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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510-028 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 10 pág. 14 pág. 16 pág. 17 pág. 19 pág. 21 pág. 22 pág. 24 pág. 25 pág. 27 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > EM FOCO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 04 a 10 de janeiro de 2013 Ano 11 N.º 564 1,00 Euro Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Novo acordo ortográfico Deputados fazem o balanço Deputados fazem o balanço de 2012 e perspetivam 2013 de 2012 e perspetivam 2013 | páginas 10 e 11 Paulo Neto Publicidade

Jornal do Centro - Ed564

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Jornal do Centro - Ed564

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> EM FOCO

> CULTURA

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário04 a 10 de janeirode 2013

Ano 11N.º 564

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Novo acordo ortográfico

Deputados fazem o balanço Deputados fazem o balanço de 2012 e perspetivam 2013de 2012 e perspetivam 2013| páginas 10 e 11

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praçapública

palavrasdeles

rO nosso Distrito tem condições únicas para vencer esta crise. A aposta deve ser feita em conhecimento e serviços: valorizar o que a natureza nos concedeu, a nossa gen-te, a nossa cultura e os nossos produtos”

Hélder AmaralDeputado do CDS/PP, em entrevista ao Jornal do Centro

r Os partidos da maioria perderam a voz em Viseu, mas é necessário convencer o governo que sem investimento não há retoma, que com ape-nas austeridade só teremos recessão”

José JunqueiroDeputado do PS, em entrevista ao Jornal do Centro

rAs consequências do plano de ajusta-mento estão bem visí-veis na retracção do poder de compra, na diminuição dos rendi-mentos das famílias e no aumento do desem-prego”

João Carlos FigueiredoDeputado do PSD, em entrevista ao Jornal do Centro

rAlguém quer racio-nalizar custos, mas isto não é racionali-zar. É um disparate”(acerca da redução das reparti-

ções de Finanças)

José Mário CardosoPresidente da câmara de Sernancelhe,

em declarações ao Jornal do Centro

Um empreendedor faisão comprou um paco-te de sementes de trigo e resolveu semeá-las. De-safiou toda a vizinhança para lhe dar ajuda. No entanto, a vaca recusou porque prefere verdes a grão; a cabra não aceitou porque ganhava o sus-tento na cama; o porco negou-se por não ter ambi-ção para além de chafurdar; o papagaio tinha de ir de vez em quando ao parlamento e ninguém aju-dou. O faisão, foito, prometeu semear, ainda que sozinho, todo o grão comprado, e fê-lo.

Ao fim de algum tempo o grão apareceu ma-duro e pronto a ser colhido e, de novo, o faisão questionou os vizinhos, que jogavam a malha no adro da aldeia enquanto despejavam umas cerve-jas, sobre a sua disposição para apanhar o cereal. Logo o marreco assegurou que não precisava pois que recebia o rendimento mínimo. O porco pediu para ser pago sem recibo. O bode assegu-rou que as suas cabras o mantinham a ele e aos vícios. O perú desculpou-se por receio de perder o fundo de desemprego e o faisão meteu mãos à obra, colhendo o trigo. De seguida malhou-o, en-sacou-o e guardou-o na tulha. Dias depois disse que ia fazer pão e pediu ajuda. O corvo disse que com a venda da droga já ganhava para ele e para

a família; o burro assegurou que apesar de ser quem é nem ele precisa de trabalhar, pois vive da Caritas; a pega tinha um discurso para fazer; o rouxinol ida dar um concerto; a ovelha desculpou-se com o calor que tinha com o casaco que trazia; todos os outros iam ao futebol e não houve quem se dispusesse a participar na faina do pão.

Era meia tarde quando a brisa começou a es-palhar o aroma irresistível dos oito pães frescos pelas redondezas da casa do faisão e não tardou a que toda a vizinhança ali se abeirasse com sorri-sos e palavras afáveis, pondo-se a jeito para aceitar a boa vontade do faisão na distribuição do produ-to do seu trabalho. Mas ele não estava pelos ajus-tes e disse:

- Dei a todos a possibilidade de contribuírem para o que agora está a sair do forno e ninguém ajudou. Todo o esforço foi meu, todo o proveito será meu.

E, foi aqui que a coisa se complicou. Logo o pa-pagaio, de punho no ar, chamou fascista ao fai-são, iniciando um coro de protestos entre todos os outros com epítetos que iam de sanguessuga a imperialista, passando pelo sempre convenien-te explorador, opressor, palhaço, burguês, ladrão

e promovendo iniciativas através das omnipre-sentes «morte ao faisão», «prá cadeia, já», «justi-ça popular», «campo pequeno com ele», etc. Gri-taram-se os Direitos: Paz, Pão, Saúde, Educação, Igualdade e outros.

Veio, por parte do Governo, um inspector das Finanças que lhe levou quatro pães e meio a títu-lo de irs, mais um por via das mais-valias e outro pelo irc. Foi notificado para pagar uma coima por falta de licença industrial e avisaram-no de que iria pagar um tal de “por conta”. A Cáritas pediu uma participação para distribuir pelos carenciados. O Banco Alimentar candidatou-se a uma ajuda e a Segurança Social alegou os idosos que tinha nas IPSS, sem ninguém que lhes ligar, para pedir pão.

E foi assim que o faisão ficou “depenado”e com dívidas. Ainda lhe disseram, a título de explica-ção, que tinha de cobrir os desfalques feitos nos bancos, as negociatas das parcerias público-pri-vadas, os imensos quilómetros inúteis de auto-estradas, os estádios de futebol abandonados e as dívidas dos clubes, o RSI a quem nada quer fazer nem é obrigado a tal e que de nada lhe va-leria queixar-se.

E agora são todos iguais. Andam todos igual-mente cheios de fome. Ninguém tem de pagar impostos por não haver porquê. Vai deixar de haver a quem chamar explorador e todo esse riquíssimo léxico aprendido nas fitas dos noti-ciários. Os professores vão continuar a falar do tempo da exploração do Homem, do imperia-lismo, da opressão da classe operária, em que havia quem fizesse pão sem o distribuir. Os políticos a explicar o inexplicável. Os processos nos tribunais a prescrever. Os roubos a aumen-tar. Os suicídios a multiplicarem-se. As estra-das a degradarem-se. A educação académica a diminuir (a outra desapareceu há décadas!). A prostituição a proliferar. As empresas a falir. Os restaurantes a fechar. Enfim, estamos onde no cume de uma coisa aonde esta “procissão” nos colocou. Continuamos a culpar gatos e sapatos sem qualquer tipo de autocrítica. Bem merece-mos o que conseguimos.

E este irá ser um desígnio de somas que nos permitem almejar a mais um BOM ANO NOVO.

Pedro Calheiros

O faisão desenganadoOpinião

1. Politização da Caridade: Enterrado no velho sofá de família, observo a hipocrisia que uma vez por ano, sempre nos fins de Dezembro, dá à costa. Este estado sinistro, a que uns chamam espírito na-talício e outros solidariedade, envolve a alma dos nossos políticos de tal modo que estes atropelam as mais elementares regras de civilidade para exer-cerem a sua quota-parte de caridade. Caro leitor, não me tome por um pessimista ensimesmado, mas, em abono da verdade, eu não esperava mais dos nossos representantes ou dos nossos pares, a minha teoria geral sobre a natureza humana é bastante simples, deriva de Hobbes: o Homem é mau por natureza apenas refreia os seus ímpetos devido ao dedo inquisitório da sociedade. Mas, como eu dizia, pelo menos uma vez por ano to-dos nos lembramos que somos anjos “vestidos” de Homens e, para não decepcionarmos os nos-sos camaradas, temos um acto solidário para com os desvalidos. Esperamos nós, que este momento de compaixão nos liberte do sentimento de culpa judaico-cristão que nos corrói em resultado de ter-mos passado mais um ano sem praticar qualquer

acto bondoso, ou digno de figurar num futuro obi-tuário, em relação a terceiros. Até aqui está tudo bem, cada cidadão é livre de viver na sua avareza ou mergulhar no espírito missionário da forma que bem entender. O que me leva a reflectir sobre este tema é bem mais grave, é a politização da ca-ridade e o desprezo pela dignidade humana a que passivamente assistimos. Vamos a factos: A C.M.V decidiu entregar 500 cabazes de Natal a famí-lias necessitadas; a entrega decorreu no pavilhão “multiusos”; alguns dos carenciados foram trans-portados até ao local pelos “presidentes” (assumo sejam os líderes de Juntas de Freguesia) e gente de “bem”; no pavilhão temos os carenciados perante Fernando Ruas e restantes entidades, alguma co-municação social e foto-jornalistas; faz-se o discur-so circunstancial; batem-se palmas; entregam-se os cabazes; tiram-se fotos; todos aparentemente felizes; fim-de-festa. Toda esta acção teria um alto valor moral caso fosse concretizada com a devida reserva. Do modo como ocorreu, não mais fez do que estabelecer uma relação paternalista e humi-lhante entre quem dá, na pessoa de Ruas, e quem

recebe, o que retirou todo valor humano ao acto. Através das Juntas de Freguesia, em colaboração com a rede de IPSS’S e paróquias, não seria possí-vel fazer o mesmo com mais recato e eficiência? Ao transformar uma benemérita acção de soli-dariedade num espectáculo de comunicação, o executivo esqueceu as suas raízes sociais-demo-cratas, baseadas na doutrina social da igreja e no personalismo – que o deputado Alves adora citar, sem dar exemplos práticos -. Estes conceitos estão relacionados com a definição de pessoa e respeito pela dignidade humana. O ser humano terá de ser entendido como pessoa e não com mero cidadão, este acto diminuiu a representação social dos mais vulneráveis em plena era da imagem como valor absoluto. Fazer da miséria alheia espectáculo pú-blico apenas revela a vaidade, assente num ego in-suflado em pés de barro, e a falta de sensibilidade social de quem idealiza e/ou participa nestes ac-tos. Já diz o ditado “Não saiba a tua mão esquerda o que a tua mão direita faz”.

2. Recordar 2012: No ano que findou nem tudo foi mau. Pela música, tivemos direito à explosiva

mistura entre rock e blues de Jack White. Pelos livros, o Brasil de Dalton Trevisan (o eterno anó-nimo), via prémio Camões, voltou às estantes das nossas livrarias. Por Viseu, se ficámos mal classi-ficados no Índice de Cidades Inteligentes, fomos nomeados a Melhor Cidade para Viver.

3. Viver 2013: Este ano avizinha-se como mais um período de dificuldades, afinal de contas, ou mudamos de vida ou a Troika está para ficar. Na santa terrinha surge a oportunidade de mudar a política do betão – Atire a primeira pedra o autarca que nunca disse: “A minha rotunda é maior que a tua.”- para a política das pessoas, do serviço pú-blico; do respeito pelas instituições públicas; da cultura; do investimento reprodutivo; da indus-trialização; da meritocracia, sem nunca esquecer as lutas antigas pela AE: Coimbra – Viseu; ligação ferroviária; Ensino Superior de qualidade. Fica a pergunta: Quem irá apresentar um programa enxuto e exequível?

Miguel Fernandes,Politólogo, [email protected]

Caridade, 2012 e 2013Opinião

Jornal do Centro04 | janeiro | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

O que signifi capara si o Dia de Reis

Importa-se de

responder?

O dia de reis, para mim, simboliza a visita dos três Reis Magos a Jesus Cristo. Particularmente gosto do bolo-rei e se fosse espanhol seria mais especial porque iria abrir as pren-das nesse dia!

É um dia que apesar de ser considerado importante, se torna um dia completamente normal uma vez que aqui em Portugal todo o significado do dia de Reis é comemorado no dia de Natal. Não tem muito significado para mim, a não ser porque é o dia em que desfaço a árvore de Natal!

O dia de reis é mais um dia de comemorações cristãs. Can-tam-se as janeiras entre outras coisas que fazem parte da tra-dição. Valoriza o significado de dar sem estar à espera de re-ceber, no meu ponto de vista é o que torna este dia especial.

Para mim é um dia para relembrar o passado. Hoje em dia já não se dá tanta importância, mas eu tento sempre ter o bolo rei e a romã, como forma de comemorar.

Rui Pedro FriasSociólogo

Filipa Santos Dietista

Cátia PereiraEstudante

Lurdes CruzAssistente operacional

estrelas

Vítor GasparMinistro das Finanças

Enquanto historiador e co-respon-sável pelo Museu Terras de Bestei-ros, a sua investigação tem contri-buído para incentivar os trabalhos de olaria em barro negro.

Francisco AlmeidaPorta-voz da Comissão de

Utentes Contra as Portagens na A23, A24 e A25

números

51É o número de acidentes

que se registaram durante a Operação “Ano Novo”, leva-da a cabo pela GNR de Viseu, de 28 de dezembro a 1 de ja-neiro.

Hélder AbraçosChefe de divisão da cultura

da Câmara de Tondela

A luta contra as portagens nasex-SCUT’s continua na ordem do dia e prevêm-se novas ações, no-meadamente debates públicos para aferir das consequências nefastas destas medidas na zona centro.

Com o possível encerramento de 50% das repartições de finanças em Portugal e, no caso concreto do dis-trito de Viseu com o possível fecho de 17 em 24, Vítor Gaspar desfere mais um sério golpe nos serviços prestados aos utentes.

Acredito na seriedade intelectual do Primeiro-ministro e do Ministro das Finanças. Mas não acredito no rumo que estão a dar ao País, para o empobrecimento sem retorno.

O Governo deita a mão a todo o tipo de rendimento. Com as políticas fis-cais devoradoras, Portugal tornou-se um País hostil para os rendimentos do trabalho e para os rendimentos do capital. Os primeiros geram consu-mo e permitem o crescimento da eco-nomia. Os segundos geram investi-mento produtivo, indispensável para o crescimento da economia.

Mais de metade do rendimento do trabalho dos Portugueses é reti-da pelos impostos diretos e indiretos.

O rendimento disponível sustenta o mercado interno, fundamental para mais de 95% das empresas Portugue-sas. A redução brutal do rendimento disponível vai ser esmagador para as empresas e para o emprego. Quem cria emprego é o mercado! Sem em-prego e com o assalto fiscal teremos a fuga dos Portugueses, sobretudo dos mais qualificados para as economias mais atrativas.

Também para os rendimentos do capital Portugal é um País pouco atra-tivo. O imposto sobre os rendimentos de capital vai voltar a aumentar, para 28%. A taxa liberatória, que incide so-bre rendimentos de mais-valias, di-videndos, juros de depósitos a prazo

e outras aplicações, vai voltar a ser agravada, depois de ter subido no mês de outubro para 26,5%. Recorde-se que esta taxa tinha já aumentado no início do ano, de 21,5% para 25%. Este será assim o terceiro aumento no es-paço de um ano, num total de 6,5%. Isto desencadeia a fuga legal dos ca-pitais para outros Países europeus, mais inteligentes fiscalmente. Sem os capitais não temos investimento. O investimento em 2012 reduziu qua-se 18%. O investimento é a base da ri-queza futura.

A dívida pública paga-se com im-postos racionais. Os impostos são ge-rados pela economia em crescimento. Logo uma economia em recessão con-

tínua não pode pagar as suas dívidas. Existe outro caminho! Tem de exis-tir outro caminho! Não há salvação sem crescimento económico. Sem consumo, sem mão-de-obra qualifi-cada, sem capital, sem investimento, sem atratividade fiscal, não há cres-cimento económico.

Portugal é um País cumpridor e como tal merecemos um prazo mais alargado e juros mais baixos para pa-gar a nossa dívida. O ano de 2013 vai pôr à prova a resiliência dos Portu-gueses. Acabei de ouvir, finalmente, uma intervenção clara do Sr. Presi-dente da República sobre o Orçamen-to de 2013. Os Portugueses precisam dele e 2013 vai exigir muito dele.

Fuga de Portugueses e capitais

João Cotta Presidente da AIRV

Opinião

Jornal do Centro04 | janeiro | 2013

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

1. Algumas das fragilidades dos me-dia expuseram-se na publicação pelo Expresso da entrevista dada por um falso coordenador da ONU. Nicolau Santos, um dos “grandes” jornalistas da actualidade foi vítima da “compres-são” a que se está sujeito num universo onde a notícia chega a velocidades ver-tiginosas e em grandes quantidades, acrescido de credenciais cosméticas do “burlão”, por diversos organismos já ineficazmente triadas. Se o sistema é frágil há que o robustecer. Não há é que crucificar um profissional de méritos mais que reconhecidos e um semanário que há 40 anos é a grande referência da imprensa portuguesa. Evidentemente que existem dentes afiados prontos a morder, por todo o lado. Alguns políticos, de caninos ace-rados, vieram logo ferrar na jugular. É óbvio que, de repente, se acharam

iguais a quem tanto os tem desmisti-ficado e criticado. Erro alarve e gra-ve que não se vislumbra do solo onde rastejam a sua incompetente e subser-viente boçalidade.

2. É hoje hábito enraizado dar aos meios de comunicação social, em tra-vessas de fina porcelana, “iguarias bem empratadas”… Corporativismos, classes, ordens, colectivos e singulares acham que é mais fácil passar a infor-mação e deixar nas mãos dos outros a denúncia para resolver problemas, reais ou inventados, por vezes ape-nas mesquinhos ajustes de contas, en-tre um denunciante e um denunciado. Há quem viva disso e a isso se preste, numa sociedade onde a capacidade in-terventiva do cidadão se cinge, muitas vezes, ao passar da bola a quem por ele saiba rematar. Esta matéria daria azo a muita investida na psicologia e

sociologia… e até a análises sobre o 1º, 2º, 3º e 4º poderes. Mas permitiria perceber, também, os comportamen-tos sociais e institucionais. O cidadão temeroso das represálias; uma justiça desacreditada; uma impunidade rei-nante. Porém, se os meios de comu-nicação social se devem sentir lison-jeados por tanta “fé”, devem também reflectir que o excesso de fé se pode tornar ópio puro…

3. Não conheço o empresário Joaquim Coimbra. Nunca o vi. Nun-ca falei com ele até hoje. Tem vindo a lume o seu nome como beneficiário e envolvido na polémica do BPN. Nes-ta coluna, sem equívocos, se tem es-crito sobre esta matéria e sobre quão escandalosa e mal conduzida ela foi por dois sucessivos governos, deixan-do os portugueses a pagar uma dívida brutal resultante de quantos sôfregos

Editorial “Este não foi o Natal que merecíamos”,

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

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DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

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Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

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Tiago Virgílio Pereira, C.P. n.º 9596

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Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

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Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoAvenida Alberto Sampaio, 1303510-028 ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

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Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

David Santiago

Desde há muito percebemos que Passos Coelho optou por seguir o caminho do bom e disciplinado se-guidor das instruções germânicas. A esse respeito, ingenuamente, ou talvez não, no programa Quadratura do Círculo, Lobo Xavier questiona-va António Costa sobre se preferiria “aliar-se com os mais fortes ou com

os mais fracos”. Independentemen-te da resposta de António Costa, que considera que nos deveríamos aliar aos que têm os mesmos interesses de Portugal, Passos deparar-se-à, agora, com a indefinição sobre qual o dis-curso a adoptar.

As recentes declarações da Chan-celer alemã, Angela Merkel, e do seu

ministro das finanças, Wolfgang Schäuble, tornam a tarefa seguidis-ta de Passos Coelho ainda mais es-pinhosa. Apesar de não ser inédito o nosso primeiro-ministro dar o dito por não dito, tal a frequência com que o vem fazendo, dificilmente não o fará de novo, tendo em conta as di-ferentes opiniões manifestadas, nos

Bipolaridade convenienteOpinião

Li, recentemente, um artigo que co-mentava que as resoluções de ano novo eram um projecto falhado logo de iní-cio, pois foram feitas na natural base de procrastinação de tarefas a executar. Ao enumerar uma série de coisas que pretendemos fazer no novo ano, esta-mos a destinar-nos tarefas e um prazo para as mesmas.

Assim, procrastinar torna-se rapida-mente o verbo-mãe dessa lista de ta-

refas, na medida em que elas nos apa-recem como “obrigações”, algo como “este é o ano em que teremos de cum-prir (…)”. Há uma ânsia-padrão nas re-soluções de ano novo – especialmente de quem as leva a sério e as aponta num papel ou as diz em voz alta, na presença de testemunhas. Essa ânsia é a busca incessante da ordem no caos, do cum-primento face ao sentimento de “falha” e, naturalmente, da perfeição no cum-

primento dos nossos papéis sociais – familiares, profissionais...

Esta parafernália de obrigações a que nos vinculámos por convenções e exi-gências sociais, muitas vezes sob o epí-teto de “brio pessoal”, perde-se, frequen-temente, nas boas intenções iniciais – sabemo-lo bem. Obrigação não é uma palavra que combine com prazer, logo procrastinaremos ad æternum o mo-mento de execução de tal obrigação.

Prioridades

Sílvia Vermelho Politóloga

Opinião

Na semana antes do Natal todos os trabalhadores independentes fo-ram presenteados com uma carta da Segurança Social, o assunto, a fixação anual da redução da base de incidência e taxa contributiva. Este tipo de correspondência só por si já nada augura de simpático, mas o conteúdo verificar-se-ia em muitos casos extremamente desagradável;

o valor da taxa contributiva é desa-nimador, mas mais ainda é o facto de essa taxa ser aplicada directa-mente a um valor de rendimento correspondente ao IAS (referência ao salário mínimo nacional) mes-mo que o rendimento relevante do último ano seja muito inferior. Ve-rificam-se assim muitos casos em que aquilo que foi auferido em reci-

bo verde não chega para pagar um ano de contribuições. Felizmente a carta assegura que se essa situação se verificar (situação que se encon-tra explicita), nos casos de início ou reinício de actividade e do ren-dimento relevante ser igual ou in-ferior a 12 vezes o valor do IAS, se pode pedir dentro de um determi-nado prazo que seja considerado

Carta de um Social Natal

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Jornal do Centro04 | janeiro | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

se cevaram àquela ancha manjedoira. E se pensarmos que o burlão-mor está como-damente instalado em prisão domiciliária, no pleno usufruto das mordomias que o dinheiro alheio lhe permitiu adquirir, es-tamos mais que falados. Porém, incluir Joaquim Coimbra neste rol será uma pre-cipitação toldada pela incompletude fac-tual. O BPN estava na praça a funcionar, com uma licença emitida pela entidade supervisora que é o Banco de Portugal. Joaquim Coimbra era accionista do BPN, assim como de outros Bancos e empre-sas. Joaquim Coimbra tem uma acção em tribunal contra o BPN/SLN no valor de 44.000.000 euros. Porquê? Porque assinou com o BPN/SLN um contrato de compra e recompra de acções do BPN. Está con-tratualmente previsto que o BPN/SLN lhe deveria ter pago estas acções com aquele valor em 2007, 2008 e 2009. Isto não acon-teceu. Portanto, em termos líquidos, é cre-

dor do BPN/SLN. Além deste valor perdeu ainda muito mais dinheiro como accionis-ta do BPN, em acções sem contrato de re-compra e que não poderá recuperar. Por isso, referir que deve 11 milhões sem acres-centar que o BPN lhe deve muito mais que os tais 44 milhões, não acrescenta os plu-rais contornos dos factos.

4. Vou a Tondela como peregrino cultu-ral. Passo pelo Museu Terras de Besteiros e delicio-me com a exposição “Toupei-radas”, em barro negro de Molelos, com peças carregadas de simbolismo inter-ventivo saídas das mãos de dois mestres oleiros: Carlos Lima e Xana Monteiro. Se pensarmos neste neologismo construído a partir da toupeira e o associarmos aos in-filtrados e aos corruptos, temos ali moti-vo para muita conversa. E se numa tarde de sábado, chuvosa e desconfortável, de uma cajadada acertar em dois coelhos? Pois as-sim foi. Sair do antigo paço dos Santanas

e rumar ao auditório 2 da ACERT onde temos sempre a certeza de haver espectá-culo. “O sabor do leite-creme” deu o mote. Película realizada por Rossana Torres e Hiroatsu Suzuki, rodada no Mosteiro de Fráguas. Um filme de um passado recen-te sobre o futuro. O futuro de todos nós: a velhice, a solidão, a decrepitude e o vazio. E também de um terno afecto entre duas irmãs nonogenárias. Cassilda e Fernanda Cardoso de Figueiredo, mestras uma vida inteira, a ensinar as crianças do lugar onde chegaram a brincar cento e tal meninos no recreio e hoje…

5. A realidade dos sem-abrigo em Viseu, pelo Jornal do Centro noticiada, deixou muito leitor perturbado e alertado para aquilo que julgava só existir algures e no cinema. Esperamos que a constatação des-te facto nos mova, a todos, autarquia inclu-ída, a sermos menos míopes e mais solidá-rios com quem precisa e com quem ajuda

quem precisa, esses valorosos voluntários anónimos que, sem ribaltas nem enalteci-mentos, dão de si o tempo, a boa vontade, o amor e o trabalho. Sem votos de retorno. Abençoados!

6. Anda toda a gente com o “credo” na boca quando se invoca o 2013 recém-chega-do. Mas será possível vir um Ano pior que o finado? E como lhe resistiremos? Deixo uma animosa sugestão: lendo estes “desa-bafos” do Pedro no facebook…

“Amigos,

Este não foi o Natal que merecíamos. Muitas famílias não tiveram na Consoada os pratos que se habituaram. Muitos não conseguiram ter a fa-mília toda à mesma mesa. E muitos não puderam dar aos filhos um simples presente.

(…) A Laura e eu desejamos a todos umas Fes-tas Felizes.

Um abraço, Pedro”

Pedro dixit…

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

últimos dias, pelos dois principais respon-sáveis alemães.

Se por um lado Merkel julga que “a con-juntura económica não será mais fácil, mas mais difícil no próximo ano(2013)”, já o seu ministro das finanças defende que “o pior já ficou para trás”. Qual destas po-sições consideraria Lobo Xavier como a “mais forte”? E o mimetismo de Passos ir-

se-á assemelhar a qual dos discursos? Se no verão, talvez inebriado pela clima

da festa do Pontal, Passos afirmou solene-mente que 2013 seria o ano da “inversão” e da “recuperação” económica, ao invés, no último debate quinzenal de 2012 ates-tou que 2013 será um “ano de grandes di-ficuldades”. Porventura precavendo nova declaração a destempo, na recente mensa-

gem natalícia, o nosso primeiro-ministro (não o Pedro), optou pela vaga e inócua constatação de que “em 2013 continuare-mos a preparar o nosso futuro”.

Para facilitar a vida do nosso primei-ro-ministro e em simultâneo favorecer a uma melhor percepção dos portugue-ses, proponho, modestamente, que o lí-der do governo luso assuma o discurso

mais pessimista de Merkel, permitindo que o Pedro possa assumir o discurso de Schäuble e o do líder do PSD no Pontal, ou vice-versa.

Esta bipolaridade, por mais paradoxal que possa parecer, poderia servir para aumentar a credibilidade e confiança que os portugueses detêm no primeiro-mi-nistro e no próprio Pedro.

Em vez de incluir uma nova tarefa na sua lista de resoluções de ano novo - “este ano deixarei de procrastinar e cumprirei todas as minhas decisões”, esqueça as resoluções de ano novo. Era esta, afinal de contas, a mensagem principal do artigo que me le-vou a discorrer sobre este momento solene das nossas vidas calendarizadas. Mas, para que ficasse claro que a intenção do artigo não era a rebelião contra o estabelecimento de deveres e tomada de decisão, era então

proposta uma alternativa às resoluções de ano novo: uma lista de prioridades. E fazer uma lista de prioridades significa, somen-te, responder a estas questões: O que é mais importante para mim – e o que vai ser mais importante para mim este ano?

Se fizer este pequeno exercício mental, verá que as respostas diferirão bastante da sua lista inicial de resoluções de ano novo. Não é uma coisa muito surpreendente – de-pois de pensarmos nela, bem ao estilo do

ovo de Colombo – mas tal destrinça pode ser uma mais-valia para que a organização não se torne em prisão. Duvido que na sua lista de prioridades constem um inventário da sua biblioteca pessoal ou a arrumação do guarda-fatos por cores e tamanho: coisas que, facilmente, seriam postas na sua lista de resoluções. A sua lista de prioridades mos-trar-lhe-á o que valoriza – assistir às peças de teatro do filho? Passear mais vezes com o cão? Desenhar? Passar tempo com a avó? – e

não a infinidade de coisas que arranja para fazer à sua volta. Verá que não procrastinará as suas prioridades – elas são as suas neces-sidades, e não obrigações.

Desligar do circuito do “dever” pode pa-recer o que, corriqueiramente, se apelida de anárquico, mas pode muito bem ser, na re-alidade, a resposta natural para esse grande problema social da procrastinação.

Em 2013, seja bem-vinda/o de volta à sua própria vida.

como base de incidência contributiva o duodécimo do respectivo rendimen-to, com o limite mínimo de 50% do va-lor do IAS. Ou seja, poderá haver uma redução para metade na contribuição apresentando uma reclamação na Se-gurança Social acompanhada do IRS (para comprovar o valor do rendimen-to relevante que por sua vez já constava na carta e já se sabia de antemão preen-

cher os requisitos da redução…). Então se a Segurança Social estava já na posse de todas as informações para considerar um determinado contribuinte candida-to a uma redução, porque tem o contri-buinte de passar pela situação caricata de receber uma carta, para que da sua leitura entenda que pode reclamar, diri-gindo-se a um balcão da Segurança So-cial e fornecendo documentos que pro-

vam uma situação que era já conhecida à partida (?). Assim de repente, parece serviço público de muito má qualidade, não respeitando o contribuinte, não agi-lizando processos burocráticos e fazen-do uma gestão irresponsável dos recur-sos. Afinal toda esta situação tem custos adicionados, mas maior foi o custo dos funcionários e contribuintes reclaman-tes que durante a semana seguinte se

organizaram em fila para procederem à resolução da sua situação contributi-va. É definitivamente nestes pequenos grandes pormenores que se continua a falhar, desperdiçamos recursos para fa-zer algo que podia nem ser necessário de todo, fazendo com que a simplicidade e objectividade estejam ainda longe de ser os pontos fortes da nossa logística buro-crática nos serviços públicos.

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aberturaDistrito de Viseu perde17 serviços de Finanças…

Incansável, este gover-no, no encerramento de serviços, brindar-nos-á neste 2013 com mais um corte que irá afetar pro-fundamente o utente.

A Comissão Europeia manda. O governo execu-ta. E deste modo, de acor-do com o relatório sobre a sexta revisão do Progra-ma de Assistência Econó-mica e Financeira (PAEF), as repartições de finanças

serão reduzidas para me-tade em todo o território nacional.

Quando hoje entramos nas finanças de Viseu, ti-ramos senha e perdemos uma manhã ou uma tarde para pagarmos um impos-to, uma coima ou até, para sermos informados de um qualquer direito ou dever, percebemos que a falta de recursos humanos agra-vada com esta medida vai

revelar-se um pesadelo para o cidadão-pagador-de-impostos.

Mas há mais contor-nos na questão. Ao se-rem fechados dezassete das vinte e quatro reparti-ções existentes no distri-to, quer dizer que haverá dezassete concelhos que perderão esse serviço. Não sabemos hoje qual o critério de seleção, con-geminamos apenas o dis-

funcionamento e os cus-tos acrescidos que tal me-dida trará para todos nós, nomeadamente para os mais idosos que cada vez mais serão confinados a uma política de terra queimada em seu redor, que lhes fechou as esco-las onde os netos anda-vam, lhes tirou as juntas de freguesia que os acon-selhavam, lhes manda os filhos emigrar por mín-

gua ancestral de “pão” e lhes deixa, porque não dá despesa – até ver – o ce-mitério centenar para os enterrar.

Em nome da raciona-lização perde-se a cabe-ça. Os aeroportos estão à venda, o caminho-de-fer-ro obsoleto canta sua ono-matopeia estrídula “pou-ca-terra, pouca-terra”, as scut’s a preços proibitivos riscam o deserto, e eis que

a diáspora, a eterna diás-pora lusitana se presen-tifica e nos manda todos para o mar.

Quanto aos que não souberem nadar, sempre podem apresentar queixa ao Instituto de Socorros a Náufragos se entretanto não for “racionalizado”, que o mesmo é dizer, ex-tinto ou encerrado.

Paulo Neto

“Isto é um desconhecimento total da realidade do país e do interior”

A José Mário Cardoso, presidente da Câmara de Sernancelhe A José Morgado, presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva

“O serviço de proximidadevai esgotar-se”

Se esta medida for avante, José Mário Car-doso (PSD), presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, af ir-ma que “será uma tra-gédia”. Para o autarca as repart ições de f i-nanças não podem ser vistas como um servi-ço qualquer, “não são as empresas, os comer-ciantes que precisam d i a r i a mente da s f i -nanças, isto não é um serviço como os cor-reios. Há muita gente que precisa de recor-

rer com regularidade às repartições e é aci-ma de tudo um servi-ço social, um serviço de proximidade e que tem responsabi l ida-des”. José Mário Car-doso lembra que “são os idosos que mais so-frem com este dispa-rate, não podem des-locar-se com a mesma facilidade”.

A medida apresenta-da em memorando da Troika e imposta pelo governo é na opinião do edil de Sernancelhe

“um desconhecimen-to total da realidade do país e do interior”.

Em Sernancelhe são cerca de quatro os tra-balhadores nas repar-t ições de f inanças e para o autarca “não é isso que custa dinhei-ro aos erários públicos e se for preciso a Câ-mara até pode ajudar nos custos e despesas”. Sublinhando ainda que “alguém quer raciona-lizar custos, mas isto não é racionalizar. É um disparate”.

“Querem acabar com todos os serviços públi-cos e, como sempre, os concelhos do interior são os que mais irão so-frer”, disse José Morga-do (PS), presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva. Há cerca de um mês, o autarca es-teve reunido com mem-bros do Governo e da Comunidade Intermu-nicipa l Dão Lafões e percebeu que a inten-ção passa pelo encerra-mento de mais de me-tade das repart ições

de f inanças do distri-to, substituindo-as por Lojas do Cidadão ele-trónicas. “Só me fala-vam em vantagens, mas eu não vejo vantagem alguma”, referiu. Para além das finanças, mui-tos balcões da Seguran-ça Social e dos CTT vão encerrar. “O serviço de proximidade vai esgo-tar-se, ainda mais nes-ta zona em que o terri-tório está deprimido, as pessoas não têm tantas habilitações e muita di-f iculdade em aceder à

internet”, explicou. Ao que o JC apurou, só os balcões de S. Pedro do Su l , Viseu , Tondela , Lamego, Mangualde, Cin f ães e Moi menta da Beira vão continu-a r aber tos . E a lg uns v ã o p a s s a r p a r a a s autarquias, acarretan-do mais um custo para os municípios.

José Morgado acredi-ta que esta medida vai “aumentar o desempre-go e tornar o interior ainda mais desertifica-do”, concluiu.

Paul

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PSA MANGUALDE: BALANÇO DA ATIVIDADE 2012Atividade 2012A PSA de Mangualde encerrou a atividade do ano 2012 com uma produção de 43.940

Veículos: (Citroën Berlingo e Peugeot Partner). Com esta produção atingirá um volume de vendas de cerca de 410 Milhões de euros contra 404 milhões de euros em 2011, ou seja mais 1,5%.

As exportações atingirão um valor de 389 Milhões de euros tendo sido superiores a 2011 em cerca de 10 Milhões de euros, mais 2,9%.

A baixa de 12,6% de volumes, devida sobretudo à quebra dos mercados europeus, foi compensada por um programa mais rico em veículos de maior valor acrescentado e por um aumento da produção de peças para exportação.

Apesar da empresa se ter redimensionado no passado mês de Abril, passando de um re-gime de produção de 3 turnos a 2 turnos para reagir à crise e garantir a sua sustentabilidade, manteve um elevado volume de emprego, 870 postos de trabalho directos e mais de 200 indirectos.

Os investimentos em 2012 para a renovação e modernização das suas instalações e equipamentos industriais foram de 1,8 milhões de euros.

SocialEste ano ficou especialmente marcado pela comemoração de 50 anos de história e de 1

000 000 de veículos produzidos na PSA de Mangualde.Participaram neste evento os cola-boradores da empresa, seus familiares e alguns convidados num total de 3200.

No corrente ano foram realizadas 38.300 horas de formação e passados ao quadro 28 colaboradores.

Os aumentos médios salariais foram de 4,9% em 2012, atingindo 8,5% para o conjunto dos anos 2011 e 2012.

Foi iniciada a abertura da empresa a visitas dos familiares dos colaboradores.

Desenvolvimento ResponsávelEm termos de responsabilidade social há a destacar:• Doação de 2 carrinhas, no valor de 80 000 euros, adaptadas para transportar pes-

soas com dificuldades de mobilidade, em cooperação com a Fundação PSA – Um mundo em movimento, a 2 instituições de solidariedade social de Mangualde (Com-plexo Paroquial e Santa Casa da Misericórdia).

• Doação de um Citroën Berlingo à Escola Profissional de Tondela para formação dos jovens.

• Foram proporcionados a 32 jovens da região estágios curriculares e profissionais, contribuindo assim para o seu desenvolvimento e valorização.

• Caminhada solidária dos colaboradores da PSA associada à angariação de fundos, para ajudar os Bombeiros de Mangualde e fornecimento a esta corporação de cerca de 3000 refeições durante o ano 2012.

• Doação de sangue ao IPS por 92 colaboradores.

Perspectivas 2013A empresa prevê nesta data uma produção de aproximadamente 46.000 veículos,

ou seja mais 5% que em 2012, num regime de 2 equipas mantendo um nível médio de emprego próximo do actual, 870 pessoas.

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ABERTURA

“É uma medida de pesose servir para baixar,os encargos dos cidadãos”

A João Cotta, presidente da AIRV A Gualter Mirandez, presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu

“Afeta os cidadãose o comércio envolvente”

Está é uma “medida de peso” que para o Pre-sidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV) pode ser posit iva “se ser-vir para racionalizar e baixar, a médio prazo, os encargos dos cida-

dãos”. Na opinião de João

Cotta este é um “ser-viço e uma estrutura que requer muita gen-te e consequentemente muitos custos. Estamos numa fase em que é pre-ciso cortar despesas ex-

cessivas”. Para o presidente da

AIRV, “não devem ser só as repartições de fi-nanças a sofrer cortes e reduções, existem ou-tros departamentos em que esta medida deveria ser aplicada”.

Gualter Mirandez, pre-sidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu, afirma que esta medida afeta “não só os cidadãos mas também o comércio que está em vol-ta das repartições de fi-nanças. As pessoas dei-xam de se deslocar às ci-dades e o comércio sofre com isso”. Também “a

criação de pequenos co-mércios será afetada com esta medida do governo. Não se está a facilitar, di-ficulta-se cada vez mais quem precisa de serviços como as finanças”.

Para Gualter Miran-dez é preocupante “a fal-ta de um serviço próxi-mo do cidadão pois vai atingir a qualidade e a

sustentabilidade do mes-mo”.

O presidente da Asso-ciação Comercial acredi-ta que esta é uma medida que, apesar de pretender reduzir custos, vai redu-zir um serviço que deve primar pela “localização de proximidade, uma vez que é um local obrigatório para qualquer cidadão”.

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à conversa

O Jornal do Centro, depois de ouvir na última edição interlocutores regi-nais nos domínios da cultura, saúde, autarquias, empresas e desporto, sobre o balanço do Ano Velho e as ex-

petativas sobre o Ano Novo, quis aus-cultar os três partidos políticos com deputados eleitos no distrito, acerca das expetativas que têm para 2013, concernentes à atuação do Governo

nos setores mais relevantes, numa óti-ca de distrito de Viseu, numa perspe-tiva nacional e acerca das realizações mais marcantes, bem como sobre os fracassos da ação governativa.

Assim, do CDS/PP, do PSD e do PS, aqui deixamos as palavras de Hélder Amaral, João Carlos Figueiredo e José Junqueiro, respetivamente.

Paulo Neto

E que dizem eles, os representantes da Nação?

2013, Viseu e uma voz que não desista

Viseu chega ao final de 2013 com mais 28% de de-sempregados, paralisa-ção de todos os investi-mentos, mais 42,9% de insolvências, a duplica-ção de casais no desem-prego, encerramento de tribunais e serviços, emi-gração de jovens qualifi-cados e, para as famílias e empresas, com uma carga fiscal insuportá-vel e sem precedentes.

As taxas máximas de 23% do IVA para setores estratégicos como os da eletricidade e gás, para atividades ancora, como a da restauração, o cor-te de todos os incentivos

fiscais às empresas, no-meadamente no interior, a desregulação nos com-bustíveis, o estado de ne-gação relativamente ao financiamento das mi-cro, pequenas e médias empresas e à internacio-nalização da economia, são realidades não pre-vistas no memorando da

“Troika”, mas apenas na agenda do governo.

A racionalização das autarquias estava pre-vista, mas o dizimar ir-racional de freguesias, com o aumento e não diminuição de despesa, com um pior em vez de um melhor serviço pú-

blico, a criação de novos lugares políticos nas En-tidades Intermunicipais, que poderão atingir 79 nomeados, com venci-mentos até 4400 euros (contestados pela pró-pria ANMP) NÃO cons-tavam de qualquer do-cumento conhecido dos portugueses.

Acrescento que as seis atualizações clandesti-nas do memorando, efe-tuadas entre o governo e a “Troika”, tal como o documento de estratégia orçamental (DEO), nego-ciado à revelia da Assem-bleia da República, bem como o corte de 4 mil mi-

lhões no Estado Social, combinado em segredo, em Setembro último, en-tre os mesmos protago-nistas, não fazem parte de nada que seja conhe-cido dos portugueses.

Os partidos da maio-ria perderam a voz em Viseu, mas é necessá-rio convencer o gover-no que sem investimen-to não há retoma, que com apenas austeridade só teremos recessão. E é necessário convencê-lo, de entre as outras 357 propostas apresentadas, da mobilização de 3 mil milhões do QREN para a regeneração urbana; de

afetar pelo menos 50% dos 7,5 mil milhões não utilizados para o resga-te da banca para o apoio à tesouraria e interna-cionalização das empre-sas (estão parados e cus-tam-nos 250 milhões por ano); de negociar com o BEI uma linha de apoio às empresas , de ade-quar, simultaneamente, a carga fiscal como, por exemplo, na restauração, de modo a obter mais re-ceita fiscal que não seja a dos vencimentos, sub-sídios ou reformas das pessoas e famílias.

Finalmente, é neces-sário que o governo ad-

mita, com humildade, que estamos a pagar apenas as derrapagens orçamentais, que a dívi-da em vez de diminuir aumentou de 94% para 120% do PIB e que, por isso, para 2013, é neces-sário renegociar o me-morando para obtermos juros mais baixos e mais tempo a fim de pagarmos a dívida, dar uma opor-tunidade à economia e um novo fôlego às famí-lias. Viseu precisa desta oportunidade e, por isso, nas próximas eleições au-tárquicas, em 2013, pre-cisa também de uma voz que não desista.

A José Junqueiro, deputado do PS

Paul

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XXXXXXX | À CONVERSA

2012 foi um ano difícilDeixou-nos dois dados

positivos: a diminuição desde Janeiro das taxas de juro das obrigações do tesouro português, e o ex-celente resultado das ex-portações, mérito dos tra-balhadores e empresários portugueses, que prova-ram que com trabalho é possível vencer a crise. A verdade é que o nosso pior défice - o externo - parece quase resolvido: de acor-do com os dados do INE, registou-se um exceden-te face ao exterior no ter-ceiro trimestre de 2012, a 1ª vez que tal acontece desde 1999. O pior erro de abordagem a 2013 é pen-sar-se que está tudo feito. O País precisa de realis-mo, de assumir as suas in-capacidades e corrigir er-ros, deixar de lado os pre-conceitos ideológicos que se limitam a reivindicar direitos relegando os de-veres para outros. Foi as-sim desde 1974, e resultou numa quase falência pela 3ª vez, sem retirar daí ne-nhuma consequência, ou ensinamento.

Como sempre, mante-

mos a tendência para ar-ranjar um bode expiatório para os males que nos afe-tam, geralmente terceiros. Há uma parte do País que acha que o caminho que nos trouxe até aqui não é o resultado de políticas erradas e da impunidade de alguns decisores. Nor-malmente são os mesmos a pensar que tudo se resol-ve com medidas fáceis e rápidas, mas não será as-sim: o País está pejado de obra que nos foi vendida como pagando-se a si pró-pria, ou com financiamen-to europeu, e geradora de emprego e crescimento económico, e o resulta-do foi apenas mais dívida, mais desemprego e mais recessão. Estas obras são imagem de marca dos po-deres local e central, pas-sam por técnicos supos-tamente bem preparados, por Ministros, Secretários de Estado e Presidentes de Câmara com grande sim-patia eleitoral. Por exem-plo, o Funicular de Viseu ou o Metro a Sul do Tejo (uma PPP de autarcas e Governo): no primeiro a

viagem é grátis, a manu-tenção é paga pelo contri-buinte; o segundo é tudo pago pelo contribuinte - o tráfego é de um terço do que consta da banda mí-nima do contrato. No fu-nicular, não há sequer expectativa de tráfego: a procura é pouco mais que inexistente. Mas podemos ainda perguntar que im-pacto teve na criação de

emprego ou na economia. Para 2013, o que queremos é investimento em conhe-cimento e serviços, e me-nos em betão.

2013 é ano de Eleições Autárquicas, e a escolha deverá recair em novas políticas e novos prota-gonistas. A nível nacio-nal, importa preservar a estabilidade da coliga-ção, e a importância da

Concertação Social. 2013 será um ano cheio de pe-rigos e desafios – v.g., a execução orçamental, e as consequências do au-mento de impostos, que reduzirá drasticamente o rendimento disponível. Para garantir o sucesso da correção da crise financei-ra, uma boa correção deve ser feita do lado da despe-sa estrutural, ou seja, nas

funções do Estado e no dinheiro disponível para o financiar. É um ajusta-mento necessário e im-prescindível. Não sei se vai ser feito “custe o que custar”; mas se continu-armos sem nada fazer, en-tão vai custar muito mais. O tempo da promessa fácil e da obra de fachada aca-bou.

O nosso Distrito tem condições únicas para vencer esta crise. A apos-ta deve ser feita em co-nhecimento e serviços: valorizar o que a nature-za nos concedeu, a nos-sa gente, a nossa cultura e os nossos produtos. Até aqui temos procurado so-luções fora, quando afi-nal temos muito para ofe-recer ao País e ao Mundo. Temos vários produtos de base regional capazes de fazer a diferença em to-dos os mercados, e temos empreendedores que pre-cisam de ser olhados com atenção. 2013 convoca o melhor que há em cada região, e em cada um de nós. Veremos se estamos à altura do desafio.

2013, o ano decisivoI ndependentemen-

te do ângulo de análise que queiramos fazer há três perspectivas que de-vemos abordar quando pensamos no Ano Novo que agora começa: o que nos trouxe aqui, a avalia-ção do presente e a pers-pectiva futura.

A megalómana gover-nação Socrática condu-ziu-nos a um pedido de ajuda financeira interna-cional assinado em Maio de 2011. Seria normal, res-ponsável e expectável que quem assinou e negociou o dito empréstimo, tudo fizesse para que o mes-mo viesse a ser cumprido. Puro engano. Desejo que 2013 seja o ano da tomada de consciência, por par-te dos portugueses, de quem, sistematicamen-te se socorreu de verda-des diminuídas para nos ocultar a realidade agora tudo faz para “sacudir a

água do capote”. Quem desgraçou o país desta forma não pode voltar a governar sem antes pe-dir desculpa aos portu-gueses.

Alguns indicadores do presente sustentam a es-perança de estarmos a conseguir ganhar esta difícil batalha. Às avalia-ções positivas dos nos-sos credores somam-se indicadores que nos fa-zem acreditar. Na últi-ma sexta-feira do ano a taxa dos juros das Obri-gações do Tesouro Por-tuguês foi negociada a 6,98%, o nível mais baixo dos últimos 22 meses. O país está a reconquistar a credibilidade internacio-nal, condição fundamen-tal e determinante para nos ajudar a sair desta si-tuação difícil.

As consequências do plano de ajustamento es-tão bem visíveis na retrac-

ção do poder de compra, na diminuição dos rendi-mentos das famílias e no aumento do desemprego. Haveria outros caminhos? Certamente que sim. Mais tempo e mais dinheiro, é um deles, mas isso é si-nonimo de mais dívida e, consequentemente, mais austeridade. Com 90% do programa cumprido, de-sejamos que este ano de 2013 nos traga indicadores de crescimento económi-co e com eles a diminui-ção da maior chaga social da actualidade: o desem-prego.

Ao planearmos o fu-turo temos de nos lem-brar que fazemos parte da União Europeia. Nela habita 7% da população mundial que gera 25% da riqueza do mundo e que, por sua vez, gasta 50% da despesa social do plane-ta. Perante isto facilmen-te se percebe que o ac-

tual modelo social euro-peu se esgotou. Morreu. A discussão em torno da redefinição das funções do Estado é desejável que seja participada por to-dos. Não a querer fazer é negar a realidade e con-tribuir para a sua degra-dação. A situação portu-guesa não é excepção e como tal importa discutir o futuro do Estado Social a fim de que ninguém se sinta excluído. Não é pos-sível haver igualdade e justiça se todos não tive-rem as mesmas oportu-nidades.

Pelos desafios, pela im-previsibilidade e pelos sacrifícios é tarefa de to-dos fazer de 2013 um Bom Ano, quer seja no nosso distrito quer seja no país, porque é minha forte convicção que vamos ser capazes de vencer esta batalha que transforma-rá 2013 num ano decisivo.

JOSÉ JUNQUEIRO | HÉLDER AMARAL | JOÃO CARLOS FIGUEIREDO | À CONVERSA

A João Carlos Figueiredo, deputado do PSD

A Hélder Amaral, deputado do CDS/PP

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região

O P E R AÇ ÃO “ANO NOVO”Viseu. Cinquenta e um acidentes, 30 colisões, 17 despistes e 4 atropela-mentos, dos quais resul-taram 1 morto e 21 feridos ligeiros, é o balanço da Operação “Ano Novo”, levado a cabo pela GNR e o Comando Territorial de Viseu, de 28 de de-zembro a 1 de janeiro.A ação do dispositivo da GNR do distrito focou-se, para além da segu-rança e apoio ao condu-tor, na intensificação das ações de fiscalização ro-doviária, nomeadamente a condução sob o efeito de álcool. Em comunicado, a Guar-da refere que “em com-paração com o mesmo período do ano transa-to, registaram-se mais 14 acidentes, mais 1 morto, menos 2 feridos graves e mais 7 feridos ligeiros”. Ainda segundo o mesmo comunicado, ”na ope-ração foram fiscaliza-dos 3.519 veículos, tendo sido detidos 12 conduto-res, sendo 11 por condu-ção sob efeito do álco-ol e 1 por condução sem habilitação legal. Foram ainda elaborados 418 au-tos de contraordenação por infrações à legisla-ção rodoviária, dos quais 17 por cinto de seguran-ça, 12 por falta de seguro, 8 por falta de inspeção e 8 por utilização do tele-móvel”.

INCÊNDIOTondela. Um incêndio pro-vocado por uma explosão de foguetes, durante a pas-sagem de ano, destruiu o telhado e o sótão de uma habitação, em Lajeosa do Dão, Tondela. O aciden-te deixou desalojadas cin-co pessoas, três adultos e duas crianças.

“Queremos continuar na Associação de Municí-pios do Planalto Beirão (AMPB). Nós fomenta-mos o movimento asso-ciativo, mas tem de ser benéfico e por isso, acau-telámo-los e tentámos saber o preço de uma re-colha de lixo para nós”,

explicou o autarca vise-ense. Fernando Ruas de-seja que o novo concurso da AMPB seja “benéfico para todos os associa-dos, incluindo Viseu”. “O presidente da Câma-ra de Mangualde disse que se este diferencial de preços se mantivesse que

iria associar-se à Câmara de Viseu”, referiu. Por outro lado, João Azevedo garantiu que “aguarda com expetati-va o resultado do concur-so da AMPB” e que “não quer aliados”, apenas “o melhor para os mangual-denses”. TVP

Jornadas Parlamentares do PS em Viseu

A almejada TSU para 2013

Opinião

A manifestação popu-lar ocorrida a 15 de Setem-bro é por muitos aludida como o momento mais marcante do ano de 2012. Na sua génese encontra-va-se o novo desenho proposto pelo gover-no para a conjecturada revitalização da econo-mia baseada na alteração da TSU.

A resposta estrondo-sa ocorrida nas maiores cidades de Portugal nes-sa data veio provar que um país de pessoas tidas como recatadas, de bran-dos costumes, que acata-vam tudo o que lhes era vinculado, possui e de-monstra voz crítica e ma-nifesta-se de modo sump-tuoso.

O a no de 201 2 in-troduziu com elevada recorrência o prefixo re de reestruturar, reorgani-zar, reformular, reeducar, redimensionar, reequa-cionar, repensar, refun-dar. Isto é pensar e fazer de modo diferente. E se assim é, significa que o caminho definido e ar-quitectado até à data ou é inadequado, ou é muito tortuoso e penoso, ou vai em direcção ao abismo.

O tempo dos experi-mentos contabilísticos provavelmente vai assu-mir primordial impor-tância entre o primeiro e segundo trimestres de 2013. Este período é por muitos augurado como o momento de se fazer a prova dos nove e ver o re-sultado. Ou estamos no trilho certo ou a derrapa-gem nas contas conduzi-rá a um novo cenário.

Em termos agrícolas e alimentares, podemos ca-racterizar 2012 como um ano de contínuo regres-so à terra por um conjun-to de jovens agricultores, com formações de distin-tas áreas, mas imbuídos de um novo espírito em-

preendedor que importa acarinhar. Este novo en-tusiasmo necessita de ser consolidado e articulado de forma determinante com os clássicos conhe-cimentos agrícolas e as mais recentes inovações em cada uma das áreas para que os diferentes projectos agrícolas ago-ra financiados se tornem uma agradável realida-de. A agricultura é uma ciência que abarca uma enorme lanceira de áreas e o domínio de uma vasta panóplia de conhecimen-tos é determinante para o seu sucesso. Só vontade não basta.

Em termos alimentares, assistiu-se a um domínio cada vez maior dos aspec-tos nutricionais. Passou-se a valorizar de forma determinante o que é na-cional e com especial ên-fase o regional. Os merca-dos municipais passaram a registar uma frequên-cia superior e as discór-dias entre a produção e a distribuição mantêm-se agora longe dos holofo-tes da comunicação so-cial. Novos e imponen-tes projectos agrícolas e agro-alimentares foram edificados, reedificados e consolidados e, assim sendo, a riqueza nacional só tende a aumentar.

N o e n t a n t o , o exponencial aumento da taxa de IVA em mui-tos produtos agrícolas e alimentares conduziu a uma retracção no seu consumo. Deste modo, o novo paradigma para 2013 será manter a mes-ma qualidade e baixar os custos de produção. Uma missão espinhosa só ao alcance de quem conhe-ce muito bem a activida-de e o mercado.

Com asserto, o que se cobiça para o ano de 2013 é uma refundada TSU: Trabalho, Saúde e União.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

Viseu vai receber as Jornadas Parlamenta-res do Partido Socia-lista (PS), nos dias 13, 14 e 15 de janeiro.

Estão conf irmadas as presenças de todos os deputados da ban-

cada socialista. Antó-nio José Seguro, secre-tário-geral do partido, procederá ao encerra-mento.

Estas Jornadas Par-lamentares contarão igualmente com visi-

tas a vários pontos do distrito e terão como macro tema a análise do estado social. Saú-de, educação e políti-cas sociais são as prin-cipais temáticas a de-bater. PN

Museu de arte Keil Amaral “nasce” em ViseuA família Keil lançou o repto e a autarquia vise-ense acedeu. O Museu de arte Keil Amaral vai surgir no centro histó-rico da cidade, antes de outubro, e com peças de arte exclusivas do espó-lio da família

“A Câmara fez um tra-balho discreto para ar-ranjar o local, ótimo em termos físicos e daqui-lo que é a traça do edifí-cio, é mais um upgrade no centro histórico”, dis-se ao JC Fernando Ruas, presidente da Câmara de

Viseu.O autarca não adian-tou a data da inaugura-ção, mas garantiu que o fará antes de abandonar a autarquia: “a data limi-te para a conclusão terá de ser até outubro”, re-feriu. TVP

Ruas nega intenção de sairdo Planalto Beirão

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VISEU | REGIÃO

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Decorreu desde outu-bro a 25 de dezembro uma campanha de recolha de roupa e brinquedos para crianças e adolescentes, por parte da empresa If You Wear Export e Im-port. Lda, detentora do espaço comercial Good Vibes em Viseu, na Rua do Comércio.

Esta ação, intitulada “Campanha Partilhar Sor-risos”, teve como objeti-vo recolher objetos que as pessoas já não preci-sassem e que estivessem em bom estado para se-rem doados a várias ins-tituições.

Em Viseu, o Centro de Acolhimento Temporário (CAT) e o Lar Escola de Santo António foram as escolhidas.

Para Artur Rodrigues, responsável de loja, esta foi uma forma de ajudar e de “perceber a realidade viseense. As pessoas fo-ram muito participativas

e recolhemos muita rou-pa e brinquedos. Quando se trata de crianças a soli-dariedade é ainda maior”, afirmou.

Esta é a primeira ação do género por parte da empresa , mas Artur Rodrigues refere que “é uma ideia que queremos continuar, queremos que as pessoas partilhem o que têm e como podem e que façam os outros sor-rir. Quem quiser contri-buir pode fazê-lo que nós seremos os intermediá-rios”.

A roupa e brinquedos já foram entregues ao CAT no passado dia 26 e este fim de semana será a vez do Lar Escola de Santo António receber os pre-sentes dos viseenses.

Esta ação teve também lugar na cidade do Porto, com doações para a Cres-cer e Ser - Casa de Cedo-feita e o Centro Juvenil de Campanhã. MC

Good Vibes em ação solidária Viseu

É já este domingo que a primeira pedra da Ca-sa-Museu de Madre Rita Amada de Jesus, em Viseu, vai ser colocada, em Casal Mendinho, na freguesia de Ribafeita, lo-cal onde a beata nasceu e morreu.

A obra que deverá estar pronta dentro de um ano está orçada em 300 mil euros. Com dois pisos, a construção conta ainda com uma capela e um es-paço museu onde será re-criada a vida da madre.

Em declarações à lusa, Margarida Rodrigues Ben-to, do Instituto Jesus Maria José, afirmou que se trata de “uma casa memorial, que será erguida onde es-

tão as ruínas daquela que foi a casa que viu nascer a beata Rita Amada de Je-sus”. “Além de reconstruir-mos a casa onde nasceu, a

casa que era dos pais, va-mos acrescentar uma par-te mais moderna, destina-da ao acolhimento e ora-ção”, acrescentou.

Margarida Rodrigues Bento explicou ainda que a obra não é apenas um museu mas “um espaço que motive a alma das gentes, dando a conhecer o carisma de madre Rita, que fundou o Instituto Je-sus Maria José”.

Madre Rita nasceu a 05 de março de 1848 e mor-reu a 07 de janeiro de 1913. Foi beatificada em maio de 2006, depois de a Santa Sé ter reconhecido um milagre que lhe era atribuído: a cura de uma mulher que sofria de uma doença mortal do intes-tino, na cidade brasileira de Franca, em 1989.

Micaela Costa / Lusa

Primeira pedra daCasa-Museu Madre RitaCasa Museu∑ Pronta dentro de um ano está orçada em 300 mil euros

A Madre Rita foi beatificada em maio de 2006 e comemora-se este ano os 100 anos da sua morte

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Page 16: Jornal do Centro - Ed564

educação&formação

“Viseu na Europa” é o nome do prémio escolar, destinado aos alunos do ensino secundário, profis-sional e superior do conce-lho de Viseu, criado pelo eurodeputado Correia de Campos (PS).

O antigo Ministro da Saúde apresentou-o du-rante a última Assembleia Municipal de Viseu (28 de dezembro). O objeti-vo passa por promover o conhecimento e o debate acerca do funcionamento da União Europeia e das suas instituições, fomen-tar o interesse dos estu-dantes pelas políticas da União e, ao mesmo tempo, melhorar as capacidades de investigação e de meto-dologia de elaboração de trabalhos académicos em grupo. Desta forma, os jo-

vens podem visitar o Par-lamento Europeu, em Bru-xelas, e ser recebidos pelo deputado.

Ainda segundo Correia de Campos, os trabalhos são de tema livre mas de-vem estar relacionados com o funcionamento, his-tória ou enquadramento institucional ou jurídico da União Europeia, ou com o impacto das suas políticas em Portugal ou na região de Viseu. Os trabalhos se-

rão posteriormente avalia-dos por um júri compos-to pelo mentor do prémio, pelo presidente da Assem-bleia Municipal, Almeida Henriques (PSP), e por Fer-nando Ruas (PSD), presi-dente da Câmara Munici-pal de Viseu. O Jornal do Centro sabe que o facto de não constar qualquer nome afeto ao PS para constituir o júri criou algum mal-es-tar no seio dos socialistas, em particular nos militan-tes mais antigos.

O concurso é válido para o ano letivo em curso e para o próximo. A entrega dos prémios deverá acon-tecer em abril ou maio. O regulamento está dispo-nível em www.delegptp-se.eu.

Tiago Virgílio Pereira

A Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, vai ser palco do XIII En-contro Regional de Asso-ciações de Pais. O evento, organizado pela Federa-ção Regional das Asso-ciações de Pais de Viseu está marcado para o dia 19 de janeiro.

O objetivo passa por partilhar com as Asso-ciações de Pais temas e preocupações que vi-sam contribuir para uma maior participação dos pais na vida escolar dos filhos e educandos.

A sessão de abertu-

ra está marcada para as 9h30. O primeiro pai-nel, “O pai responsável: de pai colaborador a pai parceiro!”, tem início às 10h00. Ana Albuquer-que, docente no Agru-pamento de Escolas de Sátão - Escola Frei Rosa Viterbo, é a oradora convidada. Segue-se o debate. “Relação esco-la-família: o papel das Associações de Pais” é o tema do segundo pai-nel, com a docente Ma-ria Martins, do Agrupa-mento de Escolas Viseu-Sul - Escola Infante D.

Henrique. Ao fim da manhã, an-

tes do almoço convívio, Carlos Manuel Lázaro, técnico especialista da Autoridade Tributária de Viseu, fala sobre “As obrigações fiscais da AP s”.

A apresentação do en-contro decorre no dia 11 de janeiro, pelas 19h00, na sede da Federação Re-gional das Associações de Pais de Viseu, nos Moinhos da Balsa, em Viseu.

Tiago Virgílio Pereira

XIII Encontro Regional deAssociações de PaisObjetivo ∑ Partilhar temáticas e preocupações

A Escola Secundária Alves Martins será palco do encontro

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Correia de Camposapresenta prémio escolar

Jornal do Centro04 | janeiro | 201316

Page 17: Jornal do Centro - Ed564

economia

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DOENÇAS DA COLUNA VERTEBRAL

CASA DE SAÚDE DE SÃO MATEUSRUA 5 DE OUTUBRO3500-000 VISEU

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TRATAMENTO DE DORES CRÓNICAS DA COLUNACIRURGIA DA COLUNA VERTEBRALCIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVATÉCNICAS PERCUTÂNEAS

CARLOS JARDIM MÉDICO ESPECIALISTA

Na Quinta do Catave-jo, em Mundão, Viseu, local pacato, rodea-do por espaços verdes que lhe confere uma envolvência ambiental única, “nasceu” a Casa Boironesa. O restauran-te abriu as portas em novembro, aposta num conceito inovador e na cozinha tradicional.

“Queremos proporcio-nar aos clientes uma re-feição sossegada e dife-rente dos outros restau-rantes da cidade”, referiu Mónica Rebelo, geren-te do espaço. Para isso, a

aposta passa pela exce-lência de três menus dis-tintos: Executivo, Posta e Boironesa da Casa. O ex-libris da casa são as carnes de qualidade su-perior, confecionadas na hora e servidas numa pe-dra quente. A Casa Boi-ronesa dispõe de dois andares com capacidade para 150 pessoas e sala para fumadores.

Aos sábados à noite e aos domingos à hora de almoço, a música ao vivo é outra das atra-ções. Todos os meses, há uma noite temática. No

dia 19 de janeiro, a noite é dedicada ao fado. Nes-te dia, o cliente só pode-rá disfrutar do espaço mediante reserva.

A garrafeira é com-posta por vários vinhos de todas as regiões do país. Contudo, é o vinho da casa que tem colhido os maiores elogios.

“Esperamos atingir o nível de satisfação dos clientes e que esse es-forço seja compensado”, são os votos da gerente para o ano de 2013.

Tiago Virgílio Pereira

Casa Boironesaaposta na distinção e qualidadeMundão ∑ Espaço calmo e acolhedor com conceito diferente da restauração viseense

A Casa situa-se na Quinta do Catavejo, em Mundão

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17Jornal do Centro04 | janeiro | 2013

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ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

O ano de 2012 marca o regresso da realização de Campos de Trabalho In-ternacionais em Portugal, após um ano de interrup-ção devido à ausência de atividade por falta de verba, uma situação que se reve-lou negativa para os jovens portugueses e estrangeiros, bem como para as organi-zações nacionais e parcei-ros internacionais, de acor-do com Alexandre Miguel Mestre, Secretário de Esta-do do Desporto e Juventu-de e sob gestão do Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P.

Os CTI, enquadrados no

Programa Mobilidade e In-tercâmbio de Jovens, visam promover a mobilidade e o intercâmbio através de ati-vidades que incentivem a troca de experiências e o conhecimento de novas re-alidades socioculturais, fa-cilitando o relacionamento de jovens portugueses com jovens de outros países, através da realização de campos de trabalho, dentro ou fora do território nacio-nal, capazes de dar respos-tas formativas, através dos processos educativos não formais, designadamente interculturais.

A realização de 10 CTI

em Portugal envolveu 144 participantes, com idade média de 22 anos, 56% do sexo feminino, 81% estu-dantes e 81% estrangeiros, de 17 nacionalidades dife-rentes. “Os principais fato-res que motivaram os par-ticipantes foram conhecer um país, uma cultura ou uma língua diferentes. Às áreas de intervenção dos CTI realizados em Portu-gal foram a sociocomuni-tária, património histórico e cultural e ambiente”, ex-plica José Cardoso, diretor regional do Centro, em co-municado.

Pode ler-se ainda que “da

verba de 50.000,00 euros atribuída pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. para os CTI realizados em Portugal, em 2012,foi comprometida a verba de 46.440,00 euros para o financiamento dos 10 projetos, sendo que a taxa de execução se situou nos 100%. Não houve can-celamento de atividades, não houve devoluções nem acertos de verbas, a execu-ção foi integralmente con-cretizada em conformida-de com o inicialmente pre-visto”.

Micaela Costa

2012 marcou o regresso dosCampos de Trabalho Internacionais Campos de Trabalho∑ Visam promover a mobilidade e o intercâmbio

A Jovens com idade média de 22 anos participaram nos 10 eventos realizados em Portugal

A associação dos in-dustriais de hotelaria e restauração da região centro do país (HR Cen-tro) fundiu-se com a As-sociação de Hotelaria e Restauração de Portugal (AHRESP), revela em comunicado esta última instituição.

“Este ato formaliza a fu-são das duas maiores as-

sociações de hotelaria e restauração de Portugal, e é mais um importan-tíssimo passo no senti-do do reforço e da defesa do nosso tecido empresa-rial”, adianta a AHRESP. A decisão de “unir for-malmente” os dois orga-nismos foi tomada sexta-feira, 28, em assembleia-geral na HR Centro. MC

Associação de Hotelaria do Centro e aAssociação da Hotelaria de Portugal fundem-se

A Universidade Católica Portuguesa, em Viseu, foi uma das três instituições vencedoras do prémio Semana da Ciência e da Tecnologia 2012, instituí-do pela Ciência Viva como reconhecimento e estímu-

lo ao esforço coletivo de divulgação da ciência e da tecnologia durante a Se-mana C&T 2012.

O prémio foi atribuído à atividade “A Arquitectura (Ar)Risca-se!” através de votação do público.

UniversidadeCatólica distinguida com prémio

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Zona centro é a que menos espera pelos saldos

O inquérito do Observa-dor Cetelem apurou, por regiões, que a zona centro é a que menos espera pelos saldos. Apenas 5% afirma que só faz as compras de Natal quando chegam os saldos. Por outro lado, os habitantes da zona do Por-to são os que mais esperam pelas promoções (26%). O estudo apurou ainda que

são os indivíduos entre os 18 e os 24 anos (25%) que mais esperam pelos sal-dos de Inverno para fazer a compra de presentes. Já 81% dos inquiridos entre os 25 e 34 anos afirmam que não pretendem espe-rar pelas promoções, o que faz desta faixa etária a que menos expetativa cria em relação aos saldos.

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desporto

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Visto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay Há uma equipa no

Norte do Distrito de Viseu apostado em ter-minar com o domínio do Unidos da Estação no futsal feminino em Viseu. Com 10 jornadas jogadas no distrital, o Penedono lidera, isola-do, com vitórias em to-dos os jogos disputados. Tem 5 pontos de vanta-gem sobre as mais dire-tas adversárias. Se a con-seguir gerir até final faz história na modalidade em Viseu.

Cartão FairPlay Não é para todos, re-

ceber as insígnias de ar-bitro internacional atri-buídas pela FIFA. Uma mulher, é ainda maior o destaque. Para esta vise-ense professora de edu-cação física, o sonho cumpre-se aos 33 anos.

Cartão FairPlay Depois de um início ti-

tubeante, os trambelos chegam à frente na Di-visão de Honra. Mérito também para uma dire-ção que sempre manteve a confiança no técnico Rui Cordeiro.

Visto

FutsalPenedono

ArbitragemFutebolOlga Almeida

FutebolLusitano de Vildemoinhos

A Mais três pontos deixam a equipa cada vez mais próxima da manutenção

II Liga Profissional

Entre a sorte e a competênciaTranquilidade∑ Tondela continua em posição confortável na classificação

Terminou com uma vitória o ano de 2012 no Clube Desportivo de Tondela. Frente a um Marítimo B que, pelo que fez, valorizou o triunfo dos tondelenses, a equipa orientada por Vitor Pa-neira só nos 45 minutos da segunda parte mos-trou a qualidade a que já habituou os adeptos. Ven-ceu por 3 a 1, mas o resul-tado não espelha as difi-culdades.

O Tondela fez uma pri-meira meia-hora perfeita-mente disparatada.

Os insulares apercebe-ram-se desse desnorte e não se fizeram rogados. Criaram várias oportu-nidades de golo - algu-mas claras - e acabaram por marcar numa bola parada, com o “gigante” Bauer a saltar à vontade e a cabecear fora do alcan-ce de Cláudio. Marítimo B, com justiça, na frente.

O Tondela lá serenou e equilibrou a partida nos minutos finais, tendo chegado ao golo do em-pate por Fábio Pacheco.

Igualdade no final dos

primeiros 45 muito lison-jeira para o Tondela.

Na segunda parte tudo diferente. O Tondela foi mais decidido a defender, e acima de tudo mais rá-pido e incisivo nas acções atacantes.

Luís Aurélio muito ati-vo na direita e Backar muito irrequieto na es-querda, começaram a criar problemas aos ad-versários. Numa jogada rápida pela direita, Luís Aurélio entrou na área, foi até perto da linha de fundo e cruzou para o se-

gundo poste onde apare-ceu Backar a empurrar para o segundo.

O Marítimo tentou de-pois o empate, mas só de bola parada conseguiu in-comodar Cláudio Ramos.Nos minutos finais Fábio Pacheco, de primeira, de fora da área, fez o seu se-gundo no jogo e o ter-ceiro do Tondela. Estava feito o resultado e encon-trado o vencedor. Justo, principalmente pelos se-gundos 45 minutos.

Gil Peres

FUTSAL FEMININO PENEDONO CONTINUA IMBATÍVEL E SÓ COM VITÓRIAS No Distrital de Futsal fe-minino, o Penedono con-tinua imparável na frente. A equipa do Norte do Dis-trito somou a nona vitória consecutiva ao golear o Lusitano por 12 a 0. Na perseguição e a 5 pontos, continua o Unidos da Es-tação que nesta 10ª jornada venceu o Oliveira de Fra-des por 8 a 0. Nos restantes jogos da jornada o Carbel-rio venceu o Crasto por 2 a 1 e a Naval de Viseu goleou a Casa do Benfica de São João da Pesqueira por 14 a 2. Cumpridas 10 jorna-das, o Penedono continua a dar mostras de querer terminar com um domínio absoluto do Unidos da Es-tação no futebol feminino em Viseu, e colocar um fim numa série que já vai em seis títulos consecutivos para a equipa de São Pedro do Sul.

FUTSAL SPORTING DE LAMEGO LIDERA DIVISÃO DE HONRANo Distrital de Futsal, o Sporting de Lamego não cede na liderança da clas-sificação. Em partida da 11ª jornada venceu em Viseu a Casa do Benfica por 9 a 1.Foi a nona vitória em 11 jogos com os líderes a con-tabilizarem ainda um em-pate e uma derrota. Estão na frente agora com mais 4 pontos que o Sever, que é segundo. Formação que adiou o jogo desta jornada com o Armamar e que está assim obrigado a vencer para não perder de vista na frente o líder da classi-ficação, e tentar reduzir a desvantagem para apenas um ponto.

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DESPORTO | MODALIDADES

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DIVISÃO DE HONRA DE VISEU

Lusitano “Campeão de Inverno”

Na Divisão de Honra de Viseu, a jornada 14 foi de verdadeiro jackpot para o Lusitano.

Os trambelos entram em 2013 na frente do campeo-nato depois de terem der-rotado o líder Moimenta da Beira por 2 a 1, com o

golo do triunfo marcado já nos descontos e viu ain-da o Castro Daire empatar em Vouzela. Tudo soma-do, o Lusitano vira o ano na frente do campeonato.

O Lusitano esteve na frente do marcador, com um golo de Faro, numa re-

carga oportuna quase so-bre a linha de golo. Viria depois a consentir a igual-dade numa fase em que o Moimenta justificava o estatuto de líder.

As duas equipas pro-porcionavam um bom es-petáculo, bem disputado

e acima com incerteza no marcador até ao final perante algumas cente-nas de espetadores nas bancadas.

Depois de uma primei-ra parte equilibrada, em que o resultado se acei-ta, na segunda metade o Moimenta desistiu mui-to cedo de tentar ganhar. Parecia satisfeito com o empate. Recuou linhas e explorou o contra ata-que, mas a história do jogo havia de ser escrita mesmo no tempo de des-contos. Nené marcou, na recarga a um violento remate de Belo à trave, e deixou os Trambelos em delírio.

Com esta vitória, justa, o Lusitano isolou-se na frente com 31 pontos.

Na segunda posição está agora o Sátão que nesta jornada goleou o Resende por 4 a 0. GP

A Jogo muito disputado entre dois candidatos

Olga Marisa Martins Almeida, do Conselho de Arbitragem da Associa-ção de Futebol de Viseu, vai receber as insígnias da FIFA na categoria de árbi-tro auxiliar.

Olga Almeida, de Viseu, e Maria João Freire, de Lisboa, são a estreia de

Portugal nesta categoria, conhecida que foi agora a lista dos árbitros interna-cionais portugueses que em 2013 vai atingir o seu maior número de sempre: 29.

No futebol masculino, Portugal manteve nove ár-bitros e dez árbitros assis-

tentes.Na variante de futsal

Portugal mantém os qua-tro árbitros de 2012, nú-mero máximo que a FIFA atribui por país.

No futebol de praia man-têm-se os dois lugares de 2012, tendo a FIFA aceite a proposta nacional de re-

novação de dois novos ár-bitros, saídos do processo de seleção elaborado pelo Conselho de Arbitragem no início desta época.

Aos 33 anos, Olga Al-meida atinge desta for-ma o ponto mais alto da sua carreira na arbitragem portuguesa. GP

Associação de Futebol de Viseu

Olga Almeida recebe insígnias da FIFA

A Olga Almeida

DAKAR 2013

Mário Patrão em estreia

Mário Patrão, moto-ciclista de Seia que con-ta com vários títulos de campeão nacional de TT e Enduro no seu currícu-lo, participa este ano no Dakar

A estreia está marcada para sábado, dia 5 de janei-ro, com o Dakar a começar no Peru com destino ao Chile, enquanto as etapas intermédias decorrem em solo argentino, país que nos últimos anos recebeu o arranque do Dakar.

Centenas de pilotos dis-tribuídos pelas categorias

de Motos, Quads, Automó-veis e Camiões estão ins-critos para estes quinze dias de competição.

Mário Patrão fará parte de um grupo de cinco pilo-tos portugueses a compe-tir nas duas rodas.

O piloto de Seia estará, assim, ao lado de Hélder Rodrigues, Paulo Gonçal-ves, Rúben Faria e Pedro Bianchi Prata, todos eles já com diversas presenças no Rali Dakar.

Mário Patrão conduz uma Suzuki e terá o dor-sal 107. GP

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em focoJornal do Centro04 | janeiro | 2013 21

Fim de ano animado no distrito de ViseuFesta, animação, con-

vívio, música e alegria foram as palavras de or-dem na noite mais longa do ano.

Mais ou menos contur-bado, o ano 2012 chegou ao fim e a verdade é que na noite de réveillon já só interessava dar as boas vindas ao novo ano.

Pelos vários concelhos do distrito de Viseu a fes-ta marcou presença e não deixou ninguém indife-rente.

Comeram-se as passas, bebeu-se o champanhe e entre um brinde e outro formularam-se desejos, que certamente anseiam por um ano melhor.

O Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa, o mu-nicípio de Sernancelhe e Moimenta da Beira são alguns dos exemplos.

Confraria de Saberes e Sabores da Beira em destaqueA convite da Embai-

xada dos Emirados Ára-bes Unidos, a Confraria de Saberes e Sabores da Beira, “Grão Vasco”, de Viseu, esteve presente nas celebrações do 41.º Dia Nacional dos Emi-rados Árabes Unidos. Marcaram presença 25 confrades, numa cele-bração animada e pres-tigiante.

O evento decorreu em dezembro, no Pa-vilhão Atlântico/Sala Tejo.

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Montebelo Aguieira Lake Resort & SpaMontebelo Aguieira Lake Resort & Spa Montebelo Aguieira Lake Resort & SpaMontebelo Aguieira Lake Resort & Spa

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Queima do Velho (Moimenta da Beira)Queima do Velho (Moimenta da Beira)

Exposalão SernancelheExposalão Sernancelhe

Exposalão SernancelheExposalão Sernancelhe

Exposalão SernancelheExposalão Sernancelhe

Exposalão SernancelheExposalão Sernancelhe

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culturasD 9º encontro de cantares de janeiras

A Igreja Matriz de São João Baptista de Vila Chã de Sá recebe hoje, dia 4, o 9º encontro de cantares de janeiras, a partir das 21h00, com o grupo de cantares Pedra Moura, grupo de Cavaquinhos da Passilgueirense, grupo Folclórico de Moure de Madalena e o grupo de cantares Cantorias.

expos Arcas da memória

A cinza dos ritos

Na minha terra que é ter-ra de castanheiros e que era também terra de rosmani-nho e bela-luz, como ali se di-zia destas aromáticas plantas que medravam na orla das courelas, havia um costu-me que de longe vinha, que era o de queimar bela-luz e rosmaninho em cheirosas fogueiras do estio na festiva noite de S. João e fazer arder no adro da igreja, com co-meço na Noite de Natal, um velho tronco de castanheiro que parecia aquecer a aldeia inteira. Ninguém sabia, na aldeia, nesse tempo, de fes-tas de solstício, ninguém sa-bia que houvera antigos deu-ses que se chamavam Sol e Lua, eternamente havia só um Deus Menino, havia o S. João e a Senhora da Lua dos dias de Verão que assim lhe chamávamos quando a Lua era lua-cheia.

Em nossa casa ardia um cepo de carvalho, doze dias ele ardia do Natal até aos Reis. Guardava-se depois o resto do brasido. Acendia-se em Maio nas brasas da fo-gueira, punha-se a arder lou-ro e alecrim dos ramos ben-tos no Domingo de Ramos, à janela, num pratinho e a gen-te acreditava que as trovoa-das “arramavam” para longe,

“onde não houvesse eira nem eira, nem pé de figueira, nem guedelhinho de lã, nem almi-nha cristã”, que assim rezavam, baixinho, as mulheres.

Do cepo de carvalho, no Natal, bastava que houvesse em cada noite o seu calor de lume vivo, o pai sentado no seu banco costumado, minha

mãe fazendo a lida a que esta-va habituada, a avó Carolina que tinha ido para o Brasil e que eu não conheci, também lá estava, só no retrato e a avó Beatriz que morreu era eu ain-da menino e a madrinha que depois me levava para dormir em casa dela e as almas dos antigos por quem se rezavam padre-nossos. E os rapazes que apareciam pela tarde fora para jogar o par e o pernão. E às vezes uma mansa lua-cheia, quem sabe se iluminaria no caminho que tomava a estra-da por onde vinham os Três Reis. E as raparigas da casa, se havia, minha irmã pequena, a Henriqueta, foi para o céu ainda era pequenina, minha irmã brincando com a vassou-ra, varrendo em noite de Natal a cinza da lareira não fosse a Virgem vir mudar em nossa casa a fralda ao seu Menino e sujar na pedra a brancura do vestido.

Memórias que a gente guar-da. Vasos de cinza deste estra-nho crematório que é a nossa vida. E o espírito da Fénix que alimentamos ainda e sempre. E as fogueiras que agora des-ceram à cidade. E as luzes com que reinventamos o cepo de carvalho. E o bolo-rei. E os bra-ços que alongamos através de uma escrita agora virtual. Tan-tos amigos. E os braços de al-guém que nem sempre pode-mos apertar.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

VILA NOVA DE PAIVA

∑ Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até dia 31 de janeiro

Exposição de escultura

“Elmos e Cilindros”, de

Manuel Vaz.

Até dia 31 de janeiro

Exposição de ilustração

“O Lápis”, da Junta de

Freguesia de S. João da

Madeira.

MANGUALDE

∑ Biblioteca Municipal

Até dia 31 de janeiro

Exposição documental e

de objetos dos 130 anos

da linha da Beira Alta.

VISEU

∑ Biblioteca Municipal

Até dia 5 de janeiro

Exposição de 27 foto-

grafias “A criança sob o

olhar de Eduarto Teixei-

ra Pinto”.

roteiro cinemas Estreia da semana

Os Miseráveis – O filme é basea-do na homónima obra teatral/musi-cal da Broadway que, por sua vez, se baseia no famoso clássico literário de Victor Hugo, sobre um ex-condena-do, Jean Valjean, que é posto em liber-dade e que altera a vida de muitos dos indivíduos que encontra com os seus atos de humanidade e sacrifício. No entanto, um rígido inspetor da polí-cia, Javert, fará de tudo para o voltar a colocar atrás das grades.

VISEUFORUM VISEU

Sessões diárias às 13h30, 15h25, 17h30, 19h35, 22h00, 00h05*O Chef(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h50, 21h30, 00h20*A vida de Pi(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 16h00, 18h20A origem dos Guardiões(M6) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 17h20, 21h00*, 21h50 (só 6ª

e sáb.)O Hobbit: uma viagem inesperada(M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h10, 00h15* 007 Skyfall(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h40, 21h20, 00h10*Amour(M16) (Digital)

Sessões diárias às 21h40, 23h55*A Saga Twilight: amanhecer parte 2(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30++, 17h00, 19h10+Hotel Transylvânia VP(M6) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 11h20 (dom.), 14h00, 16h15Hotel Transylvânia VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h30, 00h30*A vida de Pi(M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h40, 00h25*

Anna Karenina(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 17h00, 20h40, 21h10*Hobbit: uma viagem inesperada 3D(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 17h05, 21h20, 00h15*Jack Reacher(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h10 (dom.), 13h30, 15h35, 17h45Zambézia VP(M6) (Digital 3D)

Sessões diárias às 11h00(dom.), 14h20, 16h40, 19h10A origem dos Guardiões VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 20h50, 21h50*Cloud Atlas(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 17h15, 21h00, 00h20*Os Miseráveis(CB) (Digital)

Legenda: * sexta e sábado

Destaque

O M u s e u Te r r as d e Besteiros tem em exposi-ção as peças em barro ne-gro de Molelos dos artistas-oleiros Carlos Lima e Xana Monteiro.

Esta amostra parte de um comum canudo de toupei-ra, outrora uma armadilha usada para capturar esse ro-edor que devastava as hortas e plantações, como bem nos explicou o técnico responsá-vel pelo espaço museológico, Helder Abraços.

Daqui em diante, o ima-ginário dos artistas criou o neologismo “toupeiradas” e com base nesse artefacto rural, trilhando novíssimos passos no âmbito da cerâ-

mica negra, propõe aos vi-sitantes uma reflexão cria-tiva sobre a toupeira, talvez enquanto infiltrada ou bufa; talvez enquanto ser muito subterrâneo e destruidor, à semelhança de muitas clas-ses por aí pululantes e ar-rogantes; talvez enquanto seres corruptos correndo massivamente para o “anjo salvador” ou ente superior que todos adoram: a simbo-logia de um Poder alado que hoje faz escola e tem fervo-rosíssimos adeptos em todos os quadrantes sociais…

Houve olhos que aí viram falos erectos, outros a repre-sentação da primeva repro-dução humana, outros uma

esfuziante rosa-dos-ventos anunciando destinos mil, outros, espirais de vida, ou-tros, um colectivo agregado na mais negra das uniões… e é nesta dinâmica criativa, nesta mensagem plurívoca onde a conotação se erige à dinâmica da sugestão, que a arte irrompe e solta se pre-sentifica vinda de heranças longínquas para o presen-te, numa interacção místi-ca de uma linguagem con-tinuada e transmitida gera-cionalmente, disponível até, na e pela sua não anacronia, para as verdades imutáveis do universo.

Paulo Neto

Toupeiradas em barro negro de Molelos

Paul

o N

eto

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culturasD Peter Pan na Lapa do Lobo

A Fundação Lapa do Lobo, em Nelas, rece-be amanhã, dia 5, a partir das 21h30, o espe-táculo de teatro Peter Pan, pela Zunzum. A entrada é livre.

O som e a fúria

A Vida de Pi, de Ang Lee

Do ponto de vista téc-nico, não tenho conhe-cimentos para esmiuçar este filme mas, sem dú-vida que se trata de uma incrível história, com di-ferentes significados, re-f lexões e questões. Na verdade, o filme não é uma mera história de so-brevivência dum rapazi-nho que se vê a naufra-gar no meio do Oceano Pacífico durante não sei quantos dias, em condi-ções desafiantes e impos-síveis. Não. Embora tudo isso esteja presente, tor-na-se acessório perante o quadro de alegorias dos vários apanágios da vida ali retratados: o instinto de sobrevivência, a fé e o afeto. Dissecar a história em cada um desses apa-nágios é um exercício que se impõe ao espectador. Porém, este, facilmente ficará deslumbrado pela fotografia do filme e pe-los pasmos causados pe-las três dimensões que, por vezes, o farão suster a respiração mas, a pró-pria música, que conduz as duas horas de filme é adequada a uma medita-ção. Visualmente, este filme é uma obra-prima.

Este livro, de Yann Martel, foi considerado, à partida, como impos-sível de filmar mas Ang Lee (“O Banquete de Ca-samento”, “Razão e Sen-sibilidade”, “A Tempesta-de de Gelo”, “Brokeback Mountain”, “O Tigre e o Dragão”) supera o desa-fio resistindo a qualquer

tentação de antropomor-fizar os animais que se tornam companheiros de Pi. Em vez disso, a bor-do de um bote salva-vi-das, testemunhamos uma mistura de terror, deses-pero e tentativas de con-fiança entre o Homem e o animal. Lee revela-se-nos como um poderoso cria-dor de belíssimas ima-gens que ficam na memó-ria: desde o céu noturno cheio de estrelas até ao próprio tigre que surge como personagem prin-cipal fascinando o espec-tador com toda a sua be-leza e quase “monstruo-sidade”.

Se pudesse resumir este f ilme numa frase seria: “lenta e deliciosa-mente, o improvável as-sume a qualidade de ver-dadeiro”. O filme por si só poderia ser simples-mente uma bela fábula mas, para mim, o que o engrandece é o final, a forma como a história se

“fecha”, ligando os pontos e com um toque de hu-manidade. Haverá quem veja neste filme um re-quintado documentário do National Geographic mas creio que são poucos (se é que os há!) os filmes que entrecruzam tão bem o ciclo da vida, a nature-za crua e o lugar do ho-mem nesse vasto meio, depois de despojado dos seus apetrechos criados pela sua racionalidade.

Um filme a ver este ano, no próximo ou no outro. Bom ano!

Maria da Graça Canto Moniz

Afinal a que sabe? Este filme realizado

por Rossana Torres e Hi-roatsu Suzuki, seleciona-do para a competição de longas metragens portu-guesas no DOCLISBOA 2012, deixa-nos o sabor afectivo de um doce que o imaginário de todos nós retém; a história de duas irmãs nonogenárias, Cas-silda e Fernanda Cardo-so de Figueiredo, profes-soras da Escola Primária de Mosteiro de Fráguas; o espaço vazio de um re-creio sem meninos a brin-car e de uma casa com corredores onde já nin-guém corre e por onde

passa o tremido andar a bengala pontuado.

“Ser velho tem uma vantagem”, diz uma das mestras para a outra: “Não somos obrigadas a fazer nada de especial”. Mas será a única, porque ali, naquele topos, o tem-po flui ao sabor da natu-reza renovada e à conta-gem semanal dos com-primidos que são calços para a saúde que se de-bilita ao passar dos dias. O silêncio e os bordados fazem-nas Penélopes, já sem Ulisses mas com Ca-ronte à porta. O estaticis-mo e os objectos, esses, misturam-se com as per-

sonagens e delas fazem uma integrante parte, como a terra que pacien-te espera e a lareira com seu fogo mas sem gente a quem aquecer. Filme do futuro. Do futuro de to-dos nós que somos os ido-sos de amanhã. Exercício de amor e análise da “ter-ra” e dos ciclos existen-ciais que gera e cria em seu redor, por mais longe que os nossos passos dela nos levem e numa atra-ção porfiada das raízes e das memórias de outrora. Uma homenagem, este “Sabor a Leite Creme” ao lado da rosa cortada e co-locada sobre a velha có-

moda em cerejeira, num solitário continente que dela faz único conteú-do. Acresce a “modinha” com que a película se aca-ba: “ora ponha aqui, ora ponha aqui o seu pézi-nho…” Só que, de repente, o pé perdido deixa de ter o “ao pé do meu” da qua-se secular companhia.

Em fundo, erecta, a si-lhueta recortada e som-bria do Caramulo, sorri da efemeridade deste tão racional ser que é o ho-mem sem tempo para re-flectir na finitude do seu percurso.

Paulo Neto

O Sabor do Leite Creme…Cinema

Porquê o título “O sabor do leite de creme”?Não sei. Não temos uma

resposta concreta sobre isso.

A primeira vez que sur-giu a ideia de fazer um filme dentro da casa com as duas protagonistas foi num Natal em que houve leite de cre-me na mesa, feito pela mi-nha avó Dona Fernanda.

Há vários motivos para o título: a relação familiar, a relação de memória de criança, o doce da avó que desperta toda a questão de uma infância.

O filme termina com uma moda “Ora ponha aqui, ora po-nha aqui o seu pezinho.”Que simbologia é que apresenta esta canção?Não tem uma simbologia.

A minha avó gostava muito da canção “ora ponha aqui o seu pezinho”e bordou essa frase num tapete de arraio-los.

Estamos perante uma bor-dadeira que é uma espécie de Penélope à espera de um Ulisses.No filme ela espera por quem?Ela espera pelo futuro

quando está no Outono da vida. Todo o filme fala so-bre solidão, sobre a vida e sobre o fim da vida. É tudo um ciclo.

Colocaram a aldeia de Mos-teiro de Fráguas como cenário principal no filme. Esta escolha deve-se a algum motivo em particular?A dona Cassilda, uma das

protagonistas, viveu sempre por ali e é obvio que o filme tinha que ser gravado na-quele mesmo sítio. A casa é o cenário principal e são estas duas senhoras que a enchem diariamente.

As questões quotidianas estão sempre presentes. Porque decidiram transpor-tar esta vivência tardia para a

película?Desde o início que que-

riamos muito gravar aquela casa. Pensamos o quanto é bonito aquele quintal, aque-le jardim e o quanto é bonita aquela casa. Estas pessoas viviam aqui como se fosse uma espécie de um paraí-so estagnado. O Hiroatsu ficou encantado com toda aquela aspiração de vida. Já eu cresci ali e fiz uma revisi-tação às minhas raízes.

Sendo estrangeiro, o que o levou a participar na realização do projeto?Ele aprecia o cinema

português. Já conheceu o Manuel de Oliveira, o Pedro Costa o António Reis e a Margarida Cordeiro e veio descobrir o país onde se fa-ziam aqueles filmes. Encon-trei-o, por acaso num semi-nário de cinema em Serpa e depois decidimos conhecer melhor a “Arquitetura Ter-ra” o cinema que trabalha a Terra. Mais tarde, grava-

mos o filme “Cordão ver-de” na Serra do Caldeirão em Mértola.

O que representa esta proje-ção na ACERT?Este filme realizou-se

num ano e meio e esta pro-jeção é sobretudo um en-contro social. Nesta sala es-tiveram presentes algumas das alunas da dona Cassilda e as pessoas sentiram a ne-cessidade de fazer uma ho-menagem.

Que planos aguardam no futuro?Queria continuar a de-

manda do ambiente cultu-ral na Serra mas alguns dos projetos que tinha planeado estão parados por falta de financiamento. Sem finan-ciamento é quase impos-sível fazer um filme. Nes-te em particular tivemos o apoio da Gulbenkian, de fa-miliares e amigos.

Diana Melo

A Rossana Torres e Hiroastu Suzuki realizadores do filme “O Sabor do leite creme”

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saúde e bem-estar

O Estado quer que os portugueses deixem de fumar e nesse sentido está a criar várias medi-das. A comparticipação de medicamentos para deixar de fumar é uma dessas medidas e está já a ser estudada pelo Ministério da Saúde, ao mesmo tempo que vai avançar com a legisla-ção para impedir os no-vos restaurantes e cafés de terem espaço para fumadores.

Leal da Costa, secre-tário de Estado Adjunto do Ministério da Educa-ção, refere em entrevis-ta à Lusa que é neces-sário “criar condições” para que os fumadores que querem deixar de fumar o façam. Nes-te sentido a Autorida-de do Medicamento

(Infarmed) e a Direção Gera da Saúde estão a analisar o potencial te-rapêutico dos vários medicamentos para dei-xar de fumar, a fim de justificarem ou não uma comparticipação por

parte do estado na com-pra destes fármacos.

Uma embalagem de um destes medicamen-tos, para um mês de tra-tamento, custa acima de 40 euros. Leal da Costa considera que “o medi-

camento que possamos considerar passível de comparticipação terá de ter o seu preço re-visto. Terá de haver um compromisso por parte do fabricante para uma necessidade de reajus-tamento do preço para que seja compatível para o erário público”. Admi-tindo ainda que estes re-médios são “despropor-cionalmente caros para o resultado pretendi-do”, reforçando que uma comparticipação estatal é um “caminho novo”.

Segundo dados do Mi-nistério, os custos de saú-de relacionados com o ta-baco representam um en-cargo anual para o Estado de quase 500 milhões de euros.

Micaela Costa

Comparticipação de medicamentos para deixar de fumarMinistério da Saúde ∑ Uma embalagem de um fármaco para deixar de fumar pode custar acima dos 40 euros por mês.

Cinfães, no distrito de Viseu, tem nova ambu-lância do Instituto Nacio-nal de Emergência Médica (INEM), bem como os con-celhos da Nazaré e Terras do Bouro. O INEM escre-ve em comunicado que “a entrada em funcionamento destas novas ambulâncias do INEM tem por objeti-vo reforçar a cobertura de

meios de emergência pré-hospitalar no território de Portugal continental. Pre-tende-se igualmente aumen-tar a capacidade operacional das corporações de bom-beiros que são parceiros do INEM no Sistema Integrado de Emergência Médica”. As três ambulâncias estão equi-padas com desfibrilhador au-tomático externo. MC

Cinfães tem nova ambulância do INEM

A Estado quer ajudar os portugueses a deixa-rem de fumar

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Page 25: Jornal do Centro - Ed564

CLASSIFICADOS

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96

5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SULRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELAPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE VISEURua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

EMPREGO

Mecânico de automó-veis. Sernancelhe - Ref. 587801020

Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100

Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844

Eletricista da constru-ção civil.

Armamar - Ref. 587858126

Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653

Condutor de máquina

de escavação. Lamego - Ref. 587858819

Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Encarregado de arma-zém. Lamego - Ref. 587869222

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168

Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029

Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167

Padeiro, em GeralRef. 587823363 – tempo completo – São Pedro do Sul

PedreiroRef. 587866642 – tempo completo –

Oliveira de Frades

Serralheiro CivilRef. 587872592 – tempo completo – Oliveira de Frades

Soldador de Arco Electrico

Ref. 587872707 – tempo completo – Oliveira de Frades

Serralheiro CivilRef. 587877525 – tempo completo – Oliveira de Frades

Soldador de Arco ElectricoRef. 587877706 – tempo completo – Oliveira de Frades

MarceneiroRef. 587800256 - Carregal do SalA tempo completo

Outras costureiras,Ref. 587839124 - Carregal do Sal

Outros estucadoresRef. 587872760 - Carregal do SalA tempo completo.

Carpinteiro de limposRef. 587883429 - Carregal do Sal

A tempo completo.

Bate-chapas de veículosRef. 587822404 - Tondela

Padeiro, em geralRef. 587837876 - TondelaA tempo completo

Técnico em higieneRef. 587874628 - Tondela

Cortador de carnes verdesRef. 587877191 -

TondelaA tempo completo

EletromecânicoRef. 587889139 - TondelaA tempo completo

Empregado de mesaRef. 587893064 - TondelaA tempo completo

Fiel de armazémRef. 587893067 - TondelaA tempo completo

Servente de armazém / carregador - serviço de catering

Ajudante de cozinhaRef. 587893071 - TondelaA tempo completo

Ajudante de cozinha com muita experiência - serviço de catering

Técnico VendasRefª 587887399 - Tempo Completo - Viseu

CabeleireiroRefª 587890581 – Tempo Completo - Viseu

Serralheiro Civil

Refª 587909760 - Tempo Completo - Viseu

CozinheiroRefª 587910752- Tempo Completo - Viseu

Pedreiro

Refª 587910890 Tempo Completo – Viseu

Cortador Carnes VerdesRefª 5878912132 - Tempo Completo - Viseu

Montador Màquinas

(gruas)Refª 587912416- Tempo Completo – Viseu

Engenheiro MecânicoRefª 5878909892- Tempo Completo - Viseu

IMOBILIÁRIO- T0 MOBILADO E EQUIPADO, Junto à feira semanal 200,00€ 232 425 755

- T0 MOBILADO Centro, recente, mobilado e equipado 220,00€ 917 921 823

- STUDIO – MOBILADO E EQUIPADO A 2 minutos do Palácio de Gelo água, luz e net incluído 225,00€ 969 090 018

- T1 Centro de Viseu, mobilado e equipado 275,00€ 967 826 082

- T1 Mobilado e equipado com água incluído 220,00€. 232 425 755

- T1dpx- jtº à Segurança Social, terraço com 50m2, ar condicionado 450,00€ 917 921 823

- T2 Junto ao Fórum boas áreas lareira com recuperador 300,00€. 232 425 755

- T2 St.º Estevão, mobilado e equi-pado, ar condicionado e garagem fechada 300,00€ 969 090 018

- T2 Mobilado e equipado Bairro Santa Eugenia 300,00€ 967 826 082

- T3 Jtº ao Hospital na Quinta do Grilo – Mobilado e equipado 300,00€ 917 921 823

- T3 Abraveses, varandas, marquise, cozinha semi equipada, com garagem fechada 250,00€ 969 090 018

- T3 como novo, Junto à fonte cibernética, roupeiros, aquecimento e garagem 500,00€ 967 826 082

- T3 Gumirães, bem estimado, boas áreas, bons arrumos 275,00€ 232 425 755

- Andar moradia T3 junto à Cidade, com lareira, cozinha equipada, 250,00€ 232 425 755

- Andar moradia T3 Santiago, boas áreas lareira, cozinha mobilada e equipada 350,00€ 969 090 018

- ANDAR MORADIA T4, cozinha mobilada e equipada e lareira 250,00€ 967 826 082

- Moradia, a 3 minutos, semi mobilada, garagem, churrasqueira, aquecimento 600,00€ 232 425 755

- Moradia junto à cidade - mobi-lada e equipada, área descoberta, churrasqueira, garagem. 600,00€ 917 921 823

- Moradia – T3+2 Viso, garagem para 3 carros, lareira, cozinha equipada, jardim 600,00€ 969 090 018

- Moradia - T2 A 5 minutos da Cidade, garagem, Aquecimento a palettes e lareira 250,00€ 967 826 082

- Loja Cidade c/ 40m2, ótima loca-lização, w.c. montras 200,00€ 232 425 755

- Snack-bar “moderno” – Centro da Cidade, todo mobilado equipado 850,00€ 917 921 823

- Café/Bar no Centro da Cidade, mobilado e equipado 250,00€ 969 090 018

- ARMAZEM – Junto à Cidade, com 300m2 cobertos, 4 frentes, 1000m2 descobertos, 250,00€ 967 826 082

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CLASSIFICADOS

NECROLOGIAElisa de Jesus da Costa, 95 anos, viúva. Natural e resi-dente em Veado, Reriz, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 28 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemité-rio de Reriz.

António Álvaro David Cardoso, 62 anos, casado. Natural e residente em Vila Pouca, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 31 de dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemi-tério de Castro Daire.

Agostinho Fernandes, 86 anos, casado. Natural de Tendais Cinfães e residente em Cêtos, Pinheiro, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 1 de janeiro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Cêtos.

Lucinda de Almeida Martins, 96 anos, viúva. Natural e re-sidente em Vila Pouca, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 2 de janeiro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Castro Daire.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Vitalino Filipe Pedroso, 69 anos, casado. Natural de Covão do Lobo, Vagos e residente em Alemanha. O funeral reali-zou-se no dia 29 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Espinho, Mangualde.

Maria de Pina Figueiredo, 84 anos, viúva. Natural e resi-dente em Vila Cova de Covelo, Penalva do Castelo. O funeral realizou-se no dia 30 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Vila Cova de Covelo.

Aurora de Jesus Oliveira Fernandes, 87 anos, viúva. Natu-ral e residente em Pinheiro de Baixo, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 31 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Mangualde.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Graciano Morais de Loureiro, 77 anos, viúvo. Natural e re-sidente em Pardieiros, Beijós, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 22 de dezembro, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Beijós.

Júlio Marques da Silva Melo, 87 anos, solteiro. Natural e resi-dente em Lageosa, Tondela. O funeral realizou-se no dia 27 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Lageosa.

Mercílio de Loureiro Pereira, 84 anos, casado. Natural e residente em Pardieiros, Beijós, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 30 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Beijós. Agência Funerária Nisa, Lda.Nelas Tel. 232 949 009

Maria José, 90 anos, viúva. Natural de Granjal, Sernance-lhe e residente em Paradinha, Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemité-rio de Repeses.

Josefa de São Pedro Araújo Cardoso, 88 anos, viúva. Natu-ral de Trancoso e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemi-tério novo de Viseu.

Maria Silva Figueiredo, 92 anos, viúva. Natural de Povolide e residente em São Salvador, Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de dezembro, pelas 16.00 horas, para o cemité-rio de São Salvador.

Ernestina Rosa da Costa Coelho, 87 anos, viúva. Natural de Vila Nova de Gaia, Porto e residente em Pascoal, Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Maria Zulmira Bernardina, 70 anos, casada. Natural de Cantanhede e residente em Esculca, Viseu. O funeral rea-lizou-se no dia 30 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.

INSTITUCIONAISSuzana de Jesus Rodrigues Antunes, 65 anos, casada. Na-tural de Abraveses e residente em Sintra. O funeral reali-zou-se no dia 30 de dezembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Joaquim Lourenço, 85 anos, viúvo. Natural de Abraveses e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 31 de de-zembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Adelina de Sousa, 96 anos, viúva. Natural de Mundão e re-sidente em Pascoal, Viseu. O funeral realizou-se no dia 31 de dezembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério velho de Abraveses.

Alberto Gomes Correia, 39 anos, solteiro. Natural de An-gola e residente em Paradinha, Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de janeiro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Paradinha.

António Rodrigues Almeida, 95 anos, viúvo. Natural de Bo-diosa e residente em Aval de Bodiosa, Viseu. O funeral re-alizou-se no dia 3 de janeiro, pelas 10.00 horas, para o ce-mitério de Bodiosa.

Augusto Rodrigues, 89 anos, viúvo. Natural e residente em Santos Evos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 3 de janei-ro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Santos Evos.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131 (Jornal do Centro - N.º 564 de 04.01.2013)

2ª Publicação

Jornal do Centro04 | janeiro | 201326

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clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 512 | 06 DE JANEIRO DE 2012

∑ Um dia... nos CTT de Viseu

∑ “É preciso ter coragem para ser pobre” (D. Ilídio

Leandro

∑ Placas nos fontanários geram receio na

população

∑ Atílio Nunes quer erguer a Casa do Passal

∑ Centro Escolar de Ranhados vai avançar este ano

∑ O voleibol em Viseu tem futuro

∑ Abertura do novo hospital de Lamego adiada para

abril

d

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> DESPORTO> EM FOCO> CULTURA> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> EMPREGO> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Paulo Neto

Semanário

6 a 12 de Janeirode 2011

Ano 10

N.º 512

1,00 Euro

Pub

licid

ade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

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∑ D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro

| páginas 8 e 9

“Os jovens são os grandes parentes pobres da sociedadeactual”

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FOTOS DA SEMANA

Para descanso dos mais “aceleras”, este Ferrari úl-timo modelo, estaciona-do junto à Meia Laran-ja, não faz parte da frota da Brigada Territorial da GNR de Viseu.

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A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR APOIO ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE TONDELA

Rua Dr. Ricardo Mota, s/n3460-613 Tondela +351 232 814 400 www.acert.pt

(12) ��janeiro : teatro

SERMÃO AOSPEIXESTRIGO LIMPO TEATRO ACERT

Após o sucesso da estreia no 18º Fintao regresso para o público da ACERT…

Do outro lado da cir-cunvalação, frente ao edifício Viriato, esta cena da vandalização dos tapumes das obras interrompidas, é uma inestética e perigosarealidade.

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Jornal do Centro04 | janeiro | 2013 27

Page 28: Jornal do Centro - Ed564

JORNAL DO CENTRO04 | JANEIRO | 2013Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 4 de janeiro, sol. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 5ºC. Amanhã, 5 de janeiro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 2ºC. Domingo, 6 de janeiro, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 2ºC. Segunda, 7 de janeiro, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 0ºC.

tempo

Sábado, 5Vouzela ∑ A freguesia de Alcofra, em Vouzela, recebe a 21ª edição do Encontro Concelhio de Cantares de Janeiras. A iniciativa tem início pelas 19h30, com a atuação individual dos grupos pelas diversas localidades da freguesia, seguindo-se o encontro na Igreja Paroquial, pelas 20h00.

Sábado 5,Tarouca∑ O Mosteiro de Santa Maria de Salzedas acolhe, a partir das 20h30, o XXI Encontro de Cantares de Janeiras. Estarão presentes os grupos de cantares de S. Romão, Salzedas, Tarouca, Moimenta da Beira e Ferreirim.

Domingo, 6Santa Comba Dão∑ O Cine-Teatro da Casa da Cultura de Santa Comba Dão recebe, às 16h00, um concerto de Ano Novo interpretado pela Associação Filarmónica de Arganil.

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Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

1. 2012 foi um ano perdido: nada foi feito para melhorar o nosso funcionamento democrático nem tão pouco uma nova lei eleitoral autárquica. Pedro Passos Coelho e António José Seguro não fizeram o que deviam ter feito — a reforma da terceira república.

António José Seguro — que chegou à liderança do PS com uma agenda anti-corrupção - foi man-dado calar sobre o assunto pelos socratistas e ca-lou-se. Agora, enquanto a generosidade das bases socialistas está focada nas próximas autárqui-cas, as elites pensam em legislativas antecipadas, apostando que Portas se divorcia de Passos.

Depois das duas derrotas monumentais do ano passado — o acórdão do Tribunal Constitucional sobre o orçamento e a resposta da “rua” à TSU -, o primeiro-ministro está em dificuldades mas a deriva estratégica dos socialistas pode resultar, como se diz em politiquês, numa “janela de opor-tunidade” para Passos Coelho tornar menos pe-sado o massacre que vai sofrer nas autárquicas.

Depois de um ano perdido, Cavaco é uma so-lidão chamada BPN, Passos Coelho é Relvas, Portas é um bilhete de avião, Seguro é antes de Costa, os tribunais são Isaltino à solta, os media são pés-de-microfone para todo o bicho careta que diga “senhora”, com cara de enterro, antes do nome Merkel.

2. No início do outono vamos ter as autárqui-cas. Em Viseu, José Junqueiro e António Almeida Henriques têm a casa para arrumar.

Os jogos florais entre facções na concelhia do PS causaram alguma mossa, mas nada que Jun-queiro não resolva quando começar a trabalhar.

Já António Almeida Henriques tem um proble-ma bicudo para resolver. O dr. Ruas não se can-sa de repetir que regressa em 2017. Ora, perante esta sombra, como é que Almeida Henriques vai convencer as pessoas que é um candidato a sério e não alguém que só quer tomar conta da “quinta” durante quatro anos?

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Ano perdido

Realiza-se amanhã em Viseu, das 14h30 às 18h00, na Escola Secundária de Viriato, o Fórum “Defen-der o Interior. Pôr Fim às Portagens”, organizado pela Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A23 e A24.

A iniciativa conta com a participação de cidadãos, empresas, autarcas, do-centes do ensino superior da área dos transportes e mobilidade, comissões de utentes de outras regiões do país, organizações em-presariais, sociais e sin-dicais.

Em comunicado a or-ganização explica que se pretende “debater as consequências nefas-

tas que a introdução de portagens teve e tem na economia dos distritos de Viseu, Castelo Bran-co, Guarda, Aveiro e Vila Real, na vida dos cidadãos e na sustentabilidade de muitas empresas, sobre-tudo depois de o Governo ter acabado com as isen-ções que se encontravam previstas”, refere ainda que pretende-se “votar uma declaração a enviar ao Governo, Assembleia da República e Presiden-te da República”.

No Fórum estão pre-vistas intervenções dos membros da Comissão de Utentes Contra as Porta-gens na A25, A23 e A24, João Azevedo, presiden-

te da Câmara Municipal de Mangualde, Jorge Sil-va, Professor na Univer-sidade da Beira Interior, especialista em mobilida-de e transportes, Gualter Mirandez, presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu, um re-presentante de uma gran-de empresa transporta-dora do país, Luís Veiga da Associação de Em-presários pela subsistên-cia do Interior, José Pin-to, Presidente da Junta de Freguesia de Boidobra e alguns membros das co-missões de utentes da re-gião de Aveiro e do Gran-de Porto.

Micaela Costa

Fórum contra as portagens em ViseuObjetivo ∑ Debater as consequências da introdução das porta-

gens em vários distritos

A Comissão de Utentes Contra as Portagens realiza Fórum “Defender o Interior. Pôr Fim às Portagens”

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