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FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO Organização e Gestão Democrática da Escola ETAPA I – CADERNO V

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FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO

Organização e Gestão Democrática da Escola

ETAPA I – CADERNO V

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Introdução

Democracia é:

Ser sempre consultado?

Sempre participar?

Sempre ter acesso?

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Gestão Democrática da Educação ou Gestão Democrática da Escola?

- São interdependentes;

- Pressupõem: educação como DIREITO (CF 1988 e LDB 1996);

- É um processo de construção social e não está dado (não é um estado natural).

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A escola é o espaço por excelência da Formação e da construção dos processos

democráticos da Sociedade.

- A escola como espaço de encontro entre:

A dimensão individual;

A dimensão coletiva/social.

- Elemento para medir a qualidade da educação: o esforço no processo de democratização da

educação na escola. (PARO, 2000)

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Conflitos: Ponderação e Respeito

 - Contradições e conflitos permeiam a relação sociedade – escola;

- Há uma natureza específica da gestão escolar;

- Dialogar e Deliberar Coletivamente.

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Sempre existiu a discussão sobre democracia na escola?

• Década de 1950; (p.10)

Como é na sua escola?

• Cooperação X Gestão Democrática;

• Qual é o limite entre o papel do Estado e o papel da escola (e comunidade escolar)?

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As eleições para Direção da Escola

• É obrigatório ter eleição para Direção da Escola?(p.14 e 15)

• Os pontos fortes e os pontos fracos na escolha democrática de um(a) gestor(a).

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O “ponta pé” inicial para a Gestão Democrática!!

• (p.17) “Qualquer membro da escola, assim como um familiar, pode desencadear o processo”.

• “(...) elaboração, implementação, crítica e reelaboração sistemática do Projeto Político-Pedagógico (...)”

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Conselho Escolar

• Surgem em 1970; (p.18 e 19);

• Existem diferenças entre os entes federados e entre as próprias escolas;

• Novamente, o Conselho Escolar é uma garantia da democracia na escola?

• No Conselho Escolar, todos vão esquecer suas divergências? (ver página 22)

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O Grêmio Estudantil e a gestão democrática

O Grêmio é uma entidade representativa de estudantes da educação básica que pode contribuir para o processo de democratização das decisões tomadas na escola.

Tem como objetivo possibilitar que o jovem desempenhe um papel ativo e democrático nos processos de decisões coletivas.

A sua instituição e funcionamento estão definidos na legislação federal específica (Lei 7.398, de 04/11/1985 e Lei 8.069 de 13/07/1990).

A instalação do grêmio depende da iniciativa de alunos e professores que podem estimular a sua implantação (pontapé).

É mais do que um órgão responsável em promover eventos.

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Grêmio estudantil e a gestão democrática

• Deve contribuir para o debate sobre o Projeto Pedagógico da escola e sobre temas do interesse dos alunos, da educação, da escola e da região onde os alunos vivem.

• O Grêmio desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do protagonismo estudantil.

• Sua existência consolida a cultura democrática de diálogo e de participação.

• Considera-se a importância de promover a formação de valores e de atitudes cidadãs, que permitam aos jovens conviver de forma autônoma com suas angústias, desafios e com as novas configurações que se impõe no trabalho.

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O desenvolvimento do Protagonismo juvenil

• Afinal o que é protagonismo juvenil? O termo pode ser traduzido como o “ator principal”, o “personagem central”.

• É a tentativa de criar espaços e condições que propiciem ao adolescente empreender ele próprio a construção de seu ser. (Costa, 2001).

• Pode ser entendido como a capacidade de resistirem à adversidade (resiliência) e alcançar melhor qualidade de vida.

• Tem como um dos objetivos, promover a formação cidadã.

• A defesa não está na solidariedade e voluntariado acrítico, mas considerando o conteúdo político, tentando entender a exclusão de direitos e os benefícios sociais, visando a superação das condições que promovem sua exclusão.

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Os desafios da prática: a gestão democrática da escola pública entre o proposto e o realizado.

• Nem sempre quando se fala em democracia na escola se faz democracia na escola.

• A gestão democrática só se torna possível se a escola dispuser de autonomia, capacidade de autodirigir-se, de decidir por si mesma seus rumos e princípios.

• Esse processo se dá desde a decisão quanto a concepção de educação até decisões corriqueiras do dia a dia, como compras de materiais, etc.

• É preciso indagar o que dificulta a autonomia escolar no Brasil?

• No que se refere ao patrimonialismo e o poder ainda existem “Aqueles que agem como donos e senhores da verdade”?.

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Os desafios da prática: a gestão democrática da

escola pública entre o proposto e o realizado. • Quais os desafios para a implementação da gestão

democrática nas escolas atualmente?

• Cabe ao Estado a responsabilidade de definir políticas educacionais, leis e diretrizes que visem a implementação da gestão nas escolas.

• Isso exige a participação efetiva nas decisões, como exemplo a Conferencia Nacional de Educação (CONAE) realizada em 2010 com o objetivo de discussão e elaboração do Plano Nacional de Educação.(2011-2020).

• A autonomia nas escolas, nas dimensões administrativa, financeira e pedagógica está prevista no Artigo 15 da LDB.

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Os desafios da prática: a gestão democrática da escola pública entre o proposto e o realizado.

• A razão de ser da educação é a constituição de sujeitos sociais.

• O aluno não pode ser reduzido a condição de mero consumidor ou expectador.

• O aluno é sujeito e razão de ser do processo educativo, deve participar das atividades que aí se desenvolvem (Paro, 2002).

• “A autonomia não se concede, se conquista”.

• A autonomia se institui no jogo de embates pelo poder, e requer a vontade política de lutar por ela.

• Isso implica, disposição, trabalho e enfrentamento de desafios e conflitos (por a mão na massa!!!).

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A participação da comunidade na gestão da escola

• Cabe a comunidade a participação, envolvimento e compromisso, tanto na análise dos desafios enfrentados pela escola quanto na reflexão sobre eles e na tomada de decisões a respeito.

• E no que se refere a participação dos professores?

• Quais são as condições que enfrentam? (atuam em mais de uma escola, número elevado de aluno, intensificação das atividades.

É preciso mudar a percepção, de que a participação representa uma intensificação do trabalho.

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Participação dos pais e comunidade

• É necessário que pais, funcionários, alunos e professores se disponham a participar e que tenham tempo para conhecer os temas que fazem parte do cotidiano escolar.

• É preciso romper com a ideia de que os pais não participam da vida escolar por não terem interesse na educação dos filhos.

• Existem sentimentos envolvidos como por exemplo: não enxergar o significado da participação, descrença, constrangimentos, vergonha, sentimento de inferioridade, etc.

• O desafio está em tornar os pais aliados e sensibilizá-los para o envolvimento com as atividades escolares.

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A gestão do trabalho pedagógico e o PPP em ação

• Quem define para onde a escola deve rumar?

• É importante que se tenha claro que gestão democrática não é uma exigência apenas para a tomada de decisão mas um exercício permanente e cotidiano.

• Na construção do projeto político pedagógico da escola deve questionar: que tipo de cidadãos queremos formar?

• Qual direção seguir? Que atividades e disciplinas devem ser organizadas para que se atingir os objetivos pretendidos? Como devem estar distribuídos os tempos e os espaços de ensino aprendizagem? E a avaliação?

• Essas são algumas das questões que devem ser definidas no PPP da escola.

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O projeto político pedagógico

• O PPP é mais do que uma exigência legal, é uma tomada de posição e consenso sobre o que se deve fazer na escola.

• É a definição das regras do jogo, é por meio dele que a comunidade escolar (professores, alunos, técnicos educacionais, comunidade e família) define como deve ser a escola, sua organização, seus relacionamentos, suas disciplinas, estratégias de ensino, avaliação, ou seja, toda a organização do processo formativo dos alunos.

• É um Projeto, porque indica uma direção, é Político, porque resulta das relações de força existentes na escola, é Pedagógico porque se compromete em definir o tipo de ser humano que se quer formar.

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Projeto Político Pedagógico

• O PPP busca um rumo, uma direção.

• É uma ação intencional, um compromisso assumido coletivamente (Veiga, 1995).

• Para essa autora todo o Projeto pedagógico da escola é também um projeto político, pois esta intimamente articulado ao compromisso sociopolítico e com os interesses reais e coletivos da população.

• O PPP só se constitui instrumento da gestão democrática da escola se estiver garantida a participação da comunidade na sua construção que envolve a discussão, execução e avaliação.

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Projeto Político Pedagógico Etapas para construção

• Primeira etapa: Diagnóstico da realidade

• Busca-se reconhecer o aluno, o seu trabalho e o seu contexto (família, comunidade). Vai além de dados estatísticos, deve buscar quais são as dificuldades a serem enfrentadas, as experiências, os recursos humanos existentes, os equipamentos disponíveis e a disposição para o trabalho pedagógico.

• Segunda etapa: A Discussão da proposta curricular contemplando as exigências legais, a perspectiva da formação integral e as expectativas de alunos e suas famílias. Discute-se sobre conteúdos escolares, metodologia, avaliação, considerando as dimensões da cultura, ciência, tecnologias e do trabalho humano, respeitando as especificidades locais.

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Projeto Político Pedagógico Etapas para construção

• Terceira etapa: Desenvolvimento e avaliação.

• O PPP deve expressar a vontade do coletivo escolar que assume a responsabilidade de fazê-lo efetivo.

• O PPP deve ter como uma das suas principais características a flexibilidade.

• Sem a participação ativa dos profissionais da educação os PPPs estarão inviabilizados.

• Participação, colegialidade e autonomia são princípios necessários.

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Sala de aula e a vivência pedagógica democrática

• Tomar a sala de aula como espaço democrática requer, respeitando as diferenças, a promoção da autonomia, o estímulo ao trabalho solidário e às decisões negociadas.

• Os procedimentos de ensino podem estar a serviço da manipulação ou da integração do saber e autonomia dos indivíduos.

• Considerando a formação humana integral os procedimentos de ensino devem se orientar pela ideia de democracia, assumindo uma perspectiva problematizadora e dialógica.

• Se reconhece que a implementação de ações mais dinâmicas e criativas depende também das condições concretas para a sua realização.