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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510-028 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 12 pág. 16 pág. 29 pág. 31 pág. 33 pág. 34 pág. 38 pág. 41 pág. 43 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > EM FOCO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 23 a 29 de maio de 2013 Ano 12 N.º 584 1 Euro 0,80 Euros Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Novo acordo ortográfico Nesta edição Nesta edição PRAÇA DE GÔA LOTE 14 R/C 3510-069 Viseu Tlf: 232 422 907 Tlm: 961 551 723 Fax: 232 422 117 WWW.ECVIRIATO.PT – [email protected] Carta de Condução para todas as Categorias. Motociclos – Ligeiros – Pesados de Mercadorias e Passageiros Formação à sua medida: Cercados de Apdão Prossional (CAM), Motorista de Transporte Colevo de Crianças, Tacógrafos e Similares,… Carta Ligeiros 450suplemento suplemento Emprego Emprego & & Formação Formação 2013 2013 Paulo Neto José Junqueiro, candidato do PS à autarquia viseense José Junqueiro, candidato do PS à autarquia viseense | páginas 8, 9 e 10 Agora com novo preço x xx “Um governo municipal “Um governo municipal não é uma não é uma passerelle passerelle

Jornal do Centro - Ed584

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Jornal do Centro - Ed584

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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510 - 028 Viseu · [email protected] · w w w.jornaldocentro.pt |

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pág. 43

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> EM FOCO

> CULTURA

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário23 a 29 de maio de 2013

Ano 12N.º 584

1 Euro0,80 Euros

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Novo acordo ortográficoNesta ediçãoNesta edição

Publicidade

Textos: Micaela Costa

Grafismo: Marcos Rebelo

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PRAÇA DE GÔA LOTE 14 R/C 3510-069 Viseu

Tlf: 232 422 907 Tlm: 961 551 723 Fax: 232 422 117WWW.ECVIRIATO.PT – [email protected]

Carta de Condução para todas as Categorias.

Motociclos – Ligeiros – Pesados de Mercadorias e Passageiros

Formação à sua medida:

Cer��cados de Ap�dão Pro�ssional (CAM), Motorista de

Transporte Cole�vo de Crianças, Tacógrafos e Similares,…

Carta Ligeiros

450€

suplementosuplementoEmpregoEmprego&& Formação Formação

20132013

Paul

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∑ José Junqueiro, candidato do PS à autarquia viseenseJosé Junqueiro, candidato do PS à autarquia viseense | páginas 8, 9 e 10

Agora com

novo preçoxxx

“Um governo municipal “Um governo municipal não é uma não é uma passerellepasserelle””

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praçapública

palavrasdeles

rA solução não é aplicar medidas de austeridade que julgando que reduzem a despesa, a única coisa que fazem é criar dor, sofri-mento, sacrifícios e uma espiral recessiva, menos economia e mais desem-prego. Conhecem algum país que tenha reduzido a sua dívida ficando mais pobre?”

António José SeguroSecretário-geral do PS na apresentação da recandidatura de

João Azevedo a Mangualde

rIndicação dada pelo governo de Durão Bar-roso, ao então Presi-dente da República, Jor-ge Sampaio, para não promulgar o diploma aprovado no Conselho de Ministros de António Guterres que criou o Ins-tituto Universitário de Viseu, forma jurídica da Universidade Pública.”

José JunqueiroCandidato do PS à câmara de Viseu, em entrevista ao Jornal do Centro

r As cidades têm que se demarcar e ganhar visibilidade, não pelo seu quotidia-no normal, mas por estes acontecimentos (Viseu a 1 do 6) ”

Paulo RibeiroDiretor do Teatro Viriato, em entrevista ao Jornal do Centro

rNão sei como dor-mem os principais responsáveis que nos trouxeram a esta situ-ação”

Daniel BessaEconomista, durante a iniciativa Dão Primores

Estranhos os tempos que vive-mos. Estranhos os homens que nos governam. Estra-nhas as ordens mundiais, miste-riosas, subterrâ-neas, tenebrosas que parecem ter a economia do pla-

neta nos aduncos dedos de garra afiada, co-manditadas por serviçais discretos mas efi-cazes na porfia das ordens dadas…

O presidente da república, perante o real circundante tornou-se místico como um franciscano ciliciado e face à incompetên-cia dos terrenos, invoca as Alturas passan-do a crente Mariano, refúgio de muitos… e ao milagre, certeza de todos.

O primeiro-ministro assemelha-se a um maestro assíntono a reger uma sinfónica que toca a Casa da Mariquinhas…

Entrei onde era a sala, agora está / À secretária um sujeito que é lingrinhas (…) E lá para dentro quem passa / Hoje é pra ir aos penhores / Entregar ao usurário, umas coisinhas / Pois chega a esta desgraça toda a graça / Da Casa da Mariquinhas

/ Pra terem feito da casa o que fizeram / Melhor fora que os mandassem prás alminhas…

Quando crê dirigir a Marcha Triunfal, da Aïda, de Verdi com o povo a cantar:

Vieni, o guerriero vindice / Vieni a gioir com noi / Sul passo del eroi / I lauri, i fior versiam!

Gaspar alucinado e azafamado com a apo-calíptica gadanha e enquanto não parte para um golden paradise, dissemina a fome e a desgraça.

Portas ligeirinho com figura de espontâ-neo a saltar do redondel para o touro, faz-lhe três cabriolas mirabolantes pela cernelha e é retirado do efémero, ilusionista e insólito ar-rebatamento pela segurança da praça.

Os pensionistas têm de prémio para uma vida inteira de trabalho e descontos nunca negados, o prenúncio da miséria, com cor-tes brutais nas esquálidas pensões, saúde obstaculizada, rendas a disparar, custo de vida a entrar em órbita. Esperança de vida sem qualidade de vida! Foi esta geração que procriou Coelho, Portas e Gaspar e que está a pagar pelos valores que não lhes incutiu, tais como: honradez, lealdade, hombridade, solidariedade e justiça social.

Os cidadãos activos lutam penosamente com a incerteza, a injustiça a indefinição e a

dificuldade crescente.Os jovens, esses são as vítimas a quem

tudo é surripiado, futuro incluído. Na pre-cariedade em que vivem, só a angústia, o desânimo e a revolta são companheiros da jornada.

Da Grécia já não se fala. Porquê? Porque a temos em casa no pior do dia-a-dia.

Nem o futebol nos alenta. Talvez o casal Mariani tenha razão: Sem milagre não va-mos lá!

Em Viseu, o BE apresentou a sua candi-data Manuela Antunes. O PSD apresentou o seu candidato Almeida Henriques. O PS apresentou o seu candidato José Junqueiro. Ainda falta alguém?

O presidente da federação do PS e pre-sidente da câmara de Mangualde, um dos mais jovens e promissores autarcas, apre-sentou a sua candidatura com a presença do secretário-geral do seu partido, Antó-nio José Seguro e pesos-pesados como Jor-ge Coelho.

Perante a incompetência, ineficácia e ca-lamidade de um poder central impruden-temente desaustinado, o poder local na sua capacidade de inovação, concretização e salutares práticas, é, em geral a esperança

das próximas décadas. Os desafios passam por eles, construtores, quando os outros são destruidores.

Ouvi há dias a tese de uns jovens que, na sua desesperança e plausível ingenuidade, preconizavam a possibilidade da desagre-gação da nação e a constituição de regiões autónomas com governos próprios. Fiquei a pensar se a ideia é tão disparatada assim… Para que nos servem os “gigolos”?

Entretanto, por aí fora, os grandes títu-los são:

“Marques Mendes acusa banqueiros pela situ-ação do país.”

“PS acusa governo de instalar clima de medo entre os reformados.”

“Austeridade: a epidemia que mata.”“Minha vontade era rasgar o memorando.”

(M. Alegre)“Inspectora da PJ suspeita de homicídio sai em

liberdade.”Para nos dar esperança…“Cinco milhões de portugueses têm peso a

mais.”“Madoff cobra 40 dólares mensais por limpar

computadores na prisão.”Estamos falados!

Pra terem feito da casa o que fizeramMelhor fora que os mandassem prás alminhas…

Editorial

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

Opinião

Escrevo após a resolução do campeonato da primeira liga de futebol. Faço-o porque não considero ser necessário fugir ao tema apenas para ser diferente. Faço também a justa decla-ração de interesses: sou adepto portista, pelo que a minha análise poderá ser enviesada. Fa-lando do futebol propriamente dito, venceu a equipa mais competente e séria deste campe-onato. Não venceu a equipa que praticou me-lhor futebol durante mais tempo. Diria que o Porto exibiu maior qualidade futebolística du-rante cerca de 1/3 do campeonato, enquanto o Benfica praticou melhor futebol nos restantes 2/3 do campeonato.

Quando o campeonato, a apenas três jor-nadas do fim, foi dado, irresponsavelmen-

te, como decidido, o espírito sofredor, sério, competente e lutador acabou por prevalecer sobre um futebol que teve tanto de bonito como de incompetente, sempre que de gran-des jogos se tratava. O Benfica demonstrou inconsistência nos grandes momentos, o que num campeonato pouco competitivo, ape-sar de surpresas como o Paços de Ferreira e o Estoril, acabou por se revelar decisivo. Por outro lado, o Porto que perdera a liderança à 21ª jornada, num jogo deplorável contra o Sporting, acabou por demonstrar a perseve-rança inerente aos campeões.

O percurso do Porto ao longo das últimas três épocas é praticamente incólume. Ape-nas uma derrota em 90 jogos de campeona-

to seria sempre assinalável. Porém algo mais deve ser tido em conta. Estes três últimos anos mostraram um campeonato profissio-nal de futebol cada vez mais parecido com a situação do país e respectivas classes sociais. São cada vez mais os clubes pobres e em gra-ves dificuldades financeiras. A diferença de poderio financeiro dos dois primeiros classi-ficados lembra a pequena franja da sociedade portuguesa que passa por entre os pingos de chuva da desgraça que se apodera de nós.

A crescente diferença entre Porto, Benfica e restantes, aliada a um Sporting comato-so, capaz de prescindir do treinador mais competente que poderia ter, acrescida de um Sporting de Braga, que por via da não qua-

lificação para a Champions será obrigado a um encurtamento orçamental, enfraqueci-do, não augura nada de bom. Antecipa-se a continuação de uma luta a dois, num cam-peonato a duas velocidades, onde a falta de competitividade e as menores receitas publi-citárias levarão seguramente a um campeo-nato crescentemente mais pobre de interes-se e de capacidade de atracção dos princi-pais intervenientes deste desporto, que são os jogadores.

PS: Como portista gostaria de salientar um nome – Lucho. 6 vezes campeão em 5 épocas e meia. É o verdadeiro comandante.

David Santiago

Futebol espelho do país

Jornal do Centro23 | maio | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Tem o hábito de visitar museus?Quais conhece em Viseu?

Importa-se de

responder?

Visito frequentemente museus. Em Viseu conheço o Mu-seu Grão Vasco, o Museu Arte Sacra da Sé de Viseu, o Mu-seu Etnográfico de Silgueiros, o do Automóvel e Arte do Ca-ramulo.

Claro. Museu Grão Vasco, Museu da Sé, Museu do Quart-zo, o Almeida Moreira e também alguns ́ monos’ que andam pela cidade.

Não tanto como gostaria, porque nem sempre tenho essa oportunidade. Mas sou um admirador e defensor de todo o nosso património. Em Viseu conheço o Museu Grão Vasco.

Sim costumo. Em viseu conheço o Museu Grão Vasco e o Museu do Quartzo. No Grão Vasco, para além das obras ex-postas, o ambiente é semelhante a uma catedral, no do Quart-zo a interligação entre o edifício e a paisagem, a meu ver, está muito bem conseguida.

Paulo ValorProfessor

João NascimentoDesempregado

Carlos FerreiraJornalista

José António FerreiraEnfermeiro

estrelas

João AzevedoCandidato do PS àCM de Mangualde

José Junqueiro reafirma o pro-grama da candidatura que apresen-tou publicamente em Abril.

Lusitano

números

500.000€Será nas palavras de An-

tónio Albino, presidente do Académico de Viseu, o orçamento para a próxima época.

José JunqueiroCandidato do PS à CMV

Treze anos depois, o Lusitano de Vildemoinhos volta a marcar presença no campeonato nacio-nal de futebol.

O jovem autarca apresentou a sua recandidatura acarinhado pe-los peso-pesados António José Se-guro e Jorge Coelho.

Há apenas um motivo que leva os agen-tes de mercado concorrencial a agirem de forma concertada: o risco de colapso. Nin-guém gosta de cartéis ou, muito menos, de cooperação – nem bancos, nem gasolinei-ras, nem agentes económicos nem políticos. Mas é um mal menor quando o que está em causa é mesmo o seu habitat - a cultura da competição.

Só assim se explica que, não pela primeira vez, PCP e Verdes estejam ao lado de PSD e CDS-PP na Assembleia da República, com a conivência vazia do PS, na missão de difi-cultar a vida aos movimentos de cidadãs/ãos que não pretendem constituir-se ou militar nalgum partido político. Se já em Março a exclusividade de partidos políticos no Par-lamento foi defendida pelos partidos, do BE ao CDS, naquilo que aqui chamei de “técni-

ca do quadrado”, a votação em plenário da igualdade de tratamento de listas de grupos de cidadãos eleitores em candidaturas às eleições autárquicas, no passado dia 17, foi, mais uma vez, representativa de como esta malta protege bem as suas costas.

O Provedor de Justiça já abordou o assun-to mais que uma vez, de sua iniciativa e a pedido de diversos movimentos, mormen-te a Associação Nacional de Movimentos Autárquicos Independentes. Foi nas velhas recomendações da Provedoria – datadas de 2010 - que o Bloco de Esquerda, o Verão pas-sado, redigiu um projecto de lei em que nele foram “vertidas” essas recomendações, a sa-ber: paralelismo do regime fiscal e inclusão do símbolo dos grupos de cidadãos eleitores no boletim de voto. Grosso modo, as candi-daturas de grupos de cidadãos eleitores são

prejudicadas em mais de um quinto por via do pagamento do IVA (23%!) das despesas de campanha, do qual os partidos políticos estão isentos.

Apesar do Bloco de Esquerda ser o propo-nente do projecto de lei não-aprovado, urge perceber que este é o seu papel na técnica do quadrado. O BE é um partido que não conseguiu, ainda, afirmar-se autarquica-mente, não conseguindo sequer formalizar candidaturas em imensas autarquias e não conseguindo, também, conduzir ao sucesso aquelas que conseguiu pôr de pé, à excepção de, como sabemos, Salvaterra de Magos, um sucesso renovado em 2009, depois de conse-guido em 2005 em que a cabeça – a Presiden-te - era uma “independente”.

O BE sabe que o seu trunfo nas eleições au-tárquicas está no apoio às “independências”

e aos grupos de cidadãos eleitores e é assim que o BE espera vir a conseguir o enraiza-mento social que permite a base autárquica a um partido político.

O BE existe no Parlamento porque existe descontentamento com o fecho do sistema e estabelece-se como único poro do sistema porque sabe que sem essa (falsa) permeabi-lidade deixa de existir. Um regime, para se manter, precisa de permitir forças centrí-fugas, franjas de descontentamento, se não implode. O BE é essa franja. Não há poder na UDP, no PSR ou outros que tais. O poder do BE está no contributo da ilusão de que nos está a ser concedido poder.

Os partidos têm medo do anun-ciado desmoronar da máquina, sim.

Silvia Vermelho

De que têm medo os partidos políticos?Opinião

Jornal do Centro23| maio | 2013

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

Foi Aquilino Ribeiro que me mos-trou que palavras que conhecia tão bem, mas que não professava na cida-de, tinham afinal lugar, eram distinti-vas, iam além do seu significado, pois continham em si sentimentos e sen-sações com profundidade inalcançá-vel pelas óbvias definições. O nagalho, nunca mais será tão simplesmente um bocado de corda ou de fio, mas será o cheiro a ferrã cortada de fresco, será a textura do feno arrebanhado, e o cinto que segurava as calças dos maltrapi-lhos menos afortunados. A vergonha do meu discurso beirão, no exagero da utilização do pronome “vós” e as con-jugações verbais que originava, dissi-pou-se totalmente à medida que cres-cia, tanto em idade e altura, bem como

em termos afetivos e de orgulho por es-tas terras. Com os seus livros, desviei-me do lugar-comum e liguei-me umbi-licalmente e para todo o sempre à terra que me pariu. Este orgulho desmesu-rado, mas merecido, que o beirão com unhas cheias de esterco sente, vem de uma pureza e limpidez de visão do pró-prio mestre, um mestre das letras que nunca deixou de ser o rapaz que bebia inspiração no mais simples que o rode-ava. Nunca se deslumbrou por intelec-tualismos baratos ou de algibeira, mas agora, volvidos 50 anos da sua morte, deve andar às voltas na sepultura. Os três concelhos mais interessados em manter viva a memória e obra do mes-tre, Sernancelhe (onde nasceu - Car-regal), Moimenta da Beira (onde teve

casa - Soutosa) e Vila Nova de Paiva (onde foi batizado – Alhais) decidiram partilhar a administração da Fundação Aquilino Ribeiro, mas tal qual como comadres, e parecendo divididos pe-las cores políticas, passaram para se-gundo plano os objetivos primordiais de perpetuar Aquilino Ribeiro como bem cultural de todos e para todos. A situação culminou com o afastamento da autarquia de Sernancelhe das cele-brações da FAR do cinquentenário da morte do escritor, que durante décadas o bem lembrou e celebrou, mesmo an-tes de haver o ”dinheiro”, o “poder” e o “prestígio” que a Fundação traz. Estes arrufos, normais quando a trindade re-ferida se verifica, acabaram por resultar em 2 programas diferenciados: no dia

50 anos sem Aquilino RibeiroDiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Micaela Costa, (estagiária) [email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

Departamento MarketingPedro [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoAvenida Alberto Sampaio, 1303510-028 ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

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Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai à quinta-feiraMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

Fernando [email protected]

Aquando da campanha para a presi-dência dos Estados Unidos, em 1960, a campanha de Kennedy, referindo -se a Nixon, fez a seguinte pergunta aos cida-dãos eleitores americanos: “Você com-praria um carro em segunda mão a este homem?”. Nixon perdeu as eleições. Em ano eleitoral, com alguns dos can-didatos já no terreno, o panorama a que se assiste é confrangedor no mínimo. Num dado instante revelam-se como o mais beato dos anjinhos para no ins-tante seguinte, de forma altaneira, afir-marem o contrário de ontem, como se não tivessem nada a ver com o assunto, e pelo meio vão trocando mimos e dei-xando promessas ao povo, numas prédi-cas de pastores evangélicos acabados de

chegar a uma nova cidade! Ontem um revelava-se assustado com a taxa de de-semprego de 10,8%, resultante da gover-nação do outro, e promete hoje reverter a taxa de 17,7% que deixa como heran-ça na sua governação que assusta ago-ra o outro. Em resumo, um e outro se-riam cómicos não fosse a questão bem gravosa. O leitor, compraria um carro em segunda mão a algum deles?

Mais do que lembrar o passado, de-vemos reflectir sobre o presente e pers-pectivar o futuro de olhos na realidade do concelho de Viseu. Hoje, Viseu é um concelho de desenvolvimento intermé-dio, embora algumas características nos aproximem dos concelhos mais desen-volvidos tais como: taxa de crescimento

demográfico; segurança; vias de comu-nicação; desenvolvimento concêntri-co e organizado do espaço urbano. Por outro lado, a falta de emprego jovem e qualificado; o fraco desenvolvimento industrial; os impostos e fiscalidade mu-nicipal elevada; a reduzida aposta em políticas de dinamização cultural; a falta de desenvolvimento industrial; a intro-dução das portagens; a falta de ligação à rede ferroviária; a promoção da subsi-diodependência e o elevado grau de di-rigismo político da sociedade aproxima Viseu dos concelhos menos desenvolvi-dos. Viseu não se desenvolveu como po-deria. Sim somos bons, muito bons, mas após anos e milhões de euros de fundo comunitários, deveríamos estar melhor

Aproxima-se a hora das decisões

Opinião

Opinião

Tive oportunidade de, na última sessão da As-sembleia Municipal, cumprimentar o seu Presi-dente enquanto candidato anunciado do PSD à Câ-mara Municipal de Viseu. Apesar de militarmos partidos diferentes e politicamente divergirmos em muitos temas, a saudação democrática é, do meu ponto de vista, sempre indispensável.

Após a apresentação pública da sua candida-tura e de uma longa entrevista que deu a este jor-nal hoje exerço outro direito/dever democrático:

dar opinião sobre o arranque da sua campanha autárquica.

Numa frase: olhem para o que eu digo (que iro-nicamente é o que o PS diz há muito tempo e se mantém a dizer nesta campanha), não olhem para o que eu fiz.

Quem esteve atento à apresentação da candi-datura de José Junqueiro, às entrevistas que tem vindo a dar ou ao programa que tem em discus-são pública há algumas semanas concluirá que o

candidato do PSD decalcou as suas ideias base. E isto não deverá causar espanto, ambos diagnosti-caram bem (sendo que Junqueiro primeiro...): do que precisamos é de emprego, de desenvolvimento económico, de regeneração urbana, de mais e me-lhores políticas sociais.

O que corre mal ao candidato do PSD é que está ensombrado por dois factos: o seu apoio e parti-cipação nos últimos anos no governo municipal e, mais recentemente, no Governo do país. Com

Dificuldades

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Opinião

Não me parece ser leal, antes de mais comigo mesmo, aceitar esta cegarrega que por aí anda, diariamente, sobretudo na rádio e televisão. Re-firo-me ao facto de quem dá as notícias tecer co-mentários de mote próprio e opiniões pessoais (ou do grupo que representa). O ar enxofrado e/ou a voz incendiada dos repórteres, confor-me os casos, foge, a pulos de lobo, do que é um bom serviço jornalístico. Não é aceitável que se teçam comentários pessoais ou que se orien-te, descriminando, quer a tomada de imagens, quer aqueles que se elegem para “botar um pal-

pite”, ou mesmo os diálogos nas entrevistas. As notícias destinam-se a dar as informações re-colhidas, ponto final! Devem ser apresentadas ser qualquer carga que não seja a exposição dos factos a noticiar, com uma dimensão aceitável e a abrangência possível no que tange à explana-ção do sucedido ou do evento.

O que se assiste, por exemplo na televisão, é ao (à) jornalista fazer uma pergunta e, de imediato, cortar a palavra ao entrevistado logo que se aper-cebe que o rumo da resposta não corresponde àquele que a grelha de informações ou o gosto

pessoal do entrevistador definiu como relevan-te e pretendido. Ou, mesmo, fugir ao contacto com pessoas ou entidades que, de alguma for-ma, possam desviar o sentido que pretendem dar ao facto a ser coberto jornalisticamente, ou à argumentação aceite como favorável. O con-flito borbulhante dos nossos “partidos” políti-cos em relação ao teor, substância e orientação das notícias veiculadas pela RTP é bem, e apri-moradamente, um exemplo desassombrado do que estou a querer dizer. Houvesse isenção e tal não aconteceria. E para que não haja isenção é

Alhos e bugalhos

Jornal do Centro23 | maio | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

20 de Abril em Soutosa (C. M. Moimenta da Beira, C. M. Vila Nova de Paiva, FAR e APE) e no próximo dia 25 de Maio em Ser-nancelhe (que contará com presenças como o Dr. Alberto Correia, o Dr. Lima Bastos e outros ligados ao Centro de Estudos Aquili-no Ribeiro; com um roteiro evocativo com a respetiva obra como pano de fundo e que conta já com mais de uma centena de inscritos). Curiosa como sou, marquei presença na primeira, encontrei ilustres conterrâneos, mas a elite vinda do norte, essa, fez-se esperar cerca de 3h. Essa lon-ga espera até podia ter sido recompensa-da, mas não o foi, nenhum dos que como eu não tinham ido nos autocarros “VIP” com direito a almoço prolongado, ficou a saber mais do que sabia antes de lá ter che-gado. Não tivemos direito a guia no auto-

carro e o roteiro aquiliniano ficou muito a desejar, pelo atraso e pela eliminação da visita ao local do nascimento, o Carregal, onde veríamos os ciprestes por si descritos e ouviríamos o mesmo sino. Só não ficou totalmente desprovido de locais no con-celho de Sernancelhe porque era inexpli-cável a não ida à Lapa ver o seu quarto, e a visita ao Mosteiro de Nossa Sra. da As-sunção da Tabosa, porque havia fálgaros e vinho para degustação, sem visita ao lo-cal público de culto. No regresso a Soutosa onde foi servido lanche ajantarado, a elite interrogou-se que peixe era aquele afoga-do em molho com cheiro a vinagre, e que incomodamente escorria pelos dedos, mas a plebe lambia os dedos e usava como prato uma fatiga de trigo, pois aquelas trutas de escabeche estavam tão boas como as que o

mestre comeu. Já a noite rompia e apareceu o figurino incontornável de qualquer aldeia beirã, o eterno bêbedo na sua bicicleta, a lamber a estrada de berma a berma, com o cigarro preso ao lábio, e tentando obter um copito de tinto à borla. Eu imaginei-o logo herói e personagem emblemática num li-vro de Aquilino, os “outros”, os estudiosos, olharam de soslaio e esboçaram cara de nojo, entretidos que estavam apreciando o espumante Terras do Demo. Tive então a certeza do quão longe toda esta come-moração estava do universo aquiliniano, da súcia à volta de trutas, fumeiro, trigo da Lapa e vinho carrascão, provavelmente acompanhada de umas notas de acordeão ou concertina. Lembrei de catadupa todas as evocações que o concelho de Sernance-lhe já fez, as palestras, as tertúlias, a Feira

Aquiliniana, a Revista Literária Aquilino, a maneira como lembra o seu mestre desde há muitos anos e recorrentemente com um tal bom gosto e dedicação, que todas termi-nam com um profundo envolvimento e at-mosfera que nos transporta para o universo literário do escritor, onde ninguém conse-gue apontar qual o que veio pelo copo de vinho à borla ou aquele que se perde nos seus livros durante horas, pois qualquer um dos dois é tratado e recebido da mesma for-ma, qualquer um dos dois lamberá os dedos com iguarias típicas e porá na camisa uma nódoa de tinto, porque o canto à desgarrada o fez balancear o copo. Em Sernancelhe não se lê simplesmente o que ele escreveu, vive-se o que ele descreveu, de forma intemporal, e no próximo dia 25 tenho a certeza que não será diferente.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

preparados para o presente. O modelo de desenvolvimento seguido nas últimas déca-das teve como resultado o regresso da emi-gração. Paradigma do subdesenvolvimento dos anos 60, no qual a emigração, de ontem tal como a de hoje, existe não por vontade própria mas pela mais simples necessidade e falta de oportunidades. Neste ponto a única alteração é a elevada qualificação académica de quem parte. Contudo, Viseu, não é uma ilha isolada no contexto nacional e teremos que estar dispostos a partilhar as nossas con-quistas e derrotas. O cidadão viseense é um ser de acção, coragem, abnegação, acolhedor e capaz de perseguir um objectivo comum. Neste momento, particularmente difícil, os viseenses impelidos pelo poder municipal têm de se unir em torno de um projecto co-

mum para o reforço da cidadania activa. As verdadeiras reformas só acontecem com a participação dos indivíduos, de todos os in-divíduos. Para tal acontecer, será necessária uma liderança motivadora pelo exemplo. Como já afirmei, existem aspectos positivos que devem ser aproveitados, mas se quere-mos ser a capital de uma nova geração de políticas, ideias, cultura e pessoas temos de avançar.

Como sociedade, devemos apostar numa visão a longo prazo e enfrentar o futuro com vontade e determinação. Necessitamos de exigência, determinação, realismo, prag-matismo. Temos de desenvolver uma nova cultura social através do apoio à família, a instituições sociais e ao voluntariado. Im-portante também será reforçar a seguran-

ça através do diálogo saudável com a PSP e reforçar a capacidade da polícia municipal e a operacionalidade dos Bombeiros, bem como aproximar as aldeias da cidade atra-vés da melhoria da oferta de transportes pú-blicos. Em termos macro temos de lançar a economia, a indústria, a cultura, apostar no turismo, incentivar a criação e produção lo-cal. Terá de existir uma mudança no modelo de desenvolvimento económico. É meu en-tender que os municípios não devem criar riqueza, no sentido de serem os principais empregadores, mas devem criar condições de atracção do investimento económico. Devem recompensar o mérito, a inovação, a responsabilidade social e ética. De igual modo, não podemos gerir um espaço urba-no que se quer moderno usando a mentali-

dade e os instrumentos do passado. Neste ponto o município deve jogar ao ataque, tor-nar o concelho atractivo para que trabalha-dores, estudantes, investidores, empresas, desenvolvam a sua actividade. A feira de S. Mateus deve ser um catalisador e montra das nossas potencialidades. Neste novo pa-radigma, deve-se dar prioridade ao investi-mento reprodutivo. Menos rotundas, mais apoio a PME (pequenas e médias empre-sas). Os agentes políticos terão de assumir um compromisso eleito-eleitor com base numa ética de responsabilidade de modo a acabar com a fuga aos compromissos. Salvo melhor opinião, o caminho terá que ser por aqui. O contrário é passarmos a vida a com-prar carros em segunda mão aos vendedo-res errados!

efeito, será difícil a Almeida Henriques des-colar da imagem do actual executivo muni-cipal. Pode falar em novo ciclo mas a verdade é que ele pertence ao velho ciclo. É Presiden-te da Assembleia Municipal de Viseu há vá-rios anos e não lhe são conhecidas propostas ou apoio a propostas criadoras de emprego em Viseu como agora aparece a defender entusiasticamente. Pelo contrário, sempre votou orçamentos que pesaram fiscalmen-

te (e muito!) as empresas do nosso concelho, nunca apoiou as propostas do PS de criação de incubadoras de empresas e nunca foi ou-vida a sua voz contra a gestão municipal dos parques industriais, apenas para dar alguns exemplos.

Depois temos a sua participação no (des)Governo de Passos Coelho, de quem é, ali-ás, compagnon de route de longa data, con-temporâneo da JSD, foi arrebatado apoiante,

seguramente “ponte” para Fernando Ruas mandatário nacional da sua candidatura in-terna e, diz-se, “ponte” para o também vi-seense Álvaro, como queria ser chamado quando chegou ao governo. É um curriculum (alguns dirão cadastro) pesado, do qual, por mais que aluda a medidas “positivas” que implementou no seu consolado, dificilmente se distingue até porque hoje são conhecidos os resultados: desemprego a passar os 17%,

dívida pública a crescer face ao PIB, empo-brecimento, emigração em barda, falências à velocidade da luz e decadência das políticas sociais como não se imaginava que atingis-sem o Portugal europeu do sec. XXI.

As dificuldades de Almeida Henriques são as de qualquer elefante a querer saltar de ne-núfar em nenúfar, as intenções podem ser as melhores, os resultados, esses, não dão mar-gem para enganos… o nenúfar não aguenta.

necessário que as chefias sejam objecto de nomeação. E as nomeações servem escra-vamente a quem as fez na qualidade de: in-teresses políticos, maçónicos, religiosos, bancários, sindicalistas e o que mais mexe. A isenção “foi-se” por mero desvio do que deve ser a charneira dos serviços que se prestam: verticalidade, escorreição e com-pleta liberdade (no seu mais puro sentido) na tomada de decisão.

Estes conceitos, há muito adulterados e conspurcados (ou consporcados!) foram

postos em segundo ou terceiro plano re-ferentemente a interesses instalados ou a instalar. Manietaram, com a desculpa das mais amplas liberdades, a liberdade supre-ma. Aquela que é imaculada e inatingível. A que não permite batotas, trafulhices nem desvios. A que salvaguarda contra o que se passa nos bastidores dos partidos, dos Ban-cos, dos Vitors Constâncios, dos que jogam na bolsa com as nossas pensões, dos que mentem descaradamente nas televisões e rádios públicos e, ainda, nos jornais, clare-

ando notícias negras e lançando labéus so-bre coisas ou gente inocente, para pôr em prática manobras de diversão que deve-riam ser exemplarmente punidas.

O País em que vivemos deve primar por capacitar o seu triste, muito triste, povo, a saber discernir entre alhos e bugalhos, ao invés, completo, do que se tem feito ao lon-go dos infelizes anos que antecederam. A exigir a total e responsável independên-cia da Comunicação Social, da Justiça, das Forças de Segurança, das Forças Armadas

e dos Órgãos Governamentais Centrais, Regionais e Autárquicos. É o povo que os paga e não deve ter escrúpulos em lhes exi-gir nada menos do que a independência absoluta e a mais completa liberdade nas decisões, não olhando, aqui sim, “a credos ou religiões”.

Em Luanda aprendi a dizer: “Jaculo mês-so”. Significa isso: Abre os olhos!

Pedro Calheiros

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abertura

Ficou percebido na sexta-feira à noite que o desenvol-vimento económico do con-celho é a “prioridade máxi-ma” do candidato do PSD à presidência da Câmara de Viseu nas próximas elei-ções autárquicas, através da implementação de medidas com vista à criação de em-presas e de emprego. Mas Almeida Henriques avan-çou com a inclusão social como o segundo pilar do programa, chamando para terceira prioridade a reabi-litação e revitalização do centro histórico.

O antigo secretário de Es-tado adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regio-nal apresentou oficialmen-te a sua candidatura à au-tarquia viseense na sala do Hotel Grão Vasco onde há 24 anos, o atual presidente da Câmara, Fernando Ruas fazia a sua estreia. Embo-ra a escolha inicial tenha sido o parque da cidade (o mau tempo obrigou a uma alteração de última hora), todos reconheceram que a escolha foi simbólica para o partido.

“Desejo prosseguir e re-novar o projeto” de Fernan-do Ruas, arrancou assim o discurso citando várias ve-zes o ainda presidente da Câmara como “autarca mo-delo” avançando com o que pretende para o concelho.

“Não há criação de em-prego sem empresas. Preci-

samos de empresas a nascer, a crescer e a internacionali-zar-se, sublinhou Almeida Henriques. Ao considerar a falta de emprego “a preo-cupação das preocupações” defendeu que a única forma de o criar é apostando nas empresas. Para tal, o candi-dato, se for eleito, vai avan-çar com o programa “Viseu Investe” dedicado às áre-as de assistência empre-sarial e empreendedoris-mo, acesso a financiamen-to, internacionalização e fiscalidade municipal.

Almeida Henriques vai empenhar-se ainda na “atração de investimentos, na incubação empresarial, na cooperação entre o teci-do económico e os centros de saber”, nomeadamen-te o Instituto Politécnico, o Piaget e a Universida-de Católica. Neste seu pi-lar prioritário, anunciou a criação de um gabinete municipal de apoio ao in-vestidor, para dinamizar setores tradicionais como o comércio, serviços e também o setor produti-vo, “seja ele industrial ou agrícola”.

A inclusão social será o segundo pilar do programa da sua candidatura, prome-tendo colocar “os idosos, as famílias em risco de pobre-za e os jovens mais despro-tegidos no centro da políti-ca social”.

O terceiro pilar passa pela

reabilitação e revitalização do centro histórico, com o lançamento do programa “Viseu Viva”, que tenta-rá inverter a tendência de desertificação através da “reabilitação urbana, da ani-mação cultural e da atração de microempresas”.

“A minha candidatura é uma resposta a um forte apelo. A um apelo do meu partido, mas sobretudo a um apelo da terra”, refor-çou.

Fernando Ruas, mandatá-rio de honra da candidatura de Almeida Henriques, ga-rantiu que não lhe vai dei-xar “nenhum esqueleto no armário”, mas uma “Câma-ra sólida”.

Convencido que Almeida Henriques vai conduzir o barco no “rumo certo”, Fer-nando Ruas deixou um con-selho: “Este é o primeiro e o único que lhe dou. Siga o seu caminho. Talvez o lu-gar de presidente de câmara seja o lugar que exige mais isolamento e mais solidão”.

Um outro ex-presidente da Câmara de Viseu, Antó-nio Vidal, é o mandatário da lista de Almeida Henriques. Hoje empresário, preve-niu que “o lado das pes-soas vai ser cada vez mais determinante” porque “vão precisar de ajuda que não é só financeira, mas de soli-dariedade”.

Emília Amaral

Desenvolvimento económico é “prioridade máxima”

Questões sociais estãono “centro daspreocupações”

A Candidato do PSD à presidência da Câmara de Viseu, Almeida Henriques

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AUTÁRQUICAS 2013 | ABERTURA

… assim afirma o slogan da campanha do autarca João Azevedo, E para o re-alçar, na apresentação da sua candidatura, no passa-do 18 de maio, pelas 22H00, com o pavilhão gimnodes-portivo local cheio de mi-litantes, apoiantes, simpa-tizantes e amigos, tiveram microfone, Marco Almei-da, presidente da concelhia local do PS, Elísio Oliveira, mandatário do candidato, o ex-ministro e natural da terra, Jorge Coelho, João Azevedo e António José Seguro, secretário-geral do Partido Socialista.

Marco Almeida fez o ba-lanço destes quatro anos de poder local e enfatizou a “enorme dívida deixa-da pelo anterior autarca”, concluindo com “a neces-sidade de controlo das fi-nanças públicas mas sem perder de vista os interes-ses e direitos das pessoas a quem João Azevedo dava prioridade.”

Elísio Oliveira, econo-

mista e director financeiro do Grupo PSA, gizou uma “visão concreta e trans-versal da acção política de João Azevedo”, deixando o “testemunho como acto de cidadania activa e de responsabilidade social” e acrescentou, “João Aze-vedo é um político com dimensão que dá dimen-são a Mangualde, uma ex-celente pessoa que tem os mangualdenses consigo, pelo chão que nos une, sendo com ele que quere-mos continuar a lutar por Mangualde.”

Jorge Coelho, indefectí-vel apoiante do autarca a quem está unido por laços de amizade familiar, na sua intervenção conseguiu “aquecer” o pavilhão.

“O nosso presiden-te da câmara aqui há oito anos era muito jovem em Mangualde. Há quatro anos alguns diziam que ele ainda era um bocado jovem mas o nosso presi-dente, o meu querido ami-

go João, tem uma caracte-rística que hoje devemos realçar: É um combaten-te. Não desiste. Tem ob-jectivos. Tinha causas pe-las quais lutar. Bateu-se por elas. Criou condições para motivar uma equi-pa que foi crescendo, até que ganhou as eleições. E ganhou-as para o bem de Mangualde pois é um bom presidente de câma-ra. Conheço o João Azeve-do desde que nasceu (…) o pai dele era um dos meus maiores amigos (…) sei do que estou aqui a falar. “

Seguiu-se o candidato à autarquia, que num lon-go improviso fez o balan-ço das suas políticas; enu-merou os objectivos atin-gidos e a atingir, salientou as dificuldades que en-controu e superou; desta-cou as metas para o próxi-mo quadriénio, realçou as plurais razões porque se recandidata, enalteceu a sua equipa e apresentou os candidatos a todas as jun-tas de freguesia do conce-lho.

Fechou as intervenções António José Seguro, que

após o enaltecimento da obra feita pelo autarca deli-neou a sua intervenção em torno da letra “P”:

“A letra ‘P’ … de priori-dade, de progresso, de pre-sidente … Mangualde não seria o mesmo se o pre-sidente não se chamasse João Azevedo; de proximi-dade porque João Azeve-do não abandonou as pes-soas, ele continua ao lado das pessoas; de projecção e promoção, projecção de Mangualde na região e no país e promoção desta ter-ra e deste território, valo-

rizando-o para atrair in-vestimento; o P de paixão, da paixão com que falas de Mangualde e da paixão pe-las obras que queres fazer para o desenvolvimento deste território” (…) rema-tando esta linha de pensa-mento, “O teu sucesso é a felicidade da gente deste concelho de Mangualde e se juntarmos o S de suces-so ao P de presidente, de prioridade, de progresso, de paixão, temos duas le-tras PS…”

Paulo Neto

Mangualde com Futuro

A “reabilitação”, “dar voz aos cidadãos”, a “de-mocracia participativa”, “propostas para dar vida ao centro histórico” e as “questões sociais”, são al-guns dos eixos de inter-venção da candidatura de Manuela Antunes, à Câma-ra Municipal de Viseu, pelo Bloco de Esquerdo (BE).

A apresentação, que de-correu na sede do BE, no passado dia 15, contou com a presença de Pedro Soares, membro da Comissão Polí-tica Nacional e da Comis-são Nacional Autárquica do BE.

Para a professora de edu-cação física, e membro do

BE desde a sua constitui-ção, este é o momento de “romper com o conserva-dorismo do poder local” e valorizar a “reabilitação e requalificação consciente” da cidade. Afirmando que é preciso apostar “nos edi-fícios devolutos existentes no centro da cidade e das aldeias, ao invés da políti-ca de construção em altura e do injetar betão em todo o lado”.

Para a viseense, é ainda preciso “dar voz a todos os cidadãos” e sublinhou a preocupação com as ques-tões sociais, e com a quali-dade de vida. Pois, para a candidata, apesar de a Câ-

mara “ter muitos projetos que têm ajudado as pesso-as”, a resolver problemas pontuais como a habitação e alimentação, devem-lhes ser dadas ferramentas que lhes permitam construir a sua vida.

Preocupação que o BE mantém a nível nacional, como afirmou Pedro So-ares: “As questões sociais estão no centro das preo-cupações e dos programas eleitorais do bloco de es-querda para as autárqui-cas. Colocamos no primei-ro plano a necessidade de resposta à emergência so-cial, à necessidade de a au-tarquia ter respostas con-

cretas para enfrentar esta situação”, afirmou.

Manuela Antunes, de 46 anos, é conhecida na cida-de pela sua criatividade e energia, e pelo trabalho que desenvolve. Na políti-ca como deputada munici-pal do BE, no sindicalismo como dirigente sindical do Sindicato dos Professores da Região Centro, no as-sociativismo, onde foi diri-gente da FRAP - Federação Regional de Associações de Pais e membro da As-sociação de Professores de Educação Física de Viseu, na atividade cultural, onde faz parte de teatro amador e de projetos com a comu-

nidade do Teatro Viriato e da Câmara Municipal de Viseu, no desporto, como atleta, treinadora e árbitro de andebol e na ação so-cial, onde foi presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Ris-co de Viseu, de 2008 a abril de 2013.

A candidata pelo BE lem-brou ainda que “a retirada do mercado municipal do coração da cidade foi um erro fatal”, porque “colo-cou quase moribundas” as artérias do centro históri-co, como a Rua Direita, ten-dência que, caso vença as eleições, quer inverter.

Pedro Soares lançou

ainda algumas críticas ao mandato de Fernando Ruas, dizendo que “é preci-so virar o tabuleiro do jogo autárquico em Viseu, é pre-ciso fazer um combate no sentido de enfrentar este “status quo” de tantos anos que se moveu à volta do be-tão, das retundas e das re-des de interesses locais”. Deixando claro que o BE, que conhece “os eixos prin-cipais na gestão municipal de Fernando Ruas” está na cidade para “a colocar em causa e criar um novo para-digma, um novo modelo de intervenção autárquica”.

Micaela Costa

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à conversa entrevista e fotos ∑ Paulo Neto

O que traz de novo ao con-celho de Viseu a sua candi-datura?Ambição, pragmatismo,

inovação e emprego, me-lhor futuro. O concelho de Viseu não pode resignar-se a um quase fatalismo histó-rico de dependência de ser-viços, quando o seu futuro sustentável passa pelo de-senvolvimento de uma eco-nomia mais diversificada e flexível, onde todas as in-dústrias e actividades ca-pazes de criar valor (fabris, comerciais, culturais, artís-ticas, lazer, novas tecnolo-gias, agro-indústria, ener-gias renováveis) serão bem-vindas.

Tenho escrito muito so-bre a matéria na nossa im-prensa local, e constituí-me numa voz que não se calou e nunca desistiu de trazer a debate, por exemplo, a in-dustrialização como estra-tégia para o crescimento e o emprego. Não foi a escas-sos meses das eleições que dei conta de que este mo-delo era insuficiente e ina-dequado.

Não estive à espera de sair de sítio nenhum para oferecer a Viseu uma alter-nativa, uma nova maneira de estar, uma nova oportu-nidade, um projecto e uma

equipa. Sei bem o que fiz pelo concelho e pelo dis-trito. E não foi pouco, como lembrarei.

E foi isso que lhe permitiu estruturar a candidatura em tão curtos meses?Uma atenção permanen-

te ao concelho permitiu de facto, em tempo útil, erguer uma candidatura e avançar com um programa que já apresentámos publicamen-te, quer nas suas linhas ge-rais, em Março, quer em propostas concretas, em Abril, com um propósito e uma ambição muito claros: construir com todos os vi-seenses um projeto políti-co pensado para as pessoas e transformar o nosso con-celho num modelo de de-senvolvimento de referên-cia global, com “Mais Em-prego e Melhor Futuro”. E mais do que apresentar li-nhas gerais, mais do que as linhas gerais, o programa já está em discussão públi-ca, ao alcance de todos, com a originalidade de ser par-ticipado, incluído no pro-grama “Cidadania Activa”, de modo a reaproximar as pessoas da política.

Cidadania Activa é um novo conceito?

Para Viseu é, sem dúvi-da. Todas as que desejarem participar, podem enviar críticas e sugestões, preen-chendo lacunas, reforçando linhas de atuação ou, sim-plesmente, discordando de pontos de vista. Todos os contributos são válidos e todos ficarão a saber que a sua opinião conta.

É um programa de go-verno construído de baixo para cima, participado. Não me importo que esteja a ser plagiado, sendo certo que ficava bem a terceiros citar as fontes de “súbita inspira-ção”. Não resultou, portan-to, de um pequeno-almo-ço com a comunicação so-cial para apresentar “umas intenções “, nem para dis-farçar uma lacuna: a au-sência de um pensamento estruturante com propostas próprias, com assinatura.

Procuraremos, assim, inovar também na forma de governar o município, apostando numa visão es-tratégica, com capacidade para liderar as parcerias ne-cessárias com os diferentes atores sociais.

Assumiremos sem com-plexos e solidariamente, o papel natural que o conce-lho de Viseu sempre teve de liderar a região que histori-camente polariza. Mas fá-lo-emos em diálogo cons-trutivo com todos os mu-nicípios, seguros de que o desenvolvimento e o suces-so do nosso concelho deve-rá ser também o desenvol-vimento e o sucesso de to-dos os concelhos da região.

Refere-se ao seu principal ad-versário político, do presente ou do futuro?Refiro apenas que, de

tudo quanto ouvi e li, nos úl-timos dias, nada de novo foi dito a não ser um conjunto de pequenas quezílias que

não dão pão a ninguém. E, se me permite, voltando ao essencial, não temos apenas ambição de fazer melhor e fazer diferente, também te-mos uma estratégia e pro-postas coerentes com ela, com base num estudo reali-zado junto das pessoas, que nos ofereceu as indicações para um novo ciclo e par-tindo de uma realidade que nestes últimos dois anos se transformou numa drama social e numa tragédia eco-nómica.

Deixo um exemplo: des-de Junho de 2011, altura em que o candidato do governo tomou posse como secretá-rio de estado da Economia e do Emprego, até Março de 2013, o nº de desempregados no concelho de Viseu, (abril 2013) aumentou 39%, mais 3 por dia, todos os dias. O desemprego juvenil cresce a um ritmo ainda mais in-tenso, pois aumentou 61%, em 22 meses. Se agregar-mos os “jovens” com me-nos 35 anos, então o nº de desempregados nesta faixa regista um aumento de 51% face ao inicio de funções de governo. Quanto ao desem-prego dos licenciados dis-parou 100%.

“Mais Emprego – Melhor Futuro”. Que quer dizer com isto para além do mero slogan curto, enfático e so-nante?O PS anunciou publica-

mente um novo modelo de desenvolvimento económi-co, assente na industrializa-ção e na diversificação da oferta de emprego. Articu-lou-o com a Regeneração Urbana, um investimento de proximidade, e nos dois casos aplica aquilo que re-sulta da Reforma Fiscal Lo-cal que a equipa de traba-lho já realizou, de modo a estimular o investimento

por parte das pessoas e das empresas. O combate à bu-rocracia, o “Licenciamento Zero”, a desmaterialização processual, a transparên-cia, integrados na Via Ver-de para a Economia, são no-vas atitudes que agilizam o investimento e poupam tempo e dinheiro aos inves-tidores.

Comprometemo-nos, por isso, a criar junto da autar-quia, em parceria com todas forças vivas do concelho (associações empresariais, sindicatos, ensino superior, investigadores), um Centro de Apoio à Atividade Em-presarial (CAAE). Promo-veremos o empreendedo-rismo e desenvolveremos, como já referi, uma política fiscal amiga do investidor, que introduza racionalidade no binómio custo-benefício, criadora de mais e melho-res empregos.

A nova geração de políti-cas autárquicas exige que os futuros eleitos se concen-trem em estratégias de de-senvolvimento integradas, que incentivem o desenvol-vimento de políticas promo-toras de um capital humano com qualidade e competên-cias para responder aos de-safios da inovação e das no-vas tecnologias.

A necessidade de cap-tar investimento para no-vas atividades económi-cas criadoras de riqueza e de emprego são nucleares no modelo de desenvolvi-mento que propomos para o nosso concelho. “Trocar metros quadrados por em-pregos” não é um slogan, mas uma prática que tem resultado muito bem em concelhos vizinhos. Daí o lema orientador da nossa candidatura «Mais empre-go, melhor futuro».

E onde é que cabe a diplo-

macia local enunciada no seu programa e de que o seu adversário politico também fala?Está no programa e não

é uma descoberta de ago-ra. Temos uma concepção do poder autárquico pro-activa, onde o presidente do município deve exercer um papel relevante fazendo «diplomacia económica», valorizando e promoven-do o seu concelho, as suas potencialidades e as suas gentes, junto dos potenciais investidores.

Não é uma experiência, não é uma descoberta de agora, mas uma política que pratiquei envolvendo as autarquias e os agentes económicos e sociais, con-

José Adelmo Gouveia Bordalo Junqueiro, casado, três filhos, nasceu e sempre viveu em Viseu. Foi professor na Univer-sidade de Aveiro e na Universidade Católica Portuguesa, deputado desde 1995, Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS, Membro da Comissão Permanente da Assembleia da República, Presidente da Comissão de Equipamento Social da Assembleia da República (1990-2000), Presidente da Comis-são Eventual de Inquérito à JAE da Assembleia da República, Secretário de Estado da Administração Marítima e Portuária (2000-2002), Vice-Presidente da Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo (APM) e Presidente da 1.ª Comissão - Co-operação Política e Segurança - da APM, Delegado Regional do FAOJ em Viseu, Presidente das Casas de Cultura de Viseu e Lamego, membro de várias associações, membro do Se-cretariado Nacional do PS, Presidente da Federação Distrital do PS, deputado municipal em vários mandatos, candidato à câmara municipal em 1993, foi vereador e na sua atividade privada exerceu as funções de consultor.

“Não apresentarei ‘vedetas’ para viseense ver, mas mulheres e homens capazesde trabalhar para surpreender”

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JOSÈ JUNQUEIRO | À CONVERSA

juntamente com a AICEP e o Dr. Basílio Horta. O Baixo Mondego foi um primeiro passo.

Lembro que, a este pro-pósito, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luis Amado, era parceiro tam-bém numa “diplomacia eco-nómica internacional e lo-cal”. Era feita com a partici-pação do corpo diplomático, projectada em territórios que envolviam várias autarquias e onde éramos potencial-mente fortes para atrair in-vestimento. Saber de expe-riência feito, portanto.

E o que pensa para as fregue-sias, para a sua autonomia e capacidade de realização?Com as freguesias vamos

contratualizar um progra-ma para quatro anos e o res-petivo envelope financei-ro. Farei isso agora, enquan-to candidato, e se for eleito presidente da câmara será traduzido no Plano de Ac-tividades e Orçamento.

Será público, ficará on-line e todos saberão de tudo. Divulgaremos os critérios e montantes de contratualização e finan-ciamento das freguesias, fi-carão online na plataforma electrónica da autarquia.

Teremos um Fundo de Apoio às Freguesias, dan-do-lhes autonomia e gestão própria, sem subserviências políticas e financiamentos casuísticos, permitindo-lhes desenvolver projec-

tos estratégicos de desen-volvimento das freguesias, sabendo antecipadamente com o que podem contar. Será o fim dos tão conhe-cidos assédios de persona-lidade.

Estamos a criar condi-ções – a primeira aborda-gem já foi feita – para colo-car excedentes de produção das pessoas nas freguesias mais rurais. Há uma pri-meira unidade de frio que aceitará colaborar e isso pode significar muito para aqueles que têm pouco.

O que é a Solidariedade Ac-tiva? É um programa que en-

globa o conjunto de políti-cas sociais. As nossas pro-

postas configuram uma viragem de atitude no de-senvolvimento social do concelho de Viseu, preten-dem ser, pela sua transver-salidade, um instrumento decisivo para tornar o nos-so Município mais solidá-rio, mais coeso socialmen-te. A cidadania activa, a so-lidariedade, a igualdade de oportunidades, a inovação e a proximidade nas políticas sociais serão as quatro gran-des linhas de mobilização estratégica das políticas so-ciais definidas para o con-celho. Deixo como exemplo um dos patamares de actu-ação: Promover a inclusão social e a qualidade de vida da população sénior: Pla-no Municipal Sénior, plano

municipal que sistematiza-rá o diagnóstico e o conjun-to de políticas a desenvolver no combate à exclusão so-cial, ao isolamento, às ideias feitas, com as seguintes me-didas de intervenção: Loja móvel da cidadania - via-tura de atendimento móvel facilitadora do acesso das pessoas idosas de meios rurais, com dificuldades de deslocação, à resolução de assuntos administrativo-burocráticos vários, bem como de assuntos da autar-quia; apoio no transporte aos mais idosos, transporte semanal de pessoas idosas isoladas a consultas médi-cas e/ou a tratamentos mé-dicos prescritos; serviço de Proximidade a Idosos - Te-leassistência e contacto que juntará dispositivos elec-trónicos de teleassistên-cia, ao desenvolvimento de um sistema regular de visi-tas domiciliárias a idosos por rede de voluntariado, constituída em articulação com as escolas, institui-ções do ensino superior e IPSSs; serviço de bricola-gem solidária - destinado à melhoria das condições de habitabilidade das pessoas idosas sem possibilidades económicas; programa de capacitação de cuidadoras/es, através de parcerias com instituições, serão desen-volvidos programas infor-mais de formação para cui-dadores de pessoas idosas/os dependentes e de pes-soas com deficiência. Será também disponibilizado no site da Câmara municipal o espaço “cuidar de quem cuida” para divulgação de informação, instruções e partilha de experiências. Programa +Alerta – visa o acompanhamento da popu-lação idosa isolada, em par-ceria com a GNR e IPSSs, que previnam as burlas, roubos e outras situações. Sensibilização e promoção para uma vizinhança res-ponsável e solidária com pessoas isoladas. “Acade-mia” intergeracional das artes e tecnologias onde serão desenvolvidos pro-gramas lúdicos e formati-vos, como representação em teatro sénior, programa de combate à infoexclusão, clubes de leitura interge-racional, entre outros ou o Programa ActivaMente - Desporto sem idade. Pro-

gramas que procuram es-timular a participação em atividades desportivas por parte da população Sénior, em parceria com Associa-ções desportivas do Con-celho.

Lista para a autarquia… Que novos nomes tem e quais os nomes do aparelho que vai buscar? Quais os critérios de selecção? Não tem imposi-ções do aparelho?Neste momento a minha

prioridade vai para as can-didaturas às juntas de fre-guesia, porque os nomes se-rão apresentados em junho. Sem eles não seria possível assegurar um verdadeiro compromisso, nem execu-tar um programa.

As listas para a câmara e assembleia municipais te-rão o seu tempo. Não tenho imposições, como é públi-co, mas tenho critérios que se prendem com a capaci-dade de assumir compro-missos e executar políticas. Não apresentarei “vedetas” para viseense ver, mas mu-lheres e homens capazes de trabalhar para surpreender. As soluções para os desa-fios de hoje respeitam à as-sertividade das ideias e não à fatuidade dos protagonis-tas. Um governo municipal não é uma “passerelle”.

O candidato do PSD, Almeida Henriques, em declarações ao JC afirmou: “Os que hoje andam a apregoar que vão criar emprego, se calhar nunca criaram nenhum e nem sabem bem como é que se cria. São os mesmos que no passado andaram a prometer 150 mil postos de trabalho e acabaram a des-truir emprego.” Assenta-lhe esta carapuça? Há sempre quem goste de

se pôr a jeito, mas não fico ofendido e entendo que a crítica política é parte in-tegrante da democracia. A acusação ou a insinuação é que não.

O candidato do governo, do PSD, ex-secretário de es-tado Adjunto da Economia e do Emprego, durante dois anos de tutela, terminou as suas funções depois de ter criado mais de 277 mil no-vos desempregados (+41%), sendo que o desemprego ju-venil subiu 42,1%. E, para in-formação complementar, saiu depois de ter destruído

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À CONVERSA | JOSÉ JUNQUEIRO

mais de 459 mil postos de trabalho. E acaba de nos re-velar o INE: “Mais 72 mil pessoas perderam o empre-go em abril e o desemprego atingiu o valor recorde de 17,7%.” E disse o candidato na sua entrevista: “nestes dois anos correu-me tudo bem”. Extraordinário!

O desemprego jovem em Viseu ronda os 50%. Que tem em mente para sua solução?Queremos trabalhar para

termos um concelho ami-go do investimento: Indus-trialização, reabilitação ur-bana, diplomacia econó-mica, cedência de “metros quadrados de terreno por postos de trabalho”, refor-ma fiscal municipal, uma política inovadora de in-centivos ao crescimento e à criação de riqueza. Cria-remos, como referi, o Cen-tro de Apoio à Atividade Económica (CAAE) onde se localizam, por exemplo as capacidades do Global Find Regional, Global For-ce Regional, a Via Verde para a Economia, a infor-mação sobre o incentivo fis-cal e apoio financeiro nas empresas aos novos postos de trabalho jovens sem ser a termo, o programa For-mação Profissional à Medi-da (articulação com IEFP), aposta estratégica na Inves-tigação e Desenvolvimento (I&D) dando prioridade à criação de um Pólo Tecno-lógico num dos parques in-dustriais do Município. Não é possível continuar a dizer melifluamente que quere-mos que “os nossos filhos fiquem cá”, sem perguntar-mos “aonde” e a fazer o quê, nem lhe podemos apontar o caminho da emigração. É preciso ter coragem para transformar.

Como governante qual o seu maior êxito e o seu maior insucesso? No país, e no passado,

foi o sucesso da candida-tura de Portugal à Agên-cia Europeia de Seguran-ça Marítima, oficialmente comunicada ao sucessor de António Guterres, o primei-ro-ministro Durão Barro-so, pouco tempo depois da sua posse; e, na experiência recente, o protocolo com a ANMP e o lançamento do Livro Banco para a Reforma do Sector Empresarial Lo-cal. O insucesso foi ter sido derrotado, conjuntamente

com a ANMP, na mudança, segura, para as autarquias da certificação, a sério, do gás e eletricidade.

Qual a sua opinião sobre o estado do Ensino Superior em Viseu, como perspectiva o seu desenvolvimento e qual o papel do IPV nesse processo?A capacitação da realida-

de que temos é uma priori-dade e isso faz-se estimu-lando os subsistemas de en-sino existentes, valorizando os seus profissionais e arti-culando as capacidades ins-taladas para, em parceria com o tecido económico e social, produzir investiga-ção, inovação e valor acres-centado, ou seja, mais cres-cimento e emprego.

Concorda com a evolução do IPV para Universidade de Ciências Aplicadas, tal como defende o seu Presidente?Concordo. Na rede euro-

peia é essa a designação do ensino superior politécnico como, há dias, tive ocasião de explicar numa conferên-cia de imprensa, em defesa deste subsistema e do IPV. Claro que essa ambição do presidente do politécnico foi posta em causa pelo can-

didato do governo, do PSD, quando o seu grupo parla-mentar, conjuntamente com o do CDS, apresentou um projecto de resolução para debilitar os politécnicos re-duzindo-os a um ensino “curto” de dois anos, uma espécie de escola técnico-profissional avançada. O candidato e os seus colegas votaram a favor e foi este o contexto que nos obrigou a vir a público tomar posição ao lado do IPV, da AIRV e, na Assembleia da Repúbli-ca, votando contra.

“Era bem melhor que a ver-dade substituísse a mentira e o país mudasse de caminho e evitasse a verdadeira crise que aí vem.” Esta frase é da sua autoria e está publicada no seu blogue. O que quer dizer exactamente?Os números do 1º trimes-

tre revelam que a recessão foi de 3,9%, pulverizando as melhores estimativas do governo, do BdP e das insti-tuições europeias. Uma tra-gédia que resulta de um ca-minho totalmente errado, tal como o PS previu e pre-veniu, desde o início.

Para a Troika e o seu re-presentante em Portugal, Vítor Gaspar, o nosso país

passou a ser a última e úni-ca esperança de “sucesso” para a sua política de auste-ridade, mas tudo corre mal. De facto, como há muito es-crevi, estas políticas do go-verno colocam-nos a cami-nho de um 2º resgate. Nin-guém pode pagar o que deve sem ganhar dinheiro para isso.

Qual a sua relação empre-sarial com o Grupo GPS, empresa da área da educa-ção e da formação e qual a polémica que esteve à volta dos subsídios estatais?Tive, como consultor, até

há alguns anos, uma relação que visava essencialmente a internacionalização das suas capacidades. Apesar de não integrar os seus órgãos ou gestão, fiquei grato pela sua intervenção em Viseu por ter evitado a falência da Es-cola Mariana Seixas. Cerca de 70 professores e alunos já tinham salários em atraso e, na altura, estava também em causa a continuidade da formação de 410 alunos. Muitos jovens professores de Viseu foram ali encon-trar o seu primeiro posto de trabalho.

Nesse período, o grupo não beneficiou de novos

contratos de associação, como os que foram contra-tualizados com a Via Sacra, Piaget, Imaculada Concei-ção ou Universidade Cató-lica. Pelo contrário, a crise no ensino particular privado começou quando o governo a que pertenci diminuiu os financiamentos, tal como é público.

É frequente os seus adver-sários acusarem-no de nada ter feito por Viseu, distrito e concelho. Que comentário lhe merece esta afirmação?Um sorriso de compreen-

são política. Todas as pes-soas sabem que em Viseu e no distrito não há prati-camente investimento ne-nhum que não tenha sido feito pelos governos do PS e que não tenha contado com a minha iniciativa e apoio dos meus colegas deputa-dos. A24, A25, variantes di-versas, requalificação de acessos, unidades de cuida-dos continuados, unidades de saúde familiar, hospital de Lamego, Centro Oncoló-gico de Viseu, equipamen-tos sociais, barragens, en-fim, um sem número de re-alizações estruturantes.

Recentemente, ainda no governo, inaugurei a requa-

lificação da escola Alves Martins, lancei a primeira pedra do Centro Social e Pa-roquial do Viseu, com um subsídio do Gabinete supe-rior a 400 mil euros, apoiei igualmente a recuperação de património religioso e o movimento associativo, respondi positivamente a solicitações do presiden-te da AIRV, sempre, quer no relançamento do proje-to RUCI para a então CIM Dão Lafões, quer no acom-panhamento e apoio de em-presários ou actividade em-presariais.

Segundo a sua ótica, qual o ponto mais forte do PSD no concelho e região? E o mais fraco?Nos últimos anos 15 anos

há uma obra que fica: o en-tão Hospital de S. Teotónio. Como prestação mais fraca fica a rejeição da Faculda-de de Arquitetura, lançada pelo então presidente En-grácia Carrilho, e indicação dada pelo governo de Du-rão Barroso, ao então Pre-sidente da República, Jorge Sampaio, para não promul-gar o diploma aprovado no Conselho de Ministros de António Guterres que criou o Instituto Universitário de Viseu, forma jurídica da Universidade Pública.

Quais os projectos mais estruturantes que desejaria ver concluídos em Viseu?Essa matéria é pacífica.

Todos queremos dar prio-ridade ao relançamento do concurso feito pelo governo do PS (e que foi anulado por problemas com o TC, rela-cionados com a inclusão da reparação das pontes exis-tentes atingidas pelo can-cro do betão, e com a ques-tão que o PSD levantou com a rede de auto-estradas do Centro) e respeita à liga-ção Viseu-Coimbra, bem como um corredor ferrovi-ário que sirva Viseu numa plataforma que inclua a li-nha da Beira Alta e a ligação Aveiro-Vilar Formoso. A li-gação de Aveiro à linha do norte já está a funcionar e o estudo do corredor Aveiro, Viseu e Celorico foi lança-do. Vi, agora, com preocu-pação, que o governo, o mi-nistério da Economia, deu prioridade à ligação Porto-Vigo. Neste início de ano já questionei, com os deputa-dos do PS, o governo sobre estas matérias, mais ainda não obtive resposta.

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Ergovisão Rua Herculano, 182 Viseu Tel.: 232 414 850

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região

“APRE” - Nós não so-mos descartavais, é o

“grito” de alerta da Asso-ciação de Pensionistas e Reformados (APRE) que chega agora a Viseu.

A apresentação, que de-correu na Associação Co-mercial de Viseu, na pas-sada quinta-feira, 16, visou dar a conhecer aos vise-enses os principais obje-tivos desta recém criada associação.

Rosário Gama é a men-tora do projeto, que “nas-ceu” em Coimbra a 22 de outubro de 2012, e como a própria explicou “surge após o anúncio dos cortes nas pensões, uma questão que começou a ser falada ainda nas previsões para o Orçamento de Estado para 2013 e a falta de uma estrutura que represen-tasse os reformados, apo-sentados e pensionistas le-vou à criação da APRE”.

O movimento cívico funciona ainda como um

“grupo de pressão” que defenda os interesses de

todos os reformados e pensionistas do país, já que para os organizado-res “não há nenhum mo-vimento suprapartidário e à margem de sindica-tos que defenda os pen-sionistas”.

Apesar de ainda jovem, a associação já se fez ou-vir em inúmeras instân-cias, entidades e respon-sáveis governamentais e admitem continuar a lu-tar através de manifesta-ções (como aconteceu a 2 de março e 25 de abril), ações junto da comuni-cação social, pressões ao poder político e também através do gabinete de re-lações internacionais em Lisboa, que se organiza com outras associações de vários pontos do país.

A ideia é agora juntar o maior número de associa-dos possível para “falar mais alto”, em nome dos direitos dos pensionistas, reformados e aposenta-dos, abrangendo todas as áreas profissionais. MC

Associaçãode Pensionistase Reformadoschega a Viseu

Após a maioria das asso-ciações presentes na as-sembleia geral do Cen-tro Cultural Distrital de Viseu (CCDV) ter perce-bido que o processo de convocação das eleições continha várias ilegalida-des, o ato eleitoral para a escolha de uma nova dire-ção acabou por ser anula-do e a assembleia adiada.

Há anos que a assem-bleia geral do CCDV não era tão participada. O pre-sidente da direção, Luís Filipe revelou mesmo que em anteriores não houve mais de três /quatro par-ticipantes, mas no sábado de manhã a sala de rece-ção do Auditório Mirita Casimiro (propriedade do CCDV) encheu-se de só-cios, o encontro prolon-gou-se e os ânimos chega-ram a estar exaltados com os associados a trocarem acusações de “ilegalida-des”, “atitudes de censu-ra” e outras críticas.

A razão de tanta movi-mentação à volta de uma sala que já foi um local de referência cultural em Viseu, mas que nos últi-mos anos tem estado pra-ticamente fechada pren-de-se com um projeto de revitalização do auditório, apresentado por um gru-po de 11 associações.

Esse grupo de 11 asso-ciações pretendia dispu-

tar a eleição dos novos órgãos sociais do CCDV e para tal apresentou uma lista a sufrágio, mas foi admitida só uma lis-ta composta pela atual direção (apenas muda-vam dois elementos). O grupo das 11 associações contestou a exclusão da sua lista e a forma como foi convocada a assem-bleia geral. O presiden-te da mesa da assembleia geral explicou que a lista foi rejeitada porque não cumpria os estatutos. Te-ria de ser subscrita pela direção ou por um ter-ço dos associados, o que não se verificou. A lista das 11 associações foi en-viada por carta regista-da dentro do prazo limi-te de entrega das listas, 3 de maio, para a sede do CCDV (Auditório Mirita Casimiro) mas devolvi-da pelos Correios por não

ter sido levantada.Perante o impasse,

Miguel Torres, represen-tante do Grupo de Tea-tro Os Cestos de Nandufe (Tondela) propôs a anu-lação do ato eleitoral e a convocação da uma nova reunião em que a assem-bleia geral do CCDV se comprometesse a subs-crever qualquer lista que quisesse concorrer aos ór-gãos sociais.

“A ACERT (Tondela) não recebeu a lista, outras associações não a recebe-ram. Aceitam que se faça uma eleição nestas con-dições?”, questionou José Rui da ACERT.

Cristóvão Cunha. Do NACO – Núcleo Juvenil de Animação Cultural de Oliveirinha, defendeu que “os associados não podem votar ilegalidades”.

Entre avanços e recu-os, muito por culpa dos

estatutos do CCDV que se mostraram ultrapas-sados face às necessida-des legais do organismo, a proposta acabou por ser aprovada com 23 votos a favor, oito contra e duas abstenções.

No final da reunião que durou cerca de quatro ho-ras, o presidente do CCDV comprometeu-se acatar a deliberação e espera ter “um ato eleitoral discu-tido com mais listas”. “ Uma coisa sei, se vierem ao ato eleitoral pelo me-nos as mesmas associa-ções que aqui estiveram é uma grande vitória para todo o tecido associativo”, acrescentou.

As associações deram sinal que estão vivas e afinal isto não estava tão apagado como se andava a dizer”, concluiu.

Emília Amaral

Eleições do CCDV anuladas devido a acusações de ilegalidadesImpasse ∑ Autores do plano de dinamização do Auditório Mirita Casimiro

apresentaram lista rejeitada pela assembleia geral

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A Sala de referência na cidade de Viseu sem atividade há vários anos

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REGIÃO

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A nova UE agrícola

Opinião

Os recentes estudos di-vulgados pela FAO apon-tam para a manutenção em alta do preço a pagar pelos alimentos. No caso dos lac-ticínios, esta conjectura re-sulta da queda da produ-ção registada na Nova-Ze-lândia, o maior exportador mundial.

Nos cereais, que são a base da alimentação mun-dial, perspectiva-se um aumento da produção em 4.3% para 2013, num valor de 690 milhões de tonela-das. Esta alteração advém do aumento da área de pro-dução na Rússia, uma das maiores potências nesta área.

Na UE, agora a 27, nos ce-reais o acréscimo estimado para 2013 será de 5.6% num volume de 287.6 milhões de toneladas. No caso con-creto da cultura do trigo, a manutenção do seu preço no mercado desde Junho de 2012 permitiu incentivar a aposta na cultura, que se traduziu num aumento da área para os 56.9 milhões de hectares, com rendi-mentos de 5.1 toneladas/hectare.

Por estes dias, ultimam-se as discussões em tor-no da futura PAC (política agrícola comum), tendo em vista a aprovação do novo pacote. As actuais diver-gências centram-se, entre outros aspectos, na futura designação a dar aos “agri-cultores activos”, aos mon-tantes máximos de ajudas directas ligadas à produ-ção e às explorações agrí-colas que adoptem medidas amigas do ambiente. En-contram-se ainda em dis-cussão os novos montan-tes das ajudas a conceder para a instalação de jovens agricultores, a par do possí-vel regime fiscal a adoptar para os pequenos produto-res. Nestes últimos pontos, a discussão recai, por um lado, na adopção de uma estratégia comum a nível europeu de pendor obri-gatório, ou por outro lado, da sua aplicação por cada

estado membro. Uma das possíveis conclusões a re-tirar de todas estas novas movimentações é simples: procura-se uma distribui-ção mais equitativa e sen-sata de um bem que escas-seia em toda a UE- dinhei-ro. As recentes alterações do sistema fiscal que nos últimos dias vieram alar-mar um elevado número de agricultores irão sofrer novos ajustamentos.

Numa incessante busca pela melhoria dos sistemas produtivos, a joint-venture Unilever-Jerónimo Martins irá investir até 2015, 22 mi-lhões de euros na constru-ção de uma nova unidade fabril para a produção de alimentos com as marcas Vaqueiro, Planta, Becel, Flo-ra, Olá e Knorr. Algo pouco vulgar por estes dias e que importa referenciar. A ser assim, parece notório que ainda compensa investir em Portugal.

Na última jornada da se-gunda liga de futebol e da liga Zon Sagres foi levado a cabo a campanha “Ali-menta esta ideia”, com o propósito de sensibilizar a sociedade para a carência de alimentos em Portugal e angariar donativos para esse fim.

Se esta é uma realidade que assume uma dimensão cada vez mais preocupante, a obesidade que atinge 40% da população, só pode adensar o problema.

No recente estudo solici-tado pelo Governo à OCDE, sugere-se a eliminação do benefício fiscal no gasóleo destinado à agricultura e pesca (1 euro/litro). Em si-multâneo, recomenda-se o fim da tributação dos im-postos sobre estes produ-tos, por forma a estimular a competitividade económi-ca. Quem decide facilmen-te conclui: “vai-te embora ganho que me dás perca”.

Dinheiro e alimentos são algo que em alguns lados parecem abundar mas ou-tros escasseiam com toda a certeza.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

Arrancou mais uma campanha online de reco-lha de alimentos no portal de doações do Banco ali-mentar (www.alimentes-taideia.net), inaugurado em maio de 2011.

A campanha online está disponível até 9 de ju-nho e decorre em simul-tâneo com a recolha de donativos alimentares em géneros, no canal tradicio-

nal (supermercados), que se realiza no fim-de-sema-na de 1 e 2 de junho.

O portal apresenta uma grande novidade nesta campanha de recolha on-line: a disponibilidade em três idiomas estrangei-ros (inglês, francês e es-panhol) para além do por-tuguês.

O portal apresenta um contador de doação por

alimento em tempo real, dando assim a possibili-dade aos internautas de acompanharem a evolu-ção das doações e ofere-ce duas modalidades de pagamento: por ATM ou homebanking mediante receção por email da re-ferência da transação e a entidade doadora, e ainda a opção de pagamento por sistema Visa.

O canal continua a ser suportado pelos dois par-ceiros, a SIBS e a Unicre, que asseguram todo o processo (“gateways”) de pagamento das doações, para além do apoio da Liga Portuguesa de Fute-bol, que no passado fim de semana mobilizou todos os clubes, jogadores e ár-bitros dos jogos da última jornada da I e II Liga.

Banco Alimentar inicia recolha de alimentos online

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REGIÃO | VISEU | LAMEGO

A Câmara Municipal de Mortágua vai deba-ter este sábado, dia 25 de Maio, os desafios e as oportunidades ofereci-das pelas suas florestas plantadas enquanto pa-trimónio, recursos e ser-viços no fórum florestal Mortágua 2013.

Nesta iniciativa que irá decorrer no Centro de Animação Cultural de Mortágua das 9h30 às 13h30, aberta a todos os interessados median-te inscrição prévia, fará parte da agenda a aná-lise das necessidades e das tendências do mer-cado da pasta e papel, os movimentos do mercado da biomassa e da energia, a certificação florestal regional – opções e so-luções para o pequeno proprietário florestal e a temática da certificação florestal individual ou de grupo. João Lé, adminis-trador da Área Florestal do Grupo Portucel So-porcel, Miguel Silveira, Gestor de Abastecimen-to do Grupo Altri, Paula

Salazar, da PEFC Portu-gal e Vera Santos da FSC são os oradores respon-sáveis pelas alocuções constantes nos dois dis-tintos painéis. Conside-rada por muitos o “ouro verde” dos mortaguen-ses, a floresta deve ser entendida como a maior riqueza do concelho, ao ocupar 85% do seu ter-ritório, ao mesmo tem-po que é uma das maio-res manchas florestais do país.

Dada a importância que este recurso tem para as “gentes” do con-celho o início do fó-rum será marcado por uma alocução feita pelo Dr. Afonso Sequeira Abrantes, presidente da Câmara Municipal de Mortágua.

Para mais informações deve ser consultado o site www.cm-mortagua.pt ou contactado o Gabi-nete Florestal do muni-cípio através do telefone 231 927 460, endereço de correio eletrónico [email protected]. PM

Mortágua discute a sua floresta

O Seminário Maior de Viseu, edifício que sofreu obras de conservação e remodelação profundas no valor de 7,5 milhões de euros nos anos de 2004 e 2005 que o requalificaram como sede do Instituto Su-perior de Teologia, perde-rá no final deste ano a sua componente formativa.

Segundo o Bispo de Viseu D. Ilídio Leandro, nas suas declarações a propósito do tradicional encontro anual com os jornalistas enqua-drado nas celebrações do 47º Dia Mundial das Co-municações Sociais, esta decisão “leva-nos, neste momento, a lamentar que o centro interior fique sem um instituto de formação teológica e sem um institu-to de formação sacerdotal”,

ideia que, reiterou, sempre defendeu.

Const itu ído pelas dioceses de Viseu, Lamego, Bragança e Guarda, o Ins-tituto Superior de Teolo-gia que acolhe, ainda, cer-ca de 25 formandos, cinco dos quais da cidade, che-ga assim ao fim sobretu-do devido, como explica D. Ilídio Leandro, à diminui-ção do número de alunos e às orientações recebidas da Congregação da Educação Católica, em Roma.

Esta decisão tomada pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica im-plicará, “agora que não é possível manter Viseu”, a recolocação dos atuais formandos nos restantes três grandes centros: Lis-boa, Porto ou Braga.

Uma situação que, asse-gurou, está a ser acompa-nhada de perto pelos bispos das quatro dioceses para que sejam garantidas todas as condições para a conti-nuidade da formação teo-lógica destes alunos ao mes-mo tempo que, avançou, existe a possibilidade de no futuro vir a ser criado um seminário interdiocesano único que possa colmatar a

lacuna agora criada.Apesar desta realidade, a

que D. Ilídio Leandro diz as-sistir com “tristeza”, impor-ta também “que o Seminá-rio Maior não fique vazio” pelo que, afirmou, tem fei-to todos os esforços para a manutenção e para o refor-ço das atividades realizadas no Instituto de Ciências Re-ligiosas “mantendo viva a formação de leigos”.

Não esquecendo as pes-soas, o prelado manifes-tou ainda a sua inquietação com o evoluir da situação em que, afirmou “o respeito pela vida da pessoa humana está muito relativizado”, em que existe “uma economia que vira as costas às pesso-as” e, sobretudo a sua enor-me preocupação ao classi-ficar o evoluir da situação como “uma prancha incli-nada que não se sabe onde e como deixa os mais pobres”. Da sua mensagem fica a ideia que marcará o futuro da sua diocese: a promessa de uma aposta maior na co-municação enquanto veícu-lo de evangelização à qual “a igreja não pode pecar por falta de comparência” .

Pedro Morgado

Encerramento do Instituto Superior de Teologia preocupa D. Ilídio LeandroCidade ∑ Escola Superior que durante anos preparou os candidatos para o sacerdócio fecha portas no final do ano letivo

A D. Ilídio Leandro reúne com os jornalistas

ARMASViseu. A GNR deteve um homem, em Viseu, que tinha na sua posse uma arma de fogo transforma-da, em forma de caneta, que provocou ferimentos num jovem. Segundo a GNR, a detenção do ho-mem de 50 anos foi feita no sábado, em Moure de Madalena, por militares do posto de Viseu.

AGRESSÕESViseu. Uma jovem de 19 anos foi detida, na sexta-feira, na cidade de Viseu, por ter agredido e ameaça-do agentes de autoridade e administrativos. “A de-tenção surgiu na sequên-cia de um pedido de apoio por parte de elementos da Polícia Municipal que ten-tavam pôr termo a uma si-tuação de desordem”, ex-plica a PSP, em comuni-cado. No local, a mulher “agrediu os elementos da Polícia Municipal e amea-çou todos os intervenien-tes”. Já nas instalações policiais, “agrediu, amea-çou e injuriou os elemen-tos policiais”, acrescenta a nota.

FURTOLamego. A PSP recuperou e apreendeu na sexta-fei-ra vário material furtado de dentro de uma casa da cidade de Lamego. Entre os bens furtados estavam 80 peças em ouro (fios, pulseiras, anéis e meda-lhas), cujo valor “ascende a 1.600 euros”, segundo a PSP. Dois computadores portáteis, consolas de jo-gos, um leitor de DVD por-tátil, três relógios, um tele-móvel, um canivete, duas cópias de chaves da casa assaltada e cem euros fo-ram outros artigos apreen-didos. Durante as investi-gações, foram constituí-dos arguidos dois homens e duas mulheres, com 18 e 19 anos.

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Projeto autárquico leva fruta biológica às escolas

PREÇOS REDUZIDOS A 5 MINUTOS DE VISEUA25—SAÍDA 20

educação&formação

O Centro de Formação EduFor realiza em parceria com o Instituto Ilírio para o Desenvolvimento Humano

– Programa LED on Values, uma ação de sensibilização intitulada “Educação para valores e literacia Social”, este sábado, dia 25, das 9h30 às 17h00 na Biblioteca Muni-cipal de Mangualde.

São destinatários des-ta iniciativa todos os pais e encarregados de educação

dos alunos do 1º, 2º e 3º Ci-clos e Secundário das es-colas dos concelhos de Ne-las, Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva.

Despertar e envolver a fa-mília no seu papel ativo na educação para os valores e para a cidadania, ajudando as crianças e os jovens na definição e na construção de um caminho de vida se-guro e confiante são os ob-

jetivos centrais, defende a organização.

A inscrição é gratuita e pode ser efetuada exclusiva-mente online em www.edu-for.pt até ao final do dia 24 de maio, sexta-feira e serão aceites por ordem de entra-da até ao número máximo de 20 formandos.

Para mais informações ou para inscrições deve ser consultado o site www.edu-for.pt. PM

EduFor promove ação “Educação para valores e literacia Social”

Um estudo realiza-do pelo Centro de In-vestigação e Desenvol-vimento em Educação, Tecnologias e Saúde do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) revela que o impacto financeiro que o IPV teve em 2012 na sua região de influência foi de cerca de 69,5 milhões de euros, o equivalente a 4,46% do Produto Inter-no Bruto (PIB) estimado da região no ano passa-do.

A investigação teve como objetivo estimar o aumento do nível de atividade económica da região causada pela pre-sença do IPV, demons-trar o seu contributo na economia local e anali-sar de que forma os ga-nhos e gastos dos do-

centes, funcionários e estudantes do IPV se re-fletem na região.

“Por cada euro gas-to pelo Estado no finan-ciamento do IPV gerou-se um nível de atividade económica de 4,46 euros na região”, acrescenta o estudo apresentado na segunda-feira pela co-ordenadora científ i-ca do mesmo, Manuela Ferreira, numa cerimó-nia que juntou dirigen-tes de várias organiza-ções, autarcas e deputa-dos.

No decorrer da apre-sentação foi ainda reve-lado que o IPV é “res-ponsável pela criação de 3.271 empregos, o corres-pondente a 5,59% da po-pulação ativa nos locais em análise”.

Para a coordenadora científica “os resultados apresentados atestam inequivocamente o im-pacto financeiro do Insti-tuto Politécnico de Viseu na região”.

O presidente do IPV, Fernando Sebastião, re-afirmou o “impacto e a importância que o Insti-tuto Politécnico de Viseu tem para a economia da região, quer no impac-to financeiro que gera, quer na qualificação de milhares de quadros su-periores”. Por outro lado, acrescentou, “a investi-gação realizada pelo Ins-tituto é de fundamental importância para o de-senvolvimento da região de Viseu”.

Emília Amaral

IPV teve impacto de 69 milhões em 2012Estudo∑ Conclusões revelam “elevado impacto financeiro” na região

A Resultados apresentados na segunda-feira pela coordenadora Manuela Ferreira

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No âmbito do proje-to, “Regime de Fruta Esco-lar”, a Câmara de Oliveira de Frades está a distribuir fruta biológica aos alunos das Escolas do 1.º Ciclo do Concelho.

Este projeto, no qual par-ticipam 414 crianças, tem como objetivo revelar aos mais novos os benefícios do consumo de fruta para o seu crescimento saudável.

Recorrendo a jogos didá-

ticos e a atividades lúdicas, as crianças são convidadas a degustar e a apreciar o sa-bor da fruta.

Os estagiários do curso de Educação Básica da Escola Su-perior de Educação de Viseu, desenvolveram na passada quinta-feira, o projeto final de curso no Jardim de Infância de Paradinha. Uma iniciativa que proporcionou às crianças um dia diferente recheado de mui-ta alegria. De entre as várias atividades foram abordados te-mas do quotidiano como mú-sica, culinária, feira semanal e prevenção rodoviária.

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Textos: Micaela CostaGrafismo: Marcos Rebelo

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Page 18: Jornal do Centro - Ed584

SUPLEMENTOEMPREGO&FORMAÇÃO’13

Jornal do Centro23 | maio | 201318

A crescente evolução do merca-do, as diferentes necessidades de diversificação de conhecimentos e a crise que se instalou por toda a parte, requerem que o cidadão procure, cada vez mais, enriquecer e sobretudo complementar a sua formação.

O desemprego assume-se como um inimigo de várias famílias por-tugueses, anos e anos de traba-lho deixam de ser motivo para não temer ficar sem emprego e a mu-dança é a palavra de ordem numa altura em que nada se toma como certo.

As empresas de formação, as es-colas, começam a sentir estas di-ficuldades por parte de quem pro-cura, cada vez mais, adquirir novos conhecimentos ou aperfeiçoar os “velhos” conhecimentos. Os novos desafios impostos por uma conjun-tura nada favorável levam a que as instituições ligadas à formação se adaptem no que diz respeito aos cursos disponibilizados e áreas de atuação no mercado.

O mesmo acontece na escolha do emprego, hoje em dia privile-gia-se a empregabilidade em detri-mento de gostos e sonhos de uma

vida. Deixa-se de lado o que nos apaixona e tomam-se novos rumos e agarram-se “antigas” profissões. A agricultura, a produção agrária, a costura, entre tantas outras pro-fissões que noutros tempos eram a primeira escolha, ganham novo alento e começam a ganhar espaço na hora da escolha e, por força do desemprego, assumem-se como opções cada vez mais viáveis.

No suplemento desta semana passamos em revista várias opções no que diz respeito à formação e ao emprego. Fique atento e mãos à obra, o “segredo” é não desistir!

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Jornal do Centro23 | maio | 2013 SUPLEMENTO

EMPREGO&FORMAÇÃO’1319

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Com o panorama económico que se tem vindo a sen-tir, torna-se fundamenta l que possamos incen-t ivar à formação.

A desmot ivação junto dos jovens que procu-ram incessantemente um futuro melhor e pers-p e t i vas de uma v i da , qu e r p ro f i s s i ona l qu e r pessoal, estável, tem v indo a crescer e, infe l iz-mente, mui tos vêm o abandono escolar como a at i tude mais prát ica e que mais f ru tos (econó-micos) lhes pode t ra zer.

O mesmo acontece a todos aque les que se vêm, após anos de t raba lho, no desemprego. A desmot i vação e a fa l ta de c rença leva mu i-tos a desist i rem de procurar e muitas vezes não tomam a fo r mação como uma pe r spe t i va de melhor ia a v ida prof iss ional e pessoal.

É preciso que se tome consciência de que, cada vez mais, investir na formação, muitas vezes bas-

tante diferente da atividade desempenhada até então, é fundamental.

A compet i t i v idade do mercado de t raba lho e a sua saturação exclamam por uma ret i f icação nas áreas de formação e cada vez mais se tor-na impresc ind íve l que o ind iv iduo acompanhe todas estas a l terações.

Ficar parado não é, nem pode ser, uma opção. É preciso aprovei ta r formações f inanciadas ou até mesmo as que não o são. Procura r ou t ras prof issões, out ros mercados de t rabalho pode ser a solução.

As ins t i tu ições que se ded icam ao ens ino e formação têm acompanhado estas mudanças, ret i f icado as áreas de inter venção e têm v indo a divers i f icar-se no que ao leque de formações diz respei to.

Desde as escolas prof iss ionais, às empresas dedicadas à formação, ex iste hoje um sem f im de opções que podem ser adequadas ao per f i l de cada um e ás expectat ivas de mudança ou melhor ia format iva.

É importante que consiga incutir um novo espírito!

Formação

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SUPLEMENTOEMPREGO&FORMAÇÃO’13

Jornal do Centro23 | maio | 201320

Escola Profissional de Vouzela aposta na empregabilidade a 100%

A formar alunos des-de 1991, a Escola Pro-f i s s i ona l de Vouze l a a p r e s e n t a u m a e m-pregabilidade de 100% nos cursos de Restau-ração, nas ve r tentes Coz inha /Paste la r ia e Restaurante/Bar e na Manutenção Industr ial / Mecatrónica e Eletro-mecânica.

A carência de mão-de-obra especial izada no ramo da hote la r ia na região e a elevada percentagem de a lu-nos que abandonavam p recocemente a es-cola sem preparação para o mercado de tra-balho foram as razões que levaram à cr iação do estabelecimento de ensino, que tem pr iv i-legiado o aprender fa-zendo. Responder às necessidade de forma-ção e de va lo r i zação de todos aqueles que

p ro c u r a m i n g r e s s a r mais cedo no mundo do t rabalho com uma qualif icação prof issio-nal tem sido outra das grandes apostas.

Atualmente, a Escola Profissional de Vouzela tem cursos de nível I I (CEF´s), cursos prof is-s iona is (n íve l IV ), fo r-mações modula res e cursos de nível V.

Com of ic inas equ i-padas com maquina-r ia de topo, professo-res qualif icados e uma imagem muito boa jun-to do tecido empresa-r i a l , a Esco la P ro f i s-sional de Vouzela con-gratula-se por ser uma re fe rênc ia no ens ino profissional.

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A Escola Prof issional Mar iana Seixas, fundada em 1999, presta um serviço público de educação e tem como missão formar profis-sionais de qualidade, competen-tes, empreendedores, responsá-veis e criativos. O reconhecimento público das diversas instituições e empresas do Distrito de Viseu, os recursos físicos e matariais, bem como os prémios nacionais e in-ternacionais conquistados são a prova da qualidade de ensino da EPMS e o seu valor acrescenta-do.

A Escola Prof issional Mar iana Seixas oferece formação para jo-vens e adultos nas mais variadas áreas tais como: electricidade; in-formática; audiovisuais; comunica-ção e marketing; multimédia; ener-gias renováveis; restauração; ges-tão; saúde; enologia; despor to; higiene e segurança no trabalho

e comércio. A Escola Prof issional Mar iana

Seixas – Viseu dispõe de instala-ções adaptadas mas com a qua-l idade necessár ia ao processo ensino-aprendizagem, qual ida-de essa que se estende às áreas tecnológicas, o que nos permite assegurar a qualidade da forma-ção ministrada e a consequente qual idade do desempenho dos

nossos diplomados. O sentido de responsabilidade,

o trabalho, a competência e a qua-lidade são valores dos quais nos orgulhamos de incutir nos nossos alunos, pois julgamos fundamen-tal não só o Saber Fazer, mas tam-bém o Saber Ser.

Escola Profissional Mariana Sei-xas- Sempre a formar Prof issio-nais de Qualidade!

Na hora de procurar emprego marque a diferença

Com um mercado competitivo e saturado é preciso marcar a dife-rença na hora de se candidatar a um emprego. O cur r ículo e a car ta de apresentação (ver pági-na 26) são fundamentais na hora da esco lha do cand idato, por isso seja diferente, destaque-se de entre milhares de candidatu-ras. Ser igual não é boa opção.Ap resente as in fo rmações de maneira fluida.

• Layout: Prefira um layout clean e não ultrapasse duas páginas.

• Cabeçalho: Não é necessár io colocar “Curr ículo”, é uma infor-mação óbv ia. Destaque o seu nome na pr imeira l inha e nas l i-nhas abaixo as informações de contacto ( idade, endereço, te-

lefone e e-mai l ). Redes socia is como Facebook e LinkedIn tam-bém são bem vidas.

• Conhecimentos: Destaque aqui os conhec imentos re levantes para o cargo em questão. Aqui pode ressaltar, também, os idio-mas e o nível de domínio (ler, es-crever, falar).

• Formação académica: Desta-que a sua licenciatura, mestrado, curso profissional e especializa-ções (se houver).

• Experiência Profissional: Aqui é onde a empresa concentra a maior par te da avaliação. As em-presas devem vir em ordem cro-nológica decrescente (da mais atual para a mais antiga).

- Cargo- Resumo rápido das at r ibu i-

ções

- Resultados alcançados (este tópico faz toda a di ferença): L i-derou uma equipa? Par t ic ipou no lançamento de um produto? Lançou uma campanha? Que resu l t ados fo ram a lcançados com essa ação? Chame a aten-ção do selecionador através da sua exper iência prát ica.

• Cursos: Destaque os cursos que são relevantes á área para a qual a vaga fo i aber ta. Basta nome, carga horária, mês/ano e instituição.

• Referências: Não é um tópico obr igatór io, mas caso opte por adicionar faça-o no f inal. Sem-pre com nome, empresa, ca r-go e contactos. Concent re-se nas referências profissionais. Um ex-chefe, empresár io ou gestor são bem-vindos.

Escola Profissional Mariana Seixas aposta na qualidade da formação

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SUPLEMENTOEMPREGO&FORMAÇÃO’13

Jornal do Centro23 | maio | 201322

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Escola Profissional de Torredeita aposta nas novas profissões

Atenta à constante mudança do mercado de trabalho a Escola Pro-fissional de Torredeita (EPT) tem apostado na diversif icação dos cursos que disponibiliza.

A EPT é uma escola profissio-nal que oferecendo aos seus alu-nos cursos profissionais de nível IV e nível V da U.E., funciona em regime diurno para os cursos de nível IV e em regime noturno para o nível V.

Para o novo ano letivo a apos-ta recai nos cursos emergentes nas áreas de produção agr ícola e recursos florestais. O curso de Recursos florestais e ambientais dedica-se à fo rmação de pro-f iss iona is qua l i f icados aptos a i n te r v i r na cons t r ução e ges-tão de uma empresa f lo resta l, no respeito pelas regras de se-gu rança e saúde no t raba lho. O de Produção Agrá r ia inc ide na formação de técnicos qual i-f icados para constituir uma em-presa agropecuár ia, coordenar, organizar e executar as ativ ida-des de uma exploração agr íco-la, assegurando a quantidade e qualidade da produção, a saúde e segurança no trabalho, a pre-servação do meio ambiente e a segurança a l imenta r dos con-sumidores.

Também a Restauração e o Tu-r ismo são uma aposta da EPT, como curso prioritário dada a va-

lor ização deste setor, cada vez mais em expansão, e como motor de empregabilidade.

A par destas nov idades con-t inua a apostar nos cursos ha-bituais e com bastante escolha por par te dos alunos, nomeada-mente: Animador Sociocultural e Serviços Jurídicos (não existe em mais nenhuma instituição de en-sino no concelho).

Eletrotecnia e Construção Ci-vil assumem-se como outras das ofer tas formativas com destaque na EPT, embora não haja muita procura no mercado interno, os

países emergentes como Ango-la e Moçambique têm requerido, cada vez mais, técnicos especia-l izados, bem como a constante internacionalização de empresas por tugueses no mercado estran-geiro.

To d o s o s c u r s o s t ê m u m a componente p rá t i ca que v i sa potenciar a relação dos alunos com as empresas das di feren-tes áreas, por forma a enr ique-cer o plano curricular e sobretu-do melhorar e valorizar a experi-ência prof issional em ambiente de trabalho.

10Dicas para umaboa entrevista

1 - Hoje em dia quase todas as empresas têm sites na internet. Recolha informação sobre a em-presa antes de ir a uma entrevista. Mas, atenção, não mostre que sabe demais sobre a empresa. Use essa informação para fazer algumas perguntas.

2 - Anote todas as perguntas que pensa que um entrevistador lhe pode fazer. Prepare algu-mas respostas e escreva-as por baixo das per-guntas. Escrever as perguntas e as respostas ajudá-lo-á a recorda-las. Pratique com alguém as respostas.

3 - Pense nos temas onde não está totalmente à vontade. Deve estar preparado para que lhe façam referência a uma área na qual a sua experiência/conhecimento tem algumas falhas. Se não lhe for perguntado, encontre uma maneira de incluir isso na entrevista. Os entrevistadores esperam ouvi-lo falar nos seus pontos fortes, mas não esperam ouvi-lo falar dos seus pontos fracos ou “necessi-dades”. Apreciarão a sua sinceridade, e irá impres-sioná-los. Entretanto, assegure-se de que as falhas podem ser facilmente remediadas.

4 - Leia o seu C.V. e planeie como explicar um “lapso de tempo”. Por exemplo, se tiver muitos meses de paragem entre o final de um trabalho e o começo de outro, certifique-se de que tem uma boa explicação para o que fez durante o período intermédio entre os dois empregos

5 - Certifique-se de que o seu passado académi-co e/ou de trabalho, são discutidos. Assim, pre-pare-se para falar sobre realizações específicas ou uma melhor descrição do trabalho. Explique o que sentiu em relação ao sucesso ou ao fracasso. Os sentimentos são importantes.

6 - Perguntas. Evite perguntas que empurrem o entrevistador para um compromisso - a menos que esteja a ser entrevistado para um trabalho na área de vendas. Algumas boas perguntas são:

- Pode falar-me um pouco sobre as pessoas que trabalham nesta equipa?

- Com que frequência as pessoas progridem na organização?

- Quando é que se pode esperar uma decisão so-bre este processo de seleção?

7 - Use os verbos na terceira pessoa, evite o “eu”, ao falar sobre o trabalho. Evite falar como se o tra-balho já fosse seu. Não pergunte: “Qual vai ser o meu salário? “ Pergunte antes: “Qual é aproxima-damente o salário mensal para este cargo? “.

8 - Encontre algo positivo sobre a empresa en-quanto pesquisa as informações que recolheu no site da empresa, algo que sinta que o entrevistador saberá responder e dê-lhe a oportunidade de falar (orgulhosamente) sobre isso.

9 - Se o seu C.V. não tiver já uma fotografia asse-gure-se de que leva uma foto e mais um C.V. para a entrevista.

10 - Se não conhecer exatamente o local da en-trevista tente sair uma hora mais cedo para chegar a tempo. Independentemente de uma boa descul-pa, um atraso dá logo uma impressão negativa. Se puder leve um telemóvel. Se ficar preso no trânsi-to, pode pelo menos avisar o entrevistador.

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Jornal do Centro23 | maio | 2013 SUPLEMENTO

EMPREGO&FORMAÇÃO’1323

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É um centro autorizado de prepara-ção dos exames da Universidade de Cambridge, a mais reconhecida quali-ficação de língua inglesa do mundo, e prepara os seus formandos para reali-zar qualquer nível de exame.

P repa ra a i nda a l unos para os exames DELE do Instituto Cervan-tes e para os exa-mes de acesso às Universalida-des de Espanha; para os exames D EL F, DA L F e TCF no domínio da língua france-sa; e para os exa-mes do Goethe-I n s t i t u t , n a l í n gua alemã.

A Fun Languages também oferece um leque variado de cursos de línguas para adultos e para f ins específ icos, tais como enfermagem, engenharias, direito, turismo, economia e outros.

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Formaçãoa distância

Ao longo do tempo, tem-se vindo a verif icar um desenvolvimento pro-gressivo ao nível das novas tecnolo-gias, o que potencial izou a cr iação de formas de aprendizagem mais atrativas, e que consequentemente se tornaram mais motivadoras.

Neste sentido, o ensino a distân-cia, enquanto aprendizagem real i-zada mediante separação tempo-

ral e/ou espacial entre formador e formando, surge como, uma forma de aprendizagem que vem colmatar a s n e c e s s i d a d e s e d u c a t i v a s e formativas de um elevado número de pessoas. É um sistema de en-s ino que, comparat ivamente com o ensino presencial apresenta um con junto de vantagens s ign i f ica-tivas:

A A sua qualidade é con-sistente;

A Permite que as pessoas possam frequentar ações de formação inexistentes na sua área de residência;

A Não existe necessidade de deslocação, os indivíduos participam numa circunstância de aprendizagem em tempo e espaço definidos por eles, per-mitindo que estudem no lugar que considerarem mais conveniente:

A Viabiliza a reciclagem da for-mação de trabalhadores dentro do próprio emprego;

A Permite a gestão da atividade familiar com os es- tudos;

A Estudam consoante a disponibilidade de tempo e não necessitam de despender tempo em deslocações;

A São o centro da ação formativa;

A Tornando-se ativos e autónomos;

A Adquirem conhecimentos ao seu próprio ritmo, através da revisão da matéria;

A A matéria está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, conferin-do a mesma quando e quantas vezes desejarem;

A Evoluem de acordo com a sua velocidade dentro dos prazos mínimos e máximos definidos nos projetos educacionais;

A Existe uma comunicação bidirecional e recorre a uma diversidade de recursos multimédia, que permite uma aprendizagem independente flexível, dinâmica e inovadora.

A O ensino a distância é uma forma de ensino mais aberta, que envolve a partilha de experiências e interação

A Ausente de rigidez, possibilita uma maior flexibilidade de aprendizagem, existindo uma formação individualizada e personalizada.

A A avaliação dos resultados é automática;

A A atualização da informação é rápida e fácil, havendo uma redução no tempo de produção de alterações.

A Viabi l iza uma maior economia, uma vez que el imina os gastos de deslocação e em materiais.

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SUPLEMENTOEMPREGO&FORMAÇÃO’13

Jornal do Centro23 | maio | 201324

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O regresso aos trabalhos de outros temposA (r e)e n t r a d a n o m e r c a d o

de trabalho tem sido assunto na ordem do dia. A preocupa-ção daqueles que se preparam para começar uma prof issão e daque les que a t i nham, mas foram “empurrados” para o de-semprego, l eva o me rcado a tentar encontrar respostas.

A fo r m a ç ã o é u m a d e s s a s r e s p o s t a s , m a s , p o r o u t r o lado, a p rocura de prof issões que ofereçam a lgumas garan-t ias ganham também um papel determinante.

A compet ição g loba l obr iga a aposta r nos p rodu tos e se-tores onde as vantagens ex is-ten tes possam potenc i a r um desenvolv imento mais susten-tado a n íve l mundia l.

O a tua l desenvo lv imento na á rea ag r í co l a e f l o res t a l tem s ido uma das esco lhas ma i s recor rentes dos jovens. O re-g resso pa ra a a lde ia, ou v i l a , onde f icou um pedaço de ter-r a po r cu l t i va r começa a se r recor rente e aprove i tado para c r i a r o p róp r i o negóc io que, em muitos casos, têm culmina-do em sucesso para mui tos.

Também a área da costura e do ca lçado têm ganho espa-ço nas escolhas de mui tos jo-vens, e não só. O regresso às p rof issões que e ram pr ime i ra esco lha nou t ros tempos têm a l te rado o mercado de t raba-lho e t ra z ido à tona t rad ições que se perderam no tempo.

Emprego

Incentivos ao emprego

O desemprego não para de crescer e para combater esta tendência o governo tem criado vários pacotes de apoio e incentivo. Além de subsídios para os de-sempregados, há novos incentivos para as empresas que recrutam.

Os apoios visam apoiar quer os desempregados quer as entidades empre-gadoras, através de estágios remunerados para jovens, programas de reforço de competências para quem procura trabalho e apoios e benefícios fiscais para empresas que contratam desempregados.

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Jornal do Centro23 | maio | 2013 SUPLEMENTO

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Estágios “Impulso Jovem”“Tu dás o passo, nós damos o impulso” é o lema

dos estágios Impulso Jovem, indicados para jovens entre os 18 e 34 anos. Permi tem be-nef ic ia r de bolsas de estágio em vár ias mo-dalidades: passapor te emprego, industr ial iza-ção, inovação, internacional ização, economia soc ia l, assoc iações e federações juven is e despor t ivas, agr icul tura e administ ração pú-blica.

Lançado no ano passado, t inha como objeti-vo inicial abranger cerca de 90 mil jovens de-sempregados, mas teve u m a a d e s ã o aba ixo das espectat i -v as . E n t r e -t a n to, fo i re lança-d o c o m algumas a l t e -r a -

ções, nomeadamente no que d iz respe i to à duração dos estágios, de nove para doze me-ses, bem como a idade dos benef iciár ios que se estendeu e passou a incluir também os es-tágios de acesso a prof issões regulamentadas por ordens prof issionais.

As condições dependem da área de trabalho escolhida. O valor das bolsas – f inanciadas

entre 70% e 100% pelo Esta-do – va r iam ent re os 419 e os 943 euros, consoante a fo r m ação académ ica do candidato.

Para que os candidatos não acabem dispensados, ao f im do per íodo de está-

g io de um ano, o “ Impulso Jovem” t ambém incen-t i va a sua con t r a t ação def in i t i va. As empresas que integrarem os esta-g i á r i o s n o s s e u s q u a -d ros , nos 30 d i a s se -gu in tes ao f im do p ro -

grama recebem um prémio e x t r a : u m f i n a n c i a m e n to equiva lente a seis vezes o valor da bolsa de estágio, qu e se r á pag o ao l o ng o

dos t rês anos seguintes.

Incentivos para desempregados

Para os desempregados, que estejam ou não a receber subsidio, podem integrar os contratos Emprego-Inserção ou Emprego Inserção +, que possibi l i tam a aproximação do desempregado ao mercado de trabalho, reforça as competên-cias e proporciona o contacto com outros tra-balhadores e outras atividades.

Ambos os programas preveem o pagamen-to de bolsas de ocupação aos desemprega-dos, bem como o pagamento de despesas de transpor te, a l imentação e seguro de aciden-tes pessoais.

Durante o ano de 2013 o per íodo de candi-daturas decorre entre 1 de janeiro a 31 de de-zembro, inclusive.

blica.Lançado no ano passado, tinha como objeti-

vo inicial abranger cerca de 90 mil jovens de-sempregados, mas teve u m a a d e s ã o aba ixo das espectat i-va s . En t r e -a n to, fo ie lança-

d o c o m algumasa l t e -a -

entre 70% edo – va r iaos 943 efo r m aç ãcandidat

Para qnão acabao f im do

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SUPLEMENTOEMPREGO&FORMAÇÃO’13

Jornal do Centro23 | maio | 201326

As empresas, que se vêm a bra-ços com a falta de capital e a cons-t a n te d i m i n u i ç ã o n a p ro d u ç ã o e consequentemente do poder eco-nómico deixam, cada vez mais, de ter poder de contratação, acaban-do mesmo po r te r que reco r re r a despedimentos.

Neste sent ido fo ram cr iados vá-r ios apoios:

Um apor ta r ia pub l icada a 14 de março, prevê novos incentivos para quem contrata desempregados. Ao abr igo do programa Est ímulo 2013 – que já ex ist ia, mas que fo i agora reformulado e alargado – as empre-

sas que contratem pessoas que es-tejam inscr itas no centro de empre-go há pe lo menos se is meses po-dem receber apoio estata l durante seis a dezoito meses.

Contratar jovens ou desemprega-dos (com pelo menos nove meses de s i tuação de desemprego) pos-s ib i l i ta também às empresas obter descontos no IRC, IRS, majorações que podem vigorar durante o per ío-do de cinco anos. No próximo ano, as empresas que contratem desem-pregados com mais de 45 anos te-rão outros benefícios, como o reem-bolso total da taxa social única.

Novo programa de reconhecimento, validação e certificação de competências

O gove rno ence r rou os Cent ros de Novas Opor tunidades (CNO) mas cr iou um novo programa, a rede de Centros para a Quali f icação e Ensi-no Prof issional (CQEP).

O objetivo é que se continue a pro-mover os processos de Reconheci-mento, Val idação e Cer t i f icação de Competências.

A lei prevê que os CQEP trabalhem com adultos, como já acontecia com o CNO, mas também com jovens a par t i r dos 15 anos, promovendo e or ientando-os para a ofer ta escolar, prof issional e de dupla cer t i f icação.

Pretende-se que os jovens sejam apoiados no momento de escolher a formação de acordo com os per f is indiv iduais e sobretudo adequando às necessidades do mercado.

No que diz respei to ao processo de val idação de competências este pode ser fe i to logo a par t i r dos 18 anos. Contudo, no caso de t raba-lhadores entre os 18 e os 23 anos, o processo será aber to se os can-

didatos possuírem, pelo menos, três anos de experiência prof issional de-vidamente comprovada.

Apoios àcontratação

Seja originalna carta de apresentação

O tex to deve ser persona l i zado para cada empresa. As descr ições genér icas não desper tam interes-se, procure informações no s i te e nas redes socia is sobre a empre-sa. Adapte as suas capacidades, características e ambições de acor-de com o emprego a que se can-didata, cer tamente há qual idades que se adaptam mais a um, do que a outro. A car ta de apresentação é uma forma de escrever aqui lo que

gostaria de dizer sobre si, numa en-trevista pessoal. Aproveite para dar a conhecer-se, marque a di feren-ça, cative nas palavras e destaque-se. Nunca se esqueça que as em-presas recebem, por dia, centenas de car tas e curr ículos, o segredo é marcar pela di ferenciação, é des-per tar interesse.

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economiaGrande Vinho do Dão 2012 é de Nelas

A Palwines foi aclamada como o produtor do Gran-de Vinho do Dão no con-curso “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor 2012” que integrou a terceira edi-ção do evento “Dão Primo-res”, realizada na passada segunda-feira, 20 de maio, no Solar do Vinho do Dão, em Viseu.

Neste evento onde esti-veram representados mais de 50 produtores da Região foram dadas a conhecer, em prova livre, cerca de 150 amostras de vinho e distin-guidos pelo júri, entre “Di-plomas de Prata” e “Diplo-mas de Ouro”, oito vinhos brancos, três rosados e 21 tintos do total de vinhos a concurso.

Arlindo Cunha, presiden-

te da Comissão Vitivinícola Regional do Dão, durante a cerimónia de abertura e proclamação da vindima aproveitou para salientar aquele que considera ser um excelente desempenho da região num ano em que os vinhos do Dão foram os vinhos portugueses mais distinguidos nos concursos internacionais e em que se verificou um aumento de 20% na produção.

Do programa do “Dão Primores”, iniciativa que tem como principal obje-tivo promover o vinho do Dão dando a conhecer e a provar à imprensa, ao mer-cado e a todos os convida-dos as “boas pingas” da co-lheita de 2012 que ainda es-tagiam nas adegas, constou

ainda a tradicional declara-ção de colheita que anali-sou os aspetos técnicos da campanha do ano transato e uma pertinente interven-ção do economista Daniel Bessa que se debruçou so-bre “A situação económica e as empresas portuguesas” nomeadamente sobre os seus pontos de interseção com a fileira dos vinhos.

O diretor-geral da CO-TEC Portugal – Associa-ção Empresarial para a Ino-vação e antigo ministro da Economia, Indústria, Co-mércio e Turismo, assumi-do amante de vinhos e “lei-tor de todas as revistas da especialidade”, referiu-se ao momento presente da economia, dizendo: “a eco-nomia portuguesa está em

muito mau estado”. Caminhando certeira-

mente por entre os temas económicos da atualidade, aos quais se referiu como “um exercício de previ-são”, trinta minutos basta-ram para abordar o contex-to da crise europeia, a que-da do produto interno bruto nacional e o tamanho dos mercados que, no caso dos vinhos e da pequena produ-ção, entendeu como “prati-camente infinitos”.

“O único ponto que po-demos trabalhar é o tema da competitividade” sobre o qual, afirmou a propósi-to, “detesto que me ponham problemas que não tenham solução”. Para o futuro des-te mercado apontou como exemplo o setor do calçado

“onde as empresas não con-correm entre si nos merca-dos externos” pois todos de-vemos perceber que “cada vez que um vinho portu-guês ganha em termos de imagem todos ganham”.

Daniel Bessa terminou com uma nota de esperan-ça no futuro dirigida aos presentes concluindo que “os produtores estão no bom caminho, no sentido da relevância e da conquis-ta dos mercados”.

No âmbito desta inicia-tiva realizaram-se ainda a entrega dos prémios do concurso “Os Melhores Vi-nhos do Dão no Produtor” e a prova livre dos vinhos da colheita de 2012.

Pedro Morgado

Vinho do Dão ∑ Produtor de Nelas vence o concurso “Os Melhores Vinhos do Dão no Produtor 2012” referente à colheita de 2012

A 3ª Edição “Dão Primores” - CVR Dão

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ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

“G ostaríamos que n a próx i m a ca mpa-nha eleitoral para as au-tárquicas a questão da sustentabilidade das ci-dades fosse assunto de agenda”, afirmou Paulo Lemos, secretário de Es-tado do Ambiente e do Ordenamento do Terri-tório, esta terça-feira, 21, durante um debate sobre “política de cidades sus-tentáveis”, que decorreu no Instituto Politécnico de Viseu (IPV).

Paulo Lemos infor-mou que até julho serão recolhidos contributos sobre a sustentabilidade das cidades, junto dos vários agentes económi-

cos e sociais, para que depois seja elaborado um documento a apre-sentar em setembro, de modo a que possa ser abordado nos progra-mas eleitorais dos can-didatos autárquicos.

Durante a sua inter-venção, o governante sublinhou que Portugal precisa de “uma políti-ca de cidades coerente, abrangente e focada no futuro”.

A competitividade in-teligente, o potencial das pessoas, a reabilitação urbana de forma inte-grada, a sustentabilidade dos vários subsistemas, o baixo carbono e resi-

liência urbana e a valo-rização dos fatores de identidade e diferencia-ção das cidades foram os seis eixos apresentados para servir de referen-cial estratégico à políti-ca nacional de cidades.

Destacando que as so-luções para cada região não serão uniformes, “pois cada uma tem as suas especificidades. Todas têm problemas es-pecíficos, mas também oportunidades únicas”.

No debate, promovido pela Comissão de Coor-denação e Desenvolvi-mento Regional do Cen-tro no âmbito da prepara-ção do próximo período

de programação finan-ceira da política de co-esão da União Europeia para 2014-2020, marcou também presença o vice-presidente da Câmara de Viseu, Américo Nunes, que sustentou que “cida-des sustentáveis têm de ser cidades inteligentes”. O autarca aproveitou a ocasião para apresentar o que foi feito no conce-lho de Viseu em termos de regeneração urbanísti-ca, destacando a recupe-ração de alguns edifícios públicos e outros particu-lares destinados a habita-ção para jovens casais.

MC/Lusa

Sustentabilidade dascidades debate-se em ViseuObjetivo∑ Paulo Lemos, secretário de Estado do ambiente defende que os autarcas

devem privilegiar políticas sustentáveis

Está a decorrer duran-te o dia de hoje, 23, um workshop sobre “Rede de Turismo Local”.

A ação, que terá lugar no Auditório do Balne-ário Rainha D. Amélia, nas Termas de São Pedro do Sul, destina-se a téc-nicos de informação tu-rística, empreendedores turísticos concelhios e juntas de freguesias.

O workshop, uma or-ganização do Projeto

CLDS “São Pedro do Sul - o futuro é aqui” e da Câmara Municipal de São Pedro do Sul, tem ínicio pelas 9h00.

Na sessão serão abor-dados temas como a rede de locais de infor-mação turística/experi-ências turísticas, o em-preendedor turístico e boas práticas no aten-dimento turístico. A ação culmina com um debate.

Debate de rede de turismo local em São Pedro do Sul

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Vender e trocar produ-tos é o mote para o “Mer-cado Livre”, que tem lugar sábado, 25, em Vouzela.

A partir das 9h00, o Mercado Municipal, rece-be vários “vendedores”.

A participação no even-to requer uma inscrição,

com um valor simbólico de 2 euros, que deve ser efetuada até sábado, 24.

Mais informações atra-vés do endereço de correio eletrónico [email protected] ou do contac-to telefónico 914157234 ou 964813831.

Vouzela recebe mercado livre

E a sua solidariedade socialé mecânica ou orgânica?

Clareza no Pensamento

O dicionário on-line Infopédia (http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa) define soli-dariedade como “nome feminino, qualidade de ser solidário; sentimen-to que leva a prestar auxílio a alguém; res-ponsabilidade recípro-ca entre elementos de um grupo social, pro-fissional, institucional ou de uma comunidade; adesão ou apoio a uma causa, a um movimen-to ou a um princípio; sentimento de partilha do sofrimento alheio (de solidário+-idade )”. Mas para meu espanto, que sou da área das ci-ências, descobri à dias que a sol idariedade pode ser mecânica ou orgânica!

Segundo percebi a so-lidariedade mecânica é característica das so-ciedades ditas “primi-tivas”, ou seja, de agru-pamentos humanos do tipo tribal formado por clãs. Nestas sociedades, os indivíduos que a in-tegram compartilham das mesmas noções e valores sociais tanto no que se refere às cren-ças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários a subsistência do grupo.

Por outro lado a so-lidariedade orgânica predomina nas “moder-nas” onde existe uma maior diferenciação in-dividual e social. Além de não compartilharem dos mesmos valores e crenças sociais, os in-teresses individuais são bastante distintos e a consciência de cada in-divíduo é mais acentu-ada. Onde predomina a solidariedade orgânica, a coesão social não está assentada em crenças e valores sociais, religio-sos, na tradição ou nos costumes compartilha-dos, mas nos códigos e regras de conduta que estabelecem direitos e deveres e se expressam em normas jurídicas: isto é, o Direito.

Penso ter percebido o porque de termos che-gado onde chegamos como sociedade! Nós somos solidários no sentido orgânico quan-do o devíamos ser no sentido mecânico! Isto é, devíamos comparti-lhar as mesmas noções e valores nos que res-peita aos interesses ma-teriais necessários para a subsistência do grupo (estou a deixar de fora as crenças religiosas propositadamente).

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Madalena MalvaDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

[email protected]

30 Jornal do Centro23 | maio | 2013

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∑ António Loureiro, presidente do Lusitano, viu esta súbida como o “realizar de um sonho”. Para o dirigente, a nível desportivo, “era objetivo colocar o Lusitano nos nacionais”.

Aos adeptos deixa uma palavra de apresso e agra-decimento. “Foi uma agradável surpresa chegar ao Rossio e ver tantos adeptos”. Quanto a este “novo” desafio António Loureiro diz ainda não pensar mui-to nisso. “Estamos ainda numa fase de comemora-ção. Mas sabemos que a realidade económica do país não nos permite grandes voos, tudo o que vamos fa-zer é com os pés bem assentes na terra”.

Treze anos depois o Lu-sitano Futebol Clube, de Vildemoinhos, sagrou-se Campeão Distrital e re-gressa às competições na-cionais de futebol.

Depois de um campeo-nato bem disputado, entre as várias equipas do distri-to, foram os trambelos que carimbaram a tão ambi-cionada subida e juntam-se ao Cinfães, na nova competição de futebol, o Campeonato Nacional de Seniores.

O Lusitano Futebol Clube é um dos mais an-tigos clubes do distrito, é, aliás, mais antigo que a própria Associação de Futebol de Viseu, da qual é membro fundador. Criado em 1916, o Lusita-no FC, “nasce” de forma amadora, com poucos re-cursos humanos, técni-cos, administrativos, fi-nanceiros e instalações desportivas. Estava, na altura, longe de imaginar que quase cem anos de-pois, teria na sua história um palmarés recheado de vitórias e de grandes raízes na cidade.

Joaquim Lopes Duarte é o responsável por en-

raizar o futebol na aldeia. Filho de um abastado la-vrador, com a ajuda de al-guns conterrâneos leva à criação do Lusitano Fute-bol Clube.

Em 1934, a equipa de Vildemoinhos, conquis-ta uma marca importan-te na sua história, com a presença, pela primei-ra vez, no então Campe-onato da 2.ª Liga, maior escalão onde o Lusitano

alguma vez participou, e onde se manteve por duas temporadas. Seguiram-se inúmeras presenças na 3.ª Divisão Nacional e mais alguns títulos na 1.ª Di-visão Distrital (14 títulos de campeão distrital con-quistados pelo Lusitano, sendo que apenas um de-les foi na 2.ª Divisão Dis-trital).

No passado domingo, dia 19, voltou a inscrever o

nome na lista dos campe-ões distritais e ruma mais uma vez às competições nacionais. A vitória fren-te ao Resende (embora um empate bastasse), por duas bolas a uma, devolveu aos adeptos a alegria de ser Lu-sitano, e nas bancadas, ca-checóis e bandeiras acom-panhavam um só grito: “O Campeão voltou”.

Micaela Costa

desporto

A Treze anos depois os Trambelos regressam às competições nacionais

Futebol

São João antecipadoem VildemoinhosRegresso ∑ Equipa dos Trambelos carimbou a subida ao nacional de futebol

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∑ O Lusitano FC tem marcado pontos com a sua formação, nos mais variados escalões. Em 1946/47, os Juniores sagrarem-se campeões distritais, feito que re-petiram por mais quatro vezes. No escalão de juvenis, a época de 62/63, fica marcada pelo primeiro título dis-trital chegou, que se viria a repetir em 68/69 e pela ter-ceira vez em 2010-2011. Nas últimas épocas o Lusitano festejou ainda os títulos distritais de Iniciados, Escolas e Infantis. Em 2008 assinam um protocolo de coopera-ção com o Sporting Clube de Portugal, com a finalidade de realizar ações de captação e potenciar as camadas de formação dos trambelos.

Camadas jovens também arrecadam troféus

∑ São sete as equipas que abandonam esta época a Divisão de Honra distrital. São elas: Canas de Se-nhorim, Tarouca, Molelos, Sporting de Lamego, GD Campia, Viseu Benfica e Vouzelenses.

Equipas despromovidas à 1ª Divisão Distrital

“Foi o realizar de um sonho”

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DESPORTO | FUTEBOL

FutebolTONDELAENCERRANO TOP TEN

O Tondela garantiu na última jornada da II Liga, o Top Ten na classificação final.

Uma vitória por 4 a 2, frente ao Arouca, deu os três pontos ne-cessários para que os tondelenses garantis-se uma posição que vai permitir ao clu-be jogar duas das três partidas da I fase da Taça da Liga em sua casa.

Frente ao promovi-do Arouca, os tonde-lenses foram para o intervalo a perder por 2 a 0, e com menos um jogador em campo (ex-pulsão de Jô, no lance da marcação de pe-nalti a favor do Arou-ca). Na segunda par-te o Tondela acabou por virar o marcador e ganhar por 4 a 2 . Empata a partida com duas penalidades (ex-pulsão de um jogador do Arouca, que equi-librou a partida num 10 contra 10) e perto do final, encerram a classificação, primei-ro por Pedrosa e de-pois por Benvindo que saltou do banco para fechar o resultado em 4 a 2.

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“Eu quero ficar aqui. Q u e r o a p o s t a r n o Académico para dar continuidade, a inda não estou satisfeito, ain-da quero realizar mais coisas”, afirmou Filipe Moreira na conferência de imprensa que tornou pública a continuidade do técnico na equipa vi-seense.

O treinador, que le-vou os academistas à subida às competições profissionais de futebol, vai manter-se no clube, pelo menos até 2014. Di-reção e técnico lisboeta oficializaram no passa-do dia 18, a continuidade para a nova temporada, a da estreia do clube vi-seense na II Liga Profis-sional de futebol, onde tem já um passado com passagens pelo Atlético e também pelo Sporting da Covilhã, precisa-

mente de onde chegou a meio da época para o Académico.

Filipe Moreira, que sa-lientou a “gratidão para com o Académico e a direção”, afirmou ain-da que “tudo é possível nesta 2ª Liga, só depen-de dos jogadores e equi-pa técnica”.

Neste sentido está já a

pensar nas renovações e contratações e afirmou querer um plantel com 24 ou 25 jogadores: “Que-ro uma equipa equilibra-da. Temos que acertar com as opções que va-mos ter esta época”.

António Albino, presi-dente do Académico de Viseu, começou por de-sejar a Filipe Moreira um

“grande sucesso” numa época que, segundo o di-rigente, “não vai ser fácil para ele [Filipe Moreira], nem para a direção”.

O responsável por este “novo” Académico disse ainda que a renovação de contrato com o técnico é um “reconhecimento do trabalho desenvolvi-do” e espera “que se re-pita”, acrescentando que o orçamento pode atin-gir o meio milhão de euros, uma vez que será uma Liga mais exigen-te e onde vai ser neces-sária “a ajuda de todos”. António Albino deixou um apelo final para que “de uma vez por todas, os viseenses se liguem a este projeto, e os sócios continuem a acreditar, e quem ainda não o é que venha a sê-lo”.

Micaela Costa

Futebol

“Ainda querorealizar mais coisas”Académico de Viseu∑ Filipe Moreira renovou por mais uma época

A António Albino, Filipe Moreira e Pedro Ruas

Segunda LigaP J V E D GMGS

1 Belenenses 94 42 29 7 6 75 412 Arouca 73 42 21 10 11 65 483 Leixões 68 42 18 14 10 49 364 Sporting B 66 42 17 15 10 62 465 Desp. Aves 65 42 16 17 9 47 426 Portimonense 64 42 17 13 12 61 507 Benfica B 62 42 15 17 10 71 548 Oliveirense 60 42 16 12 14 52 499 Penafiel 60 42 16 12 14 48 4410Tondela 59 42 16 11 15 55 6011Santa Clara 59 42 15 14 13 55 4812U. Madeira 56 42 13 17 12 47 4613Feirense 56 42 15 11 16 60 5914FC Porto B 54 42 13 15 14 49 4915Marítimo B 49 42 14 7 21 40 4616SC Braga B 47 42 12 13 17 39 5117Naval 45 42 13 18 11 51 5018Atlético CP 44 42 12 8 22 45 6319Trofense 40 42 9 13 20 41 6020Sp. Covilhã 38 42 7 17 18 37 5221Guimarães B 36 42 7 15 20 30 5622Freamunde 33 42 7 12 23 46 75

AF Viseu - Divisão HonraP J V E D GMGS

1 Lusitano FCV 71 30 22 5 3 56 242 Castro Daire 68 30 22 2 6 67 273 Moimenta 66 30 20 6 4 64 304 Sátão 53 30 15 8 7 53 215 Paivense 48 30 14 6 10 43 306 Mangualde 44 30 12 8 10 23 247 Fornelos 43 30 12 7 11 49 468 Sernancelhe 40 30 11 7 12 43 419 Resende 39 30 11 6 13 32 4410C. Senhorim 39 30 10 9 11 38 4011Tarouquense 38 30 11 5 14 43 4612Molelos 30 30 8 6 16 33 6113Sp. Lamego 28 30 7 7 16 26 4614Campia 27 30 6 9 15 25 3715Viseu e Benfica 22 30 6 4 20 25 6316Vouzelenses 13 30 2 7 21 19 59

Feirense 3-0 SC Braga BBenfica B 2-2 Santa Clara

Naval 0-0 FC Porto BBelenenses 2-1 FreamundeU. Madeira 5-3 Trofense

Portimonense 2-1 Atlético CPPenafiel 2-1 Sporting B

V. Guimarães B 1-0 OliveirenseLeixões 0-1 Sp. Covilhã

Desp. Aves 0-2 Marítimo BTondela 4-2 Arouca

42ª Jornada

Mangualde 0-1 MoimentaCampia 0-1 Sp. Lamego

Sernancelhe 3-2 FornelosMolelos 3-0 Viseu e Benfica

Vouzelenses 1-2 TarouquenseCanas Senhorim 0-1 Castro Daire

Sátão 0-1 PaivenseLusitano FCV 2-1 Resende

30ª Jornada

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em focoA Caminhada de Solidariedade organizada pela International House reali-

zada na tarde de sábado, dia 18, angariou este ano dois mil e quinhentos euros que vão ser entregues à APCV (Associação de Paralisia Cerebral de Viseu) para ajudar a Instituição na remodelação do Lar de Viseu, nomeadamente com aquisição de camas articuladas para os utentes com maiores dificuldades. “É de realçar que este valor foi conseguido pelos participantes que pediram aos seus familiares, amigos e colegas que se comprometessem a pagar uma quan-tia, normalmente pequena, por cada quilometro que conseguissem caminhar” adiantou a diretora da escola, Gay Adamson.

Caminhada de Solidariedade

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Jornal do Centro23| maio | 2013 33

Pedro Marcos e Sofia Esteves Correia são os proprietários e criadores da “Rubrika”. A marca, que dá o mesmo nome ao espaço comercial no Forum Viseu, assume-se como atrevida, intensa e singular.

Um mundo de manipulação de cor, de objetos e tendências onde os cria-dores apresentam as suas peças de autor, assinadas, e de edição limitada ou mesmo exclusiva.

“Rubrika, because value pieces need a signature” [Rubrika, porque as pe-ças valiosas precisam de uma assinatura].

Rubrika uma “peça valiosa” em Viseu

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Page 34: Jornal do Centro - Ed584

culturasD Curso mantém bordados de Tibaldinho

Um curso de bordados de Tibaldinho está a decorrer até 5 de junho, com o objetivo de manter viva a confeção destes bordados tradicionais do concelho de Mangualde. A formação destina-se a “desempregados, artesãos ativos e outros profissionais com interesse de competências específicas nesta área”.

roteiro cinemas Estreia da semana

Velocidade Furiosa 6 – Desde que Dom (Vin Diesel) e Brian (Paul Walker) fizeram o golpe no Rio de Janeiro, que rendeu 100 milhões de dólares à equipa, o grupo espa-lhou-se pelo globo. Mas a impossi-bilidade de voltarem a casa e esta-rem sempre em fuga deixou-lhes uma vida incompleta.

Destaque

Anna Maria Pereira da Gama (1923-2005), uma das maiores colecionadoras por-tuguesas de ícones deixou em testamento que o seu extenso legado ficaria para o Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa), para o Mu-seu Grão Vasco, em Viseu e para o Museu de Lamego. Descendente de Lamego, Lisboa foi a cidade onde nasceu e viveu, mas tinha Viseu como paixão, que foi sendo alimentada pela sua governanta, a “miúda” de Silgueiros, Maria Fernanda, contratada para ler história à sua mãe e que se tornou a grande companheira de viagens.

O Museu Grão Vasco

inaugurou na semana pas-sada a exposição “Ícones Russos – Legado Pereira da Gama” que integra 95 peças emblemáticas da arte reli-giosa ortodoxa, mas o mu-seu é herdeiro de mais de duas centenas de ícones des-ta colecionadora compulsi-va. Através de um protocolo assinado entre a autarquia viseense e o Museu Grão Vasco, o Museu do Quartzo vai poder também apresen-tar uma coleção de minerais do legado Pereira da Gama.

O museu de Lamego vai fazer o historial da família dos últimos 100 anos. E no Museu Nacional de Arte Antiga ficarão grandes pe-ças da sua coleção pessoal.

A coleção “Ícones Russos – Legado Pereira da Gama” vai estar exposta no Museu Grão Vasco até outubro. O diretor do museu, Sérgio Gorjão reforçou na sessão de abertura que se trata de

“uma coleção de referência” única no país, em que “to-das as peças são representa-tivas”. Para o responsável a mostra “assume uma gran-de importância” no contexto nacional e internacional, pas-sando o Museu Grão Vasco a “ser uma referência para o estudo” da arte religiosa or-todoxa russa. “O mundo dos ícones é um mundo muito especial”, concluiu.

Emília Amaral

Pereira da Gama ligada para sempre ao distrito de ViseuLegado ∑ Museu Grão Vasco e Museu de Lamego vão poder contar a história da colecionadora de ícones

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 13h30, 15h50, 18h10, 21h10, 23h40*Spring Breakers Viagem de Finalistas(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 17h40, 21h00, 23h50*Esquecido(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h20, 00h2o*Velocodade Furiosa 6(CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h25, 19h05, 21h40, 00h30* Um refúgio para a vida(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40Os Croods VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h50, 00h10*Fogo contra fogo(M16) (Digital)

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Homem de Ferro 3(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 14h00, 17h00, 21h00, 00h00* Velocidade Furiosa(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 16h50, 19h10, 21h40, 23h50*Nome de código: Paulette(M12) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 17h10, 19h20, 21h50, 00h30* Scary Movie 5 - Um Mítico Susto de Filme(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h00*(*Dom), 14h10, 16h30, 19h00 Gladiadores(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h20, 23h30* O grande dia(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 17h35O grande Gatsby(M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h10, 00h10*O grande Gatsby(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h20*Assalto à Casa Branca(M16) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado

A Exposição “Ícones Russos – Legado Pereira da Gama” no Grão Vasco até outubro

Maria Fernanda, de 57 anos, natural de Silguei-ros, Viseu, tem sido uma das grandes impulsiona-doras da vinda de parte do legado da colecionado-ra Anna Maria Pereira da Gama para o Museu Grão Vasco.

O Tio já era chofer da fa-mília da geografa que cor-ria o mundo à procura de ícones. Maria Fernanda, ainda “miúda” foi para Lisboa incumbida de “ler histórias à mãe”, mas a re-lação com a especialista estreitou-se ao longo dos anos: “Vivi com a minha madrinha 43 anos, anda-va sempre com ela, viajava com ela para todo o lado e em todo o lado ela compra-va ícones. Nas feiras inter-nacionais tinha até pesso-as a comprar”.

Para Fernanda, a cole-cionadora “braso-nada” era a ma-drinha [de cris-ma]. Para Anna Maria Perei-ra da Gama, Fernanda foi compa n hei-ra, governan-ta e mais tarde

testamenteira juntamente com a sobrinha.“É um momento muito

importante para mim”, re-conheceu Maria Fernanda na cerimónia de inaugura-ção da exposição, justifi-cando o forte papel de in-termediária em todo o pro-cesso de doação dos ícones ao Museu Grão Vasco.“Era uma apaixonada por

toda a arte, mas mais pe-los ícones. No seu quarto tinha ícones pendurados por toda a parte e em cima das mesas. Sempre que via-java tinha qua trazer um ou dois”, descreveu ao lembrar que a coleção de ícones já vinha do tempo da avó.

Maria Fernanda que continua a visitar a sua terra natal com frequência, dedica a sua vida à obra da colecionadora falecida em 2005. Reconhece que in-

fluenciou a madri-nha no gosto que criou pela re-gião e congra-tula-se por sa-ber que o seu nome vai ser

re cord ado para sempre

em Viseu. EA

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MaisQuintas ao Jazz

O baterista argenti-no Luciano Cuviello, o contrabaixista uruguaio Ál-varo Rosso, e o vibrafonis-ta português Jeffery Davis, trazem a Viseu um momen-to musical de confluências de inspirações geográficas e de diversas escolas musi-cais. O concerto, integrado nas QUINTAS AO JAZZ, decorre esta quinta-feira, dia 23, às 21h30, no Lugar do Capitão.

“Um Sonho”na ACERT

O projecto off – grupo teatral apresenta dia 25, às 21h45, na ACERT em Tondela o espetáculo “Um Sonho” a partir de “Sonho de uma Noite de Verão” de william shakespeare. O espetáculo integra-se na programação de maio da ACERT.

“ContraCanto” em Carregal do Sal

“ContraCanto” é o nome do espetáculo de teatro e música a estrear no Centro Cultural de Carregal do Sal, dia 8 de junho, às 21h30. En-cenado por António Leal, “ContraCanto” mergulha no universo alegórico-poé-tico de Zeca Afonso. A peça é uma produção da Funda-ção Lapa do Lobo, em par-ceria com a autarquia de Carregal do Sal.

Variedades

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Para Fernanda, a coleeeeecionadora “braso-------nada” era a maaaaaa--drinha [de cris-s-s----s----s---------ma]. Para Annaaa Maria Perei-i-------------ra da Gama, Fernanda foii compa n hei--------------------ra, governan-ta e mais tarde

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expos Arcas da memória

Arnaldo MalhoO poeta do ferro

“… e até eu , ao ser brindado na dedica-tória do seu penúltimo livro com o título de Poeta do Ferro tive tal surpresa que até per-di a fala e não mais dei acordo de mim”.

Carta de Arnaldo Malho para Aqui-

lino Ribeiro de 27/VII/1941

Arnaldo Malho era um poeta . Poeta da acção, não da palavra, ainda que algumas ri-mas tenha composto nuns fragmentos de papel que talvez nem tenha lido a ninguém, nem à f i lha que os achou no torvelinho de outros papéis que ele escreveu e guar-dou numa gaveta.

Aqu i l i no R ibei ro chamou-lhe “ Poeta do Ferro”. E Arnaldo Malho quando se viu deste modo titulado, quando isso leu na de-dicatória que o amigo lhe escrevera num dos livros de que ao sair do prelo lhe fizera en-trega, Arnaldo Malho, na carta que de volta lhe escreveu, falava da surpresa, confessava que se lhe tinham, por um tempo, sumido as palavras. E aceitou. Guardou o livro, por um tempo ele o guar-dou, que a página da dedicatória ganhara o valor de pergaminho.

Poeta, era na forja que escrevia os seus versos de amor. Bigor-na, martelo e cinzel, o ferro no fogo a ama-ciar e depois os poe-mas, o nascer lento dos versos, a música

do martelo a bater, o espelho de uma por-ta, um candeeiro den-tre os mil que ele fez, um braseiro, e outro, e outro, a porta de um nicho para um san-to, uma candeia, uma porta de casa de co-mércio ou um portão para solar, umas gra-des de janela ou de balcão, uma rosa que apenas fez para ofe-recer, mesas, antepa-ros de lareira e os ga-tos dela, os cata-ven-tos para as torres das igrejas, um cofre-re-licário, uma moldura onde nunca guardou o seu retrato, e a justa medida que nas peças colocava, a harmonia, a melopeia, as sílabas contadas como um po-eta faz numa quadra.

De Arnaldo Malho bem pode dizer-se que ele escreveu uma epo-peia onde cada peça é estrofe de um canto.

Isto escrevi a propó-sito de uma Exposição que ora se apresenta, com este mesmo título, na Escola Básica Mes-tre Arnaldo Malho, em Rio de Loba, uma alegre Escola cuja de-signação escolhida celebra a figura deste Mestre da Serralharia Artística de que ele se afirmava, com justeza, o fundador da escola de Viseu.

Nela se descerrou, por memória, um can-deeiro, gesto simbóli-co que evoca a prodi-giosa obra deste sin-gular Mestre de Viseu, e deste nome e desta obra a Escola deverá fazer pedagógica men-ção.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

VILA NOVA DE PAIVA∑ Auditório Municipal Carlos ParedesAté 31 de maio, a exposi-ção documental “Álvaro Cunhal - o homem, o políti-co e o escritor”

∑ Auditório Municipal Carlos ParedesDe 6 de maio a 14 de junho, a exposição “Na ponta dos dedos”, do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Paiva

∑ Auditório Municipal Carlos ParedesAté 31 de maio, a exposição de fotografia “Shadows and walls”, da Universida-de da Beira Interior

MANGUALDE∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre AlvesAté 31 de maio, a exposição de fotografia «Luzes», de José dos Santos.

∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre AlvesAté 25 de maio, a exposi-ção «Barrigas de Mamã», de Elisabete Nunes Sousa.

VISEU∑ Auditório Mirita Casi-miroAté dia 31 de maio, a expo-sição de escultura “Natu-rezas”

∑ Instituto PiagetAté 25 de junho, a exposi-ção internacional, coletiva e itenerante da II Semana Internacional de Educação Artística da UNESCO

OLIVEIRA DE FRADES∑ Museu Municipal de Oliveira de FradesAté dia 16 de junho exposi-ção de fotografia, “Project Llull”, de José Crúzio

LAMEGO∑ Museu de LamegoAté dia 30 de maio, exposi-ção de fotografia, “10 Regi-ões Vinhateiras Europeias Pa-trimónio da Humanidade”

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culturasD Exposição sobre Arnaldo Malho

A Escola Básica Mestre Arnaldo Malho, de Rio de Loba, em Viseu, tem patente a exposição “Arnaldo Malho, o Poeta do Ferro”, até sexta-feira, dia 24, sobre o famoso ferreiro da cidade que lhe deu nome.

Destaque

O projeto “Viseu a 1 do 6” vai trazer arte e cultura ao centro da cidade de Viseu durante as 24 horas do dia 1 de junho. Dito assim por si só já desper-ta curiosidade, mas nestas 24 horas o que vai ser Viseu?É realmente uma festa

que abre um ano de ativida-des. Tem a ver com a von-tade que o Teatro Viriato sempre teve de se extro-verter, de sair de portas. As pessoas sempre acharam este espaço semiprecio-so, que pressupunha uma certa cerimónia, quando é um espaço para todos. Foi por causa disso que sem-pre pensámos fazer uma programação fora de por-tas, provando que o fruir cultural é para toda a gen-te. O que nos interessa não é o entretenimento mas a memória, ou seja, criar momentos em que ficamos com as memórias daque-le acontecimento durante meses e anos se possível.

Qual é a ideia?Abrir para a cidade mas

de forma que envolvesse mais a cidade. A minha ideia era ter um festival que reunisse artistas con-sagrados com a própria população de Viseu. De repente até imaginei uti-lizar as obras que decor-rem no centro histórico e misturar os operários que estavam a fazer esta obra com um grupo de percus-sionistas reconhecidos. Por exemplo, o John Cage pode ser tocado desta forma: os operários dirigidos de ma-

neira a ter um ritmo com os instrumentos que uti-lizam, misturados com os percussionistas. E do quo-tidiano podemos criar um acontecimento maior.

Essa é a imagem do que vai acontecer na cidade de Viseu a 1 de junho?Esta é a génese. No pró-

ximo ano, o “Viseu A” vai fazer um apelo para reunir todos os artistas que vivem na cidade de Viseu para tra-balharem no projeto, mais artistas do exterior, mais a comunidade que se queira envolver. A ideia é envol-ver a cidade no seu todo o mais possível dentro dos vários acontecimentos, to-dos eles enquadrados por profissionais, porque os ar-tistas locais não vão estar a trabalhar de uma forma aleatório.

Por exemplo?Se pegarmos na Rua Di-

reita, de que forma vamos trabalhar a rua? Tudo o que vai ser feito é no sentido de ir para lá daquilo que existe, em que vamos certamen-te ter 75% da comunida-de envolvida nestes acon-tecimentos e 25% de fora. Desta vez temos o Olivier Roustan a atravessar o lar-go (Adro da Sé) em equi-librismo e depois a Banda de Ribafeira com alunos do Conservatório [de Viseu] dirigidos pelos Drumming que são os craques da per-cussão em Portugal. Por-tanto temos o funambulis-mo e pessoas da região a

tocarem. Esta primeira fes-ta já tem a várias direções possíveis [do projeto], por exemplo, terminamos com a Orquestra “Todos” no Largo Mouzinho de Albu-querque. A orquestra vem de lisboa onde não há nin-guém de Viseu a tocar.

O Teatro Viriato sempre teve a preocupação de chamar e trabalhar com a comunidade. Este projeto é o ponto alto desse objetivo?É o ponto alto fora de

portas. A entrada neste Te-atro tem sempre uma es-pécie de misticismo, em-bora tenha mudado muito. Entrar aqui é como entrar na igreja e nós vamos pôr a procissão lá fora.

Seis espetáculos ao longo do dia vão animando a cidade. Como é que estão a pensar atrair público para estas per-formances? As pessoas têm que vir

para a rua a usufruir de

tudo. São espetáculos mui-to diferentes uns dos outros. A “Cartas Coreográfica” de Madalena Vitorino (Ros-sio, 10h00 às 19h00) intera-ge com as pessoas e as pró-prias pessoas participam. Outra coisa é “Les Bleus de Travail” (Rossio, 18h00) que é uma coisa cómica e as pessoas sabem que vão estar para rir. Uma outra coisa mais celeste, mais etérea do Olivier Roustan (Adro da Sé, 21h00) … No fundo é um dia em que as pessoas devem vir para a rua e deixar-se levar pela corrente.

Estes espetáculos podem ajudar a redescobrir a cida-de?O objetivo é essencial-

mente esse. O centro his-tórico de Viseu é magnífi-co, está a ganhar uma nova vida e este é o contributo que encontrámos de lhe dar uma certa pujança. No projeto do próximo ano a

vontade é então que ajude a que uma vida nova come-ce e se mantenha. As cida-des têm que se demarcar e ganhar visibilidade, não pelo seu quotidiano nor-mal, mas por estes acon-tecimentos. Qual é a parte mais agradável de uma ci-dade? Não é a parte indus-trializada, não são os su-búrbios, é sempre o centro. Quando viajamos vamos sempre à procura dos cen-tros das cidades.

Era um projeto há muitos anos por concretizar?Sim. O projeto foi pen-

sado durante muito tem-po. Várias vezes se pen-sou que se devia concreti-zar, mas para mim as boas práticas de programação é algo essencial. Não faço as coisas quando só conto com o voluntariado, com a boa vontade e nada mais. Temos que ter condições e profissionalismo, senão as condições para que elas

derrapem é grande. É pon-to assente, eu só faço as coi-sas quando há meios para as fazer. A notícia de que este projeto pode avançar tem um mês e de repente fomos recuperar a progra-mação que tinha sido pen-sada anteriormente. Agora, o meu projeto maior é as pessoas poderem usufruir de uma dinâmica cultural da cidade de forma despo-jada, que é o tal passo para o festival, o tal passo para a cidade. Se esta cidade é a melhor para se viver no país, então que uma pes-soa possa andar aqui com-pletamente à vontade sem nada nos bolsos e poder, de repente, usufruir de quase todos os serviços que a ci-dade tem para oferecer, de se poder sentar aqui, usu-fruir de um espetáculo aco-lá, etc., isto tem uma dinâ-mica completamente nova e especial, sendo uma es-pécie de festival com uma forma de se viver única.

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“O meu projeto maioré as pessoas poderem usufruir de uma dinâmica cultural dacidade de forma despojada”

A Paulo Ribeiro, diretor do Teatro Viriato a propósito do projeto “Viseu a 1 do 6” o primeiro passo para colocar a cidade no mapa dos grandes festivais

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culturasD A história de Maria apresentada na FNAC

A Associação de Paralisia Cerebral de Viseu (APCV) e a autora do livro apresentam a história de Maria na FNAC Viseu. “Maria, a Alegria na Diferença” de Teresa Coutinho é lançado na sexta-feira, dia 24, às 18h00.

O som e a fúria

Nós, os jovens:reformemo-nos a nós próprios

De certo modo, todos os tempos são incertos pois o desenvolvimento cultural e social nunca permanece imó-vel, nunca é fixo. Pelo con-trário, a cultura é emergente, contestada e alvo de um pro-cesso permanente de recons-trução por ser um produto da história. Mas, uma coisa é certa: alguns tempos são mais incertos do que outros

— tempos em que os modos estabelecidos de ver as ques-tões sociais, educacionais e políticas começam a desgas-tar-se, e não somos capazes de prover respostas ou de fa-zer frente às forças da crise e do desmantelamento social. A miopia não é, porém, solu-ção para nada. Os nossos são tempos desse tipo, caracte-rizados pelo colapso das co-munidades, pela fragmenta-ção da cultura, e pela mais completa instrumentaliza-ção do “eu”.

A pergunta que eu faço (e que ouvi na comemoração dos 40 anos do jornal Ex-presso, no Teatro Viriato) é a seguinte: como é que, en-quanto jovem, me posso pre-parar para as incertezas so-ciais, profissionais e políticas que me esperam, no futuro? Não tenho as respostas todas necessárias mas algumas re-flexões gostava de partilhar aqui, evitando usar a pala-vra “empreendedor” que já está tão gasta. Primeira, creio que temos de agir com plena consciência (a que for possí-vel) de que navegamos em água turbulentas e que faze-mos parte de cenários que podem mudar drasticamente de um momento para o outro. E isto vai engatar nas ideias do Ulrich Beck, de que já fa-lei aqui, sobretudo a da socie-dade do risco – uma socie-dade de possibilidades cujo funcionamento interno nós

nem compreendemos bem. Nesta sociedade, o condicio-nal é um estado permanente, daí a incerteza: os mercados financeiros podem colap-sar… e depois? O Reino Uni-do pode sair da UE… e de-pois? E Portugal pode sair da zona euro…e depois? Por isso, estes tempos exigem de nós racionalidade e prudência temperadas com um certo espírito de aventura. Segun-da, temos de nos conhecer muito bem a nós mesmos: os nossos pontos fracos e fortes. Se não soubermos isto como é que melhoramos? E como é que “vendemos” a alguém as nossas mais-valias? Em ter-ceiro lugar, a criação de laços e de relações é muito impor-tante. Em quarto lugar (tal-vez primeiro), vale a pena ter bem presente o velho ditado segundo o qual o “saber não ocupa lugar”. Aprender, ana-lisar, observar e ouvir tornou-se ainda mais importante nos dias que correm. O ouvir é muito importante, por algu-ma razão temos dois ouvidos e uma só boca. Por fim, deve-mos investir na nossa educa-ção curricular, flexibilizá-la e ampliá-la, diversificar o nos-so conhecimento das ciên-cias às artes, passando pelas letras. Se queremos adaptar-nos a este mundo de incerte-zas temos de o conhecer. Ao mundo e a nós.

Temos de voltar a acre-ditar que se trabalharmos duro e dermos o melhor nós, e mais tarde os nossos filhos, teremos boas hipóte-ses de progredir. Se os nos-sos governantes rejeitam re-formas, reformemo-nos a nós próprios.

Maria da Graça Canto Moniz

João, Aderente

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O projeto assemelha-se a fes-tivais que já acontecem em cidades fora de Portugal.Os franceses perceberam

isso muito bem e consegui-ram instalar dinâmicas. Claro que Avignon não é Viseu mas a verdade é que, há muitos anos atrás al-guém teve a ideia brilhante de pensar: esta cidade está meia adormecida, vamos lá

… e hoje Avignon vive para um mês de festival e vive bem.

Esse é o princípio para este projeto “Viseu A”?Nós somos muito traba-

lhadores e somos muito am-biciosos no sentido da von-tade, no amor que temos a

esta cidade e a todo o tra-balho que desenvolvemos. Andamos há 14 anos com uma luta imensa, mas tem-nos recompensado. Quan-do olho para este equipa-mento (Teatro Viriato), com os meios que temos e que são mínimos, realmen-te só funciona pela caroli-ce e a forma como a equipa e as pessoas que aqui tra-balham se entregam a este projeto. O trabalho que de-senvolvemos com a comu-nidade, com as escolas, la-res, etc., trabalhos extra, a programação que temos, pensar para fora, ao mesmo tempo há uma companhia residente. Há aqui uma di-nâmica que é fantástica e que é muitíssimo fasta.

O projeto envolve cerca de 300 mil euros e foi candi-datado pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões ao Programa Operacional Regional do Centro. Só desta forma vai ser possível concretizá-lo. Foi fundamental o envolvimento de parceiros como a CIM?É evidente e honra seja

feita por nunca desistirem. Eu já tinha desistido e eles continuaram a trabalhar e vieram com a boa notí-cia. Foi realmente fantásti-ca esta parceria e a forma determinante como se em-penharam.

O dia 1 de junho é apenas o dia da inauguração do projeto porque ele vai ter continuida-de. De que forma é que este projeto se vai estender aos restantes concelhos da CIM Dão Lafões (Mangualde, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Tondela e Viseu, e Nelas)?Vou ter que falar com

os agentes culturais, com as câmaras e vereado-res dessas cidades. Em

Tondela com a Acert é fácil, nos restantes [con-celhos] terá que ser atra-vés da vereação e talvez o trabalho comunitário que desenvolvemos pos-sa envolver pessoas daí. [Esse alargamento] faz parte do projeto e vai co-meçar a ser trabalhado. Nós, sabendo que isto se concretizava há um mês atrás, a primeira pre-ocupação foi pôr de pé

“Viseu A”, agora, a outra fase vamos fazê-la com calma e ver como pode ser articulado de forma consequente e interes-sante , não é só fazer por fazer.

O objetivo é também mos-trar as potencialidades da região. Como?A cidade passa sempre.

É uma forma de desco-brir a cidade, a dinâmica artística, o valor de cria-ção e dos artistas des-ta cidade. É uma região inteira que ganha noto-riedade. Como é que as pessoas (turistas) benefi-ciam de uma região? Aqui sabem que podem vir a um festival e a seguir po-dem ir para as termas, etc, de repente os mais desportistas sabem que têm ali uma ciclovia…

Os comerciantes estão re-cetivos?Completamente. O que

vem do Teatro Viriato é visto com bons olhos e as pessoas aderem muito fa-cilmente, mas ainda estão a perceber o que é que isto pode ser, mas eu próprio estou a perceber o que é que isto pode ser (risos). Certamente no próximo ano vão estar muito mais envolvidos. Eu acho que as pessoas percebem que este tipo de iniciativas vai chamar muito mais movi-mento para aquele espa-ço. Os comerciantes pre-cisam e precisamos todos. É interessante haver um Palácio do Gelo e outro tipo de dinâmicas de co-mércio, mas a autentici-dade do comércio local é muito interessante.

Não basta mudar é preciso perceber como?É muito importante

que as cidades se abram. Nós vivemos uma espé-cie de inércia. E o cosmo-politismo é uma questão de abertura, de criativi-dade, ter ideias novas, abrir as cidades e ir por aí fora. É isso que pode identificar melhorar uma cidade. O contributo que um equipamento como o Teatro Viriato pode dar é nesse sentido. Nós acha-mos que é a nossa missão e trabalhamos afincada-mente para isso, sobre-tudo para combater essa coisa provinciana de fa-zer só de uma certa ma-neira. Por exemplo, nós não podemos só comer à beirão, temos que ter vá-rias influências e as di-nâmicas das cidades pas-sam por aí.

Emília [email protected]

rTrabalhamos afincadamente sobretudo para combater essa coisa provincia-na de fazer só de uma certa maneira”

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saúde e bem-estar

Depois do presiden-te do Núcleo Regional do Centro, Carlos Oliveira ter lançado o repto em setem-bro do ano passado, a Liga Portuguesa Contra o Can-cro confirmou esta sema-na que vai avançar com a abertura de uma delegação em Viseu.

A delegação de Viseu do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa contra o Cancro (NRCLPCC) vai funcionar no Solar do Pei-xotos, um edifício localiza-do em pleno coração da ci-dade, “onde se vão juntar os vários serviços da Liga”, anunciou Carlos Oliveira.

No espaço disponi-bilizado pela Câmara Mu-nicipal, o NRCLPCC pre-tendende concentrar os serviços e ter aberta a por-ta à comunidade.

A Liga Portuguesa Con-tra o Cancro dispõe de cin-co núcleos regionais. O Nú-cleo Regional do Centro abriu a primeira delegação em Aveiro do Movimento Vencer e Viver, no ano pas-sado, para promover a pre-venção primária e secundá-ria do cancro, o apoio social e a humanização da assis-tência a doentes oncológi-cos. Viseu é a segunda ex-tensão a abrir portas fora de

Coimbra, mas o NRCLPCC pretende abrir outras, até ao final do ano, nas capitais de distrito da região Centro.

“Até ao final do ano pre-tendemos cobrir grande parte das capitais de dis-trito da zona Centro. É muito importante para a Liga criar estes tentácu-los”, avançou em declara-ções à agência Lusa.

Carlos Oliveira sublinhou o papel importante que os voluntários desempenham na abertura das delegações pelo país, já que são eles que procuram um espaço físico junto de diferentes entida-des. A delegação de Viseu

vai contar igualmente com o contributo do Movimen-to Viver e Vencer, consti-tuído por um grupo de vo-luntárias que já sofreram de cancro de mama e agora dão apoio a outras mulhe-res que passam pelo mes-mo.

A delegação de Viseu do Núcleo Regional do Cen-tro da Liga Portuguesa contra o Cancro vai parti-lhar o edifício do Solar dos Peixotos com o serviço de saúde para trabalhadores da Câmara de Viseu.

Emília [email protected]

Liga Portuguesa Contra o Cancroabre delegação em ViseuLocalização∑ Segunda extenção do Núcleo Regional do Centro vai funcionar no edifício Solar dos Peixotos

A Solar dos Peixotos, no centro da cidade de Viseu

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Page 39: Jornal do Centro - Ed584

SAÚDE

Técnicas minimamente invasivas chegam ao consultório dentario

Opinião

O conceito de preserva-ção dos tecidos utilizando técnicas menos invasivas tem sido usado cada vez mais nas áreas da saúde.

Cirurgias e procedimen-tos que antigamente eram realizados de forma mui-to mais agressiva, hoje es-tão a ser substituídos por técnicas mais modernas, com resultados superiores para os pacientes, além de pós-operatórios e recupe-rações mais rápidas e con-fortáveis.

Essas técnicas conheci-das como “minimamente invasivas” são usadas hoje na cirurgia geral, cirurgias cardíacas, dermatologia, neurologia, cirurgias da coluna entre diversas ou-tras. Na Medicina Dentá-ria não é diferente. Grandes avanços tecnológicos têm permitido facilitar o traba-lho do especialista e trazer benefícios para os pacien-tes. Exames como tomo-grafias computadorizadas permitem ao dentista sa-ber a espessura do osso, a posição da arcada dentária e a relação com estruturas da face como nervos e arté-rias, permitindo escolher o

tamanho e posição do im-plante dentário que substi-tuirá um dente natural, por exemplo.

Actualmente é possível examinar os dentes dos pacientes com câmeras de vídeo intra-orais, detectar cáries com aparelhos de la-ser e marcadores químicos ou ainda com RaioX digital. Depois de detectadas, as cá-ries iniciais podem ser tra-tadas com auxílio de lentes de aproximação microscó-picas e instrumentos ade-quados à medicina dentária “micro-invasiva”, promo-vendo a preservação dos te-cidos dentários.O barulhi-nho do motor e da broca aos poucos estão a ser subs-tituídos pelos aparelhos de laser que “cortam” seletiva-mente o esmalte dos den-tes. Pontas diamantadas em aparelhos de ultrassom removem somente o teci-do cariado, sem necessida-de do uso da anestesia. Ou-tra técnica são os “jatos” de partículas de óxido de alu-mínio ultrafino, que tam-bém removem a cárie den-tal.

A Saúde Oral é a base de uma vida saudável e feliz!

EM CASO DE INTOXICAÇÃO

chamada local

808 250 143O serviço de cardiologia

do Centro Hospitalar Ton-dela-Viseu realiza a primei-ra caminhada “Juntos por um coração saudável”, no próximo domingo, dia 26, às 10h15, com partida prevista no Parque Urbano da Radial de Santiago, em Viseu.

A concentração está marcada para as 8h45 com a oferta dos ktis. Seguem-se atividades desportivas

no parque antes da cami-nhada.

O trajeto segue pela Rua do Coval, Avenida Emídio Navarro, primeira circular Norte (frente ao Continen-te) e chegada ao Parque ur-bano da radial de Santiago.

Cada participante deve pagar a sua inscrição atra-vés de um bem alimentar no valor até um euro a reverter para o Banco Alimentar.

Caminhada junta viseenses por um coração saudávelPedro Carvalho Gomes

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SAÚDE

800 202 669ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

SOS VOZ AMIGA

CHAMADA GRÁTIS

Doentes com hipertensão resistente correm perigo de desenvolver

doenças cardiovasculares

Opinião

Fernando Pinto Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão

A hipertensão arterial (HTA) é um problema de saúde pública em Portu-gal. Um estudo recente da Sociedade Portugue-sa de Hipertensão reve-la que 42,2% da popula-ção é hipertensa e que um quarto dos doentes continua por tratar.

Em Portugal, estima-se que cerca de 57% dos hi-pertensos não têm a do-ença controlada, tendo por isso o triplo de proba-bilidade de sofrer de do-enças cardiovasculares (ataque cardíaco, enfar-te, insuficiência cardí-aca), quando compara-dos com indivíduos com pressão arterial contro-lada.

Uma das explicações para o facto de muitos hipertensos não terem a sua pressão arterial con-trolada é o fato da doen-

ça ser muitas vezes to-talmente desprovida de sintomas durante anos, o que leva a que muitos do-entes não adiram corre-tamente às medidas tera-pêuticas propostas pelos profissionais de saúde, que incluem alterações do estilo de vida e toma continuada da medica-ção nas dosagens e ho-rários corretos.

Outra das conclusões importantes do estudo prende-se com o aumen-to do número de casos de HTA resistente (HTAr), isto é uma pressão arte-rial não controlada (aci-ma de 140/90mmHg) apesar da toma diária de três ou mais medi-camentos em doses e combinações adequa-das; cerca de 8 por cento dos hipertensos medica-dos têm esta forma mais

grave da doença (mui-to maior risco de sofrer complicações).

Até há pouco tempo as alternativas para o trata-mento dos doentes com hipertensão resisten-te eram essencialmente farmacológicas, havendo necessidade nalguns do-entes de se combinar 3, 4 ou até mais medicamen-tos ao mesmo tempo.

Atualmente, já está disponível em Portugal, uma técnica inovadora minimamente invasiva, chamada de desnerva-ção renal, que permi-te tratar com sucesso os doentes com hiper-tensão resistente, con-seguindo uma redução significativa e sustenta-da dos níveis de pressão arterial.

(Artigo publicado a propósito do Dia Mundial da

Hipertensão, 17 de maio)

CÂMARA DE VOUZELA E ACAPO OFICIALIZAM COLABORAÇÃO

A Câmara de Vouzela e a delegação de Viseu da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO ) assinaram na segunda-feira, dia 20, um protocolo de colaboração no âmbito do “Projeto Rein-tegrar – Apoio Itinerante às Pessoas Portadoras de De-ficiência Visual”.

“O documento visa dar continuidade ao trabalho que esta associação tem vindo a desenvolver há al-guns anos em Vouzela e pressupõe o acompanha-mento dos utentes invisuais do concelho”, revela a au-tarquia em comunicado.

Atualmente são apoia-dos em todo o concelho 17 utentes. O trabalho é efe-tuado no próprio domicí-lio dos cidadãos portado-res de deficiência visual e pressupõe apoio psicológi-co, social, estimulação sen-sorial e desenvolvimento, orientação e mobilidade, atividades da vida diária, Braille e Informática.

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CLASSIFICADOS

INSTITUCIONAIS

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 584 de 23.05.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 584 de 23.05.2013)

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Jornal do Centro23| maio | 2013 41

Page 42: Jornal do Centro - Ed584

CLASSIFICADOS

INSTITUCIONAIS

OBITUÁRIOMaria Adília da Conceição, 91 anos, viú-va. Natural de Cabril e residente em Lis-boa. O funeral realizou-se no dia 17 de maio, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Gozende.

Abílio Pereira (Cancelo), 87 anos, viúvo. Natural e residente em Lamelas, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 22 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Lamelas.

Agência MorgadoCastro Daire Tel. 232 107 358

Deolinda de Jesus, 93 anos, viúva. Natu-ral e residente em Freixiosa, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 16 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Freixiosa.

Adelina de Jesus Cabral Silva, 60 anos, casada. Natural de Povolide, Viseu e resi-dente em Fagilde, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 18 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Fagilde.

Rosa de Jesus, 95 anos, viúva. Natural e residente em Tabosa, Mangualde. O fune-ral realizou-se no dia 19 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Fornos de Maceira Dão.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Maria Idalina, 88 anos, viúva. Natural e residente em São Vicente de Lafões. O fu-neral realizou-se no dia 10 de maio, pelas 19.15 horas, para o cemitério local.

Cesária da Costa Pereira, 85 anos, viú-va. Natural e residente em Covelinho, São João da Serra. O funeral realizou-se no dia 11 de maio, pelas 14.00 horas, para o cemitério local.

António Ferreira, 78 anos, casado. Natural e residente em Mogueirães, Cambra. O fu-neral realizou-se no dia 11 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Cambra.

Arminda Gomes Silvestre, 90 anos, viúva. Natural de Manhouce e residente no Lar da Misericórdia, em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 13 de maio, pe-las 17.30 horas, para o cemitério local.

Maria de Lurdes Ferreira da Silva, 65 anos, viúva. Natural e residente em Caveirós, Cambra. O funeral realizou-se no dia 14 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemi-tério de Cambra.

José Marques da Silva, 88 anos, casa-do. Natural e residente em Ferreiros, São Vicente de Lafões. O funeral realizou-se no dia 15 de maio, pelas 17.45 horas, para o cemitério de São Vicente de Lafões.

Ag. Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Fernando Gaifem da Silva, 66 anos, ca-sado. Residente em Pascoal, Viseu. O fu-neral realizou-se no dia 17 de maio, pe-las 16.00 horas, para o cemitério novo de Abraveses.

Arminda da Costa, 81 anos, casada. Na-tural e residente em Ranhados, Viseu. O funeral realizou-se no dia 17 de maio, pe-las 18.30 horas, para o cemitério de Ra-nhados.

Idalina dos Santos Loureiro, 72 anos, viú-va. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de maio, pelas 10.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Maria da Luz Leal Andrade, 92 anos, vi-úva. Natural e residente em Tábua. O fu-neral realizou-se no dia 20 de maio, pelas 11.30 horas, para o cemitério local.

Maria José Monteiro do Nascimento San-tos, 51 anos, casada. Residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Se-nhorim, Nelas.

Ag. Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 584 de 23.05.2013)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 584 de 23.05.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 584 de 23.05.2013)

1ª Publicação

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Jornal do Centro23 | maio | 201342

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clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

BONECAA Boneca é uma cadela de porte médio, adulta

que era alimentada por uma benfeitora junto a uma escola. Quando os pais dos alunos se começaram a queixar da cadelinha e do seu namorado as entida-des tiveram que agir. A GRUMAPA foi buscá-la (e aos seus filhotes) ao canil onde iriam ser abatidos e hoje vivem na nossa associação. É extremamen-te meiga, dócil, muito tímida e obediente. Depois de todo este tempo na rua precisa de uma familia que a mime!

ANIMAIS DE RUA

GRUMAPA | TLM 919899768 | [email protected] | www.grumapa.com

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 532 | 25 DE MAIO DE 2012

∑ Viseu naturalmente regressa ao Parque

∑ “As empresas portuguesas têm dificuldade em trabalhar em conjunto”

∑ “O Termalismo é um produto turístico de excelência” (Teresa Vieira)

∑ Ciclo de colóquios dedicados a Aquilino Ribeiro

∑ João Azevedo recandidata-se à Federação do PS

∑ Escola fechada a cadeado

∑ Feira dos produtos endógenos na Agrária

| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 15pág. 16pág. 18pág. 21pág. 30pág. 39pág. 42pág. 44pág. 46pág. 47

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> DESPORTO> SUPLEMENTO

> EM FOCO> CULTURA> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETOR

Paulo Neto

Semanário

25 a 31 de maio de 2012

Ano 11

N.º 532

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

o A

ndré

Fer

reira

Pub

licid

ade

Novo acordo ortográfico

∑ Hotel Montebelo foi o palco da conferência “PME, as empresas e o futuro” Hotel Montebelo foi o palco da conferência “PME, as empresas e o futuro”

Empresários apostam Empresários apostam

na internacionalizaçãona internacionalização

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licid

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| pág. 17

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BEBÉSEste menino e o seus irmãos foram atirados para

um caixote do lixo mal acabaram de nascer. Quan-do foram salvos ainda traziam o cordão umbilical e estavam tão fracos que dos 8 filhotes apenas 2 sobreviveram. Neste momento estão com 2 meses, serão de porte médio a grande e encontram-se em FAT. Precisam de uma família para toda a vida!

Jornal do Centro23| maio | 2013 43

Page 44: Jornal do Centro - Ed584

O ator Nicolau Brayner vai estar esta sexta-fei-ra, dia 24, em Viseu para apresentar o seu espetá-culo Show Nico, no Tea-tro Viriato, às 21h30.

Mas esta tournée nacio-nal inclui uma passagem pelos centros comerciais com a marca Forum an-tecedendo os espetácu-los nos teatros e auditó-rios. Nesse sentido estará no Forum Viseu às 17h00. Nicolau Breyner fará uma intervenção artística em formato de antevisão do seu espetáculo, contará histórias da sua vida en-quanto artista, e algumas das suas vivências no tea-

tro e na televisão. Os visi-tantes terão ainda a opor-tunidade de interagir com o ator durante as sessões de autógrafos igualmente programadas.

Para Nicolau Breyner, “este é o contacto direto que todos os atores de te-levisão e cinema precisam de ter com o público numa espécie de reciclagem que remete para as origens da profissão, o palco”.

Em Viseu, Nicolau Brayner tem ainda agen-dada uma passagem pelo Auditório Mirita Casimi-ro, às 19h00, para se en-contrar com jovens par-ticipantes na edição deste

ano do Festival de Teatro Jovem.

O espetáculo Show Nico é uma viagem introspetiva pela vivência individual e coletiva de Nicolau Brey-ner, enriquecida pela ob-servação e a experiência ganha ao longo dos anos, onde todas as crises são questionadas e desmisti-ficadas pelo olhar crítico e pontos de vista muito próprios.

Com o otimismo que lhe é próprio, Nicolau Brayner vai fazer as pes-soas perceberem que to-das as crises têm um lado positivo. Para ver às 21h30 no Teatro Viriato.

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JORNAL DO CENTRO23 | MAIO | 2013Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 23 de maio, pouco nublado. Temperatura máxima de 24ºC e mínima de 13ºC.Amanhã, 24 de maio, céu limpo. Temperatura máxima de 20ºC e mínima de 9ºC.Sábado, 25 de maio, céu limpo. Temperatura máxima de 19 e mínima de 7ºC.Domingo, 26 de maio, pouco nublado. Temperatura máxima de 18ºC e mínima de 7ºC.Segunda, 27 de maio, aguaceiros. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 7ºC.

tempo

Sexta, 24Vouzela∑ O Centro Social de Cambra promove um seminário sobre “Respostas sociais aos problemas da velhice na atualidade”, às 9h15, a sede da Filarmónica Verdi Cambrense.

Sábado, 25Resende∑ Os Amigos da Vespa de Resende, em conjunto com o Vespa Clube do Porto promovem a 1.ª Concentração de Vespas em Resende, às 9h30, no Parque Urbano da Vila.

Domingo, 26Santa Comba Dão∑ 4ª edição do Concurso de Vestidos de Chita, às 15h30 no Cine-Teatro da Casa da Cultura de Santa Comba Dão.

Moimenta da Beira∑ A Comissão Organizadora das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal evoca a obra e a figura do líder histórico do PCP com um programa que começa às 12h00 com uma paragem junto ao busto de Aquilino Ribeiro, em Soutosa.

S. Pedro do Sul∑ Apresentação pública da iniciativa “Terra Amada” intervenção a realizar na Aldeia de Covas do Monte, às 16h00, em Covas do Monte

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

A vida de Henry Gustave Molaison não foi nada boa. Na lotaria que é este “estar cá”, ele teve muito azar. Aos 10 anos teve o primeiro episódio de epi-lepsia. Os ataques tornaram-se cada mais frequen-tes e mais fortes, pelo que em 1953, tinha Henry 27 anos, fizeram-lhe dois buracos no crânio, um de cada lado, e removeram-lhe parte da massa ence-fálica.

Depois da cirurgia, Henry ficou muito melhor da epilepsia mas aconteceu-lhe uma catástrofe: a operação retirou-lhe a memória da sua vida e a ca-pacidade de formar novas evocações. Henry ficou encerrado no presente — o seu campo de consci-ência ficou reduzido a trinta segundos.

Nos 55 anos seguintes — Henry morreu em 2008 -, ele foi o caso de amnésia mais estudado no mun-do, foi sujeito a todo o tipo de testes, a imagiografia do seu cérebro figurou em todos os manuais da es-pecialidade. O seu caso é descrito em “Permanent Present Tense: The Unforgettable Life of the Amne-sic Patient H. M.”, um livro acabado de editar no Es-tados Unidos, da autoria de Suzanne Corkin, a mé-dica que o acompanhou e o protegeu, impedindo que ele fosse tratado como um fenómeno de feira.

Li a recensão deste livro no dia em que as televi-sões estiveram a fazer um estardalhaço com o rela-tório da OCDE entregue, em Paris, por Angel Gur-ria a Pedro Passos Coelho. Nas televisões ninguém recordou às pessoas que, em Setembro de 2010, a menos de um ano da nossa bancarrota, o mesmo Angel, com a mesma cara-de-pau, apareceu nas te-levisões a entregar um outro relatório salvador da pátria, então a Teixeira dos Santos. Tanto em 2010 como agora seguiram-se, depois, os intermináveis enche-chouriços do costume dos comentadores televisivos.

O fluxo de notícias é cada vez mais os trinta se-gundos de Henry Molaison. Uma coisa sem pas-sado e sem futuro, encerrada no presente, a fingir que está a informar o público.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Encerradosno presente

Locais de encontro∑ Forum, Auditório Mirita Casimiro e “Show Nico” no Teatro Viriato

agenda∑

Tournée de Nicolau Brayner passa por Viseu

A Ator previligia contacto direto com o público ao longo desta viagem pelo país

A Câmara Municipal de Sernancelhe, com a cola-boração de vários aquili-nianos como Alberto Cor-reia, António Fernandes, Fernando Paulo, Manuel de Lima Bastos, Eugénia Perei-ra, Paulo Neto, vai assinalar o cinquentenário da morte de Aquilino Ribeiro, com a iniciativa “Meio século de memória(s) - uma geogra-

fia sentimental”, marcada para sábado, dia 25, às 9h30, no Auditório Municipal de Sernancelhe.

A autarquia lembra em comunicado à imprensa que “ao século XX portu-guês está indelevelmente associada a figura do escri-tor Aquilino Ribeiro”, natu-ral da freguesia de Carregal, concelho de Sernancelhe,

onde nasceu a 13 de setem-bro de 1885.

Falecido a 27 de maio de 1963, “este vulto das letras teve honras de Panteão Na-cional e continua a ser um dos escritores mais admira-dos em Portugal e no Mun-do”, termina.

Cinquentenário da morte de Aquilino Ribeiro assinalado em Sernancelhe

DR