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79 XXXIV Congresso Brasileiro de Farmacologia e TerapŒutica Experimental Farmacologia Cardiovascular e Renal 01.001 A VIA L-ARGININA-ÓXIDO N˝TRICO EM UM MODELO ANIMAL DE HIPERTENSˆO. L.F.A. Sil- va, M.A. Antunes, T.M.C. Brunini, P.F. Reis, M.B. Moss, M. Lemos Neto, R. Soares de Moura, A.C. Mendes Ribeiro. Laboratório de Transporte de Membrana, Departamento de Farmacologia e Psi- cobiologia, UERJ, Rio de Janeiro. Introduçªo: A liberaçªo basal de óxido nítrico (NO) pelas cØlulas endoteliais modula o tonus vascular sistŒmico, e a administraçªo de inibido- res da síntese de NO resulta num aumento da pressªo arterial em ratos normotensos. A evidŒn- cia experimental sugere que uma reduçªo na ati- vidade biológica de NO estÆ envolvida na fisio- patologia da hipertensªo. Nosso grupo demons- trou anteriormente que, em eritrócitos de paci- entes hipertensos, a reduçªo no transporte de L- arginina, precursor da síntese de NO, estÆ redu- zida. MØtodos: No presente estudo, investigamos o transporte de L-arginina em eritrócitos e as con- centraçıes plasmÆticas dos anÆlogos de L-argini- na (ADMA e L-NMMA), atravØs de cromatogra- fia reversa de alta performance, em 6 ratos es- pontaneamente hipertensos (SHR) e 6 ratos Wis- tar-Kyoto (WKY) normotensos, ambos com 20 semanas de idade. Resultados: A concentraçªo plasmÆtica de ADMA (mØdia – DP), foi similar em ratos WKY normo- tensos (10 ± 0.7 μM) e SHR (8 ± 0.7 μM, p>0.05, teste Mann- Whitney). Os níveis plasmÆticos de L-NMMA nªo diferiram entre SHR (15 ± 2 μM) e controles (17 ± 1 μM). Em eritrócitos, a capaci- dade mÆxima de transporte (V max ) de L-arginina, μmoles/Lcells/h, atravØs do sistema y + L, estava significativamente reduzida em SHR (20 ± 8) com- parado com controles (124 ± 33), p=0.02. A afi- nidade (K m, ), do sistema y + L, estava aumentada em hipertensªo comparado com controles (13 ± 4 V.S. 117 ± 27 μM), p=0.01. Tanto o V max como o K m do sistema de transporte y + nªo foram afe- tados pela hipertensªo. Discussªo: Nossos resultados demonstram que, a reduçªo no aporte de L-arginina, atravØs do sis- tema y + L, pode ser o mecanismo comum expli- cando a disfunçªo endotelial, dependente de NO, observada tanto em modelos animais como hu- manos de hipertensªo. Apoio financeiro: CNPq. 01.002 PARTICIPA˙ˆO DO ENDOTÉLIO NA RESPOS- TA RELAXANTE DO ISOPROTERENOL E FORS- COLINA. Rascado, R.R. & Bendhack, L.M. Labo- ratório de Farmacologia, Faculdade de CiŒncias FarmacŒuticas de Ribeirªo Preto - USP. 14040- 903 Ribeirªo Preto, SP. Introduçªo: A formaçªo de AMPc via adenilato- ciclase pode ser ativada com agonistas beta-adre- nØrgicos como o isoproterenol ou pela ativaçªo direta da enzima com forscolina, nas cØlulas en- doteliais e do mœsculo liso vascular. Objetivo: Analisar a participaçªo do endotØlio na produ- çªo do AMPc via agonista beta adrenØrgico ou pela ativaçªo direta da adenilato-ciclase. MØto- dos e Resultados: AnØis de aortas de ratos com ou sem endotØlio, foram contraídos com nora- drenalina 100 nM (EC 50 ) e curvas concentraçªo- efeito cumulativas de relaxamento foram feitas para forscolina ou isoproterenol (0,1 nM a 10 uM). Os experimentos com isoproterenol foram feitos tambØm após a incubaçªo por 20 min com o beta-bloqueador, propranolol 10 uM. Foram analisados os valores de efeito mÆximo (EM) e pD 2 . As aortas com endotØlio foram totalmente relaxadas com forscolina (102.1±1.06%, pD 2 : 4,67±0,06; n=6) e sem endotØlio (101,1±0,45%, pD 2 : 4,69±0,01; n=6). Com isoproterenol, em aortas com endotØlio, o EM: foi de 93,39±2,38% e pD 2 : 7,56±0,11 (n=7) e sem endotØlio (EM: 90,57±2,60%, pD 2 : 6,51±0,07; n=10). O pro- pranolol reduziu o valor de pD2 para 5.44±0,12; sem alterar o efeito mÆximo (EM: 90.19±1.34%, n=8). A remoçªo do endotØlio potencializou o efeito inibitório do propranolol (EM: 41,26±10,40%; n=8) . Conclusıes: O efeito re- laxante da forscolina Ø independente do endotØ- lio e o relaxamento induzido pelo isoproterenol apresenta um componente dependente e um componente independente do endotØlio. Apoio Financeiro: CAPES e PRONEX. 01.003 SUPERSENSIBILIDADE AO S-NITROSO GLUTA- TIONA E AO NITROPRUSSIATO DE SÓDIO NA AORTA DE RATOS TRATADOS COM L-NAME. Grifoni, S.C. & Bendhack, L.M. Laboratório de Farmacologia, Faculdade de CiŒncias FarmacŒu- ticas de Ribeirªo Preto -USP. 14040-903, Ribei- rªo Preto, SP. Introduçªo: AnÆlogos da L-arginina, como o L- NAME, sªo inibidores competitivos da enzima NOS, e quando administrados oralmente produ- zem hipertensªo, demonstrando que o endotØ- lio vascular tŒm importante funçªo na regulaçªo da pressªo arterial. O óxido nítrico (NO) promo- ve reduçªo da [Ca 2+ ] intracelular da cØlula do mœsculo liso vascular favorecendo assim o rela- xamento vascular. O efeito relaxante do NO en- dógeno pode ser mimetizado por drogas nitro- vasodilatadoras. Objetivos: Estudar os efeitos dos doadores de NO, S-nitroso glutationa (GSNO) e nitroprussiato de sódio (NPS), sobre a liberaçªo de Ca 2+ do retículo sarcoplasmÆtico (RS) via re- ceptores de IP 3 e de rianodina na aorta de ratos tratados cronicamente com L-NAME.MØtodos e Resultados: Ratos Wistar (200g) foram tratados durante 3 sem com L-NAME (50mg/Kg/dia, T) na Ægua de beber ou somente com Ægua (C). Só foram utilizados os ratos T que apresentaram pres- sªo caudal superior a 150 mmHg. AnØis de aorta de ratos C e T foram montados para registro da tensªo isomØtrica. As preparaçıes foram contra- ídas com fenilefrina (Phe-1 μM) ou cafeína (30 mM) em meio zero- Ca 2+ , em presença ou au- sŒncia de NPS (100 nM) ou GSNO (10 μM). O tratamento crônico com L-NAME promoveu um aumento da contraçªo fÆsica para Phe em aorta de ratos (C=0.35 ± 0.05 g, n=5 e T=0.57 ± 0.06 g, n=6). A prØ-incubaçªo com NPS ou GSNO promoveu inibiçªo maior da contraçªo fÆsica para a Phe em T (NPS=64.01 ± 2.87 %, n=6 e GSNO=52.81 ± 7.37 %, n=6)) do que em C (NPS=52 ± 2.62 %, n=5 e GSNO=44.29 ± 13.04 %, n=5). Por outro lado, o tratamento crônico com L-NAME nªo alterou a contraçªo fÆsica para cafeína (C= 0.42 ± 0.04 g, n=12 e T=0.46 ± 0.05 g, n=13), e a prØ-incubaçªo com NPS promoveu inibiçªo de forma semelhante sobre a contraçªo fÆsica estimulada com cafeína em C (58.13 ± 7.14 %, n=5) e) e em T (51.05 ± 5.54 %, n=6). Resultados semelhantes foram obtidos quando as preparaçıes foram prØ-incu- badas com GSNO (C= 66.19 ± 6.03 %, n=5 e T= 52.57 ± 11.60 %, n=4).Conclusªo: Nas aor- tas de ratos tratados cronicamente com L-NAME ocorre aumento da liberaçªo de do RS via IP 3 e supersensibilidade ao NPS e GSNO sobre esta li- beraçªo. Apoio Financeiro: FAPESP e PRONEX. 01.004 AUMENTO DA REATIVIDADE AO KCl DA AR- TÉRIA CONTRALATERAL À ESTENOSE TOTAL CAROT˝DEA. de ANDRADE, C.R. 1 , CORR˚A, F.M.A. 1 & de OLIVEIRA 2 , A.M. 1 Depto de Farma- cologia, FMRP. 2 Lab. de Farmacologia, FCFRP, USP, Ribeirªo Preto, SP, Brasil. INTRODU˙ˆO: A estenose arterial acarreta em uma redistribuiçªo do fluxo sangüíneo para man- ter a irrigaçªo sangüínea cerebral, levando a al- teraçıes de reatividade vascular. O objetivo do presente estudo Ø investigar as conseqüŒncias temporais da estenose total carotídea na reativi- dade das artØrias carótidas, estenosada e contra- lateral, de cobaio. MÉTODOS: O estudo foi de- senvolvido em cobaios machos adultos divididos em controle, SHAM e estenose total. Foram de- terminadas curvas concentraçªo-efeito para KCl (10-120 mM) em anØis de carótida, contralate- ral (intacta) e estenosada. RESULTADOS: A este- nose acarreta em aumento temporal do efeito mÆximo (EmÆx) do KCl na carótida contralateral e uma reduçªo desse parâmetro na artØria este- nosada. Tempos de Estenose Efeito mÆximo (EmÆx) 7 dias 15 dias 30 dias 90 dias Controle 3,02±0,03 2,99±0,04 2,10±0,03 1,60±0,02 Contralateral SHAM 3,01±0,04 2,97±0,04 2,12±0,04*# 1,62±0,02*# SHAM 2,95±0,04 2,98±0,02 2,10±0,05 1,58±0,02 Contralateral Estenose total 2,98±0,02 2,95±0,03 3,12±0,03 3,33±0,04*# Estenose total 2,96±0,04 2,21±0,03*# 1,20±0,01*# 0 Os valores representam a mØdia±EPM (n=7). * indica diferença significativa (P<0,001) em rela- çªo ao grupo controle. # indica diferença signifi- cativa (P<0,01) em relaçªo ao grupo SHAM. O teste estatístico utilizado foi one-way ANOVA se- guido de teste de Bonferroni. CONCLUSÕES: A estenose reduz o EmÆx do KCl nas carótidas estenosadas e aumenta temporal- mente os valores desse parâmetro nas contrala- terais. Nªo foram observadas alteraçıes nos va- lores de pD 2 . APOIO FINANCEIRO: CNPq. 01.005 EFEITO RELAXANTE DA FORSCOLINA E ISO- PRENALINA NA AORTA DE RATOS TRATADOS COM L-NAME. Galache, D.P . e Bendhack, L.M. Laboratório de Farmacologia, Faculdade de Ci- Œncias FarmacŒuticas de Ribeirªo Preto, USP. 14040-903 Ribeirªo Preto, SP.

Farmacologia Cardiovascular e Renal · 79 XXXIV Congresso Brasileiro de Farmacologia e TerapŒutica Experimental Farmacologia Cardiovascular e Renal 01.001 A VIA L-ARGININA-ÓXIDO

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

Farmacologia Cardiovascular e Renal

01.001A VIA L-ARGININA-ÓXIDO NÍTRICO EM UMMODELO ANIMAL DE HIPERTENSÃO. L.F.A. Sil-va, M.A. Antunes, T.M.C. Brunini, P.F. Reis, M.B.Moss, M. Lemos Neto, R. Soares de Moura, A.C.Mendes Ribeiro. Laboratório de Transporte deMembrana, Departamento de Farmacologia e Psi-cobiologia, UERJ, Rio de Janeiro.

Introdução: A liberação basal de óxido nítrico(NO) pelas células endoteliais modula o tonusvascular sistêmico, e a administração de inibido-res da síntese de NO resulta num aumento dapressão arterial em ratos normotensos. A evidên-cia experimental sugere que uma redução na ati-vidade biológica de NO está envolvida na fisio-patologia da hipertensão. Nosso grupo demons-trou anteriormente que, em eritrócitos de paci-entes hipertensos, a redução no transporte de L-arginina, precursor da síntese de NO, está redu-zida.Métodos: No presente estudo, investigamos otransporte de L-arginina em eritrócitos e as con-centrações plasmáticas dos análogos de L-argini-na (ADMA e L-NMMA), através de cromatogra-fia reversa de alta performance, em 6 ratos es-pontaneamente hipertensos (SHR) e 6 ratos Wis-tar-Kyoto (WKY) normotensos, ambos com 20semanas de idade.Resultados: A concentração plasmática de ADMA(média ± DP), foi similar em ratos WKY normo-tensos (10 ± 0.7 µM) e SHR (8 ± 0.7 µM, p>0.05,teste Mann- Whitney). Os níveis plasmáticos deL-NMMA não diferiram entre SHR (15 ± 2 µM) econtroles (17 ± 1 µM). Em eritrócitos, a capaci-dade máxima de transporte (Vmax) de L-arginina,µmoles/Lcells/h, através do sistema y+L, estavasignificativamente reduzida em SHR (20 ± 8) com-parado com controles (124 ± 33), p=0.02. A afi-nidade (Km,), do sistema y+L, estava aumentadaem hipertensão comparado com controles (13 ±4 V.S. 117 ± 27 µM), p=0.01. Tanto o Vmax comoo Km do sistema de transporte y+ não foram afe-tados pela hipertensão.Discussão: Nossos resultados demonstram que, aredução no aporte de L-arginina, através do sis-tema y+L, pode ser o mecanismo comum expli-cando a disfunção endotelial, dependente de NO,observada tanto em modelos animais como hu-manos de hipertensão. Apoio financeiro: CNPq.

01.002PARTICIPAÇÃO DO ENDOTÉLIO NA RESPOS-TA RELAXANTE DO ISOPROTERENOL E FORS-COLINA. Rascado, R.R. & Bendhack, L.M. Labo-ratório de Farmacologia, Faculdade de CiênciasFarmacêuticas de Ribeirão Preto - USP. 14040-903 Ribeirão Preto, SP.

Introdução: A formação de AMPc via adenilato-ciclase pode ser ativada com agonistas beta-adre-nérgicos como o isoproterenol ou pela ativaçãodireta da enzima com forscolina, nas células en-doteliais e do músculo liso vascular. Objetivo:Analisar a participação do endotélio na produ-ção do AMPc via agonista beta adrenérgico oupela ativação direta da adenilato-ciclase. Méto-dos e Resultados: Anéis de aortas de ratos comou sem endotélio, foram contraídos com nora-

drenalina 100 nM (EC50) e curvas concentração-efeito cumulativas de relaxamento foram feitaspara forscolina ou isoproterenol (0,1 nM a 10uM). Os experimentos com isoproterenol foramfeitos também após a incubação por 20 min como beta-bloqueador, propranolol 10 uM. Foramanalisados os valores de efeito máximo (EM) epD2. As aortas com endotélio foram totalmenterelaxadas com forscolina (102.1±1.06%, pD2:4,67±0,06; n=6) e sem endotélio (101,1±0,45%,pD2: 4,69±0,01; n=6). Com isoproterenol, emaortas com endotélio, o EM: foi de 93,39±2,38%e pD2: 7,56±0,11 (n=7) e sem endotélio (EM:90,57±2,60%, pD2: 6,51±0,07; n=10). O pro-pranolol reduziu o valor de pD2 para 5.44±0,12;sem alterar o efeito máximo (EM: 90.19±1.34%,n=8). A remoção do endotélio potencializou oefeito inibitório do propranolol (EM:41,26±10,40%; n=8). Conclusões: O efeito re-laxante da forscolina é independente do endoté-lio e o relaxamento induzido pelo isoproterenolapresenta um componente dependente e umcomponente independente do endotélio.Apoio Financeiro: CAPES e PRONEX.

01.003SUPERSENSIBILIDADE AO S-NITROSO GLUTA-TIONA E AO NITROPRUSSIATO DE SÓDIO NAAORTA DE RATOS TRATADOS COM L-NAME.Grifoni, S.C. & Bendhack, L.M. Laboratório deFarmacologia, Faculdade de Ciências Farmacêu-ticas de Ribeirão Preto -USP. 14040-903, Ribei-rão Preto, SP.

Introdução: Análogos da L-arginina, como o L-NAME, são inibidores competitivos da enzimaNOS, e quando administrados oralmente produ-zem hipertensão, demonstrando que o endoté-lio vascular têm importante função na regulaçãoda pressão arterial. O óxido nítrico (NO) promo-ve redução da [Ca2+] intracelular da célula domúsculo liso vascular favorecendo assim o rela-xamento vascular. O efeito relaxante do NO en-dógeno pode ser mimetizado por drogas nitro-vasodilatadoras. Objetivos: Estudar os efeitos dosdoadores de NO, S-nitroso glutationa (GSNO) enitroprussiato de sódio (NPS), sobre a liberaçãode Ca2+ do retículo sarcoplasmático (RS) via re-ceptores de IP3 e de rianodina na aorta de ratostratados cronicamente com L-NAME.Métodos eResultados: Ratos Wistar (200g) foram tratadosdurante 3 sem com L-NAME (50mg/Kg/dia, T)na água de beber ou somente com água (C). Sóforam utilizados os ratos T que apresentaram pres-são caudal superior a 150 mmHg. Anéis de aortade ratos C e T foram montados para registro datensão isométrica. As preparações foram contra-ídas com fenilefrina (Phe-1 µM) ou cafeína (30mM) em meio zero- Ca2+, em presença ou au-sência de NPS (100 nM) ou GSNO (10 µM). Otratamento crônico com L-NAME promoveu umaumento da contração fásica para Phe em aortade ratos (C=0.35 ± 0.05 g, n=5 e T=0.57 ±0.06 g, n=6). A pré-incubação com NPS ou GSNOpromoveu inibição maior da contração fásica paraa Phe em T (NPS=64.01 ± 2.87 %, n=6 eGSNO=52.81 ± 7.37 %, n=6)) do que em C(NPS=52 ± 2.62 %, n=5 e GSNO=44.29 ±13.04 %, n=5). Por outro lado, o tratamentocrônico com L-NAME não alterou a contração

fásica para cafeína (C= 0.42 ± 0.04 g, n=12 eT=0.46 ± 0.05 g, n=13), e a pré-incubação comNPS promoveu inibição de forma semelhantesobre a contração fásica estimulada com cafeínaem C (58.13 ± 7.14 %, n=5) e) e em T (51.05 ±5.54 %, n=6). Resultados semelhantes foramobtidos quando as preparações foram pré-incu-badas com GSNO (C= 66.19 ± 6.03 %, n=5 eT= 52.57 ± 11.60 %, n=4).Conclusão: Nas aor-tas de ratos tratados cronicamente com L-NAMEocorre aumento da liberação de do RS via IP3 esupersensibilidade ao NPS e GSNO sobre esta li-beração.Apoio Financeiro: FAPESP e PRONEX.

01.004AUMENTO DA REATIVIDADE AO KCl DA AR-TÉRIA CONTRALATERAL À ESTENOSE TOTALCAROTÍDEA. de ANDRADE, C.R.1, CORRÊA,F.M.A.1 & de OLIVEIRA2, A.M. 1Depto de Farma-cologia, FMRP. 2Lab. de Farmacologia, FCFRP, USP,Ribeirão Preto, SP, Brasil.

INTRODUÇÃO: A estenose arterial acarreta emuma redistribuição do fluxo sangüíneo para man-ter a irrigação sangüínea cerebral, levando a al-terações de reatividade vascular. O objetivo dopresente estudo é investigar as conseqüênciastemporais da estenose total carotídea na reativi-dade das artérias carótidas, estenosada e contra-lateral, de cobaio. MÉTODOS: O estudo foi de-senvolvido em cobaios machos adultos divididosem controle, SHAM e estenose total. Foram de-terminadas curvas concentração-efeito para KCl(10-120 mM) em anéis de carótida, contralate-ral (intacta) e estenosada. RESULTADOS: A este-nose acarreta em aumento temporal do efeitomáximo (Emáx) do KCl na carótida contralaterale uma redução desse parâmetro na artéria este-nosada.

Tempos de Estenose

Efeito máximo (Emáx)

7 dias 15 dias 30 dias 90 dias

Controle 3,02±0,03 2,99±0,04 2,10±0,03 1,60±0,02

Contralateral SHAM 3,01±0,04 2,97±0,04 2,12±0,04*# 1,62±0,02*#

SHAM 2,95±0,04 2,98±0,02 2,10±0,05 1,58±0,02

Contralateral Estenose total 2,98±0,02 2,95±0,03 3,12±0,03 3,33±0,04*#

Estenose total 2,96±0,04 2,21±0,03*# 1,20±0,01*# 0

Os valores representam a média±EPM (n=7). *indica diferença significativa (P<0,001) em rela-ção ao grupo controle. # indica diferença signifi-cativa (P<0,01) em relação ao grupo SHAM. Oteste estatístico utilizado foi one-way ANOVA se-guido de teste de Bonferroni.CONCLUSÕES: A estenose reduz o Emáx do KClnas carótidas estenosadas e aumenta temporal-mente os valores desse parâmetro nas contrala-terais. Não foram observadas alterações nos va-lores de pD2.APOIO FINANCEIRO: CNPq.

01.005EFEITO RELAXANTE DA FORSCOLINA E ISO-PRENALINA NA AORTA DE RATOS TRATADOSCOM L-NAME. Galache, D.P. e Bendhack, L.M.Laboratório de Farmacologia, Faculdade de Ci-ências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, USP.14040-903 Ribeirão Preto, SP.

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Farmacologia Cardiovascular e Renal XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

Introdução: O aumento da formação de adeno-sina-monofosfato cíclico (AMPc) ocorre pela ati-vação da enzima adenilato ciclase com forscoli-na, ou pela ativação de receptores beta-adrenér-gicos com isoprenalina. O aumento do AMPc pro-move relaxamento das células do músculo lisovascular, que pode ser dependente ou indepen-dente do endotélio vascular. Objetivo : estudar oefeito da forscolina e da isoprenalina sobre o re-laxamento da aorta de ratos tratados cronicamen-te com o inibidor da NO- sintase, L-NAME. Mé-todos e Resultados: Ratos Wistar (180-200g) re-ceberam L-NAME (50-60mg/Kg/d) na água debeber, ou somente água (controle) por 3 sema-nas. Foram utilizados os ratos tratados (T) compressão sistólica superior a 150 mmHg. Após aremoção do endotélio vascular, anéis de aorta deratos T e C, foram montados para registro de ten-são isométrica. Sobre a pré-contração com feni-lefrina (EC50), foram realizadas curvas concentra-ção-efeito de relaxamento para forscolina ou iso-prenalina. Foram analisados os valores de efeitomáximo (EM) e pD2. A forscolina promoveu oEM de 56,63 ± 3,28% e pD2 de 7,26 ± 0,22 emaortas de ratos C (n=9) e 43,55 ± 4,79% e pD2de 7,83 ± 0,42 em aortas de ratos T (n=6). Comisoprenalina o EM foi de 55,39 ± 3,50% e o pD2foi de 7,89±0,62 em aortas de ratos C (n=9) eEM de 47,91 ± 2,48% e pD2 de 7,44 ± 0,28 emaortas de ratos T (n=6). Estes resultados mos-tram que não há diferenças estatisticamente sig-nificantes entre os dois grupos de aortas de ratosnormotensos e hipertensos nas respostas aos doisagentes vasodilatadores, na ausência de endoté-lio. Conclusão: O relaxamento ativado pela fors-colina e isoprenalina não foi alterado na aortade ratos hipertensos L-NAME, sem endotélio vas-cular.Apoio Financeiro: FAPESP e PRONEX.

01.006MICROTUBULE DISRUPTION ATTENUATESHISTAMINE INDUCED VASORELAXATION INMESENTERIC VESSELS FROM NORMOTEN-SIVE, BUT NOT FROM HYPERTENSIVE RATS.C.A. Brum, C.J. Aguiar, M. A. Cruz, D. Penna eSouza, R.C. Webb* and R. Leite. *Medical Collegeof Georgia, Augusta, GA-USA; Dept. of Pharma-cology � ICB/UFMG, Belo Horizonte, MG-Brazil.

Microtubule network participates in several cellsignaling events such as the regulation of vascu-lar reactivity. We have previously shown that dis-ruption of microtubules potentiated the pressorresponse induced by phenylephrine in resistancevessels. In this study we assess the role of themicrotubule network on vasodilatory responses.Dose�response curves to histamine (0.5-130nmol), acetylcholine (5-1200 pmol) and sodiumnitroprusside (SNP, 38-3400 pmol) were per-formed in isolated mesenteric arterial bed (n>6),before and after 60 min incubation with 10 µMnocodazole, 30 µM colchicine or vehicle. Disrup-tion of microtubules with nocodazole or colchi-cine did not change the dilation response inducedby SNP or acetylcholine in vessels from normo-tensive rats. In Sham-operated and normoten-sive rats, colchicine or nocodazole treatment sig-nificantly attenuates histamine-induced dilation(one-way ANOVA, followed by Bonferroni test,p<0.01). This effect was not observed in vesselsfrom DOCA-salt, 1K1C and L-NAME hypertensive

rats. The intact microtubule network plays a mod-ulatory role in endothelium-dependent dilationinduced by histamine in vessels from normoten-sive but not from hypertensive rats, suggestingthat vascular microtubule network is disorganizedin those three distinct experimental models ofhypertension that might contribute to the de-creased endothelium-dependent dilation.Financial support: FAPEMIG, CNPq and CAPES.

01.007DIFFERENT ROLE FOR GAP JUNCTIONS INAORTIC RINGS FROM DOCA-SALT AND L-NAME HYPERTENSIVE RATS. C. J. Aguiar, C. A.Brum, M. A. Cruz, D. Penna e Souza, R. C. Webb*

and R. Leite, *Medical College of Georgia, Augus-ta, GA-USA; Dept. of Pharmacology � ICB/UFMG,Belo Horizonte, MG-Brazil.

We previously observed in our lab an increaseddilator response to heptanol and octanol (non-specific inhibitors of gap junctional activity) inaortic strips from DOCA-salt hypertensive rats. Inthis study we tested the hypothesis of an increasedgap junctional activity in DOCA and L-NAME hy-pertension using a specific inhibitor, 18 β-glycyr-rhetinic acid, which causes isoform-specific de-phosphorylation of the connexin 43. Endotheli-um-denuded aortic rings from DOCA-salt and L-NAME hypertensive (n = 6 and 10, respective-ly), and Sham-operated and control rats (n = 7and 13, respectively), were submitted to concen-tration-response curves to phenylephrine (2.5-160 nM), before and after 1h incubation with l8β-glycyrrhetinic acid (50 µM) or vehicle (DMSO).No difference was observed after treatment withvehicle. Incubation with 18 β-glycyrrhetinic acidsignificantly right shifted the concentration-re-sponse curve induced by phenylephrine in aortafrom DOCA-salt, but not in L-NAME hyperten-sive rats (one-way ANOVA, followed by Bonfer-roni test, p<0.05), as shown in the figure below.These data suggest a different regulation of gapjunctional activity in distinct experimental mod-els of hypertension.

D O C A -S A L T

2 2 0 2 0 0

0

5 0 0

1 0 0 0

1 5 0 0

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P h e n y lep h r in e (n M )

Financial support: FAPEMIG, CAPES and CNPq

01.008EFEITO DO ÁCIDO CICLOPIAZÔNICO (CPA)SOBRE O RELAXAMENTO ESTIMULADO COMACETILCOLINA E NITROPRUSSIATO DE SÓDIO.Molin, J.C. e Bendhack, L.M. Laboratório de Far-macologia, Faculdade de Ciências Farmacêuticasde Ribeirão Preto -USP. 14040-903 Ribeirão Pre-to, SP.

Introdução: Uma das hipóteses para explicar orelaxamento ativado via óxido nítrico (NO) é ade que a redução de Ca2+ ocorre pelo armazena-mento de Ca2+ no estoque intracelular sensível àfenilefrina (FE) e cafeína, o retículo sarcoplasmá-tico (RS). Estas drogas ativam a liberação do Ca2+

armazenado e o inibidor da enzima Ca-ATPasereticular CPA inibe a estocagem do Ca2+, sendocapaz de depletar este estoque. Objetivo: Estu-dar os efeitos dos agentes relaxantes acetilcolina(ACh) (dependente de endotélio) e nitroprussia-to de sódio (NPS) (independente de endotélio)em presença de drogas que comprometem o ar-mazenamento de Ca2+ no RS. Métodos e Resul-tados: Curvas concentração-efeito para ACh e NPS(0,1 nM a 100 uM) foram realizadas em aortasde ratos contraídas com FE 100 nM (EC50) emsolução de Krebs contendo Ca2+ 1,6 mM, apósincubação com CPA 10 uM por 30 min ou semCPA. Analisamos os valores de efeito máximo(EM) e pD2 A contração foi estimulada com cafe-ína 20 mM e em seguida, as preparações foramestimuladas com FE 100 nM. A contração esti-mulada com FE foi inibida com CPA. A contraçãoestimulada com cafeína foi de 0,26±0,9g (n=8)e após a cafeína, a resposta contrátil estimuladacom a EC50 da FE foi abolida. O EM da ACh foi de96,71±2,12 e pD2 de 7,35±0,13 (n=6) e apósCPA, o EM foi reduzido para 46,25±7,16, semalteração do pD2 (6,95±0,09; n=4). Por outrolado, sobre a resposta estimulada com o NPS, oCPA não alterou EM (99,39±0,61 e 94,44±3,52)e reduziu pD2 (8,95±0,19 e 7,71±0,13; n=5).Conclusões: A resposta contrátil estimulada comFE depende da liberação de Ca2+ do RS, que tam-bém é o estoque intracelular sensível à cafeína.A inibição da Ca-ATPase reticular tem efeitos dis-tintos sobre os dois agentes que promovem for-mação ou liberação de NO. Age sobre a ACh,reduzindo sua eficácia sem alterar a sensibilida-de e sobre NPS não altera a eficácia, mas reduz asensibilidade. Auxílio Financeiro: Pronex.

01.009A VASODILATAÇÃO INDUZIDA PELA ACETIL-COLINA, EM CARÓTIDAS DE RATOS HIPER-TENSOS RENAIS (2R-1C), DEPENDE DA ATI-VAÇÃO DE CANAIS PARA K+. Sendão, A.P., Ben-dhack, L.M. Lab. de Farmacologia, Faculdade deCiências Farmacêuticas de Ribeirão Preto-USP.14040-903, Ribeirão Preto-SP.

Introdução: As células do endotélio vascular sin-tetizam e liberam fatores de relaxamento comoóxido nítrico (NO), fator hiperpolarizante deri-vado do endotélio (EDHF) e prostaciclina (PGI2),que podem ativar canais para K+ nas células domúsculo liso vascular, dos subtipos: sensíveis aoATP (KATP), ativados por Ca2+ (KCa) e ativados porvoltagem (KV). Objetivos: Avaliar a participaçãoe identificar os canais para K+ envolvidos no re-laxamento estimulado com acetilcolina (ACh) em

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia Cardiovascular e Renal

carótidas de ratos normotensos (2R) e 2R-1C.Métodos e Resultados: Em anéis de artéria caró-tida de ratos 2R e 2R-1C pré-contraídos com fe-nilefrina (EC50) ou KCl 90 mM, foram realizadascurvas concentração-efeito para acetilcolina (ACh)Analisamos os valores de efeito máximo (EM) epD2. O EM da ACh foi maior em 2R (103,7 ±2,88%) do que em 2R-1C (78,23 ± 5,65%), masos valores de pD2 foram semelhantes (6.6 ± 0.7e 6.6 ± 0.2) em 2R e 2R-1C, respectivamente.Glibenclamida, bloqueador de canais KATP, não al-terou a resposta à ACh nos dois grupos. Porém, aassociação de apamina e caribdotoxina, bloque-adores de canais KCa e 4-aminopiridina, bloquea-dor de canais KV, reduziram em ambos os grupos,tanto o EM da ACh em 2R (60,3±15,95%) e 2R-1C (52,4±8,23%), 2R (24,16 ± 6,59%); 2R-1C(39,05 ± 2,33%), como a sensibilidade (2R: 5,59± 0,33), (2R-1C: 1,3 ± 0,24) e (2R:3,90±0,13)2R-1C (5,5 ± 0,48), respectivamente para os blo-queadores. Quando as artérias foram pré-contra-ídas com KCl, o relaxamento à ACh foi reduzidoem relação aos valores obtidos com fenilefrina,em 2R (33,74 ± 11,89%) e abolido em 2R-1C(4,73 ± 0,77%).Conclusões: A ativação de canaispara K+ parece ser fundamental para o efeitorelaxante da ACh em carótidas de 2R-1C e os ca-nais dos subtipos KCa e KV estão envolvidos no re-laxamento estimulado com ACh tanto em caróti-das de ratos 2R como 2R-1C.Apoio Financeiro: FAPESP, PRONEX.

01.010CARDIAC MAP KINASE EXPRESSION ANDPHOSPHORYLATION IN RATS TREATEDCHRONICALLY WITH L-NAME. Molina, P.L.G.and Hyslop, S., Departamento de Farmacologia,FCM, Universidade Estadual de Campinas (UNI-CAMP), 13083-970, Campinas, SP, Brasil.

Introduction: Chronic inhibition of nitric oxidebiosynthesis with L-NAME produces cardiac hy-pertrophy, fibrosis and necrosis. In this study, weexamined the effect of L-NAME on MAP kinase(ERK1 and ERK2) expression. Methods: MaleWistar rats received L-NAME (20 mg/rat/day) indrinking water for 4 weeks. Changes in bloodpressure were measured by a tail cuff method.After treatment, the rats were anesthetized andthe heart was excised and perfused in vitro. Phos-phorylation was examined after stimulation withbradykinin. The hearts were then homogenizedand centrifuged and the supernatant was usedfor immunoblotting with antibodies to ERK1,ERK2 and phosphorylated ERK (p-ERK). Results:Blood pressure after L-NAME was173±5.6mmHg vs. 134±8.5 mmHg for controls(P<0.05). ERK1 and ERK2 levels were 8663±176and 8111±726 before L-NAME and 10288±593and 9793±605 after L-NAME (P<0.05; arbitrarydensitometric units; mean+S.E.M.; n=5 each),respectively. The levels of phosphorylation were:Treatment p-ERK1 p-ERK2 -L-NAME +L-NAME -L-NAME +L-NAME Basal 9021±76210179±784 9598±734 10647±864 BK12101±531* 11699±615 12121±638*11312±532 n=5. *P<0.05 compared to basal(�)L-NAME group. Discussion: Treatment with L-NAME enhanced ERK1 and ERK2 expression butdid not alter basal p-ERK1 or p-ERK2. The increasein phosphorylation with BK in (-)L-NAME rats wasabsent after L-NAME. Financial support: FAPESP

01.011EFEITOS DO ÁCIDO NIFLÚMICO SOBRE A EN-TRADA CAPACITATIVA DE CÁLCIO EM AORTADE RATO. 1Santos, G.C.M., 2Scarparo, H.C., 1Sou-za, E.P., 1Cruz, A.M. & 1Criddle, D.N. 1Laborató-rio de Farmacologia dos Canais Iônicos (LAFACI),UECE, & 2Depto de Clínica Odontológica, UFC,CE.

Introdução: Mostramos o envolvimento dos ca-nais de cloreto ativados pelo cálcio (ClCa) na con-tração induzida pela noradrenalina (NA) em aortade rato (Criddle; Br. J. Pharmacol. 118, 1065,1996). A depleção dos estoques intracelulares decálcio (DEIC) leva à entrada de cálcio extracelu-lar por mecanismos ainda indefinidos. Objetivos:Decidimos avaliar a possível influência dos ClCa,utilizando ácido niflúmico (NFA), um inibidorseletivo desses canais, e dos canais de cálcio de-pendente de voltagem (VDCCs) na entrada ca-pacitativa de cálcio. Materiais e Métodos: Utili-zamos anéis de aorta de ratos machos Wistar(200-250g), montadas em solução de Tyrodenormal (TN), medindo a contratilidade pelo mé-todo convencional. A DEIC foi induzida pela apli-cação de NA (10-6M) em solução zero cálcio (0Ca)e depois foi adicionado TN, na presença e au-sência de inibidores, avaliando o aumento dotônus basal (ATB) associado. Após o retorno àlinha basal, reaplicamos a NA em 0Ca para ava-liar a recaptação do cálcio para os estoques. Re-sultados: O diltiazem (DIL, 10-6M) bloqueou com-pletamente a contração induzida por KCl (60mM),confirmando seu efeito sobre os VDCCs. O NFA(1-30 µM) não relaxou a contração induzida peloKCl, mas 100µM reduziu-a em 73,3 ± 4,5%(n=4). Após a DEIC pela NA, o ATB na presençade DIL (10-6 M) foi totalmente inibido em rela-ção ao controle (0,62 ± 0,05g, n=13). Entretan-to, a contração induzida pela reaplicação da NAnão foi afetada (n=13). O NFA (10-30µM) nãoafetou estes parâmetros, enquanto na concen-tração de 100µM, reduziu o ATB para 31,9 ±9,9% sem afetar a resposta da NA (n=8). Con-clusão: Nossos resultados sugerem que o NFAinibe a entrada de cálcio associada a depleçãodos estoques intracelulares sensíveis a NA ape-nas na concentração de 100µM, provavelmente,pela inibição de VDCC, sem a participação dosClCa no processo capacitativo.Apoio Financeiro: FUNCAP e CNPQ.

01.012ESTUDO DOS EFEITOS DA OUABAÍNA E DEALTAS CONCENTRAÇÕES DE KCl SOBRE OPOTENCIAL DE MEMBRANA EM ARTÉRIAS DERATOS HIPERTENSOS RENAIS POR MICROS-COPIA CONFOCAL. Sguilla, F.S. ; Tedesco, A.C. eBendhack, L.M. Laboratório de Farmacologia,Faculdade de Ciências Farmacêuticas de RibeirãoPreto, Depto. de Química, FFCLRP- USP. 14040-903 Ribeirão Preto, SP.

Introdução: Mudanças dinâmicas no potencial demembrana por medidas óticas podem ser moni-toradas com a sonda bis-oxonol (DiBAC2(3)). Aouabaína, inibidor da enzima Na-K-ATPase, pro-move a despolarização da membrana das célu-las do músculo liso vascular, assim como altasconcentrações de KCl no meio extracelular, cau-sando a ativação de canais de cálcio dependen-

tes de voltagem. Objetivo: Determinar alteraçõesno potencial de membrana com ouabaína e KCla partir da fluorescência do bis-oxonol utilizandomicroscopia confocal. Métodos e Resultados: Ascélulas do músculo liso vascular foram isoladasda aorta de ratos hipertensos renais (2R-1C) enormotensos (2R), cultivadas em lamínulas por7 dias e carregadas com a sonda DiBAC2(3) 0.25µM para detectar alterações no potencial demembrana (ϕm) por microscopia confocal. Apósa estabilização do carregamento, foram adicio-nadas concentrações crescentes de KCl (5 a 60mM). Em outro grupo de experimentos, às célu-las carregadas foi adicionada ouabaína (20µM)e medida a variação da fluorescência em funçãodo tempo. O carregamento para as células de 2Rapresentou uma intensidade de fluorescênciamaior do que de 2R-1C. A despolarização damembrana das células de 2R-1C ocorreu com KCl10 mM (80%) enquanto que em 2R foi necessá-rio utilizar KCl acima de 40 mM para obter res-posta semelhante à de 2R-1C. A ouabaína pro-moveu pequena redução (20%) da fluorescên-cia caracterizando a despolarização da membra-na tanto em células de 2R como 2R-1C. Após aouabaína, a adição de KCl 15 e 30 mM promo-veu total despolarização da membrana nos doisgrupos de células. Além disso, houve redução daárea das células de 2R-1C de 249 µm2 para 216µm2 com KCl 15 mM, caracterizando a contraçãodestas células. Conclusão: As células de 2R-1Capresentam potencial de membrana mais des-polarizadodo que de 2R. A ouabaína 20 µM des-polariza de forma semelhante os dois grupos decélulas e o KCl tem efeito adicional ao efeito des-polarizante da ouabaína promovendo total des-polarização e contração celular nas células de 2R-1C.Apoio Financeiro: FAPESP E PRONEX

01.013CORRELATION BETWEEN MEMBRANE PO-TENTIAL AND NEOINTIMA PROLIFERATIONSEVERAL DAYS AFTER ANGIOPLASTY IN SHR.Dina, J.P., Feres, T., Fauaz, G., Farias, N.C., Paiva,T.B., Department of Biophysics - Escola Paulistade Medicina UNIFESP, São Paulo-SP.

Introduction: Previous study showed an abnor-mal cell proliferation in carotid arteries from spon-taneously hypertensive rats (SHR) after ballooninjury (Dalle Lucca et. al., 2000), which was notobserved in normotensive rats (NWR). This oc-currence was attributed to the lower resting mem-brane potential (RMP) observed in SHR carotidarteries. The aim of this study is to try correlatingthe RMP with neointima formation after ballooninjury procedure. Methods: RMP was measuredwith intracellular microelectrodes in carotid ar-tery rings from NWR and SHR 2, 5, 7, 15, 30 and45 days after angioplasty and neointima forma-tion was determined by morphometric analysisof cross-sectional carotid rings. Results and Con-clusion: RMP of SHR carotid arteries was -31.9+- 0.6 mV, which is significantly more depolar-ized than NWR arteries (-71.6 +- 0.8 mV). Afterangioplasty the RMP values became more nega-tive, being -17.6 +- 1.2 mV in the second dayand -21.9 +- 0.1mV in the seventh day. At 15days the RMP returned to values (30.0 +- 0.2mV) not significantly different from those foundbefore treatment, and this value was maintained

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Farmacologia Cardiovascular e Renal XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

after 45 days. The histological analysis showed apronounced neointima proliferation starting onthe fifth day and increasing up to day 15, withtotal occlusion. The neointima formation corre-lated very well with the RMP measurements. Sup-ported by FAPESP, CNPq and CAPES

01.014KINETIC ANALYSIS OF THE ROLES OF K+CHANNEL OPENING AND Na+/K+ PUMPACTIVATION IN THE RELAXATION OF AOR-TIC SMOOTH MUSCLE OF SPONTANEOUSLYHYPERTENSIVE RATS (SHR). Fauaz,G* ;Feres,T;Farias,NC; Dina,JP, Paiva,ACM; Paiva,TB, Dept.Biophysics,UNIFESP,SP

Introduction High-conductance KCa channelswere shown to be impaired in SHR vascular smoo-th muscles causing an alteration in the relaxantresponses (RR) to several agonists that use thesechannels as effectors. The SHR present decrea-sed contractile and hyperpolarizing responses toK+ in comparison to Wistar Kyoto (WKY) con-trols, and the latter are less reactive than normo-tensive Wistar rats (NWR). To better understandthese findings, we explored the relationship be-tween K+ channel (K+ch) and Na+/K+ pump(Na+/K+) activity in isolated aortic smooth mus-cle preparations of the 3 strains. Methods De-endothelized aortic rings, after 20 min in K+-free medium, were submitted to normal [K+] toactivate the Na+/K+ and the isometric tensionchanges were recorded. Results/Conclusion Kine-tic analysis of the RR to K+ allowed identificati-on of 2 or 3 components with 1st order rate cons-tants (k1) that were significantly different in the3 strains. The faster component from SHR(k1=0.81min-1) was faster than those of NWR(0.73min-1) or WKY (0.64min-1). Addition ofK+ch inhibitors blocked the faster component ofthe response in the 3 strains, indicating that thiscomponent is due to K+ch opening. Analysis ofthe slow component of the relaxation allowed usto determine the Na+/K+ kinetics in the SHR(k1=0.30min-1), WKY (0.20min-1) and NWR(0.14min-1). The higher K+ch and Na+/K+ ac-tivities in SHR cause the increased cell membra-ne polarization and the decreased response toK+ and to agonists when compared to NWR andWKY. Supported:FAPESP,CNPq,CAPES.

01.015EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO AGUDA DE 1nMOUABAÍNA (OUA) NA REATIVIDADE VASCU-LAR À FENILEFRINA (FE) NO LEITO VASCU-LAR CAUDAL DE RATOS NORMOTENSOS(WKY) E ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS(SHR). Padilha, A. S.; Rossoni, L. V.; Vassallo, D.V. - Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas, Uni-versidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES.

Objetivos: Avaliar o efeito da administração agu-da de 1nM de ouabaína (OUA) sobre a reativida-de vascular à FE no leito vascular caudal (LVC) deratos WKY e SHR. Métodos e Resultados: Os ani-mais foram divididos em 2 grupos: WKY (n=34,PAM: 104 mmHg) e SHR (n=47, PAM: 179mmHg). A preparação de perfusão do LVC foiutilizada para a realização dos protocolos experi-

mentais. A reatividade vascular à FE (0,001-100µg, in bolus) foi avaliada antes e após infu-são por 1 hora com OUA (1nM), na presença (E+)e ausência (E-) do endotélio. A OUA, em SHR/E+, elevou a sensibilidade (pD2) à FE (antes:2,14±0,06 vs. após: 2,46±0,06; p<0,01) semalterar a resposta máxima (Emax). Em WKY/E+,a OUA não alterou nem o pD2 nem o Emax. A E-elevou o pD2 sem alterar o Emax à FE nos WKY eSHR, e a OUA, não foi capaz de alterar estes pa-râmetros. A participação de prostanóides vaso-constritores sobre o efeito da OUA na reativida-de à FE em SHR/E+, foi avaliada através da co-infusão de OUA + indometacina (Indo, 10 µg).A Indo não modificou o efeito da OUA sobre apD2 à FE nos SHR/E+ (antes: 2,29±0,07 vs. após:2,62±0,09mmHg; p<0,01). Conclusão: O tra-tamento com 1nM de OUA aumenta a reativida-de vascular à FE no LVC de SHR, porém não mo-dificou a mesma nos WKY. Este aumento, nos SHR,envolve a liberação de um fator vasoconstritorderivado do endotélio, que é independente davia do ácido araquidônico-ciclooxigenase.Apoio Financeiro: CNPq

01.016EFEITO DA VITAMINA C AGUDA NA REATIVI-DADE VASCULAR ARTERIAL E VENOSA EMTABAGISTAS. M.G. Sousa, D. Barbieri, J.C. Yu-gar-Toledo, José Eduardo Tanus-Santos & H. Mo-reno Jr Laboratório de Farmacologia Cardiovas-cular - FCM - UNICAMP - SP

Objetivos: O tabagismo está associado à disfun-ção endotelial. Tem sido sugerido que a disfun-ção endotelial pode ser conseqüência do aumentoda degradação do óxido nítrico secundária a for-mação de radicais livres derivados do oxigênio.Objetivamos avaliar os efeitos da vitamina C (umpotente antioxidante) sobre a reatividade vascu-lar em tabagistas através da dilatação mediadapelo fluxo (FMD) e da técnica da veia dorsal damão, antes e após infusão aguda de vitamina C(25 mg/min). Material e Métodos: Grupos: con-trole (n=6) e tabagista (n=7). Foram submeti-dos a estudo da reatividade vascular pós-hipere-mia reativa e pós-estímulo nitroglicerina e da téc-nica da veia dorsal da mão (curva dose-respostaà bradicinina). Resultados: Variação % do diâ-metro da artéria braquial através da dilataçãomediada pelo fluxo antes e após a infusão devitamina C em não tabagistas e tabagistas(média±DP). Cont Pré Cont Pós Tab Pré Tab PósHiperemia16,2±2,7 14,4± 4,1 8,5± 3,7*17,7± 7,7# NTG 25,9±5,7 27,1± 6,4 21,7±4,3 28,9±8,6 ED50 e máxima resposta (Emax)à bradicinina e nitroprussiato de sódio obtidosda curva dose resposta em não tabagistas e taba-gistas (média±DP). Cont Pré Cont Pós Tab PréTab Pós Emax(bk)95,7±21,2 82,7±4,171,2±17,2* 88,3±7,0# ED50(bk)40,0±39,817,2±5,1 15,0±8,4 15,0±3,9Emax(nt)104,8±9,1 98,5±11,6 111,2±13,0103,4±5,2 ED50(nt)0,5±0,3 0,4±0,2 4,4±9,90,6±0,4 *p< 0,05 vs controle #p< 0,05 vs pré-Vita C Conclusão: A reatividade vascular depen-dente do endotélio está reduzida em tabagistasem ambos leitos vasculares (venoso e arterial). Ainfusão aguda de vitamina C restaura a reativida-de vascular dependente do endotélio.Apoio:FAPESP

01.017ENVOLVIMENTO DO ÓXIDO NÍTRICO PERIFÉ-RICO NO EDEMA PULMONAR. Oliveira,E.B.;Busnardo, C.; Martins-Pinge,M.C.; Blanco,E.E.A.;Departamento de Ciências Fisiológicas, UEL- Lon-drina, PR.

Introdução: A vagotomia causa edema pulmo-nar agudo, por mecanismo que ainda não se en-contra esclarecido. Foi proposto que o óxido nítri-co, no sistema nervoso central, inibe o edemaneurogênico. O objetivo deste trabalho foi deavaliar a interferência do óxido nítrico periféricodurante o desenvolvimento do edema por vago-tomia.Métodos e Resultados: Foram utilizados ratoswistar divididos em 4 grupos de 14 animais: con-troles (C), vagotomizados (V) e vagotomizados etratados com L-Arginina (VL-A) ou com L-NAME(VL-N), 10 minutos antes de cirurgia. Os contro-les e os vagotomizados receberam o mesmo vo-lume de salina. O tempo máximo de sobrevidafoi de 120 minutos, sendo os sobreviventes sacri-ficados. Os pulmões foram pesados para a deter-minação do índice de edema (peso pulmonar/peso corporal X 100), e o edema graduado de 0-2, de acordo com o aparecimento de fluido tra-queal.

GRAU EDEMA N PESO PULMONAR

ÍNDICE EDEMA

TEMPO SOBREVIDA 0 1 2

C 10 1,69±0,04 0,59±0,02 120,00±0,00 10 0 0 V 14 2,60±0,32∗ 0,93±0,11∗ 106,43±6,43 7 2 5 VL-A 14 2,04±0,21 0,74±0,07 111,43±4,58 11 1 2 VL-N 14 2,97±0,29∗ 1,00±0,10∗ 86,29±9,59∗+ 5 3 6

* diferença com relação ao controle + diferença com relação ao vagotomizado.

Conclusões: A tendência ao agravamento com L-NAME e de inibição do edema com L-ARG suge-re o envolvimento do óxido nítrico periférico noedema por vagotomia.

01.018ENVOLVIMENTO DA VIA INDUTIVA DA FOR-MAÇÃO DO ÓXIDO NÍTRICO (iNOS) NO EDE-MA PULMONAR. Busnardo, C.; Oliveira,E.B.;Martins-Pinge,M.C.; Blanco,E.E.A.; Departamentode Ciências Fisiológicas, UEL - Londrina, PR.

Introdução: A vagotomia causa edema pulmo-nar agudo. Durante o desenvolvimento de pro-cessos inflamatórios ocorre liberação de óxidonítrico (NO) pela via indutiva. O NO endógenodesempenha importante papel na homeostasevascular. Há fortes evidências de que a liberaçãobasal de NO participa na manutenção do balan-ço fluido vascular, enquanto que a liberação queocorre durante a inflamação ou lesões, aumentaa permeabilidade. O objetivo deste trabalho foide avaliar a interferência da iNOS no desenvolvi-mento do edema por vagotomia.Métodos e Resultados: Foram utilizados ratoswistar divididos em 5 grupos: controles (C), va-gotomizados (V) e vagotomizados e tratados comdiferentes doses de aminoguanidina (V-A), 10minutos antes de cirurgia. Os controles e os va-gotomizados receberam igual volume de salina.O tempo máximo de sobrevida foi de 120 minu-tos, sendo os sobreviventes sacrificados. Os pul-mões foram pesados para a determinação do ín-dice de edema (peso pulmonar/peso corporal X100), e o edema graduado de 0-2, de acordocom o aparecimento de fluido traqueal.

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia Cardiovascular e Renal

GRAU EDEMA N PESO PULMONAR

ÍNDICE EDEMA

TEMPO SOBREVIDA 0 1 2

C - salina 10 1,69±0,04 0,59±0,02 120,00 ±00,00 10 0 0 V - salina 14 2,60±0,32* 0,93±0,11* 106,43±06,43 6 3 5 V-A20mg/kg 10 1,83±0,13 0,60±0,04+ 99,50±12,21 9 0 1 V-A10mg/kg 11 1,88±0,12 0,63±0,04+ 103,10±11,40 10 1 0 V-A 5mg/kg 12 1,82±0,12+ 0,65±0,04+ 112,90±05,24 11 1 0

* diferença com relação ao controle + diferença com relação ao vagotomizado.

Conclusões: A inibição do edema observada comas diferentes doses de aminoguanidina sugere aativação da iNOS e a liberação de NO, durante odesenvolvimento do edema por vagotomia.

01.019SINVASTATINA DIMINUI A PRODUÇÃO DEÓXIDO NÍTRICO INDUZIDA POR LIPOPOLIS-SACARÍDEO IN VIVO. Alexandre Giusti-Paiva,Maria Regina Martinez, Jorge VC Felix, José An-tunes-Rodrigues. Departamento de Fisiologia �FMRP-USP.

INTRODUÇÃO: O lipopolissacarídeo (LPS) é utili-zado para induzir o choque séptico experimen-tal, caracterizado pela acentuada queda de pres-são arterial e hiporesponsividade a vasoconstri-tores. O LPS provoca também o aumento da en-zima hepática 3-hidroxi-3-metilglutaril CoenzimaA (HMG-CoA) redutase, importante para a pro-dução de colesterol. Estudos in vitro demonstra-ram que um inibidor da HMG-CoA redutase po-deria inibir a produção de citocinas e NO.OBJETIVO: Avaliar o efeito da sinvastatina (inibi-dor da HMG-CoA redutase) na produção de NOinduzida por LPS in vivo.MÉTODOS: O LPS (1,5 mg/kg, ev) foi administra-do em ratos Wistar machos pré-tratados com Sin-vastastina (80 mg/kg, ip) ou veículo. Foram de-terminadas a pressão arterial média (PAM) e aconcentração plasmática de nitrato (µM) em in-tervalos de 60 min durante um período de 6horas. Ao final do experimento foi avaliada a res-posta pressora a fenilefrina (5µg/kg).RESULTADOS: O LPS provocou queda de19,3±1,9 mmHg na PAM, e um aumento nonitrato plasmático (de 14,1±1,2 para312,7±22,5 µM, p<0,001). A sinvastatina (80mg/kg) diminuiu o aumento da concentraçãoplasmática de nitrato para 164,3±14,9 µM(p<0,001 comparado com o grupo LPS). Tam-bém foi observado que o LPS diminui a respostapressora da fenilefrina (de 50,1±1,3 para35,9±2,9 mmHg, p<0,001) e a sinvastatina foicapaz de reverter essa hiporesponsividade(49,7±2,7mmHg, p<0,05).DISCUSSÃO: A sinvastatina diminui a concentra-ção plasmática de nitrato e reverte a hiporespon-sividade vascular durante o choque séptico ex-perimental.APOIO: CNPq, PRONEX e FAPESP

01.020ÓXIDO NÍTRICO (NO) NEURONAL NÃO MO-DIFICA A RESPOSTA VASOCONSTRITORA SIM-PÁTICA EM VASOS ISOLADOS DE RATOS DIA-BÉTICOS. Andréia Fernanda Carvalho Leone,Eduardo Barbosa Coelho. - Lab. Hipertensão Ex-perimental, Depto Clínica Médica, Faculdade deMedicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução e Objetivos: O NO pode modular aresposta vasoconstritora simpática através da ati-vação das sintases de óxido nítrico neuronal

(NOSn) e/ou endotelial (NOSe). Em ratos comDiabete Melito (DM) experimental há alteraçãoda biodisponibilidade do NO de origem endote-lial. Assim o objetivo deste trabalho foi o de es-tudar a influência do DM sobre a modulação doNO na resposta vasoconstritora simpática em lei-to vascular mesentérico isolado de ratos com DM(D).Métodos: A D foi induzida através de estreptozo-tocina (45mg/Kg, e.v.). A glicemia dos D foi sig-nificativamente maior que em ratos controles (C)(390 vs 120mg/dL, p<0.01). O leito arterial me-sentérico (LAM) foi isolado de C (200±5 g, n=10)e de D (180±10 g, n=9, ns) e perfundido (Krebs,37ºC, 4 ml/min) com registro contínuo da pres-são de perfusão. Após equilíbrio, estimulou-se apreparação através de eletrodo periarterial (EEP,34V, 3ms, 20s) com freqüência variável de 7-32Hz na presença ou ausência de nitroarginina(NNA 50uM) e com e sem endotélio, removidocom deoxicolato de sódio (1mg/ml; 2,5 ml �embolus�). Construiu-se curvas freqüência-efeito,calculou-se o efeito vasoconstritor máximo(Emáx) e freqüência que produziu 50% do Emáx(Fe50).Resultados: A EEP produziu respostas vasocons-tritoras freqüência-dependente semelhantes en-tre D e C. A perfusão de NNA potencializou essaresposta em C (10.3 [7.8-12.6] vs 13.8 [11.6-16.0] Hz) e em D (10.1 [8.7-11.5] vs 13.5 [11.2-15.7], Fe50, [IC 95%], com NNA vs sem NNA,P<0.05). Em contraste, a remoção do endotélioa NNA potencializou a resposta simpática ape-nas em C (10.4 [8.5-12.2] vs 12.5 [10.4-14.5]Hz, p<0.05).Conclusão: O efeito da NNA em LVM sem endo-télio sugere participação da NOSn em C. Em D oNO parece originar-se exclusivamente do endo-télio.

01.021IINVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS DE CONCEN-TRAÇÕES ELEVADAS DE GLICOSE NA REATI-VIDADE VASCULAR DE RIM ISOLADO DE CO-ELHO NÃO DIABÉTICO. Affonso, F. de S.; Cail-leaux, S.; Pinto, L.F.C.; Gomes, M.B.; Tibiriça, E. -UERJ/ FIOCRUZ.

Introdução. A disfunção endotelial decorrente doDM talvez seja o evento chave responsável pelasua morbimortalidade. Objetivo: avaliar os efei-tos agudos de concentrações elevadas de glicosena reatividade vascular.Metodologia: Rins isolados de coelhos New Zea-land foram perfundidos com solução de Krebs-Henselleit com registro da pressão de perfusão.Após três horas de perfusão com várias concen-trações de glicose (5 - 25mM) o tônus vascularfoi restabelecido com noradrenalina 10µM e areatividade vascular avaliada com curvas dose-resposta de vasodilatadores dependentes (acetil-colina) e independentes (nitroprussiato de sódio)do endotélio. Â influência da hiperosmolaridadefoi analisada com soluções de manitol 15 e 25mM.Resultados: Nos grupos com glicose 5,5 (contro-le) e 8mM não observamos diferenças significa-tivas nas respostas da Ach. Nas concentrações deglicose 12, 15 e 25mM houve redução significa-tiva nas respostas induzidas pela Ach em relaçãoao controle, atingindo uma redução máxima de50%. Não houve diferenças significativas na va-

sodilatação independente do endotélio entre osgrupos. Após a perfusão com solução de manitol15 e 25 mM, encontramos uma redução de nomáximo 25% na vasodilatação mediada peloendotélio.Discussão: Concentrações elevadas de glicose sãocapazes de provocar de forma aguda alteraçõesna vasodilatação dependente de endotélio. Par-te destas alterações é devida à elevação na os-molaridade do meio. Estes resultados sugeremque as concentrações de glicose encontradas ro-tineiramente em pacientes diabéticos já são sufi-cientes para modificar a reatividade vascular.Apoio financeiro: FIOCRUZ/ FAPERJ.

01.022INFLUÊNCIA DA TENSÃO PASSIVA INICIAL NAREATIVIDADE DE AORTA DE RATAS GRÁVI-DAS. M.R. Martinez, G. Ballejo, M.C.O. Salgado,Dep. Farmacologia, FMRP-USP

INTRODUÇÃO: A reatividade a agonistas vaso-constritores, assim como a produção �basal�deEDRFs, são determinadas, em parte, pela tensãopassiva (TP) inicial do segmento vascular. Consi-derando que ao final da gestação se observa umahiporreatividade a agentes constritores que temsido atribuída a uma maior produção �basal�deNO, neste estudo determinamos a influência daTP sobre a resposta a fenilefrina (FE) em anéis deaorta de ratas virgens em estro (NG) e ao final dagestação (G, 19-20o dia).MÉTODOS: Após período de estabilização a 0,5g de TP, os anéis de aorta com ou sem endotélio(n=7-9) eram estimulados com uma única con-centração de FE (10-7 M) e, após lavagem, a TPera aumentada. Após nova estabilização, nova-mente estimulada com FE, Este procedimento foirepetido a tensões crescentes de 0,5, 0,75, 1 e 2g . A remoção do endotélio era confirmada pelaausência de resposta a 10-7 M de acetilcolina.RESULTADOS: Em anéis de NG com endotélio, atensão ativa induzida por FE aumentou progres-sivamente com o aumento da tensão passiva (TPde 0,5 e 2 g induziram efeitos de 0,63±0,08 e0,94±0,10g, respectivamente, P<0,05). Em G,as respostas a FE foram menores que em NG,porém não foram influenciadas pela TP(0,41±0,09 e 0,48±0,08g a 0,5 e 2 g de TP).Naausência de endotélio as respostas a FE forammaiores que na presença de endotélio e não di-feriram em NG e G (1,15±0,09 e 0,94±0,19 g a2 g de TP), mas não foram afetadas pela TP. DIS-CUSSÃO: A gravidez se associa com um produ-ção aumentada de EDRFs, possivelmente NO, queabolem a influência da TP inicial sobre as respos-ta contráteis induzidas por FE.Apoio financeiro: Capes e FAPESP

01.023PHARMACOLOGICAL CHARACTERIZATION OFTHE B1 AGONIST DES-ARG9-BRADYKININ-INDUCED CONTRACTION IN RAT PORTALVEIN. Medeiros, R; Cabrini, D.A. and Calixto, J.B.Dept. of Pharmacology, UFSC, Florianópolis, SC,Brazil.

Objective: This study investigates some mecha-nisms responsible for the induction of B1 ago-nist-mediated contraction in rat portal vein (RPV)

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Farmacologia Cardiovascular e Renal XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

in vitro. Results: The incubation of the cyclooxy-genase-2 (COX-2) inhibitor, NS398 (1uM), result-ed in a significant inhibition (37±5%) in the des-Arg9-bradykinin (DABK)-induced contraction. Thesame effect was obtained with tyrosine kinase (TK)inhibitor, genistein (30uM, 57±6%) or with theprotein kinase C (PKC) inhibitor, GF109203X(30nM, 50±2%). The p38 mitogen-activatedprotein kinase (MAPK) inhibitor, SB203580 (1uM)and the MAPK extra cellular signal-regulated ki-nase 1 inhibitor, PD98059 (10uM) also signifi-cantly inhibited DABK-mediated contraction inRPV (50±5%; 47±6%, respectively). Pyrrolidinedithiocarbamate (PDTC, 10uM), an inhibitor ofnuclear factor kappa B, was also capable of in-hibiting contraction induced by DABK (54±6%).Rings obtained from animals treated with LPS(5mg/kg, iv, 12h prior), developed a further in-creased when exposed to DABK (~76%). Theprevious in vivo treatment (12h before) of ani-mals with PDTC (100mg/kg, ip) or with genistein(2.5mg/kg, sc), or with dexamethasone (Dexa,0.5mg/kg, sc, 24 and 12h) or with an associationof sublimial doses of Dexa (0.05mg/kg, sc, 24and 12h) plus PDTC (10mg/kg, ip, 12h), whichalone had no effect, all caused significant inhibi-tion of the time-dependent increase in DABK-in-duced contraction in RPV pretreated with LPS(65±7; 45±8; 50±5 and 60±8%, respective-ly). Discussion: The current results show that acti-vation of PKC and TK, co-ordinated with the acti-vation of COX-2, MAPK and nuclear factor kappaB pathways, play a critical role in modulating thetime-dependent contraction induced by B1 ago-nist DABK in the RPV in vitro. Research support-ed from CNPq, FINEP and PRONEX

01.024INTERAÇÃO ANGIOTENSINA-(1-7) E BRADI-CININA NO DIABETES MELLITUS EXPERIMEN-TAL. Oliveira, M.A.; Carvalho, M.H.C.; Nigro, D.;Tostes, R.A.; Fortes, Z.B. Depto. Farmacologia,ICB-USP, SP.

Objetivo: Estudar mecanismos envolvidos na in-teração Ang-(1-7) e BK no diabetes mellitus (DM).Métodos: O diâmetro de arteríolas mesentéricasde ratos diabéticos foi determinado utilizandomicroscopia intravital, antes e após aplicação tó-pica de BK (1 pmol) e Ang-(1-7) (100 pmol) +BK (1 pmol) em diabéticos não tratados e trata-dos com insulina aguda (Ia, 4UI/4 horas antes)ou crônica (Ic, 2UI/12 dias), tetraetilamônio (TEA90 pmol/tópico), L-NAME (10 nmol, tópico),enalapril (10 mg/kg/21 dias), SOD (0,94 unida-des, tópico) e MnTMPyP (mimético da SOD, 1nmol, tópico). Pressão de perfusão (mmHg) emleito arteriolar mesentérico perfundido in vitrocom Krebs Henseleit normal (KN) ou com exces-so de glicose (KH) foi determinada após adiçãode BK (18 pmol) e BK associada à Ang-(1-7) (2,2nmol). Perfusatos de KN e KH foram colhidos apósadição de BK, Ang-(1-7) e Ang-(1-7)+BK paradosagem de TXB2 e 6-Keto PGF1α por enzimai-munoensaio. Resultados: Reduzida vasodilataçãode BK foi corrigida pelos tratamentos Ia, Ic e ena-lapril; efeito de Ang-(1-7) sobre BK, ausente noDM, foi restaurado por Ic, SOD e MnTMPyP. TEAbloqueou efeito de Ang-(1-7) sobre BK em Ic(Tab). Ang-(1-7) potencializou o relaxamentopromovido por BK em C e D perfundidos comKN mas não em C e D perfundidos com KH. Ocor-

reu diminuição da liberação de 6-Keto PGF1α porAng-(1-7)+BK em comparação com BK em Dperfundidos com KH (1717 ± 235 vs. 3491 ± 66,8pg/mL*). Conclusões: Formação de ânion supe-róxido pode estar relacionada com perda de po-tencialização no DM. Insulina recupera ação po-tencializadora de Ang-(1-7) sobre BK no DM porhiperpolarização de membrana. Perda de poten-cialização em D perfundidos com excesso de gli-cose parece estar relacionada com a diminuiçãoda liberação de PGI2 nesses animais. Tab: Aumen-to do diâmetro arteriolar (%).

GRUPO BK Ang-(1-7) + BK

D (n=7) 2,5 ± 0,8 3,4 ± 1,0 D + Ia (n=7) 5,6 ± 0,8� 6,0 ± 0,8 D + Ic (n=11) 4,3 ± 0,2� 8,3 ± 0,5* D + Ic + TEA (n=7) 5,0 ± 0,5� 5,5 ± 0,7� D + enalapril (n=7) 5,3 ±0,3� 6,2 ± 0,2 D + SOD (n=6) 4,0 ± 0,3 6,5 ± 0,6* D + MnTMPyP (n=5) 5,3 ± 9,1 9,1 ± 1,2* *p<0,05 vs. BK; �p< 0,001 vs. BK em D; �p<0,01 vs. Ang-(1-7) + BK em D+Ic.

Apoio financeiro: FAPESP e PRONEX.

01.025INCREASE IN VASCULAR PERMEABILITY AF-TER TOPICAL APPLICATION OF TRYPOMAS-TIGOTES (Trypanosoma cruzy) IN THE HAM-STER CHEEK POUCH. Erik Svensjö and JulioScharfstein,Instituto Biofísica Carlos Chagas Filho,UFRJ.

Introduction: We have previously shown that try-pomastigotes can invade cardiovascular cells invitro by activating bradykinin receptors (B2 andB1) through the activity of cruzipain, a kinin-re-leasing cystein protease (Scharfstein et al. J ExpMed 2000; Lima et al. JBC, 2002). Studies in micerevealed that the trypomastigotes induced inflam-matory edema through B2(constitutive) early inthe infection, while the upregulated B1 receptorsubtype was mobilized as the infection progressed(Todorov et al. submitted)Intravital microscopy(IVM) of the hamster cheek pouch was used toinvestigate the molecular mechanisms underly-ing activation of the kinin cascade by T. cruzi.Methods:Hamster cheek pouches (HCPs) wereprepared for IVM with FITC-dextran as a tracerof plasma extravasation at postcapillary venules.Tissue-culture trypomastigotes (TCT, Dm28strain)were washed and the suspension was ap-plied onto HCPs which were superfused with in-hibitors of kinin-degrading peptidases (eg.ACE)and/or with selective kinin-receptor-antagonists(eg. HOE 140). Results: In most HCPs there wasan increase in plasma extravasation at 5 minreaching a maximum of 106+25 (SEM)leaks/cm2at 15 min after application in 10 hamsters treatedwith captopril.The vascular permeability increasewas reversible and the HCPs were without leaks at30 min. In another group of hamsters (n=6) HOE140 was added to superfusion together with cap-topril which resulted in almost complete inhibi-tion of leak formation or 8+3 leaks/cm2 at 10min. Discussion: Our studies indicate that intravi-tal microscopy of the HCP may prove a valuabletool to characterize how cruzipain and other pro-inflammatory parasite molecules may contributeto the kinin cascade activation by T. cruzi. Finan-cial support:WHO-TDR, Prones, FAPERJ

01.026AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA DO EFEITOVASODILATADOR DA ANGITENSINA II NOLEITO VASCULAR MESENTÉRICO (LVM) DORATO. Carvalho LCRM, Emiliano AF, Tano T, Re-sende AC e Soares de Moura R. Departamentode Farmacologia-UERJ-Rio de Janeiro.

Introdução e Objetivo: Estudos anteriores emnosso laboratório mostraram um efeito vasodila-tador induzido pela [Ileu5]-Ang II no LVM do rato,efeito este endotélio-dependente e moduladopela liberação de NO e/ou EDHF, sem envolver aativação dos receptores AT1 e AT2,. Sendo as-sim, resolvemos ampliar nossos estudos avalian-do a participação de receptores da Ang 1-7 e AngIV, como também a participação do GMPc e apossível interferência hormonal (ratos machos,ratas grávidas e não grávidas) na resposta vaso-dilatadora da Ang II. Método: Ratos (machos efêmeas/ 250-350g) foram sacrificados em câma-ra de CO2 e o LVM foi perfundido segundoMcGregor (J. Physiol, 1965) e précontraído comnorepinefrina (6-30 µM). O efeito vasodilatadorda Ang.II, Ang 1-7 (10-100 nmol), e Ang IV (10- 300nmol) foi estudado antes e após o trata-mento com A779 (1 µM), Divalinal-AngIV (300nmol) e ODQ (10 µM). Resultados: O efeito va-sodilatador da Ang II e Ang 1-7 não foi inibidopelo A779. O efeito da Ang II não foi inibidopelo Divalinal-AngIV, mas foi significativamenteinibido pelo ODQ (P<0,05). O efeito da Ang IIfoi semelhante em ratos machos e ratas grávidase significativamente maior do que em ratas nãográvidas. Conclusão: O efeito vasodilatador daAng II não envolve a participação de receptoresda Ang 1-7 e da Ang IV, mas é modulado peloGMPc e pelos hormônios sexuais. Possivelmenteeste efeito vasodilatador da Ang II participe domecanismo dos efeitos benéficos dos bloquea-dores dos receptores AT1. Apoio Financeiro: CNPQe FAPERJ

01.027AN ALTERNATIVE PATHWAY OF ANGIOTENSINII GENERATION IN THE RAT MESENTERICARTERIAL BED (MAB). MAV Caprio, CF Santos,EB Oliveira, MCO Salgado, School of Medicine,University of São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brazil

We have previously characterised an Ang II-form-ing enzyme from MAB perfusate as elastase-2. Inthe present study we examined whether [Pro11-D-Ala12]-Ang I, a synthetic peptide that has beenreported as a selective substrate for chymases, isalso cleaved by rat elastase-2 and whether thispeptides is able to generate Ang II in the rat iso-lated and perfused MAB. Elastase-2 was obtainedfrom MAB perfusate in a highly purified form bya combination of gel filtration and affinity chro-matographies. When Ang I or [Pro11-D-Ala12]-AngI were used as substrates, the enzyme cleavedspecifically the Phe8-His9 bond, generating AngII. The Ang I to Ang II conversion reaction cata-lyzed by elastase-2 was inhibited in a concentra-tion-dependent fashion by acetyl-Ala-Ala-Pro-Leuchloromethylketone, an elastase-2 inhibitor, andchymostatin. [Pro11-D-Ala12]-Ang I (140-2400pmol), Ang I (20-280 pmol), and Ang II (2-100pmol) evoked dose-dependent vasoconstrictoreffects in the isolated MAB with similar efficacy

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia Cardiovascular e Renal

that were completely abolished by the Ang II re-ceptor antagonist saralasin (50 µM). Captopril (36µM) reduced the responses to Ang I but not to[Pro11-D-Ala12]-Ang I. In the presence of both in-hibitors captopril and chymostatin (100 µM), theresponses elicited by Ang I and [Pro11-D-Ala12]-Ang I were abolished. These findings indicate that[Pro11-D-Ala12]-Ang I evokes vasoconstrictor ef-fects in isolated rat MAB due to generation ofAng II by an ACE-independent mechanism andthat MAB elastase-2 may play an important rolein generating Ang II in these resistance bloodvessels.

01.028VIA ALTERNATIVA DE GERAÇÃO DE ANGIO-TENSINA II EM AORTA E CARÓTIDA DE RATO.C. Becari, D.O. Sivieri Jr, C.F. Santos, E.B. Oliveira,M.C.O. Salgado, Dep. Farmacologia, Faculdadede Medicina de Ribeirão Preto, USP

INTRODUÇÃO: Tem sido atribuído à elastase 2,uma serino-protease, um importante papel nageração de angiotensina (Ang) II em vasos deresistência de ratos. Investigamos a existência devias alternativas à enzima conversora de Ang(ECA) em vasos de grande calibre de ratos.METODOS: Curvas concentração-resposta à AngII e aos substratos Ang I e [Pro11-D-Ala12]Ang I(PDA, não é clivado por ECA), que liberam AngII, foram obtidas na ausência e na presença doinibidor da ECA captopril (10µM) ou do antago-nista de receptores AT1 losartan (1µM) em anéisde aorta e de carótida isoladas de ratos.RESULTADOS: Em anéis de carótidas foram obti-das curvas concentração-resposta completas(n=5-7) a Ang II (10-10 a 3.10-8 M), Ang I (3.10-

10 a 10-7 M) e PDA (3.10-8 a 10-6 M). Na presençade captopril, Ang I induziu respostas contráteissomente em altas concentrações (3.10-8 a 10-6

M) embora as repostas a PDA não tenham sidoafetadas. Preparações de anéis de aorta (n=4-5)apresentaram resultados similares à carótida. Lo-sartan aboliu as respostas induzidas por Ang II,Ang I e PDA em anéis de aorta e de carótida.DISCUSSÃO: As respostas vasoconstritoras indu-zidas por PDA, substrato insensível a ECA, e porAng I na presença de captopril, indicam a pre-sença de via independente da ECA para forma-ção de Ang II, possivelmente a elastase-2. Nestascondições, no entanto, estes peptídeos foramcerca de 300 vezes menos potentes que a Ang II,sugerindo que esta via de geração de Ang II teriaum papel pouco importante em vasos de condu-ção como aorta e carótida.Apoio financeiro: Capes e Pronex.

01.029ANGIOTENSINA (1-7) POTENCIA A RESPOS-TA HIPOTENSORA DA BRADICININA. Bem,M.A.M.; Moreira, D.M.; Frassetto, L.F.; Silva, R.K.;Casaletti, S.; Häckl, L.P.N.; Nicolau, M.; Campag-noli-Santos, M.J.*; Couto, A.S. *Depto de Fisio-logia e Biofísica, ICB, UFMG, Belo Horizonte, MG.Depto de Ciências Fisiológicas, CCB, UFSC, Flori-anópolis, SC.

Objetivo: Avaliar o efeito da Angiotensina (1-7)[Ang(1-7)] sobre a resposta hipotensora da bra-dicinina (BK) e a ação do captopril (Cap) no efei-

to da [Ang(1-7)] na resposta hipotensora induzi-da pela BK. Métodos e Resultados: Utilizaram-seratos machos Wistar (200-300g). Após a aneste-sia com uretana (1,5g/ Kg, i.p.), foram canuladasas artérias carótida e femoral para injeção dedrogas e registro da pressão arterial (PA), respec-tivamente. A injeção intra-arterial in bolus dasdrogas foram feitas na seguinte seqüência: 1- BK(1 nmol/ kg), 2- BK e Ang(1-7) [0,1 pmol/ kg],mantendo um intervalo de 5 minutos entre asinjeções. Foram utilizados os mesmos métodosdo protocolo anterior para ratos tratados comCap, via oral, na dose de 100 nmol/Kg. A injeçãode BK produziu queda significativa da PAM (-11± 1 mmHg, n=10) enquanto que administra-ção simultânea de BK e Ang(1-7) [0,1 pmol/ kg]produziu uma queda significativamente maior daPAM (-16,5 ± 1mmHg, n=10). Em ratos trata-dos com Cap a injeção de BK produziu queda daPAM (-15 ± 1.5 mmHg, n=4), significante emrelação ao controle, entretanto a injeção simul-tânea de BK e Ang(1-7) [0,1 pmol/ kg] produziuuma queda da PAM (-20 ± 2.4 mmHg, n=4).Conclusão: A administração de Ang(1-7) associa-da a BK potenciou a resposta hipotensora da BKem ratos controle. O tratamento com Cap au-mentou a resposta hipotensora da BK mas a as-sociação da Ang(1-7) à BK não aumentou signifi-cativamente este efeito. Apoio Financeiro: CA-PES e CNPq/PIBIC

01.030ENHANCED HYPOTENSIVE EFFECTS OFBRADYKININ IN SEPTIC RATS: A NITRIC OX-IDE-RELATED ABNORMAL FUNCTION OF PO-TASSIUM CHANNELS. Santos, J.E. da S., Prim,R.L., Assreury, J..Dept. of Phamacology, UFSC

Introduction: Excessive production of nitric oxide(NO) has been implicated in the hyporespon-sivenes to vasoconstrictors present in septic shock.However, the changes in vasodilator responseshave been less studied. Thus, the response tobradykinin during sepsis, and its relation to NOproduction was addressed in this report.Methods ands Results: Wistar rats (180-250g)were submitted to cecal ligature and puncture(CLP), a well-accepted model of polymicrobialsepsis. After 18-48 hours the hypotensive re-sponse to bradykinin(BK), acetycholine, sodiumnitroprusside, histamine and iloprost was mea-sured. CLP animals had the length of the BK-in-duced vasodilation, but not by other vasodila-tors, substantially increased. For instance, 18 hafter CLP, effects of BK (30 nmol/kg) lasted for163.1 ± 11.8 sec, compared to 76 ± 3.6 sec incontrol animals (n=12; p<0.01).Des-arg9-BK (1-100nmol/kg) had no effects on BP.BK responseremained potentiated after treatment with des-arg9-leu8-BK (100nmol/kg), but is was abolishedby HOE-140 (100nmol/kg).Potassium channelblockers, tetraethylammonium (360µmol/kg), 4-aminopyridine (1 µmol/kg) and glibenclamide(40 µmol/kg) had no effects on BK response incontrol animals but brought CLP-potentiaded BKresponse back to control levels. The incread BKresponse was fully prevented by aminoguanidine(244 µmol/kg), given every 3 h since CLP induc-tion.Conclusion: Responsiveness to BK is greater inseptic animals. This enhancement is meated by

B2, but not by B1, receptors. In addition, thetransduction signaling activated by BK B2 recep-tors appears to shift, in a NO-dependent fashion,from a potassium channel-independent pathwayin control animals to a pathway involving potas-sium channels in CLP animals.Financial support: CNPq and PRONEX.

01.031CHRONIC EFFECTS OF ANGIOTENSIN-1 CON-VERTING ENZYME INHIBITORS (ACEI) ANDANGIOTENSIN II AT1 RECEPTOR ANTAGONISTON KININ RECEPTOR BINDING SITES IN THESPINAL CORD OF SPONTANEOUSLY HYPER-TENSIVE RATS (SHR). H.S. Buck1,2, B. Ongali2, F.Cloutier2, F. Legault3, D. Regoli4, C. Lambert3, G.Thibault5, R. Couture2. Dept. of Physiological Sci-ences1, Faculdade de Ciências Médicas da SantaCasa de São Paulo; Depts. of Physiology2, Phar-macology3 and Clinical Research Institute5, Uni-versité de Montréal, Montréal; Dept. of Pharma-cology4, Université de Sherbrooke, Québec, Can-ada.

Introduction: Part of the therapeutic effects ofACEI in the treatment of hypertension and car-diovascular diseases is due to the inhibition ofkinin metabolism. The aim of the this study wasto test the hypothesis that ACEI can also regulatethe expression of kinin receptors in the thoracicspinal cord of SHR, an important site of auto-nomic control of blood pressure. Methods: Thiswas achieved by quantitative in vitro autorad-iography of B1 and B2 receptor binding sites,using [125I]HPP-desArg10-Hoe 140 (B1 antag-onist) and [125I]HPP-Hoe 140 (B2 antagonist).SHR received from the age of 4 weeks, one ofthe two ACEI (lisinopril or zofenopril, 10 mg/kg/day) or as control for the reduction of blood pres-sure, the selective AT1 antagonist (losartan, 20mg/kg/day) in their drinking water for a periodof 4, 12 and 20 weeks. Untreated Age-matchedSHR and Wistar Kyoto rats (WKY) were used ascontrols. Results: B2 receptor binding sites werehigher in SHR than in WKY between 8 and 24weeks in most laminae while B1 receptor bind-ing sites were higher only in lamina I (LI) at 8weeks. A marked decrease of B1 receptors wasseen at 16 and 24 weeks in SHR and WKY. Thehighest densities of specific binding sites in SHRwere measured in LI for B1 (2.00; 0.51; 0.60 fmol/mg tissue) and B2 (20.14; 47.12; 24.20 fmol/mgtissue) receptors at the age of 8, 16 and 24 weeks.Moderate to low densities of specific binding siteswere measured in other laminae. When comparedto untreated SHR, ACEI (16 and 24 weeks) andAT1 antagonist (24 weeks) enhanced the num-ber of B2 but not B1 receptor binding sitesthroughout the spinal cord. At 8 weeks, the threetreatments significantly increased B1 receptors (LI)and decreased B2 receptors (LI to LIV and LX).Conclusions: Data suggest that chronic treatmentwith ACEI may potentiate the spinal effects ofkinins, increasing the number of B2 receptors. Themechanism of this up-regulation is not related tothe anti-hypertensive effects of ACEI. Ageing andACEI also appear to cause reciprocal regulationof B1 and B2 receptors in the spinal cord of SHR.Financial support: FAPESP, Canadian Institutes ofHealth Research and Republic of Gabon (B. On-gali).

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Farmacologia Cardiovascular e Renal XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

01.032ALTERAÇÃO NA REATIDADE À PHE EM CA-RÓTIDA DE RATOS APÓS TRATAMENTO CRÔ-NICO COM TRANDOLAPRIL. D. Accorsi-Men-donça1, F.M.A.Corrêa 1, A.M. de Oliveira2. 1 De-partamento de Farmacologia, FMRP-USP, 2 Labo-ratório de Farmacologia, FCFRP-USP.

Objetivos : o objetivo do presente trabalho foiverificar as conseqüências do tratamento do ini-bidor de ECA, trandolapril, sobre a reatividadepara Phe na artéria carótida de ratos.Materiais e Métodos : Ratos adultos Wistar (400-450g) foram tratados com trandolapril via ip (0,3mg/kg/dia) ou com veículo (controle) durante 6dias. Os animais foram sacrificados e as artériascarótidas comuns foram isoladas e colocadas embanho para órgão isolado. Curvas concentração-efeito foram feitas para a Phe (10-10-10-4M), napresença ou ausência de indometacina (10-5M),L-NAME (10-4M) ou endotélio, e as contraçõesisométricas foram registradas. Os resultados re-presentam a média ± EPM de 6-8 animais inde-pendentes.Resultados e Discussão: O tratamento com tran-dolapril deslocou para a direita a curva da Phe(pD2 : 6,44 ± 0,17) em relação a valores de ani-mais controle (pD2 : 8,64 ± 0,19), sem alteraçãode efeito máximo. A indometacina não alterou acurva da Phe. L-NAME ou a retirada do endoté-lio deslocou a curva da Phe para a esquerda comaumento de potência (pD2 : 7,17 ± 0,12 e 6,81± 0,17, respectivamente) e eficácia (Emáx : 0,45± 0,03 e 0,56 ± 0,04), mas sem retornar aos va-lores do grupo controle. Os resultados demons-tram que o inibidor da ECA diminui o valor depD2 da Phe em carótidas de ratos tratados comtrandolapril quando comparada ao valor do gru-po controle e o efeito de redução na potência doagonista é parcialmente mediado por NO e in-dependente de prostanóides.Apoio financeiro : FAPESP

01.033ESTRÓGENO MODULA NEGATIVAMENTE AEXPRESSÃO DE RECEPTORES AT1 DA ANGIO-TENSINA II EM RINS DE RATOS ESPONTANE-AMENTE HIPERTENSOS. Silva-Antonialli, M.M.;Fortes, Z.B; Carvalho, M.H.C.; Tostes, R.C.A.; Ni-gro, D. Depto. Farmacologia, ICB-USP-SP.

INTRODUÇÃO: Considerando que a angiotensi-na II (Ang II) exerce a maioria de suas ações napressão arterial (PA) pela interação com recepto-res AT1 e que existe dimorfismo sexual na hiper-tensão, investigamos a influência do estrógenosobre a expressão de receptores AT1 de Ang II.MÉTODOS: Para tanto foram usados ratos SHRde 16 a 18 semanas, divididos nos grupos: ma-chos, fêmeas em estro fisiológico (EF), fêmeasovariectomizadas (OVX) e fêmeas OVX tratadascom estrógeno (pellets de 50 µg de 17 β estradi-ol) por 15 dias (OVXE). A PA foi medida por ple-tismografia de cauda e para avaliar a expressãodo RNAm do receptor AT1 em rins de ratos foiusada a técnica de RT-PCR.RESULTADOS: A PA de EF (138,6±1 mmHg) foimenor que a PA de machos (154,26±4 mmHg).A ovariectomia aumentou a PA de fêmeas(164,2±2,3 mmHg) e o tratamento com estró-geno não normalizou a PA de ratas OVX

(157,6±3,9 mmHg). A expressão de RNAm dereceptores AT1 em machos foi maior que a ob-servada em fêmeas (0,42±0,12 vs 0,09±0,02). Aovariectomia aumentou a expressão destes re-ceptores (0,28±0,06) enquanto que o tratamen-to com estrógeno nas ratas OVX reduziu a ex-pressão (0,11±0,05).CONCLUSÃO: Existe dimorfismo sexual na expres-são de receptores AT1 da Ang II em rins de SHR eo estrógeno modula negativamente a expressãodestes receptores. Esta diferença na expressãodos receptores AT1 da Ang II pode contribuirpara os menores níveis pressóricos observa-dos em fêmeas.Apoio Financeiro: FAPESP, PRONEX

01.034DIFERENÇA SEXUAL NA RESPOSTA À ANGIO-TENSINA II EM MICROVASOS MESENTÉRIOSDE RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTEN-SOS (SHR). Silva-Antonialli, M.M.; Akamine,E.H.; Fortes, Z.B; Carvalho, M.H.C.; Tostes, R.C.A.;Nigro, D. Depto. Farmacologia, ICB-USP-SP.

INTRODUÇÃO: Tem sido observado diferença napressão arterial entre machos e fêmeas SHR. AAng II tem importante papel na regulação da PAe exerce suas funções principalmente pela ativa-ção de receptores AT1. O objetivo deste trabalhofoi estudar se existe diferença sexual na respostaà Ang II em microvasos mesentéricos e avaliar aexpressão de receptores AT1 da Ang II.MÉTODOS: Foram usados machos, fêmeas emestro fisiológico (EF) e fêmeas ovariectomizadas(OVX). O diâmetro de arteríolas mesentéricas foideterminado utilizando microscopia intravital,antes e após aplicação tópica de angiotensina II(Ang II). Para avaliar a expressão de RNAm dereceptores AT1 foi usada técnica de RT-PCR.RESULTADOS: Machos apresentaram PA maiorque fêmeas EF (154,26 vs 138,6±1 mmHg) e asratas OVX apresentaram PA (164,2±2,3 mmHg)semelhante a PA de machos. Arteríolas mesenté-ricas de machos foram mais sensíveis à Ang II nadose de 10-8 M que EF (99,78±0.17 vs13,8±1,67). A ovariectomia aumentou a sensibi-lidade das artérias mesentéricas à Ang II obser-vada nas ratas OVX aumentou a sensibilidade àAng II (62,07±17,89) a qual não diferiu signifi-cativamente da resposta observada em machos.A expressão de RNAm de receptores AT1 emmesentérios de machos foi maior que EF(0.53±0.42 vs 0.16±0.05).CONCLUSÕES: Os hormônios ovarianos modulama reatividade mesentérica à Ang II. A maior ex-pressão de receptores AT1 pode contribuir paramaior resposta à Ang II e maiores níveis de PAobservados em machos.Apoio Financeiro: FAPESP, PRONEX

01.035EFEITO DO AUMENTO NA CONCENTRAÇÃOPLASMÁTICA DE HOMOCISTEINA SOBRE AREATIVIDADE À BRADICININA EM CARÓTI-DAS DE RATOS. 1Bonaventura D, 1Tirapelli CR,3Haddad R, 3Höehr NF, 4Eberlin MN, 2De Olivei-ra AM. - 1Dep. Farmacologia, FMRP-USP. 2Lab.Farmacologia, FCFRP-USP. 3Fac. Ciências Médicas.,UNICAMP. 4Ins. Química, UNICAMP.

Introdução: : O aumento na concentração plas-mática de homocisteína promove alteração vas-cular. O objetivo do presente trabalho é estudaros efeitos do aumento na concentração de ho-mocisteína plasmática sobre a reatividade à bra-dicinina (Bk), em carótida de ratos.Métodos e Resultados: Ratos Wistar foram trata-dos com DL-metionina (2g/Kg/dia) por 8 sema-nas. Após tratamento fez-se o estudo da reativi-dade e dosagem de homocisteína plasmática.Foram realizadas curvas, após pré-contração comfenilefrina (10-7 M), para acetilcolina (Ach) (10-10

a 10-5 M), Bk (10-10 a 10-5 M) e Bk (10-10 a 10-5 M)após incubação com indometacina (10-5 M). Ascurvas concentração-efeito acima citadas foramobtidas de registros de tensão isométrica em cu-bas para órgão isolado.O tratamento aumentou a concentração plasmá-tica de homocisteína (12,54±0,27), em relaçãoao controle(7,49±0,32). Não ocorreu alteraçãode efeito máximo (Emax: % relaxamento) e pD2(-log EC50) para a Ach em carótidas isoladas deratos tratados, quando comparado ao controle.O Emax da Bk foi menor significativamente emcarótidas de animais tratados (41,72±1,30) quan-do comparadas com o controle (53,51±2,99).Após incubação com indometacina não houvediferença nos valores de Emax e pD2 da Bk emcarótida de ratos tratados (74,00±3,85), com re-lação ao controle (74,33±2,92).Conclusão: a homocisteína reduz o relaxamentomáximo da Bk por aumentar a síntese de produ-tos do ácido araquidônico.Apoio financeiro: FAPESP.

01.036EFEITO DO AUMENTO NA CONCENTRAÇÃOPLASMÁTICA DE HOMOCISTEINA SOBRE AREATIVIDADE VASCULAR À ANGIOTENSINAII EM RATOS. 1Bonaventura D, 1Tirapelli CR,3Haddad R, 3Höehr NF, 4Eberlin MN, 2De Olivei-ra AM.1Dep. Farmacologia, FMRP-USP. 2Lab. Farmaco-logia, FCFRP-USP. 3Fac. Ciências Médicas., UNI-CAMP. 4Inst. Química, UNICAMP.

Introdução: O aumento na concentração plasmá-tica de homocisteína promove alteração vascu-lar. O objetivo do presente trabalho é estudar osefeitos do aumento na concentração de homo-cisteína plasmática sobre a reatividade à angio-tensina II (Ang II).Métodos e Resultados: Ratos Wistar foram trata-dos com DL-metionina (2g/Kg/dia) por 8 sema-nas e realizou-se então curvas para cloreto depotássio (KCl) (10�90 mM), Ang II (10-12 a 10-7,5

M) antes e após incubação com indometacina(10-

5 M) e Ang I (10-12 a 10-7 M). As curvas concen-tração-efeito foram obtidas de registros de ten-são isométrica.Após o tratamento com DL-metionina a concen-tração plasmática de homocisteína foi de7,49±0,32 para 12,54±0,27 µM. O tratamentonão alterou o efeito máximo (Emax: g/mg) e pD2(-log EC50) do KCl em artérias de ratos tratadoscomparado ao controle. O Emax da Ang II emcarótidas de ratos tratados foi 0,75±0,05 e con-trole 0,41±0,04. O Emax da Ang II, após incuba-ção com indometacina, não foi diferente em ca-rótida de ratos tratado e controle. O Emax daAng I em carótida de ratos tratados foi 0,50±0,05e controle 0,71±0,05. Em aorta de animais tra-

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tados o Emax da Ang II foi 6,55±0,47 e controle4,30±0,40, enquanto o Emax da Ang I foi1,45±0,11 e 3,58±0,25 respectivamente.Conclusão: a homocisteína aumenta o Emax daAng II por reduzir a atividade da ECA e aumen-tar a síntese dos produtos do ácido araquidôni-co. Esta alteração independe do leito arterial es-tudado.Apoio financeiro: FAPESP.

01.037ENHANCED OXIDATIVE STRESS AS A POTEN-TIAL MECHANISM UNDERLYING THE PRO-GRAMMING OF HYPERTENSION IN UTERO.Franco MCP; Dantas APV; Akamine EH; OliveiraMA; Kawamoto EM; Fortes ZB; Scavone C; TostesRCA; Carvalho MHC; Nigro D. Department ofPharmacology, Institute of Biomedical Science,University of São Paulo.

Intrauterine undernutrition can contribute to thedevelopment of cardiovascular disorders, includ-ing coronary heart disease, hypertension andstroke. In almost all of these disorders, there is aloss of endothelial production and/or biovailabil-ity of NO. Increased oxidative stress, in rats sub-mitted to intrauterine undernutrition, provides apotential explanation for the endothelial dysfunc-tion development. The aim of this study was todetermine the oxidative stress and its consequenceon mesenteric arteriolar responses to vasoactiveagents in offspring submitted to intrauterine un-dernutrition. For this, female pregnant Wistar ratswere fed either normal or 50% of normal intakediets, during the whole gestational period. In maleoffspring, arterial blood pressure was determinedbefore and after antioxidant treatments by thetail cuff method. Arteriolar diameter was mea-sured in vivo by intravital microscopy before andafter application of bradykinin (BK), acetylcho-line (ACh) or sodium nitroprussite (SNP) in theabsence or presence of superoxide dismutase(SOD), SOD mimetic, oxypurinol (xanthine-oxi-dase inhibitor) or apocynin (NADPH-oxidase in-hibitor). BK and ACh responses were also evalu-ated after treatments with ascorbic acid (150 mg/Kg/day for 15 days, by gastric gavage) or alpha-tocopherol (350 mg/Kg/day for 15 days, by gas-tric gavage). Vascular SOD activity was determinedspectrophotometrically. Superoxide anion gener-ation was studied by hydroethidine microfluo-rography method. Intrauterine undernutritioninduced hypertension, decreased vasodilation toACh (4.53 ± 0.4 vs. 10.3 ± 0.4%, P<0.05) andBK (5.87 ± 0.6 vs. 10.85 ± 0.9%, P<0.05) butdid not alter the responses to SNP. Topical appli-cation of SOD, SOD mimetic and apocynin signif-icantly improved the altered arteriolar responsesto ACh and BK, whereas oxypurinol did not mod-ify the responses to these agents. A decreasedsuperoxide dismutase activity (0.15 ± 0.02 vs.0.27 ± 0.04 U/mL, P<0.05) and an increasedsuperoxide anion concentration (22.35 ± 5.6 vs.2.51 ± 1.4%, P<0.05) were observed in the off-spring of diet-restricted dams. Antioxidant treat-ments reduced blood pressure levels, improvedvascular function and decreased superoxide an-ion generation in offspring submitted to intrau-terine undernutrition. This study shows for thefirst time that intrauterine undernutrition en-hanced oxidative stress, and this is associated withincreased activation of NADPH-oxidase and de-creased SOD activity. Financial Support: FAPESP

01.038ESTUDO DA FUNÇÃO GLOMERULAR E TUBU-LAR DE RATOS INDUZIDOS AO DIABETESMELLITUS - EFEITO DO D-αTOCOFEROL. Ra-daeli, R.F.; Barbosa, F.T.; Zaladek Gil, F; Gomes,G.N., Departamento de Fisiologia, UNIFESP.

Objetivos: Estudar em animais diabéticos o efei-to do D-α-tocoferol sobre a função glomerular,função tubular e excreção renal total de ácidos,visto que nos animais diabéticos estes paramêtrosencontram-se alterados, e a possível normaliza-ção destes com o uso de D-α-tocoferol seria deextrema importância.Métodos/Resultados: Ratos Wistar foram dividi-dos em 4 grupos experimentais: controle (C), con-trole tratado com D-α-tocoferol (C+T), diabéti-co (D), diabético com D-α-tocoferol (D+T). Osanimais dos grupo (C+T) e (D+T) receberam D-α-tocoferol (10mg/300g) em dias alternados por30 dias. No 31° dia, os animais foram prepara-dos para o experimento. Foram avaliados o rit-mo de filtração glomerular (RFG), fluxo plasmá-tico renal (FPR), fração de filtração (FF%) excre-ção fracional de sódio (FENa+) e potássio (FEK+)e excreção de ácidos (EA). Valores expressos comomédias±EP, n° de amostras entre parenteses, sig-nificância: p<0,05 * vs C; # vs D.

RFG ml/min/kg

FPR ml/min/kg

FENa+ %

FEK+ %

EA uEq/min/kg

C (24) 7,17±0,42 19,97±1,87 1,65±0,59 20,78±1,38 4,52±0,20 C+T (22) 4,20±0,42* 12,98±0,98* 0,59±0,09* 68,70±9,69* 3,94±0,28 D(25) 7,74±0,45 16,53±1,59 0,38±0,07* 23,68±1,41 6,79±0,63* D+T (38) 3,94±0,20# 12,13±0,75* 0,58±0,05* 69,31±4,49* 4,03±0,24#

Conclusões: O tratamento com D-α-tocoferol oca-sionou queda no RFG e no FPR tanto nos animaisC como nos D; provocou aumento na excreçãode K+ e causou uma normalização na excreçãode ácidos em D+T. Outros parâmetros devem seravaliados para a verificação dos possíveis efeitosbenéficos do tratamento com D-α-tocoferol nosanimais diabéticos.Apoio Financeiro: FAPESP.

01.039REPERCUSSÃO DO DIABETES MELLITUS GES-TACIONAL SOBRE A MORFOLOGIA RENAL DAPROLE-ESTUDO EXPERIMENTAL EM RATOS.Rocha, S.O.; Barreto, V.; Zaladek Gil, F; Gomes,G.N., Departamento de Fisiologia, UNIFESP

O objetivo deste trabalho é averiguar em ani-mais a influência de Diabetes Mellitus (DM) du-rante a gestação sobre morfologia renal e o de-senvolvimento da prole.Ratos Wistar fêmeas adultas, pesando entre 180-240g, controles ou induzidas ao DM, com inje-ção única de streptozotocina (60 mg/kg),foramcolocadas para cruzar. Após o nascimento dos fi-lhotes foram feitos os seguintes grupos experi-mentais: CR-controle recém nascido (RN); DR-filhos de mães diabéticas RN; C3- controle com 3meses de idade; D3-filhos de mães diabéticas com3 meses de idade. Na análise morfológica foramavaliados: área glomerular, diâmetro glome-rular e número de glomérulos por campo. Ocrescimento foi avaliado pelo peso corporal.Os dados estão apresentados como média ±erro padrão, estando o número de medidasentre parênteses; dados submetidos à análisede variância. Nível de significância: p<0.05;* vs CR; • vs DR; # vs C3

Área glomerular

µ2

Diâmetro médio

µ

N° de glomérulos/

campo Peso corporal

CR 3303± 51.6 (388)

62,4±3,16 (388)

7,78±0,287 (50)

6,66 ± 0,22 (20)

DR 3345±58.5 (398)

62,7±0,58 (398)

7,96±0,182 (50)

5,94±0,10 (28)

C3 7450±109* (297)

94± 0,80* (297)

6,7±0,281 (20)

287,94 ± 5,30* (17)

D3 9394±132 • # (272)

106,4±0,84•# (272)

5,52±0,225 (50)

271,66 ±3,11• (9)

Com relação à morfologia renal, não observa-mos alterações significantes ao nascimento; en-tretanto houve uma hipertrofia glomerular aos 3meses de idade, processo este que pode resultarem esclerose glomerular numa fase mais tardia.A presença de hiperglicemia durante a gestaçãopode possivelmente alterar o desenvolvimentorenal neste período.

01.040THE ROLE OF GONADAL HORMONES ON THEVASCULAR ADAPTIVE RESPONSE TO STRESSIN MALE RATS. Lanza, JR.U.**, Cordellini, S.Depto. Farmacologia-IB-UNESP-Botucatu-SP-Bra-sil

Introduction: The literature reports a decrease tonoradrenaline (NA) and an increase to acetylcho-line in the response of aorta from stressed malerats. Objective: To investigate the role of gonadalhormones in the vascular adaptive response tostress (2-h immobilization). Methods: Curves toNA were obtained in aorta, with (+E) and with-out (-E) endothelium from castrated (OQX) or not(control) male rats, submitted or not to stress. Ace-tylcholine (ACh, 10-6 M) and sodium nitroprusside(NP, 10-4 M) were added at the end of the curvesto NA. Results: The results are expressed by mean± SEM. Number of animals 5-12. Comparisontests: ANOVA and Tukey-Kramer. P < 0,05 wasconsidered statistically significant.

Noradrenaline Maximum Response

(g tension)

Acetylcholine % Relaxation

Sodium Nitroprusside % Relaxation

Rats E Normal Stressed Normal Stressed Normal Stressed

Control + -

3.8 ± 0.2a

5.7 ± 0.3b

2.8 ± 0.1c

4.6 ± 0.5b

24.5 ± 2.8a

-

32.5± 1.4b

-

95.0 ± 2.4a

93.0 ± 3.2a

98.0 ± 1.4a

88.0 ± 4.1a

OQX + -

5.9 ± 0.3b

5.8 ± 0.4b 4.8 ± 0.2d

5.6 ± 0.2b 10.0 ± 1.4c

- 30.0 ± 2.2ab

- 75.0 ± 6.0b

77.0 ± 6.1b 86.0 ± 8.0ab

82.0 ± 5.1ab

Means values sharing a common superscript were not statistically different (p > 0.05).

Conclusions: 1) the vascular adaptive responseto stress is independent of gonadal hormones.Supported by FAPESP

01.041VASCULAR ADAPTIVE RESPONSE TO STRESSIN FEMALE RATS: ROLE OF GONADAL HOR-MONES. Lanza, JR.U.**, Cordellini, S. Depto.Farmacologia-IB-UNESP-Botucatu-SP-Brasil

Introduction: The literature reports a decrease tonoradrenaline (NA) and an increase to acetylcho-line in the response of aorta from stressed malerats. Objectives: To investigate 1) the vascular re-sponse to vasoactive agents in female rats sub-mitted to stress (2-h immobilization) and 2) therole of gonadal hormones in the vascular adap-tive response to stress. Methods: Curves to NAwere obtained in aorta, with (+E) and without (-E) endothelium from castrated (OVX) or not (con-trol) female rats, submitted or not to stress. Ace-tylcholine (ACh, 10-6 M) and sodium nitroprusside

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Farmacologia Cardiovascular e Renal XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

(NP, 10-4 M) were added at the end of the curvesto NA. Results: The responses to NP were not al-tered by both stress and OVX. The results are ex-pressed by mean ± SEM. Number of animals 6-14. Comparison tests: ANOVA and Tukey-Kram-er. P < 0,05 was considered statistically signifi-cant.

Noradrenaline Maximum Response

(g tension)

Acetylcholine % Relaxation

Rats Endothelium Normal Stressed Normal Stressed

Control with

without

3.18 ± 0.26a

5.60 ± 0.77b 2.39 ± 0.41c

4.61± 0.14b

16.42 ± 2.74a 32.8 ± 3.94b

OVX with

without 4.92 ± 0.22b

5.76 ± 0.41b 3.28 ± 0.27a

4.73 ± 0.59ab 11.12 ± 3.68c 31.27 ± 5.0b

Means values sharing a common superscript were not statistically different (p > 0.05). Endothelium removal abolished the ACh response.

Conclusions: 1) there is no sexual diergism on thevascular adaptive response to stress in rats and 2)the vascular adaptive response to stress in femalerats is independent of gonadal hormones.Supported by FAPESP

01.042EFEITO DO 17-β ESTRADIOL ANTES E APÓSLESÃO POR COLAR DE SILICONE, SOBRE AREATIVIDADE À ENDOTELINA-1 EM CARÓTI-DAS. 1Fukada, SY; 2de Oliveira, AM. 1Depto deFarmacologia. FMRP-USP. 2Lab. de Farmacologia.FCFRP-USP.

Introdução: a lesão vascular por colar de siliconepromove alterações morfológicas que alteram areatividade. O 17-β estradiol, atua por diferen-tes mecanismos. O objetivo foi estudar o efeitodo 17-β estradiol administrado antes e após ainstalação da lesão sobre a reatividade à endote-lina-1 (ET-1).Métodos e resultados: Ratas Wistar fêmeas ova-riectomizadas foram divididas em 4 grupos. Umgrupo recebeu cápsula com veículo ou 17-β es-tradiol (subcutâneo) 7 dias antes da lesão porcolar de silicone. Outro, recebeu a cápsula, 7 diasapós lesão. Foi realizado cirurgia fictícia e implantede cápsula contendo veículo ou 17-β estradiolantes ou após cirurgia (grupos controles). Estu-damos a reatividade das carótidas em todos osgrupos por meio de curvas concentração-efeitopara ET �1 (10-12-10-7) obtidas de registros detensão isométrica.Quando administrado veículo antes da cirurgia,o Emax (gramas) da ET-1 foi menor em carótidaslesada (0,30 ± 0,05) que na contralateral (0,62± 0,05). Após pré-tratamento com estradiol oEmax da ET-1 em carótida lesada foi de (0,45 ±0,04) e na contralateral (0,76 ± 0,05). Houveredução do Emax da ET-1 nas carótidas lesadas(0,25 ± 0,03) comparada à contralateral (0,58 ±0,05) tratadas com veículo após lesão. Após tra-tamento com 17-β estradiol o Emax da ET-1 foide 0,50 ± 0,06 na artéria lesada e 0,64 ± 0,05 nacontralateral. Não houve diferença nos valoresde pD2 da ET-1 nas artérias dos demais grupos.Conclusão: o estrógeno antes ou após lesão me-lhora a reatividade à ET-1, por um mecanismoainda não elucidado.Apoio financeiro: FAPESP.

01.043DIFERENÇAS SEXUAIS E EFEITO DOS HORMÔ-NIOS OVARIANOS NAS ALTERAÇÕES ESTRU-TURAIS EM ARTÉRIAS DE RATOS DOCA-SAL.Montezano ACI1, Mota AL2, Fortes ZB, CarvalhoMHC, Zorn TMT2, Tostes RCA. Deptos de Farma-cologia1 e de Histologia2, ICB-USP, SP, Brasil.

INTRODUÇÃO: Ratos DOCA-sal apresentam alte-rações vasculares estruturais (AVE), como hiper-trofia e remodelamento. As fêmeas (F) apresen-tam hipertensão menos severa que os machos(M), o que pode estar relacionado aos efeitoscardioprotetores dos hormônios ovarianos. OB-JETIVOS: Avaliar 1) possíveis diferenças nas AEVem M e F DOCA-sal, 2) a influência dos hormôni-os ovarianos sobre as AVE. MÉTODOS: Ratos Wis-tar M e F uninefrectomizados controles (C) eDOCA-sal foram utilizados. As F foram ovariecto-mizadas (OVX) e tratadas ou não cronicamentecom estrógeno (E, 0,1 mg/pellet). A pressão ar-terial (PA) foi avaliada por método indireto. Sec-ções das artérias aorta (A) e mesentérica (Me)foram utilizadas para análise morfológica. RESUL-TADOS: Na hipertensão DOCA-sal, M apresen-tam PA mais elevada (189±5 mmHg) e hipertro-fia vascular mais severa (espessura da camadamédia ECM (µm) = A: 135±7, Me: 85±3 DOCAvs. A: 74±3, Me: 50±5 C p<0,05) que F (170±4mmHg e ECM = A: 95±4, Me: 70±8 DOCA vs.A: 79±3, Me: 62±2) C). A diminuição crônica daPA em M (154±10 mmHg) não atenuou as AVE(ECM= A:112±5, Me:96±4). A OVX aumentou aPA nas F DOCA-sal (186±5 mmHg) e as AVE(ECM= A: 104±5; Me: 80±3 p<0,05), mas nãonas F controle (120±2 mmHg e ECM= A: 76±2;Me: 59±2). O E restabeleceu os valores de PA nasF DOCA-sal (172±4 mmHg), porém não norma-lizou as AEV (A: 117±3 µm, Me: 89±3 µm). CON-CLUSÃO: 1) M DOCA-sal apresentam AEV maisseveras que não estão relacionadas aos valoresde PA, 2) Em F o E modula a PA, mas não as AVE.Suporte financeiro: CNPQ, FAPESP

01.044LESÕES RENAIS EM RATOS DOCA-SAL: DI-MORFISMO SEXUAL E CONTRIBUIÇÃO DOSHORMÔNIOS OVARIANOS. Montezano ACI1,Leite SM, Mota AL2, Fortes ZB, Nigro D, CarvalhoMHC, Zorn TMT2, Tostes RCA. Deptos de Farma-cologia1 e de Histologia2, ICB-USP, SP, Brasil.

]INTRODUÇÃO: Ratos DOCA-sal apresentam al-terações renais funcionais e estruturais caracteri-zadas por glomeruloesclerose, crescimento celu-lar anormal, alterações vasculares e fibrose. OB-JETIVOS: Avaliar 1) a presença de dimorfismosexual nas lesões renais em ratos DOCA-sal, 2) oefeito da ovariectomia (OVX) e reposição hormo-nal com estrógeno (E) sobre as lesões renais.MÉTODOS: Ratos Wistar M e F uninefrectomiza-dos controles e DOCA-sal foram utilizados. As Fforam ovariectomizadas (OVX) e tratadas ou nãocronicamente com E (0,1 mg/pellet). A pressãoarterial (PA) foi avaliada por método indireto.Cortes histológicos de rim foram utilizados paraanálise morfológica qualitativa. RESULTADOS: 1)M DOCA-sal apresentam lesões renais mais seve-ras que F (Tabela 1). 2) O tratamento crônico

com hidralazina (H) não atenuou as lesões re-nais. 3) A OVX aumentou as lesões renais emDOCA-sal, mas não em controle. 4) O E não nor-malizou as lesões renais. CONCLUSÃO: 1) Lesõesrenais mais severas ocorrem em M DOCA-sal, 2)A OVX agrava as lesões renais, mas o E não foicapaz de normalizá-las. Suporte financeiro: CNPQTabela 1: Lesões renais em ratos DOCA-sal.

Ratos DOCA-sal

Parâmetros analisados F OVX E M H

alteração tubular * * * * *

glomeruloesclerose * ** *** **** **

perda de cápsula * ** ** **** **

colóides * ** *** **** **

alteração vascular * ** *** **** *** O número de * é diretamente proporcional à intensidade das alterações vs respectivos controles

01.045EFEITO DO HALOTANO SOBRE A SENSIBILI-DADE DA AORTA TORÁCICA DE RATOS À FE-NILEFRINA. Hipólito MD*1, Pafaro R*1, Mar-condes FK2, Moura, MJCS1. 1Lab Fisiologia, FacBiologia / PUC-Campinas - SP. 2Depto CiênciasFisiológicas, FOP/UNICAMP, Piracicaba - SP.

Introdução: O sacrifício de animais com halota-no é um método eticamente correto e apresentavantagens metodológicas em relação a métodosfísicos. Avaliamos o efeito da inalação de halota-no sobre a sensibilidade à fenilefrina (FE) em aortatorácica de ratos, comparando-o ao método desacrifício por concussão cerebral. Métodos: Ra-tos Wistar, 3 meses de idade, foram divididos emdois grupos segundo o método de sacrifício: con-cussão cerebral. (n=5) e inalação de halotanopor 40-50 s (n=6). Após o sacrifício, foram reti-rados dois anéis da aorta torácica, um dos quaisteve sua superfície interna massageada para reti-rada do tecido endotelial. Após estabilização, aintegridade funcional do endotélio foi avaliadafarmacologicamente (ACh após pré-contraçãocom FE) e uma curva concentração-efeito à FEfoi obtida. Os dados foram analisados por teste tde Student não pareado (concussão vs halotano)ou pareado (endotélio íntegro vs endotélio au-sente). Resultados: Não houve diferenças signifi-cativas na resposta máxima à FE entre os gruposanalisados. Também não houve diferença emanéis com (concussão pD2=7,21±0,05 vshalotano=7,17±0,14;p>0,05) ou sem endoté-lio (concussão=7,74±0,12 vs halotano = 7,98± 0,17,p>0,05). Nos dois grupos, na ausênciado endotélio o tecido apresentou maior sensibi-lidade à FE, em relação ao tecido com endotélioíntegro (p<0,05). Discussão: O halotano não al-terou a resposta contrátil da aorta torácica deratos. Foi relatado que este anestésico altera asensibilidade vascular a agentes vasoativos, invitro, quando o mesmo é adicionado ao líquidode incubação do tecido em estudo. Porém nos-sos dados indicam que os efeitos desta substân-cia dependem do tempo e forma de exposiçãodo tecido vascular. FAPESP, FAEP/UNICAMP.

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia Cardiovascular e Renal

01.046EFFECTS OF THE DIETHYLPROPION TREAT-MENT ON THE VASODILATION INDUCED BYENDOTHELIUM-DEPENDENT AND INDEPEN-DENT AGENTS. Bispo da Silva, L.B., Cordellini,S., Department of Pharmacology, IB, UNESP-Botu-catu-SP.

Introduction: Diethylpropion (DEP) determinescardiovascular alterations with severe side effects,similar to those produced by other amphet-amines. Data from our laboratory showed thatDEP treatment induces a hyporeactivity to nora-drenaline (NA), dependent on both endotheli-um and nitric oxide-system. The objective was toinvestigate if the vascular adaptive response toDEP treatment is a specific phenomenon to vaso-constrictor agents. Methods and Results: Wistarrats were treated with DEP (15 mg/kg/day, i.p.)or saline (SAL), for 14 days. Cumulative concen-tration-effect curves (CCEs) to sodium nitroprus-side (NP) and acetylcholine (ACh) were obtainedin aorta with (+E) and without (-E) endothelium(n=5-9). The maximum relaxation (MR, %) andthe EC50 values to NP and ACh were evaluated.The DEP treatment did not altered either the MRof aorta to NP (100% of relaxation, in aorta +Eand -E) or the MR to ACh (SAL+E: 85.81±2.81;DEP+E: 89.32±4.32; p>0.05). The endotheli-um removal abolished the relaxation response toACh. The EC50 values to NP and ACh were notaltered (data not show). Discussion: The vascularadaptive response induced by DEP treatmentseems to be a specific phenomenon to vasocon-strictor agents, and probably involves alterationson drug-receptor interaction and/or signal trans-duction in the endothelial cells.Supported by: FAPESP

01.047PROSTAGLANDINS DO NOT PARTICIPATE INTHE VASCULAR ADAPTIVE RESPONSE IN-DUCED BY DIETHYLPROPION TREATMENT INRAT: A REVERSIBLE PHENOMENON. Bispo daSilva, L.B., Cordellini, S., Department of Pharma-cology, IB, UNESP-Botucatu-SP.

Introduction: Diethylpropion (DEP) determinescardiovascular alterations with severe side effects,similar to those produced by other amphet-amines. Data from our laboratory showed thatDEP treatment induces a hyporeactivity to nora-drenaline (NA), dependent of the endotheliumand nitric oxide. However, the participation ofprostaglandins and the reversibility of the phe-nomenon stay to be determined and were inves-tigated in this study. Methods and Results: Wistarrats were treated with DEP (15 mg/kg/day, i.p.)or saline (SAL), for 14 days. Cumulative concen-tration-effect curves (CCEs) to NA were obtainedin aorta with (+E) and without (-E) endotheli-um, in the presence or absence of indomethacin(Indo, 10-5 M: n=5-15). CCEs were also obtainedin the 2nd and 7th days of withdrawal (n=5-10).The maximal responses, tension (g), to NA wereevaluated. The DEP treatment induced a hypore-activity to NA that was abolished by the endot-helium removal (SAL+E: 4.10±0.23; DEP+E:2.95±0.18; p<0.05; SAL-E: 6.23±0.47; DEP-E:5.92±0.29; p>0.05) but not by the presence ofIndo (SAL+E: 4.19±0.47; DEP+E: 2.87±0.22;

p<0.05; SAL-E: 5.62±0.33; DEP-E: 5.82±0.38;p>0.05). The hyporeactivity to NA was revers-ible from the 2nd day of DEP withdrawal (datenot show). Discussion: DEP treatment determinesa reversible vascular adaptive response to NAdependent on the endothelial function alterationsthat do not involve changes in the synthesis and/or release of prostaglandins.Supported by: FAPESP

01.048REST BRADYCARDIA INDUCED BY TREAD-MILL TRAINING DOES NOT INVOLVE ALTER-ATIONS IN ADENOSINE RECEPTORS IN RATRIGHT ATRIA. Priviero, FBM; de Nucci, G; An-tunes, E; Zanesco, A. Dept Physical Education,Paulista State University, Rio Claro; Dept Phar-macology, University of Campinas, Campinas,Brazil.

Objective: Endogenous adenosine is known toproduce negative chronotropic responses. Endur-ance training induces a rest bradycardia and theunderlying mechanisms are not completely un-derstood yet. The aim of this work is to evaluatethe potency of CPA, NECA and IB-MECA in iso-lated right atrium from treadmill trained rats (TR).Methods: Wistar male rats were submitted to runtraining for 4 and 8 weeks, five days a week,during 60 minutes. The right atria were isolatedand concentration-response curves to CPA, NECAand IB-MECA, an A1, A2 and A3 adenosine re-ceptor agonists, respectively, were obtained.Blood pressure and heart rate were also evaluat-ed. Results: After 8 weeks of run training where-as a significant reduction in the rate heart wasseen (CTL: 386 + 19 vs TR: 294 + 18 bpm).Neither blood pressure nor potency of CPA, NECAand IB-MECA were affected by run training pro-gram. Otherwise, the maximal responses to CPAwere increased after 4 weeks of run training (CTL:-166 + 9 vs TR: -207 + 15 bpm) and reducedafter 8 weeks of training (CTL: -153 + 12 vs TR:-130 + 9 bpm). Conclusion: Our findings showthat treadmill run training for 8 weeks induces adecrease in the rest heart rate without changingon the negative chronotropic responses mediat-ed by adenosine receptors in rat isolated rightatria. Financial Support: FAPESP

01.049SUPERSENSIBILIDADE AO EFEITO CRONO-TRÓPICO DA ADRENALINA EM RATAS SUB-METIDAS A ESTRESSE POR NATAÇÃO NOMETAESTRO. Tanno, AP*, Bianchi, FJ, Marcon-des, FK. Depto Ciências Fisiológicas, FOP/UNI-CAMP.

Introdução: A natação induziu supersensibilida-de à noradrenalina em átrios direitos (AD) de ratasna fase de proestro, sem alteração nas demaisfases do ciclo. Os sistemas de metabolização pa-recem estar envolvidos neste efeito. O objetivodeste estudo foi avaliar a sensibilidade à adrena-lina (ADR) de AD de ratas submetidas ao estresseagudo. Métodos: Ratas Wistar, 3 meses de idade,nas fases de proestro, estro, metaestro e diestroforam submetidas a uma sessão de 50 min denatação, após a qual foram sacrificadas. No AD

destes animais (n=6), e de ratas controles (n=5),foram obtidas de curvas concentração-efeito(CCE) à adrenalina, antes e após o bloqueio invitro dos sistemas de metabolização das cateco-laminas (fenoxibenzamina + estradiol). Os da-dos foram analisados por ANOVA bifatorial. Re-sultados: Não houve alteração de sensibilidadeentre o grupo submetido à natação e o respecti-vo controle. Após inibição dos processos de me-tabolização das catecolaminas, foi observada su-persensibilidade à ADR em átrios isolados de ra-tas em metaestro estressadas (pD2: 7,64±0,05,p<0,05), em relação aos respectivos controle(pD2: 7,31±0,03), sem alteração nas demaisfases do ciclo estral. Discussão: Durante o meta-estro, a supersensibilidade à ADR induzida pornatação parece envolver alterações pós receptorou no adrenoceptor. O ciclo estral influencia asalterações de sensibilidade adrenérgica, assimcomo nos mecanismos que as determinam. FA-PESP, FAEP/UNICAMP.

01.050EFFECTS OF STRESS ON MACRO AND MI-CROVESSLS REACTIVITY AND BASAL ARTERI-AL PRESSURE OF RATS: ROLE OF NITRIC OX-IDE. Vinha DS1; Cordellini S2.1 D e p t o . F a r m a c o l o g i a - U N O E S T E -Pres.Prudente.2Idepto. Farmacologia-IB-UNESP-Botucatu. SP-Brasil

Introduction and goal: The basal arterial pressure(BAP) and vascular reactivity to noradrenaline(NA) and acetylcholine (ACh) were investigatedin normal (NR) and stressed (SR; 2 hours-immo-bilization) rats. Methods: Concentration-effectcurves to NA were obtained in mesenteric vascu-lar bed (MVB) and thoracic aorta with (+E) andwithout (-E) endothelium, isolated from NR andSR rats. The experiments with aorta were per-formed in presence or absence of indomethacinand L-NAME BAP was obtained in anaesthetizedrats, in the absence or presence of either (IND)or IND + L-NAME. Results: The reactivity of bothaorta (-E) and MVB did not show any alterationafter the different procedures. In aorta (+E), thestress induced a hyporeactivity to NA (maximalresponses- NR: 3.64 ±± 0.08; SR: 2.50 ±± 0.10*,n=10, *p < 0.05), reversed by the endotheliumremoval and by the presence of L-NAME in asso-ciation with IND or not. The BAP values are pre-sented in table.Table 1. Changes in the basal arterial pressure ofanaesthetized normal and stressed rats, in absenceor presence of indomethacin and L-NAME.

1BASAL ARTERIAL PRESSURE (mmHg) Groups Indomethacin Indomethacin

+ L-NAME Normal 81.94 ± 3.77a

(n=18) 82.004 ± 3.65a

(n=17) 99.09 ± 5.50b

(n=13) Stress 108.45 ± 6.10bc

(n=20) 104.75 ± 6.01bc

(n=16) 118.75 ± 4.17c

(n=10)

1= value represent mean ± SEM; n= number of animals; means values sharing a common superscript (a, b or c) were not statistically different (P > 0,05).

Conclusions: 1. The adaptive response to stress isnot a generalized phenomenon among differentvascular beds; 2. This vascular adaptive responseis a consequence of an increased NO-system ac-tivity; 3. The basal release of NO participates inthe control of BAP just in normal condition. Sup-ported by CAPES.

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Farmacologia Cardiovascular e Renal XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

01.051MICROCIRCULATORY CHANGES IN SPONTA-NEOUSLY HYPERTENSIVE RATS (SHR) IN-DUCED BY CENTRAL ADMINISTRATION OFSYMPATHO-MODULATORY AGENTS. 1V. Esta-to, 1C.V. Araújo, 2P. Bousquet & 1E. Tibiriçá. 1Lab.de Farmacol. Neuro-Cardiovascular, IOC/FIOCRUZ, Rio de Janeiro. 2Lab. de Neurobiolo-gie et Pharmacologie Cardiovasculaire, ULP, Stras-bourg, France.

Introdução: The sympathetic nervous system isone of the primary factors involved in the con-trol of vascular resistance and also in the devel-opment of hypertension. Although the microcir-culation plays a pivotal role in the developmentof certain forms of hypertension, it can also con-stitute a preferential target of the disease. In thepresent study, a new experimental model wasdesigned to evaluate the effects of centrally act-ing anti-hypertensive drugs on the microcircula-tion. Métodos: SHR male rats (200-250g) wereanesthetized and artificially ventilated. Mean ar-terial pressure (MAP), heart rate (HR), cardiacoutput (CO) and mesenteric blood flow (MBF, bylaser Doppler flowmetry) were monitored. Themesenteric circulation was observed through anintravital video microscope and the images of thearterioles (<30 mm) were recorded and analyzedoff-line. Resultados: Intracisternal (10 ml) cloni-dine (1 mg) and rilmenidine (7 mg) decreasedMAP by 55 ± 4% and 54 ± 7.5% (n=6,P<0.05); CO by 49 ± 17% and 39 ± 2% (n=6,P<0.05), and MBF by 14± 8% (n=6, n.s.) and28 ± 9% (n=6, P<0.05), respectively. In themicrocirculation, clonidine and rilmenidine in-duced increases in arteriolar diameter of 11 ± 3% and 25 ± 9 %, respectively (P<0.05). Con-clusões: The present study suggests that the acuteeffects induced by central clonidine and rilmeni-dine induced not only a decrease in CO but alsoa vasodilation of the microcirculation. Apoio:CNPq

01.052ENVOLVIMENTO DAS VIAS INDUTIVA E CONS-TITUTIVA DA FORMAÇÃO DE ÓXIDO NÍTRI-CO (NO) NO CONTROLE CENTRAL DA PRES-SÃO ARTERIAL EM RATOS ACORDADOS. Zoc-cal, D.B.; Garcia, M. R. L.; Pinge Filho, P.; Mar-tins-Pinge, M.C. - Depto. Ciências Fisiol. � Uni-versidade Estadual de Londrina (UEL) � PR � Bra-sil.

Objetivos: É sabido que a produção aumentadade óxido nítrico (NO) durante o choque sépticoleva a uma diminuição da resistência periféricaresultando em hipotensão. Essa produção de NOse deve à ativação da NO-sintase da via indutiva(iNOS). Por outro lado a via constitutiva de pro-dução de NO participa dos mecanismos fisiológi-cos de controle da pressão arterial. O objetivodeste trabalho foi analisar o efeito do bloqueioda iNOS, pela aminoguanidina e eNOS, pelo L-NAME na resposta cardiovascular à microinjeçãode L-glutamato no bulbo ventrolateral rostral(BVLr) em ratos acordados.

Métodos e Resultados: Foram utilizados ratosmachos Wistar pesando de 250 a 300 g. Os ani-mais foram submetidos à estereotaxia para im-plantar cânulas-guia direcionadas ao BVLr. Após3 dias de recuperação os animais foram subme-tidos à canulação da artéria e veia femurais, des-tinadas ao registro da pressão arterial média(PAM), e administração de drogas, respectiva-mente. A injeção periférica de aminoguanidina(20 mg/ml/kg) produziu um aumento máximona PAM de 18±3 mmHg (n=5, p<0.05) ao lon-go de 30 minutos. A mesma concentração de L-NAME levou a um aumento de 44±7 mmHg(n=6, p<0.05) A microinjeção de L-glutamato(5 nmol/100 nl) produziu um aumento na PAMde 43± 6 mmHg (n=7, p<0.001), e após o L-NAME e aminoguanidina a resposta foi bloquea-da (∆PAM= 7±3 mmHg, n=5). A microinjeçãode aminoguanidina no BVLr produziu um aumen-to de 17±6 mmHg (n=5, p< 0.05) na PAM. Amicroinjeção de L-NAME também aumentou aPAM (∆PAM=10±3 mmHg; n=7; p<0.05). Napresença de aminoguanidina ou L-NAME a res-posta do L-glutamato também foi bloqueada.Discussão: Os resultados do presente trabalhomostram que é provável que a via indutiva daformação de NO assim como a constitutiva, te-nham uma participação na neurotransmissão glu-tamatérgica no BVLr em animais acordados eparticipem da regulação central da pressão arte-rial.Apoio financeiro: CPG/ UEL

01.053NITRIC OXIDE OF THE LATERAL HYPOTHA-LAMIC AREA (LHA) ON THE SALIVARY FLOW,ARTERIAL PRESSURE (MAP) AND HEARTRATE (HR) INDUCED BY INJECTION OF PILO-CARPINE INTO LHA AND INTRAPERITONEAL-LY (ip). Saad, W. A; Camargo, L. AA, Simões S,Santos T A F B, Guarda IMFS, Guarda RS and Fer-reira AC. Departamento de Odontologia: Fisiolo-gia, Farmacologia e Anatomia - UNITAU - TaubatéSP, Departamento de Fisiologia e Patologia Od-ontologia - UNESP � Araraquara SP.

Objetive: We study the effect of injection of L-NAME and sodium nitroprussiate (SNP) on thesalivary secretion, arterial blood pressure andheart rate induced by pilocarpine injected intothe LHA and i.p.Methods: Holtzman rats (male 250-300g) im-planted with cannulae into LHA were used.Results: The saliva secretion was studied over afive-minute period after injection of pilocarpineinto LHA or i.p. Injection of pilocarpine into LHA(10, 20, 40, 80, 160 µg/µl) produced a dose-dependent increase in salivary secretion. Ip in-jection of pilocarpine (1, 2, 4, 8, 16 mg/kg b.wt.) also produced a dose-dependent increase insalivary secretion. L-NAME (40 µg/µl), injectedinto LHA prior to the injection of pilocarpine intoLHA produced an increase in salivary secretiondue to the effect of pilocarpine. Also L-NAMEprior to pilocarpine i. p. increases salivary secre-tion. SNP produced a decreased in salivary flowinduce by pilocarpine injected into LHA or i.p.Pilocarpine injected into LHA increased MAP anda decrease HR. Ip injection of pilocarpine with a

dose of 4 mg/kg b. wt. induced a decrease inMAP and increase in HR). MAP increased afterthe injections of L-NAME (40 µg/µl) into LHA priorthe injection of pilocarpine (4 mg/kg b. wt.) i.pand a decrease in HR L-NAME injected into LHAincreased MAP induced by pilocarpine injectedinto LHA with a decrease in HR.SNP produce in-verse results of the L-NAME.Conclusions: The LHA is an important region forthe central effects of pilocarpine on salivary se-cretion in rats. The nitric oxide interferes with thesystemic and central effect of pilocarpine. Alsothe median preoptic nucleus of the hypothala-mus (MnPO) is implicated in this mechanism.Therefore such results implied that the activationof central pathways by pilocarpine interferes withblood pressure and heart rate (side effects of pilo-carpine).Supported by: FAPESP, CNPq, FUNDUNESP,PRONEX

01.054ANGIOTENSINA II E ARGININA VASOPRESSI-NA DA ÁREA SEPTAL (ASM) NO CONTROLEDA PRESSÃO ARTERIAL. W.A. Saad1;2, , L. A. A.Camargo1, S. Simões2, I.M.F.S. Guarda3, R.S. Guar-da3, T.A.F.B. Santos2. 1Departamento de Fisiolo-gia e Patologia, Faculdade de Odontologia,UNESP, Araraquara, SP. 2Departamento de Odon-tologia, UNITAU, Taubaté, SP. 3Departamento de Anestesiologia, Hospital doServidor Público, São Paulo, SP.

Objetivos: A angiotensina II (ANG II) e a argini-na-vasopressina (AVP) estão implicadas na regu-lação cardiovascular do organismo. O sistemanervoso central joga com importante papel naregulação da pressão arterial. Neste estudo in-vestigamos a influencia do antagonista d(CH2)5-Tyr (Met)-AVP (AAVP) um antagonista dos recep-tores V1 da arginina8-vasopressina e os efeitosdo losartan e do CGP 42112A (antagonistas sele-tivos dos receptores AT1 e AT2 da ANG II, respec-tivamente) injetados na da área septal medial(ASM) sobre o efeito pressor da AVP injetada namesma área.Métodos: Foram utilizados ratos machos Holtz-man de 250-300 g. Os mesmos foram implanta-dos com cânulas de demora na ASM. A pressãoarterial média (PAM) foi registrada através decânulas implantadas na artéria femoral de ratosacordados.Resultados: A injeção de AVP na ASM aumentoua PAM de maneira dose-dependente. AAVP inje-tado na ASM produziu uma redução dose-depen-dente na PAM induzida pela AVP injetada naASM. Ambos receptores AT1 e AT2, produziramuma inibição na concentração dose-dependentena resposta pressora da AVP. O losartan foi maisefetivo em bloquear esta resposta.Conclusão: Estes resultados indicam que o au-mento da PAM induzida pela AVP é mediado pri-meiramente pelos receptores AT1 da ASM contu-do, as doses de losartan foram mais efetivas quan-do combinadas com o CGP 42112A. O efeito pres-sor da AVP aplicada na ASM pode ativar múlti-plos subtipos de receptores da ANG II.Apoio financeiro: FAPESP, CNPq, FUNDUNESP,PRONEX.

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia Cardiovascular e Renal

01.055MEDIAÇÃO DO BAROREFLEXO PELO NÚCLEOPARATRIGEMINAL (Pa5): INIBIÇÃO DA RES-POSTA CRONOTRÓPICA REFLEXA A ALTERA-ÇÕES DE PRESSÃO ARTERIAL. Estelha*, P.R. &Lindsey, C. J. - Departamento de Biofísica,UNIFESP,São Paulo, Brasil

Introdução: Evidências sugerem que o Pa5, es-trutura do bulbo dorsolateral esteja envolvido namodulação dos reflexos cardiovasculares. Comoo núcleo do trato solitário (NTS), recebe aferên-cias de ramos do nervo vago e glossofaríngeo,tendo projeções para o RVL, NTS e ambíguo. Aatividade de 74% dos neurônios do Pa5 foi alte-rada após aumento de pressão arterial por feni-lefrina (PHE) i.v. O estudo propõe avaliar o papeldo Pa5 na função baroreflexa. Métodos: PHE foiadministrada i.v. em doses de 50,100,200,300 e400µl/ml/h e nitroprussiato de sódio (NPS,90,180,360,640,820µl/ml/h) a grupos de ratosWistar submetidos a lesão bilateral (Pa5X) ou não(Sham), por microinjeção de 0,15µl de ácido ibo-tênico. Resultados: Nos Pa5X houve atenuaçãosignificante dos índices de baroreflexo (IB) paramédios aumentos de pressão arterial (IB= -0,5±1,1 à 1,1±0,3) comparados aos Sham (IB=2,7±0,4 à 1,6±0,3). A atenuação do IB para aresposta depressora ao NPS nos Pa5X foi unifor-me para todas as doses (IB= 2,8±0,8 à 2,3±0,5e IB= 4,7±0,4 à 5,7±1,5 para Pa5X e Sham,respectivamente). A análise das regressões linea-res mostrou um IB de 1,2±0,1para o grupo Pa5Xe de 2,1±0,2 para os animais Sham (p<0,05).Os achados mostram significante inibição da fun-ção baroreflexa nos Pa5X comparado ao grupode Pa5 intacto. Discussão: Sugere-se que o Pa5atue diante de acréscimos de pressão arterial depequena e de média magnitude, de forma rápi-da enquanto o NTS atuaria em grandes altera-ções de pressão arterial. Isto foi evidenciado napouca diferença existente entre os IBs de animaisintactos e Pa5X com as doses mais altas de PHE.Portanto, a integridade do núcleo é essencial paraas respostas baroreflexas evidenciando um parti-cipante do arco baroreflexo bulbar até então des-conhecido. Apoio: FAPESP e CNPq.

01.056THE LATERAL SEPTAL AREA (LSA) IS IN-VOLVED IN THE PRESSOR RESPONSE TO NO-RADRENALINE (NA) INJECTION INTO THECINGULATE CORTEX (CC) OF THE RAT.Fernandes, K.B.P. ; Tavares, R.F.;Corrêa, F.M.A,Depto de Farmacologia, Faculdade de Medicinade Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo,SP, Brasil.

INTRODUCTION AND GOALS: The cingulate cor-tex (CC) plays a role in central cardiovascular con-trol. NA injection into the CC evokes pressor re-sponses in unanesthetized rats without a sympa-thetic involvement. The lateral septal area (LSA)also participates in central cardiovascular regula-tion. Electrical or chemical stimulation of the LSAevokes pressor responses mediated by vasopressinrelease In the present work, we attempt to con-firm if the pressor response to NA injection intothe CC was mediated by a vasopressina releaseand a possible involvement of the LSA in thispathway. METHODS: Male Wistar rats were used.

Stainless steel guide cannulas were implanted intothe CC and the LSA , using a stereotaxic appara-tus. A catheter was implanted into the left femo-ral artery for blood pressure recording. Vaso-pressin dosage was performed by radioimmu-noassay. RESULTS: Vasopressin levels was mark-edly increased after NA injection (6,01± 1,51pg/ml, n=8) when compared to saline injectioninto the CC (2,26±0,31, n=8). The pressor re-sponse to NA injection (4nmols/0,2ml) into theCC was not modified by saline injection into theLSA (pressor response to NA before: +36.2± 3.1mmHg and after saline: + 35,75 ± 4,1 mmHg,n=4). On the other hand, lydocaine injection(500nl) into the LSA blocked the pressor responseto NA injection into the CC(pressor response toNA before: +34.8± 2.7 mmHg and after ly-docaine: + 6 ± 0,85 mmHg, n=6). CONCLU-SIONS: The results suggest that the pressor re-sponse to NA injection into the CC is mediatedby vasopressin release and the lateral septal areis involved in this response. FINANCIAL SUPPORT:Grant from FAPESP 01/00897-4; K.B.P. Fernandes- fellowship from FAPESP 01/03163-0; R.F.Tavares- fellowship from FAPESP 00/00326-3.

01.057CHOLINERGIC NEUROTRANSMISSION IN THELATERAL SEPTAL AREA (LSA) IS INVOLVED INTHE PRESSOR RESPONSE TO NORADRENA-LINE (NA) INJECTION INTO THE CINGULATECORTEX (CC) OF THE RAT. Fernandes, K.B.P. ;Tavares, R.F.;Corrêa, F.M.A, Depto de Farmacolo-gia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto,Universidade de São Paulo, SP, Brasil.

INTRODUCTION AND GOALS: The lateral septalarea (LSA) is involved in the pathway activatedafter noradrenaline (NA) injection into the cin-gulate cortex (CC). Acetylcholine injection intothe LSA evokes pressor responses mediated byvasopressin release. In the present work, we at-tempt to verify if cholinergic neurotransmissionin the LSA is involved in the pathway activatedafter NA into the CC. METHODS: Male Wistar ratswere used. Stainless steel guide cannulas wereimplanted into the CC and the LSA , using a ster-eotaxic apparatus. A catheter was implanted intothe left femoral artery for blood pressure record-ing. RESULTS: The pressor response to NA injec-tion (4nmols/0,2ml) into the CC was abolishedafter atropine injection (3nmol/500nl) into theLSA (pressor response to NA before: +33.3± 1.9mmHg and after atropine: + 4 ± 0,58 mmHg,n=6). On the other hand, physiostigmine injec-tion (1nmol/500nl) into the LSA potentiated thepressor response to NA injection into theCC(pressor response to NA before: +29± 1.6mmHg and after physiostigmine: + 42.2 ± 1.4mmHg, n=5). Moreover, the pressor response toNA injection into the CC was also blocked by pre-treatment with hemicolineum (3nmols/500nl)intothe LSA (pressor response to NA before: 33.6 ±3.7 and after hemicolineum: 6.4 ± 1.7mmHg,n=5). CONCLUSIONS: The results suggest thatcholinergic neurotransmission into the lateral sep-tal area is involved in the pressor response to NAinjection into the CC. FINANCIAL SUPPORT: Grantfrom FAPESP 01/00897-4; K.B.P. Fernandes - fel-lowship from FAPESP 01/03163-0; R.F.Tavares -fellowship from FAPESP 00/00326-3.

01.058CARDIOVASCULAR EFFECTS DOPAMINE ANDSEROTONIN (5-HT) INJECTION INTO THEMEDIAL PREFRONTAL CORTEX (MPFC) OFTHE RATS. Pelosi, G.G.; Moreira, K.B.; Corrêa,F.M.A, Depto de Farmacologia, Faculdade deMedicina de Ribeirão Preto, Universidade de SãoPaulo,SP,Brasil.

INTRODUCTION AND GOALS: There are manyneurotransmitters in the MPFC, such as acetyl-choline, noradrenaline, dopamine and 5-HT. Ace-tylcholine and noradrenaline injections into theMPFC of the rats evoked cardiovascular respons-es. We studied the effect of dopamine and 5-HTinjections into the MPFC of the unanesthetizedrats. METHODS: Male Wistar rats were used.Guide cannulas were implanted into the MPFC,using a estereotaxic apparatus. A catheter wasintroduced into the left femoral artery for bloodpressure recording. RESULTS: Basal mean arterialpressure was not modified by dopamine injec-tion (100nmoles/0,5mL) into the MPFC(PAb=94±12mmHg; n=4). Moreover, 5-HT in-jection into the MPFC did not change the basalmean arterial pressure (Pab=99±10mmHg; n=3after 30nmoles/0,5mL and Pab=94±0,6 mmHg;n=4 after 50nmoles/0,2mL 5-HT injection). CON-CLUSION: The results suggest that dopamine and5-HT injections into the MPFC caused no chang-es in the cardiovascular system. FINANCIAL SUP-PORT: G.G. Pelosi - fellowship from CAPES; K.B.P.Fernandes -fellowship from FAPESP 01/03163-0.

01.059POSSÍVEL PARTICIPAÇÃO DE RECEPTORESNMDA NAS RESPOSTAS CARDIOVASCULARESAO L-GLUTAMATO INJETADO NO HIPOTÁLA-MO LATERAL (HL) DE RATOS NÃO ANESTESI-ADOS. Pajolla G.P., Corrêa F.M.A., Depto de Far-macologia, Faculdade de Medicina de RibeirãoPreto, Universidade de São Paulo.

INTRODUÇÃO: Estimulação elétrica ou químicado HL de ratos anestesiados resulta em altera-ções cardiovasculares. Estudamos os efeitos car-diovasculares da estimulação química com L-glu-tamato do HL de ratos anestesiados e não anes-tesiados. Além disso, investigamos o possível re-ceptor envolvido nestas respostas. MÉTODOS:Ratos Wistar (220-280g) foram submetidos à es-tereotaxia para o implante de cânula guia no HL,onde foi microinjetado o L-glutamato. A artériafemoral esquerda foi canulada para registro dapressão arterial e freqüência cardíaca. RESULTA-DOS: Injeções de diferentes volumes (50nl, 100nl,500nl) de L-glutamato (0,1M) no HL anterior,tuberal ou posterior promoveram respostas hi-potensoras volume-dependentes, tanto em ani-mais anestesiados quanto em não anestesiados.A resposta bradicárdica foi observada somentenos animais anestesiados. Nos animais não anes-tesiados não houve correlação entre as respostashipotensora e bradicárdica. Além disso, nos ani-mais não anestesiados, estudamos qual o tipo dereceptor envolvido nesta resposta utilizando pre-viamente à injeção de L-glutamato no HL, umantagonista do receptor NMDA, o AP-7 e obser-vamos uma significativa redução na resposta hi-potensora. DISCUSSÃO: Os resultados sugerem

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que o grupo de neurônios sensíveis ao L-gluta-mato, responsável pelo controle cardiovascular,está disperso ao longo do HL; que todas as regi-ões do HL estão envolvidas neste controle e quehá uma possível participação de receptoresNMDA nestas respostas cardiovasculares. APOIOFINANCEIRO: G.P. Pajolla -bolsista da FAPESP(processo 00/00341-5).

01.060BRADICININA (BK) E NÚCLEO PARATRIGEMI-NAL (Pa5) NA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA.Sato, L.T. & Lindsey, C.J. - Departamento de Bio-física, UNIFESP

Introdução: O Pa5 é a única estrutura bulbar ex-tra-solitário a receber aferências dos nervos vagoe glossofaríngeo. Possui projeções eferentes parao trato solitário, núcleos reticular lateral, reticu-lar rostroventrolateral e parabraquiais, que con-têm importantes segmentos dos substratos neu-roanatômicos dos mecanismos respiratórios. Aadministração de BK ao Pa5 induz importantesefeitos cardiovasculres e respiratórios. O estudovisa avaliar a participação do Pa5 no controlerespiratório, pela aplicação de BK ou lesão bila-teral do núcleo. Métodos e resultados: O moni-toramento da frequência respiratória, foi realiza-do por termopares implantados na traquéia dosratos. BK 1,2 pmol/0,1µl ou 6 pmol/0,1µl injeta-do no Pa5, aumentou a frequência respiratóriade 45,6±15 para 63,2±16 respirações por minu-to (rpm) ou 36±12 para 96±18 rpm, respectiva-mente. A lesão uniltateral do Pa5 (0,15µg/1,5µlde ácido ibotênico, n=8) causou uma ligeira ecurta queda da frequência respiratória (de 74,5para 64,3 rpm, p<0,05). A lesão bilateral do Pa5levou a uma diminuição acentuada da frequên-cia respiratória (de 71,3 para 47,8 rpm,p<0,0033), paradas respiratórias e morte. 50%dos animais morreram por parada respiratória,antes dos 5 min e 62% morreram antes dos 10min após a lesão bilateral do Pa5. Discussão: Osresultados evidenciam um papel importante doPa5 na manutenção da respiração e sugerem quea BK neste núcleo estimule o ritmo respiratório.Apoio: FAPESP e CNPq.

01.061NEUROKININ RECEPTORS MEDIATING THECARDIOVASCULAR EFFECTS THE RATPARATRIGEMINAL NUCLEUS. De Brito, H., Yu,Y.G, §Couture, R., Lindsey, C.J. Department ofBiophysics, UNIFESP-EPM, 04023-062,São Pau-lo, SP, Brazil and §Department of Physiology,Université de Montréal, Canada.

Introduction: Neurokinins (NK) act as endogenousmediators on three receptor types, NK1, NK2 andNK3. Substance-P (SP), a non-selective NK1 ago-nist (NK1>NK2) was microinjected in the ratparatrigeminal nucleus (Pa5) has a distinct pro-file of cardiovascular effects. The aim of thepresent investigation was to identify the types ofNK receptors mediating different aspects of thecardiovascular actions of SP. Methods and Results:SP (0.01-500pmol) microinjections of in the Pa5

of unanesthetized rats produced biphasic pressorresponses characterized by a transient decreasefollowed by an increase of arterial pressure (AP).Significant dose-dependent increases in AP andheart rate (HR) was observed with 0.01-10pmolof SP and the ranges of average effects were4.1±2.7mmHg/50±13bpm to 15±1mmHg/147±8bpm (ED50 0.2±0.04mmHg/0.6±2.5bpm). Higher doses configured a typi-cal bell-shaped dose-response curve. The selec-tive NK1 receptor agonist [Sar9Met(O2)11]SP(10-100pmol) also produced pressor responses(4±7.8/18±6mmHg, ED50 2.0±1mmHg) andtachycardia (70±31bpm). The NK3 agonist (1-100pmol) was devoid of any cardiovascular ef-fects when injected in the Pa5. The NK2 antago-nist blocked the pressor response to 100pmol ofSP. Conclusion: The present findings convey evi-dence for two functionally active neurokinin re-ceptor types in the Pa5 associated with the medi-ation of cardiovascular function. Financial sup-port: FAPESP, CNPq.

01.062CHOLINERGIC NEUROTRANSMISSION IN-VOLVEMENT IN THE MEDIAL PREFRONTALCORTEX ON THE BAROREFLEX ACTIVITY OFTHE RAT. Moraes, L.R.B.; Pajolla, G.P.; Corrêa,F.M.A, Depto de Farmacologia, Faculdade deMedicina de Ribeirão Preto, Universidade de SãoPaulo,SP,Brasil.

INTRODUCTION AND GOALS: The medial pre-frontal cortex (MPFC) is involved in central car-diovascular control. MPFC lesions evoke a reduc-tion in baroreflex activity. Acetylcholine is a neu-rotransmitter present in the MPFC and cholinergicagonists administration into this area modulatescardiovascular function. In this work, we at-temptet to verify if the MPFC cholinergic systemalso modulates baroreflex sensitivity. MÉTHODS:Male Wistar rats were used (260 g). Stainless steelguide cannulas were implanted bilaterally intothe MPFC, using a stereotaxic apparatus. A cath-eter was implanted into the left femoral arteryfoar blood pressure recording and infusion of avsoconstrictor agent was performed through thefemoral vein. RESULTS: Lydocaine(2%) injec-tion(500 nl) into the MPFC caused a reversibledecrease in baroreflex sensitivity. CoCl2 (1mM)microinjection produced a similar response to thatof lydocaine into the MPFC. Atropine (9nM) in-jection (500nl) into the MPFC caused no changesin baroreflex sensitivity.No changes were ob-served in baroreflex gain. Data on baroreflex sen-sibility after an 30 mmHg increase on blood pres-sure . Group n D HR Control 07 -57.1 ± 1.7 bpmLidocayne 06 -31.3 ± 3.5 bpm ** CoCl2 06 -34.3 ± 5.1 bpm ** Atropine 06 -57.0 ± 5.3bpm ** Anova followed by Dunnett¢s MultipleComparison Test p< 0.01 CONCLUSIONS: Theresults suggest that MPFC neuronal cell bodiesmodulates baroreflex sensitivity but cholinergicmuscarinic receptors in this area doesn�t seem tobe involved in this response. FINANCIAL SUP-PORT: L.R.B. Moraes - Fellowship from CAPES;G.P. Pajolla - fellowship from FAPESP (processo00/00341-5).

01.063BAROSENSITIVE NEURONS IN THE RAT TRAC-TUS SOLITARIUS AND PARATRIGEMINALNUCLEUS: A NEW MODEL FOR MEDULLARYCARDIOVASCULAR REFLEX REGULATION. Yu,Y.G. Buck, S.H., and Lindsey, C.J.. Department ofBiophysics, Escola Paulista de Medicina, Univer-sidade Federal de São Paulo, 04023-062 SãoPaulo, SP, Brazil

Introduction: The nucleus of solitary tract (NTS)contains neurons that respond to turbulences ofarterial blood pressure (AP). Many of these neu-rons have a pattern of pulsatile activity synchro-nized with cardiac cycle (CC). The paratrigeminalnucleus (Pa5), a collection of neurons in the dor-sal lateral medulla, has efferent connections tothe rostroventrolateral reticular nucleus (RVL) andNTS. Similarly to NTS, the Pa5 receives primaryafferent of glossopharyngeal and vagus nerves,which suggests that the Pa5 may also play a rolein the baroreceptor reflex. Methods: Simultaneousrecording from multiple single neurons in behav-ing rats was used for acquisition of neuronalspikes. Results: The study shows that 30% of NTSneurons were barosensitive while 74% Pa5 neu-rons responded to increases of AP caused by phe-nylephrine (Phe, iv) injection. Whereas most ofthe barosensitive NTS neurons (97%) increasedfiring rate (FR) during an increase of AP, 64% ofPa5 baroreceptor sensitive neurons decreased FRwhile 26% increased activity to the same type ofAP alteration. The Pa5 neurons that decreasedFRs did so during the ascending phase of the pres-sor response, denoting sensitivity to rapid chang-es of AP. The majority of Pa5 and NTS neuronsthat increased activity did so during the peak pres-sor response to Phe. CCA showed that 40% ofPa5 and 20% of NTS baroreceptor stimulatedneurons possessed phasic discharge patternslocked to the CC. Periodical discharge activity notrelated to CC was also found in both pressuresensitive and non-pressure sensitive Pa5 and NTSneurons.These findings suggest that the Pa5, alikethe NTS, acts as a relay nucleus in the medullarybaroreflex pathway. Differently from the NTS, alarge percentage of neurons decrease FR duringAP increases.

01.064PARATRIGEMINAL NUCLEUS IN HUMAN ANDRAT: MORPHOLOGICAL COMPARISON STUDY.R. R. Ferraz da Silva, Y. G. Yu, K. B. Pereira, J. B. C.Villares, C. J. Lindsey and R. L. Smith. Dept. ofBiophysics & Dept. Anatomy, Universidade Fed-eral de São Paulo, Brazil.

Introduction: Animals studies describes that theparatrigeminal nucleus (Pa5) receives sensoryinputs of the V, IX and X cranial nerves andprojects to medullary, bulbopontine and thalam-ic structures associated with cardiovascular, res-piratory, body temperature control and nocicep-tion. However, few studies provide detailed mor-phologic information of the nucleus in humansmedulla. The present investigation is to detail themorphologic characteristics of the human Pa5 andto compare it in rat. Methods: Four postmortem

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adult human medullae and six rat brains followedthe same fixative protocol using 4% paraformal-dehyde. Coronal sections (30µm) were mountedin slides and stained according to Klüver Barrera�sstain. Light microscopy images were digitally an-alyzed on an integrated image acquisition sys-tem with morphometric analyses software (Meta-Morph). Results: The Pa5 in the both speciesshows a highly conserved character of anatomi-cal position, morphological shape, neurons typeand its distribution. The nucleus is located in thedorsolateral portion of the trigeminal tract ex-tending rostrocaudally in an average length of8±3 and 1.3±0.4mm in human and rat, respec-tively. The Pa5 in both showed an extensive ram-ification that the main portion is composed ofposterior, medial, anteromedial branches andsmall variable portions. Three clusters of multi-polar neurons accounting of approximately 1200in human and 200 in rat are rostrocaudally dis-tributed and interlaced with extensive neuropil.The study presents that the morphologic similar-ities of Pa5 in both human and rats shows to rep-resent a highly conserved nucleus, which maysuggest it is a component of fundamental phylo-genetic structure involving basic homoeostaticprocesses. Financial support: FAPESP.

01.065HUMAN AND RAT PARATRIGEMINAL NUCLE-US (Pa5). R. R. Ferraz da Silva, Y. G. Yu, K. deB-rito, J. B. Villares, R. Smith & C. Lindsey. Dept. ofBiophysics & Dept. Anatomy, Universidade Fed-eral de São Paulo, Brazil.

Introduction: The Pa5, a medullary structure, re-ceives sensory inputs from the trigeminal, vagusand glossopharhyngeal cranial nerves and projectsto medullary, bulbopontine and thalamic nucleirelated to cardiovascular functions, respiration,thermoregulation and nociception. However, lit-tle information on morphology of the human Pa5exists. The present investigation details the mor-phologic and morphometric characteristics of thehuman Pa5 in comparison to that of the rat.Methods and Results: Four postmortem adulthuman medullae and six Wistar rat brains fol-lowed equal fixation and staining procedures.Light microscopy images of 30µm coronal sec-tions were digitally acquired and morphometri-cally analyzed. In both species the Pa5 showed ahighly conserved structure regarding anatomicalposition, shape, cell type and distribution. Thenucleus is located in the dorsolateral portion ofthe trigeminal tract extending in an average lengthof 8±3 and 1.3±0.4mm in humans and rats,respectively. The Pa5 of both species showed ex-tensive ventral-medial oriented ramifications inthe rostral and interpolar portions of the nucle-us. Multipolar neurons (1200±5 in humans and200±0.2 in rats), interlaced with extensive neu-ropil, are grouped in three clusters showing aunique tri-modal distribution. Conclusions: Thestudy reports a highly conserved structure in twophylogenetically non-related mammal species.This feature, and its� connectivity suggests thatthe Pa5 may be a fundamental component ofthe medullary circuitry involved in basic homoeo-static processes. FAPESP, CNPq.

01.066EFFECTS OF ISOPROTERENOL CHRONICTREATMENT ON THE VASCULAR REACTIVITYOF RAT AORTA. Davel, A.P.C., Xavier, F.E., Vas-sallo, D.V., Rossoni L.V. Department of Physio-logical Sciences, Biomedical Center, Federal Uni-versity of Espirito Santo, Vitoria, Espirito Santo,Brazil.

We evaluated the effects of 7 day isoproterenol(ISO) treatment on the vascular reactivity of ratthoracic aortic rings. Male Wistar rats were divid-ed in 2 groups: Control (CT, n=40) and ISO (0.3mg/Kg/day, 7 days, sc, n=38). ISO did not changeblood pressure, heart rate and induced ventricu-lar hypertrophy. In aortic rings with endothelium(E+), ISO treatment increased the maximal re-sponse induced by phenylephrine (PHE, 0.1nM-0.1mM) compared to CT (Emax: CT: 56.7±6.6vs. ISO: 86.7±4.8% of contraction induced by75mM KCl; P<0.01), without changes in sensi-tivity (pD2). However, in E- no differences wasdetected. Indomethacin (10 µM) administration,in E+, did not change the PHE response in bothgroups. L-NAME (100 µM), in E+, enhanced pD2and Emax in both groups. In CT, this responsewas similar to CT E-. However, in ISO rings withL-NAME, pD2 and Emax were increased com-pared to CT E+ with L-NAME (Emax: CT/E+/L-NAME: 133.2±13.1 vs. ISO/E+/L-NAME:176.1±11.9%; P<0.01). The PHE response inCT E- with L-NAME was similar to CT E- and to CTE+ with L-NAME. However in ISO E-, L-NAMEenhanced the pD2 compared to CT E- with L-NAME (pD2: CT/E-/L-NAME: 7.7±0.2 vs. ISO/E-/L-NAME: 8.4±0.4; p<0.05), but Emax was sim-ilar. To evaluate calcium mobilization the contrac-tion induced by PHE was made in Krebs solutionwithout and with 2.5mM CaCl2 and no differ-ences was observed between ISO and CT. Resultssuggested that ISO treated aortas shows an in-creased contraction to PHE associated to a re-duced endothelium modulation and no changesin calcium mobilization when compared to CTaortas. The endothelium seems to release a non-prostanoid vasoconstrictor factor in response toPHE. However, at the same time this vessel re-leases nitric oxide, derived from endothelium andvascular smooth muscle.

01.067EFEITOS DO ÓXIDO NÍTRICO (NO) INALATÓ-RIO SOBRE OS NÍVEIS PLASMÁTICOS ARTE-RIAIS DE NITROSOTIÓIS. Jose E. Tanus-Santos*,Christopher D. Reiter, Alan N. Schechter, Mark T.Gladwin National Institutes of Health � NIDDK �Bethesda � MD � USA e FMRP-USP � Depto. Far-macologia

Introdução: Nitrosotióis são compostos capazesde liberar NO originados a partir da nitrosilaçãode grupamentos �tióis� (-SH). Embora nitrosoti-óis sintéticos tenham evidente potencial farma-cológico, ainda não foram determinadas comrelativa precisão as concentrações fisiológicas denitrosotióis endógenos no plasma, nem os efei-tos do NO inalatório sobre as mesmas. Métodos:Amostras de sangue arterial foram coletadas devoluntários saudáveis em jejum, antes e após ainalação de NO (40 ppm e 80 ppm em ar � 21%O2) por 30 min com máscara facial de anestesia.

As amostras foram processadas imediatamenteapós coleta. Amostras (400 uL) de plasma foramtratadas com cloreto de mercúrio (3mM) (ouveículo), visando eliminar os nitrosotióis do plas-ma, o que permite quantificação subtrativa dosmesmos. As amostras foram tratadas com sulfa-nilamida ácida (0.5%, para eliminar nitritos) einjetadas numa solução redutora de ácido acéti-co glacial, KI, e I2, a qual libera NO a partir dosnitrosotióis. O NO liberado foi quantificado comum analisador de NO por quimioluminescência(Sievers 280). Resultados e Discussão: As concen-trações arteriais de nitrosotióis em condições ba-sais foram de 1,9 ± 0.2 nM (média ± E.P.M.).Não houve alterações significativas após inala-ção de NO 40 ppm ou 80 ppm. Estes resultadosindicam que as concentrações plasmáticas de ni-trosotióis endógenos são pelo menos 3 ordensde magnitude menores do que as inicialmenterelatadas (7 uM) por Stamler et al(1). A inalaçãode NO parece não afetar as concentrações destescompostos. Referencia: (1) Stamler JS, et al. Ni-tric oxide circulates in mammalian plasma pri-marily as an S-nitroso adduct of serum albumin.Proc Natl Acad Sci U S A. 1992;89:7674-7677.

01.068HIPORRESPONSIVIDADE À VASOCONSTRITO-RES INDUZIDA POR ÓXIDO NÍTRICO: DEPEN-DÊNCIA DE SULFIDRILAS DE MEMBRANA.Terluk, M.R; Cunha da Silva, E. R.; Assreuy, J. Dep.de Farmacologia, CCB/UFSC

Introdução: Óxido nítrico (NO) causa uma pro-funda e duradoura hiporesponsividade à vaso-constritores, como a que se observa no choqueséptico. Como o NO reage com avidez com gru-pamentos sulfidrila (-SH), neste trabalho investi-gamos se a hiporesponsividade à vasoconstrito-res causada por ele estaria relacionada à estesgrupamentos. Métodos e Resultados: Em anéisde aorta de ratos Wistar preparados para registrode contração isométrica, foram feitas curvas con-centração-resposta (CCRF) para fenilefrina (1 nMa 100 µM). Os vasos foram então incubados comSNAP (doador de NO; 200 µM; 30 min, seguidode várias trocas de líquido). Em anéis com e semendotélio, o SNAP reduziu a resposta máxima(Rmáx) das preparações para 0,61 ± 0,08 g e0,26 ± 0,07 g, respectivamente. A pré-incuba-ção de anéis com endotélio com DTNB [(ácido5,5-ditio-bis(2-nitrobenzóico), um agente oxidan-te de grupamentos �SH e não-permeante demembranas biológicas] por 15 min, preveniu aqueda do Rmáx (0,89 ± 0,15 g e 0,99 ± 0,12 gpara DTNB 10 e 100 µM, respectivamente). Emanéis sem endotélio, o Rmáx das CCRF foi de 0,99± 0,25 e 0,85 ± 0,17 g. Em vasos com endoté-lio incubados por 8 horas com endotoxina bacte-riana (LPS; 10 µg/ml), o DTNB reverteu a hipo-responsividade à fenilefrina(LPS 0,38 ± 0,07 eLPS+DTNB 0,74 ± 0,14 g para DTNB 10 µM).Na pressão arterial de rato, a hiporesponsivida-de à fenilefrina (3, 10 e 30 nmol/kg)induzida pelainfusão de SNAP (250 nmol/kg/min; 30 min) tam-bém foi revertida pela injeção de DTNB (50 mg/kg, i.v.). Conclusões: Os resultados indicam quesulfidrilas de proteínas de membrana de célulasendoteliais e musculares lisas sejam críticas paraa indução da hiporesponsividade à fenilefrinacausada pelo NO. Apoio financeiro: CNPq, CA-PES e PRONEX.

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01.069INIBIÇÃO DO TRANSPORTE DE L-ARGININAEM PLAQUETAS DE PACIENTES HIPERTENSOS:IMPLICAÇÕES PARA ATEROTROMBOSE. T.M.C.Brunini, M.B. Moss, R. Soares de Moura, M. Le-mos Neto, A.C. Mendes Ribeiro. Laboratório deTransporte de Membrana, Departamento de Far-macologia e Psicobiologia, UERJ, Rio de Janeiro.

Introdução: O óxido nítrico (NO), produzido pe-las plaquetas e endotélio, aumenta os níveis ci-toplasmáticos de GMPcíclico, inibindo a agrega-ção e a adesão plaquetária e reduzindo a ocor-rência de eventos trombóticos. Nosso grupo de-monstrou previamente que a produção de NOnas plaquetas é dependente do transporte de L-arginina extracelular (Mendes Ribeiro, Cardiovasc.Res. 49:697, 2001). Em hipertensão, a ativaçãoplaquetária está associada a um aumento de dis-túrbios trombóticos, por mecanismos ainda nãocompletamente esclarecidos. O objetivo destetrabalho foi avaliar o papel da via L-arginina-óxi-do nítrico em plaquetas de pacientes com hiper-tensão arterial sistêmica.Métodos: Foram incluídos neste estudo 6 paci-entes com hipertensão arterial sistêmica e 7 con-troles normotensos. Após isolamento das plaque-tas por centrifugação, investigamos nestas célu-las o transporte de concentrações crescentes deL-arginina tritiada (5-50 µM).Resultados: A capacidade máxima de transportetotal (Vmax) de L-arginina em plaquetas foi de 263± 53. pmol/109cels/min em pacientes hiperten-sos comparado com 74 ± 24 pmol/109cels/minem controles (média ± DP, p<0.01, teste Mann-Whitney). Após inibição competitiva por L-leuci-na, o transporte de L-arginina através do sistemay+L foi isolado. O Vmax de L-arginina via sistemay+L foi reduzido de 106 ± 19 para 49 ± 12 pmol/109cels/min em pacientes hipertensos (p<0.03).A afinidade (Km) do sistema y+L estava reduzidaem hipertensão, comparada com controles (44 ±8 V.S. 13 ± 8 µM), p<0.01.Discussão: Nossos presentes achados mostrampela primeira vez uma redução na biodisponibi-lidade de L-arginina, através do sistema y+L, emplaquetas de indivíduos hipertensos, com poten-ciais implicações na ocorrência de complicaçõescardiovasculares nestes pacientes.Apoio financeiro: CNPq.

01.070AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIAGREGANTEPLAQUETÁRIA DA ONCOCALIXONA A (ON-COA) E VASOCONSTRITORA DA FRAÇÃO QUI-NONA DA AUXEMMA ONCOCALYX. Sousa,C.M1 ; Nascimento, N.R.F2; Lemos, T.L.G.3; Pes-soa, O.D.L.3, Ferreira, M.A.D.1. 1-Faculdade deFarmácia, UFC; 2-IBIMED,UFC e 3-Departamen-to de Química Orgânica e Inorgânica,UFC

Auxemma oncocalyx Taub. (família Boraginace-ae) conhecida pela denominação popular de paubranco é uma árvore frequentemente encontra-da na região Nordeste do Brasil. Estudos farma-cológicos anteriores mostraram que a fração hi-drossolúvel obtida a partir do extrato metanólicodo cerne do caule de A. oncocalyx (FQ), consti-tuída em cerca de 80% pela OncoA, apresentaatividade antiagregante plaquetária e vasocons-tritora em vasos de condutância. O objetivo do

presente trabalho é avaliar se a OncoA é o cons-tituinte responsável por estas atividades da FQ. Aatividade antiagregante plaquetária da OncoA foideterminada em plasma rico em plaquetas (PRP)obtido de sangue humano, utilizando o ADP (6,7mcM)como agonista. O leito vascular mesentéri-co (LVM) foi perfundido sob fluxo contínuo de 4ml/min e a pressão de perfusão registrada empolígrafo. A oncoA inibiu de maneira dose-de-pendente a agregação plaquetária nas concen-trações de 4.4, 8.8,17.6 e 35.2 mcg/ml com va-lores de inibição de 10, 32, 52 e 70 %, respecti-vamente com IC50 de 17.12 ± 4.73 mcg/ml com-parado com 53.43 ± 7.29 mcg/ml obtido com aFQ. A inibição em relação ao controle foi signifi-cativa (p<0.001, ANOVA para medidas repeti-das seguida de teste de Turkey-Kramer)para to-das as doses exceto a de 4,4 mcg/ml. A FQ, in-fundida em bolus até 3mg não alterou a pressãode perfusão do LVM. A OncoA é responsável peloefeito antiagregante da FQ,devida a sua maiorpotência (3 vezes mais potente que FQ) e parecenão ter efeito vasoconstritor sob vasos de resis-tência, uma vez que FQ (que contém 80%) nãoaltera a resistência do LVM. Este achado é impor-tante devido ao seu potencial antitrombótico.Apoio:CNPQ

01.071EFEITO DA RUTINA NA RESPOSTA ENDOTE-LIAL E NITRÉRGICA DE CORPOS CAVERNO-SOS (RbCC) DE COELHOS DIABÉTICOS. Lessa,L.M.A.; Nascimento, N.R.F.; Fonteles, M.C., Ins-tituto de Biomedicina, Fortaleza, CE, UFC

Introdução: A diabetes causa disfunção endoteli-al e neuropatia diminuindo o relaxamento docorpo cavernosos aos estímulos fisiológicos e le-vando a impotência. Antioxidantes de origemvegetal tem sido postulados como uma alternati-va de tratamento adjuvante da disfunção endo-telial e neuropatia diabética. Objetivo: Investigara potencialidade da rutina, uma biflavona, nareversão aguda da disfunção endotelial e da neu-ropatia nitrérgica associada à diabetes. Materiale Métodos: Os corpos cavernosos foram isoladosapós retirada do pênis de coelhos Califórnia após6 semanas da indução de diabetes com aloxana(150 mg/kg; i.p). Resposta à acetilcolina (10-6M), SNP (10-6 M) e a estimulação por choque(EFS; 2-16 HZ), que estimulavam relaxamentodo corpo cavernosos de natureza endotelial,muscular e neuronal, respectivamente, foramcomparadas antes e após 30 minutos de incuba-ção com rutina (1 mM). A significância estatísticaentre os grupos tratados e não-tratados foi esta-belecida através da análise de variância com p<0,05 usando o programa de computador Gra-phPad Prism. Resultados: A resposta relaxante àAch foi de 87 ± 8 % nos RbCC de normoglicêmi-cos e 27.8 ± 3.8% nos diabéticos e 74 ± 7.0%nos diabéticos tratados com rutina. O relaxamentoinduzido pelo óxido nítrico (NO 100 mM) foi de86.2 ± 12.2% nos normoglicêmicos, de 48 ±11 % nos diabéticos e 77 ± 4.1% nos diabéticostratados e a resposta a EFS (16 Hz) foi de 72 ± 4%, 37 ± 4% e 73 ± 4%, respectivamente. Con-clusões : A rutina reverteu agudamente a disfun-ção endotelial e a resposta relaxante nitrérgicaobservada no corpo cavernoso de coelhos diabé-ticos e pode se tornar um adjuvante no trata-mento desta síndrome. Agência financiadora :FUNCAP

01.072ANTIDIABETIC ACTIVITY AND RESTORATIONOF ENDOTHELIAL-DEPENDENT RELAXANTRESPONSE IN STREPTOZOTOCIN-DIABETICRATS BY AQUEOUS EXTRACTS OF BAUHINIAUNGULATA (AEBU) TAUB. Kerntopf,M.R*.;Nascimento, N.R.F.; Queiroz,M.G.R.;Fonteles, M.C.Instituto deBiomedicina,Universidade Federal do Ceará.

Aqueous extracts of Bauhinia ungulata, knownin Brazil as �Pata de Vaca�, is used in the Brazil-ian folk medicine for its reputed antidiabetic ac-tivity. Nevertheless, only anedoctal reports of itsefficacy are avaiable and scientific validation ofits uselfulness is needed. In this work we testedits potential as antidiabetic and in the reversionof endothelial dysfunction (ED)in an animal mod-el of diabetes. Streptozotocin-diabetic rats (65 mg/Kg;i.p) were treated with saline or AEBU for three-weeks and plasmatic glucose and lipid profilewere measured and compared between groups.The endothelial-dependent response to acetylcho-line (Ach)and the endothelial-independent re-sponse to sodium nitroprusside (SNP) was assayedin aortic rings and mesenteric vascular beds (MVB)perfused at constant flow (4ml/min)and expressedas percentage of the previuos contraction. AEBUdecreased glucose plasma concentration of strep-tozotocin-diabetic rats from 385.6±10 mg/dL to116.7±9.9, tryglicerides from 683±68.3 to53.7±9.1 and VLDL values from 80.7±18.3 to10.7±1.8. The total cholesterol levels (mg/dL)were not altered, being 73.8±5.3 in control and64.1±8 after treatment. The maximal relaxantresponse induced by Ach in aortic rings was67.9±3% versus 16±4.5% in tissues from dia-betic rats treated with saline and 65.5±4.8% inAEBU treated diabetic rats. The maximal decreasein perfusion pressure induced by Ach in MVBobtained from normoglycemic rats was 61±3.7%compared to 28.6±2.3 in diabetic treated withsaline and 48.9±8.2 in tissues gathered from di-abetic rats treated with AEBU. The relaxant re-sponse evoked by SNP was unaltered in all groups.AEBU has antidiabetic activity, has hypolipemi-ant effect and prevents endothelial dysfunction.Apoio:FUNCAP

01.073EFEITO DA RUTINA NA DISFUNÇÃO ENDO-TELIAL DO LEITO ARTERIOLAR MESENTÉRI-CO E AORTA EM RATOS SENESCENTES, DIA-BÉTICOS E HIPERTENSOS E COELHOS DIABÉ-TICOS. Lessa, L.M.A.

O endotélio regula o tônus vascular, a trombogê-nese, angiogênese, aterogênese, migração celu-lar, entre outros,funcionando como um órgãoendócrino e sujeito a desregulação, disfunção efalência. Fatores de risco cardiovasculares, comosenescência, diabetes e hipertensão causam DE.No entanto, o diagnóstico e tratamento da DEainda são alvo de intensa investigação. Os flava-nóides tem sido postulados como uma alternati-va de tratamento. Investigamos a potencialida-de da rutina, uma biflavona, na reversão agudada DE associada a senescência, diabetes e hiper-tensão. O leito vascular mesentérico (LVM) deratos jovens (3-6 semanas), idosos (>2anos),diabéticos por aloxana e espontaneamen-

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te hipertensos foi isolado e perfundido a fluxoconstante (4 ml/min) e após estabelecido um pla-tô a resposta da fenilefrina (1-5 mM) curvas dose-resposta a Ach e SNP foram realizadas em leitosnormais e em leitos com endotélio removido. Ascurvas foram realizadas antes e depois da infu-são de rutina (1 mM) por 30 min e comparadoscom catequina e d-quiroinositol. Os dados foramsubmetidos a testes paramétricos. A respostamáxima relaxante à Ach no LVM de animais jo-vens foi de 48,2 ± 4.5 %, nos idosos 20.1 ± 2.3%, nos diabéticos 28.6 ± 3.4 % e nos hiperten-sos 15 ± 5.3 %. Após a infusão de rutina a res-posta máxima a Ach nos jovens foi de 53.6 ±5.2%, nos idosos 37.7 ± 2.5*, nos diabéticos38.8 ± 2.6* e nos hipertensos 23.6 ± 2.2* (* p< 0.05, comparado com não-tratados). A res-posta ao nitroprussiato e nos leitos nos quais oendotélio foi removido quimicamente não varia-ram significativamente. A rutina reverteu aguda-mente a disfunção endotelial observada no LVMde animais idosos, diabéticos e hipertensos e podese tornar um adjuvante no tratamento desta sín-drome. Agência financiadora : FUNCAP

01.074ATIVIDADE CARDIOVASCULAR DA FRAÇÃOACETATO DE ETILA DO EXTRATO ETANÓLICO(FAESA) DE SPIGELIA ANTHELMIA. N. R. F. doNascimento1; L. M. Melo2; A. L. F. Camurça-Vas-concelos2; C. M. L. Bevilaqua 2; S. M. de Morais3, IBIMED, UFC1 Laboratório de Parasitologia,UECE2 e Laboratório de Química, UECE3.

A Spigelia anthelmia é uma planta da família dasloganiáceas conhecida popularmente como �ervalombrigueira�e usada como vermicida. Em estu-dos recentes, demonstrou-se que a FAESa inibiu100% da eclosão de ovos e 81,2% do desenvol-vimento larvar de H. contortus, in vitro. Testespré-clínicos de atividade cardiovascular são ne-cessários devido à existência de relatos de ativi-dade cardiodepressora de alguns dos componen-tes desta planta. Para tanto, estudou-se o efeitoda FAESa na pressão arterial média (PAM) de ra-tos normotensos por medida direta, no coraçãoperfundido a fluxo constante (10 ml/min), na fre-quência do átrio direito e na força de contraçãode átrios esquerdos eletricamente estimulados.A PAM variou em �56.6 ± 9.7 mmHg após 1mg/Kg de acetilcolina e �20.4 ± 10.5 mmHg com 3mg/Kg de FAESa retornando rapidamente a valo-res basais. A freqüência de contração do coraçãoisolado e do átrio direito não variou com a admi-nistração de FAESa nas doses de 100 mg/ml a 3mg em bolus no coração ou 1 a 100 mg/ml noátrio. Similarmente a pressão de perfusão cardí-aca não foi afetada pela FAESa em nenhuma dasdoses utilizadas. A força de contração cardíacadecaiu de 91 ± 3 % do controle em tecidos tra-tados com veículo para 89 ± 8; 77 ± 6; 67 ± 7;36 ± 11 em corações isolados tratados com 0.1,0.3, 1 e 3 mg de FAESa em bolus e de 93.4 ±4.1 % (veículo) para 92.3 ± 5.8%; 85.4 ±8.5%;69.3±11.9% e 44.6± 12.7% em átrios esquer-dos tratados com FAESa nas doses de 1 a 100mg/ml. A FAESa na maior dose utilizada provo-cou uma hipotensão leve e de rápida recupera-ção, não alterou a freqüência de contração car-díaca ou a pressão de perfusão, não tendo por-tanto efeito vasodilatador coronariano. No en-tanto apresentou efeito inotrópico negativo denatureza a ser estudada. Apoio: CAPES

01.075D-CHIROINOSITOL REVERSES ENDOTHELIALDYSFUNCTION (ED) ON ALLOXAN-DIABETICRATS. Nascimento, N.R.F1, Fonteles, M.C.1, Larn-er, J.2, Goretti,M3 1Veterinary College, StateUniversity of Ceará, Brazil; 2Department of Phar-macology, University of Virginia School of Medi-cine, , USA and 3Department of Clinical and Tox-icological Analysis, Pharmacy College, FederalUniversity of Ceará

Dysfunction of the endothelium is present whenits properties have been altered in a way that areineffective with regard to the preservation of or-gan function. The most usual method to accessendothelial function is to test the response ofvasorelaxants that act only in intact endotheli-um. Diabetes induces endothelial dysfunction(ED). D-chiro-inositol has been identified in pu-tative insulin mediator fractions and appears toact downstream in the insulin-signaling pathwayto mimic the effects of insulin. In the present work,we tested the hypothesis that D-chiro-inositol,could block the development of ED, in an animalmodel of diabetes. Diabetes was induced in ratsby i.v injection of 45 mg/Kg alloxan. Diabetes wasconfirmed 72 hs later and rats were treatd withsaline (1 ml/Kg; p.o) or d-chiroinositol (20 mg/Kg/12h; p.o) for 4 weeks before experiments.Aortic rings were mounted in isometric baths andmesenteric vascular beds (MVB) were perfusedwith constant flow (4ml/min) and vasodilatationto acetylcholine (Ach-10-21 to 10-5 M) or sodi-um nitroprusside (SNP-10-9 to 10-3 M) were as-sessed in tissues pre-contracted with phenyleph-rine. The maximal relaxant to Ach in aortic ringsof normoglycemic rats was 100% with a PD2 of13.6 [14.3-10.1], 56 ± 5% (PD2=9.9[12-5.5])in tissues from diabetic rats treated with salineand 100 % (PD2=12.3[14.5-9.5]) in diabetictreated with D-chiroinositol. The decrease in LVMperfusion pressure induced by Ach was 61 ± 3.7% (PD2=7.9[10.8-4.9] in normoglycemic ratsand 23 ± 5 % (5.2[5.8-3.5] and 52 ± 6 %(PD2= 7.4 [10.4-5.7]). The endothelial-indepen-dent response to SNP was not altered in anygroup. D-chiroinositol can restore endothelial re-sponse to Ach in conductance and resistance ves-sels of diabetic rats. Apoio:FUNCAP

01.076EFFECTS OF CHRONIC ETHANOL CONSUMP-TION ON RAT AORTA RESPONSES TO PHE-NYLEPHRINE AND ACETYLCHOLINE. 1Tirapel-li CR, 1Bonaventura D and 2De Oliveira AM. 1De-partment of Pharmacology (FMRP-USP); 2Labo-ratory of Pharmacology (FCFRP-USP).

Introduction: There are many conflicting studiesshowing alterations in vascular responses afterchronic ethanol ingestion. Reports in the litera-ture describe increases, decreases and no changein vascular reactivity to constrictor and relaxingagents. The aim of this work was to investigatethe effects of chronic ethanol consumption uponvascular responses induced by phenylephrine(Phe) and acetylcholine (ACh). Methods: MaleWistar rats were divided into 3 groups: Control(C; received water), Alcoholic (A; received a so-lution of ethanol 20%) and Isocaloric (I; receivedisocaloric amount of sucrose instead ethanol). The

rats were sacrificed at the end of the 2nd, 6th and10th week. The thoracic aorta was removed andplaced in an organ chamber. Concentration-re-sponse curves for Phe (10-10-10-5M) and ACh (10-

10-10-5M) were obtained. Results: Treatment withethanol for 2 weeks enhanced the maximal ef-fect (Emax: gram of developed tension) inducedby Phe (C:1.61±0.08; I:1.77±0.11; A:2.25 ±0.14*). Similar results were found after 6 (C:1.71± 0.11; I:1.71±0.16; A:2.26±0.19*) and 10 weeks(C:1.51±0.11; I:1.51±0.12; A:2.28±0.19*). Nodifferences in the pD2 (-log EC50) values for Phewere observed after treatment with ethanol. TheEmax values for ACh (% relaxation) were not al-tered after treatment with ethanol for 2(C:99.50±0.84; I:98.19±1.89; A:95.97±1.62), 6(C:96.75±3.31; I:99.59±2.01; A:100.45±0.50) or10 weeks (C:94.19±2.48; I:94.80±2.28;A:92.36±2.21). Similarly, treatment with etha-nol did not alter the pD2 values for ACh. *Signif-icant difference from groups C and I (ANOVA fol-lowed by Bonferroni). Conclusion: Chronic etha-nol consumption enhances Phe-induced contrac-tions in rat aortic rings, which is probably notrelated to a reduced production and/or releaseof nitric oxide. Supported by: FAPESP

01.077EFEITOS DO L-NAME, TEA, ODQ, INDOMETA-CINA NA RESPOSTA VASODILATADORA (EN-DOTÉLIO DEPENDENTE)DO VINHO CABER-NET SAUVIGNON PRODUZIDO NO BRASIL.Bártholo TP, Rangel BM, Medeiros TM, RibeiroFM, Miranda DZ, Sica RF, Silveira DBL, Pinto ACA,Carvalho LCRM, Soares de Moura R. Departamen-to de Farmacologia-UERJ-Rio de Janeiro.

Introdução: Dados experimentais na literaturainternacional, mostram um efeito vasodilatadorde vinhos europeus e americanos, Desta formaresolvemos estudar a ocorrência ou não desteefeito em vinho brasileiro. Metodologia: Estuda-mos o vinho brasileiro Cabernet Sauvignon(CS),fabricado pela Vinícola Miolo. Todo o álcool foiretirado em evaporador rotatório à baixa pres-são (50ºC) e posteriormente liofilizado. O efeitovasodilatador do resíduo seco do CS foi estuda-do em leito vascular mesentérico de ratos Wistarperfundido com sol de Krebs e precontraido comnoradrenalina 1-30 µM. A pressão de perfusãofoi continuamente registrada em polígrafo. O efei-to vasodilatador do CS foi testado em prepara-ções controle, após a retirada química do endo-télio com ácido deoxicólico, em vasos pré-trata-dos com L-NAME (inibidor da NO-sintase), TEA(bloqueador dos canais de potássio cálcio depen-dentes), Indometacina (inibidor da ciclooxigena-se) e ODQ (inibidor da guanilato ciclase). Os re-sultados foram avaliados por meio do teste T-Student não pareado. Resultados: Nossos resul-tados mostram um efeito vasodilatador significa-tivo do vinho CS no LVM com DI50 de349±49mcg. Este efeito é endotélio dependen-te, sendo independente da liberação de prosta-glandinas vasodilatadoras ou de EDHF, mas de-pendente da liberação de NO, pois este efeito foisignificativamente reduzido pelo L-NAME e peloODQ. Conclusões: Em termos de nossos resulta-dos, podemos concluir que o efeito vasodilata-dor do vinho CS produzido no Brasil é endotéliodependente e parece envolver a liberação de NO.Possivelmente, à semelhança com os vinhos eu-

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ropeos, esse efeito vasodilatador deva participardo efeito cardioprotetor da ingesta diária de pe-quenas quantidades de vinho tinto.

01.078EFEITO VASODILATADOR DE PRODUTOS OB-TIDOS DE UVA VINÍFERA, VINHOS BRASILEI-ROS E EUROPEUS. ESTUDO COMPARATIVO.Miranda DZ,Rangel BM, Bártholo TP, MedeirosTM, Ribeiro FM, Sica RF, Pinto ACA,Silveira DBL,Carvalho LCRM, Soares de Moura R. Departamen-to de Farmacologia-UERJ-Rio de Janeiro

Introdução:Dados da literatura mostram que oefeito vasodilatador dos vinhos difere de acordocom o método de produção, procedência e vari-edade das uvas viníferas. Desta forma resolve-mos verificar se essa atividade vasodilatadoraocorreria em vinhos brasileiros e em produtosobtidos de uvas cultivadas no Brasil. Paralemen-te, fizemos um estudo comparativo com vinhoseuropeos. Metodologia: Os vinhos e os produtos(suco de uva Maguary e extrato de cascas de uvaVitis labrusca) foram concentrados em evapora-dor rotatório e liofilizados. A atividade vasodila-tadora foi estudada em leito vascular mesentéri-co (LVM) de ratos Wistar, (McGregor) e precon-traidos com infusão de noradrenalina e durantea resposta pressora, injetamos doses crescentesdos diversos vinhos (Chateauneuf du Pape; Val-policella, Cabernet Sauvignon-Vinícola Miolo,Sangue de Boi-Vinícola Aurora) e produtos obti-dos de uvas viníferas A resposta vasodilatadorafoi medida em % de redução da resposta vaso-constrictora da noradrenalina e expressa pelaID50. Resultados. Todos os vinhos e produtos tes-tados mostraram uma atividade vasodilatadorasignificativa com os seguintes ID50 (em µg): ex-trato 44; Cabernet Sauvignon-Miolo 346; Cha-teauneuf du Pape 827; Valpolicella 942; Sanguede Boi, 3927 e suco de uva 4683. Conclusões.Em termos de nossos resultados podemos con-cluir que os vinhos brasileiros, à semelhança comeuropeus apresentam atividade vasodilatadora,sendo o vinho Cabernet Sauvignon o mais ativo.Por outro lado o extrato de cascas de uva foi maisativo que os vinhos sugerindo que o processo deobtenção do extrato é mais eficiente que o pro-cesso de vinificação no que concerne à capacida-de de extração de princípios ativos responsáveispelo efeito vasodilatador.

01.079AUSÊNCIA DE CORRELAÇÃO ENTRE NÍVEISPLASMÁTICOS DE NICOTINA E PRESSÃO AR-TERIAL EM TABAGISTAS DE GRAU IMPORTAN-TE. Barbieri D, Sousa MG, Yugar-Toledo JC, Me-llo SM, Moreno Jr H. Farmacologia Cardiovascu-lar, FCM-UNICAMP.

A nicotina eleva a pressão arterial (PA) e a fre-qüência cardíaca (FC) em não tabagistas e taba-gistas de grau leve. Esses efeitos são controversosem tabagistas de grau importante. Objetivo: In-vestigar a correlação entre os níveis plasmáticosde nicotina (NIC) e alterações no ritmo circadia-no da PA nestes tabagistas sob uso de nicotinatransdérmica (NT). Método: Tabagistas (n=10)em 60 h de abstinência de tabaco receberam NT(21mg/24h) e, após 7 dias, adesivo placebo (AP/

24h). Amostras de plasma (basal, 1, 3, 5, 7, 9,11, 18 e 24h) foram coletadas e analisadas porCromatografia Líquida de Alta Eficiência e medi-das de PA (mmHg) e FC (bpm) foram feitas porMAPA. Resultados: Valores (média ± desvio pa-drão) de NIC, pressões sistólica, diastólica, mé-dia, e de pulso (PAS, PAD, PAM e PP) e FC nostabagistas sob uso de NT nos diferentes tempos(t) são mostrados na tabela abaixo. Não foi de-tectada nicotina em amostras de tabagistas emuso de AP. Não houve diferença estatística na PAentre NT e AP. O descenso noturno foi normalnas 2 condições.

t NIC PAS PAD PAM FC PP 0 14,5±1,7 110±13 70±10 82±10 62±12 40±9 1 20,0±8,5 118±12 79±11 92±11 75±11 39±9 3 26,6±9,2 116±9 75±9 89±8 75±8 41±9 5 32,0±13,9 117±10 78±8 91±8 75±9 39±8 7 33,3±6,3* 116±11 76±11 90±10 78±10* 40±7 9 32,3±11,2 118±8 79±8 91±8 73±9 39±8 11 29,8±6,2 116±11 74±9 87±8 69±7 42±8 18 26,9±7,5 108±9 69±8 82±9 65±11 39±6 24 21,8±2,2 107±14 66±10 80±10 73±17 41±6 * p<0,05 vs tempo 0

Conclusões: O pico plasmático de nicotina ocor-reu em 7 horas e foi associado a um aumento naFC. Não houve correlação entre NIC e alteraçõesno ritmo circadiano da PA em tabagistas de grauimportante. Apoio: FAPESP e CAPES.

01.080MECANISMO DO EFEITO VASODILATADOR DOEXTRATO HIDRO-ALCOÓLICO(EHA) DA ALPI-NIA ZERUMBET (COLÔNIA) NO LEITO VAS-CULAR MESENTÉRICO(LVM). Emiliano AF, Car-valho LCRM, Tano T, Resende AC, Souza MAV eSoares de Moura, R. Departamento de Farmaco-logia e Psicobiologia - UERJ � Rio de Janeiro/RJ

Introdução e Objetivo: Experiências realizadas emnosso laboratório mostraram que o efeito vaso-dilatador da colônia é endotélio dependente edepende da participação do NO. Dando conti-nuidade ao nosso trabalho, resolvemos estudaros demais mecanismos que podem estar envol-vidos na resposta vasodilatadora da colônia.Material e Métodos: O LAM foi isolado de ratosWistar, machos, 220-320g. e perfundido segun-do a técnica de McGregor (1965). A pressão deperfusão foi monitorada continuamente. por umpolígrafo. O EHA foi obtido de folhas secas decolônia trituradas, extraído por uma mistura eta-nol/água, filtrado, concentrado e liofilizado.OLAM foi contraído com norepinefrina (6 a 10 µM),e o efeito vasodilatador da colônia foi estudadoantes e durante a administração com, TEA (1mM), potássio elevado (25 mM), 4-aminopiridi-na (1 mM), glibenclamida (1 µm), ODQ (1 µM)indometacina (0,3 µM). Resultados: O efeito va-sodilatador da colônia (5,3± 0,5 µg) foi signifi-cativamente inibido pelo TEA, potássio elevadoe pelo ODQ, sendo porém parcialmente inibidoem preparações tratadas com indometacina eglibenclamida. O efeito da colônia não foi inibi-do pela 4-aminopiridina. Conclusão: Nossos tra-balhos sugerem que o NO, EDHF e GMPc pare-cem contribuir significativamente para o efeitovasodilatador da colônia, o qual envolve parcial-mente a liberação de prostaglandinas dilatado-ras e ativação de canais de K ATP dependente.Possivelmente os canais de potássio voltagemdependente não participam do efeito vasodila-tador da colônia. Apoio Financeiro: CNPq, FA-PERJ

01.081EFEITOS RENAIS INDUZIDOS PELA LECTINADE SEMENTES DE CRATYLIA FLORIBUNDA.HAVT. A., Barbosa, P.S.F., Nobre, A.C.L., Martins,A.M.C.,Teixeira, E.H., Facó, P.E.G., Oliveira,A.M.M., Sousa, T.M., Soares, T.F.C, Rocha, A.M.S.,Fonteles, M.C., Cavada, B.S, Monteiro, H.S.A.Depto Fisiologia e Farmacologia e Departamentode Bioquímica da Universidade Federal do Cea-rá.

Introdução: As lectinas apresentam-se como pro-teínas que exercem suas funções através da liga-ção às moléculas de carboidrato. O objetivo des-te trabalho é identificar os efeitos renais promo-vidos pela lectina de semente de Cratylia flori-bunda (CfL) no modelo de rim isolado de rato.Métodos: Utilizamos ratos Wistar (250-300 g)anestesiados com pentobarbital sódico (50mg/kg). Os rins foram retirados seguindo a técnicacirúrgica descrita por Fonteles MC et al, Am. J.physiol. 244, p. 235, 1983. Os rins (n=6) fo-ram. Os 30 primeiros minutos foram usados comocontrole interno (CI), e analisados por teste t deStudent com *p< 0,05. Resultados: A lectina dasemente de Cratylia floribunda alterou a funçãorenal com efeito máximo no período de 120 mi-nutos. Houve aumento da pressão de perfusão(CI120 =101,0 ±1,9;CfL120 = 118,9 ± 4,2mmHg, *p<0,0006) da resistência vascular re-nal (CI120 =4,41 ± 0,19; CfL120 =5,22 ±0,31mmHg/mL/g/min, *p<0,034) e da excreçãode potássio (CI120 =1,05 ± 0,064; CfL120=1,26 ± 0,11 mEq/g/min, *p = 0,07). O trans-porte tubular total de potássio, (CI120 = 71,64± 1,62; CfL120 = 58,62 ± 5,44 %, *p< 0,03)transporte tubular proximal de potássio (CI120= 66,71 ± 2,16; CfL120 = 53,86 ± 5,41 %,*p= 0,04) e transporte distal de potássio (CI120=14,66 ± 1,44; CfL120 = 10,65 ± 0,66 mL/g/min, *p = 0,017) apresentaram redução após aadministração da lectina em questão. Os trans-portes tubulares de sódio e cloro assim como oritmo de filtração glomerular e o fluxo urinárionão foram alterados. Conclusões: Os resultadossugerem um efeito no aumento da pressão deperfusão associado a uma alteração no transpor-te de potássio ao longo de todo o túbulo renal,sugerindo um aumento da permeabilidade dopotássio. Apoio: CAPES/CNPq

01.082ALTERAÇÕES FUNCIONAIS RENAIS PROMO-VIDAS PELA LECTINA DE SEMENTE DE CANA-VALIA ENSIFORMIS (CONA). HAVT,A. Barbo-sa, P.S.F., Nobre, A.C..L., Teixeira, E.H., Martins,A.M.C., Facó, P.E.G., Monteiro, A.M.O., Soares,T.F.C., Bezerra, I.S.A.M., Angelim, E.V.,Ramos,L.M.A., Fonteles, M.C., Cavada, B.S., Monteiro,H.S.A. Departamento de Fisiologia e Farmacolo-gia e Departamento de Bioquímica da Universi-dade Federal do Ceará.

Introdução: A literatura descreve que as lectinaspodem se ligar diferentemente às diversas célu-las do néfron dependendo da especificidade àsmoléculas de carboidrato. O Objetivo deste tra-balho é avaliar os efeitos da lectina de sementesde Canavalia ensiformis sobre a fisiologia renalutilizando o método de rim isolado de rato. Mé-

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XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica ExperimentalFarmacologia Cardiovascular e Renal

todos: Ratos Wistar foram anestesiados com pen-tobarbital sódico (50 mg/kg) e os rins foram reti-rados seguindo a técnica descrita por Fonteles etal., Am. J. physiol. 244, p. 235, 1983. Os rins(n=6) foram perfundidos por 120 minutos e alectina foi adicionada ao sistema sempre aos 30minutos de cada experimento. Os efeitos máxi-mos foram observados sempre nos últimos 30minutos dos experimentos (120 minutos).Os da-dos foram avaliados por teste t de Student com*p<0,05. Resultados: A lectina de ConA causouum aumento da pressão de perfusão (CI120 =104,5 ± 1,4; ConA120 113,3 ± 0,67 mmHg, p= 0,0052), e da resistência vascular renal (CI120= 4,48 ± 0,06; ConA120 4,86 ± 0,029 mmHg/mL/g/min p = 0,0053). Observamos queda nosparâmetros de percentual de transporte tubularde sódio, potássio e cloro apenas no período de60 minutos. Contudo, a excreção destes três íons,assim como o fluxo urinário e o ritmo de filtra-ção glomerular não foram afetados. Conclusões:Esses resultados sugerem que a lectina da sementede Canavalia ensiformis causou uma leve disfun-ção na fisiologia renal afetando principalmenteos parâmetros vasculares.

01.083ENVOLVIMENTO DO ENDOTÉLIO NO EFEITOVASODILATOR DO EUGENOL NO LEITO ME-SENTÉRICO VASCULAR DE RATO. 1Madeira,S.V.F, 2Soares de Moura, R. & 1Criddle, D.N. 1LA-FACI, Departo de Ciências Fisiológicas, UECE, CE.2Departamento de Farmacologia, UERJ, RJ.

Introdução e objetivos: O eugenol é encontradoem plantas aromáticas, sendo utilizado para tra-tamento dental. Apresenta efeito vasorelaxadorpor um mecanismo ainda não elucidado. Avalia-mos a ação do eugenol no leito mesentérico vas-cular (LMV) de rato, procurando uma possívelinfluência do endotélio. Métodos e Resultados:O LMV de ratos machos Wistar (250-350g) foimontado para medida de pressão de perfusão(PP) com fluxo constante de 4ml.min-1. Injeçõesbôlus de eugenol (0,2, 2 e 20µmol), acetilcolina(ACh) (10, 30 e 100pmol) e nitroglicerina (GTN)(1µmol) elicitaram vasodilatação dependente dadose sobre o aumento estável da PP induzida porNOR (10-5 M) (89,0±8,6mmHg; n=8). Uma re-dução na PP foi obtida pelo eugenol de50,6±4,0% (n=8) na dose de 20 µmol, seme-lhante ao efeito vasodilatador da ACh e GTN, nasconcentrações de 30 pmol (52,0±6,6%; n=8) e1µmol (45,5±4,9%; n=8), respectivamente. Osefeitos vasodilatadores do eugenol e ACh, foramreduzidos pelo deoxicolato em 17% e 73%, res-pectivamente, na dose de 20µmol e 100pmol(p<0,05). Entretanto, o efeito vasodilatador doeugenol não foi inibido por L-NAME (300µM;n=6), TEA (1mM; n=6), sendo que a ACh teveseu efeito inibido parcialmente por ambas. A in-dometacina (3µM; n=6) não modificou a açãodo eugenol. Conclusão: Nossos resultados mos-traram que o eugenol exerceu um efeito vasodi-lator no LMV, que foi parcialmente dependentedo endotélio mas, provavelmente independentede óxido nítrico, prostaciclina e fator hiperpola-rizante. Apoio Financeiro: CNPq e CAPES.

01.084EFEITOS DO EXTRATO AQUOSO DA Bauhiniaungulata (EABU) NA PRESSÃO ARTERIALMÉDIA (PAM) DE RATOS NORMOTENSOS.Kerntopf, M.R.; Nascimento, N.R.F; Vale, D.S.;Fonteles, M.C. Machado, M.I.L. IBIMED, UFC/UECE, Fortaleza, Ceará.

Introdução e objetivos: A Bauhinia ungulata éuma Ceasalpinaceae popularmente conhecidacomo �pata de vaca� cujas folhas são usadas comodecocto no tratamento da diabetes mellitus. Nopresente estudo, como parte de estudos de vali-dação e caracterização farmacológica, foram ana-lisados o efeito do EABU na pressão arterial mé-dia (PAM) de ratos normotensos. Métodos: Ra-tos Wistar machos foram anestesiados com pen-tobarbital sódico (50 mg/kg; i.p) e PAM foi regis-trada diretamente por meio de transdutor depressão. O efeito do EABU (10, 30 e 100 mg/kg)na PAM e em animais pré-tratados com bloque-adores em doses suficientes para bloquear ago-nistas específicos, a saber, atropina (Atr; 1 mg/kg), fentolamina (PHE; 0,1 mg/kg), kentaserina(20 mg/Kg), indometacina (40 mg/Kg), prome-tazina (1mg/Kg) e propranolol (2 mg/Kg) hexa-metônio (Hex; 5 mg/kg) foram estudados. Osdados foram analisados pela ANOVA seguida deBonferroni com significância de 5%. Resultados:EABU provocou queda dose-dependente na PAM(mmHg) na ordem de 29,7 ± 2,9; 31,9 ± 2,6 e59 ± 3,6, respectivamente. O efeito hipotensordo EABU na dose de 100 mg/Kg foi de 49,8 ±5,0 antes e 44,3 ± 5,4 após pré-tratamento comAtr, de 38,2 ± 4,5 antes e 27,6 ± 2,5 após trata-mento com PHE, de 53,6 ± 9,0 antes e 39,3 ±9,8 após tratamento com kentaserina, de 33,8± 4,2 antes e 33,8 ± 3,3 após tratamento comindometacina, de 38,9 ± 8,9 antes e 40,0 ± 6,0após tratamento com prometazina e de 54,5 ±1,9 antes e 43,1 ± 4,3 após tratamento compropranolol e de 57,0 ± 10,6 antes e 0,7 ± 0,7após pré-tratamento com Hex, p< 0,05. Conclu-sões: O extrato etanólico da Bauhinia ungulatateve efeito hipotensor relacionado, provavelmen-te, ao bloqueio ganglionar. Apoio: FUNCAP eCNPq

01.085EFEITOS DA NANOENCAPSULAÇÃO DO HA-LOFANTRINO SOBRE AS ALTERAÇÕES DO ECG.Leite EA1, Grabe-Guimarães A1, Guimarães HN2,Mosqueira VCF1, 1Depto. de Farmácia, UFOP, MG;2Depto. de Engenharia Elétrica, UFMG, MG

O halofantrino (Hf) é um antimalárico com po-tencial efeito arritmogênico, induzindo ao pro-longamento do intervalo QT do eletrocardiogra-ma (ECG). Formulações de nanocápsulas de Hf(NC-Hf), desenvolvidas em trabalhos anteriores,mostraram melhor biodistribuição quando com-paradas com a solução de Hf em DMA/PEG/gli-cose injetados por via intravenosa (i.v.). OBJETI-VO: Esse trabalho teve por objetivo comparar osefeitos de diferentes formulações de Hf sobre osparâmetros cardiovasculares para confirmar aredução da cardiotoxicidade do fármaco após ananoencapsulação, possibilitando sua potencial

utilização no tratamento da malária por via i.v.MÉTODOS E RESULTADOS: Ratos Wistar machos(250-300g) foram anestesiados e traqueostomi-zados, tiveram veia e artéria femorais cateteriza-das para injeção do fármaco e registro de pres-são arterial (PA), respectivamente, e eletrodosforam colocados no tecido subcutâneo para aqui-sição do sinal do ECG na derivação DII. Esses ani-mais, divididos em quatro grupos experimentais,receberam: Hf livre diluído em DMA/PEG/glicose(150mg/kg); NC-Hf (150mg/kg); solução deDMA/PEG/glicose e NC branca (sem o fármaco).As NC foram preparadas pelo método de nano-precipitação, apresentando tamanho inferior a200nm.

ANÁLISE DO ECG

0

30

60

90

QT QTc PR QRS

% d

e va

riaçã

o Hf livre

NC-Hf

Os registros da PA e do ECG foram obtidos digi-talmente, numa freqüência de amostragem de600Hz, por 10min antes e 30min após a injeçãodas diferentes formulações. As variações percen-tuais dos parâmetros analisados: intervalos QT,PR, QRS e índice de Bazzett (QTc) estão apresen-tadas na figura ao lado. CONCLUSÃO: Os resulta-dos sugerem que a encapsulação do halofantri-no leva à proteção da atividade cardíaca, prova-velmente pela capacidade das nanocápsulas emalterarem a biodistribuição do Hf, retendo-o pormaior tempo no compartimento plasmático.Apoio financeiro: CNPq, UFOP, FAPEMIG-MG,WHO.

01.086A SIMPATECTOMIA FARMACOLÓGICA INDU-ZIDA COM RESERPINA NO RATO, PROVOCALESÃO NO MIOCÁRDIO E INVIABILIZA O ES-TUDO ESTRUTURAL E ELÉTRICO NESTE MO-DELO EXPERIMENTAL. Barbosa, Publio P.P.; San-tos, Bruna F.D.L.E.; Ramos, Agnes, F.J.; Vieira,Arthur D.; Houly, Ricardo S. Laboratórios de Far-macologia e Toxicologia-Setor de Produtos Natu-rais, Depto. FSO, CCBi, e Anatomia Patológica doHospital Universitário, Universidade Federal deAlagoas, [email protected].

Introdução. A reserpina é um alcalóide da Ra-wolfia serpentina L., utilizada para obtenção desimpatectomia experimental na dose de 2-3 mg/kg (I.P.) por 3 dias. Esta, provoca depleção decatecolaminas das fibras pré-ganglionares simpá-ticas e da medula das glândulas adrenais comconseqüente efeito antihipertensivo. Objetivo.Visou estudar a influência do tratamento agudoe subcrônico com reserpina no rato, sobre a inte-gridade estrutural e elétrica do miocárdio. Meto-dologias. Ratos Wistar adultos (Biotério do CCBi -UFAL) foram divididos em 7 grupos: controle (sa-lina � 10 mL/kg i.p.); reserpina (0,5, 1 e 2,5 mg/

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Farmacologia Cardiovascular e Renal XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

kg i.p.�tratamento agudo); reserpina (2,5 mg/kgi.p. por 3 dias); reserpina (5 mg/kg, i.p. por 3dias); reserpina + isopropilarterenol -IPA -(2,5mg/kg i.p. por 3 dias + IPA�30 mg/kg, s.c., após1 dia); reserpina + IPA (tratado por 1 dia-1 mg/kg i.p. + IPA 30 mg/kg s.c., após 1 dia) e IPA (30mg/kg s.c.). O ECG foi registrado nas derivaçõesDI, DII, DIII, aVR, aVL e aVF, 24 horas posterioresaos tratamentos. O sangue foi coletado do plexoorbital para as taxas séricas de aspartato amino-transferase e alanina aminotransferase em espe-trofotômetro UV. Resultados. O ECG mostrou au-mento significativo do Índice de Lesão do Mio-cárdio Elétrico (ILME) obtido a partir da médiadas freqüências das ondas Q-S-T em 10 ciclos de6 derivações do ECG por rato; ocorreu elevaçãodas dosagens de AST e ALT em relação ao con-trole (p< 0,05). Conclusão. Os resultados eviden-ciaram que a reserpina provocou lesões no mio-cárdio e possivelmente no hepatócito do rato, eque a reserpina seria uma droga de má escolhapara simpatectomizar o rato visando o estudo domiocárdio funcional e elétrico. Auxílio Financei-ro: HU-UFAL-CLINICOR

01.087EFEITOS RENAIS PROMOVIDOS PELA LECTI-NA DE SEMENTE DE DIOCLEA GUIANENSIS(DGUIL). Havt, A. Barbosa, P.S.F., Monteiro,A.M.O., Martins, A.M.C., Teixeira, E.H., Nobre,A.C.L,Facó, P.E.G. Fonteles, M.C., Cavada, B.S.,Monteiro, H.S.A. Departamento de Fisiologia eFarmmacologia e Departamento de Bioquímicada Universidade Federal do Ceará.

Introdução: O efeito da lectina de sementes deDioclea guianensis na fisiologia renal nunca foiavaliado. Diante deste fato o objetivo deste tra-balho é avaliar os possíveis efeitos da lectina dassementes de Dioclea guianensis no método derim isolado de rato. Métodos: Ratos Wistar, anes-tesiados com pentobrabital sódico (50 mg/kg),foram seccionados em sua parede abdominalseguindo a técnica descrita por Fonteles et al, Am.J. Physiol. 244, 235-246, 1983. Os rins (n=5)foram perfundidos por 120 minutos por umasolução de Krebs-Henseleit modificada com de 6g% de albumina bovina sérica. Os trinta primei-ros minutos foram usados como controle interno(CI) comparado (Teste t de Sudent, *p< 0,05) atrês períodos de 30 minutos (60, 90 e 120 minu-tos). A lectina foi adicionada sempre após os 30minutos iniciais. O efeito máximo foi sempreobservado no período de 120 minutos. Resulta-dos: Observamos aumento da pressão de perfu-são (CI120 = 99,45 ± 1,39; DguiL120 135,7 ±5,03 mmHg, p < 0,0001), e da resistência vas-cular renal (CI120 = 4,13 ± 0,12; DguiL120 5,60± 0,18 mmHg/mL/g/min p < 0,0001). Os per-centuais dos transportes tubulares distais de só-dio (CI120 = 21,57 ± 1,58; DguiL120 = 15,06± 2,02 %, p = 0,0168), potássio (CI120 = 14,99± 0,88; DguiL120 = 11,40 ± 1,35 %, p =0,0343) e cloro (CI120 = 21,20 ± 1,65; DguiL120=12,62±1,71%, p = 0,0012) foram reduzidos.Observamos ainda um aumento da excreção desódio e cloro. Conclusões: Estes resultados nosfazem sugerir que a lectina de sementes de Dio-

clea guianensis possivelmente afetou o transpor-te distal dos túbulos renais aumentando a excre-ção dos íons sódio e cloro. Este efeito tubularpode ser associado a uma alteração nos parâme-tros vasculares. Financiamento: CAPES/CNPq

01.088STUDY OF THE RENAL SENSIBILITY TOUROGUANYLIN DEVELOPED BY HIGH-SALTINTAKE. 1Prata, R.B., 1Barbosa, P.H., 1Monteiro,H.S.A., 2Forte, L.R., 1Fonteles, M.C., 1Clinical Re-search Unit - Federal and State Universities ofCeará, Fortaleza-Ce, Brazil, 2Department of Phar-macology, University of Missouri and TrumanVAMedical Center, Columbia, MO, USA.

Aims & Backgrounds: Uroguanylin (UROG) pep-tide was recently discovered in the urine of opos-sum and was characterized as an intestinal natri-uretic hormone that acts through the activationof transmembrane guanylyl cyclases signalingmolecules. It is likely that such hormone partici-pates in the maintenance of osmolar balance fol-lowing the ingestion of salty meals. We recentlydemonstrated that a chronic ingestion of saline2% for ten days greatly primed the kdney to theresponses to UROG. In the present work we in-vestigated if a lower concentration of saline (1%)would continue to prime the kidney in the sameextent as saline 2% . Methods & Results: Wistar-Kyoto rats (250-300g) were kept in metaboliccages for 10 days in a 12-h light-dark cycle andreceived 2% sterile saline (HS2%), 1% sterilesaline (HS1%) or standard tap water (NS). Urinesamples were collected daily and analyzed forNa+, K+, Cl-, volume and cGMP. The rats werethen fasted from food for 24h. The right kidneyswere perfused with modified Krebs-Henseleit so-lution (MKHS) containing albumin 6g%. Urineand perfusate aliquots were collected at 10-minintervals and analyzed for inulin, Na+, K+ and Cl-

. Fractional electrolyte excretions were determinedby the conventional clearance formula. Each ex-periment was 120-min long. A 30-min internalcontrol period was allowed for blood washout.Afterwards, UROG (0.06µM) was introduced intothe perfusate in both HS and NS rat kidneys. Re-sults were compared with control kidneys treat-ed only with MKHS. In HS2% rats, UROG(0.06µM) induced a significant increase in frac-tional Na+ excretion (%ENa+; from 18,6±2.3 to33.0±5.0, 60min, P<0.05) and in urine flow rate(UF; from 0.18±0.01 to 0.40±0.08, 120 min,P<0.05). On the other hand, in HS1% animalsUROG (0.06µM) had no effect in fractional ex-cretions and a lower effect in urine flow rate (UF;from 0.18±0.01 to 0.21±0.01, 120 min, P<0.05).UROG in the same concentration induced nochanges in %ENa+ or UF in NS rats throughoutthe experimental time. Conclusion: The presentstudy demonstrates that the priming effect to theresponses to UROG elicited by salt is dependenton the amount of salt ingested. Thus, UROG maybe involved in the regulation of salt excretion inhigh-salt diets, playing a contributory role in themechanisms involved in the maintenance of saltbalance. Financial support: CNPq and FUNCAP.

01.089ESTUDO DA ATIVIDADE ANTICONVULSIVAN-TE DO EXTRATO DE HIPÉRICO EM RATOS. Ju-liana Caierão, Ana Graciela Ventura, Paulo L. F. F.Barros, Helena M. T. Barros Pós-Graduação emFarmacologia, Fundação Faculdade Federal deCiências Médicas de Porto Alegre

O Hypericum perforatum é uma planta que pos-sui reconhecida eficácia terapêutica como anti-depressivo, devido a sua atuação sobre algunsneurotransmissores centrais. OBJETIVO: o presen-te trabalho propõe-se a analisar possíveis efeitosanticonvulsivantes de diferentes doses do extra-to de hipérico em modelos animais. MATERIAISE MÉTODOS: no estudo, foram utilizados 24 ra-tos albinos Wistar, divididos em três grupos, quereceberam doses crescentes do extrato (125, 250e 375 mg/kg). Trinta minutos após a administra-ção, foram submetidos ao eletrochoque transcor-neal (ECT) 150 V por 0,2 segundos. Analisou-se,então, a latência para a extensão e a duraçãodas contraturas tônicas, isoladamente, nas patasanteriores e nas posteriores. RESULTADOS: a du-ração das contraturas tônicas nas patas posterio-res apresentou redução significativa, quando uti-lizada a maior dose, em relação às demais. Operíodo de latência nas patas posteriores mos-trou significância estatística apenas quando com-parada às doses de 250 mg e 375 mg/kg. Nãohouve diferença significativa tanto no tempo deduração das contraturas tônicas quanto no tem-po de latência das patas anteriores. CONCLUSÃO:as comprovações estatísticas desse estudo nãosuficientes para demonstrar o efeito anticonvul-sivante do extrato de hipérico. Apenas demons-trou-se um efeito redutor da intensidade das cri-ses convulsivas através da diminuição da dura-ção das contraturas tônicas. É necessário o de-senvolvimento de um estudo de utilização contí-nua (14 dias).

01.090PERFIL LIPÍDICO E FUNÇÃO RENAL EM RA-TOS ALIMENTADOS CRONICAMENTE COMDIETAS MODIFICADAS QUANTO AO CONTEÚ-DO DE ÁCIDOS GRAXOS. Nascimento Gomes,G; Zaladek Gil, F; Valente Gamba, C; Zeraib Cara-viello, A; Matsushita, A; Alves, GM; Nunes da Sil-va, L (PIBIC)

Introdução: O envelhecimento é caracterizado porum declínio progressivo da função renal que podeou não ser acelerado por fatores externos. Esteexperimento investiga a intervenção dos fatoresque influenciam no envelhecimento através dofornecimento crônico de dietas modificadas quan-to ao conteúdo lipídico. Métodos: Foram utiliza-dos ratos machos Wistar-EPM de 3 meses de ida-de, divididos em 4 grupos de dietas conforme asuplementação fornecida (controle, óleo de ca-nola, óleo de peixe e manteiga) e avaliados apósreceberem dieta enriquecida em 5% com os lipí-deos por 3 e 9 meses. Durante esse processo fo-ram averiguados: peso corporal semanal, controleda ingestão diária, proteinúria de 24 horas, rit-mo de filtração glomerular, fluxo plasmático re-

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nal, perfil lipídico, pressão arterial e glicemia, pH,pCO2, bicarbonatos sangüíneo e urinário. Resul-tados: Os ratos que ingeriram dietas com lipíde-os mostraram ganhar mais peso ao longo do ex-perimento. A suplementação alimentar crônicacom diferentes ácidos graxos não alterou a glice-mia, bem como a pressão arterial dos grupos es-tudados. Os resultados do Ritmo de Filtração Glo-merular para os grupos controle, canola, peixe emanteiga de 6 meses foram, respectivamente,6.40+-0.45, 4.45+-0.18, 4.35+-0.25 e 4.42+-0.28 mL.min-1.Kg-1. Discussão: Os dados obti-dos até aqui falam contra uma possível porteçãode injúria renal obtida pela administração de di-etas com ácidos graxos insaturados neste tipo demodelo estudado com animais idosos. Auxílio:FAPESP e CNPq.

01.091EFEITO BENÉFICO DO MINALRESTAT, UM INI-BIDOR DA ALDOSE REDUTASE, SOBRE ASRESPOSTAS DIMUNUÍDAS DE MICROVASOSNO DIABETES EXPERIMENTAL. Akamine, E.H.1;Hohman, T.C.2; Nigro, D.1; Carvalho, M.H.C.1;Tostes, R.C.1; Fortes, Z.B.1. 1Departamento de Far-macologia � ICB � USP; 2Pharmacia & Upjohn

Introdução: Alterações funcionais dos vasos damicrocirculação são observadas no diabetes me-llitus. A via dos poliois (aldose redutase e polioldesidrogenase) está envolvida nas complicaçõesdo diabetes podendo ter papel importante nosdistúrbios vasculares dessa doença.. Sendo assim,o objetivo do trabalho foi verificar os mecanis-mos pelos quais o minalrestat, inibidor da aldoseredutase, corrige as respostas diminuídas de ar-teríolas aos mediadores inflamatórios em ratosdiabéticos.Métodos: Ratos Wistar machos tornados diabéti-cos por injeção de aloxana (40 mg/kg, i.v.) foramtratados (Mi) ou não com minalrestat (10 mg/kg/d/30d). Utilizando microscopia intravital, foiverificada a variação do diâmetro (em %) dasarteríolas mesentéricas em resposta à bradicini-na (30 pmol), histamina (2,7 nmol) e PAF (39pmol) antes e após aplicação tópica de NG-nitro-L-arginina metil ester (L-NAME) e tetraetilamô-nio (TEA) ou tratamento agudo com diclofena-co.Resultados: As respostas de arteríolas à bradicini-na, histamina e PAF, reduzidas em ratos diabéti-cos, foram corrigidas pelo minalrestat (tabela). Obloqueio da síntese do óxido nítrico e a inibiçãoda hiperpolarização, mas não da cicloxigenase,inibiram as respostas aos mediadores inflamató-rios em ratos tratados com minalrestat (tabela).Discussão: Estes dados sugerem que o tratamen-to com inibidor da aldose redutase corrige as res-postas reduzidas em ratos diabéticos facilitandoa hiperpolarização e restabelecendo os níveis deNO.

Controle Diabético Mi Diclofenaco L-NAME TEA

Bradicinina 12,0±0,5

(8) 6,4±0,6*

(8) 10,2±0,8

(8) 11,1±0,4

(8) 5,2±0,3*

(9) 5,4±0,5*

(10)

Histamina 9,9±0,4

(8) 5,1±0,3*

(8) 10,7±0,8

(9) 9,3±0,8

(8) 5,2±0,5*

(9) 5,5±0,5*

(10)

PAF 10,5±0,6

(8) 5,7±0,7*

(8) 12,7±0,8

(8) 10,7±0,5

(8) 4,3±0,3*

(9) 5,0±0,5*

(10)

* P < 0,05 em relação a controle, DM e diclofenaco.

Apoio financeiro: FAPESP

01.092BRADYKININ B1 RECEPTOR ANTAGONIST INPARATRIGEMINAL NUCLEUS ATTENUATESPRESSOR RESPONSE TO SCIATIC NERVE STIM-ULATION. *Koepp J.; Caous, C.A.; Balan, A.C.;Yu, Y.G.; Lindsey, C.J.; *Rae G.A. Departments of*Pharmacology, Universidade Federal de SantaCatarina, Florianópolis and Department of Bio-physics, Universidade Federal de São Paulo, SãoPaulo, Brasil.

Introduction: The paratrigeminal nucleus (Pa5),a small structure of the dorso-lateral medulla, isan important neural pathway for the cardiovas-cular component of the somatosensory reflex(SSR), since contralateral or bilateral Pa5 lesionsreduce pressor responses to sciatic nerve stimu-lation (SNS). Bradykinin (BK), a peptide withimportant roles in peripheral and central cardio-vascular and pain mechanisms, evokes pressorresponses when microinjected into the Pa5. Wenow examine whether microinjections of Des-Arg10 Hoe-140 (B1 receptor antagonist) influ-ence pressor response to SNS. Methods and Re-sults: Mean arterial pressure (MAP) changes in-duced by SNS (square 1 ms and 0.6 mA pulses at20 Hz for 10 s) were monitored before and afteripsi-, contra- or bilateral Pa5 microinjections ofDes-Arg10HOE-140 (20 pmol/0.2 ul) in isoflu-rane-anesthetized, paralyzed and artificially-ven-tilated adult Wistar rats. SNS increased MAP from87 +/- 3 to 106 +/- 3 mmHg (i.e. +19 +/- 3mmHg) in sham rats. Bilateral and contralateralPa5 injection of Des-Arg10HOE-140 reduced thepressor response to SNS from 20 +/- 2 to 11 +/- 1 mmHg (43% inhibition) and 17 +/- 1 to 10+/- 2 mmHg (40% inhibition) respectively. Ipsi-lateral injection failed to alter the pressor responsesignificantly (29.3 % inhibition). Conclusion: Theresults suggest that endogenous BK in the Pa5plays an important role in mediating, via B1 re-ceptors, the SSR evoked by SNS. Support: Fapespand CNPq

01.093THE EFFECTS OF PARATRIGEMINAL NUCLE-US LESION ON CARDIOVASCULAR RESPONS-ES TO HIGH AND LOW FREQUENCIES OF SCI-ATIC NERVE STIMULATION. Caous, C. A.; Bal-an, A. C.; �Koepp, J.; Yu, Y. G.; �Rae, G. A. andLindsey, C. J. - Departamento de Biofísica,UNIFESP, SP, �Departamento de Farmacologia,UFSC, SC, Brazil

Introduction: Paratrigeminal nucleus (Pa5), a cellcollection at dorsal lateral medulla, may act as aprimary site of somatosensory and other affer-ents from V, IX and X cranial nerves and projectto nucleus of solitary tract, rostroventrolateralreticular and parabrachial nuclei. Nociceptivestimulation of sciatic nerve (SNS) could be atten-uated by contralateral or bilateral Pa5 lesion. Thepresent work aims at differential study of highand low frequencies of nociceptive stimuli. Meth-ods: The sciatic nerve of anaesthetized, paralyzedand artificially-ventilated male adult rats wererespectively stimulated with 2, 10 and 20Hz,0.6mA before and after Pa5 lesion with ibotenicacid. The changes in arterial pressure (AP) andheart rate (HR) responding to the SNS were mon-itored before, during and after Pa5 lesion(s). Re-

sults: The AP responses to high-frequency (20Hz)SNS were attenuated by bi- or contralateral Pa5lesion by 50% (from 14±1.8 to 7±1.1mmHg)or 90% (from 27.8±7.8 to 7±7mmHg), respec-tively. Low-frequency (2Hz) in bilateral lesionenhanced the responses of SNS by 10% (from8.5±1 to 9.2±1.7mmHg) but in contralateralreduced about 5% (from 13.8±4 to10±4mmHg). Ipsilateral Pa5 lesion followed by2, 10, 20 Hz stimulations did not significantlyalter the pressor response. Intermediate frequency(10Hz), in contra- or bilateral lesion(s) attenuat-ed AP response by 30% (from 20.5±4 to14.8±4mmHg) and 14% (from 13.2±2 to11±1mmHg), respectively. Discussion: The Pa5,as many other relay nuclei, receives complex in-puts from widespread afferents containing fre-quency-differentiated fibers. Based on the presentstudy, high and low frequencies may activate thesomatosensory reflex via different paths. Pa5 mayplay an important role in the process of SSR bydifferentiated pathway.

01.094EFEITO DO INIBIÇÃO DA HEME-OGIGENSEPELO ZNDPBG SOB AS RESPOSTAS INDUZI-DAS PELO L-GLUTAMATO NOS NÚCLEOS DOTRATO SOLITÁRIO DE RATOS ANESTESIADOS.Almeida, V.A. de, Abdala, A.P.L., Sato, M.A., Co-lombari, E.Dept.Fisiologia- UNIFESP-EPM, SãoPaulo- SP

Objetivos: Em trabalhos anteriores mostramosque a inibição da produção endógena de monó-xido de carbono (CO) com Zinco Deuterporfirina2,4bis glicol (ZnDPBG) atenua as respostas pro-duzidas pela microinjeção de 1-glutamato (hiper-tensão e bradicardia) no NTS de ratos acorda-dos, o que suscita a hipótese de uma possívelinteração entre o CO e a neurotransmissão nestenúcleo no controle cardiovascular. Portanto nos-so objetivo é avaliar o papel da inibição do COpela microinjeção de ZnDPBG no NTS de ratosanestesiados. Métodos e Resultados: Os ratos fo-ram anestesiados com cloralose e uretana 500mg/ml e 33mg/ml, utilizando 0,8 ml,kg dessa mistu-ra EV, traqueostomizados e submetidos à cranio-tomia parcial para a exposição do tronco cere-bral. As microinjeções no NTS intermediário fo-ram feitas utilizando-se as seguintes coordena-das em relação ao calamus scriptorius: 0,5 mmrostral; ± 0,5mm lateral ; 0,5 mm abaixo da su-perfície ventral. Inicialmente era feita a microin-jeção controle de 1-glutamato (5nmol/100nl) queproduzia hipotensão (-40±4 mmHg) e bradicar-dia (-67± 16bpm). Dez minutos depois era reali-zada a microinjeção de ZnDPBG que promoveuredução significante da pressão arterial médiabasal (de 104±9 para 76±9mmHg), sem promo-ver alterações significantes da freqüência cardía-ca (370±25 bpm vs 338±32bpm). Cinco minu-tos após a microinjeção de ZnDPBG era feita novamicroinjeção de 1-glutamato que apresentou re-dução da resposta hipotensora (-12±10mmHg)e bradicardia (-11±28 bpm) comparada à res-posta controle (antes de ZnDPBG). Conclusão: Osresultados sugerem que o CO dependente daheme-oxigenase participa dos mecanismos hipo-tensores e bradicárdicos ativados pelo 1-Glu noNTS em ratos anestesiados . Apoio Financeiro:FAPESP, CNPq (PRONEX).

Page 22: Farmacologia Cardiovascular e Renal · 79 XXXIV Congresso Brasileiro de Farmacologia e TerapŒutica Experimental Farmacologia Cardiovascular e Renal 01.001 A VIA L-ARGININA-ÓXIDO

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Farmacologia Cardiovascular e Renal XXXIV Congresso Brasileiro deFarmacologia e Terapêutica Experimental

01.095EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO COM L-ARGINI-NA SOBRE A FUNÇÃO RENAL DE RATOS PA-RATIROIDECTOMIZADOS. Carla Coelho LopesGonzales, Maria Etsuco M. Oshiro, Frida ZaladekGil. Departamento de Fisiologia, Departamentode Biofísica, UNIFESP - EPM

Introdução: Alguns estudos tem abordado a in-teração de hormônios vasoativos na função re-nal. Objetivos: Neste trabalho, o efeito da admi-nistração de L-Arginina na função renal de ratostiroparatiroidectomizados (TPTX) foi observado,com o intuito de se avaliar a interação entre os

sistemas parato-hormônio (PTH) e L-Arginina-Óxido Nítrico. Material e métodos: Foram avali-ados função renal, pressão arterial e resistênciavascular do leito mesentérico em animais TPTXcom (grupo TPTX+Larg) ou sem suplementaçãode L-Argina, 2% (grupo TPTX). Resultados: o rit-mo de filtração glomerular, diminuído em TPTXnão sofreu alteração após suplementação com L-Arg (controle: 6.87+0.33,TPTX, 4.88+0.26 eTPTX+L-Arg, 4.88+0.28). Os animais TPTX ti-veram uma pressão arterial aumentada, que sereduziu com a administração de L-Arg. O leitovascular mesentérico dos animais TPTX mostrouuma hiposensibilidade ao relaxamento induzido

por ACTh. No grupo TPTX+L-Arg o relaxamentonão foi diferente daquele obtido no grupo con-trole. Sumário e conclusões: nossos dados mos-tram que a administração de L-Arg não reverteuos efeitos vasoconstritores na vasculatura renalobservados nos animais TPTX. No leito mesenté-rico, os efeitos vasoconstritores causados pelaausência do PTH foram revertidos pela L-Arg.Nossos dados falam a favor de efeitos diferenci-ados em relação ao sítio vascular estudado quan-do a interação PTH-L-Arg_NO é abordada, apon-tando para possíveis receptores específicos e se-letivos conforme o local estudado.Apoio: FAPESP e CNPq