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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510-028 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 10 pág. 14 pág. 18 pág. 20 pág. 22 pág. 24 pág. 26 pág. 29 pág. 33 pág. 35 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > EM FOCO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 2 a 8 de maio de 2013 Ano 12 N.º 581 1 Euro 0,80 Euros Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Novo acordo ortográfico Publicidade Francisco Pinto Balsemão | páginas 10, 11 e 12 Agora com novo preço x xx “Informar e ser informado, uma das traves-mestras da democracia” Publicidade

Jornal do Centro - Ed581

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Jornal do Centro - Ed581

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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510 - 028 Viseu · [email protected] · w w w.jornaldocentro.pt |

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> EM FOCO

> CULTURA

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário2 a 8 de maio de 2013Ano 12N.º 581

1 Euro0,80 Euros

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Novo acordo ortográficoPub

licid

ade

∑ Francisco Pinto Balsemão | páginas 10, 11 e 12

Agora com

novo preçoxxx

“Informar e ser informado, uma dastraves-mestrasda democracia”

Pub

licid

ade

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praçapública

palavrasdeles

rAs câmaras não são para dar lucro”

João Paulo RebeloDeputado municipal do PS

(Assembleia Municipal de Viseu, 26 de abril)

rMuitas vezes, se não fossem os municípios a colocarem à disposição dos seus concidadãos um conjunto de equi-pamentos e programas de qualidade, não exis-tiriam muitas alterna-tivas para além de se sentarem em frente da televisão”

Fernando RuasPresidente da Câmara Municipal de Viseu

(Assembleia Municipal,26 de abril)

r Momentos mar-cantes são também os do tempo em que fui Primeiro-Ministro, com o meu jornal a atacar-me mais duramente que muitos outros, mas essa foi a minha afirma-ção e demonstração do respeito pela liberdade de imprensa por que sempre lutei”

Francisco Pinto BalsemãoPresidente da holding Impresa, em entrevista ao Jornal do Centro

rA boa herança para um novo ciclo que terá que ser diferente, por-que tudo hoje é tam-bém diferente, inau-guro a 3ª geração das políticas autárquicas, assente nas pessoas, valores sociais, cultu-rais e de criação de riqueza”

Almeida HenriquesCandidato à Câmara Municipal de Viseu pelo PSD,

em declarações à comunicação social

Este governo não deixa de nos surpreender. Infelizmente, pela negativa. Desta feita, parece estar na forja a machadada final para os Politécnicos e regiões do interior onde se situam

Sobe a 8 de Maio à Assembleia da República o Projeto de Resolu-ção n.º 688/XII, que “ recomenda ao governo que tome medidas no sen-tido de clarificar a missão das dife-rentes instituições de ensino supe-rior e articular a oferta formativa no ensino superior”. Sob este inócuo título vem, porém, vestido o lobo com a pele de cordeiro sob o lombo e as fauces arreganhadas num es-gar de cupidez. A aprovação deste projecto de resolução trará, entre outros, o fim dos mestrados no en-sino politécnico, desqualificando-o, comprometendo a investigação presente e futura dos seus docen-tes/discentes e retirando a muitos trabalhadores o acesso a uma ferra-menta de qualificação profissional indispensável.

Mais… no caso dos politécnicos do interior como Viseu, Bragança, Braga, Évora, Beja, Guarda… o fim

dos mestrados ministrados por estes sistemas de ensino condu-zirá, inevitavelmente, a uma fuga de estudantes para Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro… denotando uma eventual cedência aos lóbis do ensi-no superior universitário onde pon-tificam as instituições privadas, a braços com a crescente quebra de alunos.

O primeiro-ministro saberá do que falo, pois se a memória não me atraiçoa, antes do lugar que ocupa, era docente numa dessas institui-ções privadas lá para as bandas de Odivelas; os políticos, em geral, sa-bem do que falo, porque além de muitos deles serem docentes no pri-vado, há muito indecente que lá se formou, conformou, formatou e re-formou.

O interior do país vê-se a bra-ços com uma crise demográfi-ca fatal que pode levar a uma desertificação do território den-tro de duas a quatro décadas, se não forem tomadas medidas ex-cepcionais para a fixação de jo-vens, aposta no seu futuro e estí-mulos à natalidade. Este projecto

de resolução abrirá caminho ao seu êxodo, obrigará milhares de entre eles a desistirem do seu per-curso académico por impossibili-dades financeiras acrescidas com a “saída de casa”. As propinas re-flectindo já hoje parte dessa rea-lidade. A pretexto da racionaliza-ção, há um bando de irracionais a destruir a vida e o futuro dos jo-vens portugueses. A pretexto da racionalização, o cortar a esmo be-neficia sempre alguém, se calhar, os do costume…

Será que os candidatos à autar-quia viseense têm coragem para encabeçar esta cruzada contrária a este maligno desiderato?

Será que os deputados eleitos pelo distrito de Viseu farão desta lesi-va ofensa, uma pública questão de honra na defesa do seu território, ou, pelo contrário, cabisbaixos e com o “rabo entre as pernas” vão lutar, isso sim, pela preservação do desafogado lugarzinho?

Uma prova de fogo… Provem com actos a Vª preocupação pelos inte-resses do distrito, pela preservação das instituições “âncora” que temos,

pelo futuro dos nossos jovens.Provem-no… se tiverem … cora-

gem!

No passado dia 29 deste mês, o candidato à autarquia viseense Al-meida Henriques convidou a comu-nicação social regional para um “pe-queno-almoço de trabalho” do qual adiante damos apontamento. Uma só surpresa: o director de campa-nha é o inefável mourinho do PSD local, de seu nome Pedro Alves e a estas lides tácito-estratégicas dado, dizem. Se é por esta indigitação que começa a renovação, caro candida-to, estamos falados!

Os swaps são outra prova de um país de impunidades, buracos de-sastrosos, gestores de duvidosa competência, justiça acabrunha-da e… de um povo acarneirado há muito, de cerviz vergada ao peso do jugo e do cangote. A seguir ao BPN que todos pagamos, vêm os swaps para todos pagarmos. O Zé do Te-lhado era uma criança de coro ao lado de alguns destes gestores pú-blicos…

Se tiverem coragem…!Editorial

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

O Ensino Superior em Portugal tem dois subsis-temas, o Universitário e o Politécnico.

Cada um deles tem mis-sões diferentes, as univer-sidades com uma natureza mais conceptual orienta-da para a investigação fun-damental e os politécnicos orientados para a vertente mais profissionalizante.

Atualmente as Univer-sidades oferecem todos os níveis de ensino supe-rior até ao doutoramento.

Os Politécnicos oferecem apenas a licenciatura e o mestrado.

Os Politécnicos que se situam no interior do país, como é o caso de Viseu, têm uma outra missão. São fatores de coesão nacional e desenvolvimento regio-nal. São polos de fixação de jovens e de empresas e têm um enorme impacto econó-mico a nível regional, sendo uma fonte importante e úni-ca de quadros para as em-presas que necessitam de-

sesperadamente deste tipo de profissionais. A limitação de oferta desta mão de obra qualificada será um grande obstáculo para as empresas existentes e uma grave limi-tação para a fixação de no-vas.

O I P V – I n s t i t u to Politécnico de Viseu, tem por isso, um papel fulcral para o desenvolvimento futuro da Região de Viseu, sendo a Instituição de Ensi-no Superior mais relevante a nível regional. É frequen-

tado por cerca de 6.000 alu-nos, tem otimizado muito os seus custos de funcio-namento e tem uma boa sustentabilidade financeira.

A AIRV – Associação Empresarial da Região de Viseu, entendeu alertar a Região para a discussão da proposta de resolução 688/XII, elaborada pelo PSD e CDS, que está agendada a discussão para o dia 8 de maio na Assembleia da Re-pública.

Esta proposta, pede ao

Governo que clarifique a missão das diferentes Ins-tituições do Ensino Supe-rior, e articule a sua oferta formativa.

A AIRV considera im-portante esta clarificação,

visando a qualidade do en-sino e a racionalização dos recursos.

No entanto, o ponto nú-mero 3 das recomendações contidas na referida propos-ta, merece particular aten-

Nota à Comunicação Social

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Comemoram-se por todo o país os 40 anosdo Expresso. Que lhe diz este semanário?

Importa-se de

responder?

Se me é permitida a expressão: “Porreiro pá!”. Embora não seja uma leitora habitual, é sem dúvida um jornal de referên-cia no país.

Na minha opinião é um jornal de informação útil e que é produzido com muito profissionalismo.

Não tenho muito hábito de ler o Expresso. Mas é, sem dú-vida, um jornal que informa com rigor e que vai deixar um marco importante no jornalismo impresso.

Sou leitor do Expresso, mas não da edição impressa. Todos os dias consulto o semanário online.

Mas no que diz respeito ao jornal, propriamente dito, con-sidero-o completo e uma referência na imprensa em Portu-gal.

Mara SantosEstudante

Andreia SantosEstudante

Ana RochaEstudante

Rui AlmeidaEstudante

estrelas

José Mário CardosoPresidente da Câmara

Municipal de Sernancelhe

Os “Jardins Efémeros” vieram para ficar. O programa de 2013 está na forja, promete inúmeras surpre-sas para todos e uma semana cheia de singularidade cultural.

João Alves Ambrósio3º prémio do concurso ipvd

jovens talentos

números

17000É o número de visitantes

do Museu do Quartzo em Viseu, que na terça-feira as-sinalou o primeiro aniver-sário.

Sandra OliveiraDesigner

e produtora cultural

Este jovem estudante de Canas de Senhorim, classificou-se em 3º lugar a nível nacional com o tra-balho: “Venda Direta: Método de venda alternativo”, também em formato digital e a nível mundial.

Em toda a zona centro, este mu-nicípio e os seus autarcas mar-caram a diferença na condigna e mais elevada celebração do 25 de Abril.

ção. Este ponto recomenda ao Governo que “ Atribua ao ensino Politécnico com-petências que permitam, através do ensino superior curto, cumprir as metas de 2020 e aproximar-se do pa-drão europeu”.

A AIRV teme que exista uma potencial ameaça de que esta proposta, condu-za à retirada dos mestrados dos Politécnicos. Esta situa-ção, a acontecer, é de parti-cular gravidade para a Re-gião de Viseu e para todo o interior pelas seguintes

razões: • A empregabilidade dos

alunos apenas com o nível I de Bolonha (licenciatura) é muito inferior à dos alunos do nível II (mestrado);

• No IPV, 55% dos alunos são de Viseu, dos quais 44% são estudantes trabalhado-res, logo têm de conciliar a sua vida profissional com os estudos, não permitindo grandes deslocações;

• Caso não existisse o IPV, 35% dos seus alunos não iriam estudar para o ensino superior;

• Em caso do encerra-mento dos mestrados nos Politécnicos, a taxa de abandono do ensino supe-rior será colossal.;

• Ao contrário do propos-to, vamos afastar-nos das metas Europeias;

• Perder os mestra-dos seria desqualificar os Politécnicos e comprome-ter a investigação aplicada, tão importante para o tecido empresarial;

• O custo médio por alu-no, para o Estado nas Uni-versidades é de 3.500 euros.

Nos Politécnicos é de 2.400 euros. Não existem vanta-gens financeiras para o país em deslocar alunos dos Politécnicos para as Uni-versidades;

• Os Politécnicos do in-terior, como o de Viseu, são fortes motores do de-senvolvimento, da fixação de jovens e de empresas. O seu peso relativo, direto e indireto, nas economias regionais é muito superior àqueles Politécnicos que se situam em Lisboa ou no Porto.

Por razões demográficas e económicas, a população de alunos do ensino supe-rior está a diminuir. Caso se concretize esta amea-ça, a mesma irá canalizar os alunos existentes para as Universidades públicas e privadas, com prejuízo dos Politécnicos e do pró-prio ensino público. A re-tirada dos mestrados dos Politécnicos destruirá de-finitivamente o ensino su-perior público na Região de Viseu e comprometerá o nosso desenvolvimento.

Portugal ficará ainda mais desigual!

A AIRV vem solicitar a todos os deputados eleitos por Viseu que defendam os interesses legítimos e cru-ciais da região que os ele-geu, vetando leis que com-prometam o desenvolvi-mento regional.

A AIRV solicita aos autarcas, conhecedores como ninguém dos pro-blemas regionais que, pelas vias ao seu alcance, comba-tam as leis lesivas ao inte-resse regional.”

Jornal do Centro02| maio | 2013

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

A água é sem dúvida um dos nos-sos maiores recursos naturais, des-valorizado e esquecido de tantas ou mais formas do que aquelas em que imaginamos aproveitá-lo, como é o caso do mar. Mas nem só de mare-sia se faz paisagem, a doçura do rio pode moldar refúgios e criar cená-rios dignos de pincel, onde a esca-la diminuta deixa de fazer sentido pela minúcia que a observação re-quer. O rio como figura de eterna presença é sempre reflexo do que o contém, seja em termos de geogra-fia humana e natural, como em ter-mos culturais que ajuda a inspirar. O turismo deve assim ser moldado função da envolvente fluvial, das suas características e necessidades, ao nível da população humana e da biodiversidade. Em Sernancelhe, mais propriamente na freguesia de

Vila da Ponte, o rio Távora teimava em se esconder num estreito car-reiro moldado em granito, por ve-zes com a espessura de um grave-to, resultado de um conjunto de al-terações que foram ocorrendo no tempo, como a construção da Bar-ragem do Vilar em 1965. A Câma-ra Municipal empreendeu esforços em realizar uma obra que permi-tiu mudar esta paisagem seca, com a construção de um açude junto à ponte de Freixinho, conseguiu re-gularizar o nível da água, manter um importante corredor de peixes providenciando-lhes uma escada de movimentação, permitiu ala-gar as zonas inférteis geradas pela erosão das margens, criando novos sapais com leito rico em matéria orgânica que se tornarão novos lo-cais de nidificação, e tornou possí-

vel a manutenção constante de um espelho de água na zona da Vila da Ponte. Estas condições despo-letadas pela mão humana, fizeram expandir um ecossistema que se encontrava retraído há muito, as alterações observáveis em termos biológicos são assombrosas, o cres-cimento de determinadas popula-ções e o aparecimento de novas é conseguido num espaço de tempo extremamente reduzido. Nos últi-mos 2 anos, já não é raro encontrar espécies de aves que nos eram ou-trora estranhas, algumas teimam já em ficar, mostrando que este espe-lho de água deixou de ser uma pa-ragem para ser um destino. Torna-se assim uma oportunidade única para vermos e registarmos em tem-po real o renascimento de um ecos-sistema, o modo como a seleção

Reflexo de futuroDiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Micaela Costa, (estagiária) [email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoAvenida Alberto Sampaio, 1303510-028 ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

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Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai à quinta-feiraMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

Deu-se o Congresso do PS. Não se deu nenhuma novidade. Injustiça. Seguro pede maioria absoluta, o que é uma novidade no discurso do rele-gitimado secretário-geral socialista. Já lá iremos. Para início de conversa, é bom notar que o resultado alcan-çado por Seguro é em tudo idênti-co ao resultado de Sócrates no seu último Congresso. Tal é suficiente-mente elucidativo daquilo que move os militantes socialistas aquando da escolha do seu líder: Interesses me-ramente partidários, numa lógica

imediatista, onde o plano nacional não é sequer tido em conta.

Em Santa Maria da Feira cons-

tatou-se novamente que António Costa seria a pessoa indicada para o lugar de Seguro. Porém valores

Falsa Partida

Opinião

Opinião

Nos dois textos anteriores procu-rei abordar a forma de como o mun-do como nos foi dado a conhecê-lo está, há algum tempo, em mudança e como essa mudança tem vindo a ser escamoteada pelas élites, pelos me-dia e por nós mesmas/os, de forma mais ou menos consciente. E no que dá isto? Num desajustamento brutal entre as políticas públicas e os pro-blemas seus destinatários.

Talvez porque nos habituámos a que os grandes períodos históricos tenham, por definição, uma exten-são temporal generosa, é-nos difí-

cil conceber que a economia como a conhecemos – baseada no salário – tenha tido uma duração tão cur-ta. “Não, a transição não acontece-rá no nosso tempo de vida”. Talvez não, mas apenas porque a estamos a atrasar – devido à dissociação da re-alidade de que padecemos.

Nem o protesto – que tem sido, historicamente, capitalizado pela esquerda – tem endereçado a falên-cia do capitalismo à caducidade que lhe é inerente. Isto é, preocupada em reduzir o dano para os elos mais fra-cos da cadeia “aumento de salários!

Salário mínimo!”, a esquerda reivin-dica certas regras para o ringue de boxe. Tal como a direita o fez: “flexi-bilidade! Redução da carga fiscal!”. O que se discute, na praça pública, é a protecção de uns e de outros, em competição, no mesmo ringue de sempre. Um ringue onde o tapete está a fugir dos pés a quem nele fi-gura ainda.

O combate político, dissocia-do que está da realidade, conti-nua a apregoar que as mesmas fórmulas. Temos, por isso, aber-tura de linhas de crédito para as

Tempos de fuga

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Sílvia Vermelho Politóloga

David Santiago

Jornal do Centro02 | maio | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

natural aqui acelerada trilha o cami-nho dos que se perfilam para ocupar a cadeia alimentar. Acompanhando este processo desde o seu início, ele pode ser ponto de partida para muitos ou-tros, o turismo natural, mesmo na sua forma mais despojada é gerador de va-lor, um valor que se torna muito maior quando considerados os benefícios fu-turos de uma manutenção dos recur-

sos naturais de forma sustentável. O turismo fluvial poderá ter aqui várias vertentes; numa vertente desportiva, a canoagem, que com a realização de uma etapa da Taça Regional Centro, co-lheu muitos elogios nomeadamente pe-las qualidades técnicas do açude e be-leza natural do local, que fomentaram ideias de dotar as margens de espaços dedicados a esta prática podendo assim

acolher equipas e clubes em estágio; a pesca desportiva e de recreio, aliada a uma vertente gastronómica (“peixinhos do rio”); a natação em águas livres, po-dendo evoluir para um circuito de tria-tlo envolvendo outra geomorfologia na-tural : a serra; numa vertente natural, circuitos para observação de aves as-sociados em percursos pedestres com descoberta de pequenos recantos que a água molda e a vida ocupa; criação de parcerias em investigação para identi-ficação e catalogação das espécies ani-mais e vegetais, abrindo a possibilida-de da descoberta de novos residentes e novas espécies; numa vertente arqui-tetónica e histórica associar o rio aos monumentos do concelho permitindo que sejam visitados e apreciados; po-deria continuar infindavelmente a enu-merar todas as potenciais vertentes de aproveitamento turístico que rodeiam

esta nova massa de água. A importância económica e cultural de tal recurso em avançado progresso natural, exige que se lhe dedique uma atenção constante, que se estude profundamente as altera-ções que vão ocorrer nos próximos 10 anos, biológicas, geológicas e hídricas, para que a sustentabilidade possa ser assegurada de acordo com as necessi-dades, podendo o progresso antrópico avançar sem prejuízo do recurso ini-cial. O registo deste pedaço de história natural, é ele próprio importante recur-so cultural e de legado para futuras ge-rações, aumentando as possibilidades de desenvolver projetos e iniciativas potenciadoras de desenvolvimento. É fácil reconhecer um reflexo de futuro neste espelho, as condições já existem, e o Município empenha-se em propiciar e captar investimentos, mas só o tempo mostrará a verdadeira imagem.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

mais elevados se levantaram, pelo que a união do PS em torno do seu líder e das eleições autárquicas que aí vêm foram a prioridade definida e aceite, tanto por Seguro como Costa e respectivos cor-religionários. A união e votação massi-ficada no líder, apesar de apresentadas como um sinal de força, têm, efectiva-mente, o efeito contrário ao pretendi-do. A menos que Passos e Portas des-façam a coligação não teremos elei-ções antes do fim do mandato, porque caucionado pelo Presidente da Repú-blica, que 25 último se demitiu, irres-

ponsavelmente, do papel institucional de fiel da balança do nosso sistema de-mocrático.

António José Seguro, há não muito tempo, quando ameaçado pela vontade de Costa e o regresso de Sócrates, pros-seguiu uma escalada retórica contra o governo que o levou, inclusivamen-te, a apresentar uma moção de censu-ra e consequente pedido de demissão do governo. Entretanto surgiu o con-senso de Poiares Maduro e do próprio Presidente. Até a lógica das cartas, ini-ciada por Seguro, fez escola, ao ponto

de o próprio governo ter adoptado tão nobre quanto ridícula prática. Segu-ro terá assim de fazer oposição até às legislativas sem possibilidade ou capa-cidade para aumentar o grau de con-testação retórica, uma vez que o limite já foi atingido.

Tal significa que o aparente balão de oxigénio, propiciado por uma eleição unânime, foi gasto a longínquos dois anos das próximas legislativas. Até lá, com autárquicas e europeias pelo meio, haverá seguramente alguma dis-persão de atenções, no entanto, ain-

da assim, será demasiado tempo para conter as críticas internas, que forço-samente irão aparecer, contra uma li-derança que irá continuar com um le-gado marcado pela inconsistência e o bucólico regresso à correspondência clássica. Perceber-se-á, nessa altura, o despropósito do pedido de maioria ab-soluta. A narrativa de Seguro esgotou-se bem antes do início da corrida.

PS: Salutar a posição de Sérgio Sousa Pinto. Demonstra coragem para assu-mir opiniões divergentes da onda acrí-tica e subserviente que engoliu o PS.

empresas. São os apoios ao empreen-dedorismo – viver acima das possibi-lidades para produzir coisas que só alguém a viver acima das suas possi-bilidades poderá comprá-las. Temos, por isso, programas de emprego pú-blico – que outra coisa chamar a es-tágios profissionais 100% financia-dos? - enquanto despedimos funcio-nárias/os públicas/os. Apregoamos as exportações: quem importaria se todos produzissem tudo para expor-tar? Apoios à abertura de empresas – quem vai poder comprar o produto “competitivo” e “inovador”?

Fugimos da realidade. Há muito que o dinheiro – como o concebemos – deixou de ser real. Produzido a par-tir de dinheiro, sem correspondência com os recursos, multiplicou-se em modelos matemáticos que de inócu-os nada tiveram. Mas que raio é um “derivado tóxico” na minha vida real? Deveria, sequer, atribuir valor a abs-tracções de abstracções? Quantos li-tros de água e quantos quilos de comi-da correspondem aos swaps?

Apenas aqueles que me deixar acre-ditar que correspondem. Por que não zero?

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textos ∑ Tânia Barbosafotos ∑ Tânia Barbosa / Paulo Netoabertura

Sernancelhe vive Abril…

Este concelho do inte-rior da região Centro há muito se singularizou pela capacidade de ge-rar novidade, congregar sinergias, erigir vontades a obra feita.

Fê-lo com a redignifi-cação da Castanha, hoje produto internacional-mente consumido na sua espécie “martaínha”.

Fê-lo com pioneiris-mo e êxito na divulgação persistente de Aquilino Ribeiro, em congressos, feiras, conferências, ex-posições, edições…

Fê-lo com o Festival de Guitarra Clássica, hoje de cunho marcadamen-te mundial.

Fê-lo com a difusão da música, desde a mais erudita pela expressão de virtuosos pianistas, violoncelistas, concer-tistas nacionais e inter-nacionais, até à música de cunho vincadamente musical, com festivais de concertinas, a sua Acade-mia de Música, etc.

Fê-lo ao conferir às Co-memorações de Abril um prestígio e esquecimento

por muitos há muito vo-tado.

Desta feita, a cerimó-nia iniciou-se às 09H00, com guarda de honra pe-los Bombeiros locais, ac-tuação da Banda 81 de Ferreirim e hastear das bandeiras.

De seguida, no salão nobre da Câmara, e após os discursos das forças políticas, concedeu-se a medalha de mérito de Sernancelhe à Banda 81 de Ferreirim, recebida pelo seu maestro e ve-reador Carlos Santos e a

Paulo Neto. Após os seus discursos, tomou a pala-vra o presidente da au-tarquia José Mário Car-doso, a presidente da AM, Adélia Sobral e o ex-presidente da Assem-bleia da República, pro-fessor Barbosa de Melo.

As centenas de pesso-as presentes rumaram de seguida ao Auditório Mu-nicipal para prestar tri-buto a Aquilino Ribeiro na apresentação do novo livro de Lima Bastos, “À sombra de Aquilino na Casa Grande de Roma-

rigães”, feita pelo funda-dor do PSD, Miguel Vei-ga, seguindo-se-lhe Dom Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal, José Mário Cardoso e o escri-tor.

Seg uiu-se at rás da Banda e com destino ao Exposalão, para ouvir as harmonias síntonas dos alunos da Academia de Música de Sernancelhe, da Orquestra Filarmonia das Beiras, do pianis-ta internacional, André Cardoso e, finalmente, Paulo de Carvalho que

interpretou canções bem presentes na memória da numerosa assistência e a “senha” de Abril “E de-pois do adeus”.

Seguiu-se um almoço convívio para todos os presentes.

Cessadas as comemo-rações, o Jornal do Cen-tro quis ouvir o testemu-nho de quem viveu esta época de uma forma tão especial e como tal tive-mos o prazer de conver-sar com algumas das fi-guras emblemáticas pre-sentes em Sernancelhe.

Figura já referida ante-riormente e com grande prestígio, deslocou-se a Ser-nancelhe, pois foi “convida-do e não podia desconside-rar um convite, depois por-que ter aqui como pessoa um grande interveniente e amigo, Miguel Veiga, e por outro tento sempre no 25 de

Abril escolher convites no interior desertificado, pra-ticamente deixei de ir à As-sembleia.”

Confidenciou-nos, tam-bém que “esta comemora-ção foi a mais rica, a mais autónoma e a mais portu-guesa, estive aqui e gostei bastante.”

Barbosa de Melo, ex-presidente da Assembleia da República Uma figura religiosa

acarinhada por todos em Sernancelhe, local que escolheu já há dois anos para celebrar esta data, “o pretexto próximo foi co-laborar na apresentação do livro de Lima Bastos e o Presidente sabendo desta nossa ligação fez questão em que eu viesse também no ano passado e foi a primeira vez que vim a Sernancelhe”.

O Bispo Emérito de Setúbal não poupou elo-gios a estas comemora-ções e sublinhou que, “não faltou nada, desde o exemplo da organiza-ção, até à educação e cor-tesia das pessoas, a be-leza e a objetividade dos discursos e a parte mu-

sical que põe ao desco-berto toda uma preocu-pação cultura. Este ano fiquei mais encantado…este 25 de Abril deveria ser exemplar para todas as celebrações que se fi-

zessem a nível local ou nacional.”

Como cidadão não quis deixar de recordar a altu-ra da revolução, “foi um dia muito bonito, vi no 25 de Abril este cântico de

louvor, aos valores, direi-tos humanos e dignidade humana e a declaração que fez nesse dia a Junta de Salvação Nacional, foi evangelho puro…as pes-soas começaram numa grande alegria, num gran-de entusiasmo durante algum tempo. Os valo-res continuam de pé, mas aquelas consequências que nos adviriam o bom uso da liberdade esvane-ceram-se.”

As comemorações, já referido anteriormente fo-ram marcadas pela entre-ga de medalhas de méri-to de Sernancelhe tanto à Banda 81 de Ferreirim, re-presentada pelo seu maes-tro e vereador Carlos San-tos, como a Paulo Neto.

Dom Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal

6 Jornal do Centro02 | maio | 2013

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25 DE ABRIL EM SERNANCELHE | ABERTURA

SugestõesDia da Mãe

Presidente da autarquia já há longos anos e des-de sempre um entusias-ta na comemoração desta data, explicou ao Jornal do Centro que, “existem uma quantidades de coin-cidências e circunstân-cias que permitem fazer de Sernancelhe um Con-celho que vive em ple-no o 25 de Abril. O Pro-

fessor Barbosa de Melo mostrou através de um jurista da Câmara vonta-de em vir, Miguel Veiga é muito amigo do escritor Lima Bastos, portanto é todo um conjunto de cir-cunstâncias que permite a vinda dessa gente ilus-tre. O 25 de Abril para nós é um momento de vira-gem do poder local.”

José Mário Cardoso, presidente da câmara de Sernancelhe

O autarca de Tondela também marcou pre-sença nas comemora-ções e explicou-nos o motivo de ter escolhido um concelho mais dis-tante para celebrar tal data, “tenho uma ami-zade pessoal pelo Pre-sidente da Câmara e venho a convite dele e também por um dos ho-

menageados o Paulo Neto. Acredito que o 25 de Abril foi cumprido, é uma injustiça dizer que a sociedade portugue-sa nos últimos anos não evoluiu de uma forma positiva, eventualmen-te fomos mais longe do que as condições que tí-nhamos para o puder fa-zer.”

Carlos Marta,presidente da CIM Dão-Lafões

Como fundador do par-tido e em Sernancelhe na condição de convidado e de apresentador do livro do escritor Lima Bastos, Miguel Vieira demons-trou alguns desconten-tamento com a situação atual do Pais sentido em comemorações como esta, “este país está a ir de mal a pior, o grande sonho da nossa geração

foi a restauração da liber-dade e esse ideal foi cum-prido, o único. Foi um dia que vivi com muito medo, porque pensei que tinha sido uma revolução feita pela direita, foi uma ex-plosão de alegria e satis-fação.”

Do 25 de Abril de 1974, recorda-se de uma si-tuação em particular e que quis partilhar, “ti-

nha um julgamento em Gaia e como moro no Porto, não apanhei ne-nhum trânsito, não en-contrei um único car-ro e quando cheguei ao tribunal só vi um úni-co juiz, não havia mais ninguém, nem uma úni-ca testemunha, a ponte de cima estava cheia de tropas e acabei por levar o juiz a casa”.

Miguel Veiga, fundador do PSD

O escritor falou-nos um pouco sobre o cerne do seu livro e descreveu-nos a obra como, “algo extensa com grandes pormenores a retratar, obra que terá de ser alongada para possi-velmente mais dois ou até três livros”. Perguntámos-lhe ainda se Aquilino fosse vivo se celebraria o 25 de

Abril, ao qual Lima Bas-tos nos respondeu que, “ estou certo que sim, mui-to por causa do filho uma figura influente do 25 de Abril e que abraçava os mesmos valores do pai, a liberdade e a cidadania, a preocupação com os mais fracos…e se Aquilino pu-desse sair do túmulo acre-

dito que estaria aqui ou em qualquer outro lugar a celebrar este dia.” Para o escritor e já em fim de conversa, confessava-nos que “os ideais de setenta e quatro continuam váli-dos e pertinentes embora pense que a sua tradução prática tenha falhado em muitos aspetos.”

Lima Bastos, escritor e autor do livro“À sombra de Aquilino na Casa Grande de Romarigães”

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ABERTURA | 25 DE ABRIL EM SERNANCELHE

Tivemos também o pra-zer de durante alguns mi-nutos ouvir Paulo de Car-valho, uma figura que ficou sempre presente na memó-ria de todos os portugue-ses. Questionámos o mú-sico sobre a importância desta canção, e como refe-riu, “mais do que para mim, esta cantiga foi importante para todos os portugueses, porque foi a primeira senha do movimento dos capitães. Para mim foi a canção que eu cantei no festival da can-ção e que me levou poste-riormente ao festival da Eu-rovisão, não sabia que ela iria ser usada com a minha voz no 25 de Abril, portan-to estou muito honrado por estar na história, mas foi por acaso.”

Paulo de Carvalho falou-nos ainda com alguma má-

goa do incumprimento dos ideais de Abril, “normal-mente quando se fala em revolução as pessoas têm medo porque vêm muita gente na rua aos tiros, a mi-nha revolução era a revolu-ção das mentalidades e essa nunca se fez e não está a ser cumprida, porque o povo português em alguns aspe-tos está a viver pior do que vivia há uns anos atrás.”

Perguntámos-lhe ainda que recordação tem de se-tenta e quatro, “recordo a expetativa do que é isto, é a direita é a esquerda, quem fez o golpe, mas depois te-

nho uma recordação lin-díssima do primeiro, 1º de Maio, toda a gente estava na rua, milhões de pessoas, cheguei a casa com os bra-ços cheios de cravos, por-que toda a gente que me en-contrava na rua me dava.”

Sernancelhe tem um sig-nificado especial e uma ra-zão de ser para ter sido es-colhida pelo músico para as comemorações, pois “co-nheço muitas pessoas aqui, tenho aqui uma casita que já vem do trisavô da minha companheira, e criei de cer-ta forma laços muito fortes com esta terra”.

Paulo de Carvalho,músico e autor da música “E depois do Adeus”

Entre muitas entida-des, tivemos o prazer de conversar com o Jorge Loureiro que mostrou a sua satisfação por estar inserido nestas come-morações, “vim essen-cialmente pela relação de amizade relativamen-te a um amigo que hoje foi aqui merecidamen-te agraciadoe porque sei do seu envolvimento e por todo o trabalho que tem feito por Sernance-lhe, que é o Paulo Neto e também por ser ami-go do Presidente e Vice-

Presidente da Câmara.”Confessou-nos, ainda

e a propósito deste dia que, “nunca fui um entu-siasta da comemoração do 25 de Abril, mas que se recorda que no dia es-tava numa aula noturna na Escola Industrial em Viseu e tem para mim essa marca e esse cunho, e não deixo de reconhe-cer que foi uma data de-cisiva e histórica para o País de libertação e que nos permitiu a espiral de sucesso que nos trouxe até hoje.”

Jorge Loureiro, vice-presidentedo Turismo do Centro e da Ahresp

Ser n a ncel he é u m concelho do interior que se destaca por um conjunto de atitudes marcantes na diferen-ça pela positiva. Natu-ralmente que há uma política autárquica lú-cida por detrás de uma obra. Hoje e aqui, valo-rizou-se o mérito de ins-tituições e pessoas, mas também a democracia portuguesa. A Câmara local ao trazer persona-lidades como Barbosa de Melo, Miguel Veiga, Dom Manuel Martins, Paulo de Carvalho, etc., na abrangência deste es-pectro prova a sua pos-tura plural perante a so-

ciedade atual. Foi para mim um prazer estar cá e disfrutar deste mo-mento na companhia destas pessoas. Sernan-

celhe é um exemplo de sinergias conjuntas e uníssonas para enfren-tar os dias e os tempos correntes”.

João Cotta, presidente da AIRV e do CERV

Presidente da conceitu-ada Banda 81 de Ferreirim, mostrou estar grato pela distinção, “esta atribuição da Medalha de Mérito Mu-nicipal é para nós um orgu-lho e um reconhecimento de um percurso de vários momentos que esta Asso-ciação teve na construção da história do Município de Sernancelhe.”

No decorrer da conversa, destacou alguns momen-tos importantes da história da Banda, “a receção oficial a vários presidentes da re-pública, em 2003 a trans-missão, pela primeira vez na nossa história, da atua-ção da Banda, em direto na

Antena 1 e em 2010, a trans-missão pela TVI da parti-cipação da Banda Musical de Ferreirim na missa rea-lizada no Convento de Nos-sa Senhora da Assunção, na Tabosa do Carregal.”

A Câmara Municipal de Sernancelhe, pensando no futuro desta entidade, apos-

tou no desenvolvimento da mesmo e segundo Carlos Santos, “com a atribuição desta medalha sentimo-nos ainda mais responsabiliza-dos, perante o concelho de Sernancelhe e a sociedade em geral, para continuar-mos o nosso projeto. A Utili-dade Pública obtida em 2012 trouxe-nos também maior exigência e rigor, maior ne-cessidade de planear o futu-ro, que passará por envolver as crianças de todo o Mu-nicípio na nossa Escola de Música, através da aprendi-zagem de instrumentos de sopro e da garantia de sóli-da formação humana das crianças e jovens.”

Banda 81 de Ferreirim,pelas mãos do seu maestro Carlos Santos

O dia foi curto para tantos e tão efusivos eventos. O 25 de Abril foi lembrado com nostalgia e emoção. Um exemplo…

Paulo Neto, diretor da Revista AquilinoAgraciado pelos seus

serviços em prol de Aqui-lino Ribeiro, pela sua difu-são em palestras, conferên-cias, publicações diversas, direção da revista literá-ria que criou, a “Aquilino”, etc., referiu-nos “a minha ligação a este território e a um dos seus mais notáveis ex-libris: Aquilino Ribei-ro estará na origem deste galardão. Acrescento-lhe o profundo significado que tem para mim enquanto

símbolo de fraternidade e do meu enleio com Ser-nancelhe, seus autarcas e suas gentes. Nas minhas palavras de agradecimen-to referi o “axis mundi” que cada um de nós detém, es-coando por vezes uma vida sem o identificar. Esta ter-ra e suas gentes são o ine-quívoco e ubíquo eixo do meu mundo e de muitos dos meus afetos. Esta ho-menagem carreia uma res-ponsabilidade agravada no

tocante a uma cooperação presente e futura cada vez mais fecunda e pródiga. Tentarei honrar e merecer a distinção.”

Homenageados

mbém poro Presidente e Vice-

d nte da AIRV

e r-li-

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à conversa entrevista ∑ Paulo Netofotos ∑ DR

Foi diretor do Expresso de 1973 a 1980. Quer destacar alguns momentos marcan-tes desta sincronia?Antes do mais, o nº 1, a

saída do jornal a 6 de ja-neiro de 1973, com tudo o que significou de arran-que de um projeto, de prá-tica de um jornalismo di-ferente e melhor.

Depois, entre as várias edições que conseguimos pôr na rua apesar da Cen-sura, destacaria as que abordaram temas tabu, como a morte de Amílcar Cabral, as que incluíram mesas redondas, sobre temas diversos, como as

eleições francesas de 1973 ou a economia portugue-sa, com participantes de várias tendências políti-cas, a que fez o balanço da legislatura 69-73 da As-sembleia Nacional. E tan-tas outras.

Também, claro, a edição de 27 de abril de 1974, com tudo o que simbolizou de regresso à liberdade de ex-pressão e de esperança na implantação da democra-cia.

Durante o PREC, houve notícias que só nós demos, porque éramos os únicos não controlados pelo PCP e seus aliados no MFA e

distinguiria as 9 edições do Expresso Extra, que saia às 4ªsfeiras.

Depois do prec, e a par-tir de 1976 é impossível selecionar. Escolho ape-nas uma, logo em junho de 1976, cujo título/chamada principal era: “A Economia na primeira linha de preo-cupações”. 37 anos depois, tudo na mesma…

E, finalmente, a de 5 de janeiro de 1980, na qual me despedi como Diretor do jornal por ter aceite o con-vite de Francisco Sá Car-neiro para ser seu Minis-tro Adjunto.

São muitos os momentos

marcantes da vida do Ex-presso, não só nesse perí-odo, mas ao longo dos 40 anos que estamos a come-morar. Na impossibilidade de os referir a todos, distin-guirei os mais importan-tes.

Desde logo, o lançamen-to em 1973, de um proje-to novo, nas circunstân-cias políticas de decadên-cia do velho regime, o que exacerbou o zelo dos cen-sores. Poderíamos ter fi-cado por ali, tais os entra-ves que a censura propo-sitadamente nos montava com a retenção e cortes de textos e fotos e com o cas-

Francisco Pinto Balsemão, presidente da holding Impresa, SGPS, SA, e presidente da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, SA, detida a 100% pela Impresa. A Impresa é proprietária da holding Impresa Publishing que detém os seguintes títulos: Expresso, Courrier Internacional, Blitz, Exame, Exame Informática, Caras, Activa, Visão, TV Mais, Telenovelas, Jornal de Letras, Caras Decoração, etc. A Impresa detém ainda 100% da InfoPortugal e 75 % do site Olhares. Na distribuidora Vasp detém 33.33% , 22.35% na Lusa e 15% na Nonius Soft (tecnologias de entretenimento para a indústria hoteleira).É membro do Conselho de Estado (Julho 2005).É presidente do “European Publishers Council” (1999), presidente do Júri do Prémio Pessoa (1987), membro do Júri do Prémio Príncipe de Astúrias de Cooperação Inter-nacional (1996), membro do “Consejo de Protectores” da “Fondación Carolina” (2001), membro não executivo do Conselho de Administração do “Daily Mail and General Trust plc” (2002), membro do Conselho Geral da COTEC Portugal – Associação Empresarial para a Inovação (2003), membro do Conselho Assessor Internacional do Grupo Santander (2004), presidente do Conselho da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Maio 2009), membro do Conselho Assessor da Revista “Quaderns del Cac” editada pelo Conselho do Audiovisual da Catalunha (Agosto de 2009). Membro do Conselho Consultivo do ISEG (Instituto Superior de Engenharia e Gestão) desde Abril de 2010. Membro da Comissão para a Revisão do Conceito Estratégico da Defesa Nacional (Junho 2012). Doutorado Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa (Abril 2010) e pela Universidade da Beira Interior (Outubro 2010). Foi presidente do Conselho de Administração do EIM - “Eu-ropean Institute for the Media” (1990-1999) e do “European Television and Film Forum” (1999-2006), vice-presidente (1995-2003) da Fundação “Journalistes en Europe”, mem-bro (1999-2002) do comité executivo do “Global Business Dialogue”, membro não executivo (1980-2006) do Conse-lho de Administração da Celbi, presidente não executivo (1999-2007) da Allianz Portugal, presidente não executivo da Nec Portugal (1995- Julho 2010) .Foi professor associado (1987-2002) na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (UNL), membro do Conselho Consultivo da Universidade de Lisboa (2007-2009). Licenciado em Direito pela FDL, frequentou o curso com-plementar de Ciências Político-Económicas da FDL. Foi jornalista, secretário de direcção (1963-65) e administrador (1965-71) do Diário Popular, fundador e director do jornal EXPRESSO (1973-80).Fundador e presidente do Conselho de Administração do Instituto para o Progresso Social e Democracia (de 1983 a 1986), presidente do Conselho Geral (de 1987 a 1989) sendo, actualmente, presidente do Conselho Geral do Instituto Sá Carneiro. Desde 1998.Fundador do Partido Social Democrata (1974), deputado e vice-presidente da Assembleia Constituinte (1975), de-putado à Assembleia da República em 1979, 1980 e 1985, Ministro de Estado Adjunto no VI Governo Constitucional (1980), Primeiro Ministro dos VII e VIII Governos Constitu-cionais (1981-83).Algumas das Ordens Honoríficas com que foi agraciado:- Grã Cruz da Ordem Coroa (Bélgica) – 1981- Grã Cruz Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul (Brasil) – 1982- Grã Cruz da Ordem do Mérito (Grécia) – 1982- Grã Cruz da Ordem Bandeira (Hungria) – 1982- Grã Cruz da Ordem do Mérito (Itália) – 1982- Grã Cruz da Ordem de Pianna (Vaticano/Santa Sé) – 1983- Grã Cruz da Ordem da Bandeira (República Federal Jugos-lava) – 1983- Grã Cruz da Ordem de Isabel a Católica (Espanha) – 1989- Grã Cruz da Ordem do Infante (Portugal) - 2006- Grã Cruz da Ordem da Liberdade (Portugal) - 2011

“O tema educação surgiu do facto de sabermos que Viseu, que lutou por ter uma Universidade pública, tem um excelente ensino politécnico”

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FRANCISCO PINTO BALSEMÃO | À CONVERSA

tigo das provas de página, atirando com o fecho, im-pressão e distribuição para horas impraticáveis e de-sastrosas para o negócio. O 25 de Abril libertou-nos deste e doutros pesadelos; mas logo no PREC, a 5ª Di-visão do Movimento das Forças Armadas e Vasco Gonçalves, aliados do PCP, não resistiram à ten-tação de dominar os meios de comunicação social. E quem não se deixou con-trolar, como foi o caso do Expresso, teve problemas. Momentos marcantes são também os do tempo em que fui Primeiro-Ministro,

com o meu jornal a atacar-me mais duramente que muitos outros, mas essa foi a minha afirmação e demonstração do respeito pela liberdade de impren-sa por que sempre lutei. Por último, todas as ve-zes que inovámos conteú-dos ou formatos, introdu-zimos novas tecnologias, criámos novos cadernos, reafirmámos a nossa in-dependência perante o po-der político e económico, denunciámos abusos de poder ou comportamen-tos desviantes, como sem-pre fizemos nestas quatro décadas e continuaremos

a fazer, são para nós mo-mentos marcantes.

Foi fundador do PSD. Qual o objetivo fundamental que lhe fez dar este passo?Os partidos políticos

são, até se descobrir outra solução, essenciais para o funcionamento da de-mocracia representativa. A minha opção ideológica era e é social democrata, conforme na altura o de-monstrava o meu percur-so político, dentro e fora da Assembleia Nacional. Os meus companheiros de viagem – Francisco Sá Carneiro, Magalhães

Mota e muitos outros – e eu próprio entendemos poder e dever ocupar o nosso terreno, o nosso es-paço no espetro político, sem perda de tempo. Foi o que fizemos a 6 de maio de 1974, anunciando publi-camente a criação do PPD e apresentando as suas li-nhas Programáticas.

É presidente do Prémio Pessoa, criado em 1987. De quem partiu a ideia e porque surgiu?O Prémio Pessoa nasceu

quando o primeiro patro-cinador, a Unisys, através do seu administrador de-

legado de então, o já fale-cido e saudoso C a r l o s Coelho, me pediu que in-ventássemos, no Expresso, um prémio diferente dos até aí atribuídos. Com a ajuda, que não esqueço, de Vicente Jorge Silva e inspi-rado no modo de funciona-mento do Prémio Príncipe das Astúrias, que dava na altura os primeiros passos e a cujo Júri eu já perten-cia, propus, o que veio a ser o Prémio Pessoa. Cha-mámos-lhe Pessoa e não Fernando Pessoa, porque não quisemos criar mais um galardão literário ou de letras e artes. Mas in-cluímos a palavra Pessoa, com maiúscula, porque o grande Fernando Pessoa nunca foi premiado em vida.

Passados 26 anos, julgo não exagerar se afirmar que o Pessoa é o mais re-levante Prémio atribuído anualmente em Portugal. Atestam-no, por exemplo, o espaço e tempo que lhe são concedidos pelos nos-sos concorrentes na área da comunicação social. E, também, o facto de, mes-mo quando lhes são pedi-dos curricula de 5 linhas, os premiados quase nun-ca esquecerem que foram galardoados com o Prémio Pessoa.

Quando olhamos para a qualidade e a diversida-de das personalidades dis-tinguidas ao longo destes anos, temos motivos para pensar com satisfação e esperança que Portugal é um país de futuro. Seja nas ciências, nas humanida-des ou nas artes, os nossos melhores são expoentes de um labor mais alarga-do, porventura menos vi-sível, mas reveladores de progressos significativos em vários setores da vida nacional. Estes progres-sos têm rosto. São fruto do empenho e do valor acres-centado de muitas pesso-as, do exemplo que pode e deve contagiar a socie-dade. É aqui que assentam as saídas para as crises que ciclicamente nos atraves-sam e desafiam.

Fernando Pessoa, o por-tuguês que tanto nos ins-pira e orgulha, dizia que «o primeiro passo para uma regeneração, econó-mica ou outra, de Portu-

gal é criarmos um estado de espírito de confiança – mais, de certeza – nessa regeneração».

Quando refere que “a situ-ação é bastante má para os grupos de média na Europa”, quer dizer exatamente o quê?Os media ocidentais vi-

vem uma época marcada por perigos e desafios. Por um lado, a crise económi-ca tem retraído o consu-mo e levado os anuncian-tes a pensar, quanto a mim erradamente, que devem investir menos em publi-cidade. Por outro lado, e simultaneamente, os me-dia travam desafios estru-turais, ligados à transição para o digital, que reque-rem capacidade de investi-mento e de inovação para que possam constituir-se em verdadeiras oportuni-dades (a alta definição, os tablets, a televisão intera-tiva, etc…). As mudanças tecnológicas criaram no-vas formas de contacto en-tre os media e os seus con-sumidores. As redes so-ciais vieram redesenhar a dinâmica comunicacional. No meio de uma tempesta-de quase perfeita, os me-dia tentam adaptar-se, re-estruturar-se e reposicio-nar-se, aproveitar o lado positivo da mudança.

Numa outra perspetiva, o momento que vivemos exige, mais do que nunca, que os meios de comuni-cação social se assumam como tal. A sociedade da Net, do Google, do Face-book necessita de quem selecione, ordene e hie-rarquize a informação. E que o faça profissional-mente, o que implica obe-decer a regras deontológi-cas e poder ser objeto de sanções, quando elas não são cumpridas. Se não houver quem separe o tri-go do joio, quem exerça as funções de depuração e filtragem, acentuar-se-á a tendência para a desinfor-mação, para o alinhar por baixo, o que é nocivo para a democracia, pelas razões que conhecemos. Pondo de lado os casos de mau jornalismo – que, obvia-mente, existem, tal como existem casos de má medi-cina, de má gestão, de má advocacia –, os media pro-

continua»

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À CONVERSA | FRANCISCO PINTO BALSEMÃO

fissionais são necessários para salvaguardar a liber-dade de informar e ser in-formado, uma das traves-mestras da democracia, para veicular, ordenada-mente, opiniões e pontos de vista diferentes e para funcionar como aguilhão perante a indiferença da opinião pública.

No EXPRESSO e no grupo onde ele se insere, a IMPRESA, temos enca-rado o futuro à luz destes desafios. Uma das nossas grandes apostas é traba-lhar as nossas marcas e os nossos conteúdos numa vertente multiplataforma: queremos chegar aos pú-blicos pelos mais diver-sos meios, seja em papel, em tablet, na Internet, no telemóvel, etc. É esta a estratégia em que quere-mos continuar a evoluir e a ser pioneiros. Na televi-são, a plataforma cabo le-vou à criação de um vas-to número de canais que teve como consequência uma pulverização das au-diências. Em boa hora, a IMPRESA foi pioneira, com a SIC Notícias, segui-da da SIC Radical, da SIC Mulher e a SIC K. A SIC generalista é líder no horá-rio nobre e tem os progra-mas mais vistos: “Jornal da Noite”, “Dancin’ Days” e “Avenida Brasil”. É um orgulho ver que estamos a seguir o bom caminho, apesar dos desafios con-junturais e estruturais que o setor atravessa.

Como entrevê a concorrên-cia de estruturas como a “Google”?É uma batalha que os

media só vencerão se es-tiverem unidos. A situa-ção atual é altamente des-favorável para os grupos de media: os motores de busca recebem mais de 90% da publicidade paga que circula na Net. Parte substancial desta receita resulta direta ou indire-tamente do acesso gratui-to a conteúdos profissio-nais, de informação ou de entretenimento, produzi-dos por empresas de co-municação social. Como consequência de uma bus-ca, o Google, tipicamen-te, agrega conteúdos ou fragmentos de conteúdos de diferentes sites, muitas vezes dos nossos sites, e coloca anúncios de texto, ao lado dos resultados da

busca, ou seja, dos nossos conteúdos.

Iniciativas para contrair este abuso dos motores de busca têm de ser toma-das pelo setor dos media como um todo. Nesta ma-téria, ganhamos mais se estivermos todos unidos à volta do mesmo objeti-vo, em vez de cada um de nós tentar resolver o seu próprio problema. Já fo-ram estudadas várias me-didas e, em breve, haverá novidades sobre a maté-ria. Esta é uma área onde o poder político e os regu-ladores deviam atuar, em defesa da concorrência. Além disso, é importan-

te saber o que a Comissão Europeia decide sobre as queixas de abuso de posi-ção dominante apresen-tadas contra o Google. Aguarda-se essa decisão a todo o momento.

Com o 1º número do Expres-so, a 6 de Janeiro de 1973, com 60 mil exemplares, 24 páginas e 2 cadernos, ao preço de 5 escudos, surgi-ram inovações tais como: O Estatuto Editorial; um Conselho de Redação eleito pelos jornalistas e um Con-selho Editorial. Hoje, 40 anos depois o que é que se anacronizou e o que é que se mantém atual?

Atual, mantém-se o que é estruturante e definidor de qualquer meio de co-municação social: Estatuto Editorial, Conselho de Re-dação – imposto pela Lei de Imprensa a publicações periódicas com mais de cinco jornalistas. O Con-selho Editorial também se mantém e é uma opção de grande utilidade. Habitu-almente é constituído por personalidades de diferen-tes áreas do saber e com sensibilidade para a comu-nicação social que expres-sam os seus pontos de vis-ta sobre a conduta e toma-das de posição do meio a propósito de determina-

dos acontecimentos ou si-tuações. São ainda consul-tadas acerca de iniciativas editoriais ou outras, fora da rotina, que estejam em agenda.

O Expresso criou, ainda, o seu Código de Conduta Jornalística que é, na prá-tica, um Código Deonto-lógico mais aperfeiçoado, mais exigente e mais adap-tado às características que quisemos dar ao Expresso: um jornal de causas, inci-tando à participação da so-ciedade civil, ao associati-vismo e à autorregulação. Também a Visão e a SIC têm os seus Códigos de Conduta Jornalística.

O resto, tiragens, núme-ro de páginas, cadernos, preço de capa, acompa-nham a evolução e exigên-cias do mercado.

Porquê a “Educação” como temática escolhida para Viseu. Por que não a saúde, justiça ou desemprego, por exemplo?Quisemos estar em

Viseu, como em outras cidades importantes do país. A educação, como a justiça ou o desemprego, a demografia ou a saúde, etc., é um tema transver-sal a todo o país e qual-quer um deles poderia ter a cidade como palco. Na verdade, o tema educação surgiu do facto de saber-mos que Viseu, que lutou por ter uma Universida-de pública, tem um exce-lente ensino politécnico e apresenta índices interes-santes nos rankings das escolas.

Que representa para Pinto Balsemão a nossa região?As minhas origens mais

ancestrais têm raízes na Beira Alta. Daí a minha simpatia natural por esta região, mas não só por isso: gosto deste enquadra-mento de paisagem ladea-da pelas serranias da Es-trela e do Caramulo, cada uma com as suas riquezas naturais que vertem para o vale e o tornam rico em vi-nhedos e outros produtos agrícolas de grande quali-dade. Aprecio, também, a riqueza do património cul-tural: a monumentalidade da Sé e de outros templos e conventos, os tesouros de arte de vários séculos e estilos neles conservados e também em museus e al-gumas casas palacianas, como revejo, com orgulho, alguns monumentos que atestam a bravura dos nos-sos antepassados.

Fazendo jus à dinâmi-ca do poder autárquico e à iniciativa privada, não posso deixar de referir o desenvolvimento dos últimos anos e a moder-nização do comércio, da indústria, dos serviços e das vias de comunicação, quer na capital do Distri-to, quer noutras cidades, vilas e aldeias da região, restituindo-lhe a impor-tância que já teve noutros tempos e a capacidade de responder aos desafios do presente.

Expresso nº 4 - 27 Jan 1973 Expresso nº 11 - 17 Mar 1973 Expresso nº 189 - 9 Jun 1976 Expresso nº 375 - 5 Jan 1980

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região

Zona polémica de Marzovelos

A Assembleia Municipal de Viseu (AMV) apro-vou na sexta-feira as contas relativas ao exer-cício da atividade da Câ-mara de Viseu em 2012, que apresentam um re-sultado final positivo de quase nove milhões de euros.Sem surpresas, as con-tas foram aprovadas com os votos favoráveis do PSD, com a absten-ção da bancada do Par-tido Socialista e com um voto contra do Bloco de Esquerda.O presidente da Câ-mara, Fernando Ruas enfatizou o processo de ajustamento que tem vindo a ser feito “re-duzindo um terço da despesa de 2009 para 2012”.“Apesar da redução da receita corrente conse-guimos libertar recei-tas para investimento”,

reforçou ao lembrar que a autarquia contou com “menos 2,5 milhões de euros de recursos cor-rentes, mas ainda as-sim foi possível liber-tar cerca de nove mi-lhões de euros”. “Com os meios ativos que a Câmara tem podia pa-gar agora tudo o que deve de curto prazo e a inda entrar nos pa-gamentos a longo pra-zo. Não vale a pena in-ventar fantasmas, se há algo que nos agrada no município é a forma como deixamos a situa-ção financeira”, adian-tou Fernando Ruas.A oposição socia l is-ta alertou que este sal-do resulta em parte de em 2012 a Câmara ter cobrado “mais ou me-nos os mesmos impos-tos aos viseenses” rela-tivamente a 2011 “e fez menos obra”, afirmou

o líder da bancada do PS na AMV, João Pau-lo Rebelo. Para o depu-tado municipal “não há poupança, há desinves-timento”.João Paulo Rebelo re-gistou a diminuição de oito por cento no total da despesa da Câmara em relação a 2011 , em que se destaca a redução da despesa com pessoal, mas sublinhou que esse parâmetro aconteceu com todas as entidades públicas face aos cortes nos salários dos funcio-nários públicos.O deputado reconheceu o “mérito e rigor” das contas do executivo e a abstenção do PS pren-deu-se com a opção po-lítica de que o PS discor-da: “As câmaras não são para dar lucro”.

Emília Amaral

Assembleia aprova contas da Câmaracom saldo positivo de cerca de nove milhõesViseu ∑ Oposição socialista abstém-se mas alerta que se “cobraram os mesmos impostos e fez-se menos obra”, o que

“não é poupança é desinvestimento”

“Estamos a tentar re-solver o assunto com um plano de pormenor que visa que a Câmara conce-da noutro lado aquilo que não quer deixar construir ali, mas o proprietário tem toda a legitimidade para construir, não vale a pena achar que aquele é um caso anormal”.

Esta foi a resposta do presidente da Câmara de Viseu à deputada do Bloco de Esquerda (BE), Manuela Antunes, que na última reunião da As-sembleia Municipal vol-tou a levantar a polémica da construção de um es-paço de comércio e servi-

ços num terreno verde na zona de Marzovelos, pro-priedade do grupo Visa-beira.

O caso remonta a 2005 em que a Associação de Defesa do Patrimó-nio, Ambiente e Direitos Humanos “Olho Vivo” dava voz aos morado-res do bairro de Marzo-velo, mostrando-se con-tra a construção de um novo equipamento em frente ao hotel Montebe-lo no “único espaço ver-de daquele imenso ‘cemi-tério’”, chegando a fazer circular um abaixo-assi-nado.

De acordo com a Olho

Vivo “a indignação volta a surgir nos moradores que, tendo consultado o [novo] PDM verifica-ram que o espaço con-tinua destinado à cons-trução”.

Fernando Ruas lem-brou que o caso foi her-dado da administração anterior à sua e, por isso, tem mais de 24 anos, em que o proprietário “tem toda a legitimidade para construir” e a Câmara só pode resolver “por via da negociação ou da persuasão”. “Podemos tomar posse adminis-trativa, mas pagamos”, acrescentou. EA

Pedido de ajuda de Cavernães

O presidente da Junta da Freguesia de Caver-nães pediu a palavra na Assembleia Municipal de Viseu num gesto de

desespero: “Peço a esta assembleia que me ajude a resolver o problema na Estrada Nacional 229”.

Nesta estrada que liga Viseu a Sátão, na loca-lidade de Cavernães já morreram três pessoas, a última uma criança de 10 anos atropelada em janeiro. Na via existem uns semáforos de limi-tação de velocidade co-locados há três anos pela Estradas de Portugal (EP) mas nunca foram li-gados. Mesmo quando o sistema for acionado vai servir apenas os automo-bilistas e não os peões. A junta pede a colocação

de uma passadeira, a in-trodução de sinalização para peões e a ligação dos semáforos.

As reivindicações ar-rastam-se desde 2010, mas nada tem passado de promessas.

“O que se está a pas-sar com os semáforos de Cavernães é uma vergo-nha”, criticou o presiden-te da Câmara, Fernando Ruas, prometendo inter-ferir junto da EP para re-solver o problema: “Não sei se arriscarei um dia destes fazer a obra e de-pois esperar que nos ve-nham questionar, o que é possível...”. EA

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CASTRO DAIRE | MOIMENTA DA BEIRA | VOUZELA | REGIÃO

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A Câ m a ra Mu n ic i -pal de Castro Daire vai promover, pelo quarto ano consecutivo, a ini-ciativa Maio Pedestre, para divulgar o patri-mónio natural, cultural, arquitetónico e paisa-gístico do concelho.

A iniciativa “consis-te na dinamização de um percurso pedestre por fim de semana, de forma a permitir aos participantes aproxi-marem-se da natureza e consciencializarem-se da sua envolvência

imediata”, explica a au-tarquia.

Desta forma , espe-ra-se que contribuam

“para a manutenção e estabilidade do patri-mónio natural e rural e para a sua valorização, numa ótica de usufru-

to sustentável do ter-ritório”.

A autarquia quer ain-da com Masio Pedes-tre “encorajar a práti-ca de atividades ao ar l ivre , promovendo a saúde e o bem-estar”. EA/Lusa

Castro Daire promove Maio Pedestre

REABILITAÇÃO DE HABITAÇÕES É A NOSSA ESPECIALIDADE

> Tectos Falsos/Pinturas

> Decoração de Interiores

> Remodelação “Chave na Mão”

> Requalificação de Fachadas

A C â m a r a d e Moimenta da Bei ra vai ajudar os jovens do concelho a preenche-rem os formulários de candidatura ao progra-ma “Porta 65”, que dá apoio financeiro ao ar-rendamento de habita-ções para residência.

O programa atribui uma percentagem do valor da renda como subvenção mensal. No

caso de Moimenta da Beira, a renda máxima admitida no ano de 2012 foi de 278 euros para T0 e T1, 396 euros para T2 e T3 e 502 euros para T4 e T5.

As candidaturas de-correm até 23 de maio, devendo os jovens que precisarem de ajuda dirigir-se aos serviços municipais de serviço social.

Câmara dá apoiotécnico e administrativo aos jovens

CÂMARA DE VOUZELA ASSINA PROTOCOLOS COM ASSOCIAÇÕES

A Câmara Municipal de Vouzela assinou proto-colos com 11 associações do concelho que envol-vem comparticipações em várias áreas.

A autarquia divulga em comunicado que dos 11 protocolos, “seis dizem respeito a apoios finan-ceiros, cujo valor total ascende a 70.300 euros e cinco a cedência de in-fraestruturas, nomeada-mente piscina, sala de ginástica, pavilhão gim-nodesportivo, entre ou-tros.

Telmo Antunes, pre-sidente da Câmara de Vouzela, destacou a co-operação entre entidades como fator decisivo para a dinâmica desportiva do concelho. “Sem o envol-vimento e cooperação entre as associações e a autarquia, em especial dos funcionários do se-tor de desporto, era im-possível termos uma di-nâmica de desporto tão grande no concelho de Vouzela”, sublinhou.

A Comunicação Social na Diocese

Opinião

O Papa Bento XVI deixou-nos uma Men-sagem muito inter-pelante para o Dia Mundial das Comu-nicações Sociais 2013. Desenvolve-se à vol-ta da importância das redes sociais digitais que su r gem como

“uma praça pública e aberta onde as pesso-as partilham ideias, informações, opiniões e podem ainda ganhar vida novas relações e formas de comunida-de”.

Num tempo marca-do por tanta solidão (o distrito de Viseu é aquele que apresenta mais pessoas a viver sós), é importante que a Igreja esteja atenta a formas e factores de cultura, comunicação e diálogo e, portanto, de evangelização, so-lidariedade e desen-volvimento humano e social.

Como diz o Papa na Mensagem, estas no-vas linguagens per-mitem “que a riqueza inf inita do Evange-lho encontre formas de expressão que se-jam capazes de alcan-çar a mente e o cora-ção de todos”. Dadas as capacidades deste

“ambiente digital”, o Património religioso encontra nele expres-sões e potencialidades variadas que, com a riqueza de imagens e som, consegue trans-mitir, para além da Palavra, a arte, a be-leza e a verdade que são fortes veículos de Evangelização.

O desenvolvimento da utilização das re-des sociais no proces-so da Evangelização requer pessoas, prepa-ração e dedicação. Re-quer abertura a ideias diferentes das nos-

sas, numa diversida-de cultural que, “não só aceitem a existên-cia da cultura do outro, mas aspirem também a receber um enrique-cimento da mesma e a dar-lhe aquilo que se possui de bem, de verdade e de beleza”. É este diálogo cultural que permite acolher o outro e os outros e formar para os valores na pluralidade de cul-turas e de ideias – úni-ca forma de encontro com o mundo e com as pessoas.

Notoriamente, neste “ambiente digital”, o di-álogo acerca da fé e do acreditar está presen-te e “confirma a im-portância e a relevân-cia da religião no de-bate público e social”. Isto era verdade antes e, muito mais o cons-tatamos desde a elei-ção do Papa Francisco. Se é verdade, a Igre-ja não pode pecar por falta de comparência, de competência, de preparação ou de de-dicação. A nossa dio-cese em Sínodo, na sua vocação de ser Igreja neste tempo e na sua missão de anunciar Je-sus Cristo e de evange-lizar as mentalidades e as culturas actuais, deve estar presente no diálogo com as pesso-as e os grupos sociais que aqui estão presen-tes.

Passam, também por aqui, os desafios da Nova Evangelização e, nestes, as questões de iniciação cristã , catequese e vocação, numa Igreja em per-manente formação para o contínuo en-vio aos que esperam a resposta para todas as crises, sobretudo, as de sentido e de vida nova.

D. Ilídio LeandroBispo de Viseu

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REGIÃO | CASTRO DAIRE | VISEU

VELOCIDADEViseu. Um homem de 25 anos foi intercetado pela PSP a conduzir na circun-valação de Viseu a 154 qui-lómetros hora, numa via em que o limite de veloci-dade é de 50 quilómetros hora. O condutor foi de-tetado pelo radar da PSP que se encontrava a reali-zar uma operação de con-trolo de velocidade, com o objetivo de combater a prática de corridas ilegais. O automobilista foi autua-do com uma multa de 500 euros e fica a aguardar a aplicação da sanção aces-sória, podendo ficar sem conduzir até dois anos.

INCENDIÁRIONelas. A Polícia Judici-ária (PJ) deteve um ho-mem, de 48 anos, suspeito de ter ateado um incêndio florestal no dia 15, no con-celho de Nelas. Em comu-nicado, a PJ referiu que o suspeito terá ateado, com um isqueiro, um incên-dio em terrenos povoados por mato e pinheiros, que resultou na destruição de 1,3 hectares de floresta. O homem, pedreiro, foi de-tido com a colaboração da Equipa de Proteção da Natureza e Ambiente da GNR de Mangualde. De-pois de submetido a pri-meiro interrogatório judi-cial, ficou obrigado a apre-sentações bissemanais às autoridades.

DETIDOSão Pedro do Sul. A GNR deteve um homem de 58 anos por posse de arma ilegal, no âmbito de um in-quérito judicial por furto de porcos em Vila Franca de Xira, que levou a várias buscas em São Pedro do Sul. Durante as buscas, re-alizadas na quarta-feira, fo-

ram apreendidos 33 porcos, 14 cartuchos de caça, uma pistola calibre 6,35 milíme-tros e quatro munições. “Foi ainda apreendido um ciclomotor que constava para apreender no âmbi-to de um outro processo”, conclui a GNR.

DETIDOSNelas e Santa Comba Dão. A GNR deteve três suspei-tos de tráfico de droga e posse ilegal de armas na sequência de 15 buscas re-alizadas na terça-feira, dia 23 de abril. A GNR adian-ta em comunicado, que “as buscas foram realiza-das junto à zona indus-trial de Nelas, na Quin-ta do Peso, em Folhadal e Vilar Seco”, todas locali-dades do concelho de Ne-las. Durante as buscas fo-ram apreendidas 14 doses de cocaína, três doses de haxixe, 259 munições de vários calibres, uma cai-xa de transporte de cara-bina, dois telemóveis, um coldre e explosivos. Entre os materiais apreendidos, encontram-se ainda dois candeeiros de iluminação pública, dois sistemas de ar condicionado comple-tos, dois potes de azeite de grandes dimensões em chapa e artigos em ouro.Santa Comba Dão. A GNR deteve seis suspei-tos de tráfico de droga na área de intervenção do Núcleo de Investigação Criminal do destacamen-to de Santa Comba Dão, dois dos quais já eram ar-guidos em outros proces-sos. A detenção aconteceu na segunda-feira, dia 22, tendo sido realizadas qua-tro buscas domiciliárias e três a automóveis, que re-sultaram na apreensão de armas brancas, telemóveis e materiais utilizados na divisão e corte do produto estupefaciente.

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Os munícipes de Cas-tro Daire que tenham ade-rido ao Cartão Viver+ vão poder viajar gratuitamen-te em todas as carreiras públicas que circulem no concelho, durante o perí-odo escolar.

Este benefício é possível graças a um protocolo es-tabelecido entre a Câma-ra Municipal e a empresa Guedes.

O cartão Viver+ desti-na-se a munícipes com mais de 60 anos. Além da isenção de pagamento nas carreiras públicas, dá vá-rios descontos, como nos tratamentos das Termas do Carvalhal, nas pisci-nas municipais e nas lojas aderentes do comércio lo-cal. Lusa

Titulares de cartão Viver+ com viagens gratuitas

PJ INVESTIGAMORTEDE SEPTUAGENÁRIO EM INCÊNDIO

A Polícia Judiciá-ria de Coimbra está a investigar a mor-te de um homem de 75 anos, na sequência de um incêndio num apartamento, na Pra-ça de Goa, em Viseu, na passada sexta-fei-ra, dia 26.

O alerta para o in-cêndio foi dado pe-las 22h30 pelos vizi-nhos que se aperce-beram de fumo a sair do apartamento. O fi-lho da vítima também estava no interior do apartamento mas não se apercebeu do fogo e quando deu conta já não conseguiu re-tirar o pai, cujo corpo foi encontrado carbo-nizado na sala e com vestígios de cigarros nas imediações.

O comandante dos Bombeiros Munici-pais de Viseu adian-tou aos jornalistas que a vítima mortal era fu-madora e necessitava de ajuda para se des-locar.

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VISEU | REGIÃO

Aquilo que seria um encontro informal com a comunicação social, no decurso de um “pequeno-almoço de trabalho”, tor-nou-se num momento da campanha de Almeida Henriques à autarquia vi-seense, no qual começou por fazer uma retrospecti-va dos últimos anos, inau-gurando um “novo capítu-lo” da sua vida.

Almeida Henriques de-lineou as suas diversas sin-cronias em décadas: uma década primicial de Mo-çambique, uma década de estudos, uma década en-tre Coimbra e Lisboa, uma década virada para a vida empresarial, AIRV e CEC, uma década de parlamen-to e governo e, agora, pela frente, a década de Viseu.

De seguida procedeu ao balanço do “tempo de go-vernação”, lembrando pro-gramas que lançou como o Revitalizar, o Valorizar, os fundos de revitalização libertados para recupera-ção de empresas, o discipli-

nar da banca, os 11 mil qui-lómetros percorridos por mês, durante dois anos, vi-sitando 130 municípios e contactando mais de 3.800 empresas, a ideia da criação do CERV para organização do tecido empresarial local a uma só voz, etc.

Almeida Henriques con-sidera esta sua passagem de dois anos pelo governo de “grande intensidade” e propiciadores “de uma di-mensão para ser mais útil”, acrescentando: “fui feliz nestes dois últimos anos e o meu projecto para Viseu é para uma década e espero também nela ser feliz”.

Entre outras ideias base, o candidato quer “pensar Viseu como um espaço que interage com o mun-do e olhar a diáspora não como uma fonte de en-vio de receitas, mas como um aprofundar do conhe-cimento da sua realidade, trazendo para Viseu três dezenas de empresários lo-cais espalhados pelo mun-do.”

Definiu dois pilares para a sua estratégia futura: o pilar social, visando criar uma sociedade inclusiva, justa e solidária e o pilar do desenvolvimento econó-mico sustentável, poten-ciando o que Viseu já tem, mas criando mais riqueza, levando os empresários aos mercados e ajudando-os a crescer na captação de in-vestimento para a criação de riqueza. Visa ainda criar um Conselho Estratégico para a Região pelo apoio às suas âncoras: o RIV, o Tribunal; a AIRV; a Asso-ciação Comercial; a Asso-ciação de Empresários Ca-tólicos; o Instituto Poltécni-co; o Piaget; a Universidade Católica, enriquecendo es-tas âncoras com pessoas de nível nacional.

Com o lema de campa-nha “VISEU PRIMEIRO”, esta é, segundo o candida-to, a sua “opção desde sem-pre”, pretendendo “trazer o país para Viseu e Viseu para o mundo”, “cons-truindo o programa eleito-

ral com as pessoas”. Para o efeito propõe-se implemen-tar dez sessões, cada uma ligada a uma temática espe-cífica, com um convidado da sociedade civil a discutir com a sociedade civil vise-ense. Almeida Henriques assume a sua candidatura e “a boa herança para um novo ciclo que terá que ser diferente, porque tudo hoje é também diferente, inau-guro a 3ª geração das po-líticas autárquicas, assen-te nas pessoas, valores so-ciais, culturais e de criação de riqueza.”

Quanto à comunicação social regional, que consi-dera “um pilar crítico”, Al-meida Henriques quer ter uma comunicação social forte em Viseu, expressan-do o muito respeito que por ela nutre, concluindo: “Um político não consegue viver sem a comunicação social e a comunicação social não consegue viver sem os po-líticos.”

Paulo Neto

Almeida Henriques reúne com a comunicação social regional

Ovibeja

Opinião

De 24 a 28 de Abril, de-correu em Beja a maior feira agro-pecuária do Sul. Trezentos mil visitantes rumaram a esta paragem, muitos dos quais com o propósito de estarem pre-sentes nos concertos mu-sicais.

A Ovibeja comemorou o seu trigésimo aniversá-rio e várias foram as inicia-tivas de pendor técnico aí desenvolvidas. Realizou-se o III Concurso Internacio-nal de Azeite Virgem Extra, com 70 amostras oriundas de Portugal, Espanha, Itá-lia, Grécia e Argentina. Foi lançado o livro “Raças au-tóctones portuguesas”, que congrega o património ge-nético nas 57 raças existen-tes neste país. O livro “O porco com sua licença” que retracta a história do porco preto, uma referência da re-gião, foi uma realidade. Foi ainda comemorado o Ano Internacional da Coopera-ção pela Água, com o de-bate a incidir na correcta e eficaz gestão deste precio-so bem que está a ser e será o esteio da revolução agrí-cola nacional.

O controlo da água é por estes dias alvo de querelas entre a EDIA, empresa res-ponsável pela construção do Alqueva, e os agriculto-res. A EDIA foi agora indi-gitada pelo governo para cuidar da gestão em todo o perímetro até 2020, mas os agricultores pretendem ter sob a sua alçada a sua re-partição.

A feira foi visitada por vá-rios membros do governo e líderes partidários. Vários embaixadores estrangeiros fizeram também questão de estar presentes.

A delegação chinesa, que se deslocou recentemen-te ao SISAB na FIL, estará a envidar esforços no sen-tido de adquirir terras em Portugal para a produção de azeite e vinho. Estes bens alimentares são ago-ra muito requisitados por essas bandas, dadas as al-terações nutricionais que aí estão a ocorrer. A cuida-da preocupação na obten-ção de matérias-primas em diversas áreas já levou os chineses a colonizar todo o

mundo. Há muito que este meticuloso trabalho está a ser feito em surdina.

O investimento agrícola chinês tem tido como alvo principal o continente afri-cano, mas a aposta em ter-ras lusitanas é uma possibi-lidade. O cascalho de már-more que se acumulava no Alentejo vai agora ser ex-portado para a China para a construção das suas linhas férreas. Outras actividades que aqui possuímos e que proporcionam sempre ele-vadas rentabilidades, já há algum tempo transitaram para as suas mãos.

O Alqueva é apetecível para a cultura do milho que se encontra em robusta ex-pansão. A produção nacio-nal atinge as 700 mil tone-ladas/ano, destas apenas 60 mil daí provêm.

A possibilidade de se plantarem 7 mil hectares vislumbra-se por essas pa-ragens, para uma produção de 100 mil toneladas. No entanto, a região denota um potencial para mais 30 mil hectares, o que permi-tiria melhorar o nosso grau de auto-aprovisionamento dos 32% para o 60%.

Para que todo este cená-rio, para muitos carregado de um pendor algo idílico, se possa tornar uma palpá-vel realidade, é indispensá-vel que os empresários agrí-colas possam ter, por um lado, crédito a taxas convi-dativas (bem distintas das actuais, a 10%), que se agili-ze o acesso à terra com re-gadio para fins agrícolas e, por outro lado, que se veri-fique uma redução substan-cial e palpável do preço da água e da energia.

Talvez os investimen-tos chineses em terras lu-sitanas possam amenizar os custos energéticos com que muitos de nós nos de-paramos.

Diplomacia de bastidores é algo recomendável e in-dispensável neste momen-to a todos os níveis. Se a desconhecem, pesam-lhes os apontamentos. Também aí eles são mestres.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

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educação&formaçãoPENALVA PROMOVE CONCURSODE IDEIAS

O Salão da Banda Mu-sical e Recreativa de Penalva do Castelo, rece-be amanhã, dia 3 de maio, às 20h30, a final municipal do Concurso de Ideias de Negócio “Escolas Empre-endedoras”.

Esta iniciativa, promo-vida pela Câmara Munici-pal de Penalva do Castelo, Comunidade Intermunici-pal da Região Dão Lafões e Agrupamento de Esco-las de Penalva do Castelo, destina-se aos alunos do ensino secundário e pro-fissional e insere-se no âm-bito do Projeto de Empre-endedorismo nas Escolas da Região Dão-Lafões.

Nesta final municipal, estarão a concurso cinco ideias de negócio. O júri se-leciona a melhor e são atri-buídos a todos os concor-rentes prémios de partici-pação “valorizadores dos produtos endógenos do concelho”, segundo a au-tarquia.

A equipa do projeto ven-cedor irá participar, no pró-ximo dia 31, no Concurso Intermunicipal, em Viseu, onde será eleita a melhor ideia de negócio ao nível dos 14 municípios da re-gião Dão Lafões. EA

A Câmara Municipal de Lamego decidiu rescindir o protocolo com a Junta de Freguesia de Almaca-ve que assegurava o trans-porte escolar da freguesia da cidade e transferir essa competência para a Asso-ciação de Freguesias do Norte, que a partir des-ta quinta-feira vai fazer o transporte dos alunos.

Com esta deliberação aprovada em reunião de Câmara, na terça-feira, dia 30 de abril, a autarquia en-controu uma solução para o problema criado no pas-sado dia 23 de abril, quan-do duas carrinhas da Junta de Almacave que faziam transporte escolar foram penhoradas.

O presidente da autar-quia de Lamego, Francis-

co Lopes (PSD/CDS-PP) esclarece que o transpor-te das crianças “foi sem-pre assegurado” ao longo da semana, mas era neces-sário encontrar uma solu-ção legal.

As carrinhas de 15 luga-res cada, faziam o trans-porte escolar das crian-ças entre casa e o centro escolar, no âmbito de um protocolo com a Câmara. Há dois anos que a Junta de Almacave tentava ge-rir com os credores uma dívida de 25 mil euros re-sultante de duas ações em tribunal: a indeminização a uma ex-funcionária e o pagamento ao fornecedor de combustível de aque-cimento.

O presidente da Jun-ta de Freguesia de Alma-

cave, António Lourenço (PSD/CDS-PP) diz que a deliberação de penhorar as carrinhas da junta “foi uma surpresa” uma vez que “o processo estava em

fase de resolução”. Para o autarca, presidente de jun-ta há 30 anos, “foi uma jo-gada política”, depois de ter anunciado a sua can-didatura à nova Freguesia

de Lamego - a Reorganiza-ção Administrativa funde as freguesias de Almacave e da Sé na nova Freguesia de Lamego.

Já o presidente da Câma-ra, Francisco Lopes não se mostrou surpreendi-do: “Não foi propriamen-te uma surpresa, porque há bastante tempo que se comenta que a junta de Al-macave não tem uma ges-tão financeira suficiente-mente rigorosa para poder evitar uma situação deste género”.

A Junta de Almacave tem nesta altura uma dí-vida geral de 180 mil euros, segundo António Louren-ço.

R i s c o e m o u t r a s valências. A Junta de Al-

macave corre o risco de ter o mesmo problema em ou-tras valências que apoiam a população se não resol-ver esta dívida? Francisco Lopes admite que “infeliz-mente isso pode vir a acon-tecer”, nomeadamente, no ATL (Atividade de Tem-pos Livres) para alunos e na creche. Para o autarca, as referidas valências “não são financeiramente viá-veis e, mais tarde ou mais cedo, estarão em causa”.“Em defesa da situação

financeira da junta e de uma gestão equilibra-da até faria sentido sus-pender a prestação des-ses serviços e deixar que sejam outras entidades mais bem preparadas a fazê-lo”, conclui Francis-co Lopes. EA

Câmara de Lamego rescinde protocolo com junta de Almacave

A E s c o l a S u p e r i o r de Educação de Viseu (ESEV) completou no pas-sado dia 26 de abril o 30º aniversário. Para assinalar a data decorreu na terça-feira, 30, uma cerimónia com testemunhos, memó-rias e debates do desafio do ensino.

Cristina Gomes, atual presidente da ESEV, su-blinhou a “honra e a res-ponsabilidade” de estar à frente da ESEV, quando completa 30 anos de exis-tência.

A ESEV foi a primei-ra escola de ensino supe-rior politécnico a iniciar a sua atividade em 1983, ao longo destes anos já pas-saram pela, também, pri-meira escola do Instituto Politécnico de Viseu, mais de 10 mil alunos. Sendo por isso, nas palavras da presidente uma “enorme responsabilidade histórica marcar o início do ensino politécnico em Portugal”.

A ESEV começou por ter apenas o 1º ciclo (licencia-

tura) e hoje conta já com oito cursos nesse nível e oito mestrados, num total de mais de 500 alunos.

Questionada sobre de-safios futuros, Cristina Gomes, afirmou que o mais importante é desen-volver “um ensino de qua-lidade”, pois “o ensino su-perior politécnico não é o divórcio da qualidade” sendo por isso necessário continuar a “promover a identidade do ensino poli-técnico”, que deve ser feita

“numa lógica de articula-ção com a realidade regio-nal e que deve promover o desenvolvimento susten-tado da região”, concluiu.

Fernando Sebastião, presidente do Institu-to Politécnico de Viseu (IPV), sublinhou o im-portante papel que a es-cola tem. “É uma grande satisfação assinalar a data, quando se trata de uma es-cola de referência na re-gião e no país”

O presidente do IPV

distinguiu ainda todos aqueles que fazem e fize-ram parte da ESEV. E não deixou de referir que nes-te momento há preocupa-ções que não podem ser esquecidas. “Temos re-ceio que possíveis altera-ções legislativas possam comprometer o futuro dos politécnicos”, fazendo re-ferencia à “tentativa de re-duzirem os politécnicos para o 1º ciclo”, o que para Fernando Sebastião é “inaceitável”: “temos que

continuar a garantir o mestrado”.

Durante a cerimónia do 30º aniversário, os pre-sentes assistiram ao pai-nel “30 anos ESEV: teste-munhos e memórias para o futuro”, que contou com a presença de várias per-sonalidades de referên-cia na instituição, Avelina Rainho, Manuel Teodó-sio e Eduardo Vasconce-los (como representante dos antigos professores, funcionários e alunos).

Teve ainda lugar a con-ferência “Desafios ao ensi-no”, proferida por Adriano Moreira, presidente do Concelho Geral da Uni-versidade de Lisboa.

Por fim, tempo ainda para os presentes pode-rem visitar a exposição “ESEV momentos com história: percursos iden-titários”, propondo um olhar sobre a história da ESEV.

Micaela Costa

ESEV comemora 30º AniversárioCerimónia∑ Assinala criação da instituição que, em 1983, se apresentava como a primeira escola de ensi-

no superior politécnico a iniciar atividade

A Cristina Gomes (presidente da ESEV), Fernando Sebastião (presidente do IPV e Renanto Fernandes (presidente da Associação de Estudantes da ESEV)

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A Presidente da Junta de Freguesia de Almacave

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Jornal do Centro02 | maio | 201318

Page 19: Jornal do Centro - Ed581

EDUCAÇÃO & CIÊNCIA

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A Câmara Municipal de Cinfães vai continuar a assumir no próximo ano letivo a totalidade dos en-cargos financeiros com os transportes escolares de todos os alunos, des-de o ensino pré-escolar até ao secundário.

A proposta de dar con-tinuidade a esta medida foi apresentada na última reunião da Câmara pelo presidente, Pereira Pin-to, e aprovada por unani-midade.“A educação é e deve

continuar a ser uma prio-ridade municipal ao ser-viço das nossas crianças e nossos jovens, permi-tindo-lhes uma maior igualdade de oportuni-dades”, justificou Pereira Pinto (PS).

A deliberação repre-senta um investimento de cerca de 800 mil euros.

Pereira Pinto argumen-tou com as limitações fi-nanceiras que atingem a maioria dos agregados fa-miliares e a despesa que acarretam os transportes dos alunos que vivem nas freguesias mais distantes da sede de concelho.

A titulo de exemplo, o autarca falou, numa fa-mília a viver na Gralhei-ra que poupará num ano letivo 435 euros, no Es-camarão 326 euros e em Nespereira 285 euros.

O presidente da Câma-ra assumiu que desde que a autarquia estendeu a gratuidade dos transpor-tes a todos os graus de en-sino, aumentou o núme-ro de alunos nos jardins-de-infância e no ensino secundário e registou-se uma “diminuição drás-tica no abandono esco-lar”. EA

Transportes escolares vão continuargratuitos em Cinfães

Para assinalar o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor (23 de abril), a Câmara Municipal de Mangualde convidou todas as crianças entre os 6 e os 11 anos a participa-rem na 7ª edição da inicia-tiva “Dormir com Livros”, na noite de sexta-feira para sábado.

Sob a temática do Mar, por sugestão do Plano Na-cional de Leitura, a inicia-tiva teve como objetivo fo-mentar o gosto pela leitura, proporcionando uma noite diferente, onde a marato-na dos contos só terminou quando o sono chegou.

As crianças, acompa-nhadas dos pais, passaram uma noite rodeados de li-

vros e participaram em di-versas atividades relacio-nadas com a temática do mar, marcando também o Ano Internacional da Co-operação pela Água.

Na abertura do encon-tro foi apresentado o li-

vro “Angelina… uma luz ao fundo do espelho” de Fernando Marques Perei-ra, pelo enfermeiro Fer-nando Júlio. O livro do professor invisual, que alerta para problemas que podem afetar os jovens,

serviu de mote para um breve debate com os pais presentes.

A noite foi preenchida com várias histórias, jo-gos de palavras, desenho e mimica preparados para a noite dos livros.

Crianças dormemcom livros em MangualdeObjetivo ∑ Celebrar o Dia Mundial do Livro com incentivo à leitura

A Noite preenchida com história, jogos de palavras e mímica entre pais e filhos

DR

Jornal do Centro02| maio | 2013 19

Page 20: Jornal do Centro - Ed581

economia

Novos órgãos sociais tomam posse na AssociaçãoEmpresarial de Mangualde

Teve lugar no pas-sado d ia 15 de abr i l a t o m a d a d e p o s -se dos novos órgãos socia i s da Associa-ção Empresa r ia l de

Mangualde – (AEM).A assinatura de to-

mada de posse con-tou com a presença d o s m e m b r o s d a nova direção, assem-

bleia geral, conselho f iscal e a inda do di-re tor gera l – Pau lo Sousa.

N a d i r e ç ã o , H e r -m í n i o d e O l i v e i r a

Rod r i g ue s – Ad m i-nistrador da HR Pro-t e c ç ã o , S . A . , m a n -tém a presidência da A E M nos próx i mos três anos.

Associação Empresa-rial da Região de Viseu (AIRV assinou no dia 29 de abril, um protocolo comercial com a Funda-ção INATEL.

No âmbito deste pro-tocolo , a Fu ndação INATEL, facultará a todos os associados da AIRV, respetivos em-presários e trabalhado-res, o acesso, em condi-ções preferenciais, às suas atividades.

O acordo visa a “pro-moção das melhores condições para a ocu-

pação dos tempos livres e do lazer dos trabalha-dores, no ativo e refor-mados”, adianta a AIRV numa nota à imprensa.

Hotelaria, turismo (excursões e viagens programadas pela Fun-dação INATEL), des-porto, cultura são algu-mas das áreas em que os associados vão poder usufruir de tarifas espe-ciais do INATEL.

A AIRV conclui que “este será o início de um profícuo trabalho em conjunto”. EA

AIRV e INATEL assinam protocolo comercial

Dia da mãe no Forum Viseu

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DR

Para assinalar o Dia da Mãe, o Forum Viseu preparou um programa especial de fim-de-se-mana.

No Lugar da Brinca-deira, dias 4 e 5, os f i-

lhos são desaf iados a “dar asas” à imaginação e carinho para criarem originais e diferentes prendas para surpreen-derem a Mãe.

“O dia da Mãe é real-

mente uma data ines-q u e c í v e l ” é o m o t e para a iniciativa criada para o Dia da Mãe pelo Forum Viseu, que de-corre entre as 15h00 e as 19h.

DR

20 Jornal do Centro02 | maio | 2013

Page 21: Jornal do Centro - Ed581

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

O terceiro turno da fábrica da PSA Peugeot Citroen de Mangualde arranca em pleno na se-gunda-feira, dia 29 de abril, com 300 novos trabalhadores.

Este arranque acon-tece depois de três dias de testes, segundo o porta-voz da comissão de trabalhadores, Jorge Abreu, em declarações à agência Lusa.

Em fevereiro, a fá-brica da PSA Peugeot Citroen de Mangualde anunciou o reforço da produção para 285 ve-ículos por dia, criando 300 postos de trabalho, para responder ao au-mento das encomen-

das.Na ocasião, a PSA de

Mangualde avançou que a terceira equipa com 300 novos postos de trabalho diretos irá trabalhar “no mínimo

até ao fim do corrente ano, de forma a respon-der à previsão das en-comendas”.

A criação destes 300 novos postos de traba-lho diretos, faz com que

a PSA passe a empre-gar 1150 colaboradores “e a ter como referên-cia uma produção de 285 veículos por dia”.

Emília Amaral/Lusa

Arranca em pleno o terceiro turno da Peugeot Citroën

A Fábrica de Mangualde produz cerca de 300 veículos por dia

Postos de Trabalho∑ PSA passa a empregar 1150 colaboradores

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Retoma:novos adiamentos?

Clareza no Pensamento

Nos últimos tempos têm sido frequentes as revisões (normalmente agravando os cenários) dos valores de algumas variáveis macroe-conómicas relativas a Por-tugal. Tem sido assim, entre outras, com o desemprego, com o défice orçamental e, principalmente, com o cres-cimento real da economia. Este último aspeto, cresci-mento real, é, obviamente, determinante.

Relembre-se, por isso, al-guma da história recente em matéria de previsões e de valores verificados, relati-vamente à evolução da pro-dução em Portugal (medida pelo Produto Interno Bru-to, PIB, em termos reais, ou seja, em volume, em quanti-dades produzidas).

No Orçamento de Esta-do para 2012 (apresentado em 2011) o Governo proje-tava uma queda de 2,8% no PIB em 2012; em Março de 2012, quando da apresenta-ção do primeiro Orçamento retificativo, essa previsão de queda foi revista para 3,3%. O Governo assumia, no en-tanto, a expetativa de que o ciclo económico começas-se a reverter no final do ano e que 2013 fosse já de cres-cimento. No Orçamento de Estado para 2013 (apresen-tado em Outubro de 2012), assumia-se uma contração de 3% para 2012. Em Março de 2013 o Instituto Nacional de Estatística apresentou os resultados relativos a 2012, tendo-se registado efetiva-mente uma queda de 3,2% no conjunto do ano, e uma quebra de 1,8% na produ-ção do 4º trimestre (relati-vamente ao trimestre ante-rior), não se confirmando por isso (bem pelo contrá-rio) as expetativas assumi-das de alguma recuperação nos meses finais do ano.

Para 2013, o Governo pro-jetava no Orçamento de Es-tado uma redução de 1% no PIB (na média anual), mas assumia a expetativa de que a produção pudesse cres-cer a partir do 2º trimestre. Em Fevereiro passado, po-rém, o ministro das Finan-ças já admitia uma recessão para 2013 à volta de 2%, e, em Março, quando da apresen-tação dos resultados da sé-tima avaliação da troika, o Governo assumiu uma nova previsão de contração, para 2,3%. Governo e troika esti-

mam, no entanto, que 2014 seja já um ano de recupe-ração, prevendo um cresci-mento na ordem dos 0,6%.

Esta evolução recente da economia portuguesa é, de facto, perturbadora. Desde 2008, com exceção de 2010 (em que o PIB cresceu 1,9%), que a economia não para de cair. A esperança da pro-palada retoma vai-se reno-vando período após perío-do. E, período após período, falha.

Adiada que está então a esperança da retoma para 2014, será que a mesma se confirma? Oxalá que sim. Todos a desejamos. Ela pa-rece, no entanto, muito di-fícil. É que para além das difíceis condições atuais, anunciam-se novas medidas restritivas (em função, prin-cipalmente, dos conhecidos desequilíbrios orçamentais), com os consequentes efeitos na atividade económica. Por outro lado, aquilo que pos-sa efetivamente acontecer dependerá fortemente da procura externa. Ora, ten-do em conta as debilidades com que alguns dos nossos principais parceiros comer-ciais (nomeadamente da zona Euro) se confrontam, é de recear um abrandamento no crescimento das exporta-ções portuguesas (cuja evo-lução tem evitado nos últi-mos tempos, apesar de tudo, derrapagens maiores). E se esses receios se confirma-rem, é provável que 2014 não seja ainda, afinal, o da an-siada retoma. O Núcleo de Estudos de Conjuntura so-bre a Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica, em projeção apre-sentada recentemente, esti-ma uma contração de 0,4% em 2014 (sublinhando, no entanto, a considerável in-certeza à volta destas pro-jeções), o que reforça, de al-gum modo, as dúvidas refe-ridas. A ser assim, embora a um ritmo inferior ao de anos anteriores, a economia con-tinuaria a cair.

Deseja-se, naturalmente, que tal não se confirme e que a economia portugue-sa consiga, finalmente, re-verter o ciclo. Que a retoma e as esperanças das pessoas não tenham que ser, outra vez, adiadas.

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Joaquim SimõesDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

[email protected]

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21Jornal do Centro02 | maio | 2013

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Fechado o “capítulo” do campeonato de fute-bol da II Divisão Centro, o Académico de Viseu quer agora arrecadar o título de Campeão Na-cional. À equipa acade-mista juntam-se a for-mação do norte do país, o Desportivo de Chaves e o Farense, campeão da zona sul.

Este apuramento, para o Campeão Nacional da II Divisão, decorre entre

os dias 15 de maio e 16 de junho.

O p r i m e i r o j o g o está já marcado para o próximo dia 12, com a equipa v iseense a deslocar-se a Faro. As duas equipas tiveram a melhor defesa nas suas zonas, ambas com 21 golos sofridos, nas 30 partidas do campe-onato. O Farense ar-recadou 65 pontos na classif icação da zona

sul , mais sete que o Académico de Viseu, na zona centro.

Ao contrário da equi-pa treinada por Filipe Moreira, o Feirense já conquistou por duas ve-zes este título, o último há 20 anos e o primeiro na época de 1939/40.

O Académico de Viseu volta a jogar no próximo dia 25 de maio, e recebe em casa o Chaves, equi-pa que obteve a mes-

ma pontuação que o Académico (58) na dis-puta da zona norte e os mesmos golos sofridos que as suas adversárias.

Uma luta que pro-

mete ser renhida e que vai ditar o sucessor do Varzim, campeão na época passada.

Micaela Costa

desporto

Futebol

Académico em busca do título de Campeão Nacional

Segunda LigaP J V E D GMGS

1 Belenenses 87 38 27 6 5 69 362 Arouca 66 38 19 9 10 57 423 Leixões 64 38 17 13 8 45 314 Sporting B 59 38 15 14 9 55 415 Oliveirense 57 38 15 12 11 50 446 Portimonense 57 38 15 12 11 53 457 Benfica B 56 38 14 14 10 65 498 Desp. Aves 56 38 13 17 8 42 399 Santa Clara 55 38 14 13 11 51 4310Penafiel 54 38 14 12 12 41 3811Tondela 52 38 14 10 14 47 5212FC Porto B 51 38 13 12 13 46 4513U. Madeira 50 38 11 17 10 41 3914Feirense 46 38 12 10 16 53 5715Atlético CP 44 38 12 8 18 43 5616Naval 41 38 13 14 11 48 4717SC Braga B 40 37 10 12 15 34 4518Marítimo B 39 38 11 6 21 32 4419Trofense 39 38 9 12 17 34 4920Sp. Covilhã 34 38 6 16 16 36 4821Freamunde 31 38 7 10 21 42 6822Guimarães B 28 37 5 13 19 23 49

Desp. Aves 1 - 1 Sporting BLeixões 1 - 1 Penafiel

Belenenses 2 - 1 AtléticoBenfica B 1 - 1 AroucaFeirense 3 - 1 Freamunde

Naval 1º Maio 0 - 0 TrofensePortimonense 2 - 1 OliveirenseSp. Braga B 0 - 0 Marítimo B

Tondela 2 - 2 Sp. CovilhãU. Madeira 4 - 2 Guimarães BSanta Clara 2 - 2 FC Porto B

FC Porto B - FeirenseGuimarães B - Leixões

Penafiel - Santa ClaraSp. Covilhã - PortimonenseSporting B - TondelaTrofense - Benfica B

Oliveirense - Desp. AvesArouca - Naval 1º MaioAtlético - U. Madeira

Freamunde - Sp. Braga BMarítimo B - Belenenses

39ª Jornada

II Divisão CENTROP J V E D GMGS

1 Ac. Viseu 58 30 16 10 4 47 212 Cinfães 53 30 14 11 5 50 313 Operário 48 30 13 9 8 44 334 Sp. Espinho 48 30 13 9 8 36 325 Benfica CB 46 30 12 10 8 44 336 Pampilhosa 46 30 13 7 10 42 387 Sousense 41 30 10 11 9 37 348 Anadia 40 30 12 4 14 31 389 S. João Ver 40 30 11 7 12 35 3910Coimbrões 37 30 8 13 9 35 4111 Nogueirense 36 30 9 9 12 34 3912Tourizense 35 30 8 11 11 27 3113Cesarense 34 30 8 10 12 28 3514Bustelo 31 30 6 13 11 32 4115Lusitânia 29 30 6 11 13 38 5016Tocha 20 30 3 11 16 24 48

Ac. Viseu 4 - 0 AnadiaCinfães 1 - 1 Lusitânia

Coimbrões 1 - 2 OperárioSousense 2 - 2 Benfica CB Sp. Bustelo 3 - 0 PampilhosaSp. Espinho 0 - 1 S. João Ver

Tocha 0 - 0 CesarenseTourizense 2 - 2 Nogueirense

30ª Jornada

38ª Jornada

II Divisão ∑ Equipa viseense desloca-se a Faro para o primeiro jogo de apuramento, no dia 12 de maio

Futebol

Tondela a quatro jogos do fim do campeonatoNa Segunda Liga o

Tondela completou, no pas-sado fim-de-semana, a 38ª jornada. Ficam agora a faltar apenas quatro jogos para o final do campeonato.

A equipa de Vítor Panei-ra recebeu o 20º classifica-do, Sp. Covilhã, equipa que ocupa, para já, um dos luga-res de despromoção. Os ton-delenses estiveram a per-der, por duas bolas a zero, até aos 85 minutos quando viram Fonseca encurtar o resultado. Cinco minutos

depois viria a ser estabele-cida a igualdade por Jô, ao minuto 90. Um resultado justo para as duas equipas num jogo que só teve golos nos segundos 45 minutos. O Covilhã marcou ao mi-

nuto 60’ por Tarcísio e aos 84’ por Moreira.

Dois golos, e um empate, que valeram mais um pon-to ao Tondela, agora no 11º lugar da tabela classificativa com 52 pontos.

Na próxima jornada, sába-do, vai a Rio Maior, a “casa” do Sporting B, 4º classifica-do com 59 pontos. Recebe depois o Atlético CP, des-loca-se na jornada seguinte ao terreno do Marítimo B e fecha o campeonato a rece-ber o segundo classificado, Arouca.

Para a equipa do distrito de Viseu, e com a manuten-ção mais do que garantida, resta continuar a boa pres-tação no ano de estreia na Segunda Liga. MC

12/05/2013 Farense 16:00 Ac. Viseu19/05/2013 Farense 16:00 Chaves25/05/2013 Ac. Viseu 16:00 Chaves01/06/2013 Ac. Viseu 16:00 Farense09/06/2013 Chaves 16:00 Farense16/06/2013 Chaves 16:00 Ac. Viseu

Campeão Nacional II Divisão

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Federação de Futebol chumba alargamento da Liga. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) chumbou o alargamento da Liga de 16 para 18 clubes. Em comuni-cado, refere que “não pode concordar com as propostas da Liga Portuguesa de Fute-bol Profissional, nos termos em que elas se apresentam” alegando ainda que «as re-gras que deviam aparecer no início das competições surgem, bem vistas a coisas, em momento terminal das mesmas». Com esta decisão o Tondela deixa de poder ambicionar com a possível subida, que seria ditada na disputa da Liguilha. MC

Jornal do Centro02 | maio | 2013

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MODALIDADES | DESPORTO

Atletas do distrito convocados para a seleção

Têm sido vários os jogadores do distrito de Viseu, nas diver-sas modalidades, a se-rem convocados para representar a seleção nacional.

No voleibol, a equipa do CARDES vez mais uma vez a sua atleta Bárbara Gomes, ser convocada para inte-grar a seleção nacional de juniores femininos. O estágio, que está a decorre desde 29 de abril até dia 6 de maio, tem em vista a parti-cipação na Qualifica-ção Europeia para o Campeonato do Mun-

do 2013 Em Futsal, no esca-

lão de sub 20, André Coelho, do ABC Ne-las e Fábio Cecílio, do

AJAB Tabuaço, parti-ciparam no estágio da equipa das quinas que decorreu segunda e terça-feira, 29 e 30. MC

A Bárbara Gomes

Futebol Feminino

Ao Viseu 2001 só interessa ganhar

A equipa feminina do Viseu 2001 contínua na luta pela subida à I Divi-são. No passado fim-de-semana conseguiu, em casa, o empate a um golo com o primeiro classifica-do A-dos-Francos.

Nesta fase final de pro-moção a equipa viseense tem agora mais quatro jo-gos para conseguir termi-nar nos dois primeiros lu-gares, os que dão direito a subir ao principal esca-lão.

Este domingo desloca-se ao norte para defron-tar o Freamunde, 3º clas-sificado, e os três pontos são fundamentais para se manter na corrida. A equi-pa adversária tem 9 pon-tos, apenas mais dois que

as viseenses. E, em caso de vitória, a formação de Viseu passaria para a fren-te do adversário. Nas cin-co partidas já realizadas, o Freamunde arrecadou três vitórias e duas derrotas, o Viseu 2001 soma duas vi-tórias, duas derrotas e um empate.

Nas restantes partidas o União Ferreirense recebe o Valadares Gaia, e o CAC o A-dos-Francos.

Segue na liderança A-dos-Francos com 13 pon-tos, seguido de Valadares Gaia com 12, Freamunde, terceiro, 9 pontos, Viseu 2001 na quarta posição com 7 pontos, CAC com 3 e na última posição o União de Ferreirense, que ainda não somou pontos. MC

FINAL DA TAÇAMASCULINADE FUTSALEM PENEDONO

Realiza-se sába-do, 4, a final da Taça Masculina de Futsal da Associação de Fu-tebol de Viseu.

A partida, que de-corre no pavilhão do município de Pene-dono, coloca frente a frente as equipas de Pedrelos e Sever. Na 1/2 final a equipa de Pedrelos foi ao terre-no da Casa do Benfica de Castro Daire ven-c e r p o r 2 - 5 e e m Lamego o Sever ven-ceu a equipa da casa 1-2. MC

Decorreram este fim-de-semana em Castelo Branco, os Campeonatos Regionais do Desporto Es-colar, envolvendo os repre-sentantes dos seis distritos da zona centro.

Os jovens de Viseu fize-ram-se representar na sua máxima força, nos esca-lões de iniciados masculi-nos e femininos e também no escalão de juvenis mas-culinos.

Na prova coletiva de iniciadas femininas, as jovens da escola secun-dária de Vouzela, acom-panhadas pelo treinador António Matos, alcança-ram o 2º lugar na final, fei-to esse, considerado ex-celente tendo em conta a fraca competitividade a nível local.

Em masculinos a equipa do Agrupamento de esco-las de Mundão venceu to-dos os encontros que re-alizou, sagrando-se deste modo campeão regional. A equipa, acompanhada

pelo treinador Filipe Lima, foi constituída por Rodrigo Mendes, Guilherme Oli-veira, Gonçalo Ministro e Pedro Mendes.

No escalão de juvenis masculinos a escola se-cundária Alves Martins venceu todos os jogos, ar-recadou o título de cam-peões regionais e ainda se apurou para o campe-onato nacional que irá de-correr nas Caldas da Rai-nha, no próximo mês de maio. A equipa foi consti-tuída por Ricardo Infan-te, Bernardo Infante, João

Cruz e Rafael Figueiredo. O treinador que os acom-panhou foi Filipe Lima.

Na competição indi-vidual também o des-taque vai para os jovens de Viseu. Tatiana Silva da escola secundária de Vouzela vence categorica-mente em iniciadas femi-ninas, enquanto Inês Al-meida do agrupamento de escolas de Mundão asse-gurou o 4º lugar; Rodrigo Mendes do Agrupamen-to de escolas de Mundão vence em iniciados mas-culinos. Em juvenis mas-

culinos foi o Miguel Pe-reira da escola Azeredo Perdigão que alcançou o lugar mais alto do pódio. João Cruz da secundá-ria Alves Martins alcan-ça o 3º posto e nos lugares imediatos ficaram Rafael Figueiredo, Bernardo In-fante e Ricardo Infante todos eles da secundária Alves Martins., ou seja Viseu coloca 5 atletas nos 6 primeiros lugares. Pen-samos que todos eles es-tão apurados para o cam-peonato nacional nas Cal-das da Rainha.

Ténis de Mesa

Viseenses em grandenos campeonatos regionais do desporto escolar

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LUSITANO A UM PONTO DA SUBIDA

A equipa do Lusitano de Vildemoinhos deu, no passado fim-de-se-mana, um passo impor-tante rumo à subida ao novo Campeonato Na-cional de Seniores.

A vitória por 1-0, em Sátão, deixou os tram-belos apenas a um pon-to de fazer a festa. A fal-tarem dois jogos para o final do campeonato, só o Castro Daire (62 pontos) se apresenta como possível equipa para lutar, a par do Lu-sitano, pela subida, já que têm vantagem no confronto directo. Só essa situação impediu, para já, o Lusitano de fazer a festa.

Os trambelos têm contudo uma vanta-gem de 6 pontos e mes-mo que o Castro Daire vença as duas partidas que restam, ao Lusita-no um ponto é suficien-te para carimbar a su-bida.

No próximo dia 12 a equipa de Vi lde-moinhos desloca-se a Moimenta da Beira para defrontar a equipa da casa, terceiro classi-ficado com 60 pontos, menos oito que o Lusi-tano. MC

SPORTING DE LAMEGO E CB CASTRO DAIRE SOBEM À III DIVISÃO

Foi conhecida, no pas-sado fim-de-semana, a equipa que acompanha o Sporting de Lamego na su-bida à III Divisão Nacio-nal.

Como já se esperava o último jogo do campeo-nato, da Divisão de Honra de Futsal Sénior em Viseu, foi recheado de emoções, uma fez que tudo esta-va em aberto para as três equipas mais bem posi-cionadas. Casa do Benfica de Castro Daire, Pedreles e Sever apresentavam-se como as candidatas à su-bida.

Frente ao último clas-sif icado, Ribeiradio, a Casa do Benfica de Cas-tro Daire arrecadou a im-portante vitória (4-0) que lhe possibilitou segurar o segundo lugar e deixar a equipa de Pedreles (que também venceu a CB São João da Pesqueira por 7-1) em terceiro lugar. Apenas com mais um ponto que a sua mais direta adversária, os castrenses garantiram a subida e terminam com 48 pontos.

Menos sorte para as duas equipas despromo-vidas, Inter Futsal Tarouca com 13 pontos e Ribeira-dio, com 10 pontos. MC

Jornal do Centro02| maio | 2013

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em focoJornal do Centro

02 | maio | 201324

Com festa, alegria, música e fraternidade a autarquia sernan-celhense evidenciou-se em todo o distrito pela dignidade con-ferida à comemoração do 25 de Abril.

Barbosa de Melo, Dom Manuel Martins, Miguel Veiga, Lima Bastos, entre outros, deram bri-lho à efeméride.

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Centenas de pessoas comemoram o 25 de Abril em Sernancelhe

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em focoJornal do Centro02| maio | 2013 25

Decorreu no passado dia 28, a exposição de produtos e serviços de casamen-to «Noivos da Nossa Terra – Vou Casar». A iniciativa, que decorreu na Quinta da Cerca, em Guimarães Tavares, foi organizada pela Verklaro Eventos e con-tou com o apoio da Câmara Municipal de Mangualde. No certame estiveram presentes mais de 50 expositores, entre fotógrafos, animação, arte floral, ves-tidos de noivas, limousines e carros antigos, bijuteria e artesanato, agências de viagem, hotéis, ourivesarias, organização de eventos e catering, apresentam as suas propostas para este dia tão especial.

Desfile de noivas em MangualdeO Largo do Município de Santa Comba Dão recebeu, no passado domingo,

dia 28, a Edição de Primavera da III Feira à Moda Antiga, uma iniciativa pro-movida pela Câmara Municipal de Santa Comba Dão através do Sector Cul-tural da Autarquia.

Produtos regionais, antiguidades, cultura e memórias estiveram presentes em mais uma edição da Feira à Moda Antiga.

Feira à Moda Antiga “invadiu” Santa Comba Dão

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30º Aniversário da ESEV

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culturasD Cine Club leva cinema brasileiro a Viseu

Durante o mês de maio o IPDJ recebe um ciclo de cinema brasilei-ro, uma organização do CineClub de Viseu: “Além da Estrada” (14 de maio), “Belair” (21 de maio), “Sudoeste” (28 de maio).

expos

roteiro cinemas Estreia da semana

Fogo contra fogo– Retrata a inesperada luta do bombeiro Jere-my Coleman para salvar a sua vida e a vida daqueles que ama, depois de testemunhar um brutal assassí-nio numa loja de conveniência.

Destaque Arcas da memória“De Senectute” ou reflexão

sobre a velhice(de uma visita ao jardim da residência rainha d. leonor)

Homenagem a Marco Tú-lio Cícero (106-43 A.C.)

Exímio cultor das Letras, filósofo que tão profunda-mente influenciou o pen-samento ocidental, insupe-rável orador, tribuno de mé-rito, Cícero, que alguma vez traduzimos, tantos de nós, deixa, no fim da vida que os inimigos políticos não lhe deixaram levar mais longe, esta singular obra, o De Senectute, ou Catão-o-Velho, uma extraordinária reflexão sobre a velhice de que ele faz a apologia con-trariando, com vigor e gra-ça, os argumentos de quan-tos a acusam, restituindo-a como um natural estádio da vida, com todas as vir-tudes que lhe assistem. Que a velhice tem os seus pró-prios ritmos, justifica ele, pela positiva, as inerentes fragilidades, os prazeres próprios. Idade estimável será sempre apreciada se for virtuosa e sábia, gene-rosa, afável de carácter, se conduzir ao estudo, ao cul-tivo das artes, à moderação. Se esse extraordinário con-ceito que Cícero introduziu também e nos devia mar-car – a humanitas – essa essencial prerrogativa dos homens, que o devia ser, se esse mandamento escrito em tábua não fosse quebra-do a cada passo.

Isto para dizer que em muitas ocasiões entrei no amplo Jardim da Residência D. Leonor tão airosamen-te plantado num soalheiro rasgo de terra onde seria

bom ver em passeio, nas gostosas tardes, os homens e mulheres de idade que ha-bitam a Residência tão vi-zinha do Jardim, que nem todos podem, eu sei, nesse salutar gozo do último sol do dia ou durante a meia manhã, que é sempre pro-missora e salvífica. Lem-bro-me que ali fiz plantar um dia, no chão verde, por memória, um marco mi-liário que andava perdido numa das Quintas que foi de generosa Benfeitora da Misericórdia de Viseu, pri-ma da que ofereceu a terra do Jardim, e umas Almi-nhas que aquela viu plan-tadas à beira do caminho que atravessava a mesma Quinta, a da Alagoa, ou Ca-banões, onde terá parado alguma vez para rezar um Padre Nosso. Marco de ca-minho, o primeiro, apenas um, que do último nun-ca saberemos a distância. Ninguém sabe, nem os no-vos, como Cícero já dizia. E as Alminhas que eu achei por bem ali plantar talvez nos tragam memórias de avós, memórias de nós, lá atrás, das radiosas manhãs do caminho, das saudosas tardes que lembramos. Talvez façam correr uma lágrima. Que importa? Se as lágrimas caírem será porque a vida valeu a pena. Como um manso passeio no Jardim. Agora, porque não?!...

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

A antiga judiaria da Rua Direita, em Viseu, que em agosto deste ano abrirá com dupla função de Mu-seu de História da Cidade e sede da Rede Municipal de Museus, vai ter uma sala dedicada à memó-ria de Aristides de Sousa Mendes. O anúncio foi fei-to pelo presidente da Câ-mara, Fernando Ruas na última reunião da Assem-bleia Municipal: “Além de estar na toponímia da ci-dade o nome do cônsul, também vamos criar uma sala em sua memória”.

No edifício que terá acolhido nos séculos XV

e XVI a sinagoga da co-munidade judaica de Viseu, ficará aberta ao pú-blico uma sala dedicada à vida e obra do diploma-ta natural de Cabanas de Viriato (Carregal do Sal) que durante a II Guerra Mundial salvou mais de 30.000 judeus da perse-guição Nazi.

Fernando Ruas adiantou ao Jornal do Centro que será colocado “tudo que a autarquia conseguir re-colher” e que “avive a me-mória do cônsul”. O presi-dente acrescentou que será uma sala aberta ao público

“essencialmente de reco-

lhas”, nomeadamente li-vros que já estão nas mãos da autarquia, mas também outros registos.

Situado na Rua Direita o novo museu (antiga Pa-pelaria Dias) foi compra-do pela autarquia à famí-lia do penalista Figueiredo Dias, no sentido de refor-çar a Rede Municipal de Museus. O edifício in-sere-se na Zona Histó-rica de Proteção à Sé e, consequentemente, na Área Crítica de Recupera-ção e Reconversão Urba-nística (ACRRU).

Emília Amaral

Memórias de Aristides de Sousa Mendes na antiga judiariaAgosto ∑ Câmara de Viseu anuncia aberturado Museu de História da Cidade

MANGUALDE

∑ Biblioteca Municipal

Dr. Alexandre Alves

De 4 a 31 de maio, a expo-

sição de fotografia «Lu-

zes», de José dos Santos.

∑ Biblioteca Municipal

Dr. Alexandre Alves

De 2 a 25 de maio, a ex-

posição «Barrigas de

Mamã», de Elisabete

Nunes Sousa.

MOIMENTA DA BEIRA

∑ Biblioteca Municipal

Até dia 17 de maio

Exposição da obra de

Aquilino Ribeiro em

elmos e cilindros, de

Manuel Vaz

VISEU

∑ IPDJ

Até dia 3 de maio expo-

sição pintura, “Espelho

Meu”, de Diana Lopes

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40Os Croods VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h10, 00h00*G.I. Joe: Retaliação(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h00, 23h50*Esquecido(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 17h10, 21h3o, 00h25*Homem de Ferro 3(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* Um refúgio para a vida(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 16h50, 19h20, 21h50, 00h10*Ladrões com Estilo(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 15h50, 18h10, 21h20, 23h40*Fogo contra fogo(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 13h50, 16h50, 21h10, 00h10* Homem de Ferro 3(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 11h00*(*Dom), 14h10, 16h30, 18h50

Gladiadores(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h50, 00h20*Fintar o Amor(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 17h00, 21h30, 00h15*Esquecido(M12) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 17h10, 19h20, 22h00, 00h30* Scary Movie 5 - Um

Mítico Susto de Filme(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 16h45, 19h00, 21h20, 23h35* O grande dia(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h50, 17h20, 19h30, 21h40, 23h50*Nome de código: Paulette(M12) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado

A Conhecido como antiga Papelaria Dias novo espaço situa-se na Rua Direita

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culturasO som e a fúria

A “Portugalidade” numa ida

a Lisboa – parte II

Creio que no último tex-to tinha ficado no “u” do

“Uau” à Gare do oriente. Mas a odisseia começou antes, quando o revisor me picou o bilhete. O dito cujo (com-prado no multibanco) com desconto de estudante, é um papelinho no qual vem es-crito “é obrigatório fazer-se acompanhar do documen-to que confere direito a des-conto”. So far, so good. O sr. pica pergunta-me se tenho um comprovativo de como sou estudante ao que eu res-pondo que sim, no meu com-putador, em suporte digital.

“Muito bem, menina, não pre-cisa de ligar o computador”, e lá vai ele à sua vida.

Na viagem de regresso voltei a comprar o bilhe-te no multibanco mas, des-ta vez (porque lhe apete-ceu), o sr. Revisor quis ver o comprovativo que confere o meu direito, como estudan-te, ao desconto. Eu disse-lhe o mesmo: “tenho, sim. Vou ligar o computador e já lho mostro”. Muito indignado, o sr. pica, responde: “não pode ser no computador, menina, tem de ser impresso em pa-pel”. Eu não quis acreditar no que estava a ouvir. Uma breve explicação da minha indignação (no meio de ou-tros motivos): a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (onde eu tiro o mestrado) criou há pou-co tempo uma plataforma on-line (o inforestudante) para simplificar e desmate-rializar as relações burocrá-ticas entre aluno e faculdade. Aliás, muito bem pois evita gastos desnecessários em pa-pel, quilómetros e euros que eu (e outros) de outro modo gastaria em deslocações a Coimbra. Ora, eu descar-

rego o comprovativo (cha-mam-lhe “certificado mul-tiusos”), vou ao multibanco pagar a taxa de serviço e guardo-o no computador. Sucede que eu não imprimi o papelito porque, pensei eu, como ando sempre com o

“bicho” atrás não vou gastar papel.

Resumindo, o sr. Revi-sor, depois de meter os pés pelas mãos sobre o que di-zia a Lei, insistia que tinha de ser em suporte de papel porque o regulamento as-sim obrigava no artigo não sei quantos (que ele também não sabia ao certo) e lá me ia passar uma coima. Eu disse-lhe que não tinha e não me fiquei por ali: “passe-me a coima mas traga-me o re-gulamento, o livro de recla-mações e dê-me o seu nome, por favor”. O sr. Revisor de-sapareceu durante 40 minu-tos ao fim dos quais lá veio dizer-me que afinal eu tinha razão, o artigo não sei das quantas (que ele continua-va sem saber) mencionava suporte digital, nomeada-mente tablets, telemóveis e computadores. Apertámos as mãos e ele foi-se.

Estes dois textos, sr. Lei-tor, não são para me vanglo-riar da minha audácia. Não. São só para dar uma dica: reclame, proteste. É seu de-ver cívico, enquanto cidadão de uma Democracia, fisca-lizar o que é público, o que é seu. Isso é das coisas que ainda não lhe podem tirar. Vai ver que muitas vezes (a menos que seja como as pes-soas que ouvem sem escutar, sabem sem conhecer ou di-zem sem pensar) tem razão.

Maria da Graça Canto Moniz

Destaque

Sandra Oliveira, 43 anos, mãe há 20 e trabalho desde 2002 em duas áreas distin-tas. Design de interiores e em arte contemporânea. Criei com António Henriques, José Faro e Joaquim Santos a loja Dimensão design em Viseu, trabalhou com Antó-nio Henriques para galeria António Henriques – Arte Contemporânea nos conte-údos e produção da progra-mação até 2011. Nesse ano constitui a minha própria empresa, Cul-de-Sac, com 2 vectores distintos, mas complementares.1. Área de interiorismo onde desenvolvo projectos de interior, tanto privados como públicos, sendo a última obra o restaurante/ bar “Maria Xica”; 2. Área da produção cultural – as edições dos JE.

Um balanço dos Jardins efémeros de 2011/2012...Foram 6 dias inten-

sos tanto para a equipa, como para os visienses e visitantes. O centro de Viseu que foi trocado pe-los centros comercias, e assumiu uma vitalidade que já não se via há mui-to anos. A ideia de devol-ver novamente as praças e as ruas do centro da ci-dade às pessoas e dispo-nibilizar conjunto de ac-tividades/experiências urbanas foi o que me mo-veu para “desenhar” o programa de 2012. A fra-se mais ouvida na rua foi

“ sinto-me um turista na minha própra cidade”

Não posso esquecer o papel do Cineclube de Viseu como seu progra-ma “Cinema na cidade e

“Vista Curta” que permi-tiram ampliar o espec-tro das actividades que ocorreram no centro histórico , que se tudo correr bem, e voltarão a

“ocupar a cidade” com os JE 2013.

Sim, estou a trabalhar desde Setembro de 2012

nesta edição que foi en-tregue, e está em fase de análise na Câmara Mu-nicipal de Viseu que tal como nas edições ante-riores, receberam este projecto grande abertu-ra e disponibilidade. A Equipa base mantem-se. O Nuno Rodrigues- DPX Design na identidade vi-sual, Cristóvão Cunha será o nosso director técnico, Carla Augusto responsável pelo dese-nho das conferências, a Cria Verde edificará os jardins.

O que é?Os jardins efémeros é

um projecto multidisci-plinar que tem como ob-jectivo convocar os agen-tes que “fazem” a cidade a integrarem a compo-nente criativa/artística nas suas práticas e estra-tégias.

Como é?Constrói-se, com es-

pécies arbóreas e florais, jardins e lagos artificiais na praça d. Duarte e lar-go Pintor Gata por forma a ser criado um cenário de floresta e jardim para que, por um lado sejam palco de várias activi-dades artísticas que se

cruzem com as activida-des turísticas/ empresa-riais, por outro que pro-movam o convívio social da população em espaço público.

Onde é?Mantêm-se as áreas de

intervenção da edição de 2012 (largo Pintor Gata e praça D. Duarte), no en-tanto pretende-se uma ex-tensão para a rua Direita, para o Mercado 2 de Maio, Rua Formosa. Pretende-se também incluir edifí-cios históricos para serem palco de actividades artís-ticas como a Igreja e Mu-seu da Misericórdia, Sé Catedral de Viseu, Mu-seu Grão Vasco edifício da Rua Formosa, proprie-dade da CMV, Loja do or-feão, Pátio do DRM e topo do funicular. As razões desta ampliação pren-dem-se com o facto de assistirmos nos últimos anos, tal como no resto do país, a uma diminuição do n.º de habitantes e de ne-gócios nesta zona central da cidade, verificando-se ainda um desgaste e uma decrescente ocupação do seu edificado.

Para quê?Pretende-se a inda

com este projecto devol-ver ao centro da cidade um conjunto de activi-dades e práticas artís-ticas que promovam e alertem todos os agen-tes que constituem a ci-dade, (população, agen-tes económicos, agentes políticos e comunidade artística) da urgência de trabalhar em rede com e para a cidade. Preten-de ser ainda um exercí-cio de sensibilização e de alerta para a vitalidade social e económica que áreas centrais da cidade não mais detêm. Preten-de ainda valorizar a sua cultura local traduzida material e imaterialmen-te (comércio, serviços e actividades artísticas de agentes locais), as suas características específi-cas do lugar que ocupam (região) através de uma linguagem contemporâ-nea, actual e transversal e mestiça-la com outras experiências artísticas nacionais e internacio-nais, para que dessa in-tersecção surjam novas perspectivas de habitar/viver a cidade de Viseu.

Para mais informações, consultar o site www.jardinsefemeros.pte esteja atento

às actualizações que iremos disponi-bilizar na nossa página de facebook

JARDINS EFÉMEROS

“Os Jardins Efémeros em2012 foram seis dias intensos”

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A Still do filme Raquel Castro para o espectáculo único criado para os JE 2012 -tudo pára mas a vida continua- de Mónica Coteriano com os Dead Combo

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culturasD Teatro Ribeiro da Conceição alarga horário

O Museu de Lamego vai passar a ter um horário de funcionamento mais alargado, abrindo as portas às 10:00 e encerrando às 18:00, sem interrupção para almoço. O horário de verão vai prolongar-se até 30 de setembro.

Destaque

A Associação Cultural e Recreativa de Tondela (Acert), recebeu no pas-sado dia 24 de Abril o es-petáculo intitulado “A Buganvília”, um mag-nífico concerto de João Afonso, sobrinho do emblemático Zeca Afon-so. O cantor Moçambi-cano encantou o vasto público presente na sala durante duas horas, con-tagiando toda a plateia com temas tão conhe-cidos como “Grândola Vila Morena” e “Traz O ut ro A m igo Ta m-bém”.

João Afonso fez-se acompanhar na guitarra por um amigo de longa data e com quem por di-versas vezes partilhou o palco, Rogério Cardoso Pires e da flautista trans-versal Luísa Vieira. O so-brinho de Zeca Afonso teve ainda a oportunida-de de apresentar alguns temas do seu novo dis-

co “Sangue bom” que em breve sairá nas bancas e que segundo o artista, “ é a junção da prata da casa, ou seja a união de uma data de amigos, consti-tuído por dezoito temas com poemas inéditos de José Água Lusa e Mia Couto e do encontro em Angola, Moçambique e Portugal. Quero que este “Sangue Bom” sirva para voltar a Moçambique, à minha terra”.

Ainda à conversa com o Jornal do Centro, João Afonso falou-nos um pouco sobre o espetácu-lo e o porquê de ter es-colhido a Acert para co-memorar uma data tão especial, “ este projeto surgiu através da grande amizade que tenho com o meu amigo Rogério e pela grande admiração como músico e pessoa que tenho por ele. Este percurso foi surgindo naturalmente a duas vo-

zes, duas guitarras, sem-pre com muita naturali-dade. Quis dedicar este concerto à Acert, porque é um grupo de amigos, um grande exemplo no País de criatividade de mobilização das pessoas e da cidade.”

Sobre o dia em questão e com antepassados dire-tamente ligados ao 25 de Abril, João Afonso clas-sificou esta data como, “um dia histórico, monu-mental para a mudança da mentalidade em Por-tugal. Pessoalmente foi uma enorme reviravolta, pois como vivia em Mo-çambique com a minha família, sabia que o rumo dos acontecimentos seria diferente.”

O espetáculo terminou à meia-noite, com o au-ditório todo de pé a can-tar a emblemática canção “Grândola Vila Morena”.

Tânia Barbosa

João Afonso celebra 25 de Abril na Acert

Quintas ao Jazz regressam ao Lugar do Capitão

O bar na cidade de Viseu, Lugar do Capitão e a Gira Sol Azul voltam a unir-se para mais uma temporada de “Quintas ao Jazz”

A iniciativa terá uma 2ª temporada que arran-ca hoje, dia 2,com o Duo João Guimarães e João Pais Filipe.

Livro “com-portamento do consumidor” apresentado na FNAC Viseu

Decorre sábado,4 , na FNAC Viseu, pe-las 17h00 o lançamen-to da obra “Comporta-mento do Consumidor - Quando a Neurociên-cia, a Psicologia, a Eco-nomia e o Marketing se encontram”. O livro é da autoria de Fernan-do Rodrigues, Jacinta Mo r e i r a e L i l i a n a Vitorino.

Teatro Jovem regressaa Viseu

Integrado no Progra-ma Cultural Viseu Na-turalmente, a Câma-ra Municipal de Viseu promove de 1 a 31 de maio a 14ª edição do Festival de Teatro Jo-vem, no Auditório Mi-rita Casimiro

Variedades

A Tunadão 1998 – Tuna do Instituto Politécnico de Viseu, organiza uma vez mais o Ci-tadão – Certame Internacio-nal de Tunas Académicas do Dão. A 9ª edição decor-re amanhã, 3, no “Mercado 2 de Maio” e sábado na “Aula Magna do IPV”. A entrada é

gratuita. Este ano, sobem ao palco a concurso as tunas “Magna Tuna Cartola”, pro-veniente de Aveiro, “TEUP – Tuna de Engenharia da Uni-versidade do Porto”, “Luz & Tuna – Tuna da Universi-dade Lusíada de Lisboa” e a “TUM – Tuna Universitária

do Minho”. O primeiro dia de espetáculo, no Mercado 2 de Maio, está reservado às “Serenatas” e às festividades do décimo quinto aniversá-rio, com início marcado para as 21h00. No segundo dia, pe-las 21h00, terá lugar a noite de festival. Durante a tarde de

sábado, pelas 16h30, será pos-sível aos viseenses assistirem ao Passacalles, uma espécie de desfile que ocorre nas ruas da cidade (Rua For-mosa e Rua do Comércio), onde as tunas participantes dão a conhecer os seus do-tes musicais.

9ª edição do Certame Internacional de Tunas Académicas do Dão em Viseu

Está a decorrer até dia 13 de maio o IV Festival Interna-cional de Humor “Riso com Siso”, no teatro Ribeiro Con-ceição em Lamego.

Teatro, exposições, cine-ma e muita gargalhada com-põem esta quarta edição do festival dedicado ao humor.

O evento tem como ponto alto o início da digressão na-cional da peça “Isto é que me dói”, interpretada por alguns atores conhecidos do gran-de público, como é o caso de José Raposo e Sara Barradas. A peça sobe ao palco no pró-ximo fim-de-semana, sába-do, 11, pelas 21h30. Contudo a quarta edição do Festival In-ternacional de Humor “Riso com Siso” tem início hoje, 2, com o “RisocomSiso… nas

escolas e instituições”, que decorre também amanhã e nos dias 8, 9, 10. O objetivo é levar às escolas muitos sor-risos e boa disposição. Tam-bém no âmbito escolar de-corre de dia 2 a 13, uma ex-posição onde os alunos das escolas de Lamego são con-vidados a mostrar os seus do-tes numa mostra de caricatu-ras que promete surpreender. No sábado, 4, pelas 21h30, o Teatro Ribeiro Conceição re-cebe a programação teatral, com a peça brasileira “Elas Sou Eu!!!” (O que a gente não faz para pagar a renda). Do programa fazem ainda par-te filmes como “Zambezia” (domingo, 5, pelas 16h00) e “Aguenta-te aos 40” (sexta-feira, 10, pelas 21h30). MC

Lamego recebe o IV Festival Internacional de Humor

Carlos Almeida, profes-sor de história, ligado a vá-rios projetos de divulgação do património de Viseu e da região, retrata agora em livro as ruas, monumentos, ambientes e pessoas da ci-dade de Viseu.

“Ode à Cidade de Viseu” é o nome da obra, com cer-ca de 50 poemas que pro-põe “uma viagem pelas memórias do passado, pe-los percursos e cenários do presente e pelas janelas que se abrem para o futu-ro”, com visitas a “lugares e ambientes de inspiração, locais de peregrinação, es-paços de reflexão e cultura, de exaltação e ternura”.

Durante a sessão de apre-sentação da obra, no Mu-seu Grão Vasco, Carlos Al-meida revelou que é a sua “visão poética” da cidade. “A minha visão poética em que escrevo o que sinto”, adiantou.

Para o autor “Ode à Cida-de de Viseu” constitui “um contributo a todos os ami-gos que gostam de poesia e que olham a cidade da for-ma que ela merece, como se fosse a primeira vez”. Nes-te olhar romântico, Carlos Almeida volta à realidade

dizendo que os versos da sua autoria “podem servir a quem nos visita de fora”, po-dendo o livro ser visto como um guia para turistas.

A i d e i a f o i s e n d o construída nos últimos anos por Carlos Almeida, que transformou numa obra mais completa em jeito de viagem desde a Sé ao Fontelo, passando pelo Teatro Viriato ou mesmo pelo Palácio do Gelo. Lem-bra também figuras da his-tória ou das lendas, como o Viriato, o S. Mateus, o S. Teotónio, o bispo Alves Martins, o rei D. Afonso Henriques e o poeta To-más Ribeiro.

A obra é editada pela Quartzo Editora. EA

Livro de Carlos Almeida retrata Viseu em poesia

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Literatura

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Variedades

Música

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saúdesaúde e bem-estar

Os Enfermeiros do Serviço de Cardiologia, do Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) vão lembrar que maio é Mês do Coração através da realização de um con-junto de iniciativas nesta quinta-feira, dia 2.

Das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 de-corre no átrio do Hos-pital S. Teotónio um rastreio de fatores de ris-co modificáveis com in-formação sobre adoção de estilos de vida saudá-veis.

Às 11h00, no auditório daquela unidade hospita-

lar é apresentado o pro-jeto “Passaporte para a Vida” desenvolvido pela equipa de enfermagem do serviço de cardiolo-gia do CHTV. O projeto visa a promoção de ses-sões de educação para a saúde sobre fatores de risco cardiovasculares, doença coronária e ali-mentação.

A s d o e n ç a s cardiovasculares repre-sentam a principal causa de morte no nosso país e são igualmente uma importante causa de in-capacidade. As doenças cardiovasculares, recor-

da a equipa de cardiolo-gia do CHTV, “devem-se essencialmente à acumu-lação de gorduras na pa-rede dos vasos sanguíne-os, com início numa fase precoce da vida, progre-dindo silenciosamente durante anos”.

O s e s p e c i a l i s t a s alertam que “o contro-lo de fatores de risco é uma arma potente para a redução das complica-ções fatais e não fatais”. A idade e a história fami-liar encontram-se entre as condições que aumen-tam o risco de uma pes-soa vir a desenvolver do-

enças cardiovasculares.“Contudo, existe um

outro conjunto de fato-res de risco individuais, sobre os quais nós enfer-meiros podemos influir e modificar e que estão sobretudo ligados ao es-tilo e ao modo de vida, tais como, o tabagismo, sedentarismo, diabe-tes mellitus, obesidade, maus hábitos alimenta-res, hipertensão arterial e stress excessivo”, traça a equipa de enfermeiros em comunicado.

Emília [email protected]

Enfermeiros do Hospital de Viseu alertam para os riscos das doenças cardiovascularesProjeto∑ Especialistas do serviço de cardiologia lançam “Passaporte para a Vida” no Mês do Coração

A Esta quinta-feira vão decorrer várias iniciativas no Hospital S, Teotónio

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Page 30: Jornal do Centro - Ed581

SAÚDE

O banco de tecidos e células português A BEBÉ VIDA promove, esta quinta-feira, dia 2 de maio, no Hospital Distri-tal de Lamego, uma ses-são de esclarecimento para os futuros papás e mamãs sobre “criopre-servação de células esta-minais”. A iniciativa está marcada para as 14h30.

Com estas sessões que

se repetem por todo o país, a BEBÉ VIDA pre-tende esclarecer todas as dúvidas dos futuros papás, relativas ao pro-cesso de criopreserva-ção das células estami-nais do sangue e do teci-do do cordão umbilical do bebé, entre outros te-mas relacionados com a gravidez, o parto e a ma-ternidade.

Sessão em Lamego sobre criopreservação de células estaminais

F. Nogueira MartinsNuno Nogueira Martins

Médicos EspecialistasObstetrícia e Ginecologia

Qta do Seminário - VISEU•Marcação: 232 426 021963 024 808 / 915 950 532 / 939 524 958

O Serviço de Urgên-cia Básica (SUB) de Moimenta da Beira, co-meçou a funcionar na se-mana passada no novo edifício, quase três anos e meio depois de se ter mantido em insta la-ções provisórias num contentor.

O SUB de Moimenta da Beira assegura o atendi-mento 24 horas por dia, com dois médicos e dois enfermeiros em perma-nência, bem como servi-ços de radiologia e aná-lises clínicas. E cobre a área geográfica de cinco concelhos - Moimenta da Beira, Tabuaço, Ser-nancelhe, Penedono e S. João da Pesqueira - num universo de 35 mil pes-soas.

“Esta abertura prova que as dificuldades fi-nanceiras não são maio-

res do que a vontade dos homens. Cumpriu-se um grande objetivo. O equipamento qualifi-ca Moimenta da Beira e toda a região, aliando à qualidade dos profis-sionais de saúde insta-lações modernas e devi-damente apetrechadas”, enfatiza o presidente da Câmara, José Eduardo Ferreira

Funcionam no distrito de Viseu, além do SUB de Moimenta, os de S. Pedro do Sul, Tondela, Lamego e Cinfães. EA

SUB de Moimenta da Beira muda-se parao edifício definitivo

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SAÚDE

O Hospital de São Te-otónio do Centro Hos-pitalar Tondela Viseu (CHTV), de acordo com os últimos resultados da avaliação dos esta-belecimentos prestado-res de cuidados de saú-de, realizado pela entida-de Reguladora de Saúde, “apresenta resultados de excelência”, revela o con-selho de administração do CHTV em comunica-do.

D e a c o r d o c o m a nota à imprensa “dos 12 parâmetros analisados, na Unidade de Viseu, Hospital de São Teotó-

nio do CHTV a qualida-de clínica dos atos prati-cados nesta Unidade de Saúde cumpre todos os parâmetros de qualidade exigidos”.

“Acresce ainda refe-rir que duas das 12 áre-as avaliadas, obtiveram nota máxima: em orto-pedia, o tratamento ci-rúrgico da fratura pro-x imal do fémur, nos cuidados neonatais em pediatria. Na primeira avaliou-se a mortalida-de intra-hospitalar as-sociada nestes doentes que se submeteram a ci-rurgias de correção de

fraturas proximais do fémur, ajustadas às ca-raterísticas específicas de cada doente. Na se-gunda, avaliou-se a mor-talidade, a ocorrência de infeções neonatais e a amamentação”, lê-se.

Relativamente ao pa-râmetro da seguran-ça dos doentes, às Ins-talações e conforto, à focalização no utente e ao grau de satisfação dos utentes, o Hospital de São Teotónio é uma “unidade prestadora que cumpre com todos os parâmetros de quali-dade exigidos”. EA

Hospital de Viseu com“resultados de excelência”

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SAÚDE

Cerca de 300 crian-ças de Vouzela estão a participar no projeto de promoção de saúde oral, que visa fazer um levantamento das pa-tologias orais no con-celho.

Trata-se de uma par-ceria entre a Câmara Municipal , os Agru-pamentos de Escolas de Campia e Vouzela, Centro de Saúde, Santa Casa da Misericórdia de Vouzela e Clínicas e Consultórios Dentários do concelho.

O projeto pretende ao mesmo tempo sen-sibi l izar e melhorar os hábitos de higiene oral, em particular nas crianças do pré-escolar e alunos do primeiro

ano do 1º ciclo do en-sino básico, a quem se dirigia a ação.

A iniciativa resultou de um “envolvimento alargado dos médicos dentistas do concelho que, sensíveis à eleva-da prevalência de do-enças orais na popula-ção infantil e juvenil,

se disponibi l izaram para, em consultório, fazerem, gratuitamen-te, os respetivos diag-nósticos”, revela a au-tarquia em comunica-do.

O projeto decorre du-rante o 3º período do ano letivo 2012/2013 e estão envolvidos todos

os jardins-de-infân-cia e escolas do 1º Ci-clo dos Agrupamentos de Escolas de Campia e Vouzela, bem como o jardim-de-infância da Santa Casa da Miseri-córdia de Vouzela.

Emília [email protected]

Projeto de saúde oral em Vouzela envolve 300 criançasObjetivo ∑ Levantamento das patologias orais no concelho

A Iniciativa decorre até ao final do ano letivo

800 202 669ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

SOS VOZ AMIGA

CHAMADA GRÁTIS

Tratamos-lhe da Saúde...Todos os dias!

Apresente os seus serviços aos nossos leitores

232 437 461232 437 461

Jornal do Centro02 | maio | 201332

Page 33: Jornal do Centro - Ed581

CLASSIFICADOS

Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de ViseuRua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de TondelaPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de São Pedro do SulRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

EMPREGO

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020

Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907

Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844

Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

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EstucadorRef. 57883929 - MortáguaCandidato com experiência em gesso projetado

Eletromecânicos de eletrodomés-ticosRef. 587889139 – TondelaCom experiência na reparação de eletrodomésticos para linha branca

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LadrilhadorRef. 588084008 – Tempo Completo - Viseu

Carpinteiro CofragemRef. 588084051- Tempo Completo - Viseu

Ajudante CabeleireiraRef. 587998045- Tempo Completo - Nelas

CalceteiroRef. 588038545 - Tempo Completo – Viseu

ElectromecânicoRef. 588078151 - Tempo Completo – Mangualde

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(Jornal do Centro - N.º 581 de 02.05.2013)

1ª Publicação

Jornal do Centro02| maio | 2013 33

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INSTITUCIONAIS

OBITUÁRIOMário Matias Monteiro, 68 anos, casado. Natural de Vilar, Ermida, Cas-tro Daire e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 28 de abril, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Vilar.

Agência MorgadoCastro Daire Tel. 232 107 358

António de Amaral Batista, 84 anos, casado. Natural e residente em Vár-zea de Tavares, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 28 de abril, pe-las 17.00 horas, para o crematório de Viseu.

Olímpia do Céu, 83 anos, viúva. Natural e residente em Guimarães de Tavares, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 29 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Chãs de Tavares.

Nascília Cardoso de Figueiredo, 88 anos, casada. Natural e residente em Contenças de Baixo, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 1 de maio, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Contenças de Baixo.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Isaura de Jesus Brás, 83 anos, viúva. Natural e residente em Carregal, Destriz, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 27 de abril, pe-las 17.00 horas, para o cemitério de Destriz.

(Jornal do Centro - N.º 581 de 02.05.2013)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 581 de 02.05.2013)

2ª Publicação

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2ª Publicação

Ernesto José Pereira, 96 anos, viúvo. Natural e residente em Caveirós de Cima, Cambra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 28 de abril, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Cambra.

Adelino das Quintãs Rodrigues Peixe, 52 anos. Natural e residente em Adsamo, Ventosa, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 30 de abril, pe-las 17.30 horas, para o cemitério de Ventosa.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Henrique António Augusto Cunha, 47 anos, solteiro. Natural e residen-te em Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de abril, pelas 15.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.

José Paiva Lopes, 81 anos, solteiro. Natural e residente em Viseu. O fu-neral realizou-se no dia 26 de abril, pelas 15.30 horas, para o cemitério velho de Viseu.

Agência Funerária AbílioViseu Tel. 232 437 542

Laura dos Santos Marques, 75 anos, viúva. Natural e residente em Oli-veira da Barreiros. O funeral realizou-se no dia 28 de abril, pelas 17.30 horas, para o cemitério local.

Ângelo Miguel Batista de Almeida, 75 anos, viúvo. Natural de Vila Real e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de abril, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Lourenço Pereira Castainça, 87 anos, casado. Natural e residente em Pa-rada de Gonta. O funeral realizou-se no dia 1 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

Maria da Assunção Gomes Ramalho Pestana, 97 anos, viúva. Natural de Funchal e residente em Tondelinha, Orgens. O funeral realizou-se no dia 21 de abril, pelas 15.30 horas, para o cemitério velho de Viseu.

Teresa Conceição da Silva Rodrigues Figueiredo, 78 anos, viúva. Natu-ral de Arcos de Valdevez e residente em Sarzedelo, São Cipriano, Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de abril, pelas 18.30 horas, para o cemi-tério de São Cipriano.

Joaquim Mendes Teixeira, 62 anos, casado. Natural e residente em Quei-rã, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 27 de abril, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Queirã.

Emília Tomásia de Jesus, 92 anos, solteira. Natural de Torredeita e resi-dente em Vila Chã do Monte, Torredeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Torredeita.

Agência Funerária Amaral & Sobrinho, Lda.Viseu Tel. 232 415 578

Isabel Maria Tavares Marques, 64 anos, casada. Natural e residente em Vila Corça, Povolide. O funeral realizou-se no dia 24 de abril, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Povolide.

Luís Augusto, 86 anos, casado. Natural e residente em Souto, Penedo-no. O funeral realizou-se no dia 25 de abril, pelas 16.00 horas, para o cemitério local.

Ana Maria de Jesus Barceló Caldeira, 67 anos, casada. Natural e residen-te em Gumiei, Ribafeita. O funeral realizou-se no dia 27 de abril, pelas 15.30 horas, para o cemitério local.

Manuel Rodrigues Coelho, 80 anos, casado. Natural e residente em Mun-dão, Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de abril, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Mundão.

João Esteves Ferreira, 69 anos, casado. Natural e residente em Travas-sós de Baixo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitério velho de Rio de Loba.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

(Jornal do Centro - N.º 581 de 02.05.2013)

1ª Publicação

Jornal do Centro02 | maio | 201334

Page 35: Jornal do Centro - Ed581

clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

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LAZER

SUDOKU

DIFERENÇAS (DESCUBRA AS 8 DIFERENÇAS)

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 529 | 04 DE MAIO DE 2012

∑ Entre a festa do título e o sonho da subida (Clube Desportivo de Tondela)

∑ “Quando um dos meus filhos passa por mim em silêncio eu fico muito preocupada” (Leonor Pais Cardoso)

∑ Junta pede policiamento para o Parque Aquilino Ribeiro

∑ Fábrica de chocolate de Viseu é exemplo de empreendedorismo

∑ Jorge Loureiro soma e segue

∑ 5º Festival de Música da Primavera - Concerto Soveco

∑ Festival CITADÃO promete em Viseu

∑ Sernancelhe e o 25 de Abril - Aquilino Ribeiro: pátria e liberdade

NOVOS PARCEIROS

Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

FOTO DA SEMANA

Há cidadãos que apenas em plena selva amazónica deveriam estar aptos a con-duzir o seu veículo. E mesmo aí temos dúvidas.

| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 15pág. 16pág. 18pág. 21pág. 23pág. 25pág. 29pág. 30pág. 31

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETOR

Paulo Neto

Semanário

04 a 10 de maio de 2012

Ano 11

N.º 529

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

o A

ndré

Fer

reira

Pub

licid

ade

Novo acordo ortográfico

| páginas 6 e 7

∑ Desportivo de Tondela vai jogar Desportivo de Tondela vai jogar

subida à II Liga Profissionalsubida à II Liga Profissional

Campeão, o sonho está Campeão, o sonho está tão perto...tão perto...

Mic

aela

Val

adar

es

Jornal do Centro02| maio | 2013 35

Page 36: Jornal do Centro - Ed581

O mundo equestre volta a juntar-se em Lamego, na Feira de Santa Cruz, que decorre esta sexta-feira, sábado e do-mingo, constituindo o maior certame de arte equestre realizado na re- gião e onde o cavalo lusitano volta a ser o centro das atenções.

O evento começa com a feira anual dia 3. Para a Câmara Mu-nicipal trata-se de “um momento de convívio que pretende propor-cionar muitos negó-cios de ocasião”, re-fere uma nota à im-prensa. Ao longo da tarde decor-rem a corrida de Passo Tra-vado – concur-so únicoPré-mio “Rufino R i l h a d o” e a corri-da de Galo-pe Amador. Para a noite está agendado um es-petáculo de fado.

No sábado, o dia começa com o pas-seio equestre pelas ruas da cidade de Lamego, às 9h00. À tarde realiza-se a prova de obstáculos seguida do tradi-cional passeio de charretes - livres, às 17h00. O espetáculo equestre Emoções Ibéricas preenche a noi-te.

O último dia do evento começa com o batismo a cavalo para jovens do concelho de Lamego, às 10h30. A partir das 15h00 acontece mais um pas-seio de charretes e às 15h30 a demonstra-ção de equitação de trabalho - Emoções

Ibéricas.A Avenida Dr. Alfredo de Sousa/ Largo

da Feira, o picadeiro da rotunda Dr. Fer-nando Amaral e o Teatro Ribeiro Con-ceição, são os lugares onde vão decorrer as várias iniciativas do certame de arte equestre de lamego.

Emília Amaral

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JORNAL DO CENTRO02 | MAIO | 2013Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 2 de maio, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 17ºC e mínima de 6ºC.Amanhã, 3 de maio, céu limpo. Temperatura máxima de 18ºC e mínima de 7ºC.Sábado, 4 de maio, céu limpo. Temperatura máxima de 20 e mínima de 8ºC.Domingo, 5 de maio, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 20ºC e mínima de 8ºC.Segunda, 6 de maio, céu muito nublado. Temperatura máxima de 20ºC e mínima de 10ºC.

tempo

Quinta, 2 maioViseu∑ Seminário sob o tema “Acessibilidades, Educação, Cor… Em uníssono pela inclusão”, às 9h30, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu.

Viseu∑ Apresentação pública das iniciativas de promoção do empreendedorismo na Região, a realizar durante os próximos meses, da CIM Dão Lafões, às 11h00, no Hotel Montebelo.

Sexta, 3 maioS. Pedro do Sul∑ Abertura do III Encontro Nacional de Monitores do “Projeto Rios”, às 9h30, no Auditório do Balneário Rainha D. Amélia, Termas de S. Pedro do Sul. O encontro decorre ao longo de três dias.

Sábado, 4 maioViseu∑ Abertura das V Jornadas Técnicas de Mergulho dos Bombeiros Voluntários de Viseu, que decorrem durante dois dias. No primeiro dia, o evento realiza-se no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu e no segundo as actividades práticas, decorrem na Barragem de Várzea de Calde.

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

1. A política em Lisboa é um teatro de papelão que dá de comer a uma chusma de papagaios nas televisões. É tudo um fingimento que esquece um facto básico: desde Maio de 2011 estamos a ser governados pelos credores e, no essencial, a fazer o que eles querem. Isso só vai terminar quando podermos regressar aos mercados.

As eleições legislativas, nesta fase da crise sistémica global, tendem a ser um ludíbrio aos eleitores. Até na França, país que não está in-tervencionado por nenhuma troika, Hollande no ano passado fez uma campanha “anti-auste-ritária” aldrabando os franceses, agora eles es-tão furiosos e até já têm saudades do marido da Carla Bruni.

Se Lisboa nesta fase governa pouco, já nos nossos concelhos e nas nossas freguesias ain-da podemos governar-nos com autonomia. Por isso, as autárquicas que aí vêm são importantes e são genuínas. Isto é, o voto das pessoas tem consequência directa nas políticas.

2. Tomar partido é, depois da necessária pon-deração, escolher uma parte. Feita essa escolha, há que exercer o juízo crítico com severidade, especialmente com a “nossa” parte. É esta a boa tradição do pensamento europeu.

Tomar parte nas autárquicas vale a pena pe-las razões apontadas. Nas deste ano escolhi uma parte: estou a colaborar com a candidatura de José Junqueiro à câmara de Viseu.

Ele sabe que, quando fizer asneiras, contará aqui, como sempre, com o meu juízo crítico.

3. Votações acima de 90%, como as que aconte-ceram no último congresso do PS, não são bom sinal. São sinal de falta do oxigénio da democra-cia, sinal de falta de pensamento crítico.

Dois erros de Seguro:(i) Cavaco é adversário do comentador de do-

mingo da RTP, não é adversário do PS. (ii) Pedir a maioria absoluta de quê? Não era a

altura de pedir a maioria absoluta das câmaras e a presidência da Associação Nacional de Mu-nicípios Portugueses?

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Tomar parte

Lamego ∑ Três dias proporcionam o maior certame equestre da região

agenda∑ Feira de Santa Cruz destaca cavalo lusitano

DR