36
| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510-028 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 12 pág. 16 pág. 18 pág. 20 pág. 22 pág. 25 pág. 29 pág. 33 pág. 35 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > SAÚDE > INSTITUCIONAIS > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 16 a 22 de maio de 2013 Ano 12 N.º 583 1 Euro 0,80 Euros Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Novo acordo ortográfico Paulo Neto Almeida Henriques, candidato do PSD à autarquia viseense | páginas 8, 9 e 10 Agora com novo preço x xx “Para um “Para um ciclo novo ciclo novo equipa nova” equipa nova” Publicidade

Jornal do Centro - Ed583

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal do Centro - Ed583

Citation preview

Page 1: Jornal do Centro - Ed583

| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510 - 028 Viseu · [email protected] · w w w.jornaldocentro.pt |

pág. 02

pág. 06

pág. 08

pág. 12

pág. 16

pág. 18

pág. 20

pág. 22

pág. 25

pág. 29

pág. 33

pág. 35

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> SAÚDE

> INSTITUCIONAIS

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário16 a 22 de maio de 2013

Ano 12N.º 583

1 Euro0,80 Euros

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Novo acordo ortográfico

Paul

o N

eto

∑ Almeida Henriques, candidato do PSD à autarquia viseense | páginas 8, 9 e 10

Agora com

novo preçoxxx

“Para um “Para um ciclo novo ciclo novo equipa nova”equipa nova”

Pub

licid

ade

Page 2: Jornal do Centro - Ed583

praçapública

palavrasdeles

rEu saí do Governo para me candidatar à câmara de Viseu, portanto pus Viseu primeiro”

Almeida HenriquesCandidato à Câmara Municipal de Viseu,

em entrevista ao Jornal do Centro

rNão é preciso des-cobrir a pólvora para dar dinâmica” ao Audi-tório Mirita Casimiro

José RuiAssociação Cultural e Recreativa de Tondela-ACERT,

(Conferência de imprensa de apresentação do plano de dina,mização do Auditório Mirita Casimiro, 13 de maio

rO tráfico de influên-cias existe, os editores são medíocres, os jor-nalistas acomodam-se e os jornais esquecem a sua função”

Amadeu AraújoJornalista

rQuase metade dos nossos alunos traba-lha. Se não houvesse Politécnico em Viseu não podiam estar no ensino superior”

Fernando SebastiãoPresidente do Instituto Politécnico de Viseu,

em declarações ao Jornal do Centro

O tal projecto de resolução XII/688 sobre os Politécnicos lá foi cegamente aprovado no vazio do seu conteúdo. Tão vazio que dá para tudo. Como este governo gosta de fazer. O vago é o cimento de muita construção futura danosa e irreversível. Mesmo com uma li-geira alteração a acautelar as cons-ciências e depois até do decano/senador Pedro Lynce – o tal mi-nistro do tempo de Barroso que se demitiu na sequência de um alega-do favorecimento para entrada na universidade da filha do colega da pasta dos Negócios Estrangeiros – puxar as orelhas a alguns presi-dentes de Politécnicos, no decur-so de reunião no Parlamento, que não tiveram a agilidade verbal e mental (ou talvez coragem) de lhe responder que não recebiam lições de demitidos políticos… o tal eter-no problema das memórias curtas. Assim, a breve trecho, e porque o lóbi das universidades públicas e privadas é fortíssimo (estão sem alunos e têm que os ir buscar sub-repticiamente a outros lados), ao esvaziarem-se os politécnicos de algumas competências, da leccio-nação de mestrados inclusive, es-tá-se a diminuir a atractividade da sua oferta e da sua procura, a reduzir horas, limitar horários, a despedir docentes, a destruir áre-as de investigação fundamentais para o meio em que se inserem, a desproteger a relação com o tecido empresarial, a fazer deles, no fun-do, escolas profissionais um boca-dinho mais sofisticadas.

Os deputados do PSD e CDS/PP votaram alinhados com o go-verno. Pudera… o pãozinho-de-cada-dia não pode ser posto em causa, isto não obstante um de-les ter ficado (e tem 5 dias para o fazer) de apresentar uma decla-

ração de voto, que nestes casos nunca é mais do que a evidência da consciência pesada. Almeida Henriques actuou sobre Nuno Crato visando uma alteração para salvaguarda dos cursos ministra-dos. Em breve voltaremos ao as-sunto. Da conivência política res-salta o inequívoco alheamento de alguns deputados pelos interesses palpáveis dos territórios que os elegeram e evidencia-se, pela di-ferença, a coesão dos três eleitos pelo PS: Elza Pais, José Junqueiro e Acácio Pinto, na luta que manti-veram pela denúncia desta lesiva legislação. Certo é que se a lebre não tivesse sido levantada, hoje correria folgada e galharda pe-las planuras do despautério. Va-mos esperar para ver. As medidas deste governo não são para fazer “bem”. São determinadas pelas Fi-nanças e Economia para “rapar” tostões, mesmo que seja à custa do esvaziamento de todas as ins-tituições-âncora dos distritos, à custa da sua progressiva destrui-ção, aviltamento e envelhecimen-

to. Se não forem, apenas, uma ce-dência a obscuros interesses…

Hélder Amaral continua no seu balancé da indecisão, sim/não/sim/não. Mas se ele próprio não se decide, consta-se que já tem nome para a Assembleia Muni-cipal e para a Junta Metropolita-na de Viseu. E a confirmarem-se, dois bons nomes por sinal. No que ganha a Junqueiro e Almeida Henriques. E voltamos ao cerne da questão: os nomes que vão para além dos cabeças de lista. Aqui jo-ga-se tudo e a disputa será ao mi-límetro. Junqueiro com a selec-ção facilitada, pois despojado de “penduricalhos” e com o apare-lho vergado à sua razão. Almeida Henriques lutando para não ser vítima das imposições do aparelho e dos “senadores” do partido, pois como dizia Ruas em entrevista a um jornal local:

“presumo eu, vai cá ficar uma pessoa da minha inteira confiança e de quem eu gosto muito. Depois hei-de pensar se o treinador me põe a jogar, se os adep-

tos ainda me batem palmas e se estou em condições físicas.”

Este saboroso naco, assente numa presunção e em três “ses” condicionais, metaforicamente es-teiado no “desporto rei”, diz bem das condições que vai procurar impor para salvaguarda de futu-ros e hipotéticos desideratos. Em boa verdade, tal “parle-à-pied” não o dignifica nem favorece Almei-da Henriques, mas o bom senso, a lucidez e a sensatez não são ali-mentos para todos os espíritos e a noção do ridículo não se cura com mezinhas de feira nem chás de agrião…

O distrito não é só Viseu (La Palisse não diria melhor) e uma “paz podre” vive-se pelos outros 23 concelhos onde, e para já, não se vislumbram grandes novida-des. Quando Maio, mês mariano de muito milagre chegar ao fim, a escassos 4 meses do “juízo final”, com a meta à vista, vamos ver se os sprinters alçam o traseiro do selim (já que as metáforas são do âmbito desportivo não quero parecer mui-to ignorante em tais florilégios pri-maveris…).

Paulo Portas no seu melhor: uns dia não, outros dias sim, a seguir, não ou nim. Parece o velho sino da minha aldeia a dobrar a finados, “sim-não-nim-sim-não-nim-sim-não-nim”. Os aposentados deste país que não o esqueçam, pelas fal-sas expectativas que lhes criou, por os ter enganado e… ao fim-e-ao-cabo, por ter vergado tão lesto e leviano a cerviz ao peso do can-gote imposto pela dupla Gaspar-Coelho. Uma anedota, este Portas, sempre à procura de si mesmo e nunca se encontrando… nem por feiras, nem por arraiais!

Uma questão de carácterou o “sim-não-nim-sim-não-nim-sim-não-nim” de Portas…

Editorial

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

Jornal do Centro16 | maio | 2013

2

Page 3: Jornal do Centro - Ed583

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Dia da Europa, 9 de maioNo atual contexto que significado tem para si este dia?

Importa-se de

responder?

A Europa, enquanto espaço privilegiado da condição hu-mana, no sentido da coesão económica e social, vê-se con-frontada, atualmente, com falta de liderança e ambição capa-zes de garantir a verdadeira solidariedade entre as nações. Neste contexto, o Dia da Europa continua a fazer sentido se servir para a consciencialização coletiva dos povos e respe-tivos governantes, com o objetivo de renovar o projeto euro-peu, retomando a ideia original que esteve na sua origem e fomentando, particularmente, os sonhos e aspirações legíti-mas dos jovens.

Na minha opinião, este foi mais um dia de formalidades e celebrações comuns, já que para nós portugueses, dá ideia de que este dia nos passou ao “lado”. Talvez isto tenha aconteci-do pela falta de um “sentimento europeísta”, provocada pela atual conjuntura económica que o país atravessa.

No atual contexto de recessão económica e de políticas de austeridade, o dia da Europa, este ano, assume uma maior im-portância para a generalidade dos Europeus.

Na origem da atual crise está a crescente falta de competiti-vidade da Europa em relação aos países emergentes. A trans-ferência dos meios de produção e os diversos acordos de livre comércio estão, atualmente, a originar enormes dificuldades aos cidadãos europeus, refletindo-se de forma dramática no desemprego, e mais especificamente no desemprego jovem. Assim, são necessárias políticas comuns de emprego e de in-dustrialização.

Apesar de entender as dificuldades impostas pela atual rea-lidade penso que faz todo o sentido comemorar este dia uma vez que vivemos nesta sociedade cada vez mais global e, so-bretudo, porque hoje não somos apenas portugueses... Deve-mos pensar também em nós como europeus.

Adriano AzevedoVice-presidente C.M. S. Pedro do Sul

Ruben DuarteEstudante

Augusto MarquesEconomista | Empresário

Sérgio SilvaEstudante

estrelas

Almeida HenriquesCadidato à CMV pelo PSD

Grupo de 11 Associações Cultu-rais que apresenta um plano para dinamização do Auditório Mirita Casimiro, quase votado ao aban-dono.

Sérgio GorjãoDiretor do Museu

Grão Vasco

números

500Número de quilos de um

bolo gigante confecionado em Tondela no domingo à tarde. A iniciativa solidária reverte para a criação de uma sala de fisioterapia da cooperativa Vários.

Grupo de 11 Associações com manifesto cultural para o Auditório Mirita

Casimiro

O Museu Grão Vasco apresenta uma das melhor exposições na-cionais de ícones russos - legado Pereira da Gama.

Com um programa inovador para fazer de Viseu uma cidade ainda melhor. “Viseu primeiro”.

Na semana passada referi, sem aprofundar, que “assistimos a uma luta despudorada contra a família”. Enquanto ob-servamos ruir a estrutu-ra económico-social, a que nos habituámos, es-quecemos ou preferimos não olhar para o impac-to negativo que a realida-

de actual confere à instituição Família. Não tenciono enveredar numa lógica “césar-das-nevista” e lamentar o hipotético ataque aos valores tradicionais, conservadores e, por-que não, reaccionários, sob os quais se de-veriam reger todos os casais, naturalmente

abençoados pela graça divina. Mas julgo ser tão inegável, como lamentável, a crescente deterioração das condições socio-económi-co-culturais necessárias à profusão e prosse-cução de uma sociedade assente em famílias, mais ou menos convencionais, capacitadas para de forma estrutural e estruturada ga-rantir uma eficiente passagem de testemu-nho para as gerações seguintes.

Se até à crise nos debatíamos com a inver-são da pirâmide demográfica e consequente envelhecimento da população, aliada à cres-cente insustentabilidade dos sistemas da Segurança Social e Caixa de Aposentações, hoje vemos essa realidade agravada pela emigração em massa dos nossos jovens e si-multânea incapacidade para captar imigran-

tes que pudessem atenuar este caminho. Ora, o nosso Governo apoiado na cartilha “troi-kista” tem procedido à reconfiguração do Estado Social através da perda de direitos, quando não de dignidade, e ao empobreci-mento da sociedade através da desvaloriza-ção do factor trabalho.

Uma sociedade, ao dia de hoje já envelhecida, que será incapaz de, não apenas garantir a substituição de gerações, mas tam-bém de sustentar um Estado Social, por mais diminuto que seja, e uma Segurança Social já de si perdida. O “cisma grisalho” para além de perder capacidade para ajudar os filhos, entretanto emigrados, não terá direito à re-forma e saúde para os quais contribuíra toda uma vida. A fatia que tiver emprego, da par-

cela da população activa que permanecer no país, terá pela frente a impossível tarefa de, sozinha, acrescentar à “fadiga fiscal” os con-tratos precários, quando os houver, as 10 ho-ras de trabalho diárias, os vencimentos em concordância com o abaixamento de nível desenvolvimentista a que Gaspar e Passos nos condenaram e para final de contas, ge-rar, criar, educar e sustentar os filhos para os quais não terá o tempo indispensável a uma educação efectiva.

Será o estádio em que uma sociedade civi-lizada, outrora adepta e parte integrante do Estado Social iniciado por Bismarck, desen-volvido pelos ingleses e aperfeiçoado pelos nórdicos, dará lugar ao argumento para uma nova versão de Mad Max.

Mad Max no século XXI

David Santiago

Opinião

Jornal do Centro16| maio | 2013

3

Page 4: Jornal do Centro - Ed583

PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

Evoco o poema de Manuel Ale-gre porque me acudiu à memória o 25 de Abril, em particular as come-morações do dia 25 de abril a que tive oportunidade de assistir este ano de 2013 na vila de Sernancelhe. Desde que me lembro, em Trancoso, o 25 de Abril sempre se comemorou muito timidamente, sem grandes manifestações e eventualmente a contragosto de alguns, que prefe-

ririam apagá-lo do calendário, es-quecê-lo, fingir que tal não existiu… Sente-se, nesta que é a minha terra, esse clima de desconforto em rela-ção a uma revolução dos cravos, por muitos ainda considerada coisa de comunistas que comem criancinhas ao pequeno almoço…

Sernancelhe, a título de curiosi-dade, tem o mesmo Presidente de Câmara, do PSD, em exercício há 24

anos. É uma Câmara exemplar. Não tem dívida; paga aos fornecedores a tempo e horas e até teve direito a um louvor do Tribunal de Contas. Sernancelhe tem um auditório de excelência, uma Escola de Música, um Pavilhão Multiusos com progra-mação para o ano inteiro; Piscinas Municipais e tantas outras coisas de que alguns se enaltecem, como se fossem um luxo no interior…

Pergunto ao vento que passa/ notícias do meu país/

Sempre que um sismo ou vulcão em erupção abre telejornais, o coração do Geólogo pula, num misto de contenta-mento e preocupação, contentamento por podermos observar mesmo que à distância um fenómeno único da ati-vidade terrestre, e preocupação rela-tivamente às vidas que tal fenómeno possa ter ceifado. Acompanhamos ansiosos o desenrolar do bloco noti-cioso, mas raras vezes (muito raras vezes), conseguimos ouvir aquilo que

nos prende realmente ao écran, a ex-plicação do fenómeno. Compreendo que o interesse por nós revelado pode ser interpretado como insensível, pois pode parecer que não lamentamos os danos ou as vidas perdidas, mas a verdade é que a nossa sensibilida-de reside no facto de termos a plena noção de não passarmos de simples grãos de areia, elo fraco de um ciclo à escala planetária que não se compa-dece com a nossa racionalidade e ca-

pacidade de sentir. Pequenos grãos de areia altamente biodegradáveis, que insistem em não ser bioagradáveis. A Terra é a nossa única e definitiva mo-rada, mesmo que a conquista do es-paço venha a ser uma realidade mais coerente e sustentável, nunca passa-remos de terráqueos. Mas pena é, que só sejamos intransigentes no cuidado da nossa morada postal. Quando um grande fenómeno natural chega a pú-blico, pouco é analisado relativamente

Grãos de areia

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Micaela Costa, (estagiária) [email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

Departamento MarketingPedro [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoAvenida Alberto Sampaio, 1303510-028 ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

[email protected]

Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai à quinta-feiraMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

Com a aproximação das autárqui-cas, transversalmente a todo o es-pectro partidário são apresentadas diversas teorias sobre a importância da participação cívica. Nas tardes de Domingo são proferidos belos discursos que fazem a prova de que a sociedade civil, uma abstracção que dilui todos em alguns, vá-se lá saber porquê, está com a candida-tura X em detrimento da candida-tura Y. Em todas as comunicações ou panfletos é-nos garantido que a “turba pré-amotinada”, após 4 anos

sem ser tida ou achada, foi encon-trada e será ouvida. Por azar, uma aliança entre a Sociologia Política, a Teoria da Democracia e a dura re-alidade faz questão de nos provar o contrário. Vamos a factos? O estu-do “Sociedade Civil e Democra-cia: Portugal numa Perspectiva Comparada”, do Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa, deixa no ar diversas ques-tões, entre as quais: Em que condi-ções o Estado encoraja a formação de associações voluntárias? De que

forma o grau de democratização do regime se relaciona com a vida as-sociativa? As respostas são relativa-mente simples de entender. Se por um lado os “Estados fortes (capa-zes de concretizar políticas e fixar objectivos de modo relativamente autónomo) favorecem o desenvolvi-mento da sociedade civil”, por outro os “Estados fracos tendem a favore-cer associações pequenas, fracas e limitadas geograficamente.” Deste estudo podemos aferir que “uma vez que parlamentos fortes representam

O estranho caso do Dr. Já Esteve(s)!

Opinião

Opinião

As tropelias governamentais en-tre Passos Coelho e Paulo Portas, as tiradas de Carlos Abreu Amorim e as ideias luminosas de Seguro só me levam a concluir, mais uma vez, que ainda nenhum deles percebeu que “isto é a sério”.

As crianças são levadas à Kidza-nia para brincarem ao mundo real, a nossa querida élite política faz do nosso mundo real uma brincadeira. Há um fascínio horroroso na nossa

élite política pela eternização da adolescência, especialmente aque-la que foi passada de bandeira na mão ou à volta de quem com ela an-dava. Assim, é compreensível que, no futuro, não se consiga fazer ou-tra coisa se não prolongar o vício da brincadeira do poder, da retóri-ca, do jogo.

O abuso do poder e os ma-quiavelismos amadores deixam preocupantes sequelas na vida

de quem cedo os começa a prati-car, tendo as juventudes partidá-rias como escolas de irrealismo e de obediência. Temos adultos vi-ciados num jogo político infantil do faz-de-contas, que aprenderam política como o jogo da incompe-tência numa caixa fechada e pouco permeável.

É um vício caro. E a única manei-ra de distrair as outras pessoas do nosso vício é recentrá-las no vício

Alguém devia dizer que “isto é a sério”

Amélia Santos Professora

Sílvia Vermelho Politóloga

Opinião

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Jornal do Centro16 | maio | 2013

4

Page 5: Jornal do Centro - Ed583

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Em Sernancelhe, no dia 25 de Abril deste ano, lançou-se um livro de Manuel Lima Bastos sobre Aquilino Ribeiro, num auditório decorado com cravos, muitos cravos vermelhos erguidos em vasos de metal, escrupulosamente es-colhidos para o efeito... Em Sernancelhe ouviu-se a “Grândola Vila Morena”, à sa-ída da cerimónia que teve lugar nos Pa-ços do Concelho… sem receios de qual-quer ordem…

A Sernancelhe vieram, nesse dia, per-sonalidades da vida Nacional como Miguel Veiga, Barbosa de Melo e o Bispo Emérito de Setúbal, D. Manuel Martins.

Em Sernancelhe, a simplicidade dos seus governantes privilegiou as boas contas, a seriedade, a modéstia e, por causa disso, receberam os parabéns das mais distintas individualidades. Assisti a estas cerimónias perguntando a mim

própria, num silêncio embaraçado, por-que é que em Trancoso vivemos as ago-nias do definhar de tudo e de todas as instituições? Porque morre a Escola Pro-fissional, a Santa Casa da Misericórdia, a Empresa Municipal - Trancoso Eventos? Porque estará o Município afundado em dívidas, sem dinheiro para as mais ele-mentares “esmolas”?

O exemplo de Sernancelhe (e juro que ninguém me pagou para dizer isto…)

faz-me acreditar que ainda existem po-líticos e políticas sérias e que nem todos são iguais! Apesar da inevitável angús-tia emanada da comparação imediata, uma semente de esperança se instalou no meu espírito e pensei, mais uma vez, nos versos de Manuel Alegre:

Mesmo na noite mais triste/ em tem-po de servidão

Há sempre alguém que resiste/ há sempre alguém que diz não.

à culpa humana de tal acontecimento, a cul-pa da nossa insistência em contornar as leis naturais e esperar ignorantemente que daí não advenha um resultado desastroso. Nós sabemos tudo para evitar estes desastres, ou melhor, como evitar que a nossa espé-cie seja afetada, mas a nossa voz é conti-nuamente abafada pelo endeusamento da Engenharia Civil, pelo bicho papão da de-pendência energética, e pelo sorvedoiro capitalista. Constrói-se, destrói-se, altera-se e ocupa-se, sem qualquer respeito pe-

las outras espécies, ou pela manutenção saudável e sustentável de um planeta, que no limite de tudo é a única casa que devía-mos conservar. Só é lembrada a nossa fra-gilidade relativamente à Terra e ao seu ci-clo geológico e hidrológico quando vidas são postas em causa, nunca a fragilidade que temos relativamente aos recursos que necessitamos obter, ou ao facto de natural-mente podermos desaparecer numa fração de segundo, devido a um qualquer evento natural, mas o planeta, esse, continuará im-

pávido e sereno na sua contínua labuta de dezenas de milhar de milhões de anos, ven-do surgir e extinguir espécies, levantarem-se montanhas, abrirem-se mares, sem des-perdiçar nada, como Lavoisier imortalizou. Acompanhando a racionalidade que exibi-mos como distintiva dos outros animais, veio uma arrogância e uma sobeja, que nos impede de ver distintivamente o peque-no que somos, o quanto somos insignifi-cantes e completamente dispensáveis, e este tipo de comportamento numa espé-

cie pode levar a que seja eliminada sem dó nem piedade. Chegamos a um ponto em que ou pomos a mão na consciência ou arriscamo-nos a simplesmente desa-parecer, e transformarmo-nos em verda-deiros grãos de matéria orgânica ou cinza, alimentando o planeta que esquecemos que é dinâmico e geologicamente vivo. Definitivamente, não passamos de grãos de areia, porque somos insignificantes, e porque continuamos irresponsavelmente a arranhar a engrenagem.

o vento cala a desgraça/ o vento nada me diz

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

a nação na sua globalidade, as associa-ções tenderão a adquirir um âmbito na-cional e, como tal, a dotar-se de mecanis-mos acrescidos de coordenação territo-rial, com os líderes associativos a forjar ligações e alianças cuja malha recobre o espaço nacional (…) uma democracia terá tanto mais qualidade quanto mais os grupos intermédios e com menos recur-sos de uma sociedade tenham maior ca-pacidade de auto-organização e de fazer ouvir os seus interesses na arena pública e junto das instituições políticas.” Logo “os diversos grupos serão tão mais favo-

recidos em termos de políticas públicas e ouvidos pelos decisores políticos quanto mais organizados estiverem.” Ora, tendo em conta a fraca qualidade do nosso Es-tado, da nossa democracia e do nosso as-sociativismo estão a crescer por essa Eu-ropa movimentos de cidadãos e apelos à participação cívica e individual contra as organizações que não dizem nada ao cidadão comum, que está farto de ver os mesmos grupos de interesse transitar de um lugar para o outro. Como sociedade, vivemos em loop o estranho caso do “Dr. Já Esteve(s)”, um médico pontual que à

entrada no serviço passava pela enfer-maria e largava um sonoro “bom dia”, e dirigia-se à consulta externa, à imagio-logia, ao bloco operatório, terminando o périplo na urgência onde repetia dose!.. Passados alguns instantes saía por onde tinha entrado, de forma sorrateira, dei-xando em todos a convicção de que es-tava a trabalhar, algures, mas onde esta-va, de facto, era no consultório (privado) que funcionava no centro da cidade... Quando alguém, no hospital, precisava de falar, ligava ao secretariado, pergun-tava por ele e a resposta que ouvia era a

mesma de sempre: - “Não sei onde está, mas já esteve! Eu passo a chamada...” Quem atendia o telefone, dava a volta aos diversos serviços possíveis da sua passagem e a resposta sacramental era sempre a mesma: “ Não sei onde está, mas já esteve!”... Alguns dos nossos re-presentantes são assim mesmo, leram a cartilha do “Dr. Já Esteve(s)”...

Tudo isto cheira a bafio!

Miguel FernandesPolítólogo

atribunadeviseu@gmail .com

delas. E assim somos constantemente lembradas/os de qual deve ser o nosso vício – obedecer-lhes. Somos viciadas/os em obediência porque, na nossa cul-tura política, a associamos a “sobrevi-vência”. E assim ouvimos os seus dispa-rates e damos audiências a comentadores que são os intelectuais da Kidzania, quais sacerdotes de uma qualquer civilização.

Como acordar deste transe e desligar-nos desta élite alucinada que só faz coisas ilógicas apenas porque a incompetência é

tudo o que conhecem?Esta élite política há-de desaparecer,

quanto mais não seja pelo cemitério – e que aí o responsável seja o tempo, natural-mente! E acho que não veremos, no nosso tempo de vida, a efectivação da mudança que estamos a construir. Mas podemos fa-zer caminho para ela.

Assim, para além de desligarmos a so-brevivência da obediência, e pensarmos em formas de sobrevivermos sem estar-mos sujeitas/os à alucinação de São Ben-

to, temos de começar a acordar. Chega de alinharmos, chega de cumprir protocolos e de chamar “inconveniente” à verdade. Pense: tudo aquilo que a família nos ensi-nou que era “inconveniente” dizer ao Pa-dre, ao Presidente da Câmara, ao Primei-ro-Ministro e a outras pessoas “importan-tes” é, agora, sagrado. Ponha os pontos nos is sempre que tiver oportunidade disso. Se souber de um comício ou de uma qualquer actividade com comes-e-bebes, leve até lá as pessoas com fome que apoia na sua

Associação. São dinheiros públicos, mere-cem ser mais bem empregados. Também pode incentivar a sua vizinha de quinze anos a desconstruir o discurso das jotas que são uma praga na escola dela. Apro-veite cerimónias públicas para intervir e dizer tudo o que pensa. Denuncie publi-camente a corrupção e o clientelismo.

Afinal, se a sua sobrevivência já não depender da sua obediência, que terá a perder ao construir um mundo me-lhor?

Jornal do Centro16| maio | 2013

5

Page 6: Jornal do Centro - Ed583

texto∑ Emília Amaralfotos ∑ Micaela Costaabertura

“Quem os ouve a falar com esta clareza fica na dúvida se foram minis-tros da Educação [David Justino e Maria de Lurdes Rodrigues]” comentava um professor à saída da conferência dos 40 anos do Expresso em Viseu, na terça-feira, dia 7 de maio. Mas foram. E David Justi-no, ministro da educação em 2002 lançou a respos-ta no decorrer da sua in-tervenção:

“Eu Passei por lá e ou-tros. O que andámos a fa-zer foi a resolver proble-mas que se arrastavam, no sentido de encontrar respostas para os proble-mas que estavam ali em cima da mesa e isso rou-ba-nos clarividência para pensar como vamos tra-balhar agora para daqui a anos”.

Educação: a base de tudo o resto? A pergun-ta serviu para debater o tema da educação em mais uma conferência in-tegrada nas comemora-ções dos 40 anos do jor-nal Expresso. Francisco Pinto Balsemão, na qua-lidade de moderador do painel sintetizou: “Acho que não houve acordo mas houve convergência”. E foi essa convergência em ter-mos de princípios básicos que despertou os mais de 200 participantes que en-cheram a sala do Teatro Viriato, embora os cami-nhos que devem ser segui-dos não tenham sido tão consensuais.

David Justino, atual-mente professor associa-do do departamento de so-ciologia da Universidade Nova de Lisboa defendeu que o setor não se compa-dece com ciclos políticos e que algumas das políti-cas estruturantes têm de ter continuidade, mes-mo que o titular da pasta seja substituído, “ porque há medidas necessárias ao sistema de ensino que qualquer ministro hones-to, que não esteja agarrado à cadeira, tem de tomar”.

Na sua opinião, o pro-blema que se coloca não são os cortes, mas saber que tipo de educação deve ser dada a uma criança que entra agora no siste-ma e demorará, em média,

15 anos a deixá-lo.“O que deveríamos es-

tar todos a discutir, não só os políticos, mas também os cidadãos, é que tipo de educação tem que se dar esta criança para que te-nha capacidade de respon-der aos problemas que se lhe vão colocar no futuro. Os perfis de informação têm que ser repensados, em algumas áreas esta-mos a dar as coisas como se davam há 40/50 anos atrás”, sublinhou.

A evolução do ensino através de um olhar para o futuro, a escolaridade obrigatória, a hipótese de uma mudança estrutural do sistema de ensino, as novas propostas de for-mação face ao mercado de trabalho e o ensino supe-rior com base na realida-de de Viseu, foram os te-mas em destaque na con-ferência.

Ficou claro que o país progrediu mas a diferen-ça de qualificações que o separa dos parceiros eu-ropeus ainda é significa-tivo.

Para a também anti-ga ministra da Educa-ção, Maria de Lurdes Rodrigues, “o princípio de tudo é a escolaridade obrigatória” e o desafio é a sua concretização efe-tiva prevista na lei e que, muitas vezes, “é contra as famílias e contra os inte-resses económicos”.

M a r i a d e L u r d e s Rodrigues destacou “os progressos notáveis” que o país viveu em matéria de educação, defendendo ser necessário um “esforço adicional que não é ape-nas a construção de esco-las e a formação de pro-fessores”, mas a convicção por parte dos jovens, dos professores e dos pais “de que todos podem apren-der” e também perceber “quais são as melhores formas de ensinar”.

A ex-ministra exempli-ficou com a dúvida sobre o uso de calculadoras no primeiro ciclo do ensi-no básico, que considera não ser “matéria da polí-tica”, mas sim da investi-gação científica. “Qual é a melhor forma de ensinar é matéria de peritos, do campo científico. Infeliz-

mente, a investigação em ciências da educação não tem procurado dar respos-ta a esta questão pedagó-gica”, lamentou.

M a r i a d e L u r d e s Rodrigues colocou ainda no quadro dos que consi-dera quatro grandes pla-nos para tornar efetiva a escolaridade obrigatória a governabilidade das esco-las - ao defender uma re-lação de proximidade en-tre os estabelecimentos de ensino, autarquias e insti-tuições locais – e uma ou-tra forma de olhar os re-cursos pedagógicos.

Mais radical, o presiden-te do Fórum para a Liber-dade de Educação (FLE), Fernando Adão da Fonse-ca referiu que “não che-ga querer gerir o sistema mudando-o”, é necessá-rio analisar as causas e en-contrar um novo sistema que na sua versão deve-rá passar por uma “escola autónoma”.

“Nós mantemos basica-mente a mesma forma de gerir o sistema educativo em Portugal que tínhamos no Estado Novo. Outros países também o tinham mas evoluíram e muda-ram substancialmente. É preciso abandonar a ideia do planeamento central”, acrescentou citando paí-ses como a Suécia, a Fin-lândia e a Dinamarca.

O especialista defendeu um sistema que dê auto-nomia às escolas que con-fie mais nos professores e sobretudo que deixe de ser o Ministério da Educa-ção a decidir tudo a partir de Lisboa.

À pergunta de Francis-co Pinto Balsemão sobre “qual é o papel do Minis-tério da Educação, Fer-nando Adão da Fonseca respondeu: “. O Ministé-rio pode decidir o que é obrigatório em termos de metas de conhecimento, mas a forma de atingir es-sas metas tem que ser dos professores e das escolas. O Estado tem que ser um árbitro para garantir que as pessoas tenham recur-sos económicos e acesso às escolas com qualidade, não com conceitos como a avaliação do professor que não olha para o essen-cial”.

Educação: O que falta fazerEducação: O

Autonomia: Ao longo do debate, se houve tema em que a falta de consenso se acentuou foi na questão da autonomia das escolas. A defesa de Pedro Adão da Fonseca ao considerar que se deve mudar a forma como o sistema funciona sendo possível “caminhar no sentido da autono-mia total” em que os pais tivessem liber-dade para escolher a escola para os filhos sem custos adicionais casos optassem pelo público ou pelo privado, foi travada por David Justino ao acautelar-se que “a autonomia implica outras regras de fi-nanciamento” e “o risco de perder o con-trolo sobre a despesa é muito grande”.

A ex-ministra da Educação do Gover-no de José Sócrates defendeu que a au-tonomia das escolas “deve ser um ins-trumento para cumprir melhor o ser-viço público e não uma finalidade”, ou seja, propõe que “tem que haver limi-tes” impostos pela regulação mas num quadro de gestão de proximidade: “As autarquias têm um papel absolutamen-te decisivo”.

Admitindo que a autonomia das escolas tem vindo a diminuir com o atual gover-noem várias áreas, fruto de uma “tensão do sistema”, Maria de Lurdes Rodrigues deixa um alerta: “Penso que falta defen-der o que é autonomia. Um instrumen-to e não uma finalidade para fazer o que lembra a quem está naquele momento na escola”.

r“Os progressos que o país viveu em matéria de educação nos últimos 40 anos são notáveis. Tínha-mos uma taxa de pré-esco-larização de 8% e temos hoje de 80%. Tínhamos no ensino básico e secundário de cerca de 100 escolas e 40 mil alunos e hoje temos mais de 1000 escolas e mais de um milhão de alunos. Os professores eram 26 mil e hoje são 150 mil”

Maria de Lurdes RodriguesPresidente da FLAD

Evolução da escolaridademédia em Portugal

19914,6 anos 2011

7,4 anos

6 Jornal do Centro16 | maio | 2013

Page 7: Jornal do Centro - Ed583

CONFERÊNCIA EXPRESSO “EDUCAÇÃO: A BASE DE TUDO O RESTO?” | ABERTURA

Educação: O que falta fazerO que falta fazerEnsino superior. Que futuro? Foi um dos temas

levados para o debate. O presidente do Instituto Politécnico de Viseu, Fernando Sebastião defendeu “o reforço do sistema binário (politécnicos e univer-sidades)” ao considerar que “ainda tem vantagens” salvaguardando regiões como a de Viseu.

“Viseu não seria a cidade que é hoje se não tives-se as instituições que tem”, lembrou. O responsá-vel não partilha da opinião dos que consideram ha-ver estabelecimentos de ensino superior a mais na rede nacional. Criticou que “os politécnicos foram evoluindo nem sempre com as mesmas linhas de orientação, que foram mudando consoante o mi-nistro, mas resumiu que “é vantajoso para o país poder haver as duas vertentes” continuando a exis-tir espaço para o ensino politécnico e para o ensino universitário”.

“Temos 45% de estudantes trabalhadores. Se não tivéssemos aqui o Politécnico, não teriam oportuni-dade de estar no ensino superior”, frisou acrescen-tando um outro dado: “Muita gente não era de Viseu e ficou cá porque tinha melhores condições para vi-ver depois de frequentar o ensino superior”.

O desafio para Fernando Sebastião não passa por fundir politécnicos e universidades ou mesmo aca-bar com alguns dos 133 estabelecimentos, públicos e privados, espalhados pelo país. No entanto, voltou a lançar a ideia de que os politécnicos deviam adotar a designação europeia de universidade de ciências aplicadas: “Tinha grandes vantagens, os politécnicos ainda continuam a ser uma segunda escolha”.

O país disponibiliza hoje 3500 cursos distribuídos pela rede de ensino superior.

Ensino Superior

Na primeira pessoa

“Julgo que a conflitualidade do sector não ajuda nada principal-mente porque cria um clima de desconfiança e havendo descon-fiança dificilmente se podem mo-bilizar as pessoas. Se não confia-mos nos professores, aqueles são os agentes diretos da educação dos nossos filhos, é muito difícil. Agora, para haver confiança tem que haver passos seguros e obje-tivos definidos”.

A David JustinoProfessor da Universidade Nova

A Maria de Lurdes RodriguesPresidente da FLAD

A Pedro Adão da FonsecaPresidente do Forum para a Liberdade de Educação

A Fernando SebastiãoPresidente do Instituto Politécnico de Viseu

A Teresa SalemaDiretora da Fundação Portugal Telecom

“O que hoje todos os países do mundo têm em comum em ma-téria de educação é o princípio da escolaridade obrigatória. [...] Sem uma população escolarizada, sem cidadãos preparados para partici-par na vida económica e na vida política não é possível enfrentar o desenvolvimento. [...] Uma gran-de reforma para enfrentar o futu-ro foi feita justamente quando se alargou a escolaridade obrigató-ria até aos 18 anos”.

“Nós em Portugal recusamo-nos a ver o que aconteceu nos ou-tros países que tinham um sistema igual ao nosso onde a gestão diária só por si não resolvia o problema e começaram a mudar, abandonan-do a ideia do planeamento cen-tral. Nós mantemos basicamen-te a mesma forma de gerir o sis-tema educativo em Portugal que tínhamos no Estado Novo. Ou-tros países também o tinham mas evoluíram e mudaram substan-cialmente. […] Estamos a dar uma preparação aos jovens, que não é aquela que eles vão precisar no fu-turo e isso preocupa-me”.

“Defendo o reforço do sis-tema binário [universidades e politécnicos] porque ainda tem vantagens. Nem toda a gente deve formar quadros superiores para o Banco de Portugal, há um leque formativo que, dentro das mesmas áreas de especialidade, tem objetivos muito concretos. [...] Temos que distinguir a visão de quem está em lisboa e de quem está no interior, onde as alterna-tivas não existem. [...] Quase me-tade dos nossos alunos trabalha. Se não houvesse Politécnico em Viseu não podiam estar no ensi-no superior”.

“Como se prepara um jovem para a incerteza? Garantindo co-nhecimentos técnicos. Garantin-do que tem capacidade de atitute constante. [...] É preciso garantir que os jovens tenham conheci-mentos sólidos e uma atitutde de aprendizagem constante para um bom desempenho profissional. [...] O empreendedorismo terá que ser reforçado a todos os níveis de en-sino. Ainda formamos de forma compartimentada e não é assim que se trabalha nas empresas”. É necessário “educar e formar os jovens nas áreas do saber pensar e saber resolver problemas”.

Jornal do Centro16| maio | 2013 7

Page 8: Jornal do Centro - Ed583

à conversa entrevista e fotos ∑ Paulo Neto

O que traz de novo ao con-celho de Viseu a sua can-didatura? Linhas gerais do Programa…Antes de mais é uma can-

didatura que honra o lega-do. Viseu é hoje a melhor ci-dade para viver. Viseu teve um surto de progresso nos últimos trinta anos e impor-ta neste momento dar-lhe um novo ciclo. É a isso que me proponho: impulsionar um novo ciclo alicerçado em duas grandes áreas: a vertente da solidariedade social e qualidade de vida e um ciclo de desenvolvi-mento económico que per-mita fixar e atrair pessoas e investimentos. Entendo que o concelho deve assu-mir a sua vocação de cida-de-região, que interage com Lisboa, que interage com o Porto e que ao mesmo tem-po se enquadra numa lógica internacional.

“Viseu Primeiro”… que quer dizer com isto para além do mero slogan curto, enfático e sonante?Não é um mero slogan.

É uma forma de sentir e vi-ver a minha cidadania. É a forma como eu sinto Viseu, porque sinto Viseu em pri-meiro. Eu saí do Governo para me candidatar à câma-ra de Viseu, portanto pus Viseu primeiro. Sei que as

pessoas em Viseu também colocam a sua cidade e o seu concelho em primeiro. Mesmo aqueles que vivem fora de Viseu não esquecem a sua terra. Queremos con-tinuar a ser “Viseu Primei-ro” na qualidade de vida, mas também queremos ser “Viseu Primeiro” no desen-volvimento económico, na internacionalização, na so-lidariedade com os idosos e com aqueles que mais preci-sam, na criação de emprego para os jovens… Estas são as motivações da escolha deste slogan, que ao mesmo tempo exprime o meu esta-do de espírito em relação ao presente e em relação ao fu-turo de Viseu. Mas cada um dos cidadãos o poderá inter-pretar de uma forma criati-va e individual. “Viseu Pri-meiro” será seguramente o resultado de uma visão e de um trabalho de equipa.

Anuncia 10 debates com es-pecialistas das várias áreas. Quais áreas? Quais especia-listas?O meu programa está

a ser construído com um conjunto vasto de pessoas das diferentes forças vivas de Viseu e ao mesmo tempo pretende ser um programa muito participado, de “bai-xo para cima”. Vou lançar o Fórum Participativo “Viseu

Primeiro”, onde vai decor-rer uma dezena de deba-tes nos diferentes sectores, desde a cultura à agricul-tura, passando pelo desen-volvimento regional (que será exactamente o pri-meiro debate), pelos ensi-nos secundário e superior, pela internacionalização e investimento, indústria, so-lidariedade social, desporto e juventude e urbanismo.

Já tem nomes?Sim. Posso dizer-lhe que

neste Fórum Participativo teremos sempre uma figura de referência nacional, que traga o seu contributo de fora para o desenvolvimen-to de Viseu, mas ao mesmo tempo, sempre, o envolvi-mento de líderes locais, da Associação Industrial, da

Associação Comercial, de pessoas ligadas aos mais di-versos estabelecimentos de ensino de Viseu. Por exem-plo, o professor Alfredo Simões vai fazer o primei-ro debate com o professor Augusto Mateus e também com Nelson Sousa, respon-sável pela JLS, que aborda-rá a vertente da logística e transportes na nossa região. Este Fórum Participativo é um espaço de reflexão so-bre o futuro de Viseu, so-bre aquilo que nós quere-mos e onde queremos estar daqui a dez anos. Será um contributo da sociedade vi-seense para aquilo que pre-tendemos do nosso futuro colectivo. É uma resposta ao momento presente. Pôr a sociedade a pensar e pe-dir à sociedade que me aju-

de a construir um progra-ma ganhador para os pró-ximos anos.

Lista para a autarquia… Dos que hoje integram a lista do Dr. Ruas quem vai levar? O que posso dizer é que

estou neste momento a de-senvolver um trabalho com umas largas dezenas de pes-soas e que, de entre essas pessoas, irei construir uma lista de grande qualidade. Viseu merece o melhor de nós. O que posso garantir é que para um ciclo novo te-remos equipa nova.

Não tem imposições do apa-relho?Ciclo novo, equipa nova.

Tem novidades, muitas…?Estou empenhado em

criar uma equipa que este-ja à altura dos próximos de-safios de Viseu.

Há coligação?A minha candidatura re-

sulta de um forte consenso dentro do PSD, quer a nível concelhio, quer a nível dis-trital, com o apoio explícito do dr. Fernando Ruas e so-bre a sigla do PSD.

Não há coligação com o CDS nem com outras forças polí-ticas?Será uma candidatura da

sociedade com o Partido Social Democrata, na pers-pectiva de abrir um novo ciclo de desenvolvimento para Viseu.

Quem vai encabeçar a Assem-bleia Municipal?

António Joaquim Almeida Henriques, 51 anos, casado, três filhos, natural de Viseu, é advogado e dedicou os últimos vinte e cinco anos à atividade empresarial e associativa empresarial em diversos sectores. É atualmente deputado à Assembleia da República, na XII Legislatura, tendo sido eleito como cabeça-de-lista pelo circulo de Viseu. É ainda Presidente da Assembleia Mu-nicipal de Viseu e da Assembleia da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões. Entre Junho de 2011 e Abril de 2013, exerceu as funções de Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional do XIX Governo Constitucional, tendo-se destacado no lançamento de programas de política pública como o “Revitalizar” ou o “Valorizar”, na reprogramação estratégica e no avanço da execução do QREN (Quadro de Re-ferência Estratégico Nacional) e na aprovação e implementação do pacote de medidas de apoio às famílias endividadas e de dis-ciplina de práticas bancárias abusivas. Deputado à Assembleia da República nas IX, X e XI Legislaturas, foi vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD na XI Legislatura com a coordena-ção da área económica, tendo também exercido as funções de vice-presidente da Comissão de Assuntos Económicos da Assembleia da República e de vice-presidente da Delegação da OSCE (Organization for Security and Co-operation in Europe). Na vida associativa, foi vice-presidente da CIP - Confederação da Indústria Portuguesa, presidente do CEC/CCIC - Conselho Empresarial do Centro / Câmara de Comércio e Indústria e pre-sidente da AIRV - Associação Industrial da Região de Viseu. Das duas últimas, é também presidente honorário. Mantém uma participação ativa em diversas instituições culturais, sociais e científicas da cidade e região de Viseu. É Comendador da Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial (Classe do Mérito Industrial), por atribuição do Presidente da República Jorge Sampaio, e Presidente Honorário da AIRV.

“Quero ficar “Quero ficar com o meu com o meu nome associado nome associado ao regresso do ao regresso do comboio a Viseu”comboio a Viseu”

Jornal do Centro16 | maio | 2013

8

Page 9: Jornal do Centro - Ed583

ALMEIDA HENRIQUES | À CONVERSA

É um assunto que ainda não está fechado. Apre-sentarei as listas em seu devido tempo. As eleições serão em finais de Setem-bro, início de Outubro. Agora preparamos as lis-tas para as Juntas de Fre-guesia. É fundamental ter os melhores candidatos para este novo ciclo, aque-le que já chamei o terceiro ciclo do desenvolvimento autárquico. A seguir à in-fra estruturação de base tivemos um segundo ciclo de equipamento e entra-mos agora num ciclo so-bretudo muito focalizado nas pessoas e no desenvol-vimento económico. Pos-so contudo adiantar-lhe dois nomes: o mandatário da minha lista será o enge-nheiro António Vidal e o

mandatário de honra será o dr. Fernando Ruas.

O Dr. Ruas afirmou: “Há mui-tos a quererem que eu volte daqui a 4 anos”. Faz parte deles?Assumo a minha candi-

datura com um grande en-tusiasmo. E é uma candida-tura que felizmente está a recolher uma forte adesão junto dos viseenses e das várias instituições. Eu sei que os meus adversários já estão a discutir 2017. Vejo muitas vezes tomadas de posição que até me surpre-endem, porque significam que as pessoas que supor-tam as candidaturas dos meus adversários não têm confiança nos seus próprios candidatos. Que outro sen-tido faz discutir se eu me

vou recandidatar em 2017? Aquilo que eu espero é que daqui a quatro anos os vi-seenses vejam em mim um presidente da câmara que se dedicou em exclusivida-de de funções à sua terra, à sua cidade-região, ao seu concelho e que me voltem a dar a confiança. O povo é chamado a decidir. Hoje sou candidato à câmara e espero daqui a quatro anos ter um capital de confian-ça de tal forma grande que permita voltar a ser eleito. Lembro que o dr. Fernando Ruas, na primeira eleição, foi eleito por umas centenas de votos e depois, logo na segunda eleição, reforçou essa mesma votação. Espe-ro estar aqui também à altu-ra desse legado e seguir os passos que o dr. Ruas deu

entre a primeira e a segun-da eleição.

Junqueiro refere-se a si como o “candidato exonerado da política”. Um comentário…Há um princípio que vou

já afirmar: vou fazer uma campanha pela positiva, vou fazer uma campanha pela afirmação dos valo-res, com uma participação muito directa de toda a so-ciedade de Viseu e assumir aqui o compromisso de que irei governar a nossa cida-de de Viseu, o nosso conce-lho, com todas as pessoas. Nunca irei comentar decla-rações dessas… A única coi-sa que diria é que saí do go-verno pelo meu próprio pé e por amor à minha terra. Fiz uma opção por Viseu. Foi por este amor à minha terra que fiz algo que pro-vavelmente o meu adversá-rio nunca faria, que foi sair de um função no governo onde estava a desenvolver um trabalho que era reco-nhecido. Fiz de 2012 o me-lhor ano de sempre da exe-cução de fundos comunitá-rios em Portugal. E lancei o primeiro regime de incen-tivos a microempresas do Interior do QREN. Só para dar dois exemplos.

O desemprego jovem em Viseu ronda os 50%. Que tem em mente para sua solução?Só há uma forma de criar

emprego. O emprego não se cria por decreto. Os que hoje andam a apregoar que vão criar emprego, se calhar nunca criaram ne-nhum e nem sabem bem como é que se cria. São os mesmos que no passado prometeram criar 150 mil postos de trabalho e aca-baram a destruir emprego. Essa é que é a verdade. Só há uma forma de criar em-prego: é através de dinâmi-cas empresariais de criação de riqueza. É o que eu pro-ponho: gerar dinâmicas que puxem pelas nossas ânco-ras empresariais e pela va-lorização da nossa região: temos empresas e recursos que podem ir mais longe, podemos ajudá-las a inter-nacionalizar-se, fazerem negócios no exterior, au-mentando produção e ex-portações. Hoje devemos também assumir uma ló-gica muito activa de capta-ção do investimento para o

nosso território. Aproveitar a nossa diáspora é funda-mental. Uma das questões que me proponho desen-volver, e desde já anuncio em primeira mão, é criar o programa “Viseu Investe”. Este programa vai ser todo ele focalizado na perspec-tiva de criação de valor no território e na criação de ri-queza. Terá um gabinete de apoio ao investidor. Quero transformar a câmara de Viseu numa câmara amiga do investidor, que preserva os seus valores históricos na criação de comércio e de serviços, mas que também capte a indústria, criando emprego jovem qualifica-do e duradouro. Por outro lado, proponho-me tam-bém criar o “Conselho Es-tratégico para o Desenvol-vimento de Viseu”. Isto é: uma estratégia para Viseu em concertação com aque-las que são as suas âncoras: a Associação Industrial, a Associação Comercial, os Empresários Católicos, o IPV, a Católica, o Piaget, o Regimento de Infantaria, o Palácio da Justiça, o Con-servatório de Música, oTeatro Viriato… com todas aquelas que são as nossas âncoras e que podem ajudar a promover Viseu. Os vise-enses podem contar com este compromisso e com a minha experiência. Em bom rigor, os últimos vinte e cinco anos de vida foram dedicados, por um lado, na vertente empresarial, no as-sociativismo empresarial, no associativismo cultural, no associativismo da soli-dariedade social e também em toda uma experiência internacional, empresarial e de diplomacia económi-ca. Trabalhar numa lógica intermunicipal e de coope-ração regional é também decisivo. O Porto é decisi-vo para nós, é estratégico, é o nosso aeroporto, é a nossa ligação à Galiza. Nesta lógi-ca, a macro-região ibérica integra a Região Centro, o Norte, a Galiza e Castilla-Lyon. E podemos também falar de Lisboa…. Temos que encurtar a nossa distân-cia a Lisboa e aproveitar o mercado da capital e a nos-sa fronteira atlântica. Mui-to do futuro da nossa terra está também na fronteira atlântica e na ligação à nos-sa comunidade na diáspora.

Devemos ter uma perspec-tiva aberta e dinâmica. As oportunidades estarão cá dentro se soubermos criar ligações ao mundo.

A Gabiforma e os seus asso-ciados e a Lusitânia são fragili-dades do seu passado ou uma sincronia de vida, clara e sem controvérsias?Várias pessoas têm pro-

curado criar anátemas so-bre essas circunstâncias. A Gabiforma foi uma empre-sa líder no seu sector, na re-gião de Viseu. Deixei de es-tar na direcção estratégica da empresa, da qual nunca fui sócio maioritário, desde o momento em que ingres-sei como deputado no par-lamento. Por outro lado, eu abandonei a Gabiforma, ou saí da sua administração, um ano e meio antes de ter acontecido o seu processo de insolvência. Portanto, é uma estrutura da qual eu estava desligado do pon-to de vista da sua adminis-tração executiva há vários anos. Nunca foi tão pou-co sócio minoritário. Mes-mo que queiram ligar-me do ponto de vista formal, podem consultar-se os re-gistos da Conservatória e verificar a realidade dos factos. Por outro lado, mes-mo que assim não fosse, eu não sou dos que acha que o insucesso seja algo que nos deva condicionar. An-tes pelo contrário. Haja pes-soas que ousem fazer! Em países com os Estados Uni-dos, onde existe uma eco-nomia de mercado dinâ-mica, muitas vezes aqueles que têm um insucesso são os que a seguir mais apoio têm para poderem desen-volver novos projectos. Só quem nunca fez nada na vida é que nunca teve su-cessos e insucessos. Em re-lação à Lusitânia, que é ou-tra questão, esclareço de uma forma frontal: eu esta-va na presidência da AIRV quando a Lusitânia foi cria-da. A Lusitânia sempre teve uma maioria e uma coorde-nação estratégica por par-te das autarquias locais. Eu nunca pertenci a nenhum órgão social da Lusitânia. Nunca fiz parte de nenhum conselho de administração, de nenhum conselho fiscal, nem de nenhuma assem-bleia geral. Isso que fique claro porque há quem tente

continua»

Jornal do Centro16| maio | 2013

9

Page 10: Jornal do Centro - Ed583

À CONVERSA | ALMEIDA HENRIQUES

lançar lama sobre os outros de forma completamente irresponsável. Tenho mui-to orgulho no meu percur-so e posso dizer uma coisa que muita gente não pode-rá afirmar: até hoje honrei sempre os meus compro-missos. Pessoais, profissio-nais e políticos.

Como empresário que foi, qual o seu maior êxito e o seu maior insucesso? E como governante?A minha vida empresarial

foi muito rica. Eu diria que a Beiragás foi o ponto má-ximo do meu percurso em-presarial. É hoje uma em-presa de referência das 100 maiores do país. Que ou-tro projecto eu gostaria de ter levado mais longe? Por exemplo o projecto da Ca-pital de Risco de Base Re-gional. Foi um projecto ao qual dediquei muita aten-ção. Não consegui chegar tão longe como gostaria, ao ponto de conseguir criar o Fundo Regional de Capital de Risco, mas felizmente, depois no governo, acabei por ter a oportunidade de, no programa Revitalizar, criar efectivamente os Fun-dos Regionais de Capital de Risco. Lá está… Muitas ve-zes o nosso percurso de vida ajuda-nos a ter ideias que só mais tarde conse-guimos concretizar. Uma boa ideia nunca é um des-perdício. Do ponto de vis-ta governamental há duas vitórias que são muito im-portantes: a forma como os fundos comunitários evo-luíram. Eu peguei na ges-tão dos fundos comunitá-rios e a sua execução estava nos 30% e deixei o gover-no com 61%. O que signifi-ca que executámos mais em dois anos do que o anterior governo nos outros qua-tro anos de gestão dos fun-dos. Aumentámos também a taxa de comparticipação de 70 para 85% por parte da União Europeia, o que nos permitiu fazer um es-forço financeiro menor do ponto de vista nacional na realização dos investimen-tos. Outra vitória que me deu muito gosto foi o pro-grama Revitalizar. Há mui-to tempo que defendia em Portugal um sistema que permitisse que as empre-sas recuperassem de situa-ções de crise, uma espécie de “Chapter eleven” como existe nos Estados Unidos. As empresas não têm for-

çosamente que se apresen-tar à situação de insolvência quando têm a possibilidade de ser recuperadas. Quando cessei funções no Governo, mais de 600 empresas já ti-nham apresentado planos de revitalização. E mais de 100 tinham obtido já suces-so nesse objetivo. 4000 pos-tos de trabalho e 515 milhões de euros anuais de produ-ção foram salvos. É algo de que me orgulho. Por outro lado, também, a política de defesa do consumidor. Há muitos anos, e isto é afirma-do por muitas associações, que não existia uma verda-deira política do consumi-dor. Consegui, ao longo de um ano e meio, alterar legis-lativamente vários aspec-tos, designadamente o da disciplina na banca, nas co-missões que cobravam aos particulares, nos juros de mora que cobravam, crian-do travões às taxas de juro dos cartões de crédito e im-pondo a obrigatoriedade da banca de, antes de executar alguém, tentar um acordo extra-judicial. Aliás um dos aspectos que proponho na minha candidatura é criar um Gabinete de Apoio às Famílias Endividadas e em Dificuldades. Exactamen-te para ajudar aqueles que nesta conjuntura difícil têm muitas vezes dificuldade em honrar os seus compro-missos.

Algum insucesso governa-mental?Eu diria que nas minhas

áreas as coisas me corre-ram bastante bem. E posso acrescentar-lhe que fui feliz nestes dois anos de activi-dade governativa.

Qual a sua opinião sobre o es-tado do Ensino Superior em Viseu, como perspectiva o seu desenvolvimento e qual o pa-pel do IPV nesse processo?Este é o momento crítico

para Portugal e para a nos-sa região. Temos que prepa-rar uma boa estratégia para 2014/2020, que é o novo ci-clo dos fundos comunitá-rios. Essa estratégia exige uma boa interacção entre os municípios da Comunidade Intermunicipal, as empre-sas e as associações empre-sariais e com o Centro Cien-tífico e Tecnológico. Um dos vértices desse triângu-lo virtuoso é claramente o Centro Científico e Tecno-lógico. O IPV tem aqui um papel muito importante,

não só pela sua dimensão, mas também pela inteligên-cia que fornece, pela quali-dade dos seus professores, pelo número dos doutora-dos e pela possibilidade de imprimir novas dinâmicas. Quer no âmbito do empre-endedorismo, quer na lógi-ca de uma melhor relação universidade/empresas, quer na promoção da in-vestigação ligada ao tecido empresarial. Há muito a fa-zer aqui e nesse sentido vou dedicar um tema do Fórum Participativo ao Ensino Su-perior, com a presença da doutora Graça Carvalho, do professor Borges Gouveia da Universidade de Aveiro e com a interlocução dos vários actores da região. Temos que encontrar aqui um modelo que potencie o IPV, interagindo com a Uni-versidade Católica e com o Piaget e tirando partido da-quilo que de bom cada um deles tem e fazendo com que possam convergir. Nunca tivemos tanta ne-cessidade de convergir do ponto de vista estratégico. Essa é uma missão do Con-selho Estratégico para o Concelho de Viseu que me proponho constituir. É uma plataforma de inteligência e de vontades. Como pode-mos potenciar mais o IPV? O RIV? O Tribunal? Grupos como a Visabeira e outros existentes em Viseu?

Concorda com a evolução do IPV para Universidade de Ciências Aplicadas, tal como defende o seu Presidente?Tenho tido muitas con-

versas com responsáveis do IPV que conhecem o meu pensamento. Qualquer so-lução para Viseu passará pela evolução do próprio IPV e nesse ponto de vis-ta estamos em sintonia. Nem sempre aqueles que berram nos jornais são os que estão a fazer o seu tra-balho de casa. Este traba-lho tem que ser feito con-certadamente, como ainda agora nesta recente ques-tão do IPV. Enquanto uns berravam eu reunia com o ministro da Educação, fa-zia concertação dentro do meu grupo parlamentar, ao ponto de ter sido alterado o Projecto de Resolução e de ficar bem patente que não está em causa que no futuro o IPV não possa lec-cionar os vários graus. Isso está explícito na Resolução que foi aprovada na sexta-

feira numa declaração de voto que apresentámos, se-gundo a qual as questões re-gionais terão de ser levadas em linha de conta. O minis-tro de Educação, aliás, con-cordou e comprometeu-se com este princípio. Onde não houver duplicação de oferta, têm de se manter as coisas como estão. Esta de-claração de voto acabou por ser assinada pelos deputa-dos de Viseu, Bragança e Leiria.

Uma declaração de voto não é um pressuposto de consci-ência culpada?Uma declaração de voto

é também colocar no papel aquela que é a nossa inter-pretação, quando votamos favoravelmente uma deter-minada resolução.

Mas porque a necessidade dessa clarificação?Quisemos explicitar a ló-

gica de manter salvaguar-dados os graus de ensino. É uma questão demasiado importante. Havia um en-tendimento do responsável parlamentar que a ques-tão regional estava salva-guardada no próprio texto. Como eu entendi que não estava, que não espelhava aquelas que tinham sido as minhas conversas com o engenheiro Sebastião e com o ministro da Educa-ção, entendi que devíamos apresentar uma declaração de voto e fui seguido nes-sa atitude por deputados de mais dois distritos.

Declarações de José Junqueiro em Conferência de Imprensa acerca do Projecto de Resolu-ção XII/ 688 : “Os deputados do PSD e do CDS em Viseu não têm emenda e o candi-dato à câmara também não porque se refugiou no silêncio medroso, muito medroso por-que não ousou emitir opinião. Recentemente exonerado não quer de qualquer maneira entrar em conflito com o seu próprio governo. Eu acho isso lamentável.”A declarações dessas

responderei sempre com o silêncio. Deixe-me acres-centar uma intenção antes de chegarmos ao fim des-ta conversa, e esta sim re-levante: Quero ficar com o meu nome associado ao re-gresso do comboio a Viseu! É uma conetividade moder-na, fundamental ao nosso desenvolvimento e mobi-lidade.

Jornal do Centro16 | maio | 2013

10

Page 11: Jornal do Centro - Ed583

Óptica Parente 2 Rua de Almacave, 100 Lamego Tel.: 254 615 176

OMB Grupo Óptico Lg. General Humberto Delgado, 9/11 Viseu Tel.: 232 435 060

Óptima Oculista Rua Alves Martins, 42 Viseu Tel.: 232 431 548

OMB Grupo Óptico Palácio do Gelo, Lj 23 Viseu Tel.: 232 428 482

Internacional Óptica Rua dos Casimiros, 43 r/c Viseu Tel.: 232 431 642

Óptica Arlindo Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 27 Viseu Tel.: 232 423 533

Ergovisão Bairro Sta. Eugénia, Lj C, Lote 32A Viseu Tel.: 232 188 600

Page 12: Jornal do Centro - Ed583

região

A professora de edu-cação física, Manuel Antunes é a candidata do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara Muni-cipal de Viseu nas elei-ções autárquicas deste ano.

At ua l mente a ú n i-ca deputada do BE na Assembleia Municipal de Viseu, fez a sua es-treia na reunião de fe-vereiro daquele órgão autárquico, em substi-tuição de Carlos Vieira, o que deixou antever al-gumas novidades relati-

vas ao seu papel futuro como autarca.

Dirigente do sindica-to de Professores da Re-gião Centro, foi também presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco de Viseu, cargo que aban-donou recentemente.

Professora na Escola Básica 2,3 Dr. Azeredo Perdigão, em Abraveses, Manuel Maria Coelho Antunes, de 46 anos, é natural de Viseu, cidade onde cresceu, estudou e trabalha. É conhecida como uma mulher en-tusiasta, interventiva e participativa na vida po-lítica e cultural da cida-de. Ainda esta semana assumiu o papel de atriz na apresentação da peça

“candidata ao XIV Festi-val de Teatro Jovem Mo-nólogos da Vagina”, em que contracena com alu-nos seus num projeto da Associação Juvenil Aze-redo Perdigão Molhe de Grelos. EA

Bloco de Esquerda escolhe Manuela Antunes para Viseu

Afonso Abrantes, pre-sidente da Câmara Mu-nicipal de Mortágua, vai ser candidato à As-sembleia Municipal, pelo seu partido (PS), nas próximas autárqui-cas.

Depois de 24 anos de liderança socialista na autarquia de Mortágua, Afonso Abrantes está de saída devido à lei da limitação de mandatos, contudo fonte próxima da candidatura afirma que o autarca não vai abandonar a vida polí-tica e sucede a Acácio Fernandes (PS), na pre-

sidência da Assembleia Municipal.

Na corrida à autar-quia de Mortágua, pelo partido socialista, está João Fonseca, atual presidente da Associa-ção Beira Aguieira.

A lista do PSD é enca-beçada por Júlio Nor-te (provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mortágua) - que até agora foi vice-presiden-te da Câmara pelo PS.

Filipe Valente, já ve-reador na autarquia, é a escolha do CDS-PP.

Micaela Costa

Afonso Abrantes candidata-se à Assembleia MunicipalMortágua ∑ Atual presidente está de

saída da Câmara, mas vai manter-se na

vida autárquica

International House Rua dos Casimiros 33 Viseu 232 420 850 [email protected]

88ª Caminhada de solidariedade

Sábado

18 Maio 2013

Inscrições até 17 de Maio

Junta-te a nós!

Vem caminhar e ajuda a angariar

fundos para a APCV

Associação de Paralisia Cerebral de Viseu

Com o apoio de:

Publicidade

Publicidade

Perspectivas agrícolas

Opinião

Os dados divulgados pelo INE dos últimos três meses apontam para o aumento do desemprego no sector primário. Em comparação com o perí-odo homólogo, o acrés-cimo foi de 37%, passan-do dos 17.7 mil para os 27.1 mil desempregados.

Estes dados descre-vem cenários já há mui-to conhecidos. O traba-lho agrícola assume na maioria dos casos um ca-rácter temporário e sazo-nal, facto que em muito condiciona a actividade. Cada cultura agrícola de-nota picos de trabalhos próprios. A sementeira, a colheita e os tratamen-tos fitossanitários não devem ser adiados ou prolongados. Por outro lado, outros admitem ser acomodados tais como: a poda, a monda, a desfo-lha, a aplicação de fertili-zantes e herbicidas, mas devidamente balizados, e ficamo-nos por aqui. Para que todas estas ope-rações possam decorrer de modo eficaz e com desejada produtividade, algo tão requisitado por estes dias é necessário: mão-de-obra em quanti-dade mas essencialmen-te em qualidade. Trata-se de uma combinação por vezes difícil de con-seguir para os salários a praticar.

A adensar esta situa-ção, podemos ainda re-ferir as condições mete-orológicas como o factor com maior impacto no calendário agrícola. As chuvas prolongadas que este ano fustigaram o país vieram protelar, ou simplesmente impedir a instalação de culturas e condicionaram de como significativo várias ope-rações. Assim, a nossa almejada e proclamada taxa de auto-aprovisio-namento vai baixar. Este é um dado que me atrevo a conjecturar.

Pese embora a agricul-tura esteja a atrair bas-tante gente, na maioria empresários agrícolas, a contratação de pessoal para trabalhar na área é temporária, como facil-mente se depreende do exposto.

Na visita à escola pro-f issional de Alter do Chão, o Sr. Ministro da Educação e a Sr. Minis-tra da Agricultura reite-raram a aposta no ensino agrícola profissional. Se-gundo os mesmos, a re-

ferida escola é um exem-plo que importa replicar dada a elevada taxa de empregabilidade dos es-tudantes no sector.

Importa, no entanto, alertar que este tipo de formação necessita de requisitos, equipamen-tos actuais (de preferên-cia de base tecnológica), espaços e valências. Para que tudo isto se replique e implante, só vontade não basta. São necessá-rios investimentos avul-tados e chegados aqui é que os problemas co-meçam. Existe dinheiro para tudo isto? Tenho a noção de que dificilmen-te tenha existido. Neste momento, nos vários mi-nistérios o que se deman-da é uma redução de 10% com gastos, incluído com o pessoal.

Na recente deslocação do Secretário de Estado da Alimentação e da Ino-vação Agro-alimentar ao SIAL China (salão ali-mentar), foi lavrado entre Portugal e a China um acordo para potenciar as exportações na área dos lacticínios, uma vez que nos restantes secto-res estas já estão bem en-caminhadas, reforçando a componente da segu-rança alimentar. As tri-pulações chinesas de muitos dos navios e pa-quetes que aportam em Portugal tratam de com-prar todo o leite em pó existente nas prateleiras dos supermercados, da-das as frequentes falsifi-cações que ocorrem com este produto na China. A contrafacção no seu me-lhor.

Um vasto conjunto de empresas nacionais, das quais podemos destacar a Ramirez, a RAR, a Su-mol-Compal, a Unicer, já pontificam nas várias ca-deias de distribuição ali-mentar em Xangai. Esta cosmopolita cidade é a capital económica chine-sa e alberga 23 milhões de habitantes. Por cá, so-mos apenas 10 milhões e para muitas realidades já há muito nos atrope-lamos.

Mais uma solução à vista, neste caso apenas uma cidade: Xangai.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

Nun

o A

ndré

Fer

reira

(arq

uivo

)

Mic

aela

Cos

ta

Jornal do Centro16 | maio | 201312

Page 13: Jornal do Centro - Ed583

VISEU | REGIÃO

Publicidade

Uma semana depois de Portugal ter subido cinco lu-gares na lista dos países com maior liberdade de impren-sa, pensar esta concessão de abril foi o mote que juntou, numa mesma sala, diversas personalidades ligadas à ati-vidade jornalística e à pro-dução de conteúdos da ci-dade de Viseu.

Organizada pelo Institu-to Português do Desporto e Juventude (IPDJ) de Viseu – Direção Regional do Cen-tro e moderada por Joaquim Alexandre, a Tertúllia “Li-berdade de Imprensa… O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Porquê?” teve lugar na passada quinta-feira (9 de Maio) pelas 21:00 horas na Galeria de Exposições do IPDJ no momento em que, conforme é notado por to-dos, “os jornalistas mais pre-cisam de ser jornalistas”.

Enquadrado no “Mês Temático” dedicado à co-municação Social este

evento foi enriquecido pe-los contributos e pela parti-lha de experiências de Sér-gio Soares, Amadeu Araú-jo, António José Coelho, Fernando Figueiredo, José Faro, Catarina Frias, Vitor Santos, João Silva e Nuno Cabral constituindo assim um olhar ímpar e transver-sal da cidade sobre esta li-berdade.

Perante uma plateia cons-tituída por profissionais li-gados à área da informação, Sérgio Soares, jornalista da Agência Lusa, classificou esta realidade como “a ma-téria de mais difícil discus-são” uma vez que as mudan-ças sentidas ao nível da li-berdade do jornalismo, um dos pilares da democracia, estão hoje intimamente li-gadas às próprias “transfor-mações” em curso no país. “Os sinais desta mudança são evidentes quando nota-mos o desaparecimento dos grandes trabalhos de inves-

tigação e a constante redu-ção de pessoal que implica, diretamente, a diminuição do tempo para pensar nas redações”, afirmou.

Amadeu Araújo, corres-pondente da TSF, afinando pelo mesmo diapasão, vai contudo mais longe “estes constrangimentos são em grande medida decorrentes da fragilidade das empresas de comunicação social face à crise económica, esta sim uma das maiores ameaças à liberdade de imprensa” ao mesmo tempo que “o tráfi-co de influências existe, os editores são medíocres, os jornalistas acomodam-se e os jornais esquecem a sua

função”.O jornalista aponta o dedo

“alguns meios locais segui-ram mal o caminho” escon-dendo-se atrás de desculpas de mau pagador “eu não te-nho os meios que tu tens” como um pretexto para não fazer e, sobretudo, para não cumprir a sua missão.

O editor António José Co-elho, lembrando com sau-dade os “velhos jornalistas a quem a ditadura obrigou a uma maior criatividade”, obrigou-se a voltar ao pre-sente para abrir uma nova li-nha de discussão. Que pen-samos nós sobre a migração dos jornalistas para a bem remunerada assessoria de

imprensa? E a “concentra-ção dos media em grandes grupos económicos”? To-das, questões no seu enten-der fundamentais.

Referindo-se à sua experi-ência como professor e fun-dador da Viseu TV, José Faro aproveitou para enumerar o excesso de profissionais, a perda de “memória” nas re-dações e, sobretudo, a nível local, as “pequenas ações di-árias em que se troca o que nos é pedido pelo acesso a nova informação” como si-nais desta realidade.

Paralelamente às “realida-des” sentidas pelos jornalis-tas no seu quotidiano, Fer-nando Figueiredo do blogue “Viseu, Senhora da Bei-ra”, apontado por Amadeu Araújo como um dos acer-vos da memória da cidade, explicitou as principais di-ferenças entre o seu traba-lho e o trabalho jornalísti-co, com o qual prefere não estabelecer qualquer tipo de

comparação. Construindo nesta tertúlia um discurso sólido, Fernando Figueiredo realça que, tal como na im-prensa, “é o mercado que regula a blogosfera” sendo, inevitável no futuro o desa-parecimento da Entidade Reguladora para a Comu-nicação Social (ERC). Nes-te sentido Amadeu acres-centa “os blogues devem ser vistos, cada vez mais, como uma fonte” pois “fornecem as pontas que o jornalismo deve agarrar e seguir” tor-nando-se assim uma ferra-menta para combater o “co-modismo instalado”.

Numa iniciativa única onde reinou a “liberdade de expressão por quotas” e onde foram discutidos os entraves presentes, ficará para o futuro a certeza de que na cidade de Viseu “ain-da” se pode e se deve discu-tir este valor.

Pedro Morgado

Viseu debate “a sua Liberdade de Imprensa”Iniciativa ∑ Tertúlia reúne personalidade ligadas ao mundo da informação

Pedr

o M

orga

do

Jornal do Centro16| maio | 2013 13

Page 14: Jornal do Centro - Ed583

REGIÃO | MANGUALDE | LAMEGO | MOIMENTA DA BEIRA | TONDELA | VISEU

QUEDALamego. O antigo bispo de Lamego, D. Jacinto Bo-telho, de 77 anos, sofreu ferimentos ligeiros após uma queda no recinto do Santuário de Fátima, ten-do sido suturado com 10 pontos devido a um golpe no sobrolho. O incidente aconteceu no domingo à noite, nas escadarias de acesso ao altar, quando participava na Procissão de Entrada que precede a eucaristia.

DROGA Lamego. Um homem de 31 anos foi detido na segun-da-feira, em Ferreirim, Lamego, pelo crime de tráfico de droga. O Nú-cleo de Investigação Cri-minal do Destacamento Territorial de Lamego da GNR apreendeu 60 do-ses de haxixe, quatro do-ses de heroína, quatro fa-cas de corte, um telemó-vel e uma viatura.

DROGAMoimenta da Beira. A GNR deteve um suspeito de trá-fico de droga, de 25 anos, pelo Núcleo de Investi-gação Criminal do Des-tacamento Territorial de Moimenta da Beira. A de-tenção aconteceu na se-gunda-feira, tendo a GNR apreendido 23 doses de haxixe, 16,1 gramas de se-mentes de cannabis, quatro

facas, uma balança de pre-cisão, dois moinhos, dois telemóveis e dinheiro.

DROGATondela. A GNR deteve um homem de 30 anos, residente em Viseu, sus-peito do crime de tráfico de droga. O suspeito foi detido por militares do Destacamento de Trânsi-to de Viseu, em colabora-ção com o Núcleo de In-vestigação Criminal, ten-do-lhe sido apreendidas 800 doses de haxixe, um veículo, dois telemóveis, um iPad e dinheiro.

ANTENASViseu. Dois jovens de 19 e 22 anos foram interceta-dos pela PSP, numa rua do centro da cidade de Viseu a tentar furtar uma ante-na de um veículo automó-vel. Durante a operação, pelas 3h00 da madruga-da, os suspeitos admiti-ram à polícia que tinham já furtado outras antenas, tendo-lhes sido apreendi-das 22 antenas “as quais eram transportadas por ambos”. “O ilícito ocorreu em viaturas estacionadas em várias ruas” da cidade, confirma a PSP de Viseu em comunicado. “Os sus-peitos foram identifica-dos e as referidas antenas apreendidas, sendo o ex-pediente remetido ao Tri-bunal Judicial de Viseu”, conclui.

Publicidade

A comunicação de que o Castro da Moguei-ra, em S. Martinho de Mouros, Resende, de-verá ser, na verdade, um castelo medieval, foi uma das novidades apresenta-das no passado dia 10 e 11, em Mangualde, na VIII Mesa-redonda Interna-cional sobre a Lusitânia Romana.

Atualizar conhecimen-tos é o principal objetivo destas iniciativas onde estudiosos portugueses, espanhóis e franceses se dedicam, desde 1988, a estudar a antiga Lusitâ-nia Romana (que incluía os territórios português e espanhol). João Inês Vaz, arqueólogo, expli-cou que as mesas-redon-das “representam uma

atualização de conheci-mentos”, pois “a história e a arquiologia são ci-ências dinâmicas e, por isso, não param. Conhe-cimentos que hoje da-mos como assentes, com novas descobertas, po-dem ser alterados”. Des-de a primeira mesa re-donda, em Bordeaux, França, já foram organi-zadas várias iniciativas e, depois de Salamanca, Madrid, Mérida, Cáce-res, Cascais e Toulou-se, Mangualde foi o lo-cal escolhido para mais uma “reunião”. O tam-bém antigo governador civil de Viseu sublinhou que a iniciativa “veio pa-rar a Mangualde porque a Câmara aceitou de bra-ços abertos esta propos-

ta” e é em Mangualde que está “uma das pou-cas vilas romanas esca-vadas na zona das bei-ras”. Fez saber ainda que as ruinas da Raposeira “estão a passar por um processo de valorização para as tornar visitáveis. E, posteriormente, será criado um centro de in-terpretação”.

Na VIII mesa redonda o tema foi “Entre roma-nos e bárbaros”, e para João Inês Vaz “podía-mos dizer entre roma-nos e germânicos, hoje fala-se tanto dos ale-mães – e portanto temos uma luta de há 1700 anos e que hoje tem outro re-flexo e até deveríamos aprender com a histó-ria. Houve uma parte do

império romano que se desfez, hoje temos uma União Europeia que tam-bém se está a desfazer, na altura houve uma in-vasão germânica hoje o que é que temos? Há toda uma comparação históri-ca e afinal até está basta-te atualizada”.

O próximo passo será a publicação das atas, numa parceria Luso-espanhola, documentos revestidos de “enorme importân-cia para o conhecimen-to da história da Lusitâ-nia”, afirmou o arqueólo-go. Inês Vaz fez saber que a próxima mesa redonda será realizada “daqui a dois anos, em Mérida ou Zaragoza”.

Micaela Costa

Mesa-redonda internacional traz novidade ao distritoDescoberta ∑ Castro da Mogueira, em Resende pode ser, na verdade, um Castelo Medieval

A Mangualde foi palco de mais uma reunião de arqueólogos e historiadores sobre a Lusitânia Romana

Mic

aela

Cos

ta

Jornal do Centro16 | maio | 201314

Page 15: Jornal do Centro - Ed583
Page 16: Jornal do Centro - Ed583

PREÇOS REDUZIDOS A 5 MINUTOS DE VISEUA25—SAÍDA 20

educação&formaçãoO departamento de enge-

nharia civil da Escola Supe-rior de Tecnologia e Gestão de Viseu (ESTGV) está a co-memorar 20 anos.“É um percurso notável a

formar engenheiros para a região e para o país”, justifi-ca a organização.

As iniciativas preparadas para assinalar a data têm vindo a decorrer ao longo

do ano académico. Já na fase final do calendário de acon-tecimentos, a organização levou a efeito na semana passada o segundo seminá-rio “Engenharia Rodoviária” e uma mesa redonda sobre o papel do departamento de engenharia civil da ESTGV e “Um olhar sobre a Enge-nharia Civil”.

Em paralelo, decorre na

Biblioteca da ESTGV, até 28 de junho, a exposição

“Edgar Cardoso” de ho-menagem à vida e obra do conceituado engenheiro, assinalando-se, em simul-tâneo, os 100 anos do seu nascimento e os 50 anos da inauguração da Ponte da Arrábida no Porto (uma das suas obras mais emble-máticas). EA

Engenharia civil celebra 20 anos

O programa nacional de Bolsas por Mérito para aos melhores alunos do en-sino superior premiou este ano 14 antigos alunos do Instituto Politécnico de Viseu.

A bolsa de estudo por mérito atribuída pelo Mi-nistério da Educação e da Ciência, confere uma prestação de valor fixo de 500 euros por candidato, destinada a estudantes que tenham mostrado um aproveitamento escolar excecional. O IPV esco-

lheu os melhores das cin-co escolas a partir da mé-dia de 16 valores, havendo uma cota por escola em função da dimensão de cada estabelecimento de ensino.

Estes 14 alunos de licen-ciatura e de mestrado já terminaram o curso e en-contram-se todos integra-dos no mercado de traba-lho.

“Estando eles todos a tra-balhar neste momento e na área, é a prova de que vale a pena estudar e ter um di-

ploma do ensino superior porque, apesar das dificul-dades, ainda se consegue mais facilmente arranjar emprego”, sublinhou o pre-sidente do IPV, Fernando Sebastião.

O dirigente lembrou ain-da que alcançar o mérito faz sentido, face às exigên-cias do mercado: “Vimos que os melhores consegui-ram singrar no mercado de trabalho”.

Emília [email protected]

Bons alunos do IPV recompensadosBolsas de mérito ∑ Programa nacional premiou 14 estudantes

A Cerimónia solene de entrega das Bolsas por Mérito decorreu no dia 8 de maio

Publicidade

Publicidade

No âmbito do Ano Eu-ropeu dos Cidadãos 2013, o centro de formação EduFor organiza, em parceria com a associação Cedro, a palestra

“Prevenir o consumo de ál-cool” em dois locais da área de influência do EduFor. O Auditório da Biblioteca Mu-nicipal de Mangualde rece-be o encontro na terça-feira, dia 21 e o Auditório Carlos

Paredes de Vila Nova de Paiva na segunda-feira, dia 20, ambos às 21h00.

A organização pretende com esta palestra apresentar algumas estratégias práticas promotoras da prevenção do consumo de álcool.

São destinatários des-tas palestras a comunida-de escolar, elementos das autarquias dos concelhos na

área de influência do Edu-For e demais interessados.

As inscrições são gratui-tas e exclusivamente online em www.edufor.pt e serão aceites por ordem de entra-da até à capacidade do Audi-tório (ou até 48 horas antes do evento).

Para inscrições e mais in-formações deve ser consul-tado o site www.edufor.pt.

Palestra para prevenirconsumo de álcool

Emíli

a A

mar

al

Jornal do Centro16 | maio | 201316

Page 17: Jornal do Centro - Ed583
Page 18: Jornal do Centro - Ed583

economiaAmor de apicultor austríacopor portuguesa enriquece Beira Alta com 250 colmeias

O amor por uma portu-guesa levou o austríaco Harald Hafner a mudar-se para Portugal, mas na “bagagem” trazia já uma outra grande paixão, as abelhas.

Harald Hafner, de 47 anos, vive em Mangualde desde 2007 e tem atual-mente 250 colmeias na re-gião da Beira Alta, pro-duzindo cada uma delas uma média de 25 a 30 qui-los de mel, num ano re-gular.

“A paixão pelas abe-lhas já vinha de antes, ti-nha começado na Áus-tria”, contou o apicultor à agência Lusa, acrescen-tando que desde miúdo gostava de insetos e que foi influenciado por uma tia-avó apicultora.

Apesar de esta ser uma paixão de infância, só “bastante tarde”, há cer-ca de 15 anos, teve as suas primeiras colmeias, na Áustria, apadrinhado por um vizinho. Nessa altu-ra, a apicultura era ape-nas um passatempo.

“Antes de vir a Portu-

gal, vivi um tempo na Re-pública Dominicana e foi aí que comecei a ser api-cultor profissional (em 2003). Fiz desse passa-tempo a minha profis-são”, frisou.

Atualmente, Harald Hafner retira das col-meias o mel e outros produtos que comercia-liza. Mas muito do seu tempo é também passa-do a ensinar os outros.

D e t e n t o r d e u m mestrado em apicul-

tura tirado na Escola Agrária de Warth, na Áustria, Harald Hafner deu o seu primeiro cur-so na primavera de 2011, no Jardim Botânico de Coimbra, onde tem um apiário pedagógico.

“Nesse curso, tinha dez a lu nos . No a no passado, de repente, tinha cem alunos en-tre Porto, Paredes e Coimbra e este ano te-nho feito algumas via-gens até Sintra e estou

a dar dois cursos aqui em Mangualde”, contou.

Durante os cursos são abordados conceitos so-bre o comportamento e a vida das abelhas e téc-nicas para a sua manu-tenção. A sua filosofia passa por uma aborda-gem “mais natural, mais biológica”, às colmeias e às abelhas.

Harald Hafner congra-tulou-se por em Portu-gal haver cada vez mais apicultores a produzi-rem em modo biológico, mas lamentou que haja “pouco apoio em termos de formações”.

“Há muitos apiculto-res que estão um pouco sozinhos perante os de-safios que temos de en-frentar hoje em dia na apicultura”, alertou.

Apesar de os anos como apicultor profis-sional serem poucos, as aventuras são muitas. E não passam apenas por ir recolher um enxame ao cimo de uma árvore.

Lusa

Apicultura ∑ Especialista residente em Mangualde lamenta “poucos apoios” à formação

A Escola de Negócios das Beiras e a Visar rea-lizam esta quinta-feira (16 de Maio), pelas 17h, no Au-ditório do Edifício Soima, o workshop “Emonegócios - estar IN ou OUT” que contará com a presença de João Alberto Catalão.

Especialista português em criatividade, moti-vação, coaching, ven-das, soft skills e negocia-ções multiculturais, João Alberto Catalão apresen-tará neste evento todas as estratégias e táticas negociais potenciado-ras de diferenciação que, neste momento socioe-conómico conturbado, ganham particular rele-vo para a afirmação co-mercial das empresas e marcas.

Esta apresentação so-bre os “Emonegócios” centrada, como nos é dito pelo autor, na ideia de que “na vida e nos negó-cios não temos aquilo que merecemos mas, o resul-tado da qualidade daqui-lo que sabemos concreti-zar” visa, sobretudo, uma maior sensibilização do tecido empresarial da ci-dade para esta nova ten-dência que mostra como podem ser potenciados os ganhos ao encarar os

negócios com uma atitu-de positiva.

Ao lon go d a s su a s 3 horas de duração o workshop fará uma “via-gem” pelo mundo dos negócios 3D, pela criati-vidade negocial (método criativo), apresentará a dinâmica do processo de comunicação negocial centrada na aplicação de estratégias diferenciado-ras e fornecerá todo o su-porte para a definição do plano individual de de-senvolvimento de per-formance negocial.

Pertinente e atual, o workshop “Emonegócios - estar IN ou OUT” pre-tende, sobretudo, prepa-rar os negociadores do fu-turo num quadro em que, muito para além das com-petências técnicas, a cria-ção de laços de confiança com os interlocutores se afirma como a dimensão mais crítica.

Todos os interessados poderão, até à hora de iní-cio do mesmo, obter mais informações ou efetuar a sua inscrição contactando diretamente Marta Olivei-ra, Departamento de Rela-ções Públicas da VISAR, através do email [email protected] ou pelo te-lemóvel 91 66 08 359. PM

Autor do UAUme apresenta“Emonegócios”à cidade

Publicidade

pare

des-

em-t

rans

icao

.blo

gspo

t.pt

18 Jornal do Centro16 | maio | 2013

Page 19: Jornal do Centro - Ed583

INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

PEQUENO-ALMOÇO PARA MULHERESDE NEGÓCIOS

O evento, que decor-re domingo, 18, pelas 9h00, junta mulheres de negócios, empresá-rias, trabalhadoras in-dependentes e mulhe-res no ativo em geral.

A ideia é juntar es-tas mulheres empreen-dedoras e de negócios num “pequeno-almoço de speed networking”.

O evento decor re no departamento de formação do Gabine-te ABC, na Rua Alves Martins, e tem na or-dem de trabalhos uma troca de cartões de visi-ta e pequenas apresen-tações, uma palestra “Gestão do Tempo no Feminino”, por Marga-rida Murillo Garcia, da Galicia Protocolo, es-pecialista em empree-endedorismo feminino e por fim um debate e troca de ideias.

Mais informações através do 232431 143 ou do endereço de cor-reio eletrónico [email protected]. MC

Pequenos investidores que pretendam criar um pequeno negócio, com a finalidade de criar o pró-prio emprego, dispõem agora de créditos ban-cários até 10 mil euros, à taxa de 2,75% (a mais bai-xa do mercado) concedi-dos pela Caixa Agrícola do Vale do Távora e Dou-ro (CAVTD).

A assinatura do proto-colo que a instituição as-sinou no passado dia 7, em Moimenta da Beira, com a Associação Na-cional de Direito ao Cré-

dito (ANDC), a entidade que gere o microcrédito em Portugal, possibilitou que a taxa de juro seja tão baixa. O acordo teve ain-da o apoio da autarquia de Moimenta.

A Associação Nacional de Direito ao Crédito já financiou, através do mi-

crocrédito, cerca de dois mil pequenos projectos em todo o país. “O finan-ciamento, nesta altura de crise, é um verdadeiro ins-trumento de luta contra o desemprego”, afirmou o presidente da ANDC, Luís Menezes. Já Francis-co Rebelo, presidente da

direçao da CAVTD, subli-nhou que “a abertura des-ta linha de crédito, com os mais baixos juros pratica-dos pelo mercado, pode permitir a pequenos in-vestidores a realização de alguns sonhos”.

Para além da atribuição do crédito, os candidatos têm ainda a garantia de apoio na preparação do dossier de investimento e, após o financiamento, na resolução dos proble-mas com que se possam confrontar no desenvol-vimento do negócio.

Protocolo assinado em Moimenta garante empréstimos com taxa de juros baixaObjetivo∑ Créditos bancários até 10 mil euros a 2,75% pretendem apoiar pequenos

investidores na criação do próprio negócio

DOENÇAS DA COLUNA VERTEBRAL

CASA DE SAÚDE DE SÃO MATEUSRUA 5 DE OUTUBRO3500-000 VISEU

GPSLAT: 40º 39’ 22.96’’LONG: -7º 54’ 17.89’’

MARCAÇÃO DE CONSULTAS

TEL.: 232 423 423

TRATAMENTO DE DORES CRÓNICAS DA COLUNACIRURGIA DA COLUNA VERTEBRALCIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVATÉCNICAS PERCUTÂNEAS

CARLOS JARDIM MÉDICO ESPECIALISTA

Publicidade

Reindustrialização

Clareza no Pensamento

A industria tem a van-tagem de arrastar ou-tras atividades. Que pa-pel pode desempenhar um território como o de Viseu no processo de reindustrialização que se anuncia na UE e em Por-tugal? Nos anos 80 e 90, a industria precisava mão de obra não muito qualifi-cada, recursos naturais e espaço para se implantar. Hoje a Região tem par-ques industriais, recur-sos naturais, ainda tem muita mão de obra, mui-ta sem grandes qualifica-ções, e alguma qualifica-da. Mas, em boa verdade, já não é bem disto que a “nova indústria” precisa. Pelo menos nas propor-ções antigas. A “velha in-dústria”, em grande me-dida, foi para a Ásia e ou-tras paragens onde a mdo é abundante e barata e aí promoveu o crescimento que hoje reconhecemos. Por tudo isto, o que a Re-gião vier a fazer não pode “copiar” do passado, por mais recente que seja.

A “nova indústria” in-corpora cada vez mais serviços (os setores são cada vez mais uma “mis-tura”), é mais exigente em recursos humanos alta-mente qualificados e em infra-estruturas de I&D e reclama uma cultura or-ganizacional de exigên-cia. Nestes aspetos falha-mos e, por isso, teremos dificuldades (mas não im-possibilidade) em atrair investimento exterior à Região.

Tem de haver aqui na Região quem faça a pon-te entre o conhecimen-to produzido nos centros de I&D do pais ou da Eu-ropa e a economia da re-gião. Essa ponte compete ao Politécnico, a estrutu-ra de ensino superior e do sistema cientifico e tecno-lógico que aparece neste momento como podendo desempenhar essas fun-ções.

Em boa verdade, não tendo hoje a industria a

mesma natureza “manu-fatureira” de antes da ace-leração da globalização, a reindustrialização é um assunto dos “industriais”, mas também dos centros de conhecimento e I&D e dos poderes públicos que têm de desenhar politicas de incentivo (provavel-mente menos subsídios e maior redução dos custos de contexto) à prossecu-ção deste objetivo.

Para tanto, as orien-tações da estratégia eu-ropeia e os consequen-tes financiamentos do QEC 2014-2020 serão determinantes, poden-do assim começar a ma-terializar-se a criação de mecanismos de transfe-rência de tecnologia, em Viseu, para benefício da economia, chame-se in-dústria, agricultura, agro-indústria, turismo ou ...

Mas, considerando o território concreto desta região não deverá haver uma preocupação com a identificação de setores prioritários? A UE defen-de a necessidade de serem adotadas “estratégias de especialização inteligen-te” (research and innova-tion strategies for smart specializations (RIS3)) baseadas nas especifici-dades regionais. A ser as-sim, o contributo da re-gião de Viseu não pode deixar de ser em áreas como, por exemplo, as agro-industrias, a flores-ta ou o termalismo. Ou-tros desafios, porém, es-tarão sempre abertos aos agentes locais que forem capazes de colocarem as suas competências espe-cificas ao serviço de pro-jetos de valorização da economia regional. Vo-luntarismo em conjunto com capacidade de orga-nização e ambos dirigi-dos por uma visão mo-bilizadora para a Região vão ser absolutamente determinantes num fu-turo próximo que não se apresenta fácil para a Eu-ropa e para Portugal.

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Alfredo SimõesDocente na Escola Superior de

Tecnologia de [email protected]

DR

19Jornal do Centro16 | maio | 2013

Page 20: Jornal do Centro - Ed583

Um ponto bastava para o Lusitano de Vildemoi-nhos carimbar a subida ao Campeonato Nacional de Seniores, mas o Moimenta da Beira, que liderou o campeonato durante vá-rias jornadas, não facilitou e fez sofrer o atual líder.

O jogo, que já não se es-perava fácil, ficou marca-do pela emoção, dentro e fora das quatro linhas.

O resultado final, 3-2, foi justo, pelo que as equipas fizeram, mas não deixa de ficar envolto em polémica quando aos 83 minutos os trambelos chegam à igual-dade mas viram o golo ser (mal) anulado. Até ao fi-nal, o Lusitano ainda pro-curou o tão ambicionado empate, mas a equipa da casa defendeu, e bem, a

vantagem até ao final.Apesar desta derrota

fora de casa, que quebrou um ciclo de 10 vitórias con-secutivas, o Lusitano man-tém ainda a liderança da tabela classificativa com 68 pontos, mais três que o Castro Daire e continua a ser o principal candidato à subida. Um ponto con-tinua a ser o que a equipa

necessita para conquistar o título e a subida, mas o Castro Daire não desiste. A equipa do norte do dis-trito, com a vitória frente ao Vouzelenses (2-1), con-tinua a pressionar os tram-belos, pois matematica-mente ainda pode chegar ao primeiro lugar. A últi-ma jornada será portanto a de todas as decisões para

ambas as equipas. Os castrenses deslocam-

se a Canas de Senhorim, para defrontar uma equipa que está no 9º lugar, com 39 pontos, mas ainda sem garantia de manutenção já que uma derrota, e a vitória do Sernancelhe, podem di-tar a descida. Já o Lusitano recebe em casa o Resende, 8º classificado com 39 pon-tos, mas também nada inte-ressado em perder o jogo já que pode também signifi-car a descida.

Se ainda há quem lute pela subida, outros já não escapam à despromoção, são eles: Tarouquense, Mo-lelos, Campia, Sp. Lamego, Viseu e Benfica e Vouze-lenses.

Micaela Costa

desportoFutebol

Moimenta estraga festa antecipada aos trambelos

Segunda LigaP J V E D GMGS

1 Belenenses 91 41 28 7 6 73 402 Arouca 73 41 21 10 10 63 443 Leixões 68 41 18 14 9 49 354 Sporting B 66 41 17 15 9 61 445 Desp. Aves 65 41 16 17 8 47 406 Benfica B 61 41 15 16 10 69 527 Portimonense 61 41 16 13 12 59 498 Oliveirense 60 41 16 12 13 52 489 Santa Clara 58 41 15 13 13 53 4610Penafiel 57 41 15 12 14 46 4311Tondela 56 41 15 11 15 51 5812Feirense 53 41 14 11 16 57 5913U. Madeira 53 41 12 17 12 42 4314FC Porto B 53 41 13 14 14 49 4915SC Braga B 47 40 12 13 15 39 4716Marítimo B 46 41 13 7 21 38 4617Naval 44 41 13 17 11 51 5018Atlético CP 44 41 12 8 21 44 6119Trofense 40 41 9 13 19 38 5520Sp. Covilhã 35 41 6 17 18 36 5221Freamunde 33 41 7 12 22 45 7322Guimarães B 30 40 5 15 20 28 56

Santa Clara 0-1 FeirenseFreamunde 0-0 Benfica BSp. Covilhã 0-0 NavalTrofense 1-2 BelenensesArouca 3-0 U. Madeira

Marítimo B 4-1 TondelaAtlético CP 0-2 Desp. AvesSporting B 2-1 Portimonense

UD Oliveirense 0-2 LeixõesV. Guimarães B 2-4 Penafiel

FC Porto B 1-1 SC Braga B

Feirense - SC Braga BBenfica B - Santa Clara

Naval - FC Porto BBelenenses - FreamundeU. Madeira - Trofense

Portimonense - Atlético CPPenafiel - Sporting B

V. Guimarães B - OliveirenseLeixões - Sp. Covilhã

Desp. Aves - Marítimo BTondela - Arouca

41ª Jornada

40ª Jornada

Resultado ∑ Derrota em Moimenta e vitória do Castro Daire adia festa ao Lusitano

Publicidade

AF Viseu - Divisão HonraP J V E D GMGS

1 Lusitano FCV 68 29 21 5 3 54 232 Castro Daire 65 29 21 2 6 66 273 Moimenta 63 29 19 6 4 63 304 Sátão 53 29 15 8 6 53 205 Paivense 45 29 13 6 10 42 306 Mangualde 44 29 12 8 9 23 237 Fornelos 43 29 12 7 10 47 438 Resende 39 29 11 6 12 31 429 C. Senhorim 39 29 10 9 10 38 3910Sernancelhe 37 29 10 7 12 40 3911Tarouquense 35 29 10 5 14 41 4512Molelos 27 29 7 6 16 30 6113Campia 27 29 6 9 14 25 3614Sp. Lamego 25 29 6 7 16 25 4615Viseu e Benfica 22 29 6 4 19 25 6016Vouzelenses 13 29 2 7 20 18 57

Mangualde - MoimentaCampia - Sp. Lamego

Sernancelhe - FornelosMolelos - Viseu e Benfica

Vouzelenses - TarouquenseCanas Senhorim - Castro Daire

Sátão - PaivenseLusitano FCV - Resende

30ª Jornada

Moimenta 3-2 Lusitano FCVSp. Lamego 0-0 Mangualde

Fornelos 2-0 CampiaViseu e Benfica 1-2 SernancelheTarouquense 3-0 MolelosCastro Daire 2-1 Vouzelenses

Paivense 0-1 Canas SenhorimResende 3-2 Sátão

29ª Jornada

Publicidade

Mic

aela

Cos

ta

Jornal do Centro16 | maio | 2013

20

Page 21: Jornal do Centro - Ed583

MODALIDADES | DESPORTO

FutebolJOÃO BENTO É O NOVO TREINADOR DO CARREGAL DO SAL

A equipa, que este ano subiu à Divisão de Honra de Viseu, tem novo trei-nador. João Bento, que na época 2011/2012 orientou o Canas de Senhorim na III Divisão Nacional, vai co-mandar agora a equipa de Carregal do Sal, esta épo-ca orientada por Miguel Pratas.

Com quase 20 anos de carreira como treinador, João Bento, já orientou equipas como o Tondela, Santacombadense, Canas de Senhorim, Mangualde, Sátão, Oliveira de Frades e Oliveira do Hospital. Esta temporada, o técnico vi-seense era comentador dos jogos do Tondela na II Liga Profissional, na Esta-ção Diária. MC

O Viseu 2001 mantem o 3º lugar no nacional de fu-tebol feminino, depois de no passado fim-de-semana ter vencido a União Ferrei-rense por 3 a 1.

Apenas as duas primei-ras equipas nesta Fase de Promoção sobem à I Divi-são Nacional e, a faltarem três jogos, a equipa viseense ainda está na corrida, ape-sar dos cinco pontos que a separa do segundo classifi-

cado, o Valadares Gaia.Para isso o Viseu 2001

precisa de vencer os 3 jo-gos que faltam, um deles contra o Valadares Gaia, em Viseu, e esperar que a sua adversária perca pon-tos, em especial no duelo com a forte formação do a A-dos-Francos que lidera, isolada, esta Fase de Pro-moção, e se assume como principal candidata à su-bida. MC

Futebol Feminino

Viseenses ainda sonham com a subida

Rodrigo Correia, o jo-vem piloto de Oliveira de Frades participou no pas-sado fim-de-semana na Rampa Internacional da Falperra, prova do Clu-be Automóvel do Minho pontuável para o Campe-onato da Europa de Mon-tanha.

Este é o segundo ano que o piloto de 9 anos conquista o público pre-sente ao longo dos 5km do traçado da rampa.

Rodrigo Correia para além de participar em pro-vas nacionais de Karting, na Falperra mostrou mais uma vez o seu “talento” com um conjunto alarga-do de piões, derrapagens

controladas, entre outras manobras.

Apesar de ainda jovem, Rodrigo Correia, tem já uma vasta experiência e prática dos espetáculos e shows organziados pela Promolafões.

O jovem piloto afirma que o apoio do público é fundamental, e que “é com o apoio do público, das empresas, entidades e amigos que eu posso con-tinuar a crescer”. Sobre a experiência na Falperra, Rodrigo Correia afirmou sentir “um enorme prazer ao ver que o público gos-ta e, eram muitos a aplau-dir”. “Foi impressionan-te”, concluiu. MC

Automóveis

Jovem piloto de Oliveira de Frades brilhaem prova de Kart

Publicidade

DR

DR

Desde que a subida às competições profis-sionais de futebol ficou garantida, o Académico de Viseu não tem para-do de preparar a próxi-ma época.

Em cima da mesa, en-tre outros temas, está uma das decisões mais esperadas: a continu-dade, ou não, do treina-

dor Filipe Moreira aos comandos dos acade-mistas. Até ao fecho da edição (terça-feira), clu-be e treinador estive-ram reunidos e, embora não tenha saído “fumo branco”, fonte próxima do clube garante que há vontade de ambas as partes em que o “negó-cio” seja fechado. MC

Futebol

Académico quer manter Filipe Moreira

O Tondela fecha este sábado, pelas 17h00, em casa, no Estádio João Cardoso, a sua época de estreia na II Liga Pro-fissional de Futebol.

Jogo frente ao novo “primodivisionário” Arouca, formação que na passada jornada garantiu a subida à I Liga.

Tondela que vem de uma derrota pesada na Madeira, frente ao

Marítimo B (4-1) e que quer agora terminar da melhor forma frente aos seus adeptos.

A equipa orientada por Vitor Paneira ocu-pa a 11ª posição, com 56 pontos, e o melhor que pode aspirar, caso ven-ça o Arouca, é ainda chegar ao 9º lugar.

Para isso precisa que o Penafiel não ganhe e que o Santa Clara per-ca. MC

Futebol

Tondela fecha em casa com Arouca

Mic

aela

Cos

ta Nun

o A

ndré

Fer

reira

(arq

uivo

)

Jornal do Centro16| maio | 2013

21

Page 22: Jornal do Centro - Ed583

culturasD “Isto é que me dói” em Viseu

A peça de comédia com os atores Sara Barra-das e José Raposo, sobe ao palco do pavilhão Multiusos de Viseu, sábado, pelas 22h00.

roteiro cinemas Estreia da semana

O grande Gatsby – Um aspi-rante a escritor, Nick Carraway, dei-xa o Midwest para chegar a Nova Iorque na primavera de 1922. Per-seguindo o sonho americano, Nick instala-se perto da casa do miste-rioso milionário Jay Gatsby e tam-bém da casa da sua prima Daisy e o seu mulherengo marido de san-gue-azul, Tom Buchanan.

Destaque Arcas da memória

As telhas de Teivas – As memórias que nos fi cam

Teivas é um pequeno lu-gar da freguesia de S. João de Lourosa, a uma légua de Viseu, entre o Sul e Oci-dente. O casario antigo que o novo casario submergiu ainda se adivinha nesse verde de campina que se estende ao seu redor, ain-da por lá vive uma alma camponesa, ainda por lá sobram as vivências de uma alma que diríamos poder apelidar de artesã. Basta ver quando levam à cidade as suas Cavalhadas. Basta ver como nessa hora se agarram às memórias.

De um tempo de memó-ria eu escrevo agora. De ofí-cio antigo de que me fala-ram ainda, (quantos anos vão?), os seus executores. Nem se pode explicar! Contavam-me eles lembra-dos da dureza do trabalho. O cortador, o podor, a sol-dadeira, igualmente empe-nhados nesse ingénuo la-bor da artesanal produção de telha, uma epopeia de séculos que ninguém can-tou, nem eles, a não ser com seu suor. E o que eu deles escrevo é apenas homena-gem. De memórias falando. Das minhas e das telhas.

Não sei se era de Teivas a telha mourisca da casa de meu pai e que foi da mi-nha infância. Telha vã so-bre a cozinha antiga esco-ando o fumo da lareira, um beiral onde nunca fizeram ninho, não sei porquê, as andorinhas. Dele, do bei-ral, lembro-me do gotejar da chuva miudinha e das águas que desciam em cas-cata quando vinham trovo-adas em Maio ou Setembro,

dos cristais de gelo, em De-zembro, a derreter quando, generoso, abria o sol.

Telha de Teivas feita bica de uma fonte, talvez daque-la do quintal dessa Abadia onde bebia Ricardina, de muitas fontes do caminho de onde bebi pela vida fora. Telha de Teivas, fragmento pequenino, amuleto que eu guardava, tempos ve-lhos de menino, na dobra da boina espanhola, nos jogos de “enganchar” pela Quaresma, que debaixo de “telha” nenhuma per-da poderia acontecer. Te-lha de Teivas com que eu riscava a arquitectura dos jogos que havia, com pi-nhões, pelo Natal. Calha de “conchi-pé” ou do jogo da “macaca” que as meni-nas jogavam aos Domin-gos, e mais nós, tardes in-teiras, no Adro da Igreja ou no Terreiro da Escola.

Telha de Teivas onde Aquilino, no telhado da al-deia, viu um dia luzir uma estrelinha.

Telha de Teivas, quen-te manto desdobrado aga-salhando, no Inverno, o casario das aldeias. Telha de Teivas, resguardo de Cruzeiro, de nicho de Al-minhas, telha de Teivas de que alguma vez se cobriu a Catedral, se cobriram as igrejas, os paços dos Se-nhores e até aqueles onde, às vezes, governava o Rei. Telha de Teivas, poética memória de guardar.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

O grupo de 11 associa-ções do distrito que em março se propôs assumir os destinos do Auditório Mirita Casimiro através da apresentação de um projeto de dinamização ao Centro Cultural Dis-trital de Viseu (entidade proprietária e gestora do auditório), traçou na se-gunda-feira à comunica-ção social as ideias que tem para aquele espaço de cultura do centro da cidade, que nos últimos anos esteve praticamen-te inativo.

As onze associações, todas filiadas no CCDV e que trabalham em vá-rias áreas artísticas – te-atro, música, cinema e dança – querem aprovei-tar as dinâmicas e os pú-blicos que já conquista-ram para dar nova vida ao auditório.

O plano, preparado por um grupo de trabalho que surgiu na sequên-cia de um desafio lança-do pela atual direção do Centro Cultural Distrital de Viseu (CCDV), inte-gra atividades de sensibi-lização e formação de pú-blicos, de teatro, de cine-ma, de música, de dança, outras multidisciplina-

res, e a realização regu-lar de colóquios, encon-tros e debates com vários artistas.

Rodrigo Francisco ex-plicou que a ideia é que todas as associações cul-turais do distrito possam propor atividades e levar os seus trabalhos até ao auditório, não querendo que a dinamização seja exclusiva do grupo de as-sociações e José Rui da ACERT reforçou como: “No nosso dia-a-dia já fa-zemos várias parcerias e projetos conjuntos”, acrescentando que o ob-jetivo era ter “um espaço que refletisse isso tudo e se abrisse a outras asso-ciações”.

Assembleia Geral : Este plano será submeti-do no sábado, dia 18 à As-sembleia Geral do CCDV. Na reunião ordinária vão ser eleitos os novos cor-pos diretivos do CCDV, havendo duas listas a sufrágio, uma subscrita pela atual direção e a lis-ta destas onze associa-ções. Rodrigo Francisco admitiu que tem havido avanços e recuos neste processo por parte da

atual direção do CCDV, que há um ano desafiou o grupo a avançar com um plano e uma lista e, mais tarde, admitiu o in-teresse em manter a di-reção e a gestão do au-ditório. “O nosso plano só será executado se ti-vermos responsabilida-de na programação e na gestão”, disse Rodrigo Francisco.

Emília Amaral

Onze associações do distritoquerem dinamizar Mirita CasimiroAssembleia geral∑ Plano de dinamização apresentado no sábado Eleições CCDV∑ Duas listas a sufrágio, uma subscrita pela atual direção e a lista das onze associações.

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 13h50, 16h15, 18h40Os Croods VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 21h50, 00h10*Fogo contra fogo(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 17h30, 21h00, 23h50*Esquecido(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h10,

17h10, 21h30, 00h25* Homem de Ferro 3(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* Um refúgio para a vida(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 18h55, 21h2o, 00h00*Transe(M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 15h50, 21h20, 23h40*

Spring Breakers Viagem de Finalistas(M16) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 14h30, 17h35O grande Gatsby(CB) (Digital)

Sessões diárias às 21h00, 00h05*O grande Gatsby(CB) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h50,

17h00, 19h10, 21h40, 23h50*Nome de código: Paulette(M12) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 17h10, 19h20, 21h50, 00h30* Scary Movie 5 - Um Mítico Susto de Filme(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h00*(*Dom), 14h10, 16h30, 19h00 Gladiadores(M6) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h50, 21h30, 00h20*Assalto à Casa Branca(CB) (Digital)

Sessões diárias às 21h20, 23h30* O grande dia(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h50, 21h10, 00h10* Homem de Ferro 3(M12) (Digital 3D)

Legenda: *sexta e sábado

∑ Cine Clube de Viseu, Acert (Tondela), Amare-lo Silvestre (Canas Senhorim), Companhia De Men-te (Viseu), Gira Sol Azul (Viseu), Grupo de Cantares Madrugada (Viseu), Intruso (Viseu), NACO (Carre-gal do Sal), Nicho (Viseu), ProViseu (Viseu) e a Zun-zum (Viseu).

Associações

A “Nova dinâmica” aresentada aos jornalistas na segunda-feira, no Lugar do Capitão

DR

Jornal do Centro16 | maio | 2013

22

Page 23: Jornal do Centro - Ed583

expos

VILA NOVA DE PAIVA

∑ Auditório Municipal Carlos Paredes

Até 31 de maio, a exposi-ção documental “Álvaro Cunhal - o homem, o polí-tico e o escritor”

∑ Auditório Municipal Carlos Paredes

De 6 de maio a 14 de ju-nho, a exposição “Na ponta dos dedos”, do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Paiva

∑ Auditório Municipal Carlos Paredes

Até 31 de maio, a exposi-ção de fotografia “Sha-dows and walls”, da Universidade da Beira Interior

MANGUALDE∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves

Até 31 de maio, a expo-sição de fotografia «Lu-zes», de José dos Santos.

∑ Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves

Até 25 de maio, a ex-posição «Barrigas de Mamã», de Elisabete

Nunes Sousa.

VISEU∑ Auditório Mirita Ca-simiro

Até dia 31 de maio, a ex-posição de escultura “Naturezas”

OLIVEIRA DE FRADES

∑ Museu Municipal de Oliveira de Frades

Até dia 16 de junho expo-sição de fotografia, “Pro-ject Llull”, de José Crúzio

LAMEGO∑ Museu de Lamego

Até dia 30 de maio, ex-posição de fotografia, “10 Regiões Vinhateiras Europeias Património da Humanidade”

culturas

A FNAC vai dar a co-nhecer aos vencedores do Prémio Foto Viseu Patrimonium’13, sába-do, dia 18, às 17h00, na sua loja do Palácio do Gelo.

O Prémio Foto Viseu Patrimonium’13 visa fo-mentar a observação, a descoberta e a revelação através do registo e pro-moção, de bens culturais materiais ou imateriais,

bem como o incentivo à produção artística na área da fotografia.

A iniciativa é da FNAC Viseu, do Museu da Mi-sericórdia de Viseu, do Departamento de Bens Culturais da Diocese, da agência de viagens Travel Gate, do Institu-to Português de Foto-grafia, contando ainda com o apoio da Câmara de Viseu.

FNAC apresentavencedores de concurso de fotografia

Está a decorrer até do-mingo a décima primei-ra edição da Feira do Li-vro de Vouzela.

Durante oito dias, o certame tem como prin-cipais objetivos divulgar o livro, como ferramenta de estudo e de cultura e promover hábitos de lei-tura, especialmente jun-to dos públicos mais jo-vens.

Peças de teatro, con-certos de música, encon-

tros com escritores e ex-posições estão a preen-cher a programação.

Telmo Antunes, pre-sidente da Câmara Mu-nicipal de Vouzela refe-re que a Feira do Livro já faz parte da rotina do concelho em termos culturais e os Vouzelen-ses acolhem-na sempre com interesse, realçan-do a dinâmica e o envol-vimento dos parceiros, que são as escolas. EA

Vouzela propõe uma viagem à feira do livro até domingo

Literatura

Artes

DR

Jornal do Centro16| maio | 2013

23

Page 24: Jornal do Centro - Ed583

culturasD “Xana Toc Toc” no Multiusos

Domingo, a partir das 15h00, “Xana Toc Toc” atua no pavilhão Multiusos em Viseu.

Destaque

Desde o passado dia 4, que o concelho de Carregal do Sal passou a ter uma confraria. O I Capítulo da Confraria Gastronómica e Enófila de Terras de Carregal do Sal, sob o mote “Promo-ver dignificando o que é nosso!” deu o pontapé de saída a este novo projeto cuja missão é ser “promo-tor da gastronomia, dos

vinhos e do património histórico, cultural e na-tural do Concelho”.

Na sessão tomaram posse cerca de duas de-zenas de confrades des-ta nova confraria e foram distinguidos confrades de mérito, a Câmara Mu-nicipal de Carregal do Sal, representada por Atí-lio Nunes, os presidentes das sete freguesias do

concelho (Beijós, Caba-nas de Viriato, Currelos, Oliveira do Conde, Pa-pízios, Parada e Sobral), a empresa António Vic-tor lda, representada por Maria do Carmo Soa-res, a adega Dão Sul, re-presentada por Joaquim Coimbra e a Fundação Lapa do Lobo, represen-tada por Carlos da Cunha Torres.

Nova confraria nasce em Carregal do SalCerimónia∑ I capitulo aconteceu no dia 4

A Projeto pretende promover gastronomia, vinho e património

O som e a fúria

Evelyn Waugh

De repente a minha vida voltou a ser invadi-da por um escritor bri-tânico chamado Evelyn Waugh. Escrevi “voltou” pois já há alguns anos que o conhecia. A pri-meira vez foi quando vi uma série adaptada de um seu romance cha-mada Reviver o passa-do em Brideshead (1981). Provavelmente o leitor nunca viu nem ouviu fa-lar mas, se é esse o caso, vale a pena ver se gosta de obras nostálgicas, iró-nicas que apelam à refle-xão e a mil e uma ques-tões e conflitos morais e religiosos. Até porque lançou um senhor ator chamado Jeremy Irons que na série faz um pa-pel, no mínimo, de gi-gante. Há pouco tempo (2008) Julian Jarrold lan-çou-se num remake po-pularucho da série mas com pouco sucesso, na minha opinião.

Voltei a ouvir aquele nome há um mês quando comecei a ler “Negócios escuros” (1932). Os en-tendidos dizem que foi a obra que o consagrou como mestre da sátira. O livro é uma crónica, passada numa ilha fic-cional Africana, a Azâ-nia, dos esforços do Im-perador Seth, assistido por um gentlemen britâ-nico chamado Seal – um boy burguês com o pri-vilégio de se saturar da

vida boémia londrina e que decide partir à aven-tura –, concentradíssimo em modernizar à la Oci-dente o seu império. A ironia é profundíssima e as travessuras estão por todo o lado: desde o pro-cesso de emissão de mo-eda nacional da Azânia, passando pela encena-ção de uma parada para o controlo da natalidade até à morte do legítimo governante, provocada pelo cansaço da sua pró-pria cerimónia de coro-ação. Foi exatamente por causa deste méto-do, desta forma irónica e trocista com que Wau-gh critica e expõe deter-minados valores que fui conquistada.

Fiquei com a pulga atrás da orelha e, quan-do comentei com um amigo que tinha gosta-do do livro, aconselhou-me a ver o Bright Young Things (2003) com um grande, enorme, ator, o James McAvoy (entrou no Expiação (2007) e n’O Último Rei da Escó-cia (2006)). Passado en-tre as duas guerras, o fil-me retrata o ambiente de libertinagem, do debo-che da high society bri-tânica e conjuga-o com a insatisfação (devida, tal-vez, à insignificância e superficialidade daque-le modo de vida) que al-guns dos personagens sentem. De mestre!

Maria da Graça Canto Moniz

João, Aderente

‘‘MAIS QUE UM CAFÉ, É UM PONTODE ENCONTRO COM A CULTURA.’’

10% DESCONTO. NO FNAC CAFÉ.

PARA ADERENTES*. PA

Fnac. Impossível não aderir

Publicidade

Dia dos Museus em Vila Nova de Paiva

O município de Vila Nova de Paiva comemora na pró-xima semana, de segunda a quarta feira, o Dia Inter-nacional dos Museus com várias visitas guiadas.

Concerto navaranda do Museu Almeida Moreira

Decorre sábado, no Mu-seu Almeida Moreira, o evento “Almeida Moreira convida”. A iniciativa que começa pelas 11h00 com a construção de um puzz-le, terá o seu ponto alto pe-las 21h30, com um concer-to na varanda do Museu, organizado pela Girassol Azul. Meia hora antes do momento musical, uma vi-sita animada pela associa-ção cultural Zunzum.

Dançano Teatro Viriato

Sobe ao palco do Teatro Viriato, sábado, pelas 21h30, “Céu na Boca”, a mais re-cente coreografia de Hen-rique Rodovalho para a sua companhia Quasar. Hu-mor, drama, movimentos e não movimentos, música eletrónica comptemporâ-nea e o instrumental dos anos 50 são paradoxos des-te “Céu na Boca”

Escritora Ana Maria Malhalhães emVila Nova de Paiva

Hoje, 16, das 14h00 às 15h30, no âmbito da se-mana da leitura, o agru-pamento de escolas rece-be a escritora Ana Maria Magalhães.

Variedades

O maestro e composi-tor José dos Santos Pin-to doou à autarquia o seu fundo musical com-posto por 103 partituras, onde se incluem o Hino de Mangualde e o Hino de Lobelhe do Mato.

O espólio vai ficar na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves para tra-tamento documental.

“A Câmara Municipal

de Mangualde recebeu uma importante doação para a cultura do conce-

lho”, comentou o presiden-te da autarquia, João Aze-vedo em comunicado.

Património artístico do maestro José dos Santos Pinto na biblioteca de Mangualde

DR

DR

Artes

Jornal do Centro16 | maio | 2013

24

Page 25: Jornal do Centro - Ed583

saúdesaúde e bem-estar

O deputado do CDS/P P H é l d e r A m a r a l questionou o ministro da Saúde sobre o pos-sível encerramento da extensão de saúde de Leomil, no concelho de Moimenta da Beira.

A medida que pode v i r a ser a nu nciada pelo Ministério tem estado a preocupar a população. O presi-dente da concelhia de Moimenta da Beira do CDS/PP, Cristiano Co-elho, reuniu com o de-putado eleito pelo cír-

culo de Viseu sobre a situação da extensão de saúde, tendo a mes-m a resu ltado nu m a pergunta entregue na Assembleia da Repú-blica, a 8 de maio.

No d o c u m e n to , o deputado explica que Moimenta da Beira é um concelho do inte-r ior do país servido “por um centro de saú-de que beneficia uma série de utentes de vá-rios concelhos” e que “as populações de Al-vite, Leomil, Sarzedo

e Sever têm sido acom-panhadas na extensão de saúde de Leomil”.

“O CDS-PP sabe que se está – e bem – a pro-ceder à atualização dos f icheiros de utentes nas unidades de saú-de do país, por forma a eliminar os ‘utentes fantasma’”, refere.

No entanto, segundo Hélder Amara l , tem s ido veic u lada ju n-to da população “a in-formação de que estes contactos feitos aos utentes se devem ao

provável encerramen-to” da extensão de saú-de de Leomil.

O deputado a ler ta que “Leomil, Alvite e Sever têm centros de acolhimento de ido-sos para os quais esta unidade de saúde é im-portante” e que mui-tos dos idosos que os não frequentam “têm dificuldades a nível de mobilidade e, por isso mesmo, sentir-se-ão esquecidos”, caso o en-cerramento do serviço se confirme.

Hélder Amaral per-guntou ao ministro da Saúde se a atualização de f icheiros põe em causa “o normal fun-c ion a mento d aque -la extensão de saúde” e se “as várias altera-ções que têm sido pers-petivadas para a saú-de, bem como as ava-liações locais, visam de alguma forma o en-cerramento ou redução dos serviços” daquela unidade.

Emília Amaral/Lusa

Hélder Amaral questiona ministroda Saúde sobre extensão de LeomilMoimenta da Beira∑ Populares têm-se apresentado na Junta a manifestar receio de perderem o serviço

ABAIXO ASSINADO EM VILA MAIOR

Uma delegação da Comis-são Distrital de Utentes dos Serviços Públicos de Saú-de (núcleo de Vila Maior), vai proceder à entrega de um abaixo-assinado subs-crito pela população de Vila Maior, à direcção do Cen-tro de Saúde de São Pedro do Sul, na sexta-feira, dia 17, pelas 10h00.

O posto médico de Vila Maior encerrou “tempora-riamente” há dois anos, não tendo reaberto as portas. A única alternativa para os utentes das freguesias Vila Maior e Figueiredo de Alva – “na sua maioria idosos, com baixos rendimentos e sem mobilidade” - passou a ser a deslocação ao Cen-tro de Saúde de São Pedro do Sul.

A Comissão de Utentes adianta que o tempo de espera para uma consul-ta é, “no mínimo, de um mês”. EA

Jornal do Centro16| maio | 2013 25

Page 26: Jornal do Centro - Ed583

SAÚDE

Mais de 40 médicos urologistas portugue-ses participam este sá-bado, 18 de maio, nas “1ªas Jornadas de Uro-logia Terras do Demo/ Douro Sul” que se re-alizam em Moimenta da Beira.

O evento é organi-zado pela Associação de Apoio ao Serviço de Urologia do Hos-pital de Santo Antó-n io , do Por to , pe lo Serviço de Urologia do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, de Vi la Real e pelo Centro de Saúde de Moimenta da Beira.

A organização acre-dita que será a maior

concentração de mé-dicos especialistas, al-guma vez realizada no interior do país.

Para o presidente da autarquia , ent idade que apoia o encontro “é um orgulho e uma honra para o concelho receber um tão eleva-do número de médicos investigadores tão dis-tintos”.

O programa das jor-nadas inclui nove me-sas redondas com clí-n icos u rolog istas e também enfermeiros que falarão do “carci-noma da próstata”, “in-feções urinárias”, “dis-função eréctil”, “ur-gências urológicas”, entre outros temas.

Jornadas de urologiajuntam dezenas de médicosMoimenta da Beira ∑ Maior concentração de especialista da área no Interior

A O programa conta com nove mesas redondas participadas por 40 médicos

800 202 669ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

SOS VOZ AMIGA

CHAMADA GRÁTIS

Tratamos-lhe da Saúde...Todos os dias!

Apresente os seus serviços aos nossos leitores

232 437 461232 437 461

Jornal do Centro16 | maio | 201326

Page 27: Jornal do Centro - Ed583

SAÚDE

F. Nogueira MartinsNuno Nogueira Martins

Médicos EspecialistasObstetrícia e Ginecologia

Qta do Seminário - VISEU•Marcação: 232 426 021963 024 808 / 915 950 532 / 939 524 958

A partir da exposição “Barrigas de Mamã” pa-tente na Biblioteca Muni-cipal de Mangualde, Dr. Alexandre Alves está a decorrer um conjunto de atividades sobre a mater-nidade.

A próxima ação está marcada para esta sexta-feira, dia 17, às 17h30 sobre “prevenção de acidentes no primeiro ano de vida”. Na sexta-feira vai falar-se de “massagem ao recém-nascido”, às 15h00. “Anal-gesia epidural” é o tema para a sessão do dia 24, às

17h30, terminando a inicia-tiva com o tema “conver-

sas com barriguinhas”, dia 25, às 15h00.

Mangualde promoveatividades sobre a maternidade

PIAGET PROMOVE JORNADAS DE FISIOTERAPIA

O Instituto Piaget de Viseu promove as segun-das jornadas de fisioterapia “Fisioterapia pelo Exercí-cio Físico”, nos proximos dias 17 e 18.

A sessão de abertura das jornadas está marcada para as 9h00 do dia 17.

Projetos inovadores noCongresso de Neurociências

A PsicoSoma realiza o VIII Congresso de Neuro-ciências & Educação Espe-cial PsicoSoma, nos próxi-mos dias 18 e 19, em Viseu.

O encontro vai decorrer nas instalações do Museu do Quartzo.

“Mais uma vez, a Psico-Soma visa trazer à cidade de Viseu os melhores pro-fissionais da área, de modo

a que a comunidade pos-sa ter acesso direto a essas temáticas”, revela a orga-nização numa nota à im-prensa.

O tema central de o even-to serão os projetos inova-dores na áreas das neuroci-ências e Educação especial, bem como a apresentação de ferramentas de inter-venção de referência!

Jornal do Centro16| maio | 2013 27

Page 28: Jornal do Centro - Ed583

SAÚDE

Um modo natural de ajudar as articulações dolorosas

Opinião

Inês VeigaFarmacêutica

A osteoartrose, a dete-rioração da cartilagem das articulações que surge numa idade mais avança-da, faz parte do processo de envelhecimento. O que é interessante saber é que a investigação científica en-controu uma solução natu-ral que parece ser muito efi-caz: glucosamina combina-da com condroitina.

Estamos familiarizados com a típica situação em que o avô se levanta da sua cadeira. Pára a meio e fica “congelado”, como se algo o prendesse àquela posição. Lamenta-se, mostrando cla-ramente que tem dores, e lá consegue pôr-se de pé.

Esta imagem clássica é osteoartrose, o resultado doloroso do desgaste da cartilagem. As extremida-des ósseas expostas friccio-

nam entre elas, originan-do dor, estalidos e perda de mobilidade, mas inves-tigadores empenhados en-contraram o que parece ser uma solução muito útil. Não se trata de cirurgia, nem de medicamentos de sínte-se… é uma combinação de dois componentes naturais. Uma chama-se glucosami-na, a outra condroitina.

Tijolos de cartilagemA glucosamina é um ami-

no-açúcar, produzido a par-tir dum aminoácido e de glucose. É um tijolo bioló-gico e um componente es-trutural da cartilagem das articulações. O que torna a glucosamina tão especial é a sua capacidade de esti-mular a síntese corporal de cartilagem e foi exactamen-te isso que a investigação mostrou ser benéfico na os-

teoartrose.A condroitina, o outro

componente, é extraído normalmente da cartila-gem de porco ou de vaca, mas também é usada a car-tilagem de tubarão. A con-droitina é um componente estrutural vital da cartila-gem.

Nenhuma outra subs-tância tem este efeito

Ao contrário dos medica-mentos analgésicos e anti-inflamatórios, que eram a opção não cirúrgica mais comum para as pessoas com osteoartrose, a gluco-samina e a condroitina têm outros efeitos para além de melhorar a dor. IMPEDE A DEGRADAÇÃO DA CAR-TILAGEM.

Até ao momento, este é o único tratamento capaz de prevenir a futura per-

da de cartilagem articular. Os investigadores científi-cos ainda não chegaram a um consenso sobre como a glucosamina combinada com a condroitina conse-gue este efeito, mas pare-ce que o tratamento inibe as enzimas que degradam a cartilagem, provocando a sua deterioração. Alguns peritos reclamaram ainda que a glucosamina pode re-cuperar alguma da cartila-gem já degradada.

Documentado cientifi-camente

Actua mesmo? De acor-do com estudos científicos, definitivamente parece que sim. Não só melhora o funcionamento das articulações, como os estudos também demons-tram que reduz as dores ar-ticulares tão eficazmente

como os AINE’s (medica-mentos anti-inflamatórios não esteróides) que são am-plamente utilizados para tratar articulações inflama-das e dolorosas. De facto, investigadores Espanhóis do Hospital Universi-tário Dr. Peset em Valência publi-caram recente-mente um estudo na re-vista

científ ica Radiologia Europeia (European Ra-diology), no qual compro-varam a capacidade da glu-cosamina diminuir a dor e melhorar o funciona-mento das articulações

em pessoas com a car-tilagem do joelho de-

gradada.

Eur Radiol. 2009Arthroscopy. 2009

Jan;25(1):86-94.

Porquê “sulfato”?Estudos demonstram que o melhor efeito é obtido com

sulfato de glucosamina e sulfato de condroitina. O prefixo “sulfato” refere-se ao facto dos componentes serem com-binados com enxofre. Biologicamente, a glucosamina e a condroitina necessitam da presença de enxofre para actu-ar adequadamente. Outra forma de glucosamina predomi-nantemente utilizada em preparações de glucosamina nos Estados Unidos é o “cloridrato de glucosamina”. Esta forma da substância não actua tão bem quanto o sulfato de glucosa-mina, explicando a razão por que alguns estudos não apre-sentam os efeitos esperados.

Algumas pessoas tomam glucosamina pura com MSM (metil sulfonil metano), que é um composto de enxofre, de modo a permitir que a glucosamina actue adequadamente. Outras combinam a glucosamina com sulfato de condroiti-na, outra substância estimuladora da cartilagem. A maioria dos estudos publicados com efeitos comprovados na osteo-artrose utilizaram sulfato de glucosamina.

Jornal do Centro16 | maio | 201328

Page 29: Jornal do Centro - Ed583

CLASSIFICADOSJornal do Centro16| maio | 2013 29

Page 30: Jornal do Centro - Ed583

Jornal do Centro16 | maio | 201330

Page 31: Jornal do Centro - Ed583

CLASSIFICADOSJornal do Centro16| maio | 2013 31

Page 32: Jornal do Centro - Ed583

CLASSIFICADOS

Assine oJornal do Centro

Agora por apenas 35€

O BioActivo Glucosamina Duplo, é um suple-mento alimentar e não substitui um regime alimentar variado. Para mais informações consulte o seu médico ou farmacêutico.

Articulações sem dores!

BioActivo Glucosamina Duplo contém também vitamina C que actua da seguinte forma: apoia a formação do colagénio

e deste modo,

fornece elasticidade e

resistência à tracção nas

articulações

apoia o funcionamento de

ossos e cartilagens

+ À venda em farmácias

Publicidade

Ganhe um ano de produto grátis!Envie-nos uma carta, juntamente com este cupão, a relatar o seu caso de sucesso com os suplementos BioActivo. Se a sua história for uma das esco-

lhidas, para ser utilizada no nosso material informativo, será contactado(a) pela Pharma Nord e terá um ano de produto grátis. Se desejar receber mais

informações, envie-nos o seu pedido juntamente com o cupão. Enviar para: Pharma Nord, R. Dr. António Loureiro Borges, nº9, 10º, 1495-131 Algés.

Nome:

Morada:

C.P: E-mail: Telefone/Telemóvel:

“Não tenho dores nos joelhos”

Um suplemento natural fez toda a diferença

Durante anos sofri de dores, mas um suplemento natural resolveu o meu problema. Estou 100% sem dores, conta Ana Garrido que vive em Vila Nova de Gaia.

“Teria ficado muito triste se não pu-desse continuar a praticar exercício, pelo que estou maravilhada por o meu fisioterapeuta ter recomendado o suplemento de glucosamina, con-droitina e vitamina C. Estou 100% sem dores e sinto-me óptima”, afirma Ana Garrido que vive em Vila Nova de Gaia. Durante muito tempo, Ana lutava contra as dores no joelho. As articu-lações do joelho estalavam e provoca-vam-lhe muitas dores. Mesmo quando estava sentada, durante algum tempo

no trabalho ou a ver um filme em casa, por exemplo, sentia um grande desconforto na articulação do joelho.

“O BioActivo Glucosamina Duplo* resolveu os meus problemas. O des-conforto foi desaparecendo lentamen-te e agora já não sinto dores. Este produto parece ter sido a solução,” afirma Ana Garrido de 55 anos, ali-viada por poder aproveitar e ter uma vida activa novamente.

*BioActivo Glucosamina Duplo contém vitamina C que apoia o funcionamento dos ossos e cartilagens.

PT_GlucoDuplo_CaseAd_JornalDoCentro_168x255_0113

Jornal do Centro16 | maio | 201332

Page 33: Jornal do Centro - Ed583

CLASSIFICADOS

Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de ViseuRua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de TondelaPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de São Pedro do SulRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96

5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

IMOBILIÁRIO- T1 Mobilado e equipado com água incluído 220,00€. 232 425 755

- T1 dpx - jtº à Segurança Social, terraço com 50m2, ar condicionado 450,00€ 917 921 823

- T2 Junto ao Fórum boas áreas lareira com recuperador 300,00€. 232 425 755

- T2 St.º Estevão, mobilado e equi-pado, ar condicionado e garagem fechada 300,00€ 969 090 018

- T3 Jtº ao Hospital na Quinta do Grilo – Mobilado e equipado 300,00€ 917 921 823

- T3 Abraveses, varandas, marquise, cozinha semi equipada, com garagem fechada 250,00€ 969 090 018

- T3 como novo, Junto à fonte cibernética, roupeiros, aqueci-mento e garagem 500,00€ 967 826 082

- T3 Gumirães, bem estimado, boas áreas, bons arrumos 275,00€ 232 425 755

- Andar moradia T3 junto à Cidade, com lareira, cozinha equipada, 250,00€ 232 425 755

- Andar moradia T3 Santiago, boas áreas lareira, cozinha mobilada e equipada 350,00€ 969 090 018

- Andar moradia T4, cozinha mobi-lada e equipada e lareira 250,00€ 967 826 082

- Moradia, a 3 minutos, semi mobilada, garagem, churrasqueira,

aquecimento 600,00€ 232 425 755

- Loja Cidade c/ 40m2, ótima loca-lização, w.c. montras 200,00€ 232 425 755

- Snack-bar “moderno” – Centro da Cidade, todo mobilado equipado 850,00€ 917 921 823

- Café/Bar no Centro da Cidade, mobilado e equipado 250,00€ 969 090 018

- Moradia - T2 A 5 minutos da Cidade, garagem, Aquecimento a palettes e lareira 250,00€ 967 826 082

- Loja Cidade c/ 40m2, ótima localização, w.c. montras 200,00€ 232 425 755

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

EMPREGO

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020

Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907

Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844

Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100

Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653

Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222

Enfermeiro. São João da Pesqueira - Ref. 587875029

Empregada de balcãoRef. 588084302 – VouzelaEmpregada de balcão para snack-bar.

Cozinheira Ref. 588069128 – São Pedro do SulCozinheira para serviço de refeições simples em café.

Técnico para manutenção de piscinasRef. 588090641 – São Pedro do Sul

Costureiras Ref. 588090631 – Vouzela

Trabalhador indiferenciadoRef. 587994466 – TondelaCom ou sem experiência.Para trabalho em serração de madeiras

Eletromecânicos de eletrodomésti-cos - Ref. 587889139 – TondelaCom experiência na reparação de eletrodomésticos para linha branca

CabeleireiroRef. 587968585 – TondelaCom experiência.

CozinheiroRef. 588093232 - Mortágua

Pintor Construção CivilRef. 588092828 - Tempo Completo - Viseu

LadrilhadorRef. 588084008 – Tempo Completo - Viseu

Carpinteiro CofragemRef. 588084051- Tempo Completo - Viseu

PadeiroRef. 588073565- Tempo Completo - Viseu

PasteleiroRef. 588075867 - Tempo Completo – Viseu

PedreiroRef. 588079788 - Tempo Completo – Viseu

Montador/calibrador PneusRef. 588092863- Tempo Completo – Viseu

Encarregado Construção CivilRef. 588083927 - Tempo Completo – Viseu

Aluga-se T3

Semi-Novo perto do

Continente Contacto:

96 808 37 42

Jornal do Centro16| maio | 2013 33

Page 34: Jornal do Centro - Ed583

CLASSIFICADOS

INSTITUCIONAIS OBITUÁRIOJosé de Jesus, 80 anos, casado. Natural de Armamar e residente em Lumiar, São Martinho das Chãs, Armamar. O funeral realizou-se no dia 11 de maio, pelas 19.00 ho-ras, para o cemitério de Lumiar.

Agência Funerária IgrejaArmamar Tel. 254 855 231

Agostinho Pereira Pinto, 51 anos, casado. Natural e residente em Monteiras, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 15 de maio, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Monteiras.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Clementina de Almeida Mendes, 88 anos, viúva. Natural e residente em Parada de Ester. O funeral realizou-se no dia 3 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério local.

António de Lemos, 85 anos, casado. Natural e residente em Vila Nova, Pinheiro. O funeral realizou-se no dia 8 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Pinheiro.

Agência MorgadoCastro Daire Tel. 232 107 358

Fernando dos Santos Midões, 85 anos, casado. Natural e residente em Mangualde. O fu-neral realizou-se no dia 13 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério local.

Lucília dos Anjos Pais de Carvalho, 61 anos, casada. Natural e residente em Santo André, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 14 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemité-rio de Mangualde.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Maria Rosa, 87 anos, viúva. Natural de Tabuaço e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de maio, pelas 15.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.

Dialina Ferreira, 87 anos, viúva. Natural de Cepões e residente em Viseu. O funeral rea-lizou-se no dia 15 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Agência Funerária AbílioViseu Tel. 232 437 542

Américo Gonçalves, 89 anos, casado. Natural de Abraveses e residente em Viseu. O fune-ral realizou-se no dia 13 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Viseu.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

Maria Rodrigues Soares, 75 anos, viúva. Natural de Rio de Loba e residente em Barbeita. O funeral realizou-se no dia 4 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Barbeita.

Custódia Lopes de Oliveira Rebelo, 83 anos, casada. Natural de Fragosela e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Fragosela.

Américo Jorge Figueiredo Domingues, 45 anos, casado. Natural de Rio de Loba e resi-dente em Póvoa de Sobrinhos. O funeral realizou-se no dia 14 de maio, pelas 18.00 ho-ras, para o cemitério de Barbeita.

Agência Funerária D. DuarteViseu Tel. 232 421 952

Emília Saraiva Lourenço, 75 anos, viúva. Natural e residente em Torredeita, Viseu. O fu-neral realizou-se no dia 4 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Torredeita.

Eduardo Esteves da Costa Figueiredo, 95 anos, casado. Natural de Pinho, São Pedro do Sul e residente em Abraveses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Abraveses.

Carlos Dias Figueiredo, 83 anos, casado. Natural de Couto de Baixo e residente em Lis-boa. O funeral realizou-se no dia 5 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Tor-redeita.

José Augusto Pires de Figueiredo, 67 anos, casado. Natural de Orgens e residente em Travassós de Orgens, Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de maio, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Orgens.

José Pereira Correia, 67 anos, casado. Natural de Couto de Baixo e residente em Alverca do Ribatejo, Lisboa. O funeral realizou-se no dia 7 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Couto de Baixo.

Eduardo Martins Lopes, 72 anos, casado. Natural de Vil de Soito e residente em Ferro-cinto, São Cipriano, Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de maio, pelas 18.30 horas, para o cemitério de São Cipriano.

Maria da Incarnação Lopes, 82 anos, solteira. Natural e residente em Povolide, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Povolide.

Gracinda da Cruz, 81 anos, viúva. Natural e residente em São Cipriano, Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de São Cipriano.

Agência Funerária Amaral & Sobrinho, Lda.Viseu Tel. 232 415 578

Maria Amália Hayes Oliveira Rocha, 79 anos, casada. Natural e residente em Viseu. O fu-neral realizou-se no dia 7 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Virgílio Gonçalves dos Santos, 71 anos, casado. Natural e residente em Travanca de Bodiosa. O funeral realizou-se no dia 8 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Maria Encarnação Ferreira Moura, 71 anos, casada. Natural e residente em Mourilhe, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 9 de maio, pelas 15.30 horas, para o cemité-rio novo de Viseu.

Bernardino de Jesus Costa, 59 anos, casado. Natural e residente em Pascoal, Abrave-ses. O funeral realizou-se no dia 9 de maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério novo de Abraveses.

Encarnação de Jesus Pais, 87 anos. Natural de São Miguel de Vila Boa e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 10 de maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério novo de São Miguel de Vila Boa.

Francisco António Ribeiro Soares Peixoto, 72 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 11 de maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério de São Salvador.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 583 de 16.05.2013)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 583 de 16.05.2013)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 583 de 16.05.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 583 de 16.05.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 583 de 16.05.2013)

Jornal do Centro16 | maio | 201334

Page 35: Jornal do Centro - Ed583

clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

CARTA DO LEITOR

Entre uma sociedade “cega”

Passava pouco da meia-tarde … Eu dirigia-me a casa, vindo da Biblioteca Muni-cipal. Ao chegar perto da Escola Secundária Alves Martins, fui obrigado a pa-rar nos semáforos dos pe-ões. De um lado da estrada encontrava-me somente eu e do lado oposto podia ob-servar-se um grupo de ami-gos, dois senhores de meia-idade, um idoso e uma se-nhora invisual, de óculos escuros, auxiliada por uma Labrador branca.

A senhora encontrava-se a cerca de dois metros ao lado da passadeira e aguar-dava sinal para passar. O si-nal encontrava-se vermelho, porém, durante instantes não passava nenhum carro naquela faixa e, confusa, a senhora deu um passo em frente parando a milíme-tros da estrada, na beira de um passeio com cerca de

dez centímetros de altura - o suficiente para provocar uma queda ou um acidente maior. Mas, mesmo obser-vando o sucedido, ninguém se mexeu para ajudar a po-bre senhora.

O sinal continuava verme-lho e a cadela não avançava, mas a senhora, incitando o animal a andar, deu mais um passo e entrou na faixa de ro-dagem! Por sorte, pressen-tiu a altura do passeio e não caiu. Todos os transeuntes continuaram ignorando o sucedido! Uma Audi A4 cin-za aproximava-se perigosa-mente… Felizmente, o con-dutor, que se apercebeu da deficiência visual da senhora em questão, parou a tempo de evitar a tragédia. Mesmo com o sinal vermelho aberto, atravessei a rua a correr para ajudar a atrapalhada senho-ra a passar para o outro lado, alertando-a para o separador

existente entre as vias. Os condutores da minha faixa, observando o sucedido, pa-raram também, dando-nos prioridade.

A senhora explicava-me aflita que a cadela não anda-va, enquanto eu esclarecia que o sinal continuava ver-melho e, por isso, o animal não se movera. Ela agrade-ceu-me o gesto e seguiu ca-minho e o restante grupo, imperturbável, esperava o sinal verde para continuar serenamente o seu percurso. Os condutores, tal como eu, ficaram boquiabertos com a falta de civismo e a desuma-nidade de todos os peões.

E eu, chocado, questiono-me: “Serão animais? Será gente? Gente não é certa-mente, e os animais não agi-riam assim!”

Luís Ferreira Estudante

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 531 | 18 DE MAIO DE 2012

∑ O regresso ao passado... um Museu do presente (António Lopes Pires)

∑ “O Turismo (...) significou mais de 187 milhões de euros de receitas” (Pedro Machado)

∑ O regresso de Hélder Amaral

∑ Tondela despediu-se de Viseu de barriga cheia

∑ Associações de pais temem consequências dos mega agrupamentos

∑ Estímulo 2012 vai apoiar contratação de 800 desempregados em Viseu

∑ CIM cria rede de dinamização e apoio ao empreendedorismo

∑ Que futuro para a revista Beira Alta?

∑ As curtas do Viso ou aVISO24

∑ A Evasão de Aquilino Ribeiro do Presídio do Fontelo

∑ Confraria Grão Vasco celebra 10 anos

| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 14pág. 16pág. 17pág. 20pág. 24pág. 26pág. 29pág. 30pág. 34pág. 35

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> ESPECIAL> DESPORTO> CULTURA> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> EMPREGO> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETOR

Paulo Neto

Semanário

18 a 24 de maio de 2012

Ano 11

N.º 531

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

o A

ndré

Fer

reira

Pub

licid

ade

Novo acordo ortográfico

∑ Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro em entrevista Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro em entrevista

exclusiva ao JC, acerca da reforma para o setor exclusiva ao JC, acerca da reforma para o setor | págs. 8 e 9| págs. 8 e 9

“Urgente. Necessária“Urgente. Necessária

e a pecar por tardia”e a pecar por tardia”

Pub

licid

ade

Publicidade

(9)��março� : concerto

NOVO PROJETO DA MÚSICA PORTUGUESA EM PRIMEIRA MÃO NA ACERT APÓS O SUCESSO DA ESTREIA EM COIMBRA…

MÚSICA COM AROMA FRESCO, INTENSO, MAS SIMPLES, MUITO SIMPLES.

A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR APOIO ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE TONDELA Rua Dr. Ricardo Mota, s/n3460-613 Tondela www.acert.pt

Publicidade

Jornal do Centro16| maio | 2013 35

Page 36: Jornal do Centro - Ed583

O Museu Grão Vasco inaugura hoje, dia 16, às 18h00, a exposição “Ícones Russos – Legado Perei-ra da Gama”, que integra 93 obras emblemáticas da arte religiosa ortodoxa.

As peças que até 6 de outubro podem ser vistas no Museu Grão Vasco, fo-ram selecionadas a par-tir de um extenso legado de Anna-Maria Pereira da Gama (1923-2005), re-centemente acolhido pelo Museu Grão Vasco, que, re-vela o Museu, integra “uma expressiva coleção de arte russa, mobiliário, escul-tura, numismática, meda-lhística, minerais e biblio-grafia especializada”.

A mostra temporária junta-se à Festa dos Mu-seus, organizada pela Câ-

mara Municipal de Viseu, que a partir desta quin-ta-feira e até dia 19 colo-ca uma dúzia de espaços museológicos do conce-lho em festa, com ativida-des em todos os espaços da rede municipal e tam-bém nos núcleos museoló-gicos da Diocese de Viseu e do Regimento de Infan-taria 14, nos museus Grão Vasco, da Misericórdia, de Silgueiros e no Tesou-ro da Sé.

O dia de sexta-feira fica marcado pelo lançamen-to das “Cartas de Almei-da Moreiras e Joaquim Lopes” que inclui um coló-quio sobre a vida e obra do artista, às 18h00, no Mu-seu Grão Vasco. A data de 18 de maio é assinalada no calendário como o Dia In-

ternacional dos Museus e a festa de Viseu tem os es-paços museológicos aber-tos de forma gratuita até às 23h30 (exceção do Mu-seu de Várzea de Calde). Às 15hoo realça-se a assi-natura do protocolo de co-operação entre o Museu de Grão Vasco e a Câma-ra, referente ao depósito, em comodato, da coleção de minerais do legado de Pereira da Gama ao Mu-seu do Quartzo.

“É uma coleção imensa de minerais que vai enri-quecer o espólio do Mu-seu do Quartzo”, adian-tou a vereadora da Cultu-ra, Ana Paula Santana, na apresentação da Festa dos Museus.

Emília Amaral

Publicidade

JORNAL DO CENTRO16 | MAIO | 2013Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 16 de maio, aguaceiros. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 5ºC.Amanhã, 17 de maio, chuva moderada. Temperatura máxima de 8ºC e mínima de 5ºC.Sábado, 18 de maio, aguaceiros. Temperatura máxima de 11 e mínima de 5ºC.Domingo, 19 de maio, aguaceiros. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 5ºC.Segunda, 20 de maio, chuva moderada. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 6ºC.

tempo

Quinta, 16 maioViseu∑ Reunião de apresentação do núcleo regional de Viseu da Associação Nacional de Pensionistas e Reformados, às 16h30, na Associação Comercial de Viseu.

Viseu∑ A Escola Superior Agrária de Viseu, vai associar-se à comemoração do Dia do Fascínio das Plantas, com um passeio pela Quinta da Alagoa, realizando um conjunto de atividades lúdicas e educativas associadas ao tema.

Viseu∑ O Bispo da Diocese, D. Ilídio Leandro realiza, às 18h00, no Paço Episcopal, o tradicional encontro anual com a comunicação social, a propósito do 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, este ano subordinado ao tema “Redes Sociais, portais de verdade e fé”.

Moimenta da Beira∑ Abertura das “Jornadas da Cidadania em Acção”, no auditório municipal padre Bento da Guia, durante dois dias.

O Jornal do Centro oferece:

∑Bilhetes para o concerto dos “Pensão Flor”, dia 18 de maio, em Tondela. Ligue 232 437 461. Válido para assinantes. Bilhetes limitados.

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

«A senhora deputada afirmou que eu fui eleito e a senhora deputada deveria saber que eu não fui eleito coisíssima nenhuma...», atirou em ple-no parlamento Vítor Gaspar a Ana Drago.

Por causa disto, o homem foi carimbado de “salazarento”. Ora, aquele “não fui eleito coisís-sima nenhuma” é um facto indesmentível: Vitor Gaspar não foi a votos. E não é o único: temos tido dezenas de ministros que nunca foram a votos. Isso será bom?

Na Inglaterra, na velha democracia inglesa, tal não é possível — um político que não ganhe na sua circunscrição tem que mudar de vida.

Este método parece bom: obriga à prestação de contas ao povo e torna mais improvável go-vernos com “engenheiros sociais” que desco-nhecem a vida real das pessoas. Em suma, um país f ica mais ao abrigo de “Vítores-Gaspa-res”.

Na terceira república ninguém é responsabi-lizado nem presta contas por nada. Veja-se o caso das PêPêPês e das swaps. Os responsáveis destas facadas no interesse público não vão ter dissabores nem na justiça nem na política.

Prestar contas políticas faz-se através do voto. Precisa-se de um sistema em que os eleitos te-nham que responder perante os eleitores e não perante o chefe que os põem nas listas. Era bom evoluir-se para um sistema eleitoral personali-zado, com círculos uninominais e um círculo nacional. Este círculo nacional — para além de recuperar os votos não convertidos em manda-tos nos círculos uninominais — deveria incluir as personalidades ministeriáveis (ministros que só poderiam ser recrutados entre eleitos; o saber tecnocrata ficaria para as secretarias de estado).

Passos Coelho e António José Seguro não per-cebem, ou não querem perceber, o grau de apo-drecimento do regime e não fazem nada para o melhorar. Por exemplo, apesar das pressões da troika, o boyismo municipal vai ficar na mes-ma. Neste aspecto, as autárquicas não vão mu-dar “coisíssima nenhuma”.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Coisíssima nenhuma

Viseu∑ Exposição integra-se na Festa dos Museus que arranca hoje

agenda∑

Museu Grão Vasco mostra ícones russosaté outubro

A Noventa e três obras selecionadas a partir do legado de Anna-Maria Pereira da Gama

Arq

uivo