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Ética e Relações Interpessoais Elaine Arantes Curso Técnico em Transações Imobiliárias

Ética e Relações Interpessoais

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tica e Relaes InterpessoaisElaine ArantesISBN:Curso Tcnico em Transaes Imobiliriastica e Relaes InterpessoaisElaine Arantes2013Curitiba-PRPARANe-Tec Brasil 2 tica e Relaes InterpessoaisCatalogao na fonte pela Biblioteca do Instituto Federal do Paran INSTITUTO FEDERAL DO PARAN EDUCAO A DISTNCIAEste Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paran para a rede e-Tec Brasil.Presidncia da Repblica Federativa do BrasilMinistrio da EducaoSecretaria de Educao Prossional e TecnolgicaProf. Irineu Mario ColomboReitorProf. Joelson JukChefe de GabineteProf. Ezequiel WestphalPr-Reitor de Ensino PROENSGilmar Jos Ferreira dos SantosPr-Reitor de Administrao PROADProf. Silvestre LabiakPr-Reitor de Extenso, Pesquisa e Inovao PROEPINeide AlvesPr-Reitor de Gesto de Pessoas PROGEPEBruno Pereira FaracoPr-Reitor de Planejamentoe DesenvolvimentoInstitucional PROPLANProf. Marcelo Camilo PedraDiretor Geral do Cmpus EaDProf. Clio Alves Tibes JuniorDiretor de Ensino, Pesquisa e Extenso DEPE/EaDCoordenador Geral da Rede e-Tec Brasil IFPRThiago da Costa FlorencioDiretor Substituto de Planejamento e Administrao do Cmpus EaDProf. Patrcia de Souza MachadoCoordenadora de Ensino Mdioe Tcnico do Cmpus EaD Prof. Thiago de Lima BreusCoordenador do CursoJssica Brisola StoriRafaela Aline VarellaAssistentes PedaggicosProf. Ester dos Santos OliveiraCoordenadora Design InstrucionalProf. Sheila CaronVanessa SantosDesigner InstrucionalSilvia KasprzakIara PenkalRevisores editoriaisAline KavinskiEduardo Artigas AntoniacomiPaula BonardiDiagramadorVanessa SantosRevisore-Tec/MECProjeto Grcoe-Tec BrasilApresentao e-Tec BrasilPrezado estudante,Bem-vindo Rede e-Tec Brasil!Voc faz parte de uma rede nacional de ensino, que por sua vez constitui umadasaesdoPronatec-ProgramaNacionaldeAcessoaoEnsino TcnicoeEmprego.OPronatec,institudopelaLein12.513/2011,tem comoobjetivoprincipalexpandir,interiorizaredemocratizaraofertade cursosdeEducaoProssionaleTecnolgica(EPT)paraapopulao brasileira propiciando caminho de o acesso mais rpido ao emprego. neste mbito que as aes da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre a Secretaria de Educao Prossional e Tecnolgica (SETEC) e as instncias promotoras de ensino tcnico como os Institutos Federais, as Secretarias de Educao dos Estados, as Universidades, as Escolas e Colgios Tecnolgicos e o Sistema S.A Educao a Distncia no nosso pas, de dimenses continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantiracessoeducaodequalidade,epromoverofortalecimentoda formaodejovensmoradoresderegiesdistantes,geogracamenteou economicamente, dos grandes centros.ARedee-TecBrasillevadiversoscursostcnicosatodasasregiesdo pas, incentivando os estudantes a concluir o Ensino Mdio e realizar uma formao e atualizao contnuas. Os cursos so ofertados pelas instituies de educao prossional e o atendimento ao estudante realizado tanto nas sedes das instituies quanto em suas unidades remotas, os polos. Os parceiros da Rede e-Tec Brasil acreditam em uma educao prossional qualicadaintegradoradoensinomdioeeducaotcnica,capaz de promover o cidado com capacidades para produzir, mas tambm com autonomiadiantedasdiferentesdimensesdarealidade:cultural,social, familiar, esportiva, poltica e tica.Ns acreditamos em voc!Desejamos sucesso na sua formao prossional!Ministrio da EducaoNovembro de 2011Nosso [email protected] de conese-Tec BrasilOsconessoelementosgrcosutilizadosparaampliarasformasde linguagem e facilitar a organizao e a leitura hipertextual.Ateno: indica pontos de maior relevncia no texto.Saibamais:oferecenovasinformaesqueenriquecemo assuntooucuriosidadesenotciasrecentesrelacionadasao tema estudado.Glossrio: indica a denio de um termo, palavra ou expresso utilizada no texto.Mdiasintegradas:semprequesedesejarqueosestudantes desenvolvamatividadesempregandodiferentesmdias:vdeos, lmes, jornais, ambiente AVEA e outras.Atividadesdeaprendizagem:apresentaatividadesem diferentesnveisdeaprendizagemparaqueoestudantepossa realiz-las e conferir o seu domnio do tema estudado. e-Tec BrasilSumrioPalavra da professora-autora11Aula 1 Conceitos fundamentais para acompreenso da tica131.1 tica 131.2 Moral15Aula 2 Valores, prosso e tica172.1 Valores172.2 Prosso e tica21Aula 3 Conduta tica 233.1 O que conduta tica233.2 Dilemas243.3 Cidadania26Aula 4 tica na relao da organizao comseus stakeholders294.1Quem so os stakeholders de uma organizao?294.2As obrigaes de uma organizao para comseus stakeholders 30Aula 5 Iniciativas ambientais inuenciam acultura organizacional335.1 Relao com stakeholders e a cultura organizacional335.2 tica na tomada de deciso 34Aula 6 tica prossional376.1 O que prosso?376.2 Virtudes exigidas na prtica prossional38Aula 7 Gesto da reputao do prossional417.1A tica, a reputao e a imagem do prossional417.2 Cdigo de tica de uma prosso42Aula 8 Cdigo de tica empresarial478.1 O que e como se elabora um cdigo de ticapara uma organizao 478.2 O Cdigo de tica 48Aula 9 O processo de comunicao: interferncias equestes ticas envolvidas519.1 O processo de comunicao51Aula 10 Competncia interpessoal5510.1 Relacionamento interpessoal5510.2 Linguagem no-verbal56Aula 11 Comunicao interpessoal5911.1 O que comunicao interpessoal?5911.2 Como deve ser um feedback 6011.3 Diculdades em dar e receber feedback 61Aula 12 Aspectos fundamentais da liderana nasrelaes interpessoais6312.1Promoo do desenvolvimento de habilidadesde comunicao 6312.2 O que e como funciona uma equipe64Aula 13 Adversidades no ambiente de trabalhoe o papel da liderana 6913.1 A linha que separa a rmeza da lideranae o assdio moral 6913.2 Resilincia: suportando presses num ambientede adversidades 70Aula 14 Mitos do papel da liderana73Aula 15 Valorizao da diversidade no convviosocial e prossional 7515.1 A evoluo da percepo do indivduo nocontexto organizacional 7515.2 Afro-descendentes no Brasil77e-Tec Brasil tica e Relaes InterpessoaisAula 16 Energia na equipe: tenso e conito interpessoal8116.1 O lado positivo do conito8116.2 Natureza do conito8216.3 Lidar com um conito83Aula 17 Interculturalidade, relaes interpessoaise a conduta tica prossional 8517.1 Contexto cultural8517.2 A moral brasileira87Aula 18 Gesto de pessoas: competncias queconvergem para o sucesso organizacional8918.1A instabilidade do ambiente e suas inunciassobre a gesto de pessoas 8918.2O intra empreendedorismo (intrapreneurship)favorecido pela gesto estratgica de pessoas 90Aula 19 Relao socialmente responsvel entreorganizaes e seus pblicos de interesse9319.1O que responsabilidade social e como se inserena gesto das organizaes 9319.2Como a responsabilidade social est presentenas organizaes95Aula 20 Sustentabilidade das organizaes9920.1 Conceito de sustentabilidade9920.2 As Metas do milnio100Referncias103Currculo da professora-autora129e-Tec Brasile-Tec Brasil 11Palavra da professora-autoraQuerido aluno, seja muito bem vindo a esta caminhada discutindo a tica e as relaes interpessoais sempre presentes na vida de cada um de ns! Este livro, concebido para oferecer a voc dados e informaes para a construo do conhecimento sobre estes temas, apresenta conceitos e discute a tica e as relaes interpessoais presentes na atuao do prossional que trabalha na rea de transaes imobilirias. Os contedos abordados neste livro per-meiam os processos presentes nas organizaes de um modo geral,propor-cionandoavocsubsdiosparareexeseoferecendoleiturasemateriais complementares para consulta. Sero tratados os conceitos de tica, moral e os dilemas que vivemos diariamente. A conduta e a conscincia tica como fundamentos para o exerccio pleno da cidadania so tratados na medida em que circunstncias polticas, econmicas e cientcas nos levam a analisar e decidir entre o bem e o mal, o justo e o injusto, o honesto e o desonesto. Diariamente somos postos prova. No contexto prossional, princpios ti-cos e morais, alm da inuncia cultural que recebemos, oferecem critrios paraatomadadedecisonosnegcios.Osgestoresencontram-sediante de um contexto social que demanda o equilbrio entre a busca pelo lucro, o respeito pelas pessoas e pelo meio ambiente. O lucro a qualquer preo no maisaceitopelasociedadequecobradasorganizaesoinvestimento social e a preservao ambiental. Neste contexto, como se insere o prossio-nal de transaes imobilirias? Ao fazer parte de uma equipe que atua na rea de transaes imobilirias, de que maneira deve conduzir suas relaes interpessoaisnosentidodemanteraharmonianabuscapelosresultados desejados? No plano de carreira de um prossional est presente o desen-volvimentodehabilidadestcnicascomoacomunicaoeciente,ages-to de recursos humanos, nanceiros e tecnolgicos, entre outras que lhe permitem oferecer apoio administrativo ou gerenciar equipes. Alm destas, tambm habilidades humanas para o convvio harmonioso so fundamen-taisparaosmembrosdeumaequipeesuaslideranas.Valelembrarque tambm a imagem do prossional de transaes imobilirias deve ser preser-vada de situaes que contrariem os valores morais da sociedade. Alm do contedoterico,vocencontraaplicaesprticas,indicaesdeleitura, pesquisas de vdeos na internet e sugestes de leitura e atividades culturais relacionadas aos temas abordados. Desejo a todos uma tima leitura!Prof. Elaine Arantese-Tec Brasil 13Aula 1 Conceitos fundamentais para a compreenso da ticaNesta aula, voc vai conhecer os conceitos fundamentais para a compre-enso de temas como: tica e moral; conscincia tica e as razes que nos levamaestudaratica,modernamente.Aonaldestaaula,vocser capazdeconceituaresteselementosereetirsobreosacontecimentos de nosso cotidiano por meio da indicao de um vdeo que traz mais ele-mentos para sua compreenso. A partir de um exerccio proposto, voc conhecer melhor os conceitos relacionados moral. Vamos l!1.1 tica Nossa abordagem sobre o tema da tica ser voltada para sua conceituao aplicada prtica, contudo, acredito que importante saber um pouco so-bre os antecedentes loscos que serviro como base para a construo do conceitoquemuitosautoresutilizamatualmente.Emsuaobra,S(2009, p. 17) ensina que tica deve ser compreendida como a cincia da conduta humana perante o ser e seus semelhantes. Observe por este primeiro con-ceito que se trata de um estudo cientco, ou seja, baseado em normas e o devido rigor. Ainda analisando este conceito, voc v que a tica relaciona a conduta de uma pessoa sua relao com outra pessoa. Podemos aqui nos lembrar daquela frase que todos conhecemos: a liberdade de uma pessoa termina quando comea a liberdade do outro. Existem limites para nosso convvio, existem regras que impomos e que desejamos ver respeitadas. Figura 1.1: Limites para convvioFonte: http://dekuasetudo1pouco.blogspot.comMuito embora as questes ticas estejam a todo instante presentes na mdia, bem como em materiais de comunicao como anncios na mdia impressa, TV, rdio e internet feitas pelas empresas, bom que se saiba que se trata de um termo trazido pelos trabalhos de Pitgoras no sculo VI a.C., ou seja, h mais de 2.600 anos atrs! Tambm Aristteles, no sculo IV a.C., h mais de 2.400 anos, falou sobre a tica em sua obra tica a Nicmaco. Figura 1.2: Pitgoras Fonte: http://www.cienciaesoterica.comFigura 1.3: Aristteles Fonte: http://oglobo.globo.comtica est presente na vontade e nas atitudes virtuosas de uma pessoa em relao a ela mesma e queles com quem convive. A virtude est presente nas relaes em que se busca o bem comum. Assim sendo, a tica existe quandooindivduoestnapresenadeoutraspessoas,mastambm, principalmente,quandoestsozinho.Imagineaseguintecena,apessoa est dirigindo sozinha em seu carro e deseja se desfazer de um papel. Alm disso, no h mais nenhum carro sua volta. Aquele que respeita o fato de que a via pblica e que preciso respeitar os componentes ticos presen-tesnacidadaniaguardarestepapelconsigoparajog-lonumcestode lixo. J o indivduo cujo respei-to pelo bem comum limitado ouinexistente,simplesmente abre o vidro do carro e atira na ruaopapelsemutilidade.O mesmo princpio vale para CDs e DVDs piratas, quadros falsos, apropriaodoquenolhe pertence,utilizaodobem pblicoparabenefciopriva-do, entre outros.Pitgoras foi um importante matemtico e lsofo grego. Nasceu no ano de 570 a.C na ilha de Samos, na regio da sia Menor (Magna Grcia). Provavelmente, morreu em 497 ou 496 a.C em Metaponto (regio sul da Itlia). Embora sua biograa seja marcada por diversas lendas e fatos no comprovados pela Histria, temos dados e informaes importantes sobre sua vida. Fonte: http://www.suapesquisa.com/pesquisa/pitagoras.htmO Filsofo grego Aristteles nasceu em 384 a.C., na cidade antiga de Estgira, e morreu em 322 a.C. Seus pensamentos loscos e ideias sobre a humanidade tm inuncias signicativas na educao e no pensamento ocidental contemporneo. Aristteles considerado o criador do pensamento lgico. Suas obras inuenciaram tambm na teologia medieval da cristandade. Fonte: http://www.suapesquisa.com/aristoteles/Figura 1.4: Falta de senso de coletividadeFonte: http://www.tribunadonorte.com.brtica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 14O estudo da tica conforme ensina Srour (2003, p. 15) est vinculado aos cdigos e normas que regulam as relaes e condutas entre os agentes so-ciais, os discursos normativos que identicam, em cada coletividade, o que certo ou errado fazer. Observe que neste conceito, temos presentes alguns componentes importantes para a compreenso da tica. So eles: as normas reguladoras; a distino da tica segundo o grupo social; a escolha entre o certoeoerrado.Aonormatizaraconvivnciaentreosindivduos,atica examina a moral. 1.2 Moral comum se dizer que tica e moral so a mesma coisa. Na verdade, so conceitos diferentes, conforme veremos a seguir. Enquanto a tica diz res-peitodisciplinatericaesistematizaopormeioderegrasaserem seguidasequeestabelecemoquebomparaacoletividade,jamo-ral direciona a prtica cotidiana. O senso comum ainda apresenta alguma confuso entre o que tica e o que moral. Para resolver este impasse, veja a Figura 1.5 a seguir.A tica disciplina terica, estudo da moralidade confundida com:Minha ticaMoral (conjuntode normasde conduta)Falta de ticaValor cultural (qualidade socialmente desejada)Padres ticosNorma (regra de conduta, pauta de aoFigura 1.5: Terminologia para tica, moral e condutaFonte: SROUR, 2003.Veja que a moral diz respeito ao indivduo inserido no contexto social e que os padres ticos estabelecem a norma a ser seguida pelas pessoas na busca pelo convvio para o bem.Outra confuso que existe, reside entre os termos: moral, imoral e amoral. Vamos observar na gura abaixo alguns exemplos que nos ajudam a escla-recer este impasse.e-Tec Brasil Aula 1 Conceitos fundamentais para a compreenso da tica 15 moral amoral imoralPositivo Neutro NegativoDirigir com cuidadoEstudar para a provaTer um carroFazer uma provaDirigir embriagadoColar na provaFigura 1.6: Situaes morais, imorais e amoraisFonte: SROUR, 2003, pg. 30.No vdeo indicado para voc complementar seus conhecimentos sobre este tema, o Prof. Mrio Sergio Cortella tambm aborda estas diferenas. Assista!Resumo Nesta primeira aula, vimos que tica e moral so dois conceitos diferentes. ticaacinciadacondutahumanaperanteosereseussemelhantes e que moral diz respeito ao indivduo inserido no contexto social e que os padres ticos estabelecem a norma a ser seguida pelas pessoas na busca pelo convvio para o bem. Discutimos que a conduta tica se faz presente por meio da vontade e das atitudes virtuosas das pessoas em relao a ela mesma e queles com quem convive. Atividades de aprendizagemFaa um quadro semelhante ao que foi apresentado na Figura 1.6 des-ta aula e complete com outras aes que para voc so morais, amorais ou imorais.Assista ao vdeo com a entrevista concedida pelo Prof. Mrio Sergio Cortella a J Soares, exibido pela TV Globo e disponvel no link http://www.youtube.com/watch?v=QK5LDsEKuEA. Nesta entrevista, Cortella fala sobre tica e explica conceitos como: moralidade; amoralidade e imoralidade.tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 16e-Tec Brasil 17Aula 2 Valores, prosso e ticaNesta aula, trataremos os valores, seu conceito e os princpios presentes noexercciodaprossoquemerecemorespeitoeoreconhecimento da sociedade e do mercado de trabalho. Ao nal desta etapa, voc ser capaz de reconhecer os valores declarados pelas organizaes e ser con-vidado a reetir sobre seus prprios princpios.2.1 ValoresValores so princpios dos quais no abrimos mo. Passos (2004, p. 22) faz a diferena entre valores morais representados pelos princpios e valores no morais que possuem uma base material como, por exemplo: as roupas que vestimos;ocarroqueusamos;ouaindaacasaemquemoramos.Vamos aqui abordar os valores morais que trazemos de nossa criao familiar, as-sociam-se aos que desenvolvemos e acumulamos durante nossa existncia, sontimoseprpriosdecadaumdens.Oambienteemquevivemos, convivendo com outras pessoas na famlia que constitumos, no nosso local de trabalho, na instituio de ensino, nossos amigos, nos oferece oportuni-dades de prtica de nossos valores a partir do relacionamento interpessoal. Cabe a cada um exercer a prtica dos valores para o bem prprio e o bem comum. Esta conjugao de atitudes propicia a felicidade do homem e de todos sua volta.Figura 2.1: Falta de senso de bem comumFonte: http://robertofacoro.blogspot.comA Promon uma empresa de capital aberto, desde 1960 oferece solues de infraestrutura em termos de engenharia e gerenciamento. Essa empresa indicada como fonte de consulta quando se trata da expresso de valores. Acesse o link http://www.promon.com.br/, l voc vai encontrar tambm as diretrizes estratgicas e aquilo em que a empresa acredita ao fazer negcios. Um dos valores desta empresa o bom humor, imagine! E fcil entender o motivo, anal, quem pode ser feliz trabalhando o dia todo ao lado de algum de cara amarrada? Os valores evoluem com o passar do tempo. Se no incio do sculo XX, logo aps a Revoluo Industrial a preocupao das empresas era com a produ-o em massa, observa-se que na dcada de 30 a administrao voltou-se para o bem estar do funcionrio. Nos anos 40 com a burocracia vieram as normatizaes e na sequncia as atenes se voltaram para a motivao do trabalhador. Os impactos da atividade produtiva sobre o meio ambiente nas dcadas de 70 e 80 convergiram com a teoria que inseria a organizao num sistema aberto, relacionando-se com outras organizaes. As empresas tm divulgado seus valores, deixando claro para a sociedade as atitudes das quais no abre mo na busca pela efetivao dos objetivos do negcio.So valores para a PromonIntegridade Dedicar-se de forma inteira, completa. Agir de forma tica consistente e prossional.Respeito Levar em conta a motivao do outro, entender todos os pon-tos de vista envolvidos. Ouvir opinies, construir consensos.ConanaConsiderar-secapaz,entenderseupotencialesuaslimita-es, buscar sua permanente superao. Acreditar em si e no outro, con-tribuir para o grupo.Dignidade Ver-se com respeito e amor prprio. Infundir respeito, cons-truir a partir da autoridade decorrente do conhecimento e da experincia.Equidade Perceber-se parte de um todo, reconhecer a contribuio de cada um. Combater qualquer tipo de discriminao, incluindo originadas em preconceitos de raa, credo, gnero e opo sexual.Justia Oferecer a cada um o qu de direito, entender os impactos de uma deciso. Posicionar-se com sabedoria, coragem e generosidade.Independncia Utilizar o conhecimento para oferecer sempre a melhor soluo, agir de forma imparcial. Ser capaz de decidir seu destino.Bom humor Ter a capacidade de ver com leveza e criatividade. Encontrar sentido e satisfao naquilo que faz.tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 18Leia com ateno estes valores da Promon. Perceba que em cada fra-sehumaindicaoinicialparaasatitudesdoindivduoconsigo mesmo e, na sequncia, apresentada a relao entre o indivduo e as outras pessoas e o trabalho. Conscincia tica. Falamos at aqui sobre tica, moral, e valores e acredito que seja importan-te fazer referncia a S (2009, p. 73) quando ele diz que aquilo que possu-mos em nosso ntimo quando em contato com o mundo exterior proporciona um jul-gamentointernoquefazemosaoescolher entreoquebomemau,entreoque justo e injusto, entre o que honesto e de-sonesto.Nossaconscinciafunciona,des-tamaneira,comoumtribunalemqueas decises so tomadas levando-se em conta uma reexo sobre nossa prpria realidade emcontatocomasprticasdocotidiano emnossafamlia,comnossosamigos,no trabalho, onde estudamos etc.S(2009,p.73)conceituaconscinciati-ca da seguinte maneira: estado decorrente de mente e esprito, atravs do qual no s aceitamosmodelosparaaconduta,como efetivamos julgamentos prprios.O que acontece quando a conscincia tica dene como apropriados atos de roubo, trco, entre outros? Voc deve estar se perguntando: mas a tica no sempre voltada para o bem comum? Em sua entrevista no Programa do J (http://www.youtube.com/watch?v=QK5LDsEKuEA indicado na nossa primeira aula), o Prof. Mrio Srgio Cortella arma que todas as pes-soas tm tica. A divergncia e os problemas acontecem quando a tica de um indivduo no compartilhada pela sociedade. Lembre-se que desde o incio desta aula, tratamos a tica como sendo prpria do indivduo e da sua relao com os outros. Uma imagem que me vem mente quando falo sobre conscincia tica a ocupao, em novembro de 2010, do Morro do Alemo, aquela favela no Rio de Janeiro. Essa favela mantinha seu prprio cdigo de tica que era res-peitado no somente pelos prprios tracantes, mas tambm pelos morado-Figura2.2:AntnioLopesdeS (1927 - 2010), Doutor em Letras, honoris causa pela Samuel Benja-min Thomas University, Londres. Doutor em Cincias ContbeisFonte: http://www.lopesdesa.com.br/e-Tec Brasil Aula 2 Valores, prosso e tica 19res estando ou no de acordo com seus termos. A interveno dos policiais, com apoio do Governo Federal brasileiro se deu e foi legtima porque a tica ali predominante entrava em conito com a tica da sociedade, prejudican-do os moradores daquele local e oferecendo um exemplo de conduta para outros indivduos que no condiz com a convivncia saudvel que se espera para os seres humanos. Figura 2.3: ocupao Complexo do Alemo em novembro/2010Fonte: http://entremundos.com.brAo acompanhar os noticirios, voc v que a atitude dos governos munici-pal e estadual do Rio de Janeiro com o apoio do Governo Federal se repetiu ao se autorizar a ao da polcia para ocupar tambm a favela da Rocinha, em novembro de 2011 dando continuidade ao de devolver ao cidado daquela comunidade o direito ao exerccio pleno de sua cidadania, seguindo os princpios da sociedade em que vivemos.Figura 2.4: ocupao da RocinhaFonte: http://www.band.com.brtica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 202.2 Prosso e ticaEm processos de seleo, as empresas tm buscado prossionais que com-partilham seus valores. Por que isto? Porque os objetivos propostos por uma organizao sero atingidos com legitimidade medida que as iniciativas de seusfuncionriosreetiremaquiloqueconstanaspropostasenomodelo do negcio. A imagem da marca da empresa se benecia da conduta tica de cada pessoa que contribui direta ou indiretamente para a fabricao de seus produtos ou servios.Por este motivo, tica um tema que compe a base da formao prossio-nal de qualquer indivduo. Seu reconhecimento se faz na mesma proporo em que demonstrada por meio de palavras e atos.Desempenharumaatividadeprossionaldemaneiraticasignicaseguir os princpios morais daquela sociedade, dentro do que prev a lei, confor-meocdigodeticadaprosso.Estelivroabordadiversostemaspara proporcionaravocsubsdiosparareetirsobresuacarreira,suaatuao prossionalesejacapazdeseinspirarempessoasquesorefernciano desempenho tico de suas prosses.Resumo Nestaaulavimosquevaloressoprincpiosdosquaisnoabrimosmoe que eles evoluem com o passar do tempo. Vimos que os governos agem de maneira a garantir a harmonia no convvio entre os cidados, intervindo nas comunidades em que a tica predominante entra em conito com os precei-tos ticos da sociedade. Da mesma maneira, o exerccio da prosso deve se basear nos fundamentos ticos denidos pela categoria.Atividades de aprendizagemE voc, quais so seus valores? J pensou sobre isso? Quais so as atitu-des, os posicionamentos dos quais voc no abre mo? Leia o artigo sobre o pensamento e a obra de Aristteles, em especial tica a Nicmaco disponvel no link http://www.webartigos.com/articles/5996/1/Etica-a-Nicomaco/pagina1.htmle-Tec Brasil Aula 2 Valores, prosso e tica 21e-Tec Brasil 23Aula 3 Conduta tica Esta terceira aula de nosso livro aborda o comportamento do indivduo e sua conduta alm de tratar os dilemas que enfrentamos no nosso dia-a--dia. O estudo da tica na contemporaneidade e a prtica plena da cida-dania tambm so temas importantes para compor o contexto no qual um prossional de transaes imobilirias deve desempenhar suas atividades.3.1 O que conduta ticaAo compreendermos que o estudo da tica passa pela normatizao das condutas dos indivduos, precisamos tambm conhecer as razes que levam osindivduosaaceitaremasnormasimpostaspelogrupoaoqualperten-cem. Anal, por que respeitamos uma regra de conduta cujo cumprimento podecausarpolmicas?Vejaporexemploolimitedevelocidadeemvias pblicas, o percentual de lcool no organismo que caracteriza a embriaguez, so normas no cumpridas que sujeitam o condutor de um veculo a penali-dades. J houve muita controvrsia sobre estes dois assuntos. Leia a matria indicadaemMdiasIntegradas,reitasobreostemaspropostosediscuta com seus colegas. Voltando ao questionamento feito, as razes que nos levam a respeitar estes limites, segundo Srour (2003, p. 37), esto relacionadas punio prevista pela legislao - normas jurdicas - ou punio prevista pelo grupo social - normas morais- alm da necessidade que o indivduo tem de ser aceito pelo grupo e pertencer a ele - normas de etiqueta. Para este ltimo caso, trago como exemplo as normas estabelecidas para se frequentar um grupo religio-so. Veja na sequncia.Em alguns casos, homens e mulheres so orientados quanto s roupas ade-quadas para o cotidiano e para o culto religioso, alm de prever comporta-mentos desejados face ao contedo da doutrina. Observe que no nosso pas, no h penalidades legais implcitas, mas existem punies sociais expressas pelarejeiodogrupo.Jemoutrospases,odesrespeitosnormasde conduta que ferem os princpios religiosos punido pela lei. Veremos este tema mais adiante quando tratarmos da tica presente na interculturalidade. Normatizao(norma+izar) vtd Estabelecer normas para. Cf normalizar. Fonte: http://www.dicionarioweb.com.br/normatizar.htmlFigura 3.1: Burka, vestimenta obrigatria para as mulumanasFonte: http://burqa.deO prossional de transaes imobilirias pode se deparar com uma situao em que tem que se relacionar com pessoas de diferentes culturas. impor-tante,ento,saberquaissoosrequisitosquedevemseratendidospara que se cumpram normas jurdicas, morais e de etiqueta destas pessoas. Sua no observncia, pode resultar em situaes delicadas que podem inclusive determinar o sucesso ou fracasso da negociao.3.2 DilemasUmdilemacausadoquandotemosduassolu-espossveisparaapenasumproblema,mas nenhumadasduasplenamentesatisfatria. UmdilemamuitoconhecidonaHistriadaHu-manidadefoipropostopeloReiSalomoper-sonagemdaBbliaqueviveuentre1009a.C.e 922 a.C., terceiro rei de Israel a duas mulheres para resolver um caso difcil. Procurado por duas mulheres que reclamavam a maternidade de um beb, o rei deveria decidir a qual das duas entre-garacriana.Sabendoqueumamepreferiria ver seu lho entregue a outra mulher do que v--lo morto, o rei props dividir a criana ao meio e entregar metade para cada uma. Observe na histria da imagem acima, que para a verdadeira me, nenhuma dassoluespropostassatisfatria.Diantedestedilema,amedacrian-Figura3.2:OReiSalomo (1009 a.C. e 922 a.C.) dian-tededuasmulheresque reclamavamdireitoscomo me de um bebFonte: http://demolayparana.blogspot.comtica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 24aprefereverseulhoentregueoutrareclamante.Importantetambm ressaltar aqui que a sabedoria um componente fundamental na soluo de um dilema, da as referncias que se faz ao Rei Salomo quando se deseja exal-tar a sabedoria de algum ou necessria para se resolver uma situao difcil. Salomo julga sabiamentePoucotempodepois,apresentaram-seduasmulheresaSalomo.Uma disse: Senhor, eu e esta mulher habitvamos na mesma casa. Durante a noite, estando a dormir, sufocou o lho e, aproveitando-se do meu sono, ps o meu lho adormecido junto de si e colocou aos meus ps o seu lho que estava morto. De manh, olhando de perto para ele, vi que no era o meu lho. A outra mulher interrompeu: No, o meu lho o que est vivo, o teu morreu. A primeira replicou: No, o teu que morreu. O que est vivo meu. E continuaram a disputar.Ento o rei disse: Trazei uma espada, dividi em duas partes o menino que est vivo e dai metade a cada uma!. Cheia de amor ao seu lho, a mu-lher cujo lho estava vivo suplicou: Senhor, peo-vos que lhe deis a ela o menino vivo e no o mateis!. A outra, pelo contrrio, dizia: No seja para mim nem para ti, mas divida--se. Ento Salomo disse: Dai primeira o menino vivo porque ela a verdadeira me. E assim todo o povo de Israel soube que a sabedoria de Deus assistia ao rei para julgar com retido.Fonte: http://www.bibliacatolica.com.br/historia_biblia/17.phpVamos agora trazer a questo dos dilemas ticos para o contexto empresarial. Vamosinicialmenteaumexemplodedilemadevaloresvividopelaempresa ExxonValdez.Em1989,noAlasca,umacidenteaconteceucomumdeseus petroleirosquebateunumrecife,derra-mandomaisde11milhesdegalesde leo, contaminando mais de 250 mil aves marinhas e cerca de 3 mil lontras e exigin-do um investimento de US$ 2 bilhes para limpar o local do acidente alm de danos irreparveis para a imagem da marca. Se-gundo Srour (2003, p. 178) este acidente foi causado pela embriaguez do capito do Figura 3.3: Tragdia petroleiro Exxon ValdezFonte: http://domfernando.wordpress.come-Tec Brasil Aula 3 Conduta tica 25navio.Considerandoquesuasatividadesapresentamaltorisco,aempresa decidiu investir em testes aleatrios de teor alcolico e drogas em todos os funcionrios de suas subsidirias e candidatos a uma vaga, em todos os pa-ses. Os indicadores demonstraram que esta iniciativa reduziu a zero o uso de drogas no ambiente de trabalho, reduzindo o nmero de acidentes. Estasituao,porumladoapresentaumainiciativainibidoraqueprevine nosomenteaocorrnciadeacidentesdetrabalhoentreosfuncionrios, mastambmoprejuzoaoutraspessoaseaomeioambiente.Poroutro lado,invadeaprivacidadedaspessoasaindaquealegislaovigentenos pases onde a empresa tem liais permita esta prtica. Nesta mesma linha de raciocnio, atitudes preventivas no trabalho podem invadir a privacidade dos funcionrios ainda que seja permitida por lei. Ob-serve que trabalhando como tcnico em transaes imobilirias seja como apoio ou como gestor, voc deve lembrar-se de que na mesma medida em quevocprevinesituaesdesagradveisemtermosdecondutapros-sionalaoimpornormasparaosfuncionrios,vocpodeinvadirsuapri-vacidade, gerando inclusive um passivo trabalhista. Veremos esta situao maisadiantequandotratarmosotemadalegislao,contudo,desdej, quero que voc reita sobre esta questo, pois o trabalho como tcnico em transaes imobilirias pressupe a reunio de pessoas com uma nalidade especca e envolve uma equipe de organizao. Ou seja, ao envolver pes-soas, os dilemas ticos voltados para a conduta esto sempre presentes no desempenho desta atividade prossional.3.3 CidadaniaAoabordarotemadacondutatica,fundamentaltrataraquestoda relao entre o indivduo e o Estado, ou seja, a cidadania. J na Roma An-tiga 12 sculos que se iniciam em VIII a.C com a fundao de Roma se estabeleceu os direitos e deveres que cada indivduo tem para com o Estado. Matias-Pereira (2010, p. 28) deixa claro que este conceito vem evoluindo ao longo do tempo considerando aspectos de respeito ao ser humano incorpo-rados ao conceito inicial que abordava muito mais o cidado como aquele que contribui com o pagamento em dia de seus impostos para a manuten-o do bem estar social. Estas mudanas so fruto do cenrio mundial em termossociais,econmicos,ambientaiseculturaisqueexigemparaoser humano um tratamento digno. A Declarao dos Direitos Humanos que se encontra na ntegra no link http://www.onu-brasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php foi proposta pela ONU Organizao das Naes Unidas e assinada por todos os Estados Membros garantindo a todos os membros da famlia humana e de seus direitos iguais e inalienveis o fundamento da liberdade, da justia e da paz no mundo. tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 26Assim sendo, muito mais do que um contribuinte, o cidado aquele que dialoga com os representantes que ele mesmo elegeu sobre aspectos relati-vos prosperidade de sua cidade, estado ou pas; sobre a transparncia na divulgao da gesto pblica; sobre a tica na tomada de decises durante a gesto pblica e sobre a democracia.No processo democrtico, o voto tem valor inestimvel. Assim, caro aluno, lembre-se sempre de utilizar seu voto como instrumento de exerccio de sua cidadania plena. Este o primeiro passo para a conquista da plenitude de um ser humano e de um cidado. assim que se constri um pas melhor e mais justo para todos. desta maneira que uma Nao se fortalece.Resumo Nestaaula,abordamosacondutaticabaseadaemvalores,temajestu-dadoanteriormente.Colocamosfoconanecessidadedanormatizaoda conduta de um determinado grupo para promover o equilbrio no convvio entre os indivduos. Explicamos que os dilemas so situaes cujas solues queseapresentamsodifceisdeseremadotadasemfacedediferentes motivos. Dilemas empresariais acontecem quando os gestores se encontram diante de decises que envolvem por um lado o sucesso do negcio e, de outro lado, impactos sociais e/ou ambientais negativos. As decises na rea pblica so tomadas pelos representantes do povo, por este motivo, aborda-mos tambm o voto como expresso de cidadania que nos permite escolher aqueles que, em nossa opinio, escolhero as melhores solues e osme-lhores caminhos para a manuteno da harmonia no convvio das pessoas.Atividades de aprendizagem1.Noexercciodesuaprosso,vocjsedeparoucomdilemasticos? Qual escolha voc fez e a que voc renunciou? Aps sua deciso, qual foi sua avaliao: a escolha que fez demonstrou ser a mais acertada?1. Leia a matria Lei Seca disponvel no link http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/lei_seca/index.shtml que discute os motivos para impor um limite para o teor alcolico no organismo sujeitando seus infratores s penalidades da legislao. Nesta matria, voc conhece outros pases que tambm adotameste procedimento.2. A matria Hemolia e o dilema tico disponvel no link http://veja.abril.com.br/blog/genetica/arquivo/hemolia-e-o-dilema-etico/ um exemplo do estudo da tica voltado para questes cientcas e de convvio social envolvendo a tica prossional na rea mdica. Neste caso, um dilema se impe aos mdicos envolvendo um caso de paternidade. e-Tec Brasil Aula 3 Conduta tica 272.Qual sua opinio sobre a Lei Seca? Voc concorda com o limite impos-to pela legislao? Que relao voc faz entre impor limites e scaliz--los? Algumas pessoas dizem que o limite para o teor alcolico no orga-nismo no precisaria ser to rgido, bastaria que a scalizao fosse mais eciente. Voc concorda?3.Depois de ler a matria Hemolia e o dilema tico, responda: o que voc faria se zesse parte da equipe mdica? Contaria a verdade jovem, lha do homem portador de hemolia? Reita e discuta com seus cole-gas. Considere as opinies contrrias s suas e argumente seus motivos.tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 28e-Tec Brasil 29Aula 4 tica na relao da organizao com seus stakeholdersNa nossa quarta aula voc vai aprender que os pblicos com os quais uma organizao se relaciona so aqueles que merecem atitudes ticas e trans-parentes de qualquer organizao. Para com eles, ela tem obrigaes ticas e morais, inclusive determinadas pela legislao. Seu comportamento por consequncia recompensado ou punido pela sociedade que a legtima.4.1Quem so os stakeholdersde uma organizao?Stakeholder um termo em ingls utilizado para designar os pblicos com os quais uma organizao se relaciona. Na Figura 4.1, voc v representa-dososprimeirospblicos,ouseja,aquelesquesodiretamenteafetados pelas atividades de produo ou prestao de servios. So eles: os funcion-rios, os clientes, os fornecedores, os acionistas, a comunidade, a sociedade, o governo, e o meio ambiente. MdiaConcorrnciaEscolasOrganizaes InternacionaisMeio AmbienteFornecedoresComunidadeClientesAcionistasFuncionriosGoverno e SociedadeSindicatosAtivistas ONGsEmpresaFigura 4.1: Alguns pblicos com os quais uma organizao se relacionaFonte: Elaborado pela autoraEstoidenticadostambmoutrospblicos,ocaso,porexemplo,dos ativistas, das ONGs Organizaes No Governamentais, organizaes in-ternacionais,instituiesdeensino,amdiaouaconcorrncia.Alencastro (2010,p.66)ensinaqueaticaempresarialquevaisendoconstrudae amadurecida aos poucos na relao com seus pblicos.4.2As obrigaes de uma organizao para com seus stakeholdersA relao da organizao com os pblicos de interesse sempre palco de ne-gociaes. Veremos mais adiante a tica permeando os processos de nego-ciao. Por enquanto, vale aqui ressaltar que o ambiente de conitos cotidia-nos de uma organizao regulado pela tica que estabelece limites a serem seguidos por meio de normas e de punies para seu no cumprimento. Tais limites so estabelecidos considerando a cultura organizacional fundamen-tados nos valores dos quais no abre mo e que servem como balizadores para o processo decisrio e para as relaes interpessoais.Em sua argumentao a respeito da legitimao tica, Srour (2003, p. 143) ensina que h ocasies em que situaes so provocadas diante de alguma adversidade. O autor se refere a casos como, por exemplo, a preservao da integridade fsica que permite que um cidado defenda sua vida contra um criminoso. Se levarmos esta situao para o campo da atividade empresarial, emsuaopinio,seriapossvelaceitarqueumaorganizaopratiqueatos antiticos para evitar sua falncia? Qual sua opinio?Figura 4.2: Desabastecimento de combustvelFonte: http://www.google.com.brPara dar suporte sua reexo, considere que Alencastro (2010, p. 87) ar-gumentaquesetratadeumaprticaantiticaaimposiodecondutas uniformes no mercado (cartel) o que intensica as barreiras para entrada de novos concorrentes. Outra prtica antitica que voc j ouviu falar a es-pionagem industrial. E o que dizer da reduo intencional na fabricao de um produto por uma empresa causando desabastecimento no mercado? Por que a empresa faria isso? Para armar que se trata de uma situao devida aoexcessodedemanda.Comovocvestasituao?Prticaaceitapelo mercado e consumidores ou falta de tica?Balizarv.t. Marcar por meio de balizas; separar; distinguir. Marcar, determinar a direo.tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 30ResumoNesta aula acabamos de levantar situaes nas quais entram em jogo os va-lores da organizao. A mudana de comportamento das organizaes, em relao aos seus stakeholders, se d na medida em que os valores evoluem ao longo do tempo. Atividades de aprendizagemFaa uma lista dos stakeholders da organizao em que voc trabalha e reita sobre o relacionamento que se tem com cada um deles em termos de tica e transparncia. Os fornecedores, por exemplo, so comunica-dosdomotivopeloqualperderamumaconcorrnciaequaisasaes quesesugerequetomemparamelhorarseudesempenhoparauma nova tomada de preos?e-Tec Brasil Aula 4 tica na relao da organizao com seus stakeholders 31e-Tec Brasil 33Aula 5 Iniciativas ambientais inuenciam a cultura organizacionalA organizao um sistema aberto que interage com outras organizaes inseridas no ambiente externo. Cada uma, com suas peculiaridades, toma decises com base na razo de ser do negcio e, com isso, causa impactos nasociedadeenomercado,inuenciandoinclusiveaculturaorganiza-cional. Este o tema desta aula. Ao nal desta discusso voc compre-endercomoadecisodeumprossionalpodeiniciarmovimentosem toda sociedade. Sugiro que voc assista ao vdeo recomendado em Mdias integradas.OpoemaSdesacanagemescritopelajornalistaeatriz Elisa Lucinda declamado pela cantora Ana Carolina em um de seus shows um exemplo de que atividades culturais, a msica neste caso, reetem o pensamento e o desejo da sociedade.5.1Relao com stakeholders e acultura organizacionalPresentesnoambienteexternodeumaorganizao,osstakeholdersin-uenciamasorganizaescomasquaisserelacionam.Vamosanalisarna Tabela 5.1 algumas situaes que envolvem mudanas de comportamento em relao aos pblicos de interesse face s mudanas no ambiente externo que levaram a uma mudana na cultura organizacional.Tabela 5.1: Aes que inuenciaram na mudana de cultura organizacional em rela-o s situaes vericadas junto aos stakeholdersStakeholder Situaes vericadas Aes externas que inuenciaram na mudana de cultura organizacionalClientesDemandas da sociedade por princpios que envolvam a qualidade do produto/servio; segurana no uso do produto ou do servio; atendimento adequado pela fora de ven-das; atendimento ps venda.Cdigo de defesa do consumidor; Forte atuao do Procon;FuncionriosAumento do nmero de mulheres no quadro de funcionrios das organizaes; relaciona-mentos conituosos; pessoas com decincia entrando para o mercado de trabalho.Legislao impondo creches em empresas com um nmero mnimo de mulheres; Lei 10224 de 15/05/2001 que dene o assdio moral e oferece suporte paraos funcionrios;Legislao impondo percentual de con-tratao de pessoas com decincia em relao ao nmero de empregadosStakeholder Situaes vericadas Aes externas que inuenciaram na mudana de cultura organizacionalMeio ambientePoluio do ar e da gua; orestas devas-tadas; aquecimento no planeta provocando catstrofes ambientais; produtos com altos nveis de rudo prejudicando a qualidade de vida de pessoas que habitam pequenas moradias.Legislao controlando a emisso de gases poluentes; exigncia de investimentos em tecnologia para continuar a operao; controle de rudos.AcionistasAtitudes antiticas de dirigentes levando divulgao de resultados fraudulentos para valorizar o negcio.Legislao como a Lei Sarbanes Oxley (SOX) nos Estados Unidos que orientam para a prestao de contas transparente e tica.ComunidadeQuestionamento quanto aos investimentos feitos em cultura, esportes, desenvolvimento social e ambiental pelas empresas.Movimentao das empresas para direcionar investimentos para a comunidade de entorno com retorno positivo para a imagem da marcaFonte: Elaborao da autora5.2 tica na tomada de deciso Valores, conforme j vimos nas aulas anteriores, so princpios dos quais no se abre mo. Assim sendo, prticas como fechar a venda custe o que custar nosoaceitasemorganizaesticas.Alencastro(2010,p.97)recorrea Melloparaexplicarquaissoasquatrocaractersticasdoprossionalque deseja construir uma carreira pautada no procedimento tico:1.Previsibilidade e coerncia2.Clareza e transparncia3.Cumprimento daquilo que foi acordado4.HonestidadeSrour (2003, p. 121) aponta dois caminhos que orientam a tomada de de-ciso das pessoas e que se reete no comportamento prossional. So eles: a deciso pela convico e a deciso pela responsabilidade. Vamos ver cada um deles na Tabela 5.2.Tabela 5.2: Deciso pela convico e deciso pela responsabilidadeDeciso pela convico Deciso pela responsabilidadeSou me e devo me dedicar aos meus lhos.Como me, importante que eu cuide da minha famlia porque isso nos faz felizes.No posso me atrasar para meus compromissos. Tenho um compromisso e sensato que eu no me atrase.Ao dirigir preciso seguir as regras de trnsitoSou motorista e pelo meu interesse e dos outros, devo respei-tar as regras de trnsito.Sou empregado e devo vestir a camisa da organizao. Como funcionrio da empresa, importante que eu seja tico.Fonte: SROUR, 2003.tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 34No caso da deciso pela convico, o indivduo executa a ao porque est escritoemalgumlugarouditoporalgumouconvencionadopelaregra socialquedeveserassim.Jnadecisotomadapelaresponsabilidade,a pessoa reete sobre o que deve fazer e consegue encontrar um motivo que o impulsiona para a realizao da ao. Nesta situao, observe que foi con-quistadoocomprometimentodapessoaequeissomaisfortedoque simplesmente obedecer a uma ordem porque preciso. A tica faz parte do ser humano, cada um de ns tem sua tica. Somos bem vistos, aceitos, respeitados e reconhecidos quando nossas prticas ticas res-ponsveis convergem para aquelas que a sociedade entende que proporcio-nam o bem comum.Resumo Vimos nesta aula que a cultura da organizao tem forte peso sobre a to-mada de deciso de seus gestores. A convico e a responsabilidade foram apresentadas nesta aula como diretrizes para a tomada de deciso pessoal e prossional dos indivduos.Atividades de aprendizagemReita sobre as decises que voc toma em sua vida baseadas na convic-o e na responsabilidade, conforme estudamos nesta aula.AnotaesConvicos.f. Certeza adquirida por fatos ou razes; persuaso ntima, convencimento.1. Assista ao vdeo e leia o texto S de sacanagem escrito pela poetisa Elisa Lucinda e interpretado pela cantora Ana Carolina no linkhttp://letras.terra.com.br/ana-carolina/832783/2. Navegue pelo site do Instituto Brasileiro de tica nos Negcios: http://www.eticanosnegocios.org.br/2011/ Leia as matrias disponveis e complemente os contedos vistos nestenosso livro.e-Tec Brasil Aula 5 Iniciativas ambientais inuenciam a cultura organizacional 35e-Tec Brasil 37Aula 6 tica prossionalA conduta prossional tica condio para a credibilidade do indivduo noexercciodaatividadequeescolheu.Denadaadiantadominarhabi-lidades cientcas, tecnolgicas ou artsticas se o indivduo no imprimir sua marca tica no exerccio prossional. Nesta aula, vamos conhecer os aspectos que envolvem a prosso e o valor de seu exerccio, bem como vamos discutir as virtudes necessrias para o cumprimento das obrigaes prossionais. O trabalho oferece ao indivduo um valor social que vai mui-to alm do retorno econmico obtido e contribui para a construo de sua imagem prossional.6.1 O que prosso?Ao apresentar a denio de prosso, S (2009, p. 151) ensina que se trata do exerccio habitual de uma tarefa, a servio de outras pessoas. Tanto se beneciaquemexerceaprossocomoquemusufruideseusresultados. Uma conduta adequada esperada da sociedade que observa, reconhece, premia ou pune em funo das prticas prossionais vericadas. O cdigo de tica da prosso que ser estudado na prxima aula apresenta os pa-rmetros para que o indivduo conhea seus limites e saiba como desempe-nhar suas tarefas.S(2009,p.152)tambmfazrefernciaaoconceitoprossional:a evidncia,peranteterceiros,dascapacidadesevirtudesdeumserno exercciodeumtrabalhohabitualdequalidadesuperior.Observeque diante destas palavras est no somente a prtica virtuosa, mas tambm cuja qualidade seja reconhecida. Comeamos aqui a falar do que aborda-remos mais adiante e que trata da construo da reputao e da imagem do prossional.Ainda que o trabalho a ser executado seja necessrio, pode ocorrer de no haver tica em sua execuo. A utilidade de um trabalho no justica um comportamento prossional que contrarie a tica e a moral. 6.2 Virtudes exigidas na prtica prossionalA prtica prossional tica o resultado do relacionamento prossional de um indivduo com os pblicos com os quais ele se relaciona cumprindo as regras estabelecidas pela sociedade que derivaram no cdigo de tica da sua rea de atuao. Muito embora a tica relativa indique o respeito s deman-das especcas de cada cultura, h prticas que so universais e que devem ser respeitadas, como a benevolncia e o respeito. Aoconsultarnossaconscinciaquandovamosescolherqualprossose-guir, conforme S (2009, p. 163), somos movidos pelo desejo de fazer aquilo que nos d prazer, que nos traz felicidade. Este o caminho que nos leva a construir um ambiente saudvel quando nalmente exercemos a prosso que escolhemos. Voc j observou como h pessoas insatisfeitas com o que fazem e deixam isso bem claro no exerccio de sua prosso? Pessoas assim conseguem apenas cultivar a desarmonia entre as pessoas sua volta. Se executamos a tarefa como uma obrigao imposta, acabamos tomando decises no por responsabilidade, mas por convico, conforme j vimos na Tabela5.2.Comoconsequncia,fazemosporquesemprefoiassimeno porque compreendemos que precisa ser feito e qual o motivo. AntonioStradivaricouclebrepelaqualidadedosviolinosqueproduziu inclusivegerandolendasarespeitodosegredodosomqueproduzemos instrumentos que ele fabricou.Figura 6.1: Antonio Stradivari (1648-1737)Fonte: http://en.wikipedia.orgUma frase de S (2009, p. 164) particularmente signicativa: A prosso no deve ser um meio apenas de ganhar a vida, mas de ganhar pela vida que ela proporciona, representando um propsito de f.tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 38Para voc reetirAoexerceraprossodetcnicoemtransaesimobilirias,vocest lidando com necessidades, desejos e sentimentos das pessoas. Ao chamar a ateno destas pessoas para as caractersticas dos imveis, voc conduz estaspessoasparaumadecisoquepodeserbencaparaelesepara voc, este o ideal. Pense nisso!ResumoAprendemos nesta aula que o exerccio de uma prosso est voltado para a habitualidade com se executa uma tarefa ou se presta um servio a outras pessoas. O exerccio da prosso, conforme vimos deve se revestir sempre do aspecto virtuoso, seja uma virtude universal como o respeito ou especca ao desempenho daquela atividade. A prosso deve ser mais que um meio para se ganhar a vida, deve ser um propsito de f, um exerccio constante de virtudes.Atividades de aprendizagemFaa uma relao das virtudes que, em sua opinio, um prossional da rea de transaes imobilirias deve ter. Compartilhe com seus colegas de sala e complete a lista que fez. e-Tec Brasil Aula 6 tica prossional 39e-Tec Brasil 41Aula 7 Gesto da reputaodo prossionalVamos discutir nesta aula o quanto as iniciativas baseadas no comporta-mento tico do prossional inuenciam na construo de sua imagem e, consequentemente,suareputao.Mas,oquereputao?Quaisfa-torescontribuemparaquesejapositivasuaconstruo?Aonaldesta aula, vamos ler um texto que trata de um tema muito atual: sua imagem nainternet.Sevoctemumperlpublicadoemalgumaredesocialou se est pensando em t-lo, leia e reita sobre suas implicaes. Vamos l!7.1A tica, a reputao e a imagemdo prossionalAofalarsobreareputaocomoativointangvel,Srour(2003,p.345) mencionaalgumascaractersticasquevocprecisaconhecerparacom-preender a fragilidade deste termo. Trata-se de um reconhecimento que a sociedade atribui; obter prestgio; traos marcantes percebidos pelas pes-soas;resultadodoimaginriosocial;percepoquesetemdealgum oudeumaorganizaoapartirdojulgamentodaqualidadedorelacio-namento,deseusserviose/ouprodutos;processoprovisrioquepode sofrer alteraes face percepo que se forma. Observe que todas estas caractersticaslevamoconceitodareputaoparaoresultadodojulga-mento que se faz de algum, de alguma coisa ou de uma organizao. Ou seja, trata-se de algo sobre o que se tem pouco controle e, alm de tudo, preciso prestar permanente ateno.Reputaoestassociadaconanaecredibilidadequeseconquista. Vocsabe,necessriomuitotempoparaseconquistaraconanadas pessoas e um segundo para perd-la! Serem respeitadas tudo que as em-presasqueremdeseusconsumidores,poiscomisso,tmcaminhoaberto para conquistarem sua lealdade marca. Contudo, basta uma notcia ruim na mdia ou uma opinio negativa de algum do grupo de referncia para que tudo se perca.Aticaelementofundamentalnaconstruodareputaodeumindi-vduo, de um prossional, de uma marca ou de uma organizao. Polticas socialmenteresponsveissoadotadaspelasorganizaesnosentidode demonstrar ao mercado suas convices no que diz respeito preservao do meio ambiente e s prticas sociais. O processo de comunicao desen-volvido no sentido de fazer com que o consumidor saiba e reconhea esta caracterstica da organizao. Damesmamaneiraumprossionalquedirecionasuacondutapros-sional dentro de padres ticos e se benecia do marketing pessoal que umaferramentaqueauxiliaapercepodaposturaticaprossional contribuindoparaaconstruodeumareputaoqueinspirecredibili-dade no mercado.7.2 Cdigo de tica de uma prossoEm seu livro, S (2009, p. 152) ensina que a prosso pode enobrecer pela ao correta e competente, pode tambm ensejar a desmoralizao, atravs da conduta inconveniente, com a quebra de princpios ticos. Ao pertencer a uma classe prossional, qualquer que seja sua natureza, o indivduo assu-me um compromisso com a sociedade e com os colegas de prosso. O que dizer de um mdico ou um enfermeiro que negligencia os cuidados com um paciente? E um professor que desrespeita um aluno? Veja os polticos! Te-mos aqueles que se dedicam ao exerccio da representao popular e aque-les citados negativamente pela mdia. Observe como existe uma tendncia a generalizar a atuao prossional, fazendo referncias negativas ou positivas a uma classe prossional apenas pela observao de um ou de alguns indiv-duos cuja tica questionvel pela sociedade.Para reetirA matria intitulada Reputao on-line: como cuidar da sua imagem na internet, que voc l a seguir, aborda um tema muito atual voltado para oacessoilimitadoquetodostmsobretodasaspessoas,apenasdigi-tandoseusnomesnumsitedepesquisa,nainternet.Vocjtevesua privacidadeinvadidapelainternet?Atquepontoconsiderabencaa participao em redes sociais como Orkut, Facebook e outros sites de re-lacionamento e de que maneira esta exposio pode prejudicar um pros-sional? Que atitudes voc adota para se prevenir de situaes indesejveis que possam afetar sua imagem como prossional? Ana Paula Zacharias, scia-diretora da Hunter Consulting Group.Conhea o Cdigo de tica dos Prossionais de Finanas, divulgado pela ABEF Associao Brasileira dos Executivos de Finanas no link http://ibefes.ning.com/page/codigo-de-etica-1. Este cdigo de tica foi institudo em setembro de 1998 e em seus captulos aborda: fundamentos ticos e normas de conduta prossional.tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 42Fonte: http://fastsolucoes.com.br/blog/?p=600Reputao on-line: como cuidar de sua imagem na internetAteno,vocestsendogooglado.Qualquerpessoacomconexo internet pode ter acesso a informaes bsicas sobre outra em uma sim-ples busca em sites, por exemplo, o Google. Inclusive o atual chefe e um futuro empregador.Monitorar a imagem e ter certos cuidados antes de se expor nas redes so-ciais e sites no uma tarefa impossvel. Ningum enviaria um currculo impresso com uma foto de biquni anexada para tentar uma nova opor-tunidadedeemprego.Anecessidadedeetiquetapessoaleprofssional ocorre em qualquer contexto e apenas mais evidente na internet, diz Ana Paula Zacharias, scia-diretora da Hunter Consulting Group.1. Pesquise o seu nome Observeoqueasoutraspessoaspodemdescobrirsobrevocevejase h textos e fotos comprometedores ou indesejveis a seu respeito. Muita gente com blog pessoal e sites de fotos como Flickr ou Fotolog pode se esquecer de postagens antigas e at com opinies que j no condizem com a sua, mas que podem comprometer na busca por um emprego.Caso o seu nome seja comum ou no aparea nos primeiros resultados, o escreva entre aspas e veja o que listado com o nome completo e as variaespossveisdele.Ousodepalavras-chave,comooatualem-pregador ou cidade, acompanhadas do nome tambm ajudam a poten-cializar a pesquisa.PostagemPr-se, colocar-se.e-Tec Brasil Aula 7 Gesto da reputao do prossional 43Altere as conguraes de privacidade das redes sociais que aparecem nos resultados ou delete o contedo indesejado. Se o resultado no puder ser removido, pode ser necessrio buscar ajuda especializada.2. No adianta se esconderQuempreferenotercontaemredessociaisouseesconderatrsde apelidoscorreoutrorisco:perderoportunidades.Aescolhadenose expor deixa o profssional sem visibilidade diante da busca de um recru-tador. No estar na rede hoje pode ser grave e signifcar desatualizao, principalmente para algumas carreiras, explica Ana Paula.Redes sociais como LinkedIn e o Facebook, se usadas corretamente, po-dem turbinar a carreira e ser vitrine do seu trabalho. Us-las a seu favor conta pontos e pode ser determinante na busca por um emprego ou no crescimento prossional.3. O que um recrutador pode procurar?Em um processo de seleo, por que o recrutador busca os prossionais na internet antes de decidir se a entrevista de emprego ser ofereci-da? Usar o Google ou procurar informaes nas redes sociais fornecem, de antemo, dados sobre o perl da pessoa, que poder ser o desejado pela empresa ou no.Opinies polmicas, fotos comprometedoras ou falta de credibilidade po-dem afetar o julgamento do prossional, mas um recrutador espera sem-pre encontrar pontos favorveis sobre o candidato.O selecionador quer ter acesso a informaes pessoais do candidato, mas deve entender que um profssional pode se expor na rede diferentemente da forma como conduz a vida profssional, diz Ana Paula.4. Qual imagem virtual agrada empregadores?Informaes sobre envolvimento em atividades e pessoas relacionadas funoexercidapeloprossionalcontamafavor.importantequeo profssional seja verdadeiro e ativo nas redes sociais, mostrando uma ima-gem que condiz com o histrico profssional, diz Ana Paula.tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 445. Como melhorar a reputao on-line?Publique boas informaes a seu respeito na internet. Quem possui contas deblogs,Twitter,FacebookeLinkedIn,entreosprincipais,podeusara atividade online a seu favor. Poste opinies e textos que condizem com a sua prosso e use uma linguagem adequada.D uma checada s vezes nas buscas a seu respeito, inclusive nos fruns de discusso da web, para no escorregar diante da liberdade de expresso.Fique atento ainda s conguraes de privacidade das suas redes sociais. Seforpreciso,crieumperlprossionalnoFacebook,porexemplo,e mantenha o seu pessoal com congurao para no aparecer em buscas. O cuidado sempre tem que existir porque o que voc publica pode estar acessvel,masumaexposiocondizentecomoseuobjetivopodedar bons resultados, aconselha Ana Paula.Fonte: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/reputacao-online-veja-como-cuidar-da-sua-imagem-na-internet ResumoDurante esta aula, vimos que a reputao o resultado que se faz do julga-mento de uma pessoa ou de uma organizao. No fundamento da reputao est a conduta tica que causa impacto direto na imagem, atraindo ou afas-tando pblicos com os quais uma empresa se relaciona ou pessoas com quem umindivduomantmcontato.Ainternetumcanaldecomunicaoque por meio das redes sociais proporciona o acesso a pessoas e organizaes, de todosaquelesquenelanavegam.Issopodeserbomouruim,dependendo da conduta de quem busca informaes. O cdigo de tica prossional tem como objetivo oferecer diretrizes para que a conduta dos prossionais da ca-tegoria seja tal que no comprometa os colegas, nem a classe.e-Tec Brasil Aula 7 Gesto da reputao do prossional 45Atividades de aprendizagemVoctemperlpublicadonasredessociais?Faaumarevisonasin-formaesquejdisponibilizou,reitasobreocontedodestaaulae veja se h necessidade de fazer algumas excluses naquilo que voc tem divulgado a seu respeito. E o seu email? Ele tal que voc poderia passar para um diretor ou presidente de uma organizao? Ou voc se sentiria constrangido se o zesse? Reita se no o caso de mudar seu email ou fazer um novo, mais prossional.Anotaestica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 46e-Tec Brasil 47Aula 8 Cdigo de tica empresarialNesta aula, veremos de que maneira as organizaes, por meio da elabo-rao e disseminao de um cdigo de tica, buscam integrar as iniciativas de seus funcionrios aos valores empresariais de maneira a serem percebi-das com uma imagem positiva, no mercado. Veremos o que um cdigo de tica e como ele deve ser construdo para contar com o comprometi-mento de todos os funcionrios. Como disse Drucker (2002), no existem empresas ticas, existem pessoas ticas que trabalham nas empresas.8.1O que e como se elabora um cdigo de tica para uma organizaoH organizaes que contratam consultorias externas para a elaborao do cdigodetica.Apsaprovaopeloaltoescalo,estedocumentoim-presso e geralmente entregue de duas maneiras: para os funcionrios que j trabalham na empresa feita uma distribuio na sada do almoo ou na sada do expediente; para aqueles recm-admitidos entregue junto com a cpia do contrato de trabalho. Vejaqueemnenhumadestassituaesotrabalhadorfoiestimuladopara a leitura, entendimento e discusso do contedo do cdigo de tica e, no entanto, ao descumpri-lo a punio efetiva. Por outro lado, h muitas organizaes que j perceberam que, muito mais doquesimplesmenteelaborar,aprovar,imprimireentregarocdigode tica preciso que sua construo seja feita pelos prprios funcionrios (ou seus representantes em comisso) incluindo uma discusso sobre o tema da tica. Essa discusso aborda todos os temas que voc est acompanhando, neste livro. ObservenaFigura8.1,vocvresumidasasetapasqueARANTES (2011, p. 143) descreve para a construo e divulgao do cdigo de tica de uma organizao. Para a autora, desejvel que um nmero expressivo de funcionrios, representando todas as reas da organizao, participe da construo deste documento.Sugiroseguirestasetapasparaqueaconstruodocdigodeticaseja legitimada pelos funcionrios. Inicialmente, uma discusso com os funcion-rios envolve: conceitos fundamentais relacionados tica; apresentao de situaes vividas pelas pessoas e as percepes de cada um sobre o tema.DIVERSIDADEConceitos fundamentais: tica, moral, valores, cidadaniaPercepo individual sobre estes conceitosSituaes vividas e percepo individualNecessidade de normas para o sujeito ticoAvaliao de cdigos de tica j existentesAdaptao para a necessidade da organizaoValidao e disseminao para todos os membros da organizaoFigura 8.1: Etapas da construo e divulgao do cdigo de tica organizacionalFonte: ARANTES, 2011 pg. 143Na sequncia, todos so confrontados com a necessidade de normas para que o sujeito tico viva numa sociedade de maneira harmoniosa. Conhecer outros documentos ajuda a conhecer o formato nal de um cdigo de tica e sua adaptao para a organizao se faz necessria em funo das suas particularidades. Por m, validar com a alta diretoria e disseminar para todos os funcionrios uma prtica saudvel que, inclusive, abre espao para dis-cusso e melhor compreenso.Casovocsejaconvidadoparaparticipardeumadiscussocomoesta em sua empresa, j pode imaginar o que o espera e de que maneira voc pode contribuir.8.2Cdigo de ticaO COFECI Conselho Federal de Corretores de Imveis aprovou em 1992 a Resoluo 326/92 que voc l na ntegra na sequncia. Nesta Resoluo, aprovadooCdigodeticaProssionalqueofereceasdiretrizespara atuao tica do prossional da rea de transaes imobilirias. tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 48Cdigo de tica prossional do corretor de imveis RESOLUO-COFECIN.326/92AprovaoCdigodeticaProssional dos Corretores de Imveis.Ad referendum O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMVEIS - COFECI, no uso das atribuies que lhe so conferidas pelo artigo 10, item VIII do Decreto N. 81.871, de 29 de junho de 1978,RESOLVE:Art. 1 - Aprovar o anexo CDIGO DE TICA PROFISSIONAL. Art. 2 - Apresente Resoluo entrar emvigor na datadesua publicao, revogadas as disposies contrrias, especialmente as Resolu-es-COFECI ns 014/78, 037/79 e 145/82. Braslia-DF,25 de junho de 1992 WALDYR FRANCISCO LUCIANOPresidente RUBEM RIBASDiretor 1 Secretrio CDIGO DE TICA PROFISSIONAL Art. 1 - Este Cdigo de tica Prossional tem por objetivo xar a forma pelaqualdeveseconduziroCorretordeImveis,quandonoexerccio prossional. Art. 2- Os deveres do Corretor de Imveis compreendem, alm da de-fesa do interesse que lhe conado, o zelo do prestgio de sua classe e o aperfeioamento da tcnica das transaes imobilirias. Art. 3 - Cumpre ao Corretor de Imveis, em relao ao exerccio da pro-sso, classe e aos colegas: e-Tec Brasil Aula 8 Cdigo de tica Empresarial 49I-consideraraprossocomoaltottulodehonraenopraticarnem permitir a prtica de atos que comprometam a sua dignidade; II - prestigiar as entidades de classe, contribuindo sempre que solicitado, para o sucesso de suas iniciativas em proveito da prosso, dos prossio-nais e da coletividade; III - manter constante contato com o Conselho Regional respectivo, procu-rando aprimorar o trabalho desse rgo; IV - zelar pela existncia, ns e prestgio dos Conselhos Federal e Regio-nais, aceitando mandatos e encargos que lhes forem conados e cooperar com os que forem investidos em tais mandatos e encargos; V - observar os postulados impostos por este Cdigo, exercendo seu mis-ter com dignidade; VI - exercer a prosso com zelo, discrio, lealdade e probidade, obser-vando as prescries legais e regulamentares; VII-defenderosdireitoseprerrogativasprossionaiseareputaoda classe; VIII - zelar pela prpria reputao mesmo fora do exerccio prossional; IX - auxiliar a scalizao do exerccio prossional, cuidando do cumpri-mento deste Cdigo, comunicando, com discrio e fundamentalmente, aos rgos competentes, as infraes de que tiver cincia; X - no se referir desairosamente sobre seus colegas; XI - relacionar-se com os colegas, dentro dos princpios de considerao, respeito e solidariedade, em consonncia com os preceitos de harmonia da classe; XII - colocar-se a par da legislao vigente e procurar difundi-la a m de que seja prestigiado e denido o legtimo exerccio da prosso.Art. 4 - Cumpre ao Corretor de Imveis, em relao aos clientes:tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 50I - inteirar-se de todas as circunstncias do negcio, antes de oferec-lo; II - apresentar, ao oferecer um negcio, dados rigorosamente certos, nun-ca omitindo detalhes que o depreciem, informando o cliente dos riscos e demais circunstncias que possam comprometer o negcio; III - recusar a transao que saiba ilegal, injusta ou imoral; IV-comunicar,imediatamente,aoclienteorecebimentodevaloresou documentos a ele destinados; V-prestaraocliente,quandoesteassoliciteoulogoqueconcludoo negcio, contas pormenorizadas; VI - zelar pela sua competncia exclusiva na orientao tcnica do neg-cio, reservando ao cliente a deciso do que lhe interessar pessoalmente; VII - restituir ao cliente os papis de que no mais necessite; VIII - dar recibo das quantias que o cliente lhe pague ou entregue a qual-quer ttulo; IX - contratar, por escrito e previamente, a prestao dos servios pros-sionais; X-receber,somentedeumanicaparte,comissesoucompensaes pelo mesmo servio prestado, salvo se, para proceder de modo diverso, tiver havido consentimento de todos os interessados, ou for praxe usual na jurisdio. Art. 5 - O Corretor de Imveis responde civil e penalmente por atos pro-ssionais danosos ao cliente, a que tenha dado causa por impercia, im-prudncia, negligncia ou infraes ticas. Art. 6 - vedado ao Corretor de Imveis: I - aceitar tarefas para as quais no esteja preparado ou que no se ajus-tem s disposies vigentes, ou ainda, que possam prestar-se a fraude;e-Tec Brasil Aula 8 Cdigo de tica Empresarial 51II - manter sociedade prossional fora das normas e preceitos estabeleci-dos em lei e em Resolues; III - promover a intermediao com cobrana de over-price; IV - locupletar-se, por qualquer forma, a custa do cliente; V - receber comisses em desacordo com a Tabela aprovada ou vantagens que no correspondam a servios efetiva e licitamente prestados; VI - angariar, direta ou indiretamente, servios de qualquer natureza, com prejuzo moral ou material, ou desprestgio para outro prossional ou para a classe; VII - desviar, por qualquer modo, cliente de outro Corretor de Imveis; VIII - deixar de atender s noticaes para esclarecimento scalizao ou intimaes para instruo de processos; IX - acumpliciar-se, por qualquer forma, com os que exercem ilegalmente atividades de transaes imobilirias; X - praticar quaisquer atos de concorrncia desleal aos colegas; XI - promover transaes imobilirias contra disposio literal da lei; XII - abandonar os negcios conados a seus cuidados, sem motivo justo e prvia cincia do cliente; XIII - solicitar ou receber do cliente qualquer favor em troca de concesses ilcitas; XIV - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinao emanada do rgo ou autoridade dos Conselhos, em matria de competncia destes; XV - aceitar incumbncia de transao que esteja entregue a outro Corre-tor de Imveis, sem dar-lhe prvio conhecimento, por escrito; XVI - aceitar incumbncia de transao semcontratar com o Corretor de Imveis, com que tenha de colaborar ou substituir; tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 52XVII - anunciar capciosamente; XVIII-reteremsuasmosnegcio,quandonotiverprobabilidadede realiz-lo; XIX - utilizar sua posio para obteno de vantagens pessoais, quando no exerccio de cargo ou funo em rgo ou entidades de classe; XX - receber sinal nos negcios que lhe forem conados caso no esteja expressamente autorizado para tanto. Art.7-CompeteaoCRECI,emcujajurisdioseencontrarinscritoo Corretor de Imveis, a apurao das faltas que cometer contra este Cdi-go, e a aplicao das penalidades previstas na legislao em vigor. Art. 8 - Comete grave transgresso tica o Corretor de Imveis que desa-tender os preceitos dos artigos3, I, V, VI e IX;4, II, III, IV, V, VII, VIII, IX e X;6, I, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIX e XX, e transgresso de natureza leve o que desatender os demais preceitos deste Cdigo. Art.9-AsregrasdesteCdigoobrigamaosprossionaisinscritosnos Conselhos Regionais. Art. 10 - AsDiretoriasdosConselhosFederaleRegionaispromovero a ampla divulgao deste Cdigo de tica. Braslia-DF, 25 de junho de 1992 WALDYR FRANCISCO LUCIANOPresidente RUBEM RIBASDiretor 1 Secretrio Homologada em Sesso Plenria de 07/08/92 Fonte: http://www.cofeci.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article &id=70%3Aresolucoes-de-1992&catid=45&Itemid=85 Acessado em 24/02/2013.1.Leia a matria publicada em http://www.imobiliariaemaximovel.com.br/codigo-de-etica-creci.php e saiba mais sobre as responsabilidades do prossional que deseja desempenhar suas atividades na rea de transaes imobilirias com bases ticas.2.Leia a ntegra da palestra proferida pelo jurista brasileiro Dalmo de Abreu Dallari sobre tica, disponvel no link https:// gestao.dnit.gov.br/institucional/ comissao-de-etica/artigose-publicacoes/publicacoes/Etica-Dalmo%20de%20Abreu%20Dallari.pdf acessado em 24/02/2013. Quais pontos chamaram sua ateno no texto? Reita e discuta com seus amigos.e-Tec Brasil Aula 8 Cdigo de tica Empresarial 53Observecomonestecdigodeticaestoprevistasasrelaesdopros-sional de transaes imobilirias com os stakeholders, conforme vimos em nossaquartaaula.Chamosuaatenoparaofatodehaverpenalidades previstas em lei para o descumprimento deste cdigo de tica. ResumoPara que seja legtimo em uma organizao, vimos que o cdigo de tica-precisaserdiscutido,compreendidoeconhecidointernamenteportodos osfuncionrios. Considerar a diversidade fundamental para que a constru-odo cdigo de tica contemple as diferentes situaes enfrentadas pelas pessoas que trabalham numa organizao.Atividades de aprendizagemLeiaocdigodeticadoprossionalqueatuanareadetransaes imobilirias. Voc j o conhecia? Procure saber como ele foi construdo e divulgado e se todos os funcionrios tm conhecimento de seu conte-do, alm de seguir aquilo que nele est indicado. O que voc mudaria no texto do cdigo de sua organizao? Caso ela ainda no tenha, reita sobre a possibilidade de propor uma discusso sobre a tica e os outros temas tratados em nossas aulas.Anotaestica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 54e-Tec Brasil 55Aula 9 O processo de comunicao: interferncias e questes ticas envolvidasVeremosnestaaulaoprocessodecomunicaoealgunsaspectosti-cosenvolvidos.Acomunicaoecazemqualquersituaopromovea integraodaspessoaspormeiodatransmissodeideias,informaes esentimentos.Imagineaimportnciadacomunicaodentrodeuma equipe de trabalho, entre os colegas e entre o lder e o time! Imagine en-to o papel da comunicao tica e transparente entre uma empresa e os pblicos com os quais ela se relaciona como: seus funcionrios, clientes, fornecedores, o governo, a mdia! fundamental que o processo de co-municao proporcione a integrao desejada. As relaes interpessoais facilitam muito a comunicao eciente e ecaz da mesma maneira que o respeito s questes ticas garante a harmonia entre os indivduos.9.1 O processo de comunicaoQuando estudamos o processo de comunicao, nos apresentado um con-ceito relacionado com o esquema que voc v na Figura 9.1.Figura 9.1: Componentes do processo de comunicaoFonte: Elaborado pelo autorEmissor Mensagem ReceptorCanalFeedbackRudosAparentemente to simples a comunicao: o envio de uma mensagem pormeiodeumcanaladequadoporumemissorparaumreceptorque oferece um feedback a respeito de seu entendimento. O problema reside nos rudos... ah! os rudos de comunicao!!!!! Vamos falar um pouco do vilo deste conceito que primeira vista parece to simples de se colocar em prtica.FeedbackRetorno de informao ou, simplesmente, retorno.O emissor pode no estar devidamente preparado para passar uma mensa-gemquepodetersidopreparadaporeleouporoutrapessoa.Oreceptor pode compreend-la da maneira que julgar melhor ou mais conveniente con-siderando seu estado de esprito, os conhecimentos que possui o momento que est vivendo, enm, so muitas variveis incontrolveis neste processo. Figura 9.2: Rudos na comunicao empresarial Fonte: http://reescrita.blogspot.comAo compreender a mensagem da maneira que puder ou desejar, automati-camente oferece um feedback positivo, negativo, truncado ou, simplesmen-te, no oferece feedback nenhum: entra por um ouvido, sai pelo outro. Moscovici(2008,p.93)esclarecequefeedbackumtermodaeletrnica que signica retroalimentao, alm de ser uma expresso usada pelos en-genheiros positiva ou negativamente. positivo quando aumenta os sinais de entrada, no os corrige e negativo quando os sinais so usados para restringir sadas que, sem correo, ultrapassariam o objetivo. A autora re-fora que este ltimo conceito est relacionado ao comportamento humano tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 56e tem grande importncia nas relaes interpessoais, pois est relacionado ao corretiva sobre resultados obtidos a m de evitar que se repitam com-prometendo o conjunto das aes.O canal escolhido pode no ser o mais adequado: a mensagem est em por-tugus, mas numa linguagem de difcil compreenso ou ento mal escrito ou ainda com erros de ortograa, gramtica, digitao etc. J vi situaes em que simplesmente se traduziu um carto de Natal e Ano Novo do portu-gus para o chins. Imagine! O branco na China sinal de luto!A efetividade das decises passa pelo sucesso de uma comunicao. Eu sei, quetarefadifcilessa!Masvamosfalarumpoucosobreesteprocessoe compreender como podemos fazer para torn-lo efetivo. Vamos conversar sobre cada um dos componentes do processo de comunicao.Certa vez, ouvi um psiclogo dizer que ao passar uma mensagem para outra pessoa ns devemos pedir que ela faa um resumo do que compreendeu. Eu z este exerccio algumas vezes. Faa voc tambm, depois avalie o resulta-do e avalie o que deu certo e o que precisa ser corrigido? Fico impressionada como mensagens que parecem to claras so compreendidas de maneiras todiferentesapresentandoresultadostoinesperados.Certique-sede queocontedoquevocquistransmitirfoiassimiladodamaneiraespe-rada. Sugiro um teste piloto. Antes de colocar uma mensagem para seu pblico desejado, consulte 3 pessoas e veja o feedback que elas do. Voc vai se surpreender!9.2 Interferncias na comunicaoPorqueacontecemrudosnacomunicao?VeremosnaTabela9.1um resumo das interferncias que ocorrem no processo de comunicao (CHIA-VENATO, 2003; MACEDO, 2007). Na primeira coluna, voc observa a des-crio destas interferncias e na segunda coluna, indiquei algumas situaes emqueelasocorrem,paraquevocpossasesituar.Vejaquenaterceira coluna, inclu um breve relato sobre questes ticas que entram em cena em funo destas interferncias. Observe este quadro e complemente com suas prprias experincias a respeito. e-Tec Brasil Aula 9 O processo de comunicao: interferncias e questes ticas envolvidas 57Tabela 9.1: Interferncias no processo de comunicaoDescrio das interfernciasAlgumas situaes em que ocorrem as interfernciasQuestes ticas envolvidas devido s interfernciasPessoaisTrata-se das barreiras que ocorrem devido a fatores emocionais e valores individuais.Desinteresse em ouvirImpacincia, pressaDesconanaPreconceitosResistnciasEmoesMotivao individual.Preocupaes dos receptoresSentimentos pessoais. Ao se relacionar com outras pessoas em sua rea de atuao, observe que deve ser res-peitado o momento em que as pessoas esto vivendo para garantir seu sucesso. Exemplos: Luto nacional; celebrao nacional por uma grande conquista; diculdades nanceiras da empresa cuja marca ser veiculada; dicul-dades emocionais de uma ou mais pessoas da equipe de trabalho. Tudo isso precisa ser respeitado e veja que se trata de um consenso, no de uma norma escrita.FsicasAcontecem no ambiente em que a comunicao ocorreA distncia fsica entre as pessoas.Paredes que impedem o acesso rpido s pessoas envolvidas.Ausncia do silncio necessrio para concentrao das pessoas.As diculdades de comunicao so reduzidas, portanto minimizando os problemas ticos envolvidos, quando diculdades fsicas so resolvidas por meio da aproximao, regras para conduta garantindo silncio e concentra-o, por exemplo.SemnticasSo as distores que decorrem dos smbolos utilizados para realizar a comunicao O sentido das palavras empregadas.Signicado de gestos e smbolos utilizados.No se pode simplesmente traduzir um carto de Natal e Ano Novo de um pas para outro. As palavras, cores, desenhos, cones precisam ser pesquisados para evitar questes ticas delicadas.Fonte: Elaborado pelo autorComo ento devemos proceder para reduzir (caso sejam situaes fora de controle)oueliminarestasinterferncias?Desenvolveremosestetemana prxima aula.ResumoDiscutimos nesta aula a importncia do processo adequado de comunica-o de uma empresa para que a mensagem seja transmitida com um con-tedo que seja compreendido, por meio de um canal acessado pelo recep-tor cuja compreenso medida pelo emissor que far ou no as correes necessrias.Osrudossoparticularmenteimportantesporcontriburem para que a mensagem no seja compreendida, ou seja mal compreendida, causando desconfortos, causando impacto negativo na imagem de pesso-as e organizaes. A tica deve ser sempre uma caracterstica das mensa-gens emitidas.1. No link http://www.sinprorp.org.br/Clipping/2002/057.htm acessado em 24/04/2011, voc l o artigo intitulado A tica e os prossionais de comunicao voc reete sobre a presena dos aspectos ticos no somente no mbito da prtica especca dos prossionais da rea de comunicao, mas num sentido muito mais abrangente, de todos os prossionais que se utilizam da comunicao para desenvolverem seu trabalho. Pense nos advogados, veja como a tica est presente em cada argumentao que fazem a favor de seus clientes. Imagine defender uma pessoa que tenha infringido questes ticas! Leia ento este artigo e reita.2. A tica no marketing o ttulo do artigo cientco disponvel em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-65552003000400004&script=sci_arttext acessado dia 24/04/2011 e que recomendo para sua leitura. Veja os cuidados que envolvem as atividades relacionadas ao marketing e como voc prossional, ao planejar uma transao imobiliria, pode aprender mais observando a prtica e comparando com o contedo desta leitura. tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 58Atividades de aprendizagemReitasobresituaesconstrangedorasquevocjviuocorreremem seu ambiente de trabalho devido m compreenso de uma mensagem transmitida. O que poderia ter sido feito para evitar essa situao?Anotaese-Tec Brasil Aula 9 O processo de comunicao: interferncias e questes ticas envolvidas 59e-Tec Brasil 61Aula 10 Competncia interpessoalFalamos muito at agora sobre o relacionamento saudvel e harmonioso nolocaldetrabalho.Nestecontexto,doisgrandesdesaosseapresen-tam:conquistarumambientesaudveldetrabalhoedepois,mant-lo. Como fazer com que o relacionamento interpessoal facilite o processo de comunicao?Comotrabalharbemcomasoutraspessoaseencontrar ummeioparaqueelastambmserelacionempositivamenteconosco? Voc j se perguntou: por que eu tenho que explicar tudo que digo? Por que sou mal interpretado? A convivncia um mistrio que pode ser des-vendado. Nesta aula, vamos comear a falar sobre este assunto.10.1 Relacionamento interpessoalO relacionamento interpessoal comea com o primeiro contato e a primeira impresso. Quantas vezes voc j foi apresentado para algum que estava falando no celular ou passando um email e apenas se deu o trabalho de er-guer a mo e dar um sorriso, sem dizer uma palavra? Como voc se sentiria numa situao como esta?Poroutrolado,manifestaesdesimpatiaaproximamaspessoasdesdeo primeiro momento. Ainda que voc no esteja num dos seus melhores dias, tenha em mente que o momento de insatisfao causado por um contato inicialsupercialedistantecaparasempreenquantooseudianoto bom vai terminar e outro dia melhor, vai comear. Numa situao como esta, seu interlocutor ter uma impresso errada a seu respeito, anal, voc uma boa pessoa, s no est num bom momento. Lembre-se disso! O cotidiano exige o comportamento tico de todos os indivduos e as rela-es interpessoais compem as habilidades humanas que juntamente com habilidades tcnicas e conceituais so exigidas dos prossionais que o mer-cado de trabalho busca (KATZ, 1955; CHIAVENATO, 2003). Na Figura 10.1, voc observa o quanto cada uma dessas habilidades est presente com mais ou menos intensidade em cada um dos trs nveis de uma organizao.NonvelqueChiavenato(2003)chamadeinstitucional,tambmvisto como estratgico, as habilidade conceituais (viso da organizao) devem estar presentes com muito mais intensidade do que os demais nveis. Isto se d porque cabe alta direo olhar a empresa de cima e dirigi-la.Habilidades NecessriasInstitucionalPresidncia e DiretoriaIntermedirioGernciaOperacionalDemais cargosNveisAdministrativosConceituaisHumanasTcnicasFigura 10.1: As habilidades de um administradorFonte: CHIAVENATO, 2003.As habilidades tcnicas so mais especcas do nvel operacional, composto portodososfuncionriosquenopertencemnemaltadireo,nem gerncia. Esta compe o nvel que Chiavenato (2003) denomina de inter-medirio ou ttico cujas habilidades tcnicas so exigidas alm de uma visodonegcio,ouseja,habilidadesconceituaistambmsodesejadas (CHIAVENATO, 2003; RIBEIRO, 2009).Chamo sua ateno para o fato de que todos os nveis precisam ter alto n-vel de habilidades humanas. Independente do nvel da organizao em que voc trabalha, o relacionamento saudvel fundamental para voc e para os resultados do negcio.10.2 Linguagem no-verbalAshabilidadeshumanasestovoltadasparaalinguagem,sejaelaverbal ou no-verbal, que abordaremos nesta aula. Um olhar, um sorriso, um ges-to ou a ausncia de tudo isso, tem um signicado. preciso reconhec-lo, interpret-loelidarcomeledamelhormaneira.Estaalinguagemno verbal. Macedo (2007, p. 83) recorre a Osborne para indicar algumas carac-tersticas e signicados da comunicao no-verbal relacionada expresso facial, olhar, sorriso, posio dos braos e das pernas que esto resumidas Tabela 10.1 a seguir. tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 62Tabela 10.1: Comunicao no verbalMENSAGENSPositivas NegativasFACIALSorriso Lbios apertadosBoca relaxada Msculos da face tensosAlerta Sorriso formalPronto para ouvir Sobrancelhas levantadasOLHOSPupilas dilatadas Olhar para baixoBom contato visual Sem contato visualOlhos bem abertos Olhar apertadoCABEAEreta Balanar a cabea para frente a para trsArmar com a cabea Cabea cada curvaPOSIO DO CORPOBraos abertos Braos cruzadosEreto Pernas cruzadas inadequadamentePara a frente Ombros cadosGESTICULAO DAS MOS Mos abertas Tamborilar os dedosErguidas Esconder a bocaMo no peito Estalar os dedosToques Punhos cerradosFonte: MACEDO, 2007, p. 83.Faaapartirdeagoraumexerccio.Observeas pessoasenquantoestoconversandoeinter-prete os sinais corporais que elas emitem. Como vocinterpretaesteindivduo?Braosepernas cruzadas, olhar assustado!ResumoDiscutimos nesta aula a importncia do relaciona-mentointerpessoalnasorganizaesparacontri-buircomumambienteharmoniosodetrabalho. Vimos que os prossionais devem ter determinadas habilidades em funo da posio que ocupam na hierarquia da organizao e que a linguagem cor-poral contribui para que as mensagens que trans-mitimos sejam adequadamente compreendidas. Figura 10.2: O corpo falaFonte: http://www.jornalvms.jex.com.brLeia o artigo Reexes sobre o relacionamento interpessoal disponvel no link http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/reexoes-sobre-relacionamento-interpessoal/45725/ acessado em 24/04/2011. Apesar de ser fundamental em nosso cotidiano, muitas vezes colocamos de lado nossas habilidades de relacionamento devido carga de atividades que temos. Reita sobre o quanto isso prejudicial para voc e para as pessoas com quem voc se relaciona e de quem voc gosta.e-Tec Brasil Aula 10 Competncia interpessoal 63Atividades de aprendizagemObserve atentamente sua postura quando voc conversa com outras pes-soas.Depois,vejacomoelasreagemaoquesualinguagemno-verbal transmitiu. Procure mudar sua maneira de se comunicar e perceba o im-pacto que isso causa no seu relacionamento interpessoal. Anote!Anotaestica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 64e-Tec Brasil 65Aula 11 Comunicao interpessoalVimos at agora aspectos ticos envolvidos no nosso cotidiano e aborda-mos temas relacionados comunicao. Volto a chamar sua ateno para a relevncia destes assuntos para a gesto organizacional e reforo a im-portncia de sua reexo medida que as consideraes forem apresen-tadas ao longo destas aulas. Nesta aula, vamos falar sobre a comunicao interpessoal e sobre a importncia do feedback. Seja voc a pessoa que est na liderana e precisa ter uma reunio face a face com um membro da equipe ou mesmo que seja o integrante do time que vai participar de uma reunio com sua liderana, importante que saiba as razes desta ferramenta de comunicao e como tirar o melhor proveito dela.11.1 O que comunicao interpessoal?Trata-se da oportunidade que oferecida para que lideranas e integrantes da equipe conversem claramente sobre as questes envolvidas no cotidiano dasorganizaes.Nestesencontros,sovalorizadasastrocassimultneas de informaes, o feedback e o esclarecimento de dvidas importantes. Por que estamos mencionando este tema nesta nossa disciplina? Porque hoje, temos um grande vilo nos processos de comunicao, do ponto de vista de Macedo (2007, p. 83): o email. Figura 11.1: EmailFonte: http://www.mundodastribos.comQuantas e quantas vezes voc j recebeu um email do seu colega de trabalho que est sentado na sua frente! Tenho certeza de que voc j se perguntou: porqueelenoveiofalarcomigopessoalmente?.Asrespostasparaesta pergunta passam: pela diculdade das pessoas em falar abertamente, olhando para as outras; pela falta de gesto adequada do tempo; ou ainda pela necessi-dade que muitos tm de deixar tudo registrado, caso precisem de uma prova. Costumo dizer que as pessoas tm tempo, o que lhes falta saber administr-lo adequadamente. Muitas vezes, porque mais prtico, envia-se um email.Pode ser mais prtico, verdade, mas no proporciona a comunicao interpessoal que fundamental para o ambiente harmonioso entre os indivduos. Outroproblemasrioqueasorganizaesenfrentamomaldasreuni-es. Para tudo, se marca uma reunio, j percebeu isso? Para ser produtiva, uma reunio tem que ter: objetivo; planejamento; conduo rme; prepa-rao prvia dos participantes; participao ativa de todos, nalizao e en-caminhamento. Do contrrio, ca um bate papo sem resultados prticos alm do desperdcio de recursos nitos como tempo, energia e dinheiro.Via email impossvel fazer uma comunicao interpessoal eciente e ecaz porque dela fazem parte movimentos como: esclarecimento de dvidas, per-suaso, monitoramento da compreenso de todos. E no adianta fazer um email extenso! Voc l emails extensos? Enm, minha sugesto que voc privilegie a comunicao interpessoal pla-nejada,falecomaspessoasolhandonosolhos.Sejaobjetivo,busqueum resultado nal. Use o email para comunicaes breves. 11.2 Como deve ser um feedback Muitaspessoasacreditamquedarumfeedbackconsisteemchamarpara conversar abertamente. Pode ser verdade....em parte. Existem tcnicas para que o feedback seja positivo para ambas as partes. Observe que Moscovici (2008, p. 95-96) ensina que um feedback deve ser:Descritivo e no avaliativo feito o relato de uma situao e no um julgamento sobre ele. O interlocutor se sente vontade para oferecer elementos para uma discusso positiva.Especco ao invs de geral indique o comportamento da pessoa, des-crevendo uma situao ao invs de qualic-la. No diga voc desatento. Descreva alguma situao que a prpria pessoa chegue a esta concluso.tica e Relaes Interpessoais e-Tec Brasil 66Compatvelcomasexpectativasdoemissoredoreceptorda mensagem o caso comum que ocorre quando um lder quer cha-mar a ateno de algum. Se voc quer construir, ento converse.Dirigido pense em comportamentos que o interlocutor possa mudar para melhorar o relacionamento interpessoal.Solicitadoenoimpostooprpriointerlocutorpodesolicitarum feedback se perceber que tem esta oportunidade.Oportuno no espere at a poeira baixar completamente, seno o fato cai no esquecimento e voc tem que relembrar a pessoa o que faz com que a fora do feedback se perca.Claro e preciso procure fazer com que o interlocutor faa um resumo do que foi dito durante este encontro de feedback. Lembre-se que o ob-jetivo fazer as correes necessrias para que o fato ruim no se repita e o fato bom seja um exemplo.11.3 Diculdades em dar e receber feedback Vamos relembrar aqui uma frase sbia: elogios se faz em pblico e repri-mendas, em particular. S com esta indicao, boa parte das diculdades estar resolvida. Ningum gosta de ser criticado em pblico, nem as crianas, nem os adultos. Se voc precisa dizer algo difcil para algum, se prepare, chame a pessoa e converse seguindo o que dissemos no item anterior. Se for elogiar, a sim....aproveite a melhor ocasio e torne esta pessoa um exemplo. Voc participa com entusiasmo durante as reunies de equipe e nunca hesitou em oferecer sugestes criativas ou opinio. Isso tem que parar!!Figura 11.2: Diculdade de receber feedbackFonte: http://bomcaopanheiro.blogspot.comQuandoofeedbacknegativo,oreceptor,conformeensinaMoscovici (2008:96) nega a validade do feedback, para de ouvir, parte para a agres-so apontando as decincias do emissor.e-Tec Brasil Aula 11 Comunicao interpessoal 67Tambm no fcil dar feedback. Muitas pessoas se sentem poderosas, impor-tantes ao chamar algum para conversar com o objetivo de chamar a aten-o para problemas. O que estas pessoas no percebem que ao acredi