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Embolia Pulmonar (E.P) Isabel Antunes Universidade Atlântica

Embolia Pulmonar Aula 11

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Page 1: Embolia Pulmonar Aula 11

Embolia Pulmonar (E.P)

Isabel Antunes

Universidade Atlântica

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Embolia Pulmonar

Definição

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Embolia Pulmonar

Tipos de êmbolos pulmonares:1. Ar 2. Líquido amniótico3. Gordura4. Corpos estranhos5. Óleo6. Ovos de parasitas7. Êmbolos sépticos8. Trombos9. Tumor

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Embolia Pulmonar

Mecanismos fisiológicos 

de protecção contra os 

êmbolos venosos:

1. Excesso da capacidade 

funcional

2. Redundância da rede 

vascular

Grandes trombo‐êmbolos ou acumulação de múltiplos pequenos 

Falência cardiorespiratória

Morte

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Embolia Pulmonar

IncidênciaMuito frequentes

Morbilidade significativa

Achado em cerca de 25‐50% das autópsias dos doentes hospitalizados

1/3 destes casos causa de morte major

Diagnóstico antemortem: 10‐20% casos

Pulmão com embolias pulmonares (imagem de autópsia)

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Embolia Pulmonar

Etiologia

Trombose venosa

• >95% casos veias profundas dos membros inferiores, acima do joelho

• Membros superiores

• Coração direito

Imagem de trombose venosa em esquema

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Embolia Pulmonar

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Embolia Pulmonar

Trombose venosa profunda: fisiopatologia

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Embolia Pulmonar

Trombose venosa 

profunda (T.V.P.)

Clínica:

Dor

Edema

Sinais inflamatórios

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Embolia PulmonarTrombose venosa profunda ‐ Diagnóstico

Eco‐doppler

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Embolia Pulmonar Factores de risco (=  factores de risco T.V.P.)

1. Aumento estase venosa• Repouso leito• Imobilização (++cirurgia 

ortopédica )• Estados de baixo débito 

cardíaco• Gravidez• Obesidade• Hiperviscosidade• Lesão vascular local• Aumento da idade

Cirurgia ortopédica(Risco de TEP na prótese total do joelho, 

sem profilaxia, até 84%)

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Embolia PulmonarFactores de risco (=  factores de risco T.V.P.)

2. Aumento coagulabilidade

• Lesão dos tecidos ( cirurgia, traumatismo, enfarte 

miocárdio)• Neoplasia• Anticoagulante lúpico• Síndroma nefrótico• Anticoncepcionais orais• Doenças genéticas da 

coagulação

Neoplasias ex.º:  melanoma maligno do pé

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Embolia PulmonarFisiopatologia

1. Aumento da resistência vascular pulmonar(obstrução vascular; vasoconstrição)

2. Alterações das trocas gasosas (aumento do espaço morto; hipoxémia)

3. Hiperventilação alveolar (estimulação reflexa)

4. Aumento da resistência das vias aérias(broncoconstricção reflexa)

5. Diminuição da compliance pulmonar(edema, hemorragia pulmonar ou perda do surfactante)

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Embolia PulmonarFisiopatologia

Disfunção Ventricular direita

A insuficiência cardíaca 

direita progressiva é a 

causa habitual de morte 

nas embolias 

Pulmonares

Coração e vasos       principais

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Embolia PulmonarManifestações clínicas

Tríade clássica:

1. Dispneia

2. Dor torácica pleurítica

3. Hemoptises

(síncope – pode ser sinal de 

embolia massiva)

Observação

• Sinais de trombose venosa profunda

• Taquipneia

• Dispneia, síncope hipotensão ou cianose       EP massiva

• Dor pleurítica, tosse ou hemoptises        pequeno embolismo distal (perto pleura)

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Embolia Pulmonar

Embolia pulmonar massiva ‐ coágulo na bifurcação da artéria pulmonar principal (podendo resultar em morte súbita sem alterações patológicas dos pulmões).

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Embolia Pulmonar

Êmbolos pequenos e periféricos

Exame microscópico de uma pequena embolia pulmonar

Imagem macroscópica de um enfarte pulmonar

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Embolia Pulmonar

Oclusão de ramo da artéria pulmonar do lobo inferior com enfarte pulmonar adjacente

Enfarte pulmonar

Ramo de artéria pulmonar

Page 19: Embolia Pulmonar Aula 11

Embolia PulmonarDiagnóstico

Alterações electrocardiográficas (E.C.G.)(++ sobrecarga direita)

Page 20: Embolia Pulmonar Aula 11

Embolia PulmonarDiagnóstico

Alterações laboratoriais

• Hipoxémia

• D‐dímeros (produto de 

degradação da fibrina) 

positivos

Page 21: Embolia Pulmonar Aula 11

Embolia PulmonarDiagnóstico

RX Tórax• Normal

• Atelectasias

• Infiltrados pulmonares

• Derrame pleural

O RX tórax não faz o diagnóstico, mas é muito útil se for normalno contexto de hipoxémia grave e, também, para excluir outros diagnósticos

CardiomegáliaPequeno derrame pleural esquerdo

Page 22: Embolia Pulmonar Aula 11

Embolia PulmonarDiagnóstico

RX Tórax Doente com 

tromboembolismo pulmonar 

massivo e falência 

respiratória grave (dilatação  

e hipertensão da artéria 

pulmonar e ramos).

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Embolia PulmonarDiagnóstico

RX Tórax

Sinal de Hampton:hipotransparência 

justapleural representando 

hemorragia 

intraparenquimatosa.

Page 24: Embolia Pulmonar Aula 11

Embolia PulmonarDiagnóstico

Ecodoppler dos membros inferiores(50% dos doentes com embolia pulmonar não têm evidência 

imagiológica de T.V.P.)

Page 25: Embolia Pulmonar Aula 11

Embolia Pulmonar Diagnóstico

Tomografia axial computorizada (T.A.C.)

• TAC helicoidal, com contraste 

– teste de imagem principal 

no diagnóstico da E.P.

• Defeitos de preenchimento 

dos vasos

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Embolia Pulmonar Diagnóstico

T.A.C.torácica• Coágulos nas artérias dos 

segmentos basais (setas pretas)

Enfarte em cunha

Derrame pleural direito

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Embolia Pulmonar

Aparelho de T.A.C.

Page 28: Embolia Pulmonar Aula 11

Embolia Pulmonar Diagnóstico

Cintigrafia de ventilação/perfusão

Dois ou mais defeitos de perfusão segmentares, na presença de uma ventilaçãonormal, é considerado um scan com elevada probabilidade para E.P.

Page 29: Embolia Pulmonar Aula 11

Embolia PulmonarDiagnóstico

Cintigrafia de ventilação/perfusão

Page 30: Embolia Pulmonar Aula 11

Embolia PulmonarDiagnóstico

Ecocardiograma

• Avaliação de disfunção 

ventricular direita

• Ajuda na triagem dos 

doentes graves

• Diagnóstico diferencial com 

outras situações médicas

Page 31: Embolia Pulmonar Aula 11

Embolia PulmonarDiagnóstico

Ecocardiograma

Trombo flutuante na artériapulmonar principal

2 horas após trombólise

Page 32: Embolia Pulmonar Aula 11

Embolia PulmonarDiagnóstico

Angiografia pulmonar

• Método de diagnóstico 

invasivo

• O método mais específico 

para o diagnóstico 

definitivo de embolia 

pulmonar

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Embolia PulmonarTratamento

Heparina• Previne formação de trombos 

adicionais (prevenção secundária)

• Permite que os mecanismos fibrinolíticos endógenos destruam o coágulo já formado.

• Após 5 a 7 dias de heparina o trombo residual começa a estabilizar

• A heparina não dissolve directamente o trombo que já existe.

A Heparina pode ser administradapor via endovenosa ou subcutânea

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Embolia PulmonarTratamento

Heparina• Algumas complicações, principalmente, risco hemorrágico.

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Embolia PulmonarTratamento

Anticoagulação oral• Varfarina• Uso prolongado ou para 

sempre• Controlo laboratorial regular 

e ajuste da dose através da medição do tempo de protrombina

• Risco de hemorragias• Interferência com alguns 

medicamentos

Molécula da Varfarina

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Embolia PulmonarTratamento

Terapêutica primária

1. Trombólise

Dissolução do coágulo com 

substâncias trombolíticas 

administradas por via 

endovenosa.

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Embolia PulmonarTratamento

2. Embolectomia• Cirúrgica

• Por catéter

Trombos removidos

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Embolia PulmonarPrevenção

Medidas mecânicas: meias elásticas

Medidas farmacológicasheparina de baixo peso molecular (s.c.)

Avaliar o risco!

Page 39: Embolia Pulmonar Aula 11

Embolia PulmonarPrevenção