda; baixa necessidade de duplicao de mquinas e ferramentas

    alm de proporcionar o agrupamento das mquinas por similaridade de processos.

    6.4 Ferramenta utilizada

    A metodologia Systematic Layout Planning (SLP), foi selecionada devido

    classificao da empresa frente aos conceitos estudados (empresa de manufatura

    discreta, com produo clssica por processos, como definido no tpico anterior) e

    por ser considerada de fcil compreenso com base em fundamentosuniversalmente aplicvel a qualquer espao. Segundo Muther (2008 p. 5), essa

    tecnologia permite que o analista, planejador ou engenheiro possa lidar com

    problemas de layoutcomercial ou industrial.

    De acordo com Muther (2008 p.5) o SLP:

    consiste em uma estrutura de fases onde cada projeto deve passarde um padro de procedimentos para um planejamento contnuo ede um conjunto de convenes para identificao, visualizao eclassificao de vrias atividades, relaes e alternativas envolvidasno projeto de layout.

    O SLP ou em portugus denominado Planejamento Sistemtico de Layout

    um conjunto de seis procedimentos a serem adotados para elaborar o layoutde um

    determinado espao. Para Muther (2008 p.7) os seis passos possuem seu smbolo

    de fcil assimilao, a saber:

    1 Tringulo Diagrama de relaes em forma triangular; 2 Quadrado metros quadradose caractersticas fsicas; 3 Estrela diagrama de ligao de atividades entre diferentes pontos; 4 Crculo voltas e voltas para ajusta o desenho do layout; 5 Hexgono examinar por todos os lados; avaliar todos os fatores; 6 Retngulo plano do layout em folha de papel ou cpiaimpressa.

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    Simbolicamente pode ser desenhado conforme a figura abaixo:

    Figura 6.5Planejamento do layoutdo departamento de uma Fbrica(Muther, 2008 p.46)

    6.5 Aplicao do SLP

    Nesse tpico do estudo de caso, sero elucidados os diversos passos

    indicados na metodologia adotada para a soluo do problema (definio do arranjo

    fsico).

    6.5.1 Diagrama das Relaes (Tringulo)

    No primeiro passo deve se relacionar cada ponto importante (atividade, rea,

    funo ou caractersticas) do layout estudado com todas as outras atividades,

    usando para isso um grau de proximidade relativa entre elas.

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    Segue a apresentao do resultado detalhado na concluso do primeiro

    passo. Podem ser observadas esquerda as principais reas/processos da

    empresa e a direita e centro, a pontuao atribuda quanto ao grau de proximidade

    desejado entre reas e a razo determinante desse fator.

    Figura 6.6Diagrama de RelaesFonte: (Adaptado de Richard Muther & Associates, 2010)

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    6.5.2 Estabelecer as Necessidades de Espao (Quadrado)

    Neste ponto estabelecida para cada atividade a necessidade de rea bem

    como estabelecida a importncia relativa das principais caractersticas fsicas

    necessrias e de utilidades, alm de quaisquer restries que existam na sua

    configurao.

    Pode ser vista abaixo, por exemplo, a necessidade de fundao para o setor

    de Puncionadeiras e a necessidade de 80 m2para a rea de Prensas da empresa.

    Primeira pgina

    Figura 6.7Folha das reas e Caractersticas das Atividades pg. 1 de 2Fonte: (Adaptado de Richard Muther & Associates, 2010)

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    Segunda pgina

    Figura 6.8Folha das reas e Caractersticas das Atividades pg. 2 de 2Fonte: (Adaptado de Richard Muther & Associates, 2010)

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    6.5.3 Diagrama de relaes das Atividades (Estrela)

    Neste momento so relacionadas s vrias atividades entre si, visual e

    graficamente para dar o formato bsico ao layout. Esse grau de proximidade

    indicado no diagrama de relaes expresso pela quantidade de linhas entre as

    principais reas da empresa. Ao se fazer uma analogia das linhas com elsticos os

    setores com maior quantidade de linhas devem ficar mais prximos (isto , quanto

    maior a quantidade de linhas maior o grau de proximidade necessrio).

    Figura 6.9Diagrama da Relao das AtividadesFonte: Desenvolvido pelos autores (2010)

    A construo do diagrama, como indicado acima, se inicia com as reas demaior proximidade (classificao A e E) e terminando com a incluso das tarefas I e

    O (de com menor proximidade necessria). Aps essa etapa, recomendada a

    construo dessa opo final em maior escala, visto que ser utilizada para o

    prximo passo do mtodo, que a transcrio do diagrama obtido em layout que

    expressar inicialmente a necessidade de espao das reas da empresa.

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    6.5.4 Desenhar os Layouts de relaes dos Espaos (Crculo)

    Nesta etapa do estudo de caso exposto visual e graficamente o espao

    necessrio para todas as atividades. Qualquer ajuste ou rearranjo necessrio para

    integrar todas as possibilidades de modificao podem ser feitas. Foi utilizado o

    diagrama de relao de atividades com a disposio das reas e em seguida, com o

    auxlio do Auto CAD, foi realizado a distribuio das reas nas opes de prdio

    existentes.

    Segundo Muther (2008 p.16) o layoutdas reas que apiam as atividades da

    empresa no fazem parte do problema e suas localizaes j esto fixas, por esse

    motivo, na opo analisada de rearranjo do prdio atual, no consideramos amudana das reas j definidas devido s caractersticas da construo existente.

    Como fruto dessa etapa, foram obtidas 4 (quatro) opes de layouta serem

    avaliadas no tpico seguinte desse estudo de caso.

    Opo 1

    Figura 6.10Desenho prdio atualFonte: Desenvolvido pelos autores (2010)

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    Opo 2

    Figura 6.11Desenho prdio novo1, opo 2Fonte: Desenvolvido pelos autores (2010)

    Opo 3

    Figura 6.12Desenho prdio novo2, opo 3Fonte: Desenvolvido pelos autores (2010)

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    Opo 4

    Figura 6.13Desenho prdio novo3, opo 4Fonte: Desenvolvido pelos autores (2010)

    Para a validao da etapa proposta, deve ser feita a verificao de cada

    layout por reas x o diagrama de relacionamentos, obtido na etapa anterior do

    estudo de caso. Na realizao dessa etapa, fica evidente o principal desafio atender

    tanto ao critrio de proximidade, pelas relaes indicadas no primeiro passo, quanto

    adequao dos blocos as caractersticas das construes.

    6.5.5 Avaliar os arranjos alternativos (Hexgono)

    Essa etapa do estudo consiste em selecionar o arranjo de espao ou o layout

    mais adequado para a operao. Para isso, de posse das quatro opes: (A) Prdio

    Atual, (B) Prdio Novo 1 - opo 2, (C) Prdio Novo 2 opo 3 e (D) Prdio Novo 3

    opo 4; deve ser efetuada a analise dos arranjos alternativos a partir da analisedos fatores de maior relevncia para a seleo do arranjo aos quais so atribudos

    pesos escalonados de 1 (menor relevncia) a 10 (maior relevncia) para em seguida

    efetuar a analise do atendimento de cada fator por opo de layout. Para esse fim,

    se utilizar a pontuao A (quase perfeito frente ao fator analisado, pontuao 4), E

    (especialmente bom, pontuao 3), I (resultados importantes, pontuao 2), O

    (resultados normais, pontuao 1) e U (sem importncia frente ao fator analisado,

    pontuao 0) para representar uma ordem decrescente de eficcia.

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    Por fim, atravs do formulrio, foi identificado que a opo (D) LayoutPrdio

    novo 3 a melhor escolha, pois apresentou a melhor pontuao frente aos aspectos

    analisados.

    Figura 6.14Avaliao das alternativasFonte: (Adaptado de Richard Muther & Associates, 2010)

    6.5.6 Detalhar o Plano do LayoutSelecionado (Retngulo)

    O passo final da metodologia SLP, consiste na construo detalhada do

    layout selecionado com a incluso dos equipamentos e/ou as caractersticas

    individuais. Aps a concluso dessa etapa, o plano fica completo e poder ser dada

    seqncia com o projeto de iluminao, corpo de bombeiros, licenciamento

    ambiental (se aplicvel) dentre outras atividades necessrias para uma adequada

    instalao/transferncia fabril.

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    Nesse plano pode ser observado o posicionamento de toda a maquinaria,

    disposta num mesmo plano, a disposio dos setores, indicao de corredores de

    circulao e demais particularidades de negocio que foram tratadas neste estudo.

    Figura 6.15Detalhamento final do layout propostoFonte: Desenvolvido pelos autores (2010)

    6.6 Movimentao interna

    Para fins de anlise foi demarcado o caminho percorrido pelas peas no seu

    processo de fabricao, atravs do diagrama de movimentao interna, ou seja,

    como essas se deslocam entre os setores. Assim, pode-se mensurar a distncia

    percorrida, em metros, atravs da utilizao da ferramenta Auto CAD.

    6.6.1 Movimentao interna e externa atual

    De