38
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE CIENCIAS EXA TAS E TECNOLOGICAS CURSO DE GEOGRAFIA PERFIL FITOGEOGRAFICO DE AREAS PRE DEFINIDAS DO BAIRRO SANTA CANDIDA - CURITmA - PR CURITmA 2001

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

  • Upload
    dokhue

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAFACULDADE DE CIENCIAS EXA TAS E TECNOLOGICAS

CURSO DE GEOGRAFIA

PERFIL FITOGEOGRAFICO DE AREAS PRE DEFINIDAS DOBAIRRO SANTA CANDIDA - CURITmA - PR

CURITmA2001

Page 2: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

JACKSON ZAIA

PERFIL FlTOGEOGRAFICO DE AREAS PRE DEFINIDAS DOBAIRRO SANTA CANDIDA - CURITlBA - PR

Monograi'ia apresentada como parteDa avalia9ao para obten930 doBacharelado em GeoprocessamentoPela Faculdade de Ciencias ExatasE Tecnol6gicas, da UniversidadeTuiuti do Parana

Orientadora: Prof".M. Thaisa MariaNadal.

CURITlBA2001

Page 3: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

III

TERMO DE APROVACAO

PERFIL FITOGEOGRAFICO DE AREAS PRE DEFINIDAS DOBAIRRO SANTA CANDIDA

por

JACKSON ZAIA

Monografia aprovada com menc;ao 1\ como requisito parcial para obtenc;aode titulo de bacharel em Geografia com enfase em Geoprocessamento, pelaBanca Examinadora formada pelos professores:

PROFA.T~ADALOrientadora

/J, () tfA ctr i II(jJJ 6~\)Es DE BRITTP'·',

Curitiba, l2.. de """ve""" l,r" de 2001

Page 4: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

IV

Dcdico este tldbalho a Deus, minhaesposa e minha tilha pelacomprccnsao c a todos que meajudaram.

Page 5: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

v

PERFIL FITOGEOGRAFICO DE AREAS PRE-DEFINIDAS NO BAIiUlO DE SANTACANDIDA - CURITIBA - PR

JACKSON LAIA

RESUMO

Esre tTabalho tem per objetivo apresentar urn perfil fitogeogTMico do Bairro deSanta Candida que se limitou a coleta de especies por amoslragem de pontos pre-definidos.Confonue 0 Jevantamento da fitomassa nessa regiao apresenta-se dados sabre a distribui~aoda vegeta9ao e sugere-se para a melhoria da qualidade de vida da cidade urn planejamentourbano direcionado para impianta'Yao de lim parque eu bosque neste bairro, 0 qual naopassui nenhuma area de preservayao. Foram cncontrados pontos distilltos e pletados em urnmapa georeferenciado das areas de mata nariva cnde a urbanizar;:ao ainda nao sedesenvolveu, pontcs estes como prOXlll10 ao do cemiterio da Santa Candida e outra areaque pcrtcneia ao Conglomerado Banestado, areas cstas que podcriam ser utilizadas comobosqucs ou parques.

Page 6: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

SUMARIO

L1STA DE FIGURAS

LlSTA DE TABELAS

INTRODUI;:AO

CAPiTUl.O 2 - CONCEITOS BAsCiCOS

2.1 Conceitos Basicos

Ecossistemas

Biom3

Fitogeografia

GPS

Vcgeta~aode grande porte

Vegeta~ao de pequeno porte

Area urbanizada

Fitomassa

2.2 0 Parana FitogeogrMico

CAPiTULO 3 - METODOLOGIA

Organograma de cstudo

3.1 CaractcriZ3((aO da area de estudo

3.2 Lcvantamcnios de dados

3.3 CompiJa~ao e amilise dus dados

3.4 Mapa tenuitico

VI

VlII

IX

01

02

02

02

02

02

04

04

04

04

04

09

09

09

09

Page 7: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

CAPiTULO 4 - PERFIL nfOGEOGRAFICO EM AREAS I'ltEDEFINIDAS DO BAlRRO SANTA CANDIDA

4.1 Caractcriz'193o da area de estudo 10

4.2 Levantamcnto de dados 12

4.3 Dados coletados 13

4.4 Analise da vegetayao pel" Illctodologia da filomassa 24

4.5 Mapa base 24

4.6 Mapa lematico 24

4.7 Fitornassa da area de eSludo 26

CAPiTULO 5 - CONCLUSAO 27

REFERENC1A BIBLlOGMFICA 28

BIBL/OGRAFIA 29

VII

Page 8: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

LlSTA DE FIGURAS

Figura 2.1 Mapa do ambienle fitogeognifico Estado do Parana 07

Figura 3.1 Organograma da pesquisa 08

Figura 4.1 Foto aerea do BaiITo Santa Candida II

Figura 4.2 Pinheiro do Parami 1.4

Figura 4.3 Aroeira Branca 15

Figura 4.4 Ipe Amando 16

Figura 4.5 Aral;B 17

Figura 4.6 Guabiroba 18

Figura 4.7 Pinheiro do Brejo 19

Figura 4.8 Jeriv:'! 20

Figura 4.9 Cedro-rosa 21

Figura 4.10 Pessegueiro Bravo 22

Figura 4.11 Pau Cigarra 23

Figura 4.12 Espacializar;ao Gcorcfcrcnciada das arells diagn6stico 25

Figura 4.13 POillOS georelerenciados

VIII

26

Page 9: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

LlSTA DE TABELAS

Tabela 4.1 Localizay3o e cadastramcnlo de especies

Tabela 4.2 Fitomassa da area de estudo

IX

13

26

Page 10: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

INTRODU<;:AO

As areas verdes desempenham papel fundamental na qualifica~ao e equilibria

ambicntal do CSpUyO urbano, ja que aiem da estTuturncrao e embelezamento dOl paisagem

urbana, contribuem para a amcniza930 climalica, redu7..indo os efeitos das uilhas de calor",

diminuem a poluicyiio do ar, facilitando a dispersao de polucntes e auxiliando na retencrao de

parlicuiados; evil'am a crosao do solo exposlo, minimizando 0 assorcamento dos canais dos

rios e corregos c conseqUenlcmente os ereitos das enchentcs. (www.prodam.sp.gov.br)

Vive·se em urn ambiente onde a quantidade de {irea verde por habitante eaproximadamente de 55 metros quadrados.(Secretaria Municipal Mcio Ambicnte) Po rem

nae podemos generaliz.."u a cidade distribuida como urn todo nestes SS metros, algumas

regioes nao dispoem de areas -verdes ou parques. Regioes estas onde deveriam ser

preservadas as vegetas:ocs nativas de cada ecossistema. Na regiao norte de Curitiba, par

exemplo. encontTamos ainda l11uitos campos que sao nativos desta regiao, por que nao criar

parques com campos e pinhciros de arallcaria .

Esse trnbalho tern par objctivo aprcsentar lim perfil fitogeogcifico do Bairro de

Santa Candida que se limitou a coleta e c1assificat;:ao de especies por amostragem de

pontos pre-definidos.

Portamo, no capitulo I aprescllla os objetivos e a importancia que a cobertuni

vegetal desempenha no sistema da natureza.

No capitulo 2 aprcscnta-se 0 concl!ito busieo lIlilizados fln {Irea de pcsquisl.I utiliuldo

nesta l11onografia.

No capitulo 3 aprescnla a metodologia para 0 Icvantamento do perfil fitogeogrMico

de areas espcciticas.

No capitulo 4 aprcscnla a mctodologia aplicada pant ° dcsenvolvimcnlo do lrabalho,

os IcvantamenlOs de campo. suas amilises ate a confeq:ao do mapa tematico.

No capitulo 5 aprcsenla-sc a conclusao e as recomendat;:ocs.

Page 11: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

CAPiTULO 2 - CONCEITOS BAsICOS

Nesse capitulo apresenta-se os conceitos basicos relacionados a esse estudo. Traz a

fitogeografia, desde a distribui~ao vegetal it !livel do estado do Parana ate a distribuic;ao

vegetal cspccifica para 0 bairro Santa Candida.

2. I CONCEITOS BAsICOS

• ECOSSISTEMAS: SeglUldo (TROPPMAlR, 1998) comprccnde como um espa,o que

se caractcriza pela homogcncidade dos seus componentcs, suas esrruturas, fluxos c

relac;oes que, illtegrados, formam 0 sistema do ambiente tisico e onde hft exploral):ao

bio16gica.

• BIOMA: Segundo (NADAL, 2000), define-se pelo local em que cada ser vivo

existc denlro de lIm intervale de urn minime e urn rml.ximo de cOl1di~oes

indispensaveis it vida. Nesse intervalo tanto 0 individuo encontra 0 sell "quantum

stis", que sao as func;oes fundamentais de nutriyao e manulen<;ao da vida, como a

espccic encontra lugar adequado para a sua perpetuay30 no tempo c no espayo, com

as [ullyOeS especificas de reprOdUy80 e intcr-relacionamcnto.

• FITOGFOGRAFIA: Segundo (GIAVANNErn. 1996) defini-se eOI11Oparte da

biogeografia que cstuda a dislribui<;ao dos vegetais na superficie do globo. A

vegetayao e lima resultante sensivel das condicroes climalicas, innuenciadas pelas

condiyoes do solo. 0 estudo das paisagens vegclais e de grande importancia para

comprccnsao das zonas morfoclimaticas. 0 professor Hcnriquc P. Veloso aprcscnta

os seguintcs tipos de paisagcns vegetais no Brasil: I. Florcstas: latifoliadas ; Matas:

equatorial e tropical; Pinatifoliadas (pinheiral): palmatifoliadas (cocais). 2.

Savanas: caatingas e cerrados. 3. Campos. 4. Restingas.

• GPS: 0 nome GPS vem dOl simplifica<;iio de NAVSTAR GPS (Navigation System

With Timeand Ranging Global Positioning System).

Page 12: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

o ~istema GPS pode ser definido resumidamentc como um sistema de radio

navega~ao atraves do uso de satelites. Este sistema fomeee ao usuario, desde que munida

de urn receptor de sinais do sistema GPS, coordenadas prccisas de posicionamento

tridimensional c infonna~oes de navega~ao e tempo.

Obs.: Na realidadc, par conven~ao, acostumou-se a chamar 0 Receptor GPS

simplesmcnte de GPS, 0 que teoricamcnte c urn crro, pais GPS se refcre a todo 0 sistema

em si (satelites, receptores, bases ...).

o acesso aos sistema se da de fonna inintern~pta, em todo 0 planeta

independentemenle das condi~oes meteorol6gicas (em bora estas irHerfiram de certa forma

na prccisao das medidas).

Iniciado em 1973,0 desenvolvimento do sistema deu-se basicamente objetivando 0

uso milil"ar, com acesso rC5trito quando dcstinado a fins de usa civil. Visava principalmcnte

a determina~ao precisa de alvos a serem alingidos par misseis americanos.

Desde 1983, 0 GPS tern sido usado pam solu~ao de problemas geodesicos.

Atingindo sua configura~ao final em 1994, 0 sistema que consiSle de 24 sateiites

opcracionais, colocados em 6rbitas de aproximadamente 20.200 Km de altura sabre a

superftcic da terra (inicialmentc a ideia era de disponibilizar apenas 21 satelites

operJcionais e manter 3 rcscrvtls).

Esta configura~ao final preve a possibilidade de observar 24 horas por dia, pelo

menos 4 satelites simultaneamente em qualquer parte do mundo. T5S0 garanle uma leitum

com prccisao adequada, a qualquer hora C CI11 quaiqucr ponto do planeta.

o sistema GPS foi dcsenvolvido basicamente como urn sistema voltado para

oavegcu;:.io. Seu principio fundamental da navegac;ao esta baseado na medi«;:ao das

chamadas pseudodistancia (pseudo-nmge) entre 0 usmirio (receptor) e pelo menos qualro

sateiites.

Conhecendo-se as coordenadas do satelite num sistema de rcfcrcncia adequado,

pode-se determinar as coordenadas do usuario. Pelo ponto de vista puramcnte geomctrico

(disl3ncia tridimensional) bastariam apenas tres sateiites (eqUivalendo ao dicuio de trcs

disulncias). A quarta observa~ao entao, e;: necessaria para sincronizar 0 relogio do receptor

com os relogios dos salelites. Esta falta de sjncroniza~ao e a razao pela qual se usa 0 termo

"pseudodisl<lncia".

Page 13: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

A descri~ao do sistema GPS e regido pela seguinte divisao em segmclltos:

Segmentos Espacial- COJ1lposi~fio dos sat(~lites e seus sinais;

Scgmento de controlc - controle do sistema de tempo, assim como a prcdi9ao dns

orbitas.

Segmento do usmirio - os difcrentes tipos de receptores c os metodos apiieativos.

• VEGETA(:AO DE GRANDE PORTE: (macrofancrofitos ou macrofauna) de facil

localiza!j:ao e obscrvalfao na regiao, possuem altura vari.mdo de 4 a 12 m, com tronco de

30 n 40 em de di5metro, folhas compostns sendo v.ari,lvcis nn fonna, nllOlcro e tamanho.

• YEGETA(:AO DE PEQUENO PORTE: (micro Oll nanofancrOfitos c microfauna)

esptkies herb{\ceas, gramineas, arbustiv<ls e trepadeiras com apenas alguns centimelros

de nlrura.

• AREA URBANIZADA: segundo dicionario de gcografia (GIOYANNETII, 1996)

processo de fonnalf30 e cresCimenlQ das cidades; deslocamemo de po(?ulalfOes e

ntividades para as cidadcs.

• FITOMASSA: quantidade de materia orgfmiea vegetal viva no ecossistema segundo

(NADAL, 2001).

2.20 PARANA FITOOEOORMICO

Os possiveis biomas, segundo (NADAL, 2000), que se pode encontrar na area

gcogrfdica do Parana, foram compilados e resultaram na scguinte divisao (Figura 2.1):

CAMPOS: Sao formas de relicto de um antigo clima semi-arido do Pleistoeeno.

Constitucm urn aspecto singular, earacterizando-se-por cxtcnsas areas dc gramineas baixas

desprovidas de arbustos, ocolTcndo apenas matas au capoes limitados nas depressoes cm

lorna das naseentes Oll em faixas ao longo de rios. No Parana, encontram-se cinco regioes

distilltas desse bioma, quase sempre associados a altas e medias altitudes, que sao: Campos

de Curitiba no primeiro Planaho; Campos Gerais e de Castro na depressao devoniana de

Ponta Gross;]., antigo segundo planalto; e campos de Palmas, de Guarapuava e de Ere no

tcrceiro planalto. A maior pm'te dos vegetais possui grossos rizomas sLiblerrancos ou bulbos

que sao I'esislentes as baixas temperaturas do inverno.

Page 14: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

CERRA DO: sao umas fomlas de relicto do Quatermirio Ant.igas. Enconlramos na

regiao de Jaguariaiva com maior intensidade. A vegetayao desse bioma tem, em geral

prcdomim'incia de vegetais com casca grossa c troncos retorcidos, como por exemplo, 0

pau-terra, goiabeims, amt;;,is e Icguminosas. 0 que pode ser associado as c,lracteristicas

ccobiaticas do cspayo geografico onde sc dcscnvolvcm. As reg-ioes ocupadas por cerrados

sao de c1ima qucntc e com indices de chuva relalivamente baixos.

FLO REST A DE PINHAIS: Constituem uma parte especial da mata pluvial-

subtropical, cujo dc.<;cnvolvimcilto se rclaciona intim3mente it altitude. No Parana, scu

limite inferior normal de crcscimento e registrado em 500 metros e 0 superior em

1200metros. Abaixo dessa altitude a Araucaria oeoree apenas nas linhas de baixa

temperalura. A especie Arallcariu ullgu.'ili/uliu, ou populannente conhecida como pinheiro

do Parana, e a arvore dominante deste bioma, caracterizando a paisagem. Porem, pode-se

encontrar outras especies de pinheiros, erva-mate, imbuia, caneJa, peroba, pterid6fitos e

gramineas em grande quantidade nesse bioma. Esse bioma aparece em regioes de c!ima

tcmperado, mas que nonnalmente possuem invernos com baixas temperaturas. Caracleriza-

se pOI' ser uma floresta aberta.

FLORESTA IGUACU: Constitui uma varia9ao da mata pluvial tropical. possuem

c\irna quente e tllllido. A vegetac;ao e muito densa, formando diversos estratos ou andares.

o estrato superior pode chegar a 30 metros do solo. 0 numero de especies vegetais e

animais e muito grande nesse bioma, por apresenrar diversos locais dc_sobrevida. Abrange

no Parana as matas de encosta de todo 0 Rio Parana e seus afluentes. Exemplos de

vegetaS:80: Peroba, cedro, ipe.

FLORESTA TROPICAL: Rcpresenta a mai,or ronna<;ao floristica do planeta Terra.

Distribuem-sc pelo plalleta entre as trapicos e nas proximidades deles. Aprcsenta como

caracleristica principal a grande nllmero de cspecies arbareas que constituem 0 primeiro

cstrato, quase scmprc num numero de familias bastante grande aicill de estarcm distribuidas

conlinuamenle. A temperatura no interior desse bioma e tam bern aproximadamenle

constanle, 0 que facilita a sobrevida de divcrsas especics. A umidade do ar e bac:;tante

grande, pois 0 interior desse bioma caracteriza-se pOl' nao rer muita luminosidade. 0

eslralo arboreo atinge uma altura de 60 metros e com trcs andares, denominados superior,

medio e inferior, que sao as vezes reconhcciveis, apesar de nao SCrem scmpre facilmente

Page 15: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

difcrcnciavcis. Como norma ncsse tipo de hioma 0 andar superior nao c compacto, mas

eonsislc em solitarios gigantcs que se elcvam longe acima das outras arvores. Sao os

andarcs medio e inferior que formam 0 denso dossel de folhas, e em tal casca a regiao do

tronco e relativamente livre it falta de luz, c, portanto. [aha a vegeta9ao rastcira. deixando 0

solo cobCI10 por materias organicas, que em decomposi980 fommm 0 humus. 0 solo e

muito raso com mais ou menos 20 a 50 centimetros de profundidadc. 0 indice

pluviometrico desse bioma e bastante alto, ° que faz com que 0 clima da regiao seja

bastanle umido. E quanta maior 0 clima quente C ilmido, maior 0 desenvolvimento das

folhas dos vegetais do undar medio, 0 que cHlmcnta a cvap0n1crao e proporciona lima maior

umidadc do ar, ocasionando om maior indice pluviomctrico. Exemplos da vegetaQ30:

andiroba, acrui, peroba.

FI.ORESTA ATLANTICA: Forma-se de uma subdivisao das florcstas tropicais e

localiza-sc nas proximidades da encosta atlfmtica, 0 que Ihc confere 0 nome popular. Possui

um Oom e fauna bastante diversificada, com especics cxcluslvas dessc hioma. E uma

tlorcsta densa formada pOT vegetais de medio porte, cuja folhagt:m se situa ate 30 metros do

solo, danda um aspccto compacto a vegetatrao e induzindo a compeli~ao pcla luz solar.

Caractcriza-se pela umidade, calor, baixa altitude e periodo vegetativo intcrrupto. Em

primeiro Jugal" I"essaltam as arvores, cujas copas refleloras de luz se elevam sobre 0 telo

geml da mata, como as figueiras, guarapiruvu, angico verdadeiro, andira, cainga, brauna,

cabrillva, cora'tao de negro, jacaranda, timbauva, aleluia, ipe, ire· do brejo, ipe amarelo,

canela tIInarela, cancla fogo, garuva, miguel pintado Oll cmnboata, pcroba, embiruQu,

jacatirao, arat;il piranga, ara~azeiro do mato, guamirim branco, guamirim vennelho,

guanandi, arapoca, mamica de cadela, guamixinga, ma«;aranduba amareia, entre outras. 1a a

vegela«;ao intcnnediaria c rasteira e compOSl'a por palmeirns, bam bus e plerid6fitos, repleta

de lianas c epifitas de todas as especies.

Page 16: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

Figura 2.1 Mapa do ambicntc fitogcogr.Hico original do Estado do Parana (NADAL, 2000).

Page 17: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

CAPiTULO 3 - METOLOGIA PARA 0 LEVANTAMENTO

DO PERFIL FITOGEOGRAFICO DE AREAS PRE

DEFINIDAS

Pum a reprcsenw,(:1o do Perfil Fitogcogr:J,rico da Regina, aprcscnla-se a seguinte

conjunlo de etapas:

I CARACTERIZACAO DA AREA DE ESTUDO

~MENTOD~

DIGITAUZACAODO MAPIlBASE

DOBAIRRO

• ESCOLHA OAS AREAS• CAOASTRO OAS ESPECIESPOR AMOSTRAGEM

LOCALIZAcP.O DOSPONTOS POR GPS

• ELABORACAO OA TABELA

•MAPA lBiATICO

E RESULTADOS OA FITOMASSA

Fi£Urd 3.1 - Orgllnogmma Ua pcS<Juisa

Page 18: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

3.1 CARACTERIZACAO DA AREA DE ESTUDO

Nessa clapa, busca~sc conheccr a area de eSludo, para estabeleccr os padroes gerais

de <lmiiise (Figura 3.1). Como elementos essenciais para essa caracrerizl1r;ao pode-se citar:

• Localiza\=uo geognHica

• Coordenadas geogn'tficas

• Observa~ao de vegetais nas areas definidas

• Idenlifica~ao por amostragens de algumas especies vegctais nas areas definidas

3.2 LEVANTAMENTO DE DADOS

Tem por objetivo gerar uma pan'imetro sobre as infonna(\:oes fitogeograficas da area a

scr cSludada, segundo os possiveis biomas, segundo (NADAL. 2000). descritos no capitulo

2 C l1a analise da vegetaryao pela metodologia de Fitomassa (TROPPMAIR. 1998).

A seguir foram calalogadas as especics vegetais e associadas aos pontos

georeferenciados, att-avcs de uma tabcla produzida no Word.

3.3 COMPILACAO E ANALISE DOS DADOS

A compila~ao dos dados toi realizada atraves dos pontos georeferenciados por GPS

e dos dados copilados foi feila a digitalizayao do mapa base, atraves da mesa digitalizadora,

utilizando 0 programa computacional Auto Cad.

A metodologia de Estudo da fitomassa (TROPPMAIR, 1998), produziu uma tabe1a

com os resultados da quantidade de vegclais de grand~ parle, vegetais de pequeno porte e

as areas urbanizadas da area de cstudo.

3.4 MAPA TEMATICO

A partir das informa~oes contidas na tabela, na analise da fitomassa e no mapa base,

roi confeccionado 0 seguiI1le mapa tematico:

• Perfil fitogeografico de areas predefinidas do Bairro de Santa Candida.

Page 19: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

10

CAPiTULO 4 -PERFIL FITOCEOcRAFICO DE AREAS

PRE DEFINIDAS DO BAIRRO SANTA CANDIDA

Neste capitulo sed apresentada a metodologia aplicada para 0 desenvolvimento do

perfil fitogcografico do Bairro de Santa Candida.

4.1 CARACTERIZACAO DA AREA DE ESTUDO

o nome Colonia Santa Ciindida nao surgiu da Santa. Foi dado em homenagem aDona Candida, esposa do Dr. Adolpha Lamenha Lins, enta~ Prcsidente da Provincia. na

cpoca conhecido como «0 grande amigo dos colonos".

Os primeiros poloneses se instalaram na reglao em J .875, proveniciltes da Alta

Silesia, cnH'io oeupada pcla Russia. Neste mesmo ano, em urn terreno claada pelo

presidente, foi conslruida uma capeJinha que recebcu a imagem de Santa Candida, vinda de

Portugal c doada pelo Imperador Dam Pedro II. A atllal igreja foi concluida em 1936.

o bairro tcm inieio na eonflucncia da Avenida Parana e rua Fernando de Noronha.

Segue pelas ruas Fernando de Noronha, Tcodoro Makiolka, Sem nome, Estrada CalTo~;ivel.

An·oio Cachoeira, Rio Aluba, Estrada das Olarias, Rua Comendador Zake Zabag, Avenida

Marcehal Mascarenhas de Moraes e, novamente, Avenida Parana, ate 0 ponto inicial.

Segundo 0 IBGE, em 1.980, a popula.;ao do bairro era de 15.65-S habitantes para

uma area de 1.215 hectares, Oll scja, 15,37/pessoa pm hectare. Em 1.970, moravam naquclc

loealme.nos de dez mil pessoas.

Santa Candida lambcm e conhccido como 0 bairro dos ccmiterios, ja que ali cstllO

insralados tres cemiterios: 0 paroquial, 0 municipal e 0 israel ita. 0 cemiterio municipal foi

inaugurado em 1.957. A Escola EstaduaJ Santa Candida foi fundada em 1912 pelas irmas

franciscanas da Sagrada Familia.

Page 20: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

Figura 4.1 - Folio Acrea do bairro Sanla candida.

Escala 1:8000

Fonte: Estcio (1999)

"

Page 21: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

12

4.2 LEVANTAMENTOS DE DADOS

inicioLJ-se com 0 levantamento de areas verdes dentro do bairro santa Candida, apes

foram delimitadas dez areas dentro do bain'o.

Em seguida foram escolhidas por 3mostragem especies vegetais que caracterizam

cada lima das areas cscolhidas.

Por {iltimo georefcrcllcia-sc 0 local, proximo a espccie escolhida com a utiliza~ao

do Grs.Utilizou-se a l'Oto aerea para 0 calculo da titomassa da area estudada (Figura 4.1).

Com a coleta de dados dcscnvolvcu-sc uma tabcla que sera utilizada para a

plotagem no mapa tematico.

Page 22: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

4.3 DADOS COLETA DOS

I'ONTOS

Apos 0 levantamento de campo, chega-se aos seguimes dados (Tabela 1):

EspccicLOCALIZACAO

13

1 22J - 0678514

UTM -71925~7

2 22J - 0678673

UTM -7192272

Rua Tcodoro Makioka - j1Pinheiro do Parana

proximo Colegio Sw.. C5ndid3

Av. Parana em frente Terminal IAroeiraonibus Sin. Candida

3 22.1-0679088

UTM-71920J7

Rua MilS"carenha de Mornes Ip2-lImarcJo

4 22.j - 0679466

UTM - 7191372

Rua joao Fonseca Mere!!:f

5 22J - 0679818 t Atds do conglomcmdo

UTM -7192183 !B::mcstado

do Guabirob:t

6 22J - 0679929 !Rua Maximo JolIo Kapp -I Pinheiro do 13rcjo

UTM - 7192650 I ,hacams I~~--~~----~7 22J - 0679488 !RUt! Maximo Juau KtlPP - cm Gcrivu

UTM - 71924 12 I frente ao Bancstado

922J - 067937.1

UTM - 7192716

8 22J - 679200 IEstrnda Santa C:indidu. proximo Cedro Rosa

UTM - 7192323 ' a rotm:6ria

Estrada Santa Cindida pr6ximo Pcsscgucirn BravlI

.10 Hane ..-"Iado

10 22J - 0679712

UTM - 7192950

Rua Cel~u T("ixcira Pinlo IPau Cigarrn

ITabela 4.1 l.ocaI17.m;lio e cadaslramcnio de especlcs.

Page 23: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

14

Figunt4.2 - Pinheiro do l'nmmi (Lor.:n:lY, !99S)

Pinheiro do Par:ma (Figura 4.2)

Nome cicntitico: Arallcaria angllsliji5/ia.

Cardcterislic..'1s morfoI6gic<ls: a arvore jovem !em forma piramidctl e bem difereme da

adulta aprescntada na foto aeima. A fotc 2 acima mostra sua inflorescencia. scndo 0 ramo

da esqucrda de wna plaota mas(;ulina e 0 da direita de uma pianta feminina.

Ocom!ncia: Minas gerais e Rio de Janeiro ate 0 Rio grande do Sui em regioes de altitudes

acima de 900 m (no sui acima de 500m).

Inrorma~oes ec.ologicas: plama perenifoiia. heJiofitH, pioneira, caracleristica de regioes de

altinldc onde forma as CharH:ldas "matas de pinhais".

Page 24: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

15

Figura 4.3 - Arodra - brnnca (LorenZ)'. 1998)

Aroeira - branca (Figura 4.3)

Nome cientifico: Lirhraea molleoides

Caractcristicas morfologicas: a!tum de 6-12 lTI. com troneD de 30-40cm de ili:'imetro.

Oconi:ncia: Minas Gerais, Sao Paulo e Malo Grosso do SuJ ale 0 Rio Gmnde do SuI,

em varias fonna~oes vcgetais.

InfonnaC;:5es ecotogic<i.s: planta perenif6lia, helioJita, pioneira, caracteristica da Ooresta

siruada em regiocs de altitude, tanto em terrenos seCDS quamo umidos. Apresenta

dispcrsao ampJa. porcm irregular. ocorrcndo principalmente nas f{)rrn~ocs sccundarias.

Sua prodm;:ao de seme.nlcs nao e abund:Jnle I.odos os anos.

Page 25: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

16

Figura 4.4 -lpe-amarelo(Lmenzy. 1998)

Ipc-amarelo (Figura 4.4)

Nome cicntifico: Tubebuia alba

Caractcristicas morfo16gicas: altura de 20-30 In, com troneo de 4-0-60 em. Folhas

composlas 5-7 folioladas.

Ocorrencia: Rio de Janeiro e Minas Gerais ate 0 Rio Grande do SuI, na flarest::!

semidccicula de altitude.

In[orm<Hr~OesecoI6gic<ls: caracterlsticas das submatas de- pinhais e i10resta semidecid.ua de

altitude. Apresenta ampla, POl"em descontinua d:spersao. ocorrendo com maior fTeqUencia

apenas nos tres estados sulinos.

Page 26: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

17

Figur.J 4.5 -Amfr-J. (Lurt:n2)'. 1998)

Ara~a (Figura 4.5)

Nome cicntitico: Acca sellowiana

Caracleristicas morfoI6g!cas: <illura de 3-4 m, com [ron.co curto de 15-20 em de diamclro.

Copa densa e baixa. Folha simples. de 4-6 em de compriInenm par 3Acm de largura.

OcoITt:ocia: Norte do Rio Grande do SuJ ale 0 Parana., nus forma~Oes vegetais abertas de

altitude (campos e mains de p:nha-is).

lntOnl13yi'ics ecologicas: planta semidecicula, heli6fita e seleriva higr6fita, C0111um, porcm

isolada. em solos um!dos e rochosos dos campos, orias de cap5es e nas submmas mlas e

abertas dos pii1hais.

Page 27: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

18

Figura 4.6 - Guabiroba (Lorenzy. 1998)

Guabiroba (Figura 4.6)

Nome cicntHico: Campol1lcm(!sia xaliif10cwpa

Caracteristicas morfoiogicas: altura j 0-20 m, dotada dl! copa alongada e den sa. Tronco

creto e com caneluras de 30-50 em de difimctro, cem casca suberosa e descamante.

Ocorrencia: Minas Gerais, Sao Paulo, Malo Grosso do Sui ale 0 rio Grande do SuI, COl

quasc todas as fonna'Toes vegelais.

lnfonnar;ocs ecologicas: c abundante nas panes umidas dus matas de altitude (semidecidua

c de pinhais). COlllum fla floresta latifoliada semidccidula da bac,in do Parana e rara na mata

pluvial da encosta AtlUntica. Produz anualmcntc grande quantidadc de scmentcs.

ampJamcnl1! disseminada pela avifauna.

Page 28: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

19

Figura 4.7 - l'inh::im do Brcjo (Lon:nzy. 199M)

6 Pinheiro do Brejo lFigura 4.7)

NOlDe Cient.ifico: To/auma Ovo/a

Caracreristicas morfoiogicas: Altura de 20-30 m, com tronco de 60-90 em de diametro.

Ocorrencia: Sui de Minas Gerais <ite 0 norte do Rio Grande do SuI. scndo parricularmcnte

freqiiemc na mata pluvial atlantica.

informa90cs ecologicas: planta ca:-..lcterfstica das p!anicies aluviais ao longo de rios c

varzeas umidas de quase todas as f0t1na~5es Iloreslajs; em muilas situa'rfies c.hega a formar

macit;os quase homogencos. Ocorre tanto no interior da mara primaria densa como em

forma~ocs abertas e sccundarias.

Page 29: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

20

Figura 4.8 - Jeriva (Lor..:nzy, 1998)

7 Jcriva (Figura 4.8)

Nome Cientifico: Syogrlls /'olllanzoffiO/w

Caraclcristicas morfo16gic3s; altura de 10 A 20 M, com cstipe (tronco) de 30 a 40 em de

diamctro.

Ocorn~J1I.;ia: Espiriio Samo, Rio de Janeiro, Minas Gerais. Goias e Mato Grosso do Sui ate

o Rio Grande do SuI. em quase todas as fonna'i=oes vcgelais. Existem variac;5es desta

especie depcndendo da rcgiao de ocorrencia.

lnforma~oes ecologicas: e rar:! na mata pr:m::iria da enccsta atlantica e, descantin'.!:! nas

matas de altitude. E mais treqUcntc, porem dcscontinua, na norcsta latifoliada scmidecidua

dOl bacia do Parana.

Page 30: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

".

Figurn4.9 * Cedro-rosa (Lorcr:zy. 19910:)

8 Cedro-rosa (Figura 4.9)

Nome Cientifico: Cedrelafissilis

Caracrcristica morfologica: Alrura de 10-30 m, com tronco de 60-90 em de difm1etro.

Ocorrencia: Rio Grande do Sui ate Minas Gerais, principalmcntc nas tlorestas scmidccidua

e pluvial atlantica. Ocorre por':m t:m menor inLensid"dl! c:m lodo 0 pais.

lnfonmH;aeS ecol6gicas: plant'a caracterfstica das llorcstas semidccfduas e menQS frequente

aa norcsta ambrofila densa como 3!)luviai da costa atlantica. Desenvolve-!.\e 00 interior de

flore-stas pfimarias, pede-ndo tambem ser igua!meme encontr2da com espccie pioneira 02

vcgcl3<;ao sccundaria.

Page 31: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

22

Figum 4.10· Pcssegueiro Bravo (Lorenzy. 1991l:)

9 Pessegueiro Bravo (Figura 4.10)

Nome cientifico: Pnlllus seJlowii

Carac(cristlcas morfol6gicus: aIlw-a de 10-15 m, com tronco de 30-40 em de diftnletro.

Ocorrencia: Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sui nu mata pluvial atlantica e Minas Gerais e

Malo Grosso do Sui ale 0 Rio Grande do Sui nas florestas semidcciduas.

Informa~6es ecologieas: planta c-aracterisiica da floresta p-iuviai atl{mtica e semideciduas. Eencontrada corn trcqUcncia em tlorcstas secundarias. senda menos freqUente iia mata

primaria densa. Pcodu:£ anualmente grande quantidade de semenles vicivc.is. mnplamente

disseminadas pela avifauna.

Page 32: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

23

Figura 4.! I - Pau Cigarm (Lorcn"y, [(98)

10 Pall Cigarra (Figura 4. i i)

Nome cicntifico: Selina mulrijllga

Caracterisrica morfol6gica: altura de 6-10 m, com Ironco de 30-40 em de dlametro.

Ocorrencia: quase lodo 0 pais, princip2.lmentc na mara pluvial de e~costa.

Infonna<;:5es ecologicas: p[anta caracteristica das malas secliildarias (capoeiras e

capocinJes) da iloreStli pluvial ali<!ntic::t. Em cerias regiot:s do alto da serra do ITI<lf no estado

de Sao Paulo chcga a J'oITiJar popuJa~5es quasc puras, au amplamcntc domimmtcs em

fOnTIm;5es st:cundarias. Produz anua:mente grande quanlidade de sementes viavei~.

Page 33: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

24

4.4. ANALISE DA VEGETAc;:Ao PELA METODOLOGIA DAFITOMASSA

Alravcs de uma fotografia aerca fcz-se a interpreta~ao e a dclimita~ao das diterentes

forma~5es vegclais, cujas areas podern ser calcuJadas alTaves do emprego da lecnica da

grade, que consiste em colocar sabre a foto uilla grade com quadrados (de lem x !cm),

dcscnhados sobre papel transparentc tipo vegetal. Como 0 mapa csta na cscala de 1:8.000

istD significa que 1 em cquivalc a SO metros no terreno, portanto. um quadrado de I em de

lado corrcsponde a 80 In X SO m = 6400 m 2. Sen do contados os quadrados que cobrem

cada formayao vegetal. Nas {lreas limite a linha pode cortar 0 quadrado, neste case,

somamos duas metadcs = um quadrado, tres quartos mais urn pouco de outro = urn

quadrado etc.

Somando 0 tOlal dos quadrados peJa area ja calculada obleremos de forma apmximada a

area que cada forrna~ao vegetal ocupn.

4.5 MAPA BASE

Atraves de um computador Pentium II com software Auto CAD foi produzido 0 mapa

base. Atraves de lim limite de Curitiba georefenciado no Auto CAD foram projerados os

pontos colctados por GPS nos pontos de estudo no bairro Santa C~indida (Figura 4.12 e

4.13).

4.6 MAPA TEMATICO

• Os pontos coletados ern campo pelo GPS Carmyn II foram colocados no software Auto

Cad .

• Ap6s os ponlos foram nllmerados confonne (nbela 1 do item 4.3 que identifica cad a

especic de rcfcrcncia encontrada em cad a ponto (Tabela 4.2 e figura 4.13).

Page 34: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

EspacializaGao Georreferenciadadas Areas de Diagnostico

Bairro Santa Candida - Curitiba - PR\

N

Fonte: SEMA (1999) IFigura 4.12 - Espaciali7...a(Jao.

25

Page 35: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

26

pon~09Ponto 10

Ponto08 GPo to 06P'l!!to01 I' 0I'

00 0 0i'onto 07P6nto02 r0

r0 Ponto05Ponto03

0-I'onto04

4.5 FITOMASSA DA AREA DE ESTUDO

Figura 4.13 - Pontos georeferenciados.

Vegetayao de Grande Porte 326.400 m2

Yegetayao de Peq ueno Porte 492.800 m2

Area urbanizada 659.200 m2

Area total 14.784 m2

Tabela 4.2 - Fltomassa.

Page 36: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

27

5 - CONCLUSAO

Ao termmo desse trabalho apresentaMse 0 perfil da fitogcografia sobre a area

delimitada do BaiITo de Santa Candida.

A metodologia utilizada como base para este estudo serviu ao proposito ao qual

havia sido desenvolvido.

Confonne 0 1evantamento da firornassa nessa regiao apresentou os seguintes dadas:

vegetar;:ao de grande porte com 326.400 m2, vegetac;ao de pequeno porte com 492.800 m2,

e area urbanizada 659.200 m2. Foram encontrados pontos distintos de areas de mata nativa

onde a urbanizayao ainda m10 se desenvolveu, ao lado do ccmiterio da Santa Candida e

Dutra area que pertencia ao Conglomerado Banestado,

iSlO demonstTa que existe uma maior quantidadc de vegcrat;.ao de que area

cOllstruida, 0 que sugere uma boa qualidade de vida para os cidadaos do bairro.

Sugere-se pon!m que ocorra urn planejamento urbano direcionado para impiaIltarrao

de urn -parque ou bosque ncste bairro, a qualnao possui nenhurna -area de preserva9ao.

Espcra-se que estes dados sejam disseminados na [onna de educac;3.o ambienta1,

atravcs, por exemplo, de palestras au eactazes nas escolas do bairro, para que ajudem na

formay3o de cidadaos rnais conscientes com a responsabilidade ambiental.

Page 37: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

28

REFERENCIA BIBLlOGRAFICA

GEOVANNETTI, G. Dicionario de Geogrl1fil1, Termos, express5es e conccitos, editora

Melhorarnentos, Sao Paulo, 1996.

LORENZY, H. A.RVOI~ES BRASlLElRAS Manual de idcntifica~ao c cuitivo de plantas

arb6reas nalivas do Brasil. 2ed. Sao Paulo, 1998.

MONKHOUSE, FJ. Dkionilrio de terminos gcogrMicos. 3.cd.Espllnh~l: Oikostnu

Editor .•, 1978.

NADAL, T.M. Analise do ambicnte fitogeogdfico do cstado do PanlD~l, atr3ves da

toponimia (Disserta~ao de Mestrado em Engenharia de Produ\=ao) . F1orianopolis:

UFSC,2000.

NADAL, T.M. Apostila de [cologia, 2000

Page 38: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE …tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2012/10/PERFIL-FITOGEOGRAFIC… · • BIOMA: Segundo (NADAL, ... folhas compostns sendo v.ari,lvcis

29

BIBLIOGRAFIA

BERALDO, P; SOARES, M. CPS tntrodu!):ao e aplicar;iio pcitica, Editora c Livraria Luana

Ltda, Sao PaLllo, 1996.

JOLY, A. B. BOT_.\...t'llCA IntrodUl;ao a taxonomia vegeml. 8 .ed. Rio de Janeiro, 1999

MAACK, R. Geogr.lfia Fisica do Estado do Pamml., Editora Papelaria Rosesner Ltda,

1968.

ODUM. E.P. fnndamentos da ccologia. 5.ed. Lisboa: ruodac;ao ealaustc Gulbenkian

editora, 1997.

PAUUNO,W.R. Ecologia Atual, Editora Ariea, Sao Paulo, 1997.

R1ZZINI. C.T.Tratado de fitogeografia do Brasil. 3.cd. Rio de Janeiro: Amhito Cultural

Edi,oes, 1997.

TROPPMAIR, H. Mctodologia simp"les p~m_lpcsquisar 0 meio ambicntc. l.cd. Rio

Claro: Editora da USP, 1998.

JORNAL A GAZETA DO POVO, Curitib.,

WWW.Prodam.sp.gov.br