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Outubro 2012 Outono abre porta a gripes e constipações… SNS e utentes compram mais e gastam menos na farmácia CPCH: Doença Venosa crónica regista 70.000 novos casos anuais

My Cooprofar Outubro

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Revista para Profissionais de Saúde

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Outubro

2012

Outono abreporta a gripese constipações…

SNS e utentes compram mais egastam menos na farmácia

CPCH: DoençaVenosa crónicaregista 70.000novos casos anuais

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No limiar das novas tecnologias…

A política de inovação do Grupo Medlog é suportada numa estratégia que visa antecipar e

superar as necessidades do mercado. Foi assim que nasceu a Gadget que desenvolvemos,

em janeiro, para as farmácias. A aplicação que permite hoje aos nossos clientes consultar a

existência de produtos; efetuar encomendas, acompanhar o circuito da encomenda, con-

sultar dados de faturação/plafond e, fundamentalmente, fazer esta gestão de uma forma

segura, rápida e eficaz. Congratulamo-nos hoje com o notável crescimento desta ferramen-

ta, que começou com 1.600 encomendas por mês e, atualmente, regista cerca de 20.000

encomendas. Outro passo que demos no caminho da inovação tecnológica foi dado no

sentido de adquirir soluções de suporte ao processo de apoio à decisão e à gestão da in-

formação pelos diversos níveis da organização. Adquirimos software de uma empresa mul-

tinacional alemã líder de mercado em software de aplicações empresariais. A conclusão

da implementação deste projeto está prevista para o final de 2012, perspetivando-se uma

melhoria significativa nas respostas de monitorização e análise da margem de contribuição

de cada atividade que o Grupo desenvolve. A aposta em soluções integradas continuará a

ser reforçada pois só sabemos estar num modo: no limiar das novas tecnologias!

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EDITORIAL

Análise de mercadoReportEspecial SaúdePublireportagemBonificações TopNovosCosmética e Higiene CorporalDiagnósticoDispositivos MédicosÉticosGalénicosHigiene BebéHigiene OralIce PowerInterapothekMed. Não Suj. a Rec. MédicaNão ComercializadosNut. e Prod. à Base de PlantasNutrição InfantilOrtopediaParafarmáciaQuímicosVeterináriaBreves

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O Período de vigência das Bonificações decorre entre 25 de Setembro e 24 de Outubro, inclusive. Os Preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido as condições de mercado.Os Valores indicados são vingentes, salvo erro tipográfico. Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.

FICHA TÉCNICA | Administração e propriedade:

CooprofarRua José Pedro José Ferreira, 200 - 2104424-909 GondomarT 22 340 10 00F 22 340 10 [email protected]

[email protected] 340 10 21

Design e Paginação:Creative Blue

Distribuição:Gratuita

Índice

Direcção:Celso Silva

Coordenação Editorial:Natércia Moreira

Produção Redactorial:Cooprofar

Publicação:Mensal

Tiragem:1500 exemplares

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Análise de

Mercado

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Crescimento Mercado Crescimento face ao período homólogo

Crescimento Mercado Julho 2012 vs. mês homólogo

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SNS e utentes compram mais e gastam menos na farmáciaOs portugueses gastaram este ano menos 200 milhões de euros em medicamentos, período durante o qual o Estado também pou-pou 70 milhões de euros, segundo dados do Observatório do Medicamento e Produtos de Saúde. O relatório sobre o mercado total e mercado de medicamentos genéricos da autoridade que regula o setor do medicamento (Infarmed) revela que o mercado total de medicamentos vendidos em farmácias comunitárias diminuiu 11,6% no primeiro semestre deste ano (1,54 mil milhões de euros), face ao período homólogo (1,74 mil milhões de euros). Este decréscimo não traduz uma diminuição da venda de medicamentos, já que o número de embalagens vendidas subiu 2,7%, o que corresponde a mais 3,7 milhões de embalagens vendidas. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) também poupou nos encargos com medicamentos entre janeiro e julho de 2012, tendo gasto 706 milhões de euros, menos 9% do que os 775,9 milhões de euros gastos no mesmo período do ano passado. O relatório revela contudo ter havido um aumento de 4,3% nos encargos do Estado com medicamentos entre junho e julho deste ano. No entanto, não considera “significativo” este crescimento men-sal, uma vez que a evolução do mercado se mantém negativa e o mês de julho manifesta uma redução de 16,4% face ao mês homólogo. O preço de venda ao público (PVP) baixou entre janeiro e julho deste ano 8,1%, face aos primeiros seis meses de 2011, o que se traduziu numa redução de 7,7% dos encargos do SNS com medicamentos e de 8,8% dos encargos dos utentes. O segmento dos genéricos no mercado total, no primeiro semestre de 2012, registou uma redução de 20,4% em valor e um crescimento de 18,7% em volume, face a igual período de 2011. No mercado do SNS, o segmento dos genéricos apresentou neste semestre uma diminuição de 15,1% em valor e um aumento de 18,9% em volume, comparativamente com o período homólogo.

Ministério da Saúde estima poupança de 142 milhões nas farmáciasO Ministério da Saúde espera gastar me-nos 142 milhões de euros com a compar-ticipação de medicamentos vendidos em farmácias este ano, uma quebra de 10,71% face ao ano passado. Esta estimativa, apre-sentada pela primeira vez, supera a pou-pança acordada com a própria indústria farmacêutica em maio deste ano, no valor de 130 milhões de euros. De acordo com o relatório mensal de monitorização do mer-cado em ambulatório, o SNS deverá gastar, em 2012, 1.184 milhões de euros com com-participações de medicamentos, um valor contudo provisório e com um erro de pre-visão acumulado dos últimos seis meses a rondar os 5,45%, frisa o Ministério da Saúde. A previsão baseia-se, segundo o Governo, na evolução da despesa nestes primeiros sete meses do ano. Até julho, o SNS gastou menos 9% na rubrica da farmácia, o cor-respondente a 69,8 milhões de euros face a período homólogo do ano anterior. Já os utentes pouparam 8,8% (33,4 milhões de euros) até junho. Isto apesar de o número de embalagens vendidas ter subido 1,4%.

Preços dos medicamentos deverão voltar a baixar em 2013Aviar medicamentos tem vindo a ficar cada vez mais barato aos utentes e ao Estado e a fatura da farmácia continuará a descer nos próximos tempos. Essa é, pelo menos, a expetativa do Governo, fruto da política que tem vindo a ser seguida. Até julho, o preço médio dos medicamentos rondou 10,88 euros, menos 1,76 euros do que em igual período de 2011, e, até junho, os uten-tes gastaram, em média, 42,50 euros na farmácia, menos 4,08 euros do que em pe-ríodo homólogo do ano passado. Estes nú-meros refletem já a baixa anual dos preços que ocorreu em abril (para os de marca) e em maio (para os genéricos), mas ainda expressam pouco ou quase nada uma das medidas mais emblemáticas deste Gover-no: a prescrição por denominação comum internacional, com respetiva liberdade de escolha na farmácia, em vigor desde 1 de junho. Ou seja, com a reserva de poucas excepções, o utente passou a poder optar, na farmácia, pelo medicamento mais ba-rato de um respetivo grupo homogéneo. Além disso, no próximo ano os preços dos medicamentos deverão voltar a baixar, no âmbito de mais uma revisão internacional

Farmacêuticas poderão enfrentar dificul-dades para crescer nos mercados emergentesAs companhias farmacêuticas que estão a contar crescer nos mercados emergentes para compensar a quebra nas receitas com a perda de proteção das patentes poderão assistir a uma descida nas vendas nestes países. Este decréscimo nas vendas pode estar relacionado com a desacelaração nas economias destes mercados mas tam-bém por a concorrência local ser cada vez maior e ainda às medidas governamentais para controlar a despesa na saúde. Em ter-mos globais, a Ernst & Young estima uma diferença na ordem dos 47 mil milhões de dólares entre o que as empresas esperam ganhar com os mercados emergentes du-rante os próximos quatro anos e as receitas que poderão obter.

anual dos preços, que será antecipada já para janeiro ao invés dos habituais meses de abril e maio. Com estas medidas, o Go-verno tem vindo a emagrecer aquela que sempre foi uma das fatias mais pesadas da despesa dos portugueses com a saúde.

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Report

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Medlog adquire software da SAPO Grupo Medlog adquiriu software da SAP multinacional alemã líder de mercado em software de aplicações empresariais. As so-luções tecnológicas de suporte às áreas financeira e de recursos humanos, controlling e apoio à gestão, procuram desenvolver respostas a questões estratégicas e táticas da organização. A conclusão do projeto está prevista para o final de 2012, perspe-tivando-se uma inovação e melhoria substancial no processo e na gestão da informação pelos diversos níveis e hierárquicos na organização. Esta ferramenta de suporte às áreas financeira e de recursos humanos, controlling e apoio à gestão, procura desen-volver respostas a questões estratégicas e táticas da organiza-ção, sendo que, os requisitos especificados estão ao nível das maiores exigências e standars nacionais e internacionais.De acordo com António Sá, CIO e Innovation Manager da Coo-profar (Grupo Medlog), “o projeto de desenvolvimento de uma solução tecnológica de apoio à gestão e à tomada de decisão teve um incremento importante devido à aquisição do softwa-re SAP”, avançando que “até ao final de 2012, será finalizada a implementação de alguns projetos, nomeadamente SAP, e re-forçada ainda a solução de infra-estrutura com a aquisição de mais processamento dando, assim, resposta às crescentes ne-cessidades do negócio e à consolidação de máquinas e soluções integradas”. Também no decurso da implementação do projec-to ERP SAP, o responsável adianta que “está definido o desenvol-vimento de um projecto de Business Intelligence que procurará responder às diversas necessidades estratégicas, táticas e opera-cionais da organização.” A SAP, presente no mercado português desde 1993, conta em Portugal com um forte ecossistema que abrange 52 empresas e mais de 2200 profissionais qualificados, responsável por um volume de negócios associado a soluções SAP estimado em 150 milhões de euros em 2011. A nível global, a SAP emprega mais de 55 mil pessoas em mais de 50 países, servindo mais de 190 mil clientes em todo o mundo. A ROFF, empresa líder nacional na implementação de soluções SAP, de-legou uma equipa que, atualmente, está no terreno a acompa-nhar a implementação do software, bem como, a dar formação aos colaboradores do Grupo Medlog que vão trabalhar com as novas soluções.

Cooprofar: Encomendas via Gadget disparam As encomendas feitas via gadget estão a crescer exponencialmen-te desde que a ferramenta foi apresentada às farmácias. A adesão registada pelas farmácias tem superado as expectativas da Coo-profar que criou esta aplicação com o objetivo de reforçar a relação com a farmácia. Em janeiro de 2012, foram registadas 1600 enco-mendas através da ferramenta, sendo que, a evolução mensal foi gigantesca, situando-se, em agosto, perto das 20.000 encomendas. Em consequência desde crescimento – e como seria expectável - as encomendas via Net (Portal da Cooprofar) têm vindo a decrescer. A gadget tem vindo a assumir-se como um instrumento valioso para o cliente na relação comercial com o Grupo Medlog. Entre as funcionalidades que possui, a gadget permite aos cliente consultar a existência de produtos; efetuar encomendas, acompanhar o cir-cuito da encomenda, consultar dados de faturação/plafond e, fun-damentalmente, fazer esta gestão de uma forma segura, veloz e eficaz (assinatura que acompanhou o lançamento da Gadget). Des-de o lançamento da versão inicial – e face à margem de evolução para up-grades – as potencialidades da gadget têm sido ajustadas de forma a responder às necessidades expressas pelos clientes e/ou mercado. O software pode ser instalado em qualquer sistema operativo da Microsoft posterior ao XP. No entanto, recomenda-se o Windows Vista ou 7. A gadget surge, assim, no âmbito da política de inovação do Grupo Medlog que investe de forma permanente nas TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e cria soluções integradas no sentido de se manter na linha-da-frente da atualida-de tecnológica. Neste enquadramento, e face a uma estratégia que visa promover soluções e antecipar necessidades do cliente, a apli-cação foi desenvolvida no sentido de alcançar a satisfação do clien-te, permitindo, simultaneamente, potenciar ganhos para o Grupo com o aumento verificado nas encomendas. Destacam-se, ainda, resultados como o reforço da relação bilateral e o aumento do nível de fidelização do cliente.

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Análise de

Mercado

ESPECIAL

SAÚDE

Atacam nas estações mais frias e são ambas são muito conta-giosas. Quer a gripe, quer a constipação são causadas por vírus (ainda que diferentes) e têm uma alta incidência sobre a popu-lação. O quadro de sintomas da constipação não é tão intenso como o da gripe. Tosse, o nariz obstruído, cansaço apesar de terem um denominador comum – o sentimento de mal-estar generalizado –, estas patologias são distintas. “A gripe pode desenvolver outras complicações, o que não acontece com a constipação”, alerta Cecília Longo, pneumologista.

GRIPE

Como se transmite?O vírus influenza transmite-se facilmente pelo ar ou pelo contacto com superfícies contaminadas. Por isso, as medi-das do plano de contingência para a Gripe A devem ser mantidas: lavar regularmente as mãos, cobrir a boca ao tossir (com o antebraço) e isolar-se no período de contágio.

Os primeiros sinaisUma gripe não complicada começa com cefaleias, febre, tosse, odinofagia (deglutição dolorosa), mialgias com a dura-ção do período de incubação, ou seja, de três a cinco dias. Se apresentar estes sintomas e mais de 39 graus de febre deve consultar o médico de família, sobretudo se se sentir dema-siado prostrado.

Como prevenir?A principal medida de prevenção da gripe é a vacinação que deve ser repetida anualmente sobretudo pelos grupos de risco: crianças, idosos e doentes crónicos. “Todas as pes-soas com doenças respiratórias têm indicação para fazer a vacina”, adverte a DGS. Durante o período em que está doente, ninguém deve ser vacinado.

Como tratar?O tratamento da gripe deve ser individualizado e indicado por um especialista. Uma gripe pode conduzir a complica-ções pulmonares (pneumonia), e cardíacas, sobretudo em grupos vulneráveis, como as pessoas com asma, doença pul-monar obstrutiva crónica, doenças cardíacas e os diabéticos. Habitualmente, a gripe é tratada com medicamentos para o alívio dos sintomas (analgésicos, antipiréticos, desconges-tionantes nasais, etc). Os antibióticos são ineficazes contra a infeção viral mas podem ser prescritos se surgir uma infeção bacteriana secundária à gripe. Existem atualmente medi-camentos inibidores da neuraminidase, que bloqueiam a multiplicação dos vírus responsáveis pela gripe. Desta forma consegue-se suspender a rápida proliferação do vírus e con-trolar a doença. Os tratamentos de cada pessoa devem ser individualizados e conduzidos por profissionais de saúde.

Com o Outono chega o “fruto da época”: gripes e constipações. A prevenção é a melhor maneira para evitar estas patologias, nomeadamente, no caso da gripe sazonal que afeta entre 700 mil a um milhão de portugueses todos os anos e, todos os anos, a Direção-Geral de Saúde recicla o apelo para a vacinação contra a gripe e para a adoção de regras de “etiqueta respiratória”. Este mês, a My Cooprofar vamos falar sobre GRIPES e CONSTIPAÇÕES.

Gripes e Constipações

Outono abre porta agripes e constipações…

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ESPECIAL

SAÚDE

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PREVENÇÃO

1. Evitar as aglomerações em lugares fechadosOs ambientes fechados e lugares com muito fluxo de pessoas, como os centros comerciais, salas de espectáculos ou estádios e transportes públicos, aumentam as possibilidades de contá-gio, pelo que convém evitá-los.

2. Cuidado com os ambientes extremos ou mutáveisApesar de o frio favorecer as infeções virais, não é o único ele-mento desencadeante. As mudanças bruscas de temperatura, como as que ocorrem ao passar de zonas climatizadas (no carro ou lugares fechados) para as condições naturais do ar livre, bem como as condições exageradas de secura ou humidade, favore-cem a proliferação de vírus no ambiente e uma maior vulnera-bilidade das nossas membranas aos seus ataques.

3. Manter uma boa higiene Lavar as mãos frequentemente e, em especial, depois de estar em contacto ou cumprimentar uma pessoa que possa estar infetada. Tentar não tocar nos olhos, nariz ou boca se não tiver antes oportunidade de as limpar convenientemente, já que o vírus pode chegar até si, após tocar em objectos contamina-dos. Se não tiver água, utilize um desinfectante de mãos (sem enxaguar).

4. Tomar precauções perante pessoas infetadas Quando o inimigo está em casa, limpar e desinfetar com fre-quência as superfícies onde a pessoa constipada ou engripada tocou, como as maçanetas das portas, os corrimãos das escadas, as mesas ou copos. Evitar partilhar toalhas, loiças e utensílios e, sobretudo, não tocar nos seus lenços, um autêntico viveiro de vírus. Os beijos, ou partilhar o mesmo alimento também não são recomendáveis porque o contacto é mais direto.

CONSTIPAÇÃO

Como se transmite?A constipação é uma doença vírica do aparelho respiratório superior, habitualmente auto-limitada. Vários tipos de vírus podem estar implicados, dependendo do grupo etário e da época do ano. A transmissão faz-se por gotículas que contêm os vírus e que são libertadas pelo doente ao respirar, tossir ou espirrar.

Os primeirosApesar de afetar o nariz e a garganta, ao nível de sintoma-tologia, as pessoas constipadas não têm febre nem dores no corpo. Estas são as principais diferenças entre as duas patologias.

Como prevenir?Em geral, “a prevenção das doenças víricas passa pela exis-tência de um sistema imunitário competente – sistema de defesa do organismo – e no caso particular da constipação deve evitar-se o contacto com ar ou lenços contaminados», aconselha.

Como tratar?A constipação deve ser tratada com um antipirético para alí-vio dos sintomas. “Quem tem uma constipação vulgar não tem necessariamente de ir ao médico a menos que surja uma complicação, como uma infeção secundária bacteriana (por exemplo: nos seios perinasais, ouvidos)”, advertem os pneu-mologistas, acrescentando que, nestes casos, “será necessá-ria a realização de um diagnóstico diferencial”.

Portugueses pouco informados sobre prevenção de infeções respiratóriasApesar das campanhas de vacinação contra a gripe, um em cada quatro portugueses não sabe como prevenir as infeções respi-ratórias. Esta é a principal conclusão de um estudo recente que incidiu sobre as atitudes e conhecimentos dos portugueses. O presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia considerou “um pouco estranho” o resultado do estudo, face a “todas as campanhas que têm sido feitas”. Carlos Robalo Cordeiro mostrou-se ainda preocupado e lembrou que “há todos os anos mais de mil óbitos relacionados com as gripes sazonais”. A gripe sazonal afecta entre 700 mil a um milhão de portugueses todos os anos. Por isso, Robalo Cordeiro lembrou que a vacina é recomendada para os doentes crónicos, mais velhos e para as crianças com risco de doenças respiratórias. Numa altura em que as temperaturas começam a baixar, há outros cuidados que não devem ser esquecidos, como regras mínimas de higiene, “evitar diferenças de temperaturas” e “beber bastantes líquidos”, alertou. O tabaco é apontado como a principal causa para as infeções respiratórias, mas as alergias, mudanças no tempo e exposição a ambientes de risco, como os hospitais, são outras das causas identificadas neste estudo.

Fonte: sapo.saude.pt / Direção-Geral de Saúde / Roche

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ENTREVISTA

A patologia venosa, normalmente desig-nada por doença venosa crónica (DVC), tem uma grande variabilidade. Os quadros clínicos podem cursar de forma assinto-mática mas com doença marcadamente visível (muitas doentes com varizes visíveis, durante anos, não apresentam qualquer queixa) a outros com sintomas mas sem doença objectiva (doentes com pequenos derrames ou varicosidades com sintoma-tologia marcada) até por fim, outros de gravidade extrema, as úlceras venosas, que podem evoluir durante anos e que são responsáveis por uma morbilidade muito significativa.

É uma patologia crónica, que acompanha o homem desde a Antiguidade, fruto da posição ortostática que adoptou e para a qual os seus membros inferiores não estão adaptados, e que piora significativamente com o calor, pelo que é de todo justificado que neste período do ano se faça uma revisão desta situação clínica e sobretudo da sua terapêutica, nomeadamente a com-pressiva, que ao longo dos anos se tem sim-plificado de forma muito marcante.

É sabido que cerca de 25 a 35% da popula-ção feminina e 10 a 25% da população mas-culina, dos países ocidentalizados, apresen-tam varizes dos membros inferiores sendo as formas graves cerca de 1%. No entanto este número refere-se exclusivamente a varizes tronculares, mais prenunciadas, com repercussão hemodinâmica, porque se na definição forem englobadas todas as for-mas de doença venosa, nomeadamente, as menos significativas, como sejam as varico-sidades e varizes reticulares, o atingimento populacional é na ordem dos 80 a 85%, sendo num destes estudos inclusive, os homens mais prevalentes que as mulheres.

Em Portugal, a incidência de DVC estima-se em cerca de 70.000 novos casos anuais. A prevalência de úlcera de perna segundo um trabalho recente é na ordem de 1,41 casos por 1000 habitantes, o que revela que no nosso país esta doença tem uma importân-cia relativamente maior que na maioria dos países europeus, reflexo muito provavel-mente das situações sócio económicas em que vivemos. O termo varizes, significa pois a existência de veias dilatadas e tortuosas pertencen-tes ao sistema venoso superficial e que normalmente apresentam refluxo ou seja insuficiência valvular, o que origina um mau

Meias “descanso” epatologia venosa.

Há algumavantagem no seu uso?

PUBLIREPORTAGEM

funcionamento do sistema venoso, levando a um aumento da pressão a nível sobretudo do 1/3 inferior das pernas. É pois, nessa área, que aparecem os sintomas nomeada-mente o cansaço, o edema, o prurido e claro as lesões de hiperpigmentação e as úlceras.Em termos terapêuticos a chamada tera-pêutica compressiva, ou seja o uso de meias elásticas ou de descanso, é sem dúvida a mais antiga e mais frequentemente pres-crita terapêutica para a DVC. Ela é recomen-dada para diminuir o aumento de pressão, que falámos, e é um tratamento básico que se recomenda a todos os doentes com esta patologia a par das alterações do estilo de vida nomeadamente a perda de peso, o exercício físico, a natação e a elevação das pernas.A pressão para comprimir as veias superfi-ciais num indivíduo deitado varia entre 20 e 25 mmHg. Quando o indivíduo se coloca de pé essa pressão aumenta para 35/40 mmHg sendo mesmo necessárias pressões á volta de 60 mmHg para provocar a oclusão com-pleta das veias superficiais. Contudo estas pressões são, como facilmente se compre-ende, muitas vezes difíceis de tolerar Está, contudo, perfeitamente provado que a compressão elástica entre 30/40 mmHg resulta numa marcada melhoria da dor, do edema e da pigmentação da pele e claro na qualidade de vida de doentes com doença venosa marcada sobretudo com situações de úlcera já cicatrizada.

Na maioria dos países anglo saxónicos a tolerância ao uso de meias é da ordem dos 70% e a terapia compressiva é sem dúvida hoje em dia aceite como o tratamento pri-mário das formas avançadas de DVC como o caso das úlceras assim como é um adju-vante importante na prevenção da recor-rência desta patologia

Contudo nos países quentes como são os mediterrâneos a tolerância às meias é mais baixa dado o clima a que se associam múltiplos outros factores nomeadamente de ordem psicológica e social. É também sabido que a patologia venosa aumenta com a idade o que faz com que a terapêu-tica compressiva nestas idades seja de tole-rância mais baixa.

Assim é importante avaliar se à luz dos con-ceitos atuais as meias de compressão mais baixa, da ordem dos 11 a 22 mmHg, ditas de descanso, têm algum efeito na doença venosa.

J. Pereira AlbinoCirurgião Vascular

Director do S. Cirurgia Vascular II do CHLN – Hospital Pulido Valente

Contrariamente ao que anteriormente se realizava e se divulgava, estas meias tam-bém são hoje fabricadas de forma a que a pressão seja anatomicamente distribuída pela perna, (sendo a pressão maior a nível do tornozelo e 1/3 inferior da perna), assim como, em muitas delas, foi dada uma aten-ção especial ao desenho e mobilidade do calcanhar, e claro da articulação tibio tár-sica, cujo o bom funcionamento é capital para um correto retorno venoso.

Amsler e Blattler muito recentemente (2008) realizaram uma metanalise de 11 estudos com evidência científica em que analisaram o uso de meias elásticas em portadores de doença venosa crónica moderada (telan-

giectasias, varizes e mesmo edema ligeiro) e concluíram que não havia beneficio sig-nificativo em usar compressões da ordem dos 20mmHg comparadas com as de 10 a 15 mmHg.

Assim nos países mais quentes em que os doentes referem mais dificuldade em suportar meias, este tipo de compressão tem vantagens e benefícios na melhoria da sintomatologia.

Não queria terminar sem focar que a doença venosa tem hoje em dia cada vez mais um tratamento simplificado, ambulatório, estético que diminui consideravelmente o tempo de paragem de atividade. Essa tera-pêutica dirigida ás varizes com significado hemodinâmica é dita endovascular e é reali-zada através de meios térmicos (laser/radio-frequência) ou químicos através da injeção ecoguiada de uma espuma, que permitem resultados em tudo comparáveis à cirurgia clássica sem a morbilidade inerente ao pós operatório desta cirurgia.

Nas patologiasz mais simples (telangiecta-sias / varicosidades) - e que tanta incapa-cidade causam, sobretudo à mulher jovem - existem tratamentos de escleroterapia e de laser percutâneo que dão resultados excelentes. Nestes casos não podemos deixar de mencionar que as meias de baixa compressão além do seu efeito de melho-ria estética, têm um efeito hemodinâmico significativo.

Formação Cooprofar

“ Em Portugal, a incidência de DVC estima-se em cerca de 70.000 novos casos anuais. ”

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Brevescancro

nenhum fármaco inovador aprovado pelo Infarmed em 2012O cabazitaxel e o ipilimumab estão entre oito medicamentos inova-dores para o cancro em avaliação no Infarmed para uso nos hospitais do SNS, mas este ano o regulador ainda não aprovou a compartici-pação de nenhum medicamento com indicação oncológica. O único processo concluído foi recusado. Além da quebra na despesa com medicamentos para oncologia, assiste-se desde 2011 a uma quebra na entrada de medicamentos inovadores para o cancro nos hospitais.

30% adultos portugueses que sofrem com dor crónica De acordo a APED, estima-se que a dor crónica atinja mais de 30% dos adultos portugueses. As repercussões de natureza económica são ele-vadas, estimando-se que o custo anual da doença seja superior a 3 mil milhões de euros. Apesar do seu comprovado impacto social e econó-mico, há ainda muito a fazer para travar esta ‘epidemia silenciosa’.

obesidademá para o cérebro Já se sabia que ter excesso de peso era mau para a saúde mas os efei-tos a nível cerebral só agora começam a ser conhecidos. Um estudo publicado no jornal da Academia Americana de Neurologia revela que investigadores encontraram uma relação entre a obesidade e o declí-nio das capacidades mentais.

dormirmenos de seis horas por noite aumenta risco de cancro da mamaA falta de sono está ligada ao aparecimento de cancros da mama mais agressivos, de acordo com uma investigação do University Hospitals Case Medical Center, nos EUA. O estudo é o primeiro a mostrar essa associação, assim como a ligação com uma maior probabilidade de recorrência do cancro.

picantecombate depressão e ajuda a perder pesoMalagueta, caiena, habanero, tabasco, jalapeño. Não faltam opções de pimentas para temperar e dar sabor aos alimentos. A variedade exis-tente no mundo é ampla, tanto quanto os benefícios que podem pro-piciar ao organismo. Atreladas a um estilo de vida saudável, essas fru-tas picantes (sim, para a botânica, pimenta é fruta) podem melhorar o humor, ajudar a emagrecer, aumentar a circulação sanguínea e agir como anti-inflamatórios.

gripe sazonal receitas médicas para as vacinas válidas por cinco meses As receitas médicas para as vacinas contra a gripe sazonal, emitidas a 01 de agosto, são válidas por cinco meses, um alargamento do prazo que visa permitir a prescrição antecipada daquela vacina.

quimioterapiaaumentar eficácia e reduzir efeitos adversosUm investigador português descobriu uma forma de tornar a quimio-terapia mais eficaz no combate ao cancro, e de minimizar os seus efei-tos secundários, segundo um estudo publicado na revista Cancer Cell.

AVCtemperamento agressivo duplica risco Pessoas com temperamento agressivo têm duas vezes mais probabi-lidade de sofrer acidente vascular cerebral (AVC), de acordo com in-vestigadores da Universidade Complutense de Madrid, em Espanha. A pesquisa revela que pessoas que se encaixam na “personalidade tipo A”, caracterizada por comportamentos de hostilidade, agressão e im-paciência, podem ter tanto risco de AVC quanto um fumador.

Jakavi® Primeiro fármaco a receber aprovação da CE para tratar mielofibroseA Novartis recebeu a aprovação da Comissão Europeia para Jakavi® (ruxolitinib) no tratamento de doenças relacionadas com esplenome-galia (aumento do baço), designadamente adultos com Mielofibrose Primária ou Mielofibrose Secundária, Policitemia Vera ou Trombocite-mia Essencial, avança a companhia, em comunicado.

Zinforo®Comissão Europeia aprova antibiótico da AstraZenecaA Comissão Europeia autorizou AstraZeneca Zinforo antibiótico A Comissão Europeia aprovou o antibiótico intravenoso Zinforo® (cefa-losporina fosamil) da Astrazeneca para o tratamento de adultos com infeções complicadas da pele e tecidos moles (ICPTM) ou pneumonia adquirida na comunidade (PAC).

não-fumadoreshá cada vez mais não fumadores com cancro do pulmão Um estudo francês divulgado na reunião anual da Sociedade Europeia de Patologia Respiratória (ERS) revela que, na última década, o tipo mais comum de cancro de pulmão aumentou nos não fumadores e em mulheres.

exercício fiscoreduz 50% risco de recorrência de cancro da mama A prática regular de exercício físico pode reduzir a recorrência de can-cros da mama ou do cólon em até 50%. No entanto, apesar dos benefí-cios, a pesquisa indica que muitos doentes com cancro são relutantes à atividade física e que poucos oncologistas recomendam o exercício.

ossosdieta mediterrânica ajuda a proteger Um estudo recente comprovou que a adoção de uma dieta mediter-rânica, que inclua o consumo de azeite, por um período de dois anos favorece o aumento da proteção dos ossos do indivíduo, resultando no aumento da concentração da osteocalcina sérica

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