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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510-028 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 10 pág. 14 pág. 16 pág. 17 pág. 26 pág. 28 pág. 32 pág. 33 pág. 37 pág. 39 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 9 a 15 de maio de 2013 Ano 12 N.º 582 1 Euro 0,80 Euros Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Novo acordo ortográfico Nesta edição Ne especial Moda e Tendências 2013 Embora o tempo não esteja para grandes aventuras a verdade é que começa a tornar-se impossível não reparar nas coleções de primavera/verão 2013. As cores fortes, os contrastes, a luz, os brilhos, as riscas, os padrões, estão por todo o lado… Vista-se a rigor e venha conhecer algumas sugestões… A atmosfera dos “Sixties” estará mais viva que nunca! O regresso dos “Anos 60” invadem esta coleção com cores frescas e vibran- tes. Vestidos e casacos de corte em ‘A’, as típicas minissaias e os motivos grá- ficos. Use e conjugue. Arrisque! Tendências para eles e para elas O azul forte, claro e conjugado, entre si, é a cor da estação Riscas e mais riscas mais riscas Nas calças, nos casacos, nas saias as riscas verticais estão em todo o lado. Para quem quer “ganhar” uns cen- tímetros, esta pode ser uma boa solução. O preto e bran- co é a cor mais vista não só nas riscas como em muitas outras peças. Padrões para todos os gostos As flores, o estilo étnico e tribalista, o print animal, e tantos outros padrões vão marcar a primavera/verão 2013 e trazer muito movimento aos looks. A Ganga está na moda Num look total ou apenas uma peça a ganga é para usar! Blazer adapta-se ao estilo Os blazers, facilmente associados a looks mais formais, aparecem em estilos descontraídos e nas mais ariadas cortes, ou cortes. 23 Paulo Neto Agora com novo preço x xx “Este Núcleo Museológico, “Este Núcleo Museológico, engrandeceu o concelho e o engrandeceu o concelho e o distrito a nível social e cultural” distrito a nível social e cultural” Leonídio Monteiro, presidente da Câmara Municipal de Penalva do Castelo, a propósito da Casa da Ínsua Leonídio Monteiro, presidente da Câmara Municipal de Penalva do Castelo, a propósito da Casa da Ínsua | págs. 6, 7 e 8 esta edição esta edição ue começa a tornar-se impossível não reparar nas coleções de prim avera/verão 20 ões, estão por todo o lado… Vista-se a rigor e venha conhe cer algumas sugestões ara ela as as s s s ul forte, c t c ul forte, cl l l O azu O azu O ugado, en d e conju e conju or da estaç si, é a co a todos os go os st to os s s estilo étnico e tribalista, o print animal, e adrões vão marcar a primavera/verão 2013 movimento aos looks. A Ganga está na moda Num look total ou apenas uma peça a ganga é p usar! Blazer adapta-se ao estilo Os blazers, facilmente associados a looks mais form aparecem em estilos descontraídos e nas mais aria cortes, ou cortes. 01 s… la nt ç pa ma ad SUPLEMENTO MUNICÍPIO DE MORTÁGUA

Jornal do Centro - Ed582

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Jornal do Centro - Ed582

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário9 a 15 de maio de 2013

Ano 12N.º 582

1 Euro0,80 Euros

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Novo acordo ortográficoNesta ediçãoNe

especial Moda e Tendências 2013Embora o tempo não esteja para grandes aventuras a verdade é que começa a tornar-se impossível não reparar nas coleções de primavera/verão 2013.

As cores fortes, os contrastes, a luz, os brilhos, as riscas, os padrões, estão por todo o lado… Vista-se a rigor e venha conhecer algumas sugestões…

A atmosfera dos “Sixties” estará mais viva que nunca!

O regresso dos “Anos 60” invadem esta coleção com cores frescas e vibran-

tes. Vestidos e casacos de corte em ‘A’, as típicas minissaias e os motivos grá-

ficos. Use e conjugue. Arrisque!

Tendências para eles e para elas O azul forte, claro

e conjugado, entre

si, é a cor da estação

Riscas e mais riscasmais riscas

Nas calças, nos casacos, nas saias as riscas verticais

estão em todo o lado. Para quem quer “ganhar” uns cen-

tímetros, esta pode ser uma boa solução. O preto e bran-

co é a cor mais vista não só nas riscas como em muitas

outras peças.

Padrões para todos os gostos

As flores, o estilo étnico e tribalista, o print animal, e

tantos outros padrões vão marcar a primavera/verão 2013

e trazer muito movimento aos looks.

A Ganga está na moda

Num look total ou apenas uma peça a ganga é para

usar!

Blazer adapta-se ao estilo

Os blazers, facilmente associados a looks mais formais,

aparecem em estilos descontraídos e nas mais ariadas

cortes, ou cortes.

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“Este Núcleo Museológico, “Este Núcleo Museológico, engrandeceu o concelho e o engrandeceu o concelho e o distrito a nível social e cultural”distrito a nível social e cultural”∑ Leonídio Monteiro, presidente da Câmara Municipal de Penalva do Castelo, a propósito da Casa da ÍnsuaLeonídio Monteiro, presidente da Câmara Municipal de Penalva do Castelo, a propósito da Casa da Ínsua | págs. 6, 7 e 8

esta ediçãoesta edição

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ões, estão por todo o lado… Vista-se a rigor e venha conhecer algumas sugestões

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estilo étnico e tribalista, o print animal, e

adrões vão marcar a primavera/verão 2013

movimento aos looks.

A Ganga está na moda

Num look total ou apenas uma peça a ganga é p

usar!

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Os blazers, facilmente associados a looks mais form

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Textos: Micaela CostaGrafismo: Marcos Rebelo

SUPLEMENTOMUNICÍPIODE MORTÁGUA

Page 2: Jornal do Centro - Ed582

praçapública

palavrasdeles

r Nestes últimos tempos tinha existido uma relação fraterna e muito amistosa entre a Casa da Ínsua e a autarquia e eu reitero que é um casamento para durar uma vida inteira”

Leonídio MonteiroPresidente da Câmara Municipal de Penalva do Castelo, em

entrevista ao Jornal do Centro

rQuem vem a seguir não vai fazer mais ou melhor: terá de fazer completamente diferente”

Carlos MartaPresidente da Comunidade Intermunicipal Dão Lafões

(Cinfereência de imprensa, 2 de maio)

rO objectivo é alar-gar a área definida de investigação do Núcleo Museológico à acade-mia, às universidades, aos estudiosos”

José ArimateiaAdministrador do Turismo - Visabeira, acerca do núcleo

museológico da Casa da Ínsua

rO mais emblemático são os mapas. O levan-tamento cartográfico da região de Cuiabá e Mato Grosso. Estamos a falar de mapas de 1720 a 1780, até século XIX, do levantamento exaustivo em termos de fauna e de flora. ”

Andreia RodriguesDiretora da Casa da Ínsua, em entrevista ao Jornal do Centro

A agenda da semana marca-se pelo Projecto de Resolução 688/XII a ser votado na Assembleia da República a 8 deste mês, que põe em causa al-gumas das competências legalmente atribuídas aos Politécnicos, nomea-damente no que concerne à atribui-ção de grau de mestrado.

Este projecto criou uma onda de indignação e foi severamente criti-cado por elementos da sociedade ci-vil local naquilo que serão as possí-veis consequências e alcance desta medida.

A AIRV, pela boca do seu presiden-te João Cotta, que é concomitante-mente presidente do Conselho Geral do IPV – o que desagrada ao deputa-do Hélder Amaral, vá-se lá saber por quê – levantou a lebre. O IPV idem, pela acção do seu presidente, Fernan-do Sebastião. O candidato pelo PS a Viseu, José Junqueiro actuou de ime-diato no parlamento, reunindo com presidentes de outros politécnicos e deputados ligados à Educação. Em Viseu, deu uma conferência de im-prensa na qual, entre outros mimos referiu: “um governo sem coragem en-comenda ao seu próprio grupo parlamen-

tar um projecto de resolução para limitar a capacidade de formação no politécnico. Os deputados do PSD e do CDS em Viseu não têm emenda e o candidato à câmara também não porque se refugiou no si-lêncio medroso, muito medroso porque não ousou emitir opinião. Recentemente exonerado não quer de qualquer maneira entrar em conflito com o seu próprio go-verno. Eu acho isso lamentável.”

Almeida Henriques, o candidato a Viseu pelo PSD, telefonou a Nuno Crato, ministro da tutela, que o terá sossegado sobre os efeitos da medi-da, acautelando – como se isso fosse plausível com aquela redacção inicial – a posição do politécnico de Viseu. Porém, também e em boa verdade, Nuno Crato, refém dos ministérios da Economia e das Finanças, pouco mais fará do que aquilo que aqueles lhe permitirem fazer. Além disso, Al-meida Henriques, com o seu inefá-vel director-de-campanha-deputado Pedro Alves, reuniu com Fernando Sebastião na passada 3ª feira para:

Hipótese A: O descansar acerca do âmbito da medida;

Hipótese B: Lhe transmitir que Viseu fica de fora;

Hipótese C: Lhe pedir para não “fa-zer ondas”;

Hipótese D: Garantir que o Projec-to de Resolução terá nova redacção.

---» riscar a que não interessa… pela nossa parte riscaríamos as três pri-meiras por hipotéticas falácias, dei-xando a última por descargo de cons-ciência e benefício de dúvida…

Hélder Amaral, o deputado corajo-so, incendiou-se com toda esta polé-mica, telefonou a este humilde escriba, muito agitado e prometeu (cumprin-do) emitir um comunicado acerca da sua inequívoca posição (adiante pu-blicado). Em suma, nele afirma que a resolução é uma boa medida que vai favorecer toda a gente, que o IPV tem andado a dormir “à sombra da bana-neira”, citamos: “Não é hoje uma ins-tituição de referência no País”, a cul-pa é de Almeida Henriques e de José Junqueiro por aquilo que não fizeram ou fizeram no passado. Quanto a João Cotta, preocupa-se por ele ser “presi-dente de muitos organismos” – o que nos deu azo a telefonar ao visado a per-guntar quanto ganha por tais “tachos” para receber a resposta enfática: “Zero-vírgula-zero!”. Acalme-se pois Hélder

Amaral, e parafraseando-o: “Parece que nem tudo está perdido.”

Entretanto, o deputado centrista reuniu no domingo com o seu estado-maior para decidir que é-mas-não-é-ainda-candidato à CMV. Aguarda-se a saída deste esfíngico e misterioso impasse.

O Expresso marca os seus 40 anos com uma presença em Viseu de 7 a 19 deste mês. O Jornal do Centro foi seu media partner. O seu director re-cebeu, naturalmente, convite para to-das as actividades. Por uma questão de coerência não esteve presente nas do dia 7, porque fazê-lo debaixo do mesmo tecto com Maria de Lurdes Rodrigues, ex-ministra da Educa-ção convidada, era esquecer o mal que esta política fez ao sector que tu-telou, aos Alunos e aos Professores deste país. Não pertencemos à classe maioritária dos “curtos de memória” que por aí pululam. Não obstante este manifesto, os nossos parabéns ao Ex-presso, uma referência incontornável do jornalismo português, desde Ja-neiro de 1973.

“Parece que nem tudo está perdido.” (Hélder Amaral)

David Santiago

Editorial

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

Opinião

O último 1º de Maio passou, com dispersos discursos, sem que em Por-tugal tal dia ou facto fosse notado. Este dia, excepção feita a 1974, nunca assumiu grande relevância contrariamente ao que acontece noutros países. A reverên-cia agradecida dos poucos que podem trabalhar consubstancia uma lógica de dependências e subserviências várias, objectivadas por uma menorização do papel do factor trabalho.A paradoxal importância do PCP, alia-

da a uma CGTP politizada, garante a institucionalização do conflito entre clas-se operária e patronato, que acaba por politizar a acção dos trabalhadores numa lógica conflitual que passa para a socieda-

de como mera questiúncula política. Por outro lado, pese a minha inconsistência sociológica, diria que o caciquismo do século XIX e o provincianismo beato do Estado Novo deixaram um lastro de reminiscências ainda hoje patentes nas relações socioprofissionais. Tais factos e heranças diminuem fatalmente a impor-tância relativa do trabalho na sociedade.

Vivemos “entroikados” entre a insus-tentabilidade e definhar do Estado So-cial e o empobrecimento por via da des-valorização do factor trabalho, onde cor-tar passou a significar poupar. Como tal, seria expectável uma reacção (não me refiro à reactividade vanguardista) ou resistência por parte da classe trabalha-

dora. Ao invés tivemos um 1º de Maio com a participação, quase somente, de reformados que lutam contra a perda de direitos e oportunidades dos seus filhos e netos. Estes reformados sentem-se su-ficientemente livres e desprendidos, por-que esquecidos, para poderem participar e lutar contra o estado a que chegámos. Já os seus filhos e netos devem sentir-se agradecidos por poderem trabalhar 10 horas por dia em troca de um mísero sa-lário. Os que trabalham.

No 1º de Maio de 74 um representante sindical dos trabalhadores dizia: “Qual era a protecção à família, tão apregoada célula do corporativismo fascista? Que apoio tinham e têm os operários reforma-

dos? O sol, o ar, a água da fonte e o banco de jardim. Éramos prisioneiros na nossa terra, libertemo-nos agora apoiando e conduzindo o MFA.”

Hoje assistimos a uma luta despudo-rada contra a família. Os reformados ti-nham o sol, ar e água. Em breve, além do sol e ar, com a água privatizada, tal-vez tenham de ficar pelo fontanário. Se éramos prisioneiros na nossa terra, hoje somo-lo desconhecendo quem nos apri-siona, numa terra que, se outrora afin-cadamente defendida por Salazar, hoje cobardemente alienada por quem nos governa. Agora o lema seria: “Sirvamos agora apoiando e conduzindo Gaspar re-presentante da Troika!”.

Sirvamos

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Maio é o Mês do Coração.Que cuidados tem com o seu coração?

Importa-se de

responder?

O único cuidado que tenho é fazer bem às pessoas, de res-to sou um bocado desleixado, não me preocupo muito e ele vai-se aguentando.

O coração, como órgão nobre, merece toda a minha aten-ção. Neste âmbito é já uma prática pessoal e familiar o uso muito moderado de sal, com muita regularidade tenho o cui-dado de medir a pressão arterial e faço “check up” com a pe-riodicidade recomendada pelo meu médico. Há, no entanto, algo onde não cumpro com a mesma regularidade - o exer-cício físico. Será aqui o meu maior “pecado”.

Umas caminhadas, menos sal na comida, algum exercício físico, não tanto quanto gostaria, não fumo e faço os exames de rotina uma vez por ano.

Algum controlo na alimentação, nomeadamente ingerin-do poucas gorduras e dentro do possível controlando o peso. Vou ao médico para realizar análises de controlo. Mas como enfermeira alerto exatamente para o controlo do peso, uma alimentação com poucas gorduras e exercício físico, nomea-damente caminhadas.

Felisberto FigueiredoProfessor

Ana Paula PinaProfessora

Emília DiasDiretora executiva da APPACDM Viseu

Elisa MeloEnfermeira

estrelas

Expresso

O deputado centrista, ao criticar o IPV que é hoje uma âncora do En-sino Superior do distrito, está a tri-lhar um caminho demagógico e lesi-vo para a região, sem que se perceba muito bem o alcance e significado da sua posição.

José JunqueiroElza Pais

Acácio Pinto

números

1000O número de pessoas que

participaram na terceira edi-ção da caminhada “Enraíza-te no Desporto”, realizada em Mangualde no feriado do dia 1 de maio, organizada pelo Centro de Apoio Pedagógi-co Raiz dos Saberes, com o apoio da Câmara Municipal.

Hélder AmaralDeputado do CDS/PP

Os deputados eleitos pelo PS to-maram uma inequívoca posição no tocante ao polémico Projecto de Re-solução 688/XII que poria em causa competências dos Politécnicos.

Na comemoração do seu 40º aniversário está em Viseu com um conjunto de actividades centradas na temática da Educação.

A vontade do povo é a base da de-mocracia. Através das eleições esco-lhemos os nossos autarcas, os nossos deputados e quem nos governa. Mas não chega! A vontade do povo tem também de ser expressa através da participação cívica dos cidadãos, su-portada pela comunicação social li-vre e independente. A realidade Por-tuguesa mostra a necessidade de uma sociedade civil forte e participativa, para controlar os erros e os excessos cometidos pela classe política.

Os partidos são essenciais à demo-cracia representativa. No entanto eles têm uma determinada lógica de fun-cionamento, por vezes indiferente ao mérito, que afasta muitos cidadãos

válidos da vida política. Os países desenvolvidos têm so-

ciedades civis fortes. Em Portugal ainda não é assim. Os Governos e os partidos políticos em Portugal vivem muito mal com a participação críti-ca da sociedade civil. Encaram-na como uma ameaça e não como um contributo para melhores decisões. Os partidos toleram mal quem tem ideias diferentes e quer lutar por elas. Nós não somos todos iguais, não exis-tem os bons de um lado e os maus do outro. Somos todos Portugueses e to-dos temos inteligência para pensar.

Dizer mal da classe política e “lavar as mãos” dos problemas não é solu-ção. Como diz o povo, “quem quer

vai, quem não quer manda”. Deve-mos organizar-nos em movimentos de cidadãos ou em associações, para defendermos os nossos interesses coletivos, nacionais ou regionais. Te-mos de contar connosco, com a nos-sa determinação, com a nossa força para defendermos aquilo que é im-portante.

A região de Viseu tem várias cau-sas importantes. Uma delas é a do ensino superior público. O Instituto Politécnico de Viseu, o seu prestígio, o seu impacto regional, as suas com-petências são estratégicos e funda-mentais para Viseu. Os Viseenses têm de ter uma atitude de rigor, de exigência para com o IPV. Mas têm

de defender até às últimas instâncias as capacidades do IPV, pois ele é o fa-tor principal de atratividade do talen-to, de investigação aplicada e investi-mento para a nossa região.

Esta semana vai a discussão na As-sembleia da República um projeto que pretende rever as missões dos Politécnicos e das Universidades. Es-tamos de acordo que existem aspe-tos a clarificar. Mas o referido pro-jeto é perigosamente vago. Pairam ameaças graves sobre as competên-cias do IPV! Temos de estar atentos a esta discussão e avaliar o que votam e quem vota o quê. Não podemos vol-tar a perder por omissão ou falta de comparência.

Viseu pela positiva – Estejamos atentos!Opinião

João Cotta Presidente da AIRV

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

Regressaram esta semana ao calen-dário escolar os “exames da 4ªclasse”. No tempo da velha senhora, e antes de serem abolidos em 1974, representavam uma etapa muito importante na vida de crianças e ou adolescentes. Mesmo que o cenário fosse o abandono escolar a seguir a eles, o facto de se ser aprova-do, parecia conter um valor acrescido de mérito pessoal, como se se provasse que se estava pronto para a vida. Olhan-

do para os alunos que esta semana são chamados a exame, a maturidade evi-denciada está muito distante daquela que os nossos pais demonstram nas suas recordações. O exame não era para to-dos, o professor pretendia sempre fazer boa figura e escolhia os que o deixariam bem representado, só ia a exame quem tinha reunido condições para tal. Os me-nos capazes continuavam na escola até reunir os conhecimentos necessários,

fazendo com que alguns alunos só che-gassem ao exame já com idade bem su-perior aos 10 anos, não havia exceções, se se sabia passava-se, se não se sabia chumbava-se, e só se ganhava o canu-do da 4ªclasse com muito esforço e de-dicação, aprendendo-se o significado de mérito e recompensa. Nessa altura, a preocupação maior dos pais, era que os meninos pudessem exibir uns sapa-tos novos e as meninas tivessem vesti-

Coisas do tempo da Velha SenhoraDiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

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Micaela Costa, (estagiária) [email protected]

Departamento Comercial [email protected]

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Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

Departamento MarketingPedro [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoAvenida Alberto Sampaio, 1303510-028 ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

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PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai à quinta-feiraMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

Fernando [email protected]

Comprida e tortaMuita e muita portaTravessas e ruelasQuelhas, casas novas, casas velhasCasebres, palacetesCântaros, tachos, panelasBombas, estalos, foguetesDedais, agulhas, alfinetesSementes de nabiça e rabanetes…(Ricardo Sandro, Viseu 1973)

Bem, por onde começar, afinal de contas todas as histórias têm um iní-cio. Sabem como é… só pensamos na vida quando a sombra da morte se apodera da alma. Volta e meia, ainda recordo aquele profeta do passado, de feições serenas e sorriso terno, que

ali marcava presença todos os dias à mesma hora, no mesmo recanto, de tanto encanto, da Rua Direita. Rua es-treita, como todas as ruas da vida, que hoje não passa de depósito, devoluto, de memórias perdidas e, mesmo que não acreditem, posso garantir, do fun-do das minhas recordações, que teve comércio, rostos, almas, milhares de histórias que atravessaram cada nú-mero de cada porta e jamais o facto de ser torta lhe conferiu defeito. Hoje, de forma mais nítida, recordo aque-le olhar breve e fugaz que desvenda-va, em poucos segundos, toda a histó-ria de uma vida… de olhos limpos que reflectiam a sua alma e nela era fácil perceber várias cicatrizes de amargu-

ra, de sacrifício, de felicidade e de ale-gria de viver, de tempos áureos. Nes-se olhar resistia um pequeno brilho de esperança, o tom era ligeiro mas de esperança! Desnecessária era a crise, essa palavra malvada que inventaram para acabar com o pouco que ali res-tava. O pai tinha-lhe transmitido a in-cumbência de continuar, sem desistir, mas com honra, o negócio da família. E como dizem as leis do chão o que é prometido no leito, antes do último adeus, deve ser cumprido com a força do mundo. Mas as nuvens pesadas, de um futuro incerto, trouxeram as novas centralidades, deram à luz os “palácios do consumismo”. Os clientes fugiram, atraídos como mosquitos para os néon,

Oh, minha Rua Direita… nunca eu te vi tão torta!

Opinião

Opinião

Em meados de Abril, estive na Emídio Navarro, em Viseu, a falar com um grupo de jovens do Ensino Secundário que participava numa Sessão de Selecção Nacional do Par-lamento Europeu dos Jovens, um projecto que me é muito querido e do qual fiz parte durante oito anos. A comissão “Emprego e Assuntos Sociais” tinha a difícil missão de re-solver o problema do desemprego jo-

vem e de ponderar o papel do empre-endedorismo nessa demanda.

A minha missão, por sua vez, era partilhar alguma informação e al-gumas ideias que pudessem vir a ser úteis para que o grupo de jovens pu-desse cumprir a sua árdua tarefa de redigir uma moção que fizesse desa-parecer a situação de desemprego de 1/4 das/os jovens na Europa.

Com o grupo, partilhei alguma in-

formação e reflecti muitos dos as-suntos que já tenho abordado por aqui, e a reacção foi simultaneamen-te preocupante e engraçada. Fiquei a sentir-me atrapalhada quando, no fim da conversa, havia um ambiente de desolação na sala, impossível de não se dar conta!

“Então não há esperança?”Não dei respostas – nem apresentei

esta conclusão que o grupo formulou

Resgatar a esperança

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Sílvia Vermelho Politóloga

Corri muitas vezes o risco de me cha-marem de reacionário e de me aponta-rem como saudosista pela forma como via e vejo as coisas, mas sempre tentan-do fazê-lo pela minha própria cabeça e afastando a baba que nos vai juntando em ambíguas atitudes e desnaturadas omissões. Dei conta, nestes anos que venho vivendo desde a minha juven-tude, de alterações tão profundas no comportamento das gentes, sem que sejam pensadas e sempre à bolina dos ventos que sopram das bochechas dos políticos e fazedores de opinião, que, de facto, me vou sentindo nostálgico e ten-tado, cada vez mais, a estabelecer para-lelos entre o que era a sociedade de “an-

tes” e a de agora e sinto falta de:. Chegar a uma loja e ser atendido

com aprumo e cortesia;. Entrar num local, dar os bons dias

(salvar as pessoas!) e ser respondido, sem que me olhem como se seja um extraterrestre;

. De que se assuma que um bandido, seja ele o que for, político ou mero car-teirista, deve ser penalizado e expiar os seus erros;

. Pessoas a pensarem que uma socie-dade pode ser feliz e próspera se se aca-bar com os pobres e não com os ricos;

. Ouvir o meu Pai a dizer-me que a ambição é boa quando tem limites, mas que deve ser estrangulada pela moral;

. Sentir que a autoridade a continha e lhe era legitimada pela grei, pela Lei e pelos magistrados;

. Saber que havia uma “consciên-cia nacional” capaz de dar aos rafei-ros que a queriam morder um biqueiro orientador;

. Ver que os pais não aturavam birras aos filhos, os punham em boa ordem e lhes davam rumo no ser e no querer, sem tréguas e destemor pelas modas, pelo exibicionismo e elevando os nos-sos antepassados como gente de exem-plo para todo o mundo;

. Ver os professores contidos nas suas crenças políticas e sem quererem in-fluenciar as cabecitas crentes e admira-

Um dia, quem sabe?Opinião

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

do novo da costureira, levassem lenço lava-do para não estarem ranhosos, e que fossem extremamente educados e respeitosos, se-não levavam uma coça quando chegassem a casa. O Professor era a entidade maior e o chumbo era responsabilidade única e ex-clusiva do aluno. Hoje em dia, o professor é questionado relativamente às suas capa-cidades mas pouco quanto aos seus recur-sos, é-lhe apontada a maior parte da culpa do insucesso dos alunos quando apenas é

responsável por uma parte, é obrigado a co-memorar exageradamente os sucessos mas não pode punir os erros. Hoje em dia, nada é culpa do aluno, aparecendo justificações de todo o tipo: défices de atenção, ansiedade, hiperatividade, famílias e ambientes disfun-cionais, incapacidade dos professores, más condições, etc. e etc. Todas estas desculpas, podem ser parte do problema, mas não são nem de longe a sua totalidade. Criamos uma geração de preguiçosos, que não tem qual-

quer entendimento do que é trabalhar para conseguir algo, porque tem quase tudo, e nem se consegue aperceber que lhe falta o essencial, a educação. Nessa educação, como na vida, têm de existir testes e casti-gos, para que de maneira pavloviana (e já esquecida) os alunos sejam capazes de optar pelo esforço para obter o prémio, reconhe-cendo em si o valor da dedicação ou o peso da culpa no fracasso. Não vejo mal nenhum no regresso dos exames da 4ªclasse, antes

pelo contrário, fazem mais sentido agora do que alguma vez fizeram, e talvez façam ma-ravilhas por coisas que muito preocupam os pais: a responsabilização no percurso esco-lar, experiência a lidar com situações de tes-te, o confronto e aceitação do fracasso, o res-peito e entendimento de regras de conduta e comportamento, e o controlo de ansiedades e emoções. Por vezes, avançar pode signifi-car retomar coisas do tempo da velha senho-ra, mesmo que nos custe a admitir.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

para o comodismo do ar condicionado, para as promoções, cartões, cupões e milhões de tralhas, tarecos e restantes artefactos pós-modernos que não servem para mais nada que não seja agradar a pantomineiros ou gastar dinheiro que as caixas MB volunta-riosamente cospem a troco de 4 dígitos. A partir desse dia, a calçada da rua, ficou ca-tiva da solidão. E as almas que resistiram ficaram abandonadas tendo apenas por companhia as contas do senhor Mexia, o CEO da eléctrica, e de Zeinal, o Brava, dos Telefones, aos quais jamais haviam posto a vista em cima. O antigo funcionário, de fiel e zelosa alma, com mais de 20 anos de casa, foi incentivado a procurar lá fora o conforto que já nem para ele tirava da loja. Há mo-mentos em que, na solidão da noite, ainda

se culpa por não ter aproveitado a oportu-nidade, dos dourados idos de 90, para se modernizar como eles dizem lá na Asso-ciação. Ou de ter seguido os conselhos do filho formado em gestão em Coimbra. Mas outra interrogação logo surge, será que se o tivesse feito não teria apenas adiado a ago-nia… afinal de contas os vizinhos de co-mércio também pereceram, neste combate desigual. Ele sabe que está condenado pela doença, mas qual seria o prazer de morrer da cura? A culpa dele é curta, pensa para os seus botões, pois também ninguém o ouve quando de dedo em riste enumera os verdadeiros culpados. A esses pavões, de sapatos brilhantes, gravata garrida, gel no cabelo e peito depilado que cheios de cha-vões e soluções não souberam equilibrar

as políticas. Tanta vez o seu velho pai, um conservador dos sete costados, lhe houvera dito que a vida é virtuosa para quem sabe conjugar equilíbrios. Volta e meia, em jeito de desafio, questiona os amigos: “Olhe, di-ga-me… do que nos valeu a modernidade da treta do Mercado 2 de Maio? E não ficámos sós! Podem não ver por aqui clientes mas venham cá à noite. Os agarrados andam aí todos. Vazios? Oh, amigo nestas coisas não há buracos negros… há sempre alguma coisa que os preenche! E a Policia, o que di-zer da falta de autoridade. Andam aí, pare-cem uns extra terrestes a cavalgar nos brin-quedos da miudagem. Só visto! Mas vão à vossa vida, não se prendam aqui a quem já tudo teve e hoje pouco lhe resta. Sabem, eu tenho esperança que um dia a cidade vai

ser dos viseenses, tanto dos que a sentem, como dos que a vivem e ainda dos que do ar dela precisam para respirar. No dia seguin-te ao caos seremos de novo capazes de re-desenhar a alegria, o fervilhar de vida nes-ta Rua Direita, de perceber o erro do pas-sado e apontar novos caminhos de futuro. Tenho filhos, todos formados e emigrados para a terra das oportunidades, sabe? Vou até onde a saúde me deixar aguentar isto… e quando no Rossio tivermos quem, com a cidade, seja capaz de pensar o comércio, a cultura, o turismo, o emprego e o desenvol-vimento com equilíbrio, nesse dia talvez os obrigue na mesma promessa que fiz a meu pai. Tenho essa esperança, mas se assim não for, olhe, procurem-me no inferno… pior do que esta rua não deve ser!

em forma de pergunta – mas, ainda que tenha conduzido a conversa num tom de cepticismo perante as políticas públicas que têm vindo a ser tomadas, não era mi-nha intenção abalar a garra de um grupo de jovens que tinha uma missão tão im-portante pela frente. Assim, depois da reflexão, procurei recentrar as atenções da conversa nas soluções. E dei ênfase ao plural.

As soluções são múltiplas. Com certe-za que abrir um negócio, na acepção mais comum do “empreendedorismo jovem”,

será uma solução – para alguns e algu-mas. Para outras/os, tal nem deverá ser ponderado. Somos todas/os muito dife-rentes, e formamo-nos com competên-cias e capacidades diferentes, ora para executar, ora para criar, ora para liderar, ora para seguir. Uniformizar respostas, e promover o empreendedorismo jovem como única resposta ao desemprego, é uma fantasia injusta. Depois, pensar que um negócio é um empreendimento ao al-cance de qualquer um/a, independente-mente do tamanho do seu pé-de-meia, é

uma fantasia ainda maior. E, finalmente, quando se promove o empreendedoris-mo de iniciativa empresarial, promove-se a mesma lógica de produção/consumo a que assistimos nos últimos decénios – fazer produtos inovadores para consumi-doras/es arrojadas/os comprarem. Mas quem vai ter dinheiro para continuar na saga do supérfluo que o fim do século XX inaugurou?

E se a superfluidade pode ser, de facto, subjectiva ao nível de uma série de coi-sas, há algo em que a necessidade nunca

vai ser discutível – água e comida. E, por isso, a empreender, estas são boas áreas para fazer boas coisas – incluindo tomar as rédeas de modelos cooperativos nas nossas comunidades, ao nível da satisfa-ção das nossas necessidades básicas e de quem nos rodeia.

Urge resgatar a esperança da prisão do irrealismo pós-moderno, trazê-la para a realidade, e ser conservador/a na única coisa que se deve ser quando partimos para a mudança – na preservação do pla-neta e, com ele, da espécie humana.

doras dos que lhes entregaram para educar;. Não ser violentado, por todo o lado, com

homens de gestos esquisitos e olhares volup-tuosos sobre mim, causando asco e reacção contra uma sociedade que idolatra estas e outras minorias;

. Constatar que os meus impostos eram bem empregues, geridos por gente hones-ta, competente e com espírito de serviço público;

. Poder entender como se pode dizer que os políticos ganham muito e se aplaudem os Cristianos Ronaldos, Mourinhos e etc, bem assim como os administradores de empre-sas públicas que delapidam o património e põem os lucros empresariais acima do bem-estar dos seus legítimos donos;

. Constatar que os dirigentes, de toda a na-tureza e em todos os sectores da vida da nos-sa sociedade, eram gente tendencialmente exemplar e que quando punham o “pé na poça” alguém vinha “curar a chaga”;

. Acreditar em quem nos governa, nos pa-dres que nos confessam, nos professores dos nossos filhos, nos directores de servi-ços, nos bancos onde temos as migalhas em risco, dos juízes e na justiça, na equidade social entre minorias e desvalidos, no nos-so vizinho…, enfim ! Viver sem receios dos outros por saber que havia quem e como os regulasse.

Não basta acometer ao passado os peca-dos que o enformaram. É preciso extrair-lhe

as virtudes, que eram muitas, e não permi-tiam que a mole de gente que nos assaltou de todas as formas - moral, financeira e econo-micamente (de outra forma não teriam con-seguido ter o que hoje alcançaram) - man-tendo em permanente cataplasma e esteri-lizados os meios e ferramentas com que se lidava nos órgãos de decisão.

Sempre o exemplo veio de cima e esse foi o vírus que provocou a pandemia. Gente ser moral, sem pudor, sem princípios, ao serviço de credos, seitas e interesses ocultos foi elei-ta, reeleita, e perdurou no tempo e nos car-gos alterando e quebrando as peias que os tolhiam, mudando leis, descaracterizando as Forças Armadas, desautorizando as For-ças de Segurança e mantendo uma máquina

trituradora de ideias frescas, arejadas e ga-rante da propaganda castradora de princí-pios. Uma “bela” maquina onde chafurdam a quase totalidade das “estrelas” que pulu-lam nas nossas estações televisivas.

A belíssima calçada da baía de Luanda foi arrancada por ser “símbolo” do colonia-lismo português. Bom, o facto de ter sido carregada em navios cubanos e levadas as pedras para Cuba é assunto de irrelevante interesse. Na verdade, se ela lá tivesse con-tinuado, ainda hoje seria bonita, com todas as envolvências alteradas. Mas… os cubanos não a teriam por lá…!

Pode ser que um dia…

Pedro Calheiros

Jornal do Centro09| maio | 2013

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texto e fotos ∑ Paulo Netoabertura

Inserida nesta perspectiva do Núcleo Museológico da Casa da Ínsua, como se tornou esta estrutura uma mais-valia para o concelho?É indiscutível que de

há quatro anos até agora, desde que a Casa da Ínsua foi inaugurada nesta ver-tente de hotel de charme, Penalva do Castelo tor-nou-se um concelho mais rico, dada a grandiosidade desta casa e a quantidade de pessoas que por aqui têm passado, quer na-cionais quer estrangei-ras, que nos honraram com a sua presença, da-qui saíram muito admi-radas com este patrimó-nio valiosíssimo e como embaixadores que lon-ge levaram a mensagem. Uma dessas pessoas que aqui esteve, um académi-co, fez uma conferência na Holanda relatada por um professor universi-tário que a ela assistiu e trouxe o relato de quão bem Penalva foi ali fala-da, ao referir que na Casa da Ínsua tinha sido “pas-

tor por um dia”, tendo achado essa experiência enriquecedora e fantásti-ca na sua vida. Realidade que nós não valorizamos pois é um contexto diário. A Casa da Ínsua, neste as-pecto social e agora com o Núcleo Museológico, vem ainda reforçar mais toda esta vertente, tendo em conta que, quer a nível de escolas, de universida-des, de estudiosos, quer a nível internacional, quem quiser estudar a história do Brasil na sua plenitude, especialmente de Cuiabá e Mato Grosso, terá que aqui vir para o fazer com a profundidade exigida. A Casa da Ínsua, com este Núcleo Museológico, en-grandeceu o concelho e o distrito a nível social e cultural, tornando-se numa atracção que irá be-neficiar Penalva do Caste-lo e a região.

Qual a diferença entre o an-tes e o depois do surgimento deste conceito de hotel de charme?

O conceito deste hotel traz associada a visita de muitas pessoas, que fi-cam aqui hospedadas e

se passeiam pelo con-celho. Ainda hoje vi um grupo de turistas estran-geiros em Penalva e logo

associei à sua estadia neste hotel. Há uma di-nâmica crescente e uma interacção entre a Casa da Ínsua e a autarquia que tem sido muito be-néfica para ambas.

Mas e verbalizando desta forma a situação, no “antes” há um total fechamento e no “depois” uma completa abertura deste espaço ao exterior…Antigamente e até há

40 anos, a Casa da Ín-sua dava muito emprego a todas as pessoas aqui à volta e que apareciam aqui para trabalhar. Nos últimos 30 anos a situa-ção modificou-se com-pletamente e era um es-paço familiar, íntimo e privado que não estava direccionado para a co-munidade sendo difícil cá entrar. Neste momen-to é o contrário: abertu-ra total e quer-se que to-das as pessoas interajam com a Casa da Ínsua, que venham à Casa da Ínsua, para fazer eventos ou

para usufruir deste para-íso na terra, tendo um al-moço agradável, uma tar-de, um dia aqui na quinta, acompanhando as activi-dades agrícolas, quer na parte vinícola, quer na dos lacticínios ou da fru-ticultura.

No futuro, esta boa relação que existe entre a Casa da Ínsua e a autarquia está acautelada, vai continuar ou ser posta em causa?E stou conv ic to de

que sim. Ainda no dia da inauguração do Nú-cleo Museológico, o en-genheiro Joaquim Lo-saball me referia que nestes últimos tempos tinha existido uma re-lação fraterna e muito amistosa entre a Casa da Ínsua e a autarquia e eu reitero que é um ca-samento para durar uma vida inteira. É um dos nossos ex-libris e uma das riquezas de Penalva do Castelo, que dignifi-ca o concelho, a região e o país.

“Quer-se que todas as pessoas interajam com a Casa da Ínsua”

A Leonídio Monteiro, presidente da câmara de Penalva do Castelo

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“Há uma ligação objectiva e afectiva entre esta Casa e as pessoas que ainda hoje vivem na Ínsua e em Penalva do Castelo”

NÚCLEO MUSEOLÓGICO DA CASA DA ÍNSUA | ABERTURA

Qual a colaboração presta-da pelo Museu Nacional de Arte Antiga na criação deste Núcleo Museológico?Andreia Rodrigues (AR),

directora da Casa da Ín-sua: Foi uma das partes mais importantes em todo o processo. Nós tínhamos todo o espólio para expor mas faltava-nos o apoio téc-nico e científico que nos foi dado pelo Museu Nacional de Arte Antiga. Foi uma co-laboração muito feliz e pro-fícua.

A quem está aberto este espaço?José Arimateia (JA), ad-

ministrador do Turismo da Visabeira: Está aberto aos nossos hóspedes e a to-dos quantos nos queiram visitar de uma forma es-pontânea, de acordo com os nossos horários (ver em caixa) e marcação prévia. No caso dos nossos hóspe-des, de acordo com o horá-rio determinado com a di-recção da Casa.

Estão também abertos às Escolas, Academias, Univer-sidades?Claro. O objectivo é alar-

gar a área definida de in-vestigação do Núcleo Museológico à academia, às universidades, aos estu-diosos, promovendo este espaço perante os historia-dores que trabalham sobre os finais do século XVIII e XIX, a relevância de todo o exaustivo levantamento cartográfico, da fauna e da flora do Brasil.

AR: eu diria que atinge três públicos-alvo. Em pri-meira instância os nossos hóspedes, num comple-mento à própria oferta tu-rística; depois os núcleos de investigação que têm de ser profundamente trabalha-dos e finalmente os curio-sos e leigos que queiram aprofundar a sua cultura.

Nunca a entidade proprie-tária pensou na criação de um prémio nacional/internacional de estímulo à investigação no acervo aqui

centrado, a nível de mestra-dos e doutoramentos?JA: O Núcleo está pronto

desde Dezembro. É muito recente. Estamos a dar os primeiros passos. Os nos-sos desígnios, que vão ser acompanhados muito de perto pelo Museu Nacio-nal de Arte Antiga, que já é um parceiro do Grupo Vi-sabeira na divulgação des-te Núcleo, vai permitir per-

ceber os passos a dar e para onde vamos conduzir esta concreta realidade. Vamos abrir para nos recentrarmos e focarmos naquilo que são os nossos objectivos, cien-tes da sua importância his-tórica e patrimonial.

Este Núcleo Museológico propõe o quê?AR: O mais emblemático

são os mapas. O levanta-

mento cartográfico da re-gião de Cuiabá e Mato Grosso. Estamos a falar de mapas de 1720 a 1780, até sé-culo XIX, do levantamen-to exaustivo em termos de fauna e de flora. Esta foi uma exposição chamariz no Museu de Arte Antiga, em Outubro e Novembro, onde foi dado um lamiré do que poderia ser o Núcleo Museológico. Depois pro-

pomos uma breve história da família Albuquerque e da importância da Casa da Ínsua no desenvolvimento de toda esta região.

No contexto do espaço expositivo propõem um trajecto polifacetado com cinco temas bem centrados: um trajecto político, social, cultural, científico e filosófi-co. Imagine-me investigador.

Eu quero fazer esse trajecto. Estimule-me…AR: Tem ali o trajecto

político de uma determina-da sincronia da História de Portugal e do Brasil, com re-levo de acções políticas na colonização, povoamento e desenvolvimento do Bra-sil e riqueza de Portugal. O que foi levado daqui para lá ao nível de usos, costumes, tradições, gastronomia, to-ponímia, etc. E o contrário, a troca de influências, aqui-lo que veio para cá. Há ali, em termos sociais, o mo-dus operandi de toda uma época em termos laborais, oficinais, de produtivida-de e geração de recursos e de riqueza… Porém há uma linha cronológica muito abrangente que vai desde o século XVIII à actualidade. São 300 anos que vão desde a colonização do Brasil até à nomeação pelo Marquês de Pombal do governador Luís de Albuquerque, sem perder de vista a Casa da Ín-sua e o seu relevante papel para o desenvolvimento da região. A Casa da Ínsua é uma realidade porque Luís de Albuquerque foi gover-nador de duas capitanias no Brasil e lá arranjou fortu-na para a sua concretização e realidade. A perspectiva cultural, no fundo resulta da abrangência de tudo, a fauna, a flora, a cartogra-fia as oficinas, a escultura, a pintura, o desenho, a arte industrial, a própria agri-cultura. Em termos cientí-ficos o valor histórico é in-calculável. A maquinaria das oficinas, o pioneirismo em termos de electricida-de que veio potenciar o de-senvolvimento de uma sé-rie de engenhos, de maqui-naria com um ferramental global e todo recuperado. Era um amontado de ferro-velho que recuperámos e tornámos em peças de es-tudo. Tivemos a colabora-ção de senhores da aldeia que aqui trabalharam nou-tros tempos e que nos indi-caram o sentido das máqui-nas e a direcção da sua ex-posição, numa correlação

José Arimateia, administrador do Turismo da Visabeira

A José Arimateia, administrador do Turismo da Visabeira

A Andreia Rodrigues (AR), directora da Casa da Ínsua

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ABERTURA | NÚCLEO MUSEOLÓGICO DA CASA DA ÍNSUA

interessante com artesãos locais.

JA: Deixe-me acentuar essa perspectiva. Há uma ligação objectiva e afectiva entre esta Casa e as pesso-as que ainda hoje vivem na Ínsua e em Penalva do Cas-telo. Isso é absolutamente visível e as pessoas sentem isto como deles, sentem orgulho. Há uma perten-ça que permite perceber a presença da Casa na região à sua volta. É um marco da paisagem, mas também um lugar mágico e quase de culto que marcou as suas vidas. Isso é fundamental. Este espaço não lhes está fe-chado. É também um espa-ço deles.

AR: O Grupo Visabei-ra, nesta transição, conduz do fechamento inatingível e de uma relação quase de amor-ódio, a uma abertu-ra de um hotel de charme e a uma abertura do espaço à comunidade. As pessoas aproximaram-se muito da Casa da Ínsua. Existe uma imensa curiosidade.

JA: Proporcionamos con-certos, cinema, etc. As pri-meiras a vir são as pessoas de Penalva do Castelo, que gostam da sua terra, têm or-gulho neste equipamento e apreciam aquilo que foi todo este trabalho aqui fei-to. Isso é crucial e também motivo de nosso orgulho.

AR: No aspecto filo-sófico, releva-se do casa-mento entre todas as ou-tras ópticas, no subjacente ao “saber” aqui mostrado e demonstrado aos olhos de todos. Está transversal a tudo.

Temos a recepção, a brasilia-na ou sala dos mapas, a sala da família e as oficinas de serralharia…AR: Sim, exactamente,

acrescentando-lhe ainda, junto às piscinas, a fábri-ca de gelo que é parte inte-grante deste percurso.

Há aqui além de tudo já re-ferido, um hotel de charme 5 estrelas, com uma oferta alargada… Quais as vossas propostas?JA: A nossa luta, desde

que aqui estamos, reside na inovação. Não temos um mero palácio que foi recuperado. Procuramos que essa recuperação seja acompanhada por uma ca-pacidade, uma iniciativa, uma dinâmica capaz de ge-rar todos os meses pontos

de interesse diferenciados, que sejam focos de inte-resse para atracção e cati-vação do hóspede, que é o nosso cliente. Temos vá-rios programas. Por exem-plo, o dia com o pastor, que é diferenciador e foi uma criação nossa. É uma ex-periência, algo de distin-to e acrescentador de va-lor a quem a vive. Nome-adamente para hóspedes oriundos de meios urba-nos, com filhos que nunca viram uma ovelhinha, com a possibilidade de conver-sar com um pastor e de o acompanhar, ouvindo so-bre o seu trabalho e sobre o modo de fazer. Temos work-shops de queijos, de compotas… que é a possi-bilidade de a pessoa fazer o queijo ou o doce, dentro das máximas condições de higiene e segurança. Nos vinhos pode envolver-se na apanha da uva em con-tacto directo com a rurali-dade, no lagar, na pisa da uva, como se fazia antiga-mente durante a época das vindimas. Há provas de vi-nhos da Casa para permi-tir às pessoas perceberem quais as diversas essências,

mais ou menos técnicas, de acordo com o envolvi-mento do enólogo. Jantares vínicos de degustação dos diferentes néctares…

AR: Aconteceu na sema-na passada um jantar intei-ramente dedicado ao quei-jo, que era o rei da ementa, acompanhado com o car-do, que não é muito co-mum ser utilizado na co-zinha, mas ousámos e foi um êxito. Sendo o cardo uma mesma planta, exis-tem várias sub espécies com sabores distintos que conferem aos queijos con-feccionados uma diferen-ça gustativa muito grande. Provámos quatro tipos de

queijos com sabores dis-tintíssimos em função da espécie de cardo utilizada. O leite é o mesmo, a quei-jeira é a mesma, o modo de fabricação é análogo, o que muda é o cardo. A Es-cola Superior Agrária do IPV foi nossa parceira e o professor Paulo Barracosa esteve connosco nesta or-ganização.

Se eu quiser vir almoçar ou jantar à Casa da Ínsua qual a vossa oferta gastronómica e preços?AR: A nossa cozinha

é plenamente tradicio-nal com um apontamen-to de sofisticação confe-rido pelo empratamento. É à base de bacalhau, ca-brito, vitela, cabidela de galo, migas, cogumelos, castanha, maçã Bravo de Esmolfe…

JA: …No fundo uma apologia dos produtos endógenos desde o quei-jo, ao requeijão, ao azeite, à maçã, às compotas, ao mel… numa recriação ele-gante e perfeita da cozinha tradicional portuguesa.

E preços?AR: O preço médio os-

cila entre os 20/25 euros. Com entrada, sopa, prato principal, pão, sobremesa e vinho Casa da Ínsua.

HorárioDe 4.ª feira a Domingo

10.00h-12.30h / 14.00h-17.30h

Encerrado ao público à 2.ª feira e 3ª feira.

IngressoBilhete Normal

3,00 €

DescontosBilhete Família -

filhos menores ( 13 – 18 anos) desde que

acompanhados por um dos pais – 2,00 €

Portadores do Cartão Visabeira Exclusive –

2,00€

Isenções. Entrada gratuita aos hóspedes da cadeia Montebelo Hotels

. Crianças até aos 12 anos

. Investigadores, jornalistas e

profissionais de turismo (devidamente

credenciados).

Jornal do Centro09 | maio | 20138

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em fim de mandatoentrevistas ∑ Paulo Neto

Que mudou em Tondela com a sua gestão?Nós procuramos em 1º

lugar continuar as políti-cas dos executivos ante-riores, que tiveram sempre como linha orientadora, o desenvolvimento global e harmonioso de todo o Con-celho, ou seja, a qualidade de vida e o progresso de-veria chegar a todas as al-deias vilas e cidades. Des-te modo, foi possível nestes últimos 12 anos criar condi-ções e concretizar investi-mentos estruturantes nas mais diversas áreas: des-porto/cultura/ambien-te/património/educação/acessibilidades/requalifi-cação urbana/ação social e habitação, que fazem hoje do nosso território um es-paço onde todos gostam de viver e trabalhar.

Q u a i s a s t r ê s l i n h a s estruturantes da sua gestão em que mais se revê como autarca?Em primeiro lugar o tra-

balho de equipa. Neste domínio em diálogo per-manente com as nossas freguesias, movimento as-sociativo, instituições pú-blicas e privadas e popula-ção ajudamos a concreti-zar sonhos e ambições de muitos anos, e desta forma conseguimos que Tondela, seja hoje uma boa referên-cia da nossa região.

Em 2º lugar a nossa ges-tão não se limitou apenas e só à construção de in-fraestruturas, mas igual-mente no criar de con-dições para captação de novas empresas e desta forma criar emprego e ri-

queza, sem naturalmente nunca esquecer aqueles que tinham e têm mais di-ficuldade, como sejam as crianças, jovens, idosos, os mais pobres e os porta-dores de deficiência;

Em 3º lugar um Concelho aberto e plural que respeite e estimule a diferença. Ao mesmo tempo deixar que a sociedade civil tenha opor-tunidade de apresentar e fazer projetos que contri-buam para o desenvolvi-mento e por isso o respeito total pela liberdade e auto-nomia do nosso movimen-to associativo/desportivo/recreativo/cultural/huma-nitário e social.

Quais as qualidades do Poder Local que não encontrou no Poder Central?A proximidade do po-

der local às populações e às instituições é segura-mente a grande diferen-ça entre os dois poderes.

As pessoas e instituições quando têm um problema vão ter em primeiro lugar com o presidente da junta e depois com o presidente da Câmara e isso significa que sabem que eles (as) os compreendem e tudo farão para resolver os seus dife-rentes problemas.

Qual foi para si o maior polí-tico nacional destes últimos 20 anos?É muito difícil responder

a essa pergunta. Os políti-cos dos últimos 20 anos de todos os partidos esquece-ram-se de prever e planear o futuro. Só pensaram no presente.

Qual foi a maior dificuldade que enfrentou enquanto autarca?Naturalmente que não

ter os recursos financei-ros necessários para con-cretizar todos os projetos que gostaríamos de ter le-

vado por diante.

Que obras gostaria ainda de ter feito e deixa por fazer?A 3ª fase do Parque do

Parque Urbano - Zona Ri-beirinha, junto à ponte de Tondela e Estaleiro Mu-nicipal. Temos o projeto concluído e o investimen-to atinge os 3 milhões de euros.

A crise económica, fi-nanceira e os cortes nos fundos do QREN impedi-ram a concretização deste projeto tal como tínhamos planeado.

Concorda com a Lei de Limi-tação de Mandatos?Estou totalmente de acor-

do com a limitação de man-datos. Não apenas para os presidentes de Câmara e Presidentes de Juntas de Freguesia, mas para todos os cargos políticos sem ex-ceção, inclusive cargos nas instituições que recebam

recursos financeiros com subvenções do Estado.

O que é para si fazer políti-ca?Servir com honra as po-

pulações mas igualmente a possibilidade de contri-buir com o nosso trabalho, competência e disponibi-lidade para o desenvolvi-mento, progresso e bem-estar da comunidade.

Que mais aprecia e menos gosta no actual governa?Aprecio muito a coragem

de governar o país num tempo tão difícil como este. Há muito que digo que os três principais partidos de-viam fazer uma coligação nacional para salvação do país.

Qual para si o melhor polí-tico português desde 1974. Porquê?Francisco Sá Carnei-

ro, pela visão estratégica,

humanismo, personalida-de e carácter.

Quem foi a personalidade do seu partido político que mais o desiludiu, a nível nacional, regional e local?Neste domínio não tive

ilusões nem desilusões… os políticos são homens e mulheres por isso portu-gueses (as), com defeitos e virtudes que todos nós co-nhecemos.

Se voltasse ao início do seu mandato que erro não come-teria?Cometi “erros”…segura-

mente, agora é tarde para os revelar. Importa o que fizemos bem e foi muito. Sinto-me de consciência tranquila.

Que vai fazer depois de ter-minar o mandato?Vou voltar a ser um cida-

dão livre e empenhado na comunidade.

Carlos Manuel Marta Gonçalves, 56 anos, Professor de Educa-ção Física é natural de Tondela. Iniciou a sua atividade como autarca a 8 de janeiro de 2001.

Nota: Esta rubrica iniciou-se na edição 576 de 28 de março

“Os políticos dos últimos 20 anos de todos os partidos esqueceram-se de prever e planear o futuro”

DR

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CARLOS MARTA | HERNANI ALMEIDA | À CONVERSA

“Transformar um Concelho pequeno e ainda com algumas características feudais numa terra moderna”

Q u a i s a s t r ê s l i n h a s estruturantes da sua ges-tão em que mais se revê como autarca?A contenção na despe-

sa corrente da autarquia; a captação de investi-mentos com forte retorno para Armamar, casos dos investimentos da REN e da EDP Renováveis e; a modernização do Conce-lho ao nível das infraes-truturas e equipamentos que colocámos ao servi-ço dos munícipes e que muito contribuíram para a melhoria da sua quali-dade de vida, colocando-nos ao nível dos Conce-lhos do litoral.

Quais as qualidades do Poder Local que não encon-trou no Poder Central?A maior proximidade

com as pessoas é indiscu-tível e muito importante. A possibilidade da gestão territorial mais ágil, me-nos onerosa e com menos carga burocrática. A ca-pacidade de planear e de-senvolver Obra com me-nos custos.

Qual foi para si o maior político nacional destes últimos vinte anos?Aníbal Cavaco Silva.

Foi um excelente Pri-meiro-ministro e como Presidente da República tudo tem feito para man-ter a estabilidade política no País.

Qual foi a maior dificuldade que enfrentou enquanto autarca?Transformar um Con-

celho pequeno e ainda com algumas caracterís-ticas feudais numa terra moderna, desenvolvida e com qualidade de vida

próxima dos mais desen-volvidos.

Que obras gostaria ainda de ter feito e deixa por fazer?O Auditório Municipal,

que só não está construído por causa do período difí-cil que o País atravessa, apesar de a autarquia ter

capacidade para o fazer. A ligação à A24, iniciada e não concluída mas que espero que ainda conheça desenvolvimentos antes do fim do meu mandato.

Concorda com a Lei de Limi-tação de Mandatos?Sim, mas devia ser apli-

cada a todos os órgãos de soberania incluindo a As-sembleia da República.

O que é para si fazer políti-ca?É a mais nobre das fun-

ções. É servir com humil-dade, nobreza e respon-sabilidade as pessoas que

nos conhecem e servir o País a que tenho a honra de pertencer.

Que mais aprecia e menos gosta no atual governo?Acho que o Primeiro-

ministro tem conduzido a governação com coragem e tenacidade. No entan-

to, o Governo comunica mal e não tem conseguido explicar que as dificulda-des, que são temporárias, e o esforço terão reflexos num futuro melhor para os nossos filhos.

Se voltasse ao início do seu mandato que erro não co-meteria?Todos os políticos e to-

dos os gestores erram. Penso que ao longo da mi-nha vida tomei mais ve-zes a decisão certa do que a decisão errada. Errar é humano e ninguém está livre de errar involunta-riamente.

Que vai fazer depois de ter-minar o mandato?Está fora do meu hori-

zonte exercer qualquer cargo público mas esta-rei ligado ao setor priva-do no País e nos PALOP. Tenho as melhores rela-ções com os países de lín-gua portuguesa e devido à minha forte ligação a Mo-çambique gostaria de aju-dar aquele País em alguns projetos importantes para aqueles povos.

Que mudou em Armamar com a sua gestão?Mudou muito a qualida-

de de vida dos munícipes. Em Armamar há hoje me-lhor educação, mais equi-pamentos de apoio social, mais apoio à atividade cultural, melhores redes de comunicação a fazer mexer a atividade econó-mica do município. Arma-mar multiplicou por cin-co a sua riqueza durante a minha gestão. Os serviços da autarquia funcionam bem com poucos funcio-nários e com capacidade que valorize o bem-estar da população.

Aproveito para dese-jar a todos os munícipes de Armamar e a todos os habitantes do Distrito de Viseu um futuro melhor. Pela parte que me toca foi com muita honra que ser-vi o meu Concelho e, por-que não, o Distrito a que tenho a honra de perten-cer.

Hernâni Pinto da Fon-seca e Almeida, 57 anos, empresário, é natural de Armamar. Iniciou a sua ativida-de como autarca em 1976.

Jornal do Centro09| maio | 2013

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região

Ao encontro nas Bicas já chegam hoje três gera-ções. Mas são todos “Ba-rões da Sé”. Este sábado voltou a acontecer o tra-dicional encontro anu-al que juntou 35 barões, o mais novo com 12 anos e o mais velho passou a casa dos 55 anos. Nun-

ca vêm todos porque são mais de 50, mas a maio-ria reúne-se anualmente neste mês de maio.

Foi há 18 anos que ofi-cializaram o grupo “Ba-rões da Sé”, mas deram-lhe o nome há décadas. Em comum têm o facto de ter vivido na zona da

Barões da Sé “chocados” com vazio da Rua Direita18º Encontro∑ Desta vez juntaram-se

35 nas bicas para o encontro anualA Homens que cresceram no centro histórico de Viseu lançam todos os anos um olhar crítico para àquela zona da cidade

International House Rua dos Casimiros 33 Viseu 232 420 850 [email protected]

8ª Caminhada de solidariedade

Sábado

18 Maio 2013

Inscrições até 17 de Maio

Junta-te a nós!

Vem caminhar e ajuda a angariar

fundos para a APCV

Associação de Paralisia Cerebral de Viseu

Com o apoio de:

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Sé de Viseu.O lema do encontro é

“uma amizade para vida” de quem viveu a infância e a adolescência no cen-tro histórico, mas tam-bém de quem pretende defender aquela zona da cidade, que nas últimas décadas sofreu grandes alterações.

No sábado repetiu-se o “grande dia”. Alguns deles participaram num jogo de futebol durante a tarde. Ao cair do dia juntaram-se nas bicas e, depois da foto oficial nas escadinhas da tia iva, se-guiram para o jantar pas-sando “uma noite na Sé”.

A par das longas con-versas sobre as novida-des do tempo presente de cada barão, hoje a vi-ver em lugares diferentes da cidade ou do país, e as recordações do passado, juntos na zona da Sé de Viseu, a noite serve para um olhar geral pelo cen-tro histórico e, este ano, a Rua Direita mereceu um olhar especial.

“Descemos e subimos a Rua Direita porque este ano jantámos num restaurante ao fundo da rua e ficou um sentimen-to até de nostalgia por não encontrarmos nin-

guém”, afirmou Adelino Figueiredo.

Acácio Braguês diz-se mesmo “chocado” por re-cordar uma rua “cheia de vida” e hoje encontrá-la “cada vez pior, tudo fe-chado, sem gente e casas a cair”. Neste sentimen-to de “desilusão”, o barão Acácio Braguês sugere um “projeto concertado” que leve lojas de marca à Rua Direita.

“Há tanta coisa que se pode fazer. Quando ía-mos a pé por ali abaixo falámos que só se inverte [a desertificação] daque-la rua com a abertura de lojas de grandes marcas e não é preciso grandes lo-jas, são espaços pequenos mas de marca”, sugeriu Acácio Braguês dando o exemplo do centro histó-rico de Braga.

Os pais de Tiago Nascimento con-ceberam a “casa da boneca”, uma das lojas comercia is mais emble-máticas da-quela zona. É portanto um filho do centro histórico. Ele, o ir-mão e o sobrinho são hoje barões presentes no

encontro anual. A “falta de gente” este ano cons-tatada na Rua Direita e a “desertificação” daque-la zona leva Tiago Nas-cimento a sugerir “uma política integrada da ci-dade para pensar o cen-tro histórico”, alertando que não basta realizar atividades pontuais como hoje acontece com os ‘jar-dins efémeros’ por exem-plo.

“Primeiro não mora lá ninguém, segundo falta comércio, terceiro falta uma política integrada que fixe moradores e que dê incentivos aos comer-ciantes de modo a que se instalem. Nós nascemos ali, conhecemos o terre-no e sentimos isso”, re-forçou.

Este âng ulo de ver o centro histórico de Viseu “de uma forma que outras pessoas não vêm” como reconheceu Adelino Figueiredo leva a que os Barões da Sé todos os anos reforcem a moti-vação para manter esta voz em defesa do centro histórico e admitam que do grupo de amigos pos-sam em breve surgir no-vas atividades.

Este ano, pela primei-ra vez, desafiaram o gru-po “jabardões do Viso” que cultivam o mesmo espírito, para uma par-tida amigável de futebol no relvado do Instituto Politécnico de Viseu.

Emília Amaral

Jornal do Centro09 | maio | 201312

Page 13: Jornal do Centro - Ed582

Óptica Parente 2 Rua de Almacave, 100 Lamego Tel.: 254 615 176

OMB Grupo Óptico Lg. General Humberto Delgado, 9/11 Viseu Tel.: 232 435 060

Óptima Oculista Rua Alves Martins, 42 Viseu Tel.: 232 431 548

OMB Grupo Óptico Palácio do Gelo, Lj 23 Viseu Tel.: 232 428 482

Internacional Óptica Rua dos Casimiros, 43 r/c Viseu Tel.: 232 431 642

Óptica Arlindo Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 27 Viseu Tel.: 232 423 533

Ergovisão Bairro Sta. Eugénia, Lj C, Lote 32A Viseu Tel.: 232 188 600

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REGIÃO

De mãos dadas

Opinião

Os problemas económi-cos que nos importunam todos os dias têm vindo a fazer cada vez mais víti-mas, em especial nas franjas desprotegidas e debilitadas.

A escassez de dinheiro já conduziu à redução do valor gasto com o cabaz alimen-tar, originando um défice no aporte de nutrientes in-dispensáveis a uma cor-recta alimentação. Daqui a algumas décadas, vamos assistir, por certo, ao despo-letar de mais um grupo de doenças, motivada por este fenómeno, com acrescidas despesas para o sistema na-cional de saúde.

As exportações nacionais têm vindo paulatinamente a diversificar os seus espaços geográficos de actuação. A delegação portuguesa que acompanhou a Senhora Ministra da Agricultura na deslocação ao SIAM (salão internacional de agricultu-ra de Marrocos) conjectu-ra bons negócios. Trata-se do maior certame agrícola e agro-alimentar do conti-nente africano e em especial do Magreb. O acordo agora assinado entre Portugal e Marrocos visa melhorar a nossa capacidade de pene-tração nesse imenso espa-ço. Resumindo, “Uma lança em África”.

No feriado de 1 de Maio, vários foram os espaços comerciais a aderirem aos descontos imediatos, sem os atropelos de há um ano. Os descontos recaíram nos produtos de primeira ne-cessidade ou nos de eleva-da rotação e fáceis de repor. Tudo dependia do espaço a visitar.

Já há algum tempo que se tem vindo a fazer referên-cia neste espaço à neces-sidade de se fomentar um entendimento entre todos os intervenientes da cadeia alimentar, por forma a iça-rem-se relações sadias e du-radouras. Neste sentido, é com agrado que registamos a aliança agora conseguida através da elaboração do có-digo de conduta e de boas práticas comerciais promo-vido entre os produtores e a distribuição. O documento em causa permitirá estimu-lar e privilegiar, por um lado, a produção nacional, o efi-caz e correcto abastecimen-

to da distribuição e, por ou-tro e de suma importância, a redução dos preços a pa-gar pela produção nacional. O culto do que é nacional é algo que se encontra bem enraizado entre nós. Os vi-nhos são um claro exem-plo do que se descreve. Os néctares estrangeiros têm bastante dificuldade em se imporem nestas terras. A indústria cervejeira ou das águas são outros exemplos bem conseguidos.

A par desta rejubilada ini-ciativa, o grupo Jerónimo Martins, numa atitude sen-sata, alargou por mais um ano o protocolo que esta-beleceu com os produtores, com o propósito de efec-tuar pagamentos a 10 dias. Esta medida permite injec-tar dinheiro nas depaupe-radas tesourarias de muitos produtores. Talvez o Esta-do vaticine seguir este tri-lho! Que belo tónico à eco-nómica, não? O grupo So-nae, numa derivação da sua política, lançou-se agora na agricultura, no Vale da Vila-riça, tendo em vista a produ-ção de pêssegos, numa área de 50 hectares.

Estes movimentos há muito já deveriam estar no terreno motivando e incre-mentado a produção nacio-nal.

Relativamente às impor-tações, não será prudente equacionarem-se inspec-ções a todos os produtos que aqui entram aos mago-tes? Ainda não ouviram os relatos das “pedras” que são meticulosamente colocadas para obstaculizar a entrada dos nossos produtos? Qual é a sua finalidade? Será pro-teccionismo ou patriotis-mo? Não sei. O que aqui se advoga não é a utilização dos mesmos procedimen-tos, mas tão só a possível fiscalização de tudo o que está a entrar. Os cofres das finanças não ficariam mais abastados?

Importa agora é aglutinar intervenientes e fazer cres-cer este movimento. De mãos dadas a economia só pode florescer.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

A Associação de fruti-cultores da Beira Táva-ro (AFBT) decidiu pedir uma audiência à ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Orde-namento do Território, para abordar o problema da perda da produção de maçã na região do Dou-ro Sul.

Estima-se que mais de 60% da produção de maçã no Douro Sul se te-nha perdido devido à gea-da dos dias 28 e 29 de abril e ao efeito de baixas tem-peraturas como há 15 anos não se registavam, che-gando a atingir 4,4 graus negativos em alguns lo-cais.

O pedido seguiu na terça-feira por carta. O presidente da AFBT, Humberto Matos revela a situação registada nos seis concelhos (Arma-mar, Tarouca, Lamego,

Moimenta da Beira, Ser-nancelhe e Penedono) pode causar “o colapso de muitos agricultores”, ao lembrar que a gravi-dade da situação não está só na “agressividade que a geada provocou” na produção da maçã, “há uma outra gravidade que dá plena razão para pe-dir ajudar: os produtores foram vedados” ao aces-so ao seguro de colhei-ta” para a campanha de 2013.

“As companhias segu-radoras, à última hora, resolveram fazer segu-ro de colheitas a preços exorbitantes e limitado-res. E não aceitaram pro-postas de seguro de co-lheitas para muito boa gente”, explica.

Humberto Matos lem-bra que já em março ti-nham alertado o secre-tário de Estado da Agri-

cultura para o problema, não tendo havido qual-quer resposta para a si-tuação.

O diretor regional de Agricultura e Pescas do Norte, já se deslocou a Moimenta da Beira para reunir com organizações de produtores e visitar os pomares. Humberto Ma-tos revela que foram dei-xadas garantias de aju-da por parte do respon-sável.

A przodução de maçã na região Douro Sul ocu-pa uma área de 3.750 hec-tares com 1.780 produtores. Os seis concelhos produ-zem metade da maçã que o país consome o equiva-lente a 100 mil toneladas ano. Moimenta da Beira é o concelho que regista maior produção, perto de 70%.

Emília [email protected]

Produtores de maçã escrevem à ministraAgravante ∑ Preços “exorbitantes” levaram produtores a

não fazer seguros

A Mais de 60% da produção de maçã no Douro Sul perdida devido à geada

ACIDENTEViseu. Um acidente na autoestrada A24, entre Viseu e Lamego, provo-cou dois mortos e dois feridos. A colisão entre dois veículos ligeiros de mercadorias ocorreu no sábado, cerca das 17h40, na zona de Vil de Soito, no sentido Viseu–Lame-go. As vítimas mortais ti-nham 54 e 42 anos, este último foi transportado para o Hospital de Viseu ainda com vida mas aca-bou por não resistir.

ACIDENTESernancelhe. Um táxi que transportava idosos a caminho da feira quin-zenal de Sernancelhe e um camião carregado de lenha chocaram, na va-riante entre Sarzeda e Sernancelhe, na quinta-feira de manhã. Do aci-dente resultaram cinco feridos. Ao local deslo-caram-se os bombeiros de Moimenta da Beira, de Sernancelhe e de Pe-nedono, a ambulância de Suporte Imediato de Vida de Lamego, a Viatu-ra Médica de Emergência e Reanimação de Viseu e a GNR, num total de 24 operacionais e dez veí-culos.

A reunião do Nobre Senado e uma homenagem a Aquilino Ribeiro, seu patrono gastronómico, foram os ‘in-gredientes’ do Capítulo da Primave-ra da Confraria Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”, que decorreu no Solar do Vinho do Dão, em Viseu.

José Ernesto Silva continua à frente do Almoxarifado, tendo António Lopes Pires como Grão-mestre e António Bo-telho Pinto como Conferente-Mor.

foto legenda

DR

DR

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VISEU | REGIÃO

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Em jeito de pré-campa-nha eleitoral para as elei-ções autárquicas, a Juven-tude Socialista de Viseu reuniu-se no domingo à porta do Centro de Em-prego e Formação Profis-sional de Viseu e soprou as velas de um bolo de ani-versário que tinha a foto de Almeida Henriques, ex-secretário de Estado da Economia.

Almeida Henriques, agora candidato pelo PSD à Câmara Municipal de Viseu fez 52 anos no do-mingo, dia 5. Os jovens socialistas admitiram que a iniciativa “era realizada de forma irónica em que quiseram alertar para “os maus resultados do seu trabalho no Governo”, no-meadamente no que res-peita ao desemprego.“Não queremos que este

seja o próximo presiden-te da Câmara Municipal de Viseu”, afirmaram os jovens socialistas, escla-recendo que as velas ace-sas e sopradas “represen-tavam os desempregados portugueses”.

Almeida Henriques co-

mentou a iniciativa ao Jor-nal do Centro da mesma forma que respondeu à concelhia da JS no face-book: “Agradeço também aos jovens socialistas te-rem-se dado ao trabalho de mandarem confecio-nar um bolo com a minha cara cantando os parabéns, fico sensibilizado por tan-ta atenção”.

Quanto à mensagem, Almeida Henriques res-ponde que “erraram o alvo”. “Deviam ter olha-do para os responsáveis do vosso Partido (PS) que conduziram Portugal ao limiar da bancarro-ta. Acreditem que traba-lhar honestamente impli-ca muito esforço, sigam antes os bons exemplos, trabalhem honestamente, com abnegação, deem o melhor de vós, a política é uma missão nobre, co-locada ao serviço dos ou-tros, não é profissão, nun-ca se esqueçam do bem comum, talvez assim se transformem em homens e mulheres reconhecidos e respeitados na socieda-de”, concluiu. EA

JS assinala aniversário de Almeida Henriques

As comemorações de maio do centenário de Ál-varo Cunhal no distrito de Viseu arrancaram na pas-sada quinta-feira, dia 2 com a inauguração da exposi-ção “A Vida, o pensamento e a luta de Álvaro Cunhal”, na Biblioteca Municipal de Penalva do Castelo.

A mostra estará paten-te ao público até dia 18. Na mesma são retratados mo-mentos marcantes da vida do político: infância, juven-tude, vida na clandestini-

dade, prisões, julgamentos, a revolução de Abril, entre outros. São igualmente referenciados aspetos da sua criação literária e plás-tica, bem como do seu pen-samento.

A acompanhar esta ex-posição está uma mostra de livros e desenhos da au-toria de Álvaro Cunhal.

Já em Viseu, a presença das mulheres na obra de Álvaro Cunhal, será abor-dada num colóquio evoca-tivo do centenário de Álva-

ro Cunhal, sexta-feira, dia 10, pelas 21h00, no auditó-rio da FNAC Viseu.

Para falar das diferentes vertentes propostas para o colóquio foram convida-dos Regina Marques, pro-fessora universitária, ati-vista dos direitos das mu-lheres e dirigente nacional do MDM, José Pessoa, téc-nico do Museu de Lamego, fotógrafo de arte, compa-nheiro de vivências e lu-tas de Álvaro Cunhal, Fi-lomena Pires, professora,

dinamizadora cultural, ati-vista dos direitos das mu-lheres e coordenadora das Comemorações do Cente-nário de Álvaro Cunhal, no Distrito de Viseu.

As comemorações do centenário de Álvaro Cunhal arrancaram em ja-neiro com uma cerimónia em Lisboa e vão prolongar-se durante um ano com ati-vidades descentralizadas por todo o país.

Emília Amaral

Centenário de Álvaro Cunhal assinalado em ViseuPenalva do Castelo e Viseu∑ Exposição e colóquio evocativo marcam programa

A 1913-2013

Jornal do Centro09| maio | 2013 15

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educação&formação1. Os grupos parlamen-

tares do CDS-PP e do PSD apresentaram o Projeto de Resolução n.º 688/XII, que

“recomenda ao Governo que tome medidas no sentido de clarificar a missão das dife-rentes instituições de ensino superior e articular a oferta formativa no ensino supe-rior”. O objetivo desse proje-to de resolução é claro: num momento em que é necessá-rio consolidar a rede de en-sino superior, composta por dois subsistemas (universi-tário e politécnico), é igual-mente necessário proceder antes a uma clarificação das missões das instituições de ensino desses dois subsiste-mas. Sem essa clarificação, naturalmente que seria im-possível uma adequada arti-culação da oferta formativa no ensino superior em Por-tugal.

2. O ensino superior poli-técnico tem características únicas e apresenta mais-valias que não podem ser oferecidas pelas universi-dades – uma abordagem profissionalizante, uma aproximação ao tecido em-presarial das comunidades onde se insere, e uma ofer-

ta educativa que prepara es-pecificamente para a entra-da no mercado de trabalho. Deste modo, a existência de um sistema binário (i.e. uma rede de ensino que en-globa os dois subsistemas) é uma especificidade da nos-sa rede de ensino superior, o que garante a Portugal elevados níveis de qualida-de na formação da vertente profissionalizante.

3. Acerca do projeto de re-solução n.º 688/XII/2ª, im-porta esclarecer que não há, da parte dos Deputados do CDS-PP, qualquer intenção de retirar um ensino que in-clua cursos de mestrado aos Institutos Politécnicos. As-sim, qualquer interpretação, compreensão ou afirmação em contrário é totalmente alarmista, e não decorre da leitura do texto.

4. Acresce que a ambi-ção do Governo e dos De-putados do CDS-PP é que a relevância do ensino su-perior politécnico saia re-forçada deste processo de clarificação, para além de uma melhor articulação da rede. Exemplo dessa apos-ta na missão dos institu-

tos politécnicos é, concre-tamente, a criação de cur-sos superiores de apenas dois anos, exclusivamente nos institutos politécnicos. E s s e s c u r s o s s e r ã o tecnológicos e particular-mente dirigidos aos alunos do ensino profissional, ten-do uma forte componente de formação em contexto de trabalho virada para a realidade regional. Assim, estes cursos resultam no re-pensar dos Cursos de Es-pecialização Tecnológica (CET), que já existem, mas que não são cursos superio-res. Deste modo, estes no-vos cursos de ciclo curto se-rão cursos superiores de ní-vel 5 (os CET são de apenas nível 4), e oferecerão uma formação de forte ligação aos tecidos culturais, so-ciais e económicos.

5. Esta aposta do Governo, que é explícita no reforçar das competências dos insti-tutos politécnicos, tem sido, de resto, bem acolhida jun-to do sector. Como é públi-co, foi o próprio Professor Joaquim Mourato, presiden-te do Conselho Coordena-dor dos Institutos Superio-res Politécnicos (CCISP), a

considerar esta proposta “muito válida”, sublinhando que a mesma se encontra alinhada com a estratégia das instituições em conse-guir atrair mais estudantes.

6. É firme convicção do CDS-PP que esse reforço nas competências do ensi-no superior politécnico terá um impacto muito positi-vo para os alunos, para as instituições e para as regi-ões onde estas se inserem. Para os alunos, porque terão maior diversidade de oferta educativa à saída do ensino profissional. Para as institui-ções, que através deste alar-gamento do acesso ao en-sino superior conseguirão atrair mais alunos. E para as regiões, porque verão refor-çado o papel dos seus insti-tutos politécnicos enquanto motores de desenvolvimen-to regional, promovendo uma maior aproximação com os agentes locais e o te-cido empresarial.

7. Isto dito, no caso concre-to do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), não identifi-camos qualquer razão para a comunidade, a direção da instituição de ensino supe-

rior ou os representantes dos agentes empresariais da região (nomeadamen-te a AIRV - Associação Empresarial da Região de Viseu) recearem a retirada dos cursos de mestrado, a perda de relevância do IPV no contexto da rede de en-sino superior ou a diminui-ção do número de estudan-tes. Sem prejuízo, devemos estar atentos - e estaremos

- à ação do governo.

8. Mas há razões para a co-munidade viseense se ques-tionar por que razão o IPV não é hoje uma instituição de referência no País – e de-via sê-lo. Vejamos: num pas-sado recente, pela mão do Dep. José Ribeiro e Castro, à data Presidente da Comis-são de Educação, perdeu-se a oportunidade de mostrar ao País, através do Parlamen-to, o carro elétrico produzi-do pelo IPV, iniciativa can-celada abruptamente, por alegada pressão de um par-tido político. Importa ainda hoje saber quem e porquê. E a comunidade deve também perguntar ao candidato José Junqueiro o que fez enquan-to governante para a exis-tência de uma Universidade

Pública em Viseu – recor-dando aqui que foi promes-sa de António Guterres, en-quanto Primeiro-ministro.

Igual questão deve ser co-locada ao candidato Almei-da Henriques: quando se discutiu a criação da Uni-versidade de Viseu, o que fez enquanto Presidente da AIRV, do CEC (Conselho Empresarial do Centro) e da Assembleia Municipal de Viseu? A comunidade tem ainda de saber como e porque é que foi reduzi-da a importância do pólo de Viseu da Universidade Católica ou porque alguns dos cursos da Escola Supe-rior de Saúde do Instituto Piaget Viseu não passaram do papel.

Registo como sinal posi-tivo a reação do atual Pre-sidente do IPV, e do atual Presidente da AIRV, que é ao mesmo tempo mem-bro do Conselho Geral do Politécnico e de muitos ou-tros organismos… Parece que nem tudo está perdido. É preciso reforçar o papel do IPV como um dos moto-res do desenvolvimento do distrito de Viseu. Esse é, e sempre foi, o compromisso do CDS-PP.

Declaração, Hélder Amaral,Acerca de PJR 688-XII-2ª // 2013.05.03

O Conselho Geral do Ins-tituto Politécnico de Viseu (IPV), em reunião extraordi-nária convocada para o efei-to, apreciou o projeto de Re-solução 688/XII que irá ser discutido na Assembleia da República no dia 8 de Maio.

O referido documento propõe rever as missões dos Politécnicos e das Univer-sidades. O Conselho Geral concorda com a necessida-de de clarificação deste sis-tema binário. O referido pro-jeto de resolução é, no entan-to, demasiado generalista e vago, o que o torna muito vulnerável ao eventual des-conhecimento por parte de alguns deputados da reali-dade dos factos.

O IPV tem feito um tra-balho notável de afirmação a nível nacional e regional. Esta evolução aproximou e em alguns casos ultrapas-

sou, o nível qualitativo das Universidades. Senão veja-mos alguns factos sobre a atividade do IPV:• O IPV hoje oferece 17

Cursos de Especialização Tecnológica (CETs), 38 li-cenciaturas e 29 mestrados, com uma oferta abrangente, de elevada qualidade, com cursos de referência a nível nacional.• Cerca de 6.000 alunos

frequentam o IPV, sendo 55% da nossa região e 44% estudantes trabalhadores. Caso não existisse o IPV, 35% dos alunos não pode-riam frequentar o ensino superior. • O IPV tem hoje 380 do-

centes dos quais 130 são dou-torados (34%) e 162 estão em doutoramento (43%). Des-ta forma, em breve 77% dos docentes do IPV serão dou-torados, um rácio igual ou

superior às universidades. Este elevado grau de quali-ficação permitirá gerar uma capacidade notável de pro-dução de conhecimento, in-dispensável para atrair ta-lento e para apoiar as em-presas.• O IPV tem investigação

aplicada e produção científi-ca crescentes e relevantes: - Possui um centro de in-

vestigação, financiado pela FCT (Fundação para a Ci-ência e a Tecnologia).- Tem 10 projetos financia-

dos pela FCT no valor glo-bal de 735 500 euros.- Tem 5 projetos de investi-

gação aplicada em parceria com empresas, financiados pelo QREN e PRODER no valor de 750 000 euros.

- Em 2012 produziu 569 pu-blicações científicas (em li-vros e revistas científicas).

• No IPV um aluno custa,

em média, ao Estado 2.400 euros enquanto numa Uni-versidade custa 3.000 euros. No IPV o peso do custo do pessoal docente nos custos funcionamento é de 77%, in-ferior à média nacional de 80%.

Em resumo, o IPV tem hoje uma grande capacida-de científica, um elevado im-pacto regional e uma gestão avançadas. O seu futuro tem de passar pela sua evolução para um modelo de Univer-sidade de Ciências Aplica-das e não por qualquer re-trocesso.

Por tudo isto, por aquilo que a região necessita do IPV, o Conselho Geral en-tende que esta instituição não pode perder competên-cias. O reforço das compe-tências do IPV através da re-qualificação dos CET s em cursos superiores de curta

duração é um caminho po-sitivo mas, em caso algum, se podem perder quaisquer outras competências como os mestrados. Caso tal acon-tecesse seria o definhar do ensino superior público em Viseu.

O Conselho Geral enten-de que o IPV tem de conti-nuar o seu caminho rumo à excelência, com base em critérios de mérito, ambição e rigor. O Conselho Geral entende que o ensino supe-rior público em Viseu tem de ser sempre uma priori-dade estratégica política. O IPV é a nossa instituição de ensino superior de referên-cia, com a qual todo o nosso futuro educativo terá de ser construído.

O Conselho Geral rego-zija-se com as tomadas de posição dos principais par-tidos políticos e da AIRV a

nível regional, no sentido da defesa e reforço das compe-tências do IPV. O Conselho Geral acredita na capacida-de dos nossos deputados, na sua atenção permanente à realidade de Viseu e na sua defesa dos interesses da re-gião que os elegeu.

A promoção e reforço das competências do IPV é um objetivo estratégico que deve unir todos. O Conse-lho Geral deseja que os in-teresses da Região de Viseu sejam defendidos e que os receios manifestados, face a este projeto de resolução, por este órgão e por diversas entidades regionais se ve-nham mostrar infundados.

Esta tomada de posição foi aprovada por unanimi-dade em reunião do Conse-lho Geral do dia 07/05/2013.

O Conselho Geral do IPV

Conselho Geral do Instituto Politécnico de Viseu pela positivaTomada de posição face ao Projeto de Resolução 688/XII

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Page 17: Jornal do Centro - Ed582

economia

Empreendedorismo ∑ Projeto ideias de negócio abre à comunidade em 2013

∑ A CIM Dão Lafões vai alargar à comunidade o pro-jeto de ideias de negócio que tem vindo a ser desenvolvi-do nas escolas dos 14 muni-cípios.

No ano passado, a CIM Dão Lafões colocou no terre-no o projeto “Escolas Empre-endedoras”, que tem como objetivo estratégico fomen-tar o empreendedorismo nas comunidades escolares, tor-nando os jovens mais criati-vos, audazes e avessos ao ris-co. Este projeto continua no terreno este ano e de forma mais abrangente, mas Carlos Marta esclareceu que a CIM Dão Lafões pretende que “as pessoas que estão fora das es-colas tenham a oportunidade de apresentar as suas ideias e visão de criação de riqueza”.

Esta é a última novidade da Rede Regional de Empre-endedorismo da CIM Dão Lafões que tem vindo a re-alizar diversas ações, como as Oficinas de Criatividade

e Geração de Ideias, a Plata-forma de Apoio aos Empre-endedores ou a Escolas Em-preendedoras.

Carlos Marta falava na apresentação da segunda edição do projeto Escolas Empreendedoras. “Come-çámos nas escolas, porque é nas escolas que tudo co-meça e agora queremos ir mais longe, chegando à res-tante comunidade, ou seja, dar oportunidade às pesso-as que estão fora da escola de terem capacitação, terem for-mação e puderem apresentar as suas ideias e a sua visão”, avançou.

De acordo com o autarca, trata-se de uma forma de em-preendedores apresentarem “novos projetos que possam trazer mais-valia ao territó-rio, através da realização de um trabalho em rede. Para tal as pessoas têm à disposi-ção “uma porta de entrada”, que são as sedes das associa-ções Comercial e Empresa-

rial, as associações locais e as escolas de ensino superior, onde se podem dirigir para apresentar as suas ideias, sendo depois encaminha-das para a rede.

Carlos Marta sublinhou que “existem muitos meca-nismos de apoio, não só na-cionais como comunitários, para apoiar iniciativas em-presariais”.

Dentro nas novidades para 2013 está também o Campo de Férias de Empreendedo-rismo. Entre 2 e 6 de julho, 40 jovens reúnem-se no Biopar-que de S. Pedro do Sul em re-gime residencial para “parti-lhar ideias e iniciativas que lhes permitam ganhar capa-cidade para o futuro”, subli-nhou o secretário executivo da CIM Dão Lafões, Nuno

Martinho. Os jovens (15/18 anos) vão ser acompanha-dos por monitores experien-tes de uma escola de empre-endedorismo em workshops, oficinas de criatividade e jo-gos criativos.

O projeto “Escolas Em-preendedoras” arrancou em 2011/2012, envolvendo cerca de 1.500 alunos e 89 professo-res de 38 escolas. Este ano “a

adesão tem sido excecional”, envolvendo cerca de 2.200 alunos e 120 professores de 42 escolas.

No âmbito do projeto “Escolas Empreendedo-ras” terá lugar no dia 11 de maio, na Escola Secundá-ria Alves Martins (Viseu), a Expo-Empresas Junior, que envolve 23 turmas do 3.º ciclo.

Para o dia 25 de maio está marcada a Feira de Empre-endedorismo Júnior, que envolve 17 turmas do 2.º ci-clo e decorrerá no Parque Aquilino Ribeiro (Viseu).

O Concurso Intermunici-pal de Ideias de Negócio está agendado para o dia 7 de ju-nho, na Aula Magna do Ins-tituto Politécnico de Viseu, onde serão apresentadas mais de 130 ideias de alunos do secundário e profissional, dos 14 municípios que com-põem a CIM Dão Lafões.

Emília Amaral

O presidente da Comuni-dade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões, Carlos Marta, admitiu que a redução de verbas comunitárias dis-poníveis para apoio às ini-ciativas locais vai provocar uma “alteração profunda” na forma de gerir os muni-cípios, sendo necessário se-guir um novo modelo de in-tervenção.

O também presidente da

Câmara de Tondela há 12 anos, está de saída da vida autárquica em consequência da Lei de Limitação de Man-datos, mas reconheceu em conferência de imprensa que não sabe se hoje está preparado para “o novo de-safio que aí vem do ponto de vista da filosofia de inter-venção das entidades públi-cas nas comunidades”. De uma coisa Carlos Marta tem

a certeza: “Estes anos todos, muita da nossa intervenção foi fazer aquilo que era bási-co e isso vai acabar porque não vai haver recursos fi-nanceiros. Quem vem a se-guir não fará nem mais nem melhor. Terá que fazer com-pletamente diferente”.

O presidente da CIM Dão Lafões abordou a necessi-dade de alteração da gestão municipal e regional quan-

do apresentava o resultando das contas de 2012 da CIM Dão Lafões, que fecharam com um resultado positivo de 392 mil euros.

“Significam que estamos a fazer também neste do-mínio uma boa gestão e um bom exemplo do que deve ser seguido por outras insti-tuições”, registou o autarca.

O relatório de contas foi aprovado por unanimidade

em assembleia intermunici-pal que decorreu em Nelas no dia 28 de abril. Na oca-sião foi igualmente apro-vado o mapa de pessoal da CIM Dão Lafões.

A CIM funciona atual-mente com 10 colaborado-res, mas Carlos Marta admi-te que as novas competên-cias previstas para as CIM’s “é natural que exijam mais funcionários”, mas, esclare-

ce o autarca, a Dão Lafões tem uma estratégia defi-nida para esse campo: “A CIM Dão Lafões tem solici-tado aos municípios pesso-as que queiram deslocar-se dos municípios para a CIM... primeiro vai buscar funcio-nários às autarquias e só de-pois abre concurso. Essa tem sido a nossa política e vamos segui-la”.

Emília Amaral

Autarca alerta para mudançasradicais na gestão dos territórios CIM’S ∑ Novas competências “permitem gestão em rede com ganhos de eficiência em alguns setores”

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17Jornal do Centro09 | maio | 2013

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ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Decorre no próximo dia 18, a segunda edição do Flea Market na Praça do Cine-Teatro Dr. Morgado, em Oli-veira de Frades.

Organizada pelo municí-pio em parceria com o pro-jeto “Começardozero” e a ACROF, a Flea Market, é uma feira de trocas e ven-da de produtos em segunda mão, artesanato, produtos da terra, alimentos e bebidas

confecionadas ou mesmo de exposição de projetos indivi-duais ou coletivos.

A animação da segunda edição da Flea Market será feita através de vários con-certos: Grutera, Viola Ar-ranjada e Gin Sónico, bem como de workshop de mala-barismo, de aulas abertas de dança, de teatro para a famí-lia “P de Poesia” e de ativida-des para as crianças (pintu-

ras faciais e modelagem de balões) que irão dinamizar o Museu Municipal,o Cine-teatro Dr. Morgado e a sua zona envolvente.

Para participar na fei-ra é necessário preencher um formulário de inscrição (www.cm-ofrades.com) e enviar para o e-mail [email protected]. As inscrições estão abertas até ao dia 17 de maio. MC

Oliveira de Frades recebe 2ª edição da Flea Market

Casa Arouquesa “palco” do jantar vínico G15

A Nelson Mota (proprietário da Casa Arouquesa), Benjamim Amaral (Aro-mas do Dão) e Álvaro de Castro (Quinta de Saes e Quinta da Pelada)

O restaurante Casa Arouquesa, em Viseu, foi palco de mais um encon-tro do G15, que decorreu na segunda-feira, 6.

Com o objetivo de “me-lhorar a relação entre o vinho e a gastronomia”, o G15 une alguns produ-tores e restaurantes sele-cionados e organiza todos os meses um jantar vínico onde são dados a provar, aos presentes, as iguarias do restaurante, bem como o vinho do produtor sele-cionado.

Definem-se como um grupo de “15 amigos”, que

em comum têm o gosto pela gastronomia e, nesse sentido, espaços de restau-ração, da qual um dos res-taurantes mais conceitua-dos da cidade de Viseu, faz parte, a Casa Arouquesa.

À parte dos quinze pro-prietários, existe a Aro-mas Do Dão, empresa que fornece também 15 vinhos de 15 produtores.

A receção aos convida-dos decorreu no espaço exterior ao restaurante, onde vários petiscos tra-dicionais “aguçaram” o apetite para o jantar, pro-priamente dito, que viria

a seguir, com as especiali-dades da casa. Para acom-panhar um vinho Quin-ta de Saes e Quinta da Pe-lada.

No encontro compare-ceram várias personali-dades da cidade como o ex-secretário de Estado da Economia, Almeida Henriques (candidato à Câmara de Viseu), vários proprietários dos restantes restaurantes do G15, os trei-nadores, Vítor Paneira e Fi-lipe Moreira, entre muitos outros convidados.

Micaela Costa

Evento∑ Vinhos e gastronomia são o mote do grupo “de 15 amigos”

CÂMARA DE VOUZELA DEIXA DE ESTAR EM DESEQUILÍBRIOFINANCEIRO

A Câmara de Vouzela anunciou, na segunda-feira, 6, ter deixado de fazer parte do grupo de 53 municípios portugue-ses que estavam em situ-ação de desequilíbrio fi-nanceiro. Segundo o ve-reador responsável pelo pelouro financeiro, Luís Alcides Melo, esse era um dos objetivos traça-dos para este mandato, que foi alcançado em abril.

O vereador referiu que, atualmente, “o mu-nicípio de Vouzela dei-xou de cumprir cinco dos requisitos que o pe-nalizavam, faltando-lhe apenas regularizar o li-mite de endividamento”. Acrescentando que fal-ta apenas a confirmação formal da Direção Geral das Autarquias Locais.

O documento de pres-tação de contas relativo ao ano passado foi levado à última Assembleia Mu-nicipal e aprovado por unanimidade. De acordo com este documento, “foi registada a melhor exe-cução orçamental da úl-tima década, com 93% do lado da receita e 88% do lado da despesa”, tendo-se ainda verificado “uma redução na despesa to-tal de 4,2%, sendo que a receita total cobriu inte-gralmente a despesa do ano, gerando um saldo de gerência de 880 mil euros”.

No que respeita às dí-vidas a fornecedores, a autarquia está a pagar a 15 dias. “Neste mandato, a Câmara Municipal re-gistou uma redução em custos de pessoal de 25%, uma redução no núme-ro de colaboradores em 35%, uma redução dos prazos médios de paga-mento em 60% e uma re-dução de 88,5% nas dí-vidas a terceiros”, subli-nhou Luís Alcides Melo.

O vereador acrescen-tou que, “em pouco mais de três anos, a dívida de médio e longo prazo so-freu uma diminuição que ultrapassa os 21,5%, representando uma re-dução de três milhões e setenta e oito mil euros”. MC/Lusa

O empresário e a função da contabilidade

Clareza no Pensamento

O sucesso e a sobrevi-vência de uma qualquer empresa dependem da sua capacidade para gerar lu-cros, de forma sustentável, a médio e longo prazo.

Para alcançar objetivos que se traduzam em resul-tados positivos o empresá-rio deve estar consciente da posição económico-fi-nanceira da empresa e das alterações que decorrem ao longo do tempo.

A formação de lucros não é algo que ocorra de forma acidental. Para além da intuição para o negócio, o empresário/empreendedor deve efe-tuar um cuidado plane-amento e ter uma capa-cidade efetiva de gestão. Deve dominar as ferra-mentas básicas de ges-tão, usar dados fiáveis na elaboração dos mapas económico-financeiros e conhecer as técnicas de análise destes mapas (rácios, mapas compara-tivos, etc.). Isto é, deve deter os conhecimentos mínimos para a assunção das suas responsabilida-des – a prestação de con-tas são responsabilidade sua, decorrente da legis-lação aplicável (Código das Sociedades Comer-ciais e legislação de ca-ráter fiscal).

As ferramentas básicas de gestão são indispen-sáveis para que o empre-sário conheça periodica-mente a sua situação fi-nanceira, permitindo-lhe diagnosticar problemas económico-financeiros e evitar que se transfor-mem em sérias ameaças para a empresa. Ora, em muitas das pequenas em-presas o Contabilista é o único técnico superior que detém informação valio-sa sobre o desempenho económico-financeiro da empresa que deverá trans-mitir, atempadamente, ao empresário. Eis o desafio diário do Contabilistas – parceiro na decisão, con-selheiro (descodificando a informação para a gestão, tornando-a “amigável”),

agente consolidação da economia das empresas e, indiretamente, do pró-prio país.

O TOC deve apoiar ges-tão das empresas portu-guesas, proactivamente, fornecendo sinais de aler-ta de crise empresarial, em tempo útil.

A função do Contabi-lista (Técnico Oficial de Contas) vai muito para além da mera execução da Contabilidade. O profis-sional atual tem de ser um elemento preponderan-te na vida das empresas, um profissional qualifica-do que se atualiza diaria-mente. Aliás, deve colocar uma maior ênfase na ca-pacidade da contabilida-de avaliar o desempenho económico-financeiro da empresa e não apenas na satisfação das obrigações de caráter fiscal.

Um TOC, com conheci-mentos sólidos e com um bom desempenho da sua atividade, acrescenta valor a qualquer empresa, po-tenciando a sua viabilida-de económico-financeira. Um empresário inteligen-te e moderno nunca dis-pensará o conselho deste profissional especializa-do em Contabilidade e da Fiscalidade.

A Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas exige que o TOC efetue forma-ção contínua como indica-dor de qualidade e garan-tia de um serviço respon-sável e eticamente correto. Também supervisiona a qualidade do serviço pres-tado aos seus clientes atra-vés de auditorias perió-dicas. Esta preocupação de controlo de qualidade inicia-se aquando da de-finição dos conteúdos da formação académica dos futuros profissionais (li-cenciatura), certificando os cursos que possibilitam a “base académica” para a inscrição na Ordem, como é o caso do Curso de Con-tabilidade e Administra-ção da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPV.

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Isabel MartinsDocente de Contabilidade e Auditoria na ESTGV

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Textos: Micaela CostaGrafismo: Marcos Rebelo

SUPLEMENTO

MUNICÍPIODE MORTÁGUA

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SUPLEMENTOMUNICÍPIO DE MORTÁGUA

Jornal do Centro09 | maio | 201320

24 anos a liderar um município. Quando se chega, qual é a primeira coisa que se faz?

A primeira coisa que se faz é começar a plane-ar de acordo com algumas prioridades que estão identificadas. Depois ao longo dos anos e dos pla-nos de atividade anuais ir fazendo as retificações que se entendam necessárias em função dos re-cursos e até de alguns dados que vão surgindo.

Que prioridades foram essas?A primeira prioridade foram as infraestruturas

básicas, o abastecimento de água às populações. A segunda prioridade foi a proteção e valorização da mancha florestal, como recurso endógeno mais importante. Iniciámos um programa de política local e hoje vemos que foi uma grande aposta e que tem tido um impacto económico muito posi-tivo. Por fim, e ao mesmo tempo que estávamos a pensar nas obras e nas infraestruturas, não es-quecemos que tudo o que fazíamos tinha de ser para as pessoas.

Fomos talvez dos primeiros municípios que teve uma Assistente Social a trabalhar nos quadros. E isso foi muito importante, pois identificámos mui-tos problemas que até aí se desconheciam,a partir daqui o município passou a ter outra responsabi-lidade social.

Nos primeiros mandatos deparou-se com o problema da perda da indústria…

Foram momentos angustiantes. É muito dolo-roso ver desaparecer, em dois três anos, pratica-mente toda a indústria tradicional. As serrações fecharam, as cerâmicas entraram em convulsão, tínhamos a fiação, que era um grande empregador, e nessa altura eu temi que o concelho entrasse numa crise social complicada. Mas felizmente con-seguimos dar a volta, fizemos ações de formação e trabalhámos muito com o Ministério de Trabalho e conseguimos aguentar o primeiro impacto, até que tivemos capacidade para abrir outras portas.

Que portas foram essas?Foi preciso olhar para outros setores mais ino-

vadores, não deixar cair o setor tradicional, sobre-tudo a área das madeiras. Começámos também a ter alguns empregadores na área dos medicamen-tos, tivemos logo no início um importante investi-dor na área da cerâmica e depois fomos fazendo um caminho, ao ponto de termos o nosso parque industrial completo e chegámos mesmo a fazer al-gumas ampliações. No mês de março apresentá-mos apenas 7,52% de desemprego, numa altura destas é quase um milagre!

Passa de dificuldades na indústria para um Parque Industrial, do qual se orgulha.

Naturalmente que sim. Mas a nossa indústria não está centralizada no Parque Industrial. No Par-que temos cerca de 450 postos de trabalho, o que é bastante bom e com vencimentos em dia, que isso é o mais importante. São empresas exporta-doras, que inovaram e que por isso tenho natural-mente muito orgulho, sobretudo naqueles empre-sários que têm conseguido crescer, não só na fatu-ração como no número de postos de trabalho.

No seu discurso nota-se uma grande pre-

ocupação com as pessoas. Na base de qual-quer cidadão está a educação. O que foi feito nessa área?

Quando iniciei funções o ensino primário era um parente pobre do sistema de ensino e eu to-mei a iniciativa de criar um orçamento de escola. O nosso parque escolar esteve sempre com boas condições, fomos dos primei- ros municípios a aderir ao programa da infor-matização, equipando as escolas do 1ºCiclo com computadores ligados à Internet e no ano passado construímos o Cen-tro Educativo, que jun-ta o Pré-Escolar, o 1º Ciclo e anexada uma Creche, o que faz com que todos tenham as mesmas condições de trabalho, de apren-dizagem, as mesmas opor tunidades de sucesso escolar. Nos outros níveis de en-sino temos um pro-grama que se chama “Da Escola, Agarra a Vida”, onde o mu-nicípio suporta to-dos os custos com a chamada orienta-ção escolar e pro-fissional, a partir do 8º ano, através de várias ações. E este trabalho conduz a que durante anos sucessivos não t e n h a m o s um caso de abandono escolar.

Falamos aqui de um cuidado especial com a área social. Aqui, o que foi feito?

Eu diria que tudo. Quando chegámos a Santa Casa da Misericórdia estava a começar a cons-

truir um lar de idosos e foi com a nossa presi-dência que se fez o financiamento e depois en-trou em funcionamento. Criaram-se cerca de duas centenas de postos de trabalho, demos resposta na área da infância, do apoio à famí-lia, através de protocolos com a Misericórdia. Criaram-se serviços para a terceira idade, des-de lar, apoio domiciliário, centros de dia. Te-

mos uma Unidade de Cuidados Conti-nuados, a Fundação Balmar, outra IPSS que trabalha com a terceira idade, e procurámos desenvolver as respostas sociais em estreita coordenação com as instituições. Hoje o concelho tem respostas so-ciais em quantidade e qualidade que muitos gostariam de ter.

Portanto, ao longo destes 24 anos foi dando muito às pes-soas. E as pessoas, o que lhe deram a si?

Estive sempre muito empenha-do em tudo o que era a vida des-ta terra, que não sendo minha eu adotei. Mas nunca fiquei à espera que me dessem algu-ma coisa. Mas levo a certe-za de ter procurado cumprir o meu dever,fazê-lo com honra-dez, não enganando as pes-soas com falsas promessas e assumi todos os compromis-

sos que tive com elas. E a maior recompensa que levo é que ao lon-go destes anos, sem-

pre t ive os me-lhores resul-

tados

eleitorais e estas últimas eleições foram o reflexo disso mesmo, com mais de 60%. O que mais quero que as pesso-as me deem é o sentimento de que fui útil para elas.

Ficou alguma coisa por dar?Daquilo que podia, não ficou nada por dar.

Sinto que não fiz tudo o que gostava, que co-meti erros que não deveria ter feito, mas na mi-nha consciência o balanço é muito positivo. E parto de consciência tranquila para outra etapa da minha vida.

No Dia do Município terá uma ex-posição com a retrospetiva destes 24 anos. Quando entrar e vir todas aquelas fotografias,o que é que vai sentir?

Vou sentir alguma nostalgia de tanta coisa que ajudámos a construir, a fazer, porque isto foi feito por equipas não só de responsáveis po-líticos. Vou sentir nostalgia porque sempre me entreguei com grande dedicação, empenho e paixão ao progresso da minha Terra e na área financeira acho que tive um papel determinante porque não é fácil arranjar os milhões de euros que se investiram neste município só com o or-çamento municipal.

O que vai fazer a partir de agora?Vou olhar mais para mim, para a minha famí-

lia. Não vou ficar parado, porque não gosto de ficar à espera que as coisas aconteçam. O meu partido entende que deveria candidatar-me à As-sembleia Municipal, para naturalmente continuar a dar o meu contributo cívico. Pela minha parte ainda não tomei uma decisão, também quero aus-cultar a minha família e no momento certo decidi-rei. A decisão será tomada tendo presente a mes-ma ideia de sempre: servir o interesse público.

O que gostaria de dizer a todos aque-les que trabalharam consigo ao longo destes anos?

Uma expressão muito beirã, “bem-haja”! Pela forma como se empenharam naquilo que foi o cumprimento dos objetivos do município, pela forma como sempre me trataram. E já agora um pedido de desculpa se uma vez ou outra não fui tão agradável como o que estavam à espe-

ra. Um abraço a todas as equipas, a todos os trabalhadores, aos que se aposentaram

e também aqueles que já não estão connosco mas que fizeram parte desta grande família durante este ciclo que está a terminar.

Que última mensagem gos-taria de deixar aos seus mu-nícipes?

A mensagem que gostaria de deixar é a seguinte: nós atravessa-mos momentos muito difíceis nes-te país, e com reflexos no nosso município,mas não nos podemos re-signar, porque isso é o pior que pode

acontecer. Temos que continuar a lu-tar pelos nossos direitos e sobretudo por aquilo que fomos capazes de criar

e que agora nos querem tirar. Temos de batalhar para não perder a qualidade de vida que tanto nos custou a conseguir, unindo-nos na sua defesa, independentemente das cores e das opiniões.

aderir ao programa da infor-matização, equipandoas escolas do 1ºCiclo com computadores ligados à Internet e no ano passado construímos o Cen-tro Educativo, que jun-ta o Pré-Escolar, o 1ºCiclo e anexada uma Creche, o que faz com que todos tenham asmesmas condições de trabalho, de apren-dizagem, as mesmas opor tunidades de sucesso escolar. Nos outros níveis de en-sino temos um pro-grama que se chama “Da Escola, Agarra a Vida”, onde o mu-nicípio suporta to-dos os custos coma chamada orienta-ção escolar e pro-fissional, a partir do 8º ano, através de várias ações. E este trabalho conduz a que durante anos sucessivos não t e n h a m o s um caso de abandono escolar.

Falamos aqui de um cuidado especial com a área social. Aqui, o que foi feito?

Eu diria que tudo. Quando chegámos a Santa Casa da Misericórdia estava a começar a cons-

mos uma Unidade de Cuidados Conti-nuados, a Fundação Balmar, outra IPSS que trabalha com a terceira idade, e procurámos desenvolver as respostas sociais em estreitacoordenação com as instituições. Hoje o concelho tem respostas so-ciais em quantidade e qualidade que muitos gostariam de ter.

Portanto, ao longo destes 24anos foi dando muito às pes-soas. E as pessoas, o que lhe deram a si?

Estive sempre muito empenha-do em tudo o que era a vida des-ta terra, que não sendo minhaeu adotei. Mas nunca fiquei àespera que me dessem algu-ma coisa. Mas levo a certe-za de ter procurado cumprir omeu dever,fazê-lo com honra-dez, não enganando as pes-soas com falsas promessas eassumi todos os compromis-

sos que tive com elas. E a maior recompensa que levo é que ao lon-go destes anos, sem-

pre t ive os me-lhores resul-

tados

eleitorais e estas últimaseleições foram o reflexo disso mesmo, com mais de 60%. Oque mais quero que as pesso-as me deem é o sentimento de que fui útil para elas.

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SUPLEMENTOMUNICÍPIO DE MORTÁGUA

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Exposição “Mortágua - Uma Construção Para Todos”Dando cont inu idade ao c ic lo de expos ições

“Sentir a Terra”, que tem assinalado o Dia do Mu-nicípio, neste dia abr i rá ao públ ico a Exposição “Mor tágua - Uma Construção Para Todos”.

Trata-se de uma exposição de natureza docu-menta l e fotográ f ica que const i tu i uma crono-

logia dos pr incipais momentos e acontecimen-tos que marcaram a v ida do concelho, nas vá-r ias áreas de ação munic ipa l, desde 1990 até à atual idade.

Através desta retrospetiva pretende-se propor-cionar ao públ ico um olhar sobre a evolução do

concelho, sobretudo nestas últ imas duas déca-das, em termos de equipamentos constru ídos, i n f raes t r u tu ras e ob ras execu tadas, p ro je tos desenvolv idos, eventos real izados (de in ic iat iva munic ipa l e outras ent idades), ent re outras re-ferências.

Duas décadas de crescimento Ao longo das últimas duas décadas foram construídos mais de duas dezenas de equipamentos públicos e sociais, indispensáveis à qualidade de vida da população e ao

desenvolvimento integrado do concelho: Parque Industrial, Quartel da GNR, Quartel dos Bombeiros, Bairro Social, Centro de Animação Cultural, Piscinas Municipais, Pavilhão Gimnodesportivo, Mercado Municipal, Biblioteca Municipal, Centro de Saúde, Ninho de Empresas, Centro Educativo, entre outros.

Procedeu-se ao arrelvamento e remodelação geral do Campo de Jogos da Gandarada (Mortágua) e Campo de Jogos Juiz de Fora (Vale de Açores). Construíram-se dois novos Campos de Ténis e um Mini-Campo relvado.

O Município investiu fortemente na educação, em todos os níveis de ensino, mas em especial no Pré-Escolar e 1 º Ciclo do Ensino Básico, com o objetivo de promover o acesso de todos à educação, a igualdade de oportunidades e condi-ções de sucesso escolar para todos.

Promoveu-se a generalização do Pré-Escolar, implementaram-se os Serviços de Apoio à Família (Refeição Escolar e Prolongamento de Horário),apoiaram-se investi-mentos de ampliação e requalificação do parque escolar, apoiaram-se os alunos na aquisição de material escolar, promoveu-se a oferta de Atividades de Enriquecimento Curricular (Desporto, Inglês e Música), introduziram-se as Novas Tecnologias de Infor-mação no Pré-Escolar e 1ºCiclo do Ensino Básico, atribuíram-se Bolsas de Estudo para jovens a frequentar o Ensino Superior, criaram-se programas de Orientação Escolar e Profissional e de promoção do sucesso escolar (Projeto “Da Escola, Agarra a Vida”).

Medidas que foram reforçadas nos últimos quatro anos: gratuitidade das refeições para todas as crianças do Pré-Escolar e 1º Ciclo; comparticipação na aquisição de ma-nuais escolares no 1º Ciclo; transportes escolares gratuitos para todas as crianças do Pré-Escolar e 1ºCiclo. Nos últimos dez anos (2002-2012) o investimento na Educação ascendeu a mais de 15 milhões de euros, sendo de destacar a construção do Cen-tro Educativo e Creche, a funcionar desde o ano letivo 2011-2012, que representou o maior investimento municipal de sempre.

Na área da Juventude é de referir a promoção de programas de ocupação dos tempos livres dos jovens e simultaneamente de apoio às famílias, nas férias de verão (Férias Ativas e JEF - Jovens Estudantes em Férias); a criação da Conta Cres-cente Jovem ( conta-poupança a favor dos jovens, atribuída desde o nascimento até à maioridade); a isenção de taxas para construção de habitação própria de jovens casais (172 casais jovens beneficiados, até ao final de 2012, representando um apoio global do Município no montante de 225 982,39 euros).

As políticas sociais estiveram desde sempre no centro da atividade municipal, tendo como objeti-vo a promoção dos direitos fundamentais dos cida-dãos, a coesão social e a proteção dos setores mais frágeis da sociedade.

O ano de 1995, com o arranque do projeto “Ao En-contro De...”, marcou uma verdadeira “revolução so-cial” no concelho. Este projeto-piloto a nível nacional deu início a uma abordagem integrada das questões da pobreza e exclusão social, através de uma aposta na prevenção, no trabalho em parceria e em rede, en-volvendo Município e Instituições Locais e Regionais (que tem hoje continuidade na Rede Social).

Construiu-se o Bairro Social da Gandarada (58 fogos sociais), realizaram-se intervenções de reabi-litação habitacional nas povoações que permitiram melhorar a situação de cerca de uma centena de pessoas, apoiaram-se as Instituições de Solidariedade Social do Concelho, tanto a nível de construção de equipamentos sociais (Lar da Santa Casa da Misericórdia de Mortágua, Escola de Cães-Guia para Cegos (única a nível nacio-nal), Centro Social da Fundação Balmar, Lar Residencial e Centro de Atividades Ocupacionais para Pessoas Por-tadoras de Deficiência da Santa Casa da Misericórdia de Mortágua), como ao nível do alargamento das respos-tas sociais e do seu funcionamento.

Na Saúde destaca-se o apoio dado à construção do Centro de Saúde e da Unidade de Cuidados Continuados (uma contrapartida exigida pelo Município pela cedência do terreno para implantação do Centro de Saúde), o apoio ao funcionamento do Centro de Saúde e suas extensões, a criação da Unidade Móvel de Saúde (projeto pioneiro a ní-vel da Região Centro)

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SUPLEMENTOMUNICÍPIO DE MORTÁGUA

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A nível de infraestruturas básicas, a prioridade foi a generalização do forne-cimento de água ao concelho, um objectivo que teve como data marcante o ano de 1992, quando entrou em funcionamento o sistema de captação a partir da Albufeira da Aguieira. Até essa altura a taxa de cobertura da rede pública de abastecimento rondava apenas os 30%. Construíram-se reservatórios, estações elevatórias, muitos quilómetros de condutas adutoras e elevatórias e de redes de abastecimento e distribuição, res-pondendo ao crescimento urbano e habitacional. Atualmente a taxa de cobertura com rede pública de água é de 99,9%, valor que está muito acima da média nacional.

Desde cedo o município assumiu o desafio de dotar todo o concelho de uma rede pública de Saneamento Básico, numa perspetiva da melhoria da qualidade de vida das populações mas também de preservação do ambiente, executando sempre re-des de drenagem com os respectivos sistemas de tratamento. Atualmente a taxa de cobertura com rede pública de saneamento é de 75%, e continuam a ser executadas novas redes de drenagem.

Ao longo destes anos o Município seguiu uma estratégia de desenvolvimento sus-tentado do concelho, numa visão integrada e com objetivos muito claros: revitalizar, di-versificar e apoiar o tecido empresarial local; reforçar a competitividade do concelho; favorecer a iniciativa empresarial, fomentar o empreendedorismo e a criação de em-prego qualificado; investir no desenvolvimento turístico; construir infraestruturas e equi-pamentos que potenciem e facilitem o investimento.

Ampliou-se e infraestruturou-se o Parque Industrial e criaram-se ou-tros três pólos industriais distribuídos pelo concelho. Atualmente estão instaladas no concelho algumas das maiores empresas do distrito, com forte vocação exportadora, ligadas aos setores Farmacêutico, Cerâmica de faiança, Madeiras, Biomassa, produ-ção de pellets,energias renováveis. E encontra-se aprovado o Plano de Pormenor de Expansão do Parque Industrial que prevê uma nova área de expansão de 50 hectares. Criou-se um Ninho de Empresas, uma estrutura de incentivo e apoio à iniciativa em-presarial e ao empreendedorismo, nomeadamente dos jovens, facilitando o arranque ou desenvolvimento dos seus projetos e ideias de negócio.

Promoveu-se a qualificação da malha viária de articulação intra e intermunicipal, fun-damentais para a mobilidade, qualidade de vida e desenvolvimento integrado do con-celho. Investiu-se na valorização urbana do concelho, numa perspetiva de melhoria da qualidade de vida das populações e gestão equilibrada do território, através da qua-lificação dos espaços urbanos, a beneficiação de infraestruturas, a criação de zonas verdes e ajardinadas, e um ordenamento cada vez mais exigente e cuidadoso.

A Floresta é a maior riqueza do concelho, a seguir às suas Gentes, produ-zindo rendimento, bem estar social e criando emprego. Consciente da sua importância ambiental, económica e social, o Município desenvolveu ao longo dos anos um Pro-grama Integrado de Preservação e Valorização da Mancha Florestal do concelho, com o objetivo de garantir a sustentabilidade da floresta e o seu potencial produtivo.

Investiu-se na criação de acessibilidades à floresta, na construção de pontos de água, na vigilância florestal, no apoio aos Bombeiros, às Juntas de Freguesia e Associações Locais, na sensibilização dos proprietários florestais, dos jovens e das populações. Foram construídos cerca de 2 mil quilómetros de caminhos florestais e 79 pontos de água, implementou-se um programa municipal de Vigilância Florestal, que funciona nos meses de verão, 24 horas sobre 24 horas e com cobertura de todo o concelho.

Um trabalho reconhecido a nível nacional, sendo Mortágua apontado como um caso único e um exemplo na área da prevenção florestal.

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especial Moda e Tendências 2013Embora o tempo não esteja para grandes aventuras a verdade é que começa a tornar-se impossível não reparar nas coleções de primavera/verão 2013. As cores fortes, os contrastes, a luz, os brilhos, as riscas, os padrões, estão por todo o lado… Vista-se a rigor e venha conhecer algumas sugestões…

A atmosfera dos “Sixties” estará mais viva que nunca!O regresso dos “Anos 60” invadem esta coleção com cores frescas e vibran-

tes. Vestidos e casacos de corte em ‘A’, as típicas minissaias e os motivos grá-ficos. Use e conjugue. Arrisque!

Tendências para eles e para elas O azul forte, claro e conjugado, entre

si, é a cor da estação

Riscas e mais riscasmais riscasNas calças, nos casacos, nas saias as riscas verticais

estão em todo o lado. Para quem quer “ganhar” uns cen-tímetros, esta pode ser uma boa solução. O preto e bran-co é a cor mais vista não só nas riscas como em muitas outras peças.

Padrões para todos os gostosAs flores, o estilo étnico e tribalista, o print animal, e

tantos outros padrões vão marcar a primavera/verão 2013 e trazer muito movimento aos looks.

A Ganga está na moda Num look total ou apenas uma peça a ganga é para

usar!

Blazer adapta-se ao estiloOs blazers, facilmente associados a looks mais formais,

aparecem em estilos descontraídos e nas mais ariadas cortes, ou cortes.

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ESPECIAL | MODA E TENDÊNCIAS 2013

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Para elasBrilhosBrilhosCom maior ou menor destaque, esta estação o brilho

veio para ficar. As lantejoulas, os tons metálicos e o dou-rado estão em todas as peças.

Transparências eTransparências e rendas rendasTal como na estação passada as transparências e as ren-

das marcam os looks.

Unhas pintadas é obrigatórioA moda dos brilhos e metalizados chegam também às

unhas. Redondas, com verniz de gel, ou gel, com dese-nhos ou lisas, ou de várias cores, esta estação as unhas são para pintar!

Sapatos e confortoEsta coleção trouxe velhos conhecidos. Os sapatos em

bico de salto agulha regressam e com looks mais sofis-ticados ou descontraídos - o preto e o nude são as cores eleitas. Sandálias ou sapatos de apertar no tornozelo, ou as tão conhecidas alpargatas, vão andar por aí!

Óculos de todos os feitiosPara além de um acessório são também importantes

para a saúde dos olhos. Para o verão 2013 são várias as op-ções e modelos que são tendência. Os mais procurados são os mais coloridos, com lentes espelhadas, os forma-tos clássicos ou retró (como é o caso do estilo aviador), com espaço também para as armações trabalhadas com o dourado e a transparência.

Carteiras e BijuteriaAs cores fortes, as inspirações étnicas e as “pedras pre-

ciosas” vão fazer parte dos acessórios desta estação. As franjas regressam em peso e completam qualquer look simples.

CabeloPara esta estação a grande tendência do tamanho do cabelo é o corte médio, nome-

adamente o corte de 8/9 centímetros abaixo dos ombros. Ainda dentro do médio, mas para os cabelos um pouco mais compridos a tendência é o escadeado ou escadeado em camadas e aposta-se no corte “bob ondulado”, uma forte tendência para este verão. Os anos 20 também marcam presença nos cabelos com a tendência de corte ”Pixie”, que ganhou fama nos anos 60. Os cabelos compridos querem-se com um ar natural e lu-minoso, que deve ser liso ou com ondas suaves.

Cores: As cores da tendência são os diferentes tons de loiro, o vermelho e o castanho com nuances de caramelo e amêndoa.

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MODA E TENDÊNCIAS 2013 | ESPECIAL

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Para elesCriançasFatosO corte continua a seguir as linhas tradicionais. No que toca a cores este ano os tons

nude, e diferentes, marcam presença nos momentos mais formais do homem.

Óculos de todos os feitiosTambém no masculino os óculos se pautam pelo diferente, cor e lente espelhada. O

tipo “mascara” invade as coleções primavera/verão 2013.

SapatosO conforto e a elegância vão andar de “mãos dadas” nesta estação. As alpargatas, in-

vadem a estação em cores e texturas criativas e o sapato estilo ingês quer-se colorido.

Os mais pequenos vão acompanhar a moda dos mais crescidos. Riscas, cores, flores, padrões e print animal marcam os looks dos mais novos.

A ganga será presença obrigatória, assim como pequenos apontamentos de napa.

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O Pedreles (Moimenta da Beira) sagrou-se, no passado sábado, 3, ven-cedor da taça de futsal da Associação de Futebol de Viseu (AFV).

Com as bancadas cheias

e um ambiente de festa, o jogo, que decorreu em Pe-nedono, foi bem disputa-do pelas duas equipas. En-trou melhor o Pedreles, e até marcou primeiro, mas o Sever reagiu bem e che-

gou ao empate ainda na primeira parte, na trans-formação de um livre.

Na segunda parte en-trou melhor a equipa de Moimenta da Beira que se adiantou no marcador.

O Pedreles, a perder por duas bolas a uma, conti-nuava a atacar e rapida-mente chegou à igualda-de e depois à vantagem, fechando o resultado fi-nal a seu favor em 3 a 2.

O Pedreles inscreve o seu nome na lista de ven-cedores e sucede ao Rio de Moinhos, vencedor no ano passado.

Micaela Costa

desporto

Futsal

Pedreles vence taça da AF Viseu

Segunda LigaP J V E D GMGS

1 Belenenses 88 39 27 7 5 70 372 Arouca 67 39 19 10 10 58 433 Leixões 65 39 17 14 8 46 324 Portimonense 60 39 16 12 11 56 455 Sporting B 60 39 15 15 9 56 426 Benfica B 59 39 15 14 10 68 517 Desp. Aves 59 39 14 17 8 44 408 Santa Clara 58 39 15 13 11 53 449 Oliveirense 57 39 15 12 12 51 4610Penafiel 54 39 14 12 13 42 4011U. Madeira 53 39 12 17 10 42 3912Tondela 53 39 14 11 14 48 5313FC Porto B 51 39 13 12 14 47 4714Feirense 49 39 13 10 16 55 5815Atlético CP 44 39 12 8 19 43 5716SC Braga B 43 38 11 12 15 37 4617Naval 42 39 13 15 11 49 4818Marítimo B 40 39 11 7 21 33 4519Trofense 39 39 9 12 18 36 5220Sp. Covilhã 34 39 6 16 17 36 5121Freamunde 31 39 7 10 22 43 7122Guimarães B 29 38 5 14 19 24 50

FC Porto B 1 - 2 FeirenseGuimarães B 1 - 1 Leixões

Penafiel 1 - 2 Santa ClaraSp. Covilhã 0 - 3 PortimonenseSporting B 1 - 1 TondelaTrofense 2 - 3 Benfica B

Oliveirense 1 - 2 Desp. AvesArouca 1 - 1 Naval 1º MaioAtlético 0 - 1 U. Madeira

Freamunde 1 - 3 Sp. Braga BMarítimo B 1 - 1 Belenenses

Benfica B - FC Porto BDesp. Aves - Sp. CovilhãFeirense - Trofense

Naval 1º Maio - FreamundeSp. Braga B - Santa Clara

Tondela - AtléticoLeixões - Sporting BPenafiel - Oliveirense

Portimonense - Guimarães BU. Madeira - Marítimo BBelenenses - Arouca

40ª Jornada

39ª Jornada

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Voleibol

Atleta viseense nos juniores femininos da Seleção Nacional Bárbara Gomes, atleta

do CARDES de Barbei-ta, é uma das 12 convoca-das que viajaram esta se-mana para Subotica, na Sérvia. A jovem viseense participou em vários es-tágios da seleção nacio-nal e já tinha integrado o

12 da seleção de cadetes que jogou o apuramento para o europeu. Agora, na equipa de juniores, volta a vestir a camisola de Portugal.

Em jogo, a poule euro-peia de Qualificação para o Campeonato do Mundo

2013, de voleibol, que ter-mina amanhã, 12. Portu-gal defronta as equipas da Sérvia, Dinamarca, Fran-ça e Bélgica, e apenas a vencedora da série garan-te o apuramento, onde se juntará às vencedoras das restantes três séries e à

equipa da República Che-ca, organizadora do cam-peonato, e da campeã eu-ropeia em título, a sele-ção da Turquia.

A fase final será dispu-tada, de 21 a 30 de junho, nas cidades checas de Brno e Prostejov. MC G

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MODALIDADES | DESPORTO

No Nacional de Futsal da II Divisão, série A, a AJAB de Tabuaço está na corrida por uma eventual subida à I Divisão. A duas jornadas do final do cam-peonato, a formação do Norte do distrito subiu ao terceiro lugar depois da vitória por 5 a 1 no Mace-dense e está agora apenas a dois pontos do Póvoa Futsal, equipa que ocupa a segunda posição na ge-ral. Já o Viseu 2001, com a derrota no Covão Lobo por 4 a 1, caiu para o 7º lu-gar, já a 4 pontos do Pó-voa, e praticamente só um

milagre pode valer aos vi-seenses.

A próxima jornada, a penúltima do campeona-to, vai jogar-se apenas no próximo dia 18 de maio. O Viseu 2001 recebe o Des-portivo da Aves enquanto a AJAB de Tabuaço joga no seu pavilhão com a As-sociação da Mata, numa jornada onde as equipas de Viseu precisam ven-cer e esperar que o Póvoa Futsal possa perder pon-tos no jogo com o Cohae-mato, e assim adiar todas as decisões da subida para a última jornada. MC

Futsal

AJAB de Tabuaço na corrida para a subida

Futebol

Equipas de Viseu com má sorte na III DivisãoUma completa razia nas

equipas de Viseu que parti-ciparam este ano no Cam-peonato Nacional de Fu-tebol da III Divisão. Eram cinco equipas em prova, e ficaram zero apuradas para o novo Campeonato Nacio-nal de Seniores.

A época não correu bem logo na primeira fase em que quatro – Sampedrense, Oliveira de Frades e Para-da, na série C, e Mortágua

na série D – ficaram logo pelo caminho, condena-das à despromoção aos distritais de Viseu.

A esperança residia no Penalva do Castelo que conseguiu terminar entre os seis da frente na série C e assim ter a possibili-dade de lutar pelos dois primeiros lugares, os tais que apuravam as equipas para a nova competição Nacional, mas a segunda

fase tem sido desastrosa e a quatro jogos do final a equipa está já virtualmen-te despromovida.

A descida destas cinco equipas que vai ter, igual-mente consequências na Divisão de Honra de Viseu, já que obriga a que sejam nada mais nada menos que sete as formações que vão ser obrigadas a descer para a I Divisão Distrital.

Uma situação pouco ou

nada habitual, mas motiva-da pelas alterações previs-tas nos quadros competiti-vos nacionais e na criação do novo Campeonato Na-cional de Seniores onde na próxima temporada o dis-trito terá apenas duas equi-pas: o Cinfães, já apurado porque jogava na II Divi-são, e também o novo cam-peão distrital de Viseu: Lu-sitano de Vildemoinhos ou Castro Daire. MC

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O Académico de Viseu defronta o Chaves, ama-nhã, 10, no primeiro jogo de apuramento de cam-peão da 2ª Divisão, no es-tádio do Restelo, em Lis-boa.

Ao contrário do que es-tava inicialmente previs-to a fase de apuramento, em formato competição turbo, termina já no do-mingo, 12, devido a uma alteração na forma como se disputa o apuramento. O Campeão Nacional será encontrado em apenas três jogos, entre amanhã e domingo - recorde-se que anteriormente eram seis jornadas e terminaria apenas a 16 de junho.

A alteração deve-se à solicitação apresentada pelos três clubes parti-cipantes (Desportivo de Chaves, Académico de Viseu e Farense), à Fede-ração Portuguesa de Fu-tebol (FPF). Em cima da mesa esteve o pedido dos dirigentes dos clubes para encontrar uma solução que evitasse o prolonga-mento da época desporti-va com o objetivo de redu-zir custos e não sujeitar os atletas a um ritmo compe-titivo tão duro.

Os clubes pediram e a FPF fez-lhes a vontade.

Os academistas voltam a jogar no domingo, pelas 17h00, frente ao Farense.

Futebol | II Divisão Nacional

Campeão Turbo

∑ Académico de Viseu reúne em Assembleia-geral a 14 de junho. A constituição de uma SAD é um dos temas na ordem de trabalhos. Sobre o assunto, Pedro Ruas, vice-presidente do clube, já havia afirmado, em entre-vista ao Jornal do Centro, que a direção está “inclina-da para uma sociedade por quotas”, até porque “há um certo trauma com a SAD” e “também não acreditamos que se justifique uma Sociedade Anónima Desporti-va”. A vontade de manter o clube “nas mãos” dos sócios é outra das justificações para a escolha por parte do Académico de Viseu. “A nossa perspetiva é que o clube detenha a totalidade do que é a quota da sociedade, por-que não queremos que caia em mãos alheias. Queremos que até ao fim os sócios, em Assembleia Geral, dominem a vida do clube e só com a sociedade por quotas é que isso possível”. MC

Assembleia Geral - Académico de Viseu

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culturasD Noite de fado em Carregal do Sal

Espetáculo com o Grupo de Cordas e o Grupo de Fados “Canto da Noite” da seção de Fados da Associação Académica de Coimbra, sábado, dia 11, às 21h30 , no Centro Cultural de Carregal do Sal.

expos

roteiro cinemas Estreia da semana

Assalto à Casa Branca – Um emocionante thriller de ação do aclamado realizador Antoine Fu-qua (Dia de Treino), quando um grupo de terroristas invade a Casa Branca e aprisiona o Presidente dos Estados Unidos, a única salva-ção vem de um antigo agente dos Serviços Secretos.

Destaque Arcas da memóriaSardoal – A vila jardim

e os leques fl oridosAndei pelo Sardoal há

breves dias, rompera já há algum tempo a Primavera mas as chuvas tardias e o vento frio que batia sobre o morro, não deixara ainda re-bentar as flores que devem agora estar já a abrir do am-paro das varandas, dos vãos de janelas e dos remates das sacadas pontuando de graça e de cor o casario da vila que apelidaram de “Vila-jardim”. E o nome fica-lhe bem e esse quase místico florir de rosas na paisagem, votiva devo-ção, quase podia dizer-se, à esmoler rainha que as car-regava no regaço para delas fazer pão de pobres, a Santa Rainha Isabel que terá dado, diz uma velha tradição, fo-ral à vila.

Da vila lembro a paisa-gem verde e cinza olhada do Adro da Igreja, a brancura das casas e as molduras ocre das portas e janelas, as flo-res a nascer, a renda de fer-ro das varandas, a Travessa do Senhor dos Aflitos subin-do a ladeira, a Igreja Matriz e a pintura gótica do Mes-tre de Sardoal que nos faz evocar a de Viseu. E depois os “leques” que disso queria só falar. Ninguém lhes co-nhece a história. Ninguém sabe de inventor. Lembram-se as mulheres de Andreus e a memória delas que vai além de cem anos. Lembra-se o antigo tempo das ceifei-ras, entreténs com palha co-brindo as horas do descanso, raparigas novas aprenden-do e depois o abandono da arte de onde não vinha pão para viver. Rita Clara, Luísa de Jesus Falcão, Georgina Fernandes, Gracinda Frade, uma cadeia que, com a últi-ma se partiu. Mas agora há Célia Belém. Já alguém es-

creveu que “é forte como a palha o espírito desta arte-sã” que tomou como missão o resgate da memória das antigas fazedoras de leques, mulheres sempre, que os inventaram, talvez para ati-çar o lume da lareira, talvez para arrefecer o rosto em dias de calor.

A palha do centeio deve ter sido a matéria primeira. E talvez não. Célia Belém, como as antigas compa-nheiras, vai hoje pela beira dos caminhos, no findar de Maio, no começo do mês de Junho, e corta as longas hastes de “palanco”, como ali se diz, uma espécie de aveia selvagem, o “balan-co”, (avena sativa L., steri-lis), de cujos caules faz os pequenos feixes que, de-pois, em horas demoradas, retiradas as palhas, uma a uma se vão unindo com o jeito sábio das mãos da ar-tesã que manobra o fio ver-melho que alegre o cabo do leque que se enrola. De pa-lhas dizia-se que eram 115 ou 135, mas ela guarda o núme-ro no olhar, na medida em-pírica da mão. Depois co-zem-se com linha e agulha as palhas do leque que se estende, aqui e além trapi-nhos aos quadrados, colori-dos, que ficam presos, a ade-jar, recortam-se as pontas, em bicos e a obra-prima tor-nou-se também brasão da vila, prenda graciosa para enleio de mulher ou tão só memória num alegre assen-to de cadeira.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

Está a decorrer até dia 31, o XIV Festival de Teatro Jovem, no Auditório Miri-ta Casimiro, em Viseu.

O festival, uma inicia-tiva de âmbito concelhio, conta com a participação de grupos de teatro ama-dor existentes no municí-pio de Viseu, pertencen-tes a escolas, associações culturais e organismos/

instituições. O elenco dos grupos a

concurso são constituídos, maioritariamente, por jo-vens com idade até aos 30 anos.

O grande objetivo do evento, que vai já na 14ª edição, visa a promoção de uma política assente na valorização e apoio às iniciativas culturais dos

jovens, com o sentido de dar maior visibilidade ao trabalho desenvolvido no campo teatral pelos gru-pos de jovens das escolas e associações, em que se encontram integrados, e tendo em vista a desco-berta de novos valores no e para o teatro.

Micaela Costa

XIV Festival de Teatro Jovem está de regressoEvento∑ Teatro amador a concurso até dia 31 de maio no Auditório Mirita Casimiro

MANGUALDE∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves

De 4 a 31 de maio, a expo-sição de fotografia «Lu-zes», de José dos Santos.

∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves

De 2 a 25 de maio, a ex-posição «Barrigas de Mamã», de Elisabete

Nunes Sousa.

MOIMENTA DA BEIRA

∑ Biblioteca Municipal

Até dia 17 de maioExposição da obra de Aquilino Ribeiro em elmos e cilindros, de Manuel Vaz

OLIVEIRA DE FRADES

∑ Museu Municipal de Oliveira de Frades

Até dia 16 de junho expo-sição de fotografia, “Pro-ject Llull”, de José Crúzio

LAMEGO∑ Museu de Lamego

Até dia 30 de maio, ex-posição de fotografia, “10 Regiões Vinhateiras Europeias Património da Humanidade”

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40Os Croods VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h50, 00h10*Ladrões com Estilo(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h00, 23h50*Esquecido(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h10, 17h10, 21h30, 00h25* Homem de Ferro 3(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* Um refúgio para a vida(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 15h50, 18h10, 21h20, 23h40*Fogo contra fogo(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 18h55, 21h2o, 00h00*Transe(M16) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h20*Assalto à Casa Branca(CB) (Digital)

Sessões diárias às 11h00*(*Dom), 14h10, 16h30, 18h40

Gladiadores(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h00, 23h45*Esquecido(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 16h45, 19h00, 21h20, 23h35* O grande dia(M12) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 17h10, 19h20, 22h00, 00h30*

Scary Movie 5 - Um Mítico Susto de Filme(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h50, 21h10, 00h10* Homem de Ferro 3(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h50, 17h20, 19h30, 21h40, 23h50*Nome de código: Paulette(M12) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado

9 [quinta-feira] 21h30O Foral Manuelino de Viseu(SevenUP - Grupo de Teatro da

Escola Profissional Mariana Sei-xas)

10 [sexta-feira] 21h30Os Piratas(Os iniciados - Associação de Pais

e Encarregados de Educação da Es-cola Básica João de Barros - Mar-zovelos)

11 [sábado] 21h30O Jardim dos Amores(Projeto ComUnidade - Zunzun -

Associação Cultural

12 [domingo] 18h00Máscara (Anti) Criminosa(Visiunarte Ateliês - Associação

Cultural Social e Recreativa de San-tiago )

13 [segunda-feira] 21h30Monólogos da Vagina(Molhe de Grelos - AJAPA - Associa-

ção Juvenil Azeredo Perdigão)

14 [terça-feira] 21h30CircuLAR - o meu lar é o Circo(TRIBAL - Grupo de Teatro de Passos

de Silgueiros)

15 [quarta-feira] 14h30João Porcalhão(Os Vigilantes - Associação de Pais da

Escola nº4 de Viseu - Balsa)21h00Comissário de Polícia, de Gervásio Lo-

bato(ABC do Teatro Colégio da Via-Sacra)

16 [quinta-feira] 21h30Os Piratas(Colombina e Arlequim - Escala Dr.

Azeredo Perdigão Abraveses)

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culturasD Concerto fi larmónico na Fundação Lapa do Lobo

Concerto filarmónico da Sociedade Filarmónica “Fraternidade” de São João de Areias, domingo, às 18h00, no Anfiteatro e Jardim Fundação Lapa do Lobo, em Canas de Senhorim.

Destaque

“Viseu a 01 do 06” vai trazer arte e cultura ao centro da cidade de Viseu durante as 24 horas do dia 1 de junho.

A iniciativa, apresen-tada na segunda-feira, 6, e promovida pelo Teatro Viriato, conta com seis espetáculos de várias ar-tes performativas que ao longo do dia, vão animar largos e praças, num con-vite à redescoberta do ter-ritório.

A dança, o teatro, a mú-sica, o novo circo e o fu-nambulismo vai invadir Viseu, desde o Parque Aquilino Ribeiro, pas-sando pela Praça da Re-pública e pelo Adro da Sé até ao Largo Mouzinho de Albuquerque.

A primeira experiên-cia será “Esta cidade é minha e eu quero viver nela”, às 00h00 de sába-do. Um manifesto poético criado por Joana Cravei-ro, do Teatro do Vestido, e construído a partir das vivências do quotidiano e dos espaços da cidade de Viseu. Os intérpretes con-duzem, a partir do Teatro Viriato, os espectadores pelas ruas, desvendando as memórias da cidade, “numa espécie de visita guiada”, referiu Paulo Ri-beiro.

Das 10h00 às 19h00, o “Viseu a 01 do 06”, mar-ca presença no Rossio com “Uma Carta Core-ográfica”, um olhar de Madalena Victorino so-bre o movimento, o cor-po e a dança. Dez artis-tas interagem e convidam a uma visita coreográfi-ca ao próprio corpo, com ideias, sons, imagens e histórias.

O Parque Aquilino Ri-beiro recebe, às 16h00, uma performance da co-operativa PIA – Projetos de Intervenção Artísti-ca. “Passagem” convida à contemplação de “um fascinante mundo novo de enorme poesia visual”, com recurso ao teatro físi-co em andas e à máscara.

Depois, na Praça D. Duarte, a companhia francesa Les Blues de Travail apresentará “Le voyage de noces”, pelas 18h00. Segundo Paulo Ri-beiro, consiste num “pas-seio turbulento e hilarian-te protagonizado por um casal atípico, um cão em-balsamado e um Fiat 500 caprichoso”.

À noite, o Adro da Sé acolherá, pelas 21h00, “Uma linha no céu…lem-brando João Torto”, com Olivier Roustan, “um francês que é uma refe-

rência do funambulismo internacional”.

Paulo Ribeiro contou que Olivier Roustan fará a travessia entre a Igre-ja da Misericórdia e a Sé em cima de uma corda, ao som de um repertório tocado pela Banda Filar-mónica de Ribafeita e por alguns músicos do Con-servatório Regional de Música de Viseu, orien-tados pelos Drumming.

O dia de festa acaba-rá com a “Orquestra to-dos”, um projeto nas-cido em Lisboa e que apresenta “músicos fan-tásticos de origens dife-rentes, com instrumen-tos clássicos e outros que eles inventaram”, acrescentou.

O diretor do Teatro Viriato explicou que, ste projeto “pretende afir-mar-se como uma marca distintiva e contagiante, com evidente impacto na promoção da região”, e convida à participação “os habitantes da cida-de, de todas as idades e quadrantes, assim como comerciantes, agentes tu-rísticos e o tecido empre-sarial local, para que se transforme numa enor-me experiência de quali-dade cultural e contem-porânea”.

Ddepois deste dia de festa, o projeto irá “extra-vasar para concelhos vi-zinhos”, criando “proje-tos com as comunidades, baseados na relação com os materiais, com as pro-blemáticas e com os ima-ginários resgatados da região”, e serão convida-das “companhias nacio-nais e estrangeiras para transformar espaço pú-blico deste território em cenário para os seus es-petáculos”.

O “Viseu a 01 do 06” é um projeto que envolve cerca de 300 mil euros e foi candidatado pela Co-munidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, presidida por Carlos Mar-ta, ao Programa Operacio-nal Regional do Centro.

Carlos Marta expli-cou que a CIM vai dar a comparticipação nacional do projeto – 20%, cerca de 60 mil euros – porque os 14 municípios que a inte-gram, “num trabalho de rede e de grande coopera-ção, perceberam que era importante este financia-mento”, para mostrar as potencialidades da região e “o talento, a criativida-de e a inovação” dos seus artistas.

Micaela Costa

“Viseu A” anima centroda cidade durante 24 horasIniciativa∑ Várias artes performativas invadem a cidade ao longo do dia 1 de junho

A Carlos Marta, Américo Nunes e Paulo Ribeiro apresentaram o projeto no Teatro Viriato

O som e a fúria

Uma ditadura interior

Em Portugal, o quar-to poder (além dos ou-tros três) tem vindo a perder imensa legitimi-dade. Ou seja: já se fez melhor jornalismo. E não me refiro só ao jor-nalismo televisivo, falo do geral. Lêem-se, ou-vem-se e vêem-se pe-ças jornalísticas com pouca fundamentação, recorrendo a uma só fonte, quando sabemos que em todos os assun-tos há sempre um rever-so da medalha. Pense-mos, por exemplo, nas reportagens dos incên-dios. Só se mostra umas chaminhas, umas velhi-nhas a chorar, os bens que perderam e não se faz nenhuma contextu-alização dos incêndios que estão a tratar. E as perguntas?: “como se sente?”; “perdeu mui-ta coisa?”; “o que vai fa-zer?”.

Recentemente, lem-bro-me de dois casos que me deixaram pro-fundamente irritada: a notícia do jornal “i” de que um ex-colega do avô do Vítor Gaspar es-teve na manifestação da UGT, do passado dia 1 de Maio. Não vale a pena sublinhar o valor deste tipo de informa-ção porque ele é, na ver-dade, inexistente…E os restantes ministros? Há investigar isso senão…Senão o quê?! A segun-da foi, na passada sex-ta-feira, quando liguei a televisão à hora de al-moço (só tenho os qua-tro canais por razões de

“hierarquia” paternal) e me deparei com uma peça jornalística ex-traordinária: andavam eles a cirandar pela Rua Augusta, em Lisboa, e

a questionar (a palavra correta é explorar) a re-ação das pessoas à nova nota de 5 euros. O jor-nalista não andava com meias medidas, era até bastante direto sobre aquilo que andava a in-vestigar: “olhe, vou ago-ra tirar a nova nota de 5 euros para ver a sua re-ação”. Adorava que me perguntassem a porque das duas, uma: ou vira-va costas ou reagia exa-geradamente. Até era capaz de me tornar VIP por causa disso.

Esta exploração do sentimento alheio, este sensacionalismo, tem uma razão: a competiti-vidade. Não só há mais jornalistas do que vagas como, também, os pró-prios meios de comuni-cação se tornaram mais competitivos. A inter-net, claro está, não aju-dou grande coisa. É a competitividade que leva a que, por vezes, a informação seja mani-pulada na procura de maior tempo de antena. O sensacionalismo vive de sentimentos, é visto em notícias de carácter violento ou, quando não as há, inventa-se um qualquer sentimento violento (na nova nota de 5 euros, porque não?) que desvirtua comple-tamente o storytelling dos factos.

Numa época dita de-mocrática, em que po-díamos aprender tanto, mas tanto, com a quan-tidade de informação que circula parece que vivemos numa ditadu-ra interior que, além de bloquear o nosso desen-volvimento pessoal, blo-queia, sobretudo, o nos-so país.

Maria da Graça Canto Moniz

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culturasD II Festival de Humor em Oliveira de Frades

Oliveira de Frades recebe a 10 e 11 o II Festival de Humor “ShOw RIR”, no Cine-Teatro Dr. Morgado, promovido pela Cãmara Municipal. No âmbito do festival decorre ainda a exposição de cartoon “Participação Cívica”, de Miguel Ribeiro, patente no hall de entrada do Cine-Teatro.

Mangualde Hardmetalfest garantido para 2014

O Festival de peso mais antigo de Portugal e um dos 15 mais antigos do mundo em activi-dadeque decorre todos os anos em Mangualde está de regresso a 11 Ja-neiro de 2014.

A 20ª edição do Har-dmetalfest será com-posto por duas gran-des bandas vindas do estrangeiro,em estreia em Portugal. Os fin-landeses Convulse e os alemães Desaster são as grandes atracções, tal como o regresso a Mangualde dos Mata-ratos e Switchtense que estão a fazer furor na Europa.

Tertúlia sobreliberdade deimprensano IPDJ

O Instituto Português do Desporto e Juventu-de (IPDJ) de Viseu pro-move esta quinta-feira, dia 9, na Galeria de Ex-posições, às 21h00, uma tertúlia subordinada ao tema “Liberdade de Im-prensa… O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Porquê?”.

Amadeu Araújo, jor-nalista, António José Coelho, editor, Cata-rina Frias, jornalista /Original TV, Fernan-do Figueiredo, autor do blog “Viseu, Senho-ra da Beira”, João Silva / Nuno Cabral – Escola TV, José Faro, professor, Rui Bondoso, assessor de imprensa, Sérgio So-ares – jornalista /Lusa e Vitor Santos, crítico de desporto, prometem uma noite de debate, moderado por Joaquim Alexandre, autor do blog Blog “Olho de Gato” com uma crónica semanal no Jornal do Centro à qual dá o mesmo nome.

Variedades Destaque

A Câmara de Viseu cha-mou este ano seis parcei-ros para repetir a Fes-ta dos Museus de 16 a 19 deste mês, fazendo com que uma dúzia de espa-ços museológicos do con-celho se apresentem nos quatro dias com as portas abertas de forma especial e assinalem como ponto alto o Dia Internacional dos Museus, 18 de maio.

“Podemos concluir com facilidade que temos uma estrutura museológica que nos orgulha”, afirmou o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, durante a conferência de imprensa de apresentação da Festa dos Museus.

No âmbito da Festa se-rão realizadas atividades em todos os espaços da rede municipal, nomea-

damente o Museu Almei-da Moreira, o Museu do Quartzo, a Casa da Lavou-ra/Oficina do Linho, a Ca-pela do Solar dos Condes de Prime, o Centro de Monitorização e Interpre-tação Ambiental e a Co-leção Arqueológica José Coelho.

Ao evento juntam-se os parceiros, realizando-se também iniciativas nos núcleos museológicos da Diocese de Viseu e do Regimento de Infantaria 14, nos museus de Grão Vasco, da Misericórdia, de Silgueiros e no Tesou-ro da Sé.

Da programação dos quatro dias destaca-se o Dia Internacional dos Mu-seus, em que as várias es-truturas com entrada gra-tuita estarão abertas até às

23h30, com diferentes ati-vidades desde concertos a visitas animadas, (expe-to o Museu de Várzea de Calde). A iniciativa “Al-meida Moreira convida”, com uma visita animada pela associação cultural Zunzum e um concerto na varanda do Museu Almei-da Moreira, que poderá ser ouvido nas ruas próximas são duas das propostas para este dia.

A novidade desta edição é a criação de um passa-porte que dá informação sobre todos os museus. A passagem por cada museu vale um carimbo, poden-do depois o passaporte ser guardado como recorda-ção, de acordo com o ob-jetivo da autarquia.

Emília Amaral

Festa dos Museus abre as portas da cultura à cidadeViseu∑ Iniciativa da Câmara reune 12 espaços museológicos

A Evento que junta autarquia e mais seis parceiros decorre de 16 a 19 de maio

∑ O presidente da Câmara, Fernando Ruas propôs aos responsáveis pelo Regimen-to de Infantaria 14 de Viseu (RIV) que o núcleo museológico que se encontra aberto ao público no quartel de Repeses passasse para o edifício do Centro de Recrutamen-to do Exército, na Rua Direita.

Durante a apresentação da Festa dos Museus, à qual o RIV também se associou este ano como parceiro, Fernando Ruas lembrou que o RIV dispõe de um espólio signifi-cativo que “se estivesse no centro da cidade ficaria mais acessível e mais disponível para ser visitado”. “É uma pena que não esteja mais visível”, reforçou.

O núcleo museológico do RIV vai estar de portas abertas durante este período da Festa dos Museus, podendo ali conhecer-se desde a história do conhecido RI14, aos homens de Viseu que participaram na I Guerra Mundial, a realidade do 25 de abril ou mesmo os ilustres que passaram pelo Regimento de Infantaria e que hoje têm uma sala reservada para a sua memória.

Núcleo museológico do RIV pode passar para a Rua Direita

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O mágico português mais premiado e distin-guido de sempre apre-senta, esta sexta-feira, dia 10, em Mortágua, o seu novo espetáculo “Luís de Matos Chaos”.

Depois de uma pas-sagem pelo distrito de Viseu já este ano, com o “Chaos” de casa cheia no Teatro Viriato, Luís de Matos promete uma grande jornada no Cen-tro de Animação Cul-tural de Mortágua, às 21h30.

E m “ Lu í s de M a-tos Chaos” os mais

est ra n hos e lemen-tos interagem de for-ma mágica e surpreen-dente. Os 90 minutos de espetáculo são uma combinação única da imaginação coletiva de todos os que nele par-ticipam e que permi-te ter sensações, senti-mentos e reações muito diferentes.

Aquando do seu espe-táculo em Viseu, Luís de Matos revelou ao Jornal do Centro que o fascí-nio do caos é a vida de cada um de nós que o le-varam a tal criação. EA

“Chaos” de Luís de Matos apresentado em Mortágua

Variedades

O espetáculo “Adal-berto Silva Silva – um espetáculo de realida-de” com texto de Jacinto Lucas Pires e interpreta-ção de Ivo Alexandre vai estar esta noite de quin-ta-feira, dia 9, no palco do Teatro Viriato, em Viseu, às 22h00.

Uma comédia em for-mato de bolso sobre o desejo, o sonho e os cha-mados problemas prá-ticos.

A crítica revela que é um espetáculo em for-

mato de noticiário para rir a sério. Em Palco, Adalberto é o célebre desconhecido, o tris-te homem comum, um tipo que de tão anor-mal se apalhaça dos modos mais surpre-endentes. Adalberto é um solitário e tímido comum dos mortais que se apaixona perdi-damente por uma des-conhecida no super-mercado e conta a sua história de teleponto e auricular.

“Adalberto Silva Silva” sobe ao Teatro Viriato

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Teatro

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em focoJornal do Centro

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Casa Arouquesa recebe jantar do G15

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saúdesaúde e bem-estar

Inserido no seminário “Acessibilidades, Educa-ção, Cor… um uníssono pela inclusão”, que de-correu na passada quin-ta-feira, 2, foi apresenta-do o ColorADD, um sis-tema de identificação de cores.

O projeto, da autoria do designer português, Miguel Neiva, consis-te na representação das cores através de símbo-los gráficos, desenvolvi-dos com base nas três co-res primárias (vermelho, azul e amarelo). A ideia surge pela necessidade de Miguel Neiva querer criar algo que ajudasse os daltónicos, atendendo às dificuldades sentidas

no dia-a-dia: 90% tem de pedir ajuda para comprar roupa, 73,2% já sentiu em-baraço por a cor escolhida não ser a melhor e 41,5% tem dificuldade ao nível da integração social.

Desde finais de 2010, o ColorADD, está já implementado em mais de 40 âmbitos diferentes e pode ser encontrado em material didático (lápis de cor e jogos), nas tiras da triagem , em medica-mentos de alguns hospi-tais, nas linhas do metro, nos têxteis, em tintas e em contentores do lixo, entre outras áreas.

Para o autor este código universal de identificação de cores para daltónicos

deve ser alvo de “uma re-comendação de boa prá-tica” e não ser obrigató-rio por lei.

Em declarações aos

jornalistas, Miguel Neiva contou já ter sido várias vezes abordado sobre a possibilidade de ser cria-da legislação que torne

obrigatório o uso do có-digo ColorADD, mesmo fora de Portugal. “Já esti-ve na Comissão Europeia, no governo brasileiro,

concretamente com gru-pos de decisores e com várias comissões. Quero é que isto surja pela von-tade de uma comunidade global, não pela imposi-ção de um governo”, fri-sou.

O investigador avan-çou que, para julho, estão previstas algumas ações no Parlamento Europeu com o objetivo de “sen-sibilizar todos os euro-deputados dos 28 países, toda uma comunidade que anda à volta da Co-missão Europeia, para uma necessidade sobre a qual as pessoas não eram sensíveis”.

Micaela Costa

Projeto para daltónicos apresentado em ViseuObjetivo∑ ColorADD consiste na representação das cores através de símbolos e já foi implementado em lápis de cor, medicamentos, linhas de metro entre outros.

A Miguel Neiva, designer português, é o autor do projeto

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SAÚDE

Um grupo de jovens portadores de f ibro-mialgia organiza uma caminhada em Viseu, dia 12 deste mês, para assinalar o Dia para a Sensibilização da Fibro-mialgia. A caminhada vai decorrer pelo Par-que Aquilino Ribeiro, estando o ponto de en-contro marcado para as

15h30, em frente à Câ-mara Municipal.

Fibromialgia é uma doença reumática cróni-ca e incapacitante regis-tada como uma forma grave de reumatismo que, além das articula-ções, atinge músculos, tendões, e mesmo a fi-siologia do cérebro.

Este grupo de jovens

acrescenta que a doen-ça “não deforma fisica-mente mas prejudica a qualidade de vida, o de-sempenho profissional e social devido às do-res, falta de sono repa-rador e ao cansaço físi-co e psíquico”.

A f ibromialgia afe-ta homens, mulheres e crianças de todas as ida-

des, mas estima-se que da população atingida, entre 80% a 90% sejam mulheres entre os 20 e os 50 anos.

Esta doença que afeta entre dois a oito por cen-to da população adulta foi reconhecida pela Organi-zação Mundial de Saúde em 1992 como uma doen-ça reumática. EA

Caminhada em Viseualerta para a fibromialgia

A Câmara Municipal de Sátão vai realizar a segunda edição do even-to “Sátão com Desporto e Saúde”, no domingo, dia 12, às 9h00, no Largo de S. Bernardo, na vila de Sátão. Do programa constam várias ativida-des: uma caminhada com um percurso de cerca de seis quilómetros (dificul-dade baixa/ média), uma aula de grupo ao ar livre e um rastreio da obesidade com a avaliação da Ten-são Arterial, Glicémia e Índice de Massa Corpo-ral, por parte de técnicos especializados da Unida-de Móvel de Saúde.

A autarquia pretende com esta ação gratuita para os participantes “in-centivar as pessoas para a prática do desporto ao ar livre e para os seus be-

nefícios na saúde”, justifi-ca numa nota à impren-sa. EA

Câmara de Sátão promove desporto para a saúde

iiciip lalizar aeven-portoingo, Largoa vila ramaivida-a comrca de ificul-), umalivre e sidadea Ten-mia eorpo-

cnicos Unida-.tendeatuitaes “in-s pararto aous be-

nefífí icios na saúdúde”, justifi-ca numa nonotatata à impren-sa. EA

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SAÚDE

F. Nogueira MartinsNuno Nogueira Martins

Médicos EspecialistasObstetrícia e Ginecologia

Qta do Seminário - VISEU•Marcação: 232 426 021963 024 808 / 915 950 532 / 939 524 958

De que forma é possivel corrigir o desalinhamento dentário?

Opinião

Ana Granja da FonsecaOdontopediatra, médica dentista de crianças

CMDV Kids - [email protected]

OrtodontiaA movimentação de

dentes desalinhados é o tratamento de eleição por não ser evasivo. Tal é possível com o auxílio de um aparelho dentá-rio. Para colocar apare-lho dentário também é fundamental que tenha um osso maxilar e man-dibular em boa quanti-dade e qualidade para que seja possível exer-cer as forças suficien-tes para endireitar os dentes.

É um tratamento de-morado, uma vez que são forças que vão ser exercidas nos dentes para os endireitar e têm que ser feitas de uma forma muito lenta para

não os lesar. Quanto ao facto de

ser inestético, actual-mente já existem bra-ckets transparentes, em vez dos metálicos, e em certos casos é possível colocar o aparelho na parte palatina e lingual dos dentes, isto é na parte de trás dos den-tes, sem que se perceba que tem aparelho den-tário.

O tratamento orto-dôntico para endireitar os dentes, normalmen-te é o tratamento de eleição, se a pessoa em questão reunir as con-dições necessárias para tal, uma vez que man-tém intactos os dentes naturais.

Prótese FixaÉ também possível,

em determinados ca-sos , coloca r coroa s ou facetas (capas de cerâmica) para corri-gir o desal inhamen-to dentár io, quando este não é muito seve-ro. No entanto, para este tipo de reabilita-ção é necessário des-gastar os dentes na-turais para que pos-teriormente estes as possa m receber. As coroas ou facetas são cimentadas (coladas) aos dentes. Em todos os tratamentos os cui-dados de higiene oral e as visitas periódicas ao Méd ico Dent ista são essenciais.

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SAÚDE

“A prevenção secun-dária de doença car-diovascular” é o prin-cipal objetivo do pro-jeto “Passaporte para a Vida”, desenvolvido pe-los enfermeiros do De-partamento de Cardio-logia do Centro Hospi-talar Tondela-Viseu.

O projeto consiste na “realização mensal de uma consulta de enfer-magem na qual são con-vocados doentes que já sofreram de doença car-díaca”, como explicou Melania Rodrigues, uma das responsáveis pelo projeto. “Nessa consul-ta são rastreados fatores de risco como a hiperten-são arterial, excesso de peso e diabetes. Após o rastreio faz-se um ensi-no em grupo na qual se pretende elucidar sobre

os fatores de risco e so-bre os cuidados a ter no regresso a casa do doen-te acamado, bem como cuidados com a alimen-tação”, acrescentou Me-lania Rodrigues.

Estas consultas, do “ Pa ssapor te pa ra a

vida”, decorrem no piso 4 do Centro Hospitalar, uma vez por mês.

Ainda no âmbito das comemorações do mês do coração, o mesmo de-partamento está a orga-nizar uma caminhada para o próximo dia 26

de maio, dois rastreios nas escolas Grão Vasco e Jean Piaget e ações de sensibilização de fatores de risco, também nos es-tabelecimentos de ensi-no.

Micaela Costa

Passaporte para a vidaelucida doentes cardiacos

A Departamento de cardiologia do Centro Hospitalar Tondela-Viseu

800 202 669ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

SOS VOZ AMIGA

CHAMADA GRÁTIS

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CLASSIFICADOS

Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de ViseuRua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de TondelaPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de São Pedro do SulRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

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Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020

Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907

Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

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Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100

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(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)

2ª Publicação

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INSTITUCIONAIS

OBITUÁRIOÁlvaro Andrade dos Santos, 77 anos. Natural de Chãs de Tavares e resi-dente em Guimarães de Tavares, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 4 de maio, pelas 09.30 horas, para o cemitério de Chãs de Tavares.

Laurentina Anjos Martins, 79 anos, viúva. Natural e residente em Mouri-lhe, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 6 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Mesquitela.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Maria do Carmo, 85 anos, viúva. Natural e residente em Reigoso, Olivei-ra de Frades. O funeral realizou-se no dia 5 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Reigoso.

Maria Fernanda Ramos de Castro, 79 anos, viúva. Natural de Cambra e residente em São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 7 de maio, pelas 11.00 horas, para o crematório de Santiago, em Viseu.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

António de Oliveira, 76 anos. Natural de Celorico da Beira e residente em Ranhados, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de maio, pelas 15.30 ho-ras, para o cemitério de Ranhados.

Agência Funerária AbílioViseu Tel. 232 437 542

José Leandro de Almeida, 66 anos, viúvo. Natural e residente em Moselos, Viseu. O funeral realizou-se no dia 1 de maio, pelas 18.30 horas, para o cemitério do Campo.

Regina de Oliveira Sequeira da Costa, 81 anos. Natural e residente em Repeses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de maio, pelas 15.00 ho-ras, para o cemitério novo de Repeses.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)

2ª Publicação

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 582 de 09.05.2013)

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LAZER

SUDOKU

DIFERENÇAS (DESCUBRA AS 5 DIFERENÇAS)

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 530 | 11 DE MAIO DE 2012

∑ A realidade da pequena criminalidade em Viseu

∑ “Mais vale uma grama de exemplo do que um quilo de exortação” (João Cotta)

∑ UGT pede mais dois anos de discriminação positiva

∑ ADDLAP assina contratos com promotores públicos e privados

∑ Dão de 2011 “excecional”

∑ Sernancelhe promove cultura da castanha

∑ Tondela vestiu-se de festa para receber chama olímpica

∑ Utentes contra falta de oftalmologista

∑ Produtos da terra de Mangualde vão à feira

NOVOS PARCEIROS

Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

FOTO DA SEMANA

No largo da Feira Franca, uma simula-ção imperfeita da Tor-re de Pisa. À espera que caia?

| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 14pág. 15pág. 17pág. 20pág. 22pág. 24pág. 25pág. 29pág. 30pág. 31

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> ESPECIAL> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETOR

Paulo Neto

Semanário

11 a 17 de maio de 2012

Ano 11

N.º 530

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

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João Cotta, presidente da AIRV em entrevista exclusiva

ao Jornal do Centro | págs. 8 e 9

Novo acordo ortográfico

Uma novidade:Uma novidade:“a criação do Conselho “a criação do Conselho

Empresarial da Região Empresarial da Região

de Viseu, congregando de Viseu, congregando

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Associação Comercial...”Associação Comercial...”

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Jornal do Centro09| maio | 2013 39

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O presidente do gru-po Impresa, Francisco Pinto Balsemão e o pre-sidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, inauguraram na terça-feira, a exposição “Ex-presso 40 anos”, com as imagens dos principais acontecimentos das úl-timas quatro décadas.

A mostra fotográfica que assinala os 40 anos do semanário português está patente na Praça da República (Rossio) até dia 19 de maio, permi-tindo aos visitantes pas-sar em revista alguns

desses momentos mais marcantes, começando pelos últimos dias da guerra colonial e a Re-volução de Abril, pas-sando por crises polí-ticas e económicas que fazem lembrar o pre-sente, como as várias passagens do FMI por Portugal.

Francisco Pinto Balse-mão realçou na cerimó-nia de abertura da ex-posição que o Expresso nasceu em Lisboa mas sempre foi um jornal de âmbito nacional daí es-tar a percorrer as prin-

cipais cidades do país “mostrando, através de imagens que “o Expres-so publicou um pouco da história de Portugal e do mundo”.

Tal como aconteceu nos quatro distritos por onde já passou a exposi-ção “Expresso 40 anos” e ocorreram as “Con-ferências Expresso”, no distrito de Viseu as duas próximas edições do jornal, publicadas a 11 e 18 de maio, serão alvo de um desconto de 40% e vendidas a 1,80 euros.

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JORNAL DO CENTRO09 | MAIO | 2013Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 9 de maio, aguaceiros fracos. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 6ºC.Amanhã, 10 de maio, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 6ºC.Sábado, 11 de maio, céu limpo. Temperatura máxima de 18 e mínima de 5ºC.Domingo, 12 de maio, céu limpo. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 8ºC.Segunda, 13 de maio, céu limpo. Temperatura máxima de 22ºC e mínima de 11ºC.

tempo

Quinta, 9 maioViseu∑ O município comemora o Dia da Europa (9 de maio) na Praça da República, a partir das 14h00, com várias atividades desde jogos e contos tradicionais da UE a uma sessão de dança para conhecer as músicas e aprender passos das danças tradicionais da UE.

Sexta, 10 maioS. Pedro do Sul∑ Abertura do IX Encontro Cultural S. Cristóvão de Lafões “Cister: por entre História e Imaginário”, às 10h00, no Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões. O encontro decorre durante dois dias, organizado pela Associação dos Amigos doMosteiro de São Cristóvão de Lafões e o Departamento dos Bens Culturaisda Diocese de Viseu.

Sexta, 10 maioS. Pedro do Sul∑ Primeiras Jornadas da Misericórdia de Penalva do Castelo subordinadas ao tema “Unidos pela Fé no Apoio e Intervenção Social e Educacional”, na Casa da Insua.

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

A estrear a sua nova imagem gráfica, o Diário de Viseu saiu com uma sumarenta primeira página com Fernando Ruas em discurso directo: “Há muitos a que-rerem que volte daqui a 4 anos”.

Os dois pontos principais desta entrevista saída em 2 de Maio foram o “regresso” e o “legado” do dr. Ruas.

1. Sobre o “regresso” não há nada de novo a dizer. O que escrevi aqui nesta coluna em 4 de Janeiro, ainda não havia candidato oficial do PSD, mantém actua-lidade.

Transcrevo-o: “o dr. Ruas não se cansa de repetir que regressa em 2017. Ora, perante esta sombra, como é que Almeida Henriques vai convencer as pessoas que é um candidato a sério e não alguém que só quer tomar conta da “quinta” durante quatro anos?”

2. O “legado” e a avaliação do que fez é agora a prin-cipal preocupação do dr. Ruas. Está a fazer isso atra-vés de entrevistas e a edição de livros. A ansiedade pe-rante o juízo da história faz parte da natureza humana, essa ansiedade não percebe que têm que ser outros e não o próprio a fazerem essa avaliação.

Fica já aqui o meu juízo objectivo sobre o trabalho do dr. Ruas: ele foi um bom presidente da câmara, fez coisas bem, fez coisas mal, mas fez muito mais coisas bem que coisas mal.

Note-se: esta avaliação positiva já tem em conta este último mandato, o mais fraco dos seis. Valha a verdade, estes últimos anos da oposição socialista, com a deser-ção maciça da lista de Ginestal, foram ainda piores.

O eleitorado viseense vai votar no candidato que lhe der melhores garantias que as coisas vão continuar a funcionar bem, sem rupturas nem aventureirismos.

Ora, Almeida Henriques precisa de romper muito mais com o “legado” do dr. Ruas do que José Junqueiro. É que o candidato do PSD precisa de se assumir como um candidato a presidente da câmara e não como um guardador da “quinta” por quatro anos. Não lhe vai ser fácil desatar este nó.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

O legado

Rossio∑ Até dia 19 a mostra fotográfica permite recordar grandes acontecimentos das quatro décadas

agenda∑

Exposição sobre os 40 anos do Expresso está em Viseu

A A exposição foi inaugurada na terça-feira

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