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PRINCIPIOS E DOUTRINAS OPERACIONAIS DO SUS

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Carol

Amanda Sanches Caroline DuarteEdgleuma Braz

O Sistema nico de Sade: Princpios Doutrinrios e Organizativos Kelly EmanuelaLaryssa DantasShallon Angel

1.O QUE H DE NOVO NA SADE? Baseando-se, especialmente, nas propostas da 8 Conferncia Nacional de Sade realizada em 1986, a Constituio de 1988 estabeleceu, : OPORTUNIDADE DE ACESSO1.1 O QUE H DE NOVO NA SADE? SOB CONTROLE SOCIAL1.2 O QUE H DE NOVO NA SADE? 2. O QUE O SISTEMA NICO DE SADE - SUS?

uma nova formulao poltica e organizacional para o reordenamento dos servios e aes de sade estabelecida pela Constituio de 1988. O SUS no o sucessor do INAMPS e nem tampouco do SUDS. O SUS o novo sistema de sade que est em construo.

POR QUE SISTEMA NICO? Porque ele segue a mesma doutrina e os mesmos princpios organizativos em todo o territrio nacional, sob a responsabilidade das trs esferas autnomas de governo federal, estadual e municipal. Assim, o SUS no um servio ou uma instituio, mas um Sistema que significa um conjunto de unidades, de servios e aes que interagem para um fim comum. Esses elementos integrantes do sistema, referem-se ao mesmo tempo, s atividades de promoo, proteo e recuperao da sade.

2.1 QUAL A DOUTRINA DO SUS? Baseado nos preceitos constitucionais a construo do SUS se norteia pelos seguintes princpios doutrinrios: UNIVERSALIDADE a garantia de ateno sade por parte do sistema, a todo e qualquer cidado. Com a universalidade, o indivduo passa a ter direito de acesso a todos os servios pblicos de sade, assim como queles contratados pelo poder pblico. Sade direito de cidadania e dever do Governo: municipal, estadual e federal.EQIDADE assegurar aes e servios de todos os nveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidado onde morar, sem privilgios e sem barreiras. Todo cidado igual perante o SUS e ser atendido conforme suas necessidades at o limite do que o sistema puder oferecer para todos. INTEGRALIDADE o reconhecimento na prtica dos servios de que: cada pessoa um todo indivisvel e integrante de uma comunidade; as aes de promoo, proteo e recuperao da sade formam tambm um todo indivisvel e no podem ser compartimentalizadas; as unidades prestadoras de servio, com seus diversos graus de complexidade, formam tambm um todo indivisvel configurando um sistema capaz de prestar assistncia integral.

Enfim: O homem um ser integral, bio-psico-social, e dever ser atendido com esta viso integral por um sistema de sade tambm integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua sade. 3. QUAIS SO OS PRINCPIOS QUE REGEM A ORGANIZAO DO SUS?

REGIONALIZAO e HIERARQUIZAO - Os servios devem ser organizados em nveis de complexidade tecnolgica crescente, dispostos numa rea geogrfica delimitada e com a definio da populao a ser atendida. A rede de servios, organizada de forma hierarquizada e regionalizada, permite um conhecimento maior dos problemas de sade da populao da rea delimitada, favorecendo aes de vigilncia epidemiolgica, sanitria, controle de vetores, educao em sade, alm das aes de ateno ambulatorial e hospitalar em todos os nveis de complexidade.

RESOLUBILIDADE - a exigncia de que, quando um indivduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a sade, o servio correspondente esteja capacitado para enfrent-lo e resolv-lo at o nvel da sua competncia.

DESCENTRALIZAO - entendida como uma redistribuio das responsabilidades quanto s aes e servios de sade entre os vrios nveis de governo, a partir da idia de que quanto mais perto do fato a deciso for tomada, mais chance haver de acerto. Aos municpios cabe, portanto, a maior responsabilidade na promoo das aes de sade diretamente voltadas aos seus cidados.

PARTICIPAO DOS CIDADOS - a garantia constitucional de que a populao, atravs de suas entidades representativas, participar do processo de formulao das polticas de sade e do controle da sua execuo, em todos os nveis, desde o federal at o local. COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO - A Constituio definiu que, quando por insuficincia do setor pblico, for necessrio a contratao de servios privados, isso deve se dar sob trs condies:

1 - a celebrao de contrato, conforme as normas de direito pblico, ou seja, interesse pblico prevalecendo sobre o particular;

2 - a instituio privada dever estar de acordo com os princpios bsicos e normas tcnicas do SUS. Prevalecem, assim, os princpios da universalidade, equidade, etc.

3 - a integrao dos servios privados dever se dar na mesma lgica organizativa do SUS, em termos de posio definida na rede regionalizada e hierarquizada dos servios.

4. QUEM SO OS GESTORES?

Nos municpios, os gestores so as secretarias municipais de sade ou as prefeituras, sendo responsveis pelas mesmas, os respectivos secretrios;

Nos estados, os gestores so os secretrios estaduais de sade e no nvel federal o Ministrio da Sade. ios municipais e prefeitos.

do titular da secretaria respectiva, e do Ministrio da Sade no nvel federal.

4.1 QUAIS SO AS PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES DOS GESTORES?

Programar, executar e avaliar as aes de promoo, proteo e recuperao da sade;

o municpio deve ser o primeiro e o maior responsvel pelas aes de sade para a sua populao;

O secretrio estadual de sade, como gestor estadual, o responsvel pela coordenao das aes de sade do seu estado.

A nvel federal, o gestor o Ministrio da Sade, e sua misso liderar o conjunto de aes de promoo, proteo e recuperao da sade, identificando riscos e necessidades nas diferentes regies para a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro, contribuindo para o seu desenvolvimento.

Nas trs esferas devero participar, tambm, representantes da populao, que garantiro, atravs do entidades representativas, envolvimento responsvel no processo de formulao das polticas de sade e no controle da sua execuo.

5.

6. QUAIS AS AES A SEREM DESENVOLVIDAS?

Para melhor identificar quais os principais grupos de aes de promoo, de proteo e de recuperao da sade, a serem desenvol vidas prioritariamente necessrio conhecer as principais caractersticas do perfil epidemiolgico da populao, no s em termos de doenas mais frequentes, como tambm em termos das condies scio-econmicas da comunidade, dos seus hbitos e estilos de vida, e de suas necessidades de sade, sentidas ou no-sentidas, a includa, por extenso, a infra-estrutura de servios disponveis .

Aes de promoo e proteo de sade:esses grupos de aes podem serdesenvolvidos por instituies governamentais, empresas, associaes comunitrias e Indivduos . Tais aes visam reduo de fatores de risco, que constituem ameaa sade das pessoas , podendo provocar-lhes incapacidades e doenas. Esses grupos compreendem um elenco bastante vasto e diversificado de aes, de natureza eminentemente preventiva, que, em seu conjunto, constituem um campo de aplicaoprecpua do que se convencionou chamar, tradicionalmente, de Sade Pblica, ou seja: o diagnstico e tratamento cientfico da comunidade.No campo dapromoo, so exemplos de aes: educao em sade, bons padres De alimentao e nutrio, adoo de estilos de vida saudveis, uso adequado e desenvolvimento de aptides e capacidades, aconselhamentos especficos, como os de cunho gentico e sexual. Atravs dessas aes, so estimuladas as prticas da ginstica e outros exerccios fsicos, os hbitos de higiene pessoal, domiciliar e ambiental e, em contrapartida, desestimulados o sedentarismo, o tabagismo, o alcoolismo, o consumo de drogas, a promiscuidade sexual.No campo daproteo, so exemplos de aes: vigilncia epidemiolgica, vacinaes , saneamento bsico, vigilncia sanitria, exames mdicos e odontolgicos peridicos, entre outros.Atravs da vigilncia epidemiolgica, so obtidas as informaes para conhecer e acompanhar, a todo momento, o estado de sade da comunidade e para desencadear, oportunamente, as medidas dirigidas preveno e ao controle das doenas e agravos sade.A vigilncia sanitria busca garantir a qualidade de servios, meio ambiente de trabalho e produtos (alimentos, medicamentos cosmticos, saneantes domissanitrios, agrotxicos e outros), mediante a identificao, o controle ou a eliminao de fatores de risco sade, neles eventualmente presentes. So exemplos de servios sujeitos vigilncia sanitria: unidades de sade, restaurantes, academias de ginstica, institutos de beleza, piscinas pblicas, etc. No meio ambiente, a vigilncia sanitria procura evitar ou controlar a poluio do ar, do solo, da gua, a contaminao por agrotxicos, o uso do mercrio nos garimpos, etc. Aes de recuperao- esse grupo de aes envolve o diagnstico e o tratamento dedoenas, acidentes e danos de toda natureza, a limitao da invalidez e a reabilitao.Essas aes so exercidas pelos servios pblicos de sade (ambulatrias e hospitala res) e, de forma complementar, pelos servios particulares, contratados ou conveniados, que integram a rede do SUS, nos nveis federal, estadual e municipal.O diagnstico deve ser feito o mais precocemente possvel, assim como o tratamento Deve ser institudo de imediato, de modo a deter a progresso da doena. Por isso, os servios de sade, especialmente os de nvel primrio de assistncia, devem buscar o adequado desempenho dessas duas aes fundamentais de recuperao da sade o diagnstico e o tratamento.O tratamento deve ser prestado ao paciente portador de qualquer alterao de sua sade, cujo atendimento pode ser efetuado por pessoal de nvel elementar, at uma doena mais complexa, que exige a ateno por profissional especializado e tecnologiaavanada.

Areabilitaoconsiste na recuperao parcial ou total das capacidades no processo De doena e na reintegrao do indivduo ao seu ambiente social e a sua atividade profissional. Com essa finalidade, so utilizados no s os servios hospitalares como os comunitrios, visando a reeducao e treinamento, ao reemprego do reabilitado ou sua colocao seletiva, atravs de programas especficos junto s indstrias e ao comrcio, para a absoro dessa mo-de-obra.