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ChopperON Brasil Publicacão mensal sobre a Kultura Kustom em portugués.
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e Tripulação e PADRÃO E REMADOR: Nacho Mahou COMODORO: Adriano García BRIGADEIRO: Alberto Miranda FIGURA DE PROA: Maldita Sea
Marinheiros de primeira viagem: Theseu Leonardo Rodrigues, Igor Albuquerque, Larissa Costa, Ferdi Cueto, Lebowski, Blindado, Frank Burguera, Cepas, Carlos Piqueras, Juanda Gas, Manolo Pecino, The Ronfuss, Pilar Gárgoles, David Vive-Harley.
ARTE E CAPA: Hay Motivo
ChopperON É uma publicação On Line
Nacho Mahou Comunicación [email protected]
PUBLICIDADE E MARKETINGAlberto Miranda: [email protected]
i Bitácora iNacho Mahou
i”Tenha sempre perto aos seus amigos, mas mais perto ainda aos seus inimigos”: Michael
Corleone O Poderoso Chefão. Os primeiros, são bem mais bacanas, não acha? Começa esse eclético ChopperON #10.
i O primeiro é um camarada com um nome familiar: ChopperMan, Mario, um biker português apresenta o seu interessante projeto, o que nós chamamos “motógrafo”.
i Outro amigo da gente é o Rodrigo, um cara que desenvolve arte com sucatas, enfeites motociclísticos feitos com metais e bom gosto.
i As velhas motos de corridas de resistência inspiraram o Pepo nessa proposta feita numa Bandit 600 do ano de 1998.
i Outro incondicional aparece na ChopperON com uma reportagem sobre a SpeedFest, um evento muito quente dentro do mundo custom, embora nesse ano a chuva tentou apagar a sua chama.
i Lebowsky é um grande amigo e a sua participação nesse número #10 é para ficar de queixo caído: uma Café Racer com a base da BMW preparada pela FKC.
i Cepas é um irmão carnal há muitos anos e muitos quilômetros. Ele pegou uma reportagem inédita da geladeira e nós a publicamos: “Feita para correr”.
i Nossa grande e querida amiga Pilar Gárgoles traz até o número #10 o evento prometedor de Dobro ou Nada, das terras dos “hermanos”.
i Grandes amigos e grande diversão, isso é o resumo da PNT, a Corrida nacional de Calhambeques.
i A técnica fica para o nosso brother Frank Burguera. Nesse número ele filosofa com a mecânica.
ChopperON · 3 · 3 · 3 · 3
Sumário # 10
04 Opinião.08 Abajur, ferramentas.10 Projeto ChopperMan.38 Miniaturas Full Metal.52 Suzuka XTR-PEPO.64 Speed Fest 2015.80 BMW Café Racer by FKC. 92 Dobro ou Nada 2015.112 PNT, Corrida nacional de Calhambeques 2015.126 Just Ride Along.138 Oficina: Filosofia e mecânica..
Capacete aberto pode? Sim, capacete
aberto pode, uma vez estando certi-
ficado ele pode ser usado em qualquer
lugar. A exigência para uso de capacete
aberto é que ele deve ser usado com ócu-
los de proteção (goggles) ou viseiras.
Capacete aberto sem óculos ou viseira não
pode e é passível de penalidades. E não,
para a polícia óculos de sol não pode.
Capacete com mais de Três anos não ser-
ve mais para uso?Mais ou menos. Não exis
te uma legis-
lação que exija a troca do mesmo. Mas
depois de três anos de uso no sol a es-
trutura do casco e do isopor se altera
comprometendo a resistência do mesmo.
Capacete que caiu não serve mais?
O fato de o capacete cair da sua mão até
o chão não condena o uso do mesmo. Mas
uma queda de moto, na qual o mesmo sofreu
impacto sim compromete a estrutura.
Caí e meu capacete quebrou. Ele é de má
qualidade?Independente de marca, a função dos
capacetes é amenizar impactos. Por essa
razão, mesmo você estando protegido, nen-
hum capacete pode garantir 100% da sua
integridade. Da mesma maneira o produto,
ele é feito para absorver o impacto, e
por isso, pode rachar e/ou quebrar, sinal
que absorveu o impacto e cumpriu com seu
papel de proteção.Meu capacete é importado,
não tem selo,
mas é igual ao que vende no Brasil.
As fábricas produzem capacetes similares
com diferentes qualidades de matéria prima.
Exemplo, um capacete de uma renomada mar-
ca americana, comprado nos EUA, pode ser
até 400 gramas mais pesado que o mesmo
modelo da mesma marca destinado ao mer-
cado Brasileiro e, ainda assim não pas-
sar nos testes do INMETRO. Isso não quer
dizer que ele não vai lhe proteger, pois
o mesmo foi dimensionado para os testes
americanos (DOT) que por incrível que pa-
reça são menos exigentes que os do Bra-
sil.Capacete de 50 reais ou
de 500 reais?
Uma vez certificados, os dois cumprem
com o papel de segurança MÍNIMA exigi-
da. Obviamente um capacete de fibra tri-
composta é melhor que um capacete de ABS
(plástico). O preço por si já responde
a pergunta. Mas vale a pena lembrar que
tanto um como o outro cumprem com o míni-
mo de segurança.Capacete fechado é mais seguro que
aberto?Parece meio óbvio, e real
mente é... Ca-
pacete fechado é sim mais seguro, o ca-
pacete aberto deixa sua face e mandíbula
desprotegidas, ou seja, você está com a
face livre para o impacto. Capacete aber-
to pode ser mais confortável e bonito,
mas te protege menos, evite viajar ou
andar em altas velocidades com capacetes
abertos.Comprei um capacete no A
LIEXPRESS. Ele
é bom?Deve ser bom, bonito e
sabemos que é
barato. Mas... Na sua maioria os capace-
tes vendidos por sites da China são pro-
duzidos para o mercado interno chinês, ou
para mercados mais populares, nos quais
não existe exigência de qualidade para
testes. Ou seja, ele tem aparecia idên-
tica a um capacete certificado, mas é
produzido com material de baixa quali-
dade que nem de longe passa nos devidos
testes.Selo do INMETROO selo do INMETRO é a g
arantia que o
fabricante submeteu e aprovou o modelo de
capacete a testes mínimos de segurança
exigida pela NBR 7471 que certifica que o
mesmo está apto para uso como proteção.
O uso de capacete sem selo é passível de
penalidades.Em resumo...É sempre melhor tirar as
dúvidas antes
do pior acontecer. É obvio que é melhor
você usar um capacete de bicicleta do
que não usar nenhuma proteção. Mas se
você vai comprar um capacete vale a pena
levar em consideração os fatos, uma vez
que você já estará investindo em um ca-
pacete novo.Segurança não é despesa
e sim Inves-
timento.Ande sempre equipado com capacete e
roupas de proteção, você vai ver que o
valor investido é barato comparado aque-
le pequeno tombo que te deixa um ralado
no braço de 20 dias sem poder movimentar
ou dormir direito. Em alta velocidade,
o melhor capacete do mundo ou a melhor
roupa do mundo não vai impedir que você
se machuque quando cair, mas sem dúvidas
qualquer proteção é melhor que nada em
uma queda. Por mais que nós possamos não
valorizar, os testes do Brasil hoje são
mais exigentes que os testes da Europa
e dos USA, e hoje servem como base para
muitos países.
Nossa Carteira está aberta
para receber suas cartas para
a redação e sempre vão ter
resposta. Uma seleção das
mais originais ou importantes
serão publicadas.
Mitos e verdades sobre capacetes
Theseu Leonardo Rodrigues ©
Editorial · cartas
ChopperON · 4
ChopperON · 5
Olá pessoal da ChopperON, meu nome
é Marcelo Consolini, mas o mundo
todo me conhece como “Marcelo
Sacerdotes”. Há cerca de 3 meses
recebemos via Facebook o pedido de
vários amigos e clientes para que
assistíssemos um vídeo que estava
sendo repassado incessantemente
nas comunidades de moto. Este
vídeo mostrava uma Harley sendo
movimentada com facilidade por uma
plataforma, onde a roda dianteira
ficava livre e a roda traseira sobre
4 rodízios; esses amigos e clientes
nos pediam para que construíssemos
um modelo nacional e que atendesse a
todos os modelos de moto.
Depois de 4 meses de estudos,
testes e 8 modelos literalmente
jogados no lixo, chegamos a PMM01,
a mais perfeita plataforma para
movimentação de motos do mercado
nacional, totalmente regulável, ela
atende desde pequenos scooters até a
gigante Electra Glide Ultra Classic,
moto que pesa aproximadamente 485
quilos mais o piloto.
Além de regulável, a PMM01 é
totalmente desmontável, podendo ser
transportada para qualquer lugar
onde sua utilização seja necessária.
Nosso projeto levou em conta
dezenas de variáveis e por isso
usamos materiais de 1ª linha em sua
construção.Fabricada em aço 1020, chapa d
e
5/16” polegadas de espessura,
soldada no processo MIG e usando
rodízios com rolamentos de 3”
polegadas de diâmetro, tem se
mostrado a mais segura e eficiente
plataforma já fabricada no Brasil.
Gostaria de lhes apresentar a
plataforma com mais sucesso do
Brasil, com um lote inicial de 150
unidades, lançamos a PMM01 em 18 de
março e hoje já distribuímos mais de
300 unidades em todo o pais!!!
Plataforma para movimentação de motos modelo 01
ChopperON · 8
Tablón Abajur · Ferramentas
Lâmpada IndustrialYamaha XS650
Feita a mão em Chicago, EUA, com peças
procedentes de uma moto Yamaha XS650:
pistão, biela... São peças únicas e
feitas sob encomenda. Trabalham com
LED. Preço: $450
Ferramenta Caneta micro
Feita de aço S2 e com trabalho artesão de precisão, é uma
multi-ferramenta ideal para trabalhar com eletrônica,
celulares, óculos, relógios... Tem 18 combinações
diferentes. Sempre perto e sem atrapalhar. 54 $
MachadoSurvco
Do mesmo tamanho de um cartão de crédito, esse machado
conta com 21 funções, é feito de aço inoxidável e tem
uma imagem bacana. Preço: 23 $.
Proyecto ChopperMan
ChopperON · 10
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ChopperMan é o projeto pessoal de Mario Tojo e consiste
basicamente em retratar outros chopper desde o seu. Mas não
num estúdio, e sim sobre o melhor dos cenários: a estrada.
Câmara na mão, chopper no punho
Proyecto ChopperMan
ChopperON · 12
e A ChopperMan
Comecei o projeto Chopper-Man há cerca de 2 anos, ins-
pirado por fotógrafos americanos como Josh Kurpius e Mikey Ar-nold (do Forever Chaos Life), mas sem querer «copiar» o estilo de cada um deles.
Por ter a oportunidade de viajar, lado a lado, com vários motociclis-tas que se tornaram amigos, nasceu
a vontade de mostrar as suas mo-tos, cuja identidade ganhou, com sucessivas transformações, a visão e imagem dos seus proprietários.
Quero mostrar que a moto é uma extensão do seu proprietário, tor-nando-se parte integrante daquilo que ele é, do seu modo de viver e ver a vida.
Neste “set” de fotografi as, pre-tendo ainda mostrar que a moto
perde o seu valor enquanto objeto mundano e banal quando através da transformação e personalização ganha um novo estatuto como obra de arte e até mesmo uma vida própria com o seu proprietário.
Com estas fotos, não quero mos-trar apenas motos bonitas, feias ou que, hoje em dia, estão na moda. A intenção é ir além das modas ou do sentido estético do feio ou do boni-
ChopperON · 13 · 13 · 13 · 13
to, transmitindo um estilo de vida, no qual quase sempre o conforto é discriminado em razão da estéti-ca, mas a sensação de liberdade e diferença está sempre marcada e presente.
A cor das fotografi as apresenta uma grande saturação. Uma opção subjetiva e pessoal, pois em vez de querer uma imagem real, docu-mental, pretendo criar um efeito
imagético quase de pintura, quase onírico e, por consequência, mais próximo das sensações que estas motos e viagens proporcionam.
É, para mim, fundamental colo-car as imagens destas motos num plano atemporal, onde a sensação de liberdade e movimento se per-petua.
Todas estas fotos são tiradas en-quanto viajo com a minha moto,
pois acredito que é uma das formas mais puras que se pode utilizar para fotografar na estrada. A relação próxima e intensa com o objeto fotografado, muitas vezes no limite para conseguir uma boa fotogra-fi a, permite retratar este universo como poucas vezes o veremos.
A ChopperON gostaria de dizer um muito obrigado para a Zombie Chopper Run.
Proyecto ChopperMan
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Proyecto ChopperMan
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Proyecto ChopperMan
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Proyecto ChopperMan
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Proyecto ChopperMan
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Proyecto ChopperMan
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Proyecto ChopperMan
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Proyecto ChopperMan
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Proyecto ChopperMan
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Proyecto ChopperMan
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Proyecto ChopperMan
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ChopperON
Proyecto ChopperMan
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O AUTOR DA REPORTAGEM, PRONTO PARA RODAR DESDE O “JO BAR”, CABO DE GATA, ESPANHA.
{
Miniaturas Fullmetal
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Há um tempo, colocamos a foto de uma Café Racer
feita com sucatas e muitos perguntaram muitas coisas sobre ela... Agora, vamos
tirar as dúvidas...
Há um tempo, colocamos Há um tempo, colocamos a foto de uma Café Racer a foto de uma Café Racer
feita com sucatas e muitos feita com sucatas e muitos
Miniferro
Miniaturas Fullmetal
ChopperON · 40
e Alberto Miranda AIgor Albuquerque
Já fazia um tempo que eu encon-trava na internet umas fotos de
umas miniaturas bacanas, motos fei-tas de ferro, de sucata e com uma qualidade enorme... Depois de pes-quisar um pouco, fi quei sabendo que o autor dessas “mini jóias” era o Rodrigo Rodrigues (R&R, man!) e que, com o apoio do fotógrafo Igor Albuquerque, estava começando um sonho, a sua própria marca: Miniatu-ras FullMetal.
Rodrigo sempre teve o sonho de customizar motos, desde criança. Hoje o cara faz um trabalho exce-lente criando miniaturas, motos que são feitas apenas de sucatas, como rolamentos, muita inspiração e de-
dicação aos pequenos detalhes. As palavras do Rodrigo lembram mui-to às dos grandes customizadores: “Minha maior satisfação é produzir miniaturas fi éis às motos reais de meus amigos, clientes e parceiros, e sempre tento fazer o melhor para me superar”. Ele demora muitas horas em cada trabalho e aplica tinta automotiva para que as peças, além de serem bonitas, sejam eternas.
Além de miniaturas de motos, o Rodrigo faz umas guitarras baca-nas com correntes de moto e rola-mentos, umas guitarras que são o enfeite mais doido para colocar na sua sala, bar ou na sua garagem, mas essas peças você deverá ver no face ou no instagram da Minia-turas FullMetal ...
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Miniaturas Fullmetal
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Miniaturas Fullmetal
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ChopperON
Suzuka XTR-PEPO
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Essa moto esportiva de visual dos anos 70, criada sobre a base de uma Suzuki, é a evidência da volta ao trabalho do Pepo Rosell,
um dos construtores mais renomados dentro e fora das fronteiras espanholas. Agora, sob o nome de XTR-PEPO.
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Endurance tribute
Suzuka XTR-PEPO
ChopperON · 54
e Manel Hospido ASergio Cardeño
Qualquer um que olhar para um dos trabalhos do Pepo
pode adivinhar a sua admiração pelas motos de resistência dos anos setenta e oitenta, uma época em que esse tipo de corridas tinha um grande número de torcedores na velha Europa, com corridas míticas como As 24 Horas de Le Mans ou Montjuic e o prestigio-so Bol D´Or. Provas nas quais homens e a mecânica eram leva-dos ao limite. Nelas, percebeu-se, pouco a pouco, a hegemonia das marcas japonesas, que foram de-monstrando ser as mais confi áveis mecanicamente. Esse fato foi de-terminante para a criação da sua própria prova em 1978, as 6 Ho-ras de Suzuka, na qual os quatro gigantes do setor do Japão brigam desde essa época, em todos os in-vernos, por algo que vai mais além da vitoria... A sua honra.
Desde a sua pequena ofi cina de Madri, Pepo quis fazer um tribu-to à época dourada do “Endu-rance”. Para isso ele apostou pela construção de uma moto baseada numa Suzuki, marca que domi-nou o mundial da categoria nas últimas décadas. E ele acertou no nome, uma referência ao circuito japonês: Suzuka.
Mecânica simplesPara a fabricação da Suzuka, co-
meçaram com o quadro e o motor de uma Bandit 600 do ano 1998. O motor é um quatro cilindros em
linha com refrigeração óleo/ar que fornece uns 80cv nas 10.500rpm. Grande parte do sucesso da Ban-dit foi graças ao propulsor que combina importante resistência e confi ança mecânica com des-empenho muito bom para a sua época. Para apimentar um pouco o motor, XTR substi-tuiu o fi ltro de ar por um K&N Racing e colocou um escapamen-to tipo megafone da marca italiana Spark. Também foi instalado um minimalista tacômetro redondo com hodômetro digital integrado da T&T Electronic, acentuando o visual racing do conjunto e melho-rando a visibilidade do regime do motor.
Um quadro honestoPara fabricar a Suzuka decidiram
manter o chassi de origem, um de verso duplo de canos redondos fabricado em aço modifi cado apenas na parte traseira e que ganhou um novo sub-chassi para poder receber a rabeta de uma Duca-ti TT2, que ao mesmo tempo foi transformada para poder montar a ba-teria e as luzes traseiras. A mesma origem tran-salpina tem a sua ele-gante semi-carenagem, que ganhou dois faróis no estilo das motos de re-sistência dos anos de 1970 que eram de uma Derbi Sen-da (moto de baixa cilindradas espanhola). O tanque de gasoli-
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na é o original e, tanto ele como as outras peças da carroceria, recebeu uma bonita decoração vermelha e preta com as bordas em branco feita pelos caras da “Artenruta”.
Voltando a falar sobre a parte ci-clo, o garfo dianteiro é o original
da Suzuki GSXR 750 do ano 92. Trata-se de uma Showa inverti-da de 41mm de diâmetro total-mente regulável. Deste mesmo
modelo são também as rodas de alumínio, de três paus; as pinças de freio Nissin, de quatro pistões, na parte dianteira e a balança trasei-ra, que precisou de um importante trabalho de adaptação no quadro.
Bons detalhesPara fi nalizar queremos lembrar
que algumas peças foram feitas a mão. Uma delas é a aranha, enca-rregada de segurar a cúpula, os fa-róis dianteiros e o tacômetro. Além da aranha, devemos falar sobre o semiguidão, fabricado em ergal. Destacam-se os manetes de freio dianteiro e a embreagem, regulá-veis e dobráveis em caso de queda. Também feitas na XTR-PEPO, do mesmo jeito que a simples e fun-cional iluminação traseira.
Em resumo, a ideia que a moto transmite é que Pepo Rosell voltou em cena com muita vontade após uns longos meses de descanso, com novas ideias e com a intenção de diversifi car a mecânica que ele vai trabalhar. Tal vez, como é cos-tume dizer, às vezes é necessário se afastar um pouco da árvore para poder enxergar o bosque...
Suzuka XTR-PEPO
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FICHA TÉCNICA
XTR-PEPO SuzukaMoto doadora: Suzuki Bandit 600 ’98.
Construtor: XTR-PEPO.Motor Tipo: Quatro cilindros em linha, com 4
válvulas DOHC.Cilindradas: 599cc.
Potência: 80cv nas 10.500rpm.Torque: 54Nm nas 9.500rpm.
Refrigeração: Ar/óleo.Coletores: originais.
Escapamento: SPARK, tipo megafone.Filtro de ar: K&N Racing.
Bateria: LIPO.Parte ciclo
Chassi: original modifi cado na parte traseira.Sub-chassi: XTR.
Aranha: XTR.Semiguidão: XTR, feito em ergal.
Suporte de estribeiras: Suzuki GSXR 750’92.
Estribeiras: Puig.Garfo: Showa invertido Ø 41mm, regulável.Balança traseira: Suzuki GSXR 750’ 92,
modifi cada.Rodas: Alumínio de 3 paus.
Freio dianteiro: Pinça dupla Nissin 4 pistões.Freio traseiro: Pinça Nissin 2 pistões.
Discos de freio: NG.Manetes: XTR, reguláveis.
Instrumentos: T&T.Faróis: Derbi Senda.
Luzes traseiras: XTR.Paralamas: Suzuki GSXR 750’92.
Semi-carenagem: Ducati TT2, modifi cada.Tanque gasolina: original, 19 litros.
Rabeta: Ducati TT2, modifi cada.Pintura: Artenruta.
Suzuka XTR-PEPO
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Suzuka XTR-PEPO
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Suzuka XTR-PEPO
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Speed Fest 2015
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Novamente, chegou o Speed Fest, o evento feito por e para bikers da zona da Catalonia, na Espanha, embora o pessoal chegue de qualquer parte da Terra e sempre é bem-vindo.
Novamente, chegou o Speed Fest, o evento feito por e para Novamente, chegou o Speed Fest, o evento feito por e para Novamente, chegou o Speed Fest, o evento feito por e para
O ano d´água
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Speed Fest 2015
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eA David viveharley.es
Novamente, chegou o Speed Fest, o evento feito por e para bikers da zona da Catalonia, na Es-
panha, embora o pessoal chegue de qualquer parte da Terra e sempre é bem-vindo.
Nesse ano, a organização investiu esforço e tempo em melhorar ainda mais o Speed Fest de Castellar del Vallés. Uma prova disso é que conseguiram que vá-rios especialistas da Mooneyes estivessem no evento. A chuva fez muitos bikers não irem ao Bike Show, deixando um grande vazio no círculo central. Vazio que os organizadores souberam completar com muito bom gosto, e você já sabe... No Speed Fest você pode encontrar de tudo. Com um par de carros bons, desses curtinhos com motores de 8 cilindros que os america-nos sabem fazer e um Shelby Cobra, termina-se tam-pando qualquer vazio que possa ter num evento.
A qualidade dos trabalhos dos que se deslocaram foi máxima. Chamava a atenção -pelo menos a minha- um par de criações com o Japan Style incrustado, com os seus motores Shovel e Knuckle, sua partida no pé, seus cabos de tecido, suas velas à vista... Até a sua lata de Asahi. Muitas outras conservavam, acima de tudo, o espírito do KUSTOM e do HAND MADE.
Além disso, o evento teve uma reunião de Volkswagen Beetle, fuscas com nome chiquérrimo, e kombis, que davam uma nota de cor na outra parte do evento. A diferença desse ano com anos anteriores foi que tam-bém no domingo o Speed Fest foi celebrado no Espai Tolrà, assim como no sábado. Por medo da chuva, a organização optou por fazer dois dias indoor, e, desse jeito, a gente teve a chance de viver um Speed Fest diferente de todos os outros. Vamos ver se o pessoal gostou da ideia e as próximas edições serão também 100% indoor; embora seja bacana ter a cabeça debaixo de um teto no sábado e debaixo do sol no domingo. A venda de ingressos no domingo foi magnífi ca.
Obviamente sem os 4x4, skaters, riders do BMX, mas com muito público e bastante fi la no evento para poder acessar ao recinto e curtir todos os stands.
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Speed Fest 2015
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BMW Café Racer by FKC
ChopperON · 80
A BMW R nine T de fábrica já é uma máquina bonita com a que a marca bávara
entra forte no setor do Café Racer.
A BMW R nine T de fábrica A BMW R nine T de fábrica A BMW R nine T de fábrica já é uma máquina bonita já é uma máquina bonita já é uma máquina bonita
Engrenagem perfeit a
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Engrenagem perfeit a
BMW Café Racer by FKC
ChopperON · 82
eA Lebowsky
Esse modelo da BMW tem um peso de 222 kg e 110 CV, 1.170 cc, mo-
tor bicilíndrico de 4 tempos e 8 válvulas. Essa moto tem uma relação peso-potência incrível. Tudo isso é um bom começo para pensar numa customização. Sergio Tarda fi cou apaixonado pela BMW e pensou em melhorá-la para ela fi car mais pessoal e única. O resultado: a BMW Café Racer by FKC, que refl ete o sucesso de trabal-har com Marcos Vázquez – Free Kustom Cycles-. FKC foi acoplando as peças e tra-balhando até a combinação perfeita para cumprir as expectativas do proprietário. “A primeira vez que eu vi a moto, meus olhos foram direto para a parte traseira, foi instintivo…”. Rabeta BMW, com a lanter-na traseira Rizoma Club S, a substituição do suporte da placa por um Valley Per-formance com o trabalho da FKC e, nos laterais, umas setas minimalistas também Rizoma Club S. “Posso assegurar que não vai deixar indiferente a ninguém quando ela passar”, afi rma Marcos. A saída dos ga-ses é tarefa de um escapamento Remus na cor preta carbono, conservando o mesmo suporte da BMW e deleitando com um elegante som.
Se você olhar para a frente da moto e observá-la com atenção, você pode achar detalhes que são o orgulho do proprietá-rio e da FKC: O guidão original, mais alto, virou semiguidão da ITR. Os espelhos de fábrica agora são Rizoma “SPY R”. O pre-parador manteve os punhos originais, mas trocou os manetes, que agora são da Puig. As setas dianteiras são similares às trasei-ras e, no centro, colocaram um farol Black Bates 5-3/4”. O hodômetro também foi substituído por um da marca Motgadget
Motoscope Pro digital, que faz um ótimo trabalho.
A suspensão dianteira é um garfo tele-scópico invertido, enquanto a traseira é uma nova balança monobraço de alumí-nio fundido e sistema Paralever BMW Motorrad: um amortecedor central que pode ser ajustado. As duas rodas são de diâmetro de 17” de 3,5’’ na dianteira e 5,5” na traseira. O pneu escolhido é um Met-zeler: 120/70ZR17 para a roda dianteira e 200/50ZR17 para a traseira.
Uma potência como a que oferece esse motor deve ser capaz de se deter de forma efetiva. Esse trabalho é feito por uns discos de freio da BMW combinados com umas pinças da Brembo.
A pintura, realizada pela PICASTUDIO, combina o preto black piano com um bran-co osso metalizado que brilha debaixo do sol, as-sim como os detalhes em ouro.
Nosso resumo, uma BMW R9T melhorada, com caráter próprio e um estilo ao gosto do consumidor que, com certeza fará o mundo todo virar a cabeça para ver a moto do Sergio. Eu sou um dos que fez isso.
“Gostaria de agradecer o meu grande amigo e proprietário da moto, Sergio, pela confi ança, por acreditar no projeto e ter paciência durante a sua execução. Tam-bém gostaria de agradecer os clientes e amigos que curtiram a transformação des-sa BMW”.
ChopperON · 83 · 83 · 83 · 83
BMW Café Racer by FKC
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BMW Café Racer by FKC
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BMW Café Racer by FKC
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ChopperON · 89 · 89 · 89 · 89
BMW Café Racer by FKC
ChopperON · 90
ChopperON · 91 · 91 · 91 · 91
Doble o Nada 2015
ChopperON · 92
2015
Ótimo começo
ChopperON · 93 · 93 · 93 · 93
Cada vez são mais numerosas as iniciativas e “reuniões” que vão-se comemorando nas terras argentinas. Umas começam caminhar rumo à consolidação –como a Rock’n’Drive- e outras estão ainda de fralda, pois elas acabaram de nascer –como a Dobro ou Nada-. Porém, ainda estando em diferentes estágios de evolução, a origem e o seu objetivo são os mesmos: mostrar e compartilhar o seu lifestyle.
Doble o Nada 2015
ChopperON · 94
e Pilar Gárgoles AÓscar Romagnoli
Uma equação formada por dois termos: “Dama’s Mo-
torcycles” e “La Milla del Diablo”. Duas únicas soluções possíveis: Dobro ou Nada. Há dois anos, quando viajei por Argentina, con-heci o Damián, um dos sócios da Dama´s Motorcycles. A sua paixão pelas motos e todo esse mundo o fez se aventurar, junto com uns colegas, na criação desse projeto tão particular de ofi cina dos ami-gos para os amigos que é a Dama’s. Há algum tempo publicamos uma das suas criações: a Mei. Diego e Guada são os outros membros da equação. Há relativamente pouco tempo abriram o seu negócio, “La Milla del Diablo”, uma loja muito bacana na qual você pode comprar e vender tudo relacionado com o mundo da moto: jaquetas, luvas, capacetes, camisetas, peças de moto… Novas ou usadas. Diego é o encarregado da customização das máquinas com o seu estilo di-ferente. A loja virou um ponto de reunião para muitos amantes das Custom e Café racer, movimen-to que aos poucos vai ganhando mais importância na Argentina.
Desse jeito, com essa matéria prima começou a ideia da reunião “Dobro ou Nada”. Uma equação com diferentes resultados, um encontro que deveria juntar num mesmo espaço as paixões dos seus organizadores: Harley ,Triumph,
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Café Racers, música e amigos, além do objetivo de achar a fór-mula adequada para que o evento não seja mais um simples encon-tro, e sim um evento que faça a di-ferença e seja repetido no tempo. Um total de 250 motos (200 Har-leys, 50 Triumph e Café Racer) num evento no qual os assistentes puderam curtir de um dia cheio de atividades: rota até o local do Off Road Bar, que fi ca a 25 km da ci-dade de Buenos Aires e é caracte-rizado por ser ponto de encontro de Rockabillies e carros de época nos fi nais de semana; Bike Show com prêmios, jogos de habilida-de, almoço americano, Bandas ao vivo, babe bike wash (lavagem de motos feito por umas lindas “chi-cas”). Com tudo isso resolveram a equação.
Segundo os organizadores o re-sultado foi muito positivo. As suas expectativas foram superadas, o que fez pensar em seguir fazendo novas convocatórias nessa linha e unir os apaixonados pelas mo-tos com diferentes estilos e ideias baixo uma mesma ideia. Nós da ChopperON queremos para-benizar a Union Cycles e a sua “Ramona” por ter ganho o Bike Show e sobretudo os organizado-res dessa criança que nasceu nes-se ano. Tomara que os trabalhos continuem evoluindo e crescendo e, no próximo ano, a gente veja a criança começar a caminhar.
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Realizado em Franca, o PNT – Corrida de Calhambeques
encerrou mais uma edição com chave de ouro e participantes de Belo Horizonte deixaram
suas marcas
A corrida de calhambeques
Corrida nacional de Calhambeques
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e Alberto Miranda A Larissa Costa
A quinta edição do PNT – Co-rrida de Calhambeques, que
aconteceu no último fi m de sema-na, em Franca (SP), encerrou sua programação com sucesso de pú-blico, recorde na pista e muito en-tusiasmo dos participantes, além, é claro, de emoção e diversão nas co-rridas dos antigos. Competidores de diversas cidades do Brasil trou-xeram na bagagem euforia, vonta-de de vencer e, principalmente, ale-
gria em encontrar amigos e demais apaixonados pelo antigomobilis-mo, com seus carros fabricados até 1936 e motos até 1950.
Foram três dias de evento, com pilotos de 16 a 92 anos, entre ho-mens e mulheres e 45 automóveis participantes – sendo 11 de Belo Horizonte. Nesse período, os mi-neiros mostraram que diversão e competição podem, sim, caminhar juntos. Na área do Box, a alegria dos belo-horizontinos era conta-giante, e nenhum deles deixava por
menos quando chegava a hora de correr com os turbinados ou clássi-cos calhambeques. Paixão, emoção e alegria marcaram a presença do estado de Minas Gerais no evento.
Tamanha empolgação não po-deria ter resultado diferente: três conquistas de peso. Gustavo e Mil-ton Lapertosa, piloto e co-piloto, fi zeram bonito na pista na cate-goria Ford A (modelos da Ford fabricados entre 1928 e 1931) e deixaram sete carros para trás, ga-rantindo a primeira colocação.
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Já na categoria Transplanta-dos, carros antigos com a mecânica modernizada, os belo-horizontinos Gilton e Thiago Bartolomeu, com o Whippet 1930, subiram ao pódio para receber o troféu de segundo lugar e fi caram ao lado de Pedro Piquet, fi lho do tricampeão mun-dial de F1 Nelson Piquet e que fez a volta mais rápida do PNT, com 36,04 segundos, batendo o recorde das pistas.
Na Speed, categoria que reúne os carros originais de corrida, o se-gundo lugar também fi cou com os
mineiros. Cláudio Carvalho e Car-los Sujeira pressionaram Nelson Piquet na pista com o Ford Hi-Boy 1934 e terminaram a prova com categoria e foram aplaudidos pelo público.
“É gratifi cante receber pilotos, ex-pilotos e entusiastas no PNT. Mais uma vez, o evento foi um su-cesso, com diversão garantida para todas as idades, arquibancadas re-pletas de público e competidores satisfeitos e felizes com as corridas. Somos a única competição no Bra-sil de carros fabricados até 1936 e
não vamos deixar de promover esse encontro motorizado, dinâmico e participativo. Que venha 2016!”, afi rma Tiago Songa, organizador da Corrida de Calhambeques.
O Pé na Tábua – Corrida de Cal-hambeques é um evento de cunho cultural, que permite aos pilotos uma forma inusitada de exposição dos carros antigos. A 5ª edição do PNT contou com patrocínio da Cral Baterias, Motul, Scuderia Fe-rracin e Autotrac, apoio da Prefei-tura de Franca e realização da As-sociação de Pilotos Vintage.
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Just Ride Along startup
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App, uma moto e um celular
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Em 2014, Henrique Costa, Cristiano Souto e Pedro Resende criaram a Just
Ride Along, uma startup que desenvolve serviços
para motociclistas, unindo as maiores paixões dos três
amigos: empreendedorismo, tecnologia e motociclismo.
Just Ride Along startup
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e Alberto Miranda A Just Ride Along
Em 2014, Henrique Costa, Cristiano Souto e Pedro Re-
sende criaram a Just Ride Along, uma startup que desenvolve ser-viços para motociclistas, unindo as maiores paixões dos três ami-gos: empreendedorismo, tecno-logia e motociclismo.
De Belo Horizonte (MG), uma região que já é polo empreende-dor e tecnológico do Brasil, sur-giu a vontade dos empresários
para melhorar a experiência do motociclista, evoluindo a manei-ra como ele se relaciona com o veículo, seus amigos e a estrada.
O aplicativo conecta os apaixo-nados pelas duas rodas e solu-ciona os problemas de planeja-mento, controle e segurança das viagens. Com funcionalidade de GPS, a ferramenta que, por en-quanto, está disponível em por-tuguês e inglês, contará com te-lemetria, big data e uma “rede social” para unir viajantes em
prol da melhoria de seus pas-seios.
Nele, o usuário poderá criar e planejar sua própria rota, com-partilhar com amigos, monitorar seu desempenho, criar grupos para viagens, enviar alertas de incidentes no caminho, e acom-panhar, comparar e até “desa-fi ar” outros motociclistas.
O app foi desenvolvido para iOS e será lançado gratuitamente na Apple Store na segunda quin-zena de maio. Já a versão para
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Android está planejada para o segundo semestre deste ano, para atingir quase todos os motociclis-tas. A expectativa é que o aplicati-vo some cerca de 50 mil usuários no primeiro ano de atuação.
Segundo Henrique Costa, o objetivo é que a startup feche parcerias com lojas, serviços, concessionárias e montadoras para aproximar fornecedores e consumidores, favorecendo a comunicação direta e proven-do acesso e análise de big data
da comunidade para entender as vontades e necessidades do pú-blico. “Somos motociclistas e entusiastas do mundo em duas rodas, por isso acreditamos ser possível melhorar a experiência para todos os envolvidos: pilo-tos, serviços e marcas”.
O sócio conta que “a ideia é aproveitar o cenário de cresci-mento nacional e mundial no segmento de motos de alta ci-lindrada para oferecer um ser-viço em constante evolução.
Nós acreditamos em dispositi-vos e produtos que aumentem a interação entre o motociclis-ta, sua moto e todos os fato-res que infl uenciam na sua se-gurança, conforto e diversão”.O app já está cadastrando usuá-rios interessados em testarem o serviço em seus iPhones. As pri-meiras 300 pessoas que se cadas-trem no site poderão aproveitar o aplicativo antes de todo mun-do e colaborar com a evolução e ajustes da ferramenta.
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A mecânica da moto é mesmo como a vida. Quando tudo vai bem simplesmente curtimos a moto sem preocupações
e, quando algum problema aparece, pela nossa natureza, tentamos resolvê-lo do jeito mais imediato, para voltar a obter
novamente as condições de funcionamento normais o mais cedo possível. Mas nem sempre essa reparação rápida é a melhor solução e é disso que vou falar nessa reportagem.
A mecânica da moto é mesmo como a vida. Quando tudo A mecânica da moto é mesmo como a vida. Quando tudo
A verdadeira causa
/ & Frank Burguera
Um exemplo prático, a fábula das varetas dos tuchos. Era
uma vez, numa concessionária de motos americanas, um feliz cliente que estreava a sua nova máquina. O serviço técnico tinha preparado essa moto para sua entrega com uma revisão, uns ajustes e fazendo um test de uns 8 km. Por outro lado, a equipe de vendas lavou a moto e explicou ao cliente o funcionamen-to básico de seu novo brinquedo. Apenas duas horas depois, o clien-te voltou até a ofi cina, frustrado e com o lateral da motocicleta cheio de óleo (Figura 1). Enquanto no departamento de vendas tentavam acalmar ao cliente falando que isso pode suceder numa moto nova, na ofi cina começaram a averiguar o que tinha acontecido. Efetivamen-te o lateral direito do motor estava coberto com gotas de óleo, e, após uma profunda inspeção, verifi cou-
se que o vazamento procedia do cano dos tuchos; estava forçado e vazava o fl uído.
Após desmontar o cano encon-traram a vareta dobrada (Figura 2), forçando o cano de proteção e criando um ponto para o óleo vazar. Comunicaram ao cliente que isso era apenas um erro de
fabricação. Para solucionar o pro-blema, rapidamente instalaram um kit de varetas reguláveis e hi-dráulicos novos (por prevenção) e, após conferir que tudo funcionava corretamente a moto foi entregue novamente ao cliente (Figura 3).
No dia seguinte, a moto apare-ceu de novo na ofi cina, dessa vez
FIGURA 1
Oficina Filosofia e Mecânica
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num guincho, com o mesmo pro-blema. A pressão estava agora na ofi cina, os mecânicos encontra-ram a vareta nova dobrada outra vez. Depois do achado, abriram o motor e encontraram uma válvula emprerrada no seu local (Figura 4), o que tinha provocado a avaria da vareta.
Agora, eles acreditavam ter acha-do a causa do problema. Como a moto estava na garan-tia, pediram um novo cabeçote à fábrica, para evitar mais problemas. Satisfeitos com a re-
paração, entregaram a moto pela terceira vez, depois de una semana de trabalho, mas agora bem mais tranquilos.
Mas ninguém disse que a vida é fácil: o guincho voltou no dia se-guinte, com a moto perdendo óleo e exigindo uma solução. Após desmontar o cabeçote novo, mais
uma vez acharam a válvula empe-rrada e a vareta dobrada... No ca-beçote novo?
Para que a história seja bem mais rápida vou lhes contar que após muitas provas e desmontagens foi verifi cado que o motor tinha um defeito na fabricação. Não tinham furado o orifício de saída do óleo
FIGURA 2 FIGURA 3
FIGURA 5
FIGURA 4
ChopperON · 140 TallerON en la web: http://www.chopperon.es/index.php/mecanica
de um dos balancins (Figura 5), o que não permitia ao óleo lubrifi -car a válvula. A válvula emperrava levemente, e fazia dobrar a vareta, que forçava o cano de proteção e vazava o óleo pelo motor e o late-
ral da moto (Figuras 6 e 7). Foi substituído o balancim com
defeito (a verdadeira causa) e ou-tras muitas peças: uma nova guia de válvula, válvula, vareta, juntas... E o motor viveu feliz por muitos anos.
O PROBLEMAPara poder resolver um proble-
ma é importante compreender a sua defi nição: “Um problema é uma situação que saiu do caminho da normalidade devido a uma cau-sa determinada. Se nós encontra-mos essa causa devemos repará-la com uma solução e a situação voltará ao normal” (Figura 8). No exemplo anterior, os mecânicos estavam atuando com soluções fo-cadas a resolver o problema (mais exatamente, os sintomas que o problema causava), mas não agiam sobre a causa, por isso o problema voltava novamente.
O DIAGNÓSTICOA defi nição do que seria um
bom mecânico, médico, políti-
FIGURA 6
la com uma solução e a situação la com uma solução e a situação voltará ao normal” (voltará ao normal” (
voltava novamente.voltava novamente.
FIGURA 7
Oficina Filosofia e Mecânica
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co, diretor de multinacional, jar-dineiro, etc. na execução do seu trabalho é a capacidade de apor-tar soluções que corrijam a causa dos problemas ou desafi os que lhes sejam apresentados. O mais importante na hora de achar essa solução é poder diagnosticar co-rretamente qual é a origem ou a causa que faz virar uma situação normal em outra que sai do es-perado (Figura 9).
O diagnóstico precisa de con-hecimentos, estudo dos sinto-mas, medições, comprovações e desenvolvimento de diferentes
soluções até se obter a mais cer-ta, apoiando-se na experiência.
A MORALO ser humano possui uma capa-
cidade inata para solucionar e criar problemas. A experiência acumu-lada e nossa capacidade de análises são o que determinam nos atuar so-bre a causa ou simplesmente tentar corrigir os sintomas.
Então, você sabe, d a próxima vez que você tiver um problema na sua vida... Pense como um mecânico e procure a verdadeira causa desse problema (Figura 10).
FIGURA 8
FIGURA 9
FIGURA 10