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| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 18 pág. 19 pág. 24 pág. 29 pág. 32 pág. 34 pág. 36 pág. 37 pág. 38 pág. 39 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > ECONOMIA > SUPLEMENTO > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > EMPREGO > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRECTOR Paulo Neto Semanário 9 a 15 de Setembro de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 495 1,00 Euro Publicidade Publicidade Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Nuno André Ferreira O tesouro da Misericórdia de Viseu Publicidade | página 8 e 9

Jornal do Centro - Ed495

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> ECONOMIA> SUPLEMENTO> DESPORTO> CULTURA> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS> EMPREGO> NECROLOGIA> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORPaulo Neto

Semanário9 a 15 de Setembrode 2011Sexta-feiraAno 10N.º 495

1,00 Euro

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

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O tesouroda Misericórdia de Viseu

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| página 8 e 9

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praçapública

palavrasdeles

r“O rebanho de milionários portugueses – com raríssimas excepções – só tem ovelhas negras. Gente egoísta, obcecada pelo dinheiro, que ganhou fortunas à custa dos trabalhadores que não suporta, ou que cresceu pendurada nas costas do Estado, isto é, nas nossas costas.”

José NizaPsiquiatra, O Ribatejo, 1/9

r“É impossível implementar um Estado de Direito, numa sociedade de miseráveis. A miséria é, inevitavelmente, um campo onde a liberdade não pode florescer.”

Pedro Madeira FroufeJurista e Docente Universitário, Grande Porto, 2/9

r“Era conhecido este caminho para as Direcções Regionais de Educação (reestruturação). Importa agora perceber qual o modelo que será definido para 2013 e de que modo a relação entre as escolas, que terão mais competências, e o Estado Central manterá estruturas intermédias no serviço educativo e competências.”

José CanavarroCronista, Diário As Beiras, 5/9

r“ (…) se se pedir sacrifícios, há que dar o exemplo. Exigir austeridade aos Portugueses e aumentar a despesa do Estado é surreal. Exigir austeridade ao Povo e aumentar a despesa do Estado é atear um rastilho com consequências imprevisíveis.”

Fernando GonçalvesAdvogado, Diário de Viseu, 6/9

Os nossos espiões estão em ebulição. Não, por que se tenham envolvido nal-guma intriga internacio-nal, recortada em conflito letal, bem pelo contrário, envolveram-se em intri-ga interna.

À boa maneira pátria, acrescente-se.

A bem de verdade, até se deve referir, que os homens têm de se en-treter com qualquer coisa. É que ninguém en-tende muito bem, qual a sua função, num país de brandos costumes, sem ameaças externas visíveis. Mas, vá lá… qualquer Estado que se preze, tem segredos e procura segredos que o ameacem.

Esta gente que se move nas sombras, que põe ouvidos nas paredes, que espreita pelos buracos das fechaduras, que exercita voyeu-rismo, mesmo com forro democrático, provo-ca-me sempre calafrios.

É que coexiste aqui, uma linha ténue, mes-mo muito ténue, entre a privacidade e o escru-tínio. Neste contexto, entra-se sempre num jogo perigoso. E só rigorosos princípios éticos, podem evitar o pior.

Com efeito, a necessidade de nos andarmos

a vigiar uns aos outros, fermentando dúvidas, faz parte da comédia humana. Também a natureza humana dá uma ajuda, com a inau-fragável necessidade da alcoviteirice. Aliás, a talho de foice, vale a pena frisar, que “dizer mal dos outros”, deve ser a seguir ao futebol, o desporto mais apreciado e praticado, no nosso país.

Mas, grandes ameaças devem confluir sob o território pátrio, para os quadros de pesso-al das duas secretas portuguesas, terem sido reforçados com mais 70 novos agentes, entre 2004 e 2009?

Que perigos hediondos nos batem à porta? Dadas as necessárias voltas à cabeça, para

tentar perceber, duas constatações me pare-cem verosímeis.

Desde logo a Madeira. É que a ilha é objec-to de nefastas conspirações à sua autonomia, protagonizadas pela maçonaria, comunistas, internacional socialista, cristãos progressis-tas, o temível Voldemort (inimigo figadal de Harry Potter) e, quiçá o Capitão Gancho. Pe-rante tão debutante conciliação do mal, que entre outras práticas maléficas, originou um deficit astronómico, é necessária vigilância redobrada.

Eventualmente outra razão, terá a ver com os demónios libertados pela crise, cada vez

mais omnívora. É certo, que os nossos demó-nios são sempre os de Alcácer-Quibir, feitos de nevoeiro… mas nunca confiar. Uma crise pode soltar energias demoníacas impertinen-tes e imprevisíveis.

Seja como for, a terem sustento as notícias vindas à luz do dia, os nossos espiões preocu-pam-se mais com negócios e jornalistas. Este é o grande perigo: quando a ética (?) dos espi-ões, soçobra perante os desígnios inabaláveis do escrúpulo humano.

E aqui é que a porca torce o rabo. Porque, ao que parece, estamos perante uma prática que vai animando as agências secretas na Europa. Ainda recentemente, em França, a conta tele-fónica de um colaborador do Le Monde, que investigava ministro e tesoureiro do partido de Sarkozy, foi literalmente vasculhada.

Episódios tristes e perigosos, que põem em causa a liberdade de expressão e o direito à in-formação, por via da violação de privacidade.

Por isso, exige-se que estas entidades te-nham um controlo de exigência e rigor, para que não possam ser utilizadas, em operações que nada têm a ver com ameaças à soberania, objectivo que as devia preocupar.

Estas temáticas até podem ser interessan-tes, em matéria cinéfila e literária: o jogo frio e calculista, o risco, a tensão permanente, as

estratégias rigorosas, os labirintos da razão humana, a ansiedade perante o erro que pode ser fatal.

Toda esta conjuntura, lembram-se, caracte-rizou a guerra fria, que propiciava o jogo do gato e do rato, entre KGB, CIA e M15.

O espião era um ser único, arguto, inteli-gente, abandonado à sua própria sorte. Pro-curava informação fundamental, pondo em risco a própria a vida. Vivia em subterrâne-os, alimentava-se da sórdida desgraça dos outros e, quantas vezes para sobreviverem, faziam jogo duplo. Teciam empertigadas teias, onde caçavam e eram caçados. Um mundo delirante.

Nomes como o de Roger Hollis, dirigente do M15 que trabalhava para os russos, ou o de Harold “Kim” Philby, alto diplomata britânico, que em 1963 desertou para a Rússia, caracteri-zam essa época de ouro da espionagem.

Na ficção, o mestre John Le Carré, gizou ta-lentosa obra, utilizando toda esta matéria. Até o génio do suspense, Alfred Hitchcock, recor-reu a tão suculenta matéria-prima.

Mas isto foi noutros tempos. Foram outras ficções. Agora, os tempos são outros. São tem-pos de respeito pela privacidade e pela expres-são livre. Ou não vivemos em democracia? Ou não vivemos num estado de direito?

Opinião Espiões vigiados

José Lapa Técnico Superior do IPV

P o r t u g a l é u m País com enormes potencialidades. Tem no seu capital social, quan-do devidamente valori-zado e motivado, a sua principal arma para combater qualquer cri-se. Não pode ser, con-tudo, constantemente defraudado nas suas ex-pectativas. Tanta pro-

messa, tanta promessa e receber tão pouco. Assim é impossível, decepcionante! Nin-guém consegue resistir tanto tempo sem re-agir com veemência. No entanto, e apesar das dificuldades impostas por impostos ex-cessivos e injustos, consagrados devido ao

incumprimento dos diferentes governos, o povo português continua a rasgar ventos e a remar a favor da sua afirmação. E os exem-plos de generosidade, de altruísmo, de ver-dadeiro empenho e saber diferenciados são muitos. Gostava de realçar como exemplo, neste mês de Setembro, a iniciativa da Fes-ta do Povo de Campo Maior. Realizada de quatro em quatro anos por decisão do Povo, este ano ao fim de sete, a Festa demonstra de forma inequívoca o querer e a determi-nação do Povo português e, ainda, como o reconhecimento pessoal e colectivo refor-ça a energia para novos desafios, apesar de difíceis. O Povo tem conhecimento do nível de exigência e dos sacrifícios que lhe são pe-didos quando assume o compromisso de or-ganizar uma nova festa. Sabe, contudo, que

no final os resultados são um verdadeiro su-cesso. Há evidências do investimento e dos sacrifícios, os quais resultam num aconteci-mento fantástico, com um retorno muito sig-nificativo. Como é óbvio, se os pedidos go-vernamentais ao povo português tivessem evidências de retorno ele seria o primeiro a aceitar e não a contestar. Ele seria o primei-ro a mobilizar-se, nem que para isso tivesse também que se socorrer de um Café Delta, estimulante cinquentenário, superiormente elaborado pela equipa do Comendador Rui Nabeiro. O nosso País, a nossa gente, está disponível para lutar desde que se reveja no que vê acontecer. No entanto, os acon-tecimentos nos últimos anos não são um bom exemplo de governação nem de moti-vação. O incumprimento dos programas do

governo, a postura despesista, a carga fiscal exacerbada, a injustiça da justiça, o cliente-lismo, entre outros, têm contribuído para a desmotivação da nossa gente. E ela preci-sa de alento, de se sentir gente cuidada por gente, de sentir que o país lhe dá e dará, e às suas gerações vindouras, a oportunidade de sorrir. Reconstruir Portugal exige esforços adicionais de todos os portugueses. Recons-truir Portugal exige o reconhecimento e o aproveitamento de todo o talento individual como essencial para um futuro melhor. Re-construir Portugal exige um campo (ainda) maior de oportunidades e verdades e a ob-servação constante, pelos departamentos governamentais, dos êxitos alcançados por gente abnegada das nossas terras. Reconstruir o País exige e exige-se!

Opinião PORTUGAL um Campo ainda Maior

José CostaProfessor Ensino Superior

Médico [email protected]

Jornal do Centro09 | Setembro | 2011

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Se o principal suspeito de ter colocado a microcâmara no WC do Hospital de Viseu fosse seu médico, como reagiria?

Importa-se de

responder?

Se fosse meu médico ia deixar de o ser, porque quem faz uma coisa destas tem problemas psicológicos graves.

Perdia totalmente a confiança no médico.

Para além de me sentir enojada, não voltaria a ter consul-tas com este médico.

Era capaz de ter uma conversa com ele, para avaliar o grau de perturbação que lhe assiste.

Nunca mais era meu médico. O meu médico tem de ser al-guém de confiança e, no momento que deixo de confiar, dei-xa de ser meu médico.

O médico perdia toda a credibilidade. Condeno este acto e considero-o como uma invasão da privacidade. Deixava de ser meu médico e penso que deveria deixar de exercer a profissão.

Ana NogueiraLojista

Sílvia SoaresEmpregada de balcão

Sónia OliveiraDesigner

Mónica PilotoGestora

estrelas

Conceição AzevedoPresidente da direcção do

Centro Hípico de Viseu

O Primeiro-Ministro Passos Coe-lho decidiu homenagear Viseu, abrin-do, oficial e simbolicamente, o novo ano lectivo, no próximo dia 12, nos dois Centros Escolares de Rio de Loba e Santo Estevão.

Caramulo MotorfestivalOrganização

números

15,3Foi o prejuízo da Martifer no

primeiro semestre.

Pedro Passos CoelhoPrimeiro-Ministro

O conjunto de eventos que propor-cionou fez as delícias dos 30 mil vi-sitantes, oferecendo clássicos e mo-dernos, de duas e quatro rodas, assim como um vasto leque de propostas com esta temática e ainda momentos musicais de qualidade.

A direcção do Centro Hípico de Viseu está de parabéns pela organi-zação do Concurso Nacional de Salto, integrado no programa da Feira de S. Mateus, que contou com a presença de 160 equipas.

São essencialmente três as ra-zões que me levaram a filiar no Partido Socialista: (1) O mode-lo de construção da Europa en-contra-se hoje num momento de crise aguda. A sua construção foi sempre alicerçada num mo-delo de um Estado Social forte numa estratégia de coesão, co-operação e solidariedade entre os Povos Europeus. Esta “visão” da Europa está hoje claramen-te posta em causa. São diversas as razões para que isso aconte-ça, mas seguramente uma parte da explicação reside no facto da rendição da esquerda europeia aos encantos dos mercados des-

regulados e das designadas dou-trinas “neoliberais”. Os partidos socialistas e sociais-democratas da esquerda europeia precisam de ser refundados recuperan-do os valores das suas matrizes fundacionais. Eles são os “pais” do Modelo Social Europeu; (2) A Esquerda em Portugal, sofreu nas últimas eleições, das piores derrotas da sua história em de-mocracia. A ref lexão à Esquer-da pode e deve fazer-se nos pró-ximos anos. O Partido Socialis-ta é um partido incontornável nessa reflexão alargada das Es-querdas. Devem perceber-se os erros que estiveram na essência

desta derrota e estabelecer pon-tes de entendimento e de traba-lho entre as Esquerdas. Não po-demos unicamente continuar a olhar apenas e só para os “pró-prios umbigos” ou para as “pe-quenas capelinhas”; (3) Existe um ambiente de final de ciclo no governo da Câmara Municipal de Viseu. Percebe-se que o modelo está esgotado, os sinais de fadiga são evidentes. O Partido Socia-lista deve, de uma vez por todas, ganhar a autarquia de Viseu nas Eleições Autárquicas de 2013. A construção de um projecto alter-nativo de esquerda para Viseu deve ser uma prioridade absolu-

ta nos próximos anos.Por tudo isto, estarei disponível

para dar o meu contributo nesta necessidade de mudança. Faço-o numa lógica de decisão colectiva, partilhada com muitos daqueles que ao longo destes anos me têm acompanhado nesta caminhada. Orgulho-me dessa sua decisão, ao querem acompanhar-me nesta nova etapa política. Também eles percebem que este é o momento político de acção. Só não perce-be a mudança quem não pode ou não quer. Esses Velhos do Restelo sempre existiram e continuarão a existir na sociedade portuguesa. Faz parte da vida.

Opinião Razões Políticas da minha adesão ao Partido Socialista

Alexandre Azevedo PintoEconomista

[email protected]

milhões

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

1. Setembro anun-ciou-se soturno, chu-voso, trovejante e sem graça. Os políticos, numa linguagem pre-sumida, baptizaram-no à gaulesa, de “ren-trée” quando a maio-ria deles está, é, de “départ”. É o regresso às aulas para os alunos e professores. Para al-

guns…, pois apesar dos milhares de docentes que vêm pedindo a sua aposentação antecipa-da, em profunda discordância com o sistema, há perto de quarenta mil que não têm coloca-ção e para quem se desenha o espectro negro do desemprego. O que equivale, grosso modo, a mais ou menos cento e vinte mil pessoas, desses agregados familiares, a enfrentarem a crise da pior forma.

2. Crise (etimologicamente = decisão) que está na sua incipiência. Não o estão as deci-sões. Os próximos meses deste malfadado 2011 trar-nos-ão um pacote de medidas de implacá-vel dureza, cujos contornos, ainda indefinidos e consequências ainda por apurar, se começa-rão a sentir em breve nos bolsos já depaupera-dos dos portugueses. Os sucessivos cortes na Saúde, Educação, Segurança Social, Justiça… prenunciam um horizonte ainda mais som-brio para os utentes. A diminuição da despesa pública recai, nefastamente, sobre os cidadãos, não se vislumbrando com clareza o emagre-cimento dos “elefantes brancos” estatais. Os grandes buracos e/ou derrapagens não dei-xam de aparecer, na sua profundidade abis-mável, na Madeira, na RTP, etc. Que andaram os gestores, pagos a preço de platina, a fazer

para chegar a esta calamidade das contas pú-blicas? E ninguém lhes assaca responsabilida-des? Cremos que não. Um político das lides retirado dizia que “em Portugal a culpa morre solteira”. Nós acrescentamos, em Portugal a culpa está de boa saúde, mas amancebada com milhares de quilómetros quadrados de telha-dos de vidro…

3. O custo dos bens essenciais de consumo não pára de subir. Os impostos não param de trepar (relação inevitável de causa/efeito). Os proventos não cessam de diminuir. Fecham fábricas todos os dias. Diariamente encerram comércios. O desemprego aumenta vertigi-nosamente. Os novos-pobres são incontáveis. Os cada vez mais ricos também. Aqueles que detêm as maiores fortunas não se consideram ricos (até parece que é pecado!): “Eu não me considero rico. Sou trabalhador” (Américo Amorim); “Eu não sou milionário (André Jor-dan); “Estaria (condicional) na disponibilidade de ajudar se todos ajudassem.” (Manuel Violas) et all. Não são ricos, afinal, apenas trabalhado-res que só não se consideram “necessitados”, por uma qualquer réstia de pudor…

4. E para dar uma aparência ilusória de mo-ralização fiscal, vem aí um imposto para “es-ses”, simbólico, para aplacar as eventuais iras da populaça, não vá ela um dia zangar-se…, ao mesmo tempo que a fuga de capitais para os paraísos fiscais dispara a um ritmo vertigi-noso. Receávamos as medidas da troika. Este governo pretende duplicá-las em dureza. Para mostrar que é bom aluno. Enquanto a explo-são de violência social não acontecer. Aí, terão margem para recuar, mas entretanto muitas desgraças sucederão, irreversíveis.

5. Este Editorial está como o tempo, lá fora. Escuro, ventoso e com trovoada. Tempo mau

para as festas, feiras e romarias, assim, tam-bém, pela meteorologia ameaçadas. As tais “contingências” que o senhor Expovis augu-rava, para um certame onde os feirantes não escondem o seu descontentamento e onde nem a presença dos castelos brancos deste Portugal, na culminância desabusada do kitsch mais “al-facinholândio”, consegue acalmar.

6. O Teatro Viriato brinda-nos com a pro-gramação até Dezembro. Criteriosa, ajusta-da, selectiva e qualitativamente relevante. Em Tondela, o ACERT continua, contra ventos e marés, na sua genuína identidade, imparável. Sernancelhe, no interior do interior, traz-nos aí a 13ª edição do reconhecido internacionalmen-te Concurso e Festival Internacional de Guitar-ra Clássica. O Caramulo proporciona aos mi-lhares de fãs dos desportos motorizados um dos maiores eventos ibéricos neste domínio, transformando aquela aldeia serrana na Meca do automobilismo clássico e de competição. De S. João de Pesqueira a Nelas, passando por Penalva do Castelo glorificam-se e divulgam-se os excelentes produtos vínicos que a terra generosa dá. Ainda bem. O orçamento destas referenciadas entidades, mesmo não chegan-do aos calcanhares do da Feira de S. Mateus, prova que o “riquismo”, quando é novo, pode ser assaz aparolado…

7. Há dias, numa mesa de café próxima da-quela onde me quedava a beber uma solitária “bica”, não pude deixar de ouvir a manifesta-ção de indignação de uma senhora, em conver-sa com outra dama, e que expressava a sua viva revolta e genuína indignação porque o banco X lhe recusara um empréstimo de 54 mil euros, solicitado para adquirir a nova carrinha Audi A6, de cor preta, claro está, com estofos em pele “camel”. Afinal, ainda há esperança!

DirectorPaulo Neto, C.P. n.º TE-251

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GerênciaAlbertino Melo e Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesapara o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Editorial Raios, chuviscos & coriscos…

Paulo NetoDirector do Jornal do Centro

[email protected]

O desiderato da criação da Universidade Pública em Viseu não daria para uma tese de mestrado, porque a qualidade dos seus interve-nientes dificilmente a justi-ficaria, mas certamente que, seria um bom “case study” para a cadeira de Ciência Política até porque no palco do teatro que tem sido este caso poucos são os políticos que não tenham já desem-

penhado ao longo dos anos o seu papel nesta espécie de tragicomédia!...

O assunto é recorrente na afirmação da polí-tica local e assume, desde há uma década, diver-sos contornos e protagonistas, sem que em dia algum tenha conhecido a luz do dia, apesar da existência proclamada em Diário da República. Para aqueles que vão acompanhando com inte-resse este tema por certo se recordam dos “Olha-res Cruzados sobre Viseu”, ciclo de conferências que decorreu nesta cidade já lá vai uma boa meia dúzia de anos onde Fernando Ruas defendia a sua “dama” mas nem mesmo no tempo de go-vernos da sua cor partidária a mesma passou do

discurso político e, hoje, delas restam apenas um furtivos olhares sobre a cidade e as suas gentes. A Resolução de Conselho de Ministros, 67/2004 de 29 de Maio/04, tendo em conta o parecer da comissão e de todos os partidos com assento na Assembleia da República viabiliza o projecto de criação da Universidade Pública de Viseu deixa-do a cargo do Professor Veiga Simão, em pleno consulado de Durão Barroso, mas já antes An-tónio Guterres a tinha anunciado com pompa e circunstância, acabando depois por licenciar a Medicina na Universidade da Beira Interior, ge-rando animada manifestação de protesto dos viseenses no Rossio, se bem se recordam, mas que não passou da expressão do desagrado ge-ral e, mesmo num «País de tanga», outras lá fo-ram surgindo como cogumelos aqui ao lado, de Aveiro a Vila Real e à Covilhã, a somar às de Coimbra e do Porto. E, mais soluções foram sen-do gizadas nas mentes iluminadas dos políticos locais e desde o ensino à distância da “univer-sidade telemática”, da Universidade Aberta, da, imagine-se, «Universidade da Excelência» que antes de ser já o era, como se a excelência fosse uma qualidade passível de ser definida à partida só serviram para perder tempo e para demons-trar o provincianismo bacoco como os nossos

eleitos percebem a região.E nesta matéria, salvo melhor opinião, a cul-

pa não fica só do lado da política, porque a Aca-demia tem quota parte de responsabilidade na medida em que nunca quis ou não soube agarrar tal oportunidade. O Politécnico, enclausurado no seio de famílias quer tradicionais quer polí-ticas, andou sempre hesitante perante diversas soluções e só a possibilidade de transformar o Presidente em «Magnífico Reitor» fez nascer a ideia que talvez a transformação em Universi-dade porventura poderia ser uma possibilidade, mas aí já era tarde e nunca os que com um pé na Universidade de Aveiro mas com os votos de Viseu permitiriam que tal se concretizasse. O Reitor da Universidade Católica com um dis-curso politicamente correcto na praça pública nunca escondeu contudo em privado que não havia espaço em Viseu para duas universida-des e lá foi de forma velada ameaçando com o encerramento do Centro Regional das Beiras da Universidade Católica. O Instituto Piaget, geograficamente afastado do centro da cidade, sempre esteve mais virado para a sua visão da CPLP e a criação da Universidade Pública sem-pre se lhe ofereceu mais como uma possibili-dade de adquirir igual estatuto semi-privado

Opinião Universidade Pública de Viseu

Fernando [email protected]

Jornal do Centro09 | Setembro | 2011

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Opinião Convolação existe. É saudável.Cintilam na minha memória coisas ve-

lhas, cruzadas com as de agora, e vibrantes fazem a sua descida até ao peito, onde aper-tam, quando as tento ligar ao futuro.

São preocupações minhas, efabulações egocêntricas, talvez sem sentido, mas que esbarram, sem resposta, na totalidade da mi-nha ignorância. E o maior drama fixa-se no local de chegada destes pensamentos, no seu destino e no que sempre lá encontro: um lar-go, alto, cinzento, gigante portão; intranspo-nível, opaco, fosco e gélido, que nos arrefece corpo e alma, começando pelos pés.

Fiel à sujeição aos princípios educacionais que me foram inculcados pelos meus maio-res, que me esculpiram a moral, o carácter e me despertaram a sensibilidade para as questões relacionadas com as pessoas (o pró-ximo) não consigo desviar-me desse rumo, cujo trajecto é inclinado para a colisão com alguns valores de agora, tão contaminados como o ar, a água, a carne, o peixe, os pepi-nos, o mar e/ou o dia hodierno.

Ontem…Numa esplanada ouvi a um pai, que fala-

va com o seu primogénito, que antigamente, no tempo do seu pai, era tudo muito mau: havia fome, frio, falta de transportes, tareia dos pais, dos professores e dos irmãos, per-seguições das várias polícias. Não se podia pôr o pé em ramo verde. Dizia aquilo como que a desfilar um elenco (distante, quase in-fernal) de coisas más, péssimas e horrorosas, hoje só imagináveis a quem se deixou levar pelas campanhas de dinamização e todo o escarcel da “propaganda”. Gente mais nova, só poderá, mesmo, imaginar…

O pequeno rapaz, atento mas nada choca-do (por ignorância) com o desfilar dos ins-trumentos do diabo, perguntou vagamente, quase distraído:

- Não havia telemóveis, playstations, com-putadores, nem nada?- Não. Nem outras coisas de agora, que não

prestam para nada, recebeu do pai.E agora? Vi-me preocupado com a secura

da resposta. O pequeno, que até estava aten-to, merecia mais…

O pai deste rapaz é capaz de ser um boca-do como eu. Não se conforma com tempos ou eras. Nem passado, nem presente e, se ca-lha, nem com o futuro. Porquê? E divaguei…

Esfregam-nos na cara, diariamente, a men-sagem sobre os crápulas de outro tempo: péssimos e mal intencionados. Do piorio!

Ao mesmo tempo obrigam-nos a gostar (por exaustão!) de futebol, omnipresente na televisão, jornais e tudo que ainda pode ser adicionado. De gente desqualificada, que não são carne nem peixe (ainda há dias veio um desses dar espectáculo no programa da Feira Franca). De pessoas que nada mais têm do um palmito de cara e comportamentos que abrem todas as portas e pululam nas ditas revistas cor-de-rosa. Dos nefandos po-líticos que nos serviram este prato no qual temos, não de comer, mas de esvaziar os bolsos. Enaltecem-se indivíduos que teriam lugar cativo nas masmorras de qualquer país decente. Pactua-se com a ausência de justi-ça. Com um quadro legal iníquo, maldoso com a gente de bem e acariciante, suavizante, para a bandidagem. Criam-se situações que empurram os miseráveis para o desvio (há que comer!) e julgam essa gente, punindo-a, enquanto o crime das esferas de cima fica adiado “sine die”.

Os tais do piorio, só mentiam ao povo, só os mantinham afogados no silêncio, só ar-ranjavam emprego aos amigos, só protegiam os ricos, etc. Falava-se do tempo da “outra se-nhora” desta maneira e ainda mais. E como bebiam o que se dizia, naquela altura…

Dardejavam à toa, sem alvo concreto, não atingindo senão a perfídia e o pernicioso que se torna tal atitude, semental de prenhez má e de pegajosa influência, ali e no futuro.

Agora, no presente, dizem-nos que esta-

mos desgraçados. Estamos a ser alvos da po-luição, do aquecimento global, da miserável crise económica, da desgraça na saúde, na educação e nos cortes nas reformas.

Afinal quando é que estaremos bem? Nada aprendemos com o tempo? Que inteligência esganiçada é esta que nos anima?

Na verdade, somos arrebanhados (como aos carneiros) e metidos numa manga. To-cados pela palavra de incitamento e asso-bios. Pelos tons de voz meticulosamente es-tudados e pelas conversas aveludadas que nos põem, a todos, virados para o mesmo lugar e atentos para as promessas de lom-bo, fillet, pujadouro, ou alcatra. Envenenam-nos devagar, servindo aos fiapos, para não ser amargo, e ao som de foguetes, de bom-bos, música, beijos repenicados, febras e sardinhas, com abundante vinho de lava-doiro nas goelas. Batemos palmas, mostra-mos alegria e no dia a seguir não queremos mais nada (porque faz mal ao rabo, como na anedota). Afinal o prometido encalhou algures.

Os nossos mais ilustres e remotos ante-passados têm vindo a ter a sua imagem de-negrida. Génios, são os vigaristas que con-seguiram enganar, roubar, furtar, etc., sem serem apanhados! Deixou de haver respeito por instituições. Por figuras públicas. Pelos governantes e até pelos pais. As crianças fa-zem o que querem, incomodando os mais velhos com as suas faltas de educação, em todo o lado. Com birras e atitudes que, no meu tempo, se resolviam e que hoje parecem não ter solução.

Os avozinhos, quando deixam de pres-tar, vão parar a uns depósitos chamados de LAR, sem outra proximidade que não seja a solidão e o desprezo. É a vida… talhada nes-te eito que nos esmaga, tolhendo melhores alternativas.

Mas, penosa e desgraçadamente, o contrá-rio também é verdadeiro. Quem nos respei-

ta? Quem mostra por nós uma réstia de con-sideração? Afinal, somos rapadura do mes-mo tacho, medida pelo mesmo rasoiro.

No presente pouco nos toca de bom. Abun-dam as trafulhices que nos são informadas e todas as que não nos chegam, petas e má edu-cação. E, o que resta está tão escolhido, amas-sado, babado, que não merece aproximação. Partilha é, na sua mais vasta significância, si-nónimo de tribunal, querela, ódio, zanga, bu-lha. Deixou de ser pensada com altruísmo, dó, caridade, bondade, humanismo, etc.

Para o futuro não se auguram facilida-des nem melhorias. A herança que deixa-mos, para partilha, aos nossos filhos, foi construída por nós (e por vezes, curiosa-mente, com assumido orgulho!).

A mudança é mal quista a quem agarrou o poder. Deixou de fazer sentido o « quem quer ser respeitado tem de se dar ao respeito».

É coisa do passado. Quem tem de gostar do tempo ido? Ou se vê obrigado a fazê-lo depois de tanta desgraça e maltrapilhice anunciada?

Mas, e o moderno? Maquinal e frio. Sem haver pessoas interessadas em nós, mesmo que com exageros? Que é feito das relações vicinais? Calculo, até, que em alguns locais se venha a ensinar: Relações vicinais – for-ma arcaica que as pessoas utilizavam para suprir as faltas de condimentos usados nas cozinhas (locais onde eram preparados os substitutos dos hambúrgueres da nossa era) como sejam o alho, folhas de louro e outros, pedindo-os aos palermas que viviam nas imediações das suas casas.

Fiquei oirado de tanto pensar. É compli-cada esta coisa de perceber o que quer que seja. Houve tempo em que pensava ter opi-nião certa.

Já tive clube, partido e presumida inteli-gência. Mas, fiz uma convolação.

Pedro Calheiros

tal como a Católica do que em encontrar um parceiro de partilha de conhecimen-to na região.

E a estes acrescentam-se ainda os de-tractores da ideia (que argumentarão com relativa displicência) de que a Universi-dade Pública é apenas uma maneira fá-cil de contentar alguns viseenses mais exaltados e que Viseu já tem três estabe-lecimentos de ensino superior, sendo que essas escolas não atingiram os limites do seu crescimento, que uma universidade tem de ter professores e tem de ter alunos, que a ideia que uma universidade, através da investigação que pratica, é geradora de grande desenvolvimento local ainda está por provar e finalmente, há um último ar-gumento, que, nesta altura de crise, pode até sobrelevar a todos os outros, pois uma boa universidade custa muito dinheiro, ainda por cima numa altura em que todos os estabelecimentos de ensino superior estão à míngua.

A resposta a esta argumentação é fácil de encontrar na dinâmica que Viseu já ga-nhou no nosso rectângulo lusitano e os da-dos dos últimos censos assim demonstram

que do ponto de vista demográfico e aca-démico é das regiões de maior densidade e um dos mais importantes centros urbanos: a centralidade geográfica, o cruzamento viário, a harmonia urbanística, o patrimó-nio histórico, a potencialidade turística e empresarial assim o demonstram, ficando apenas por resolver a questão mais crítica, sendo que a solução estará na mesma ima-ginação criadora dos políticos que para os impostos encontram sempre estratégias.

Mas, supondo que o milagre político de um honesto pacto de regime local à volta deste projecto aconteceria, que as gentes de Viseu assumiam essa visão estratégica para traçar e protagonizar contra todas as fatalidades, injustiças, marasmos, resigna-ções e “ameaças” hegemónicas este desti-no comum, que o Estado entendia este in-vestimento no conhecimento como fulcral, já que a aposta na ignorância sai bem mais cara, pois o Saber é, como nos mostram os tempos de globalidade, a irrevogável ma-triz do verdadeiro Poder, que Universida-de quererá Viseu oferecer ao País, à CPLP e porque não à Europa?

Aqui chegados, teremos que ser ambi-

ciosos e com uma visão mais alargada na construção da «Catedral do Conhecimento, do Saber e da Sabedoria», ao invés de mais uma «modesta igreja» na versão do tipo «mais do mesmo»... Pelo que não me ocor-re melhor solução que plagiar o Dr. Fer-nando Paulo Baptista que, no seu “Tributo à Madre Lingua” (na certeza de que per-doará o abuso pela sincera estima e franca admiração que lhe dedico), nos oferece a solução inovadora de um «Instituto de Al-tos Estudos» com áreas-chave de interven-ção, como por exemplo a área da reflexão filosófico-espistemológica, antropológica e humanista, da formação pós-graduada e avançada (doutoramentos e pós-doutora-mentos), da investigação integrada e da ex-perimentação e aplicação científico-tecno-lógica, só por si capaz de dar “a visibilidade e a projecção” nacional e internacional que daí adviriam para a cidade de Viseu, ao ser transformada num irradiante e polifónico centro português e europeu de reflexão, formação, investigação e criação científi-cio-cultural”, sem que fosse concorrencial com as demais instaladas na região e em Portugal e, bem pelo contrário, fosse com-

plementar delas mesmas, porquanto o seu espaço de recrutamento serão os alunos que ali finalizaram a sua formação ao nível da licenciatura e dos próprios mestrados e no «Instituto de Altos Estudos» procu-rariam aprofundar e cimentar os saberes já adquiridos em proveito individual e da sociedade onde pelo valor do trabalho se quererão afirmar.

Perdoem a análise simples e ligeira do tema, que o espaço de caracteres dispo-nível forçosamente condiciona para po-der dar voz a outros, mas, ainda assim, parece-me ter deixado matéria suficiente para reflexão e para relançar o desafio aos políticos e gente influente de Viseu, para que de novo nos façam acreditar e, como o poeta dizia, transformarem o sonho em realidade! Não se deixem uma vez mais cair de novo no entrópico buraco negro da demagogia e da hipocrisia política e sejam, como são a maioria dos viseenses, ambiciosos e voluntariosos pela região e exijam lá a «Catedral do Saber» e deixem-se lá de prometer capelinhas de fiéis ser-vos de ignóbil ignorância... Disso já temos que chegue!

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abertura

A Escola Secundária Viriato, em Viseu, a Esco-la Secundária Felismina Alcântara, em Mangualde e a Escola Básica e Secun-dária Dr. Joaquim Dias Rebelo, em Moimenta da Beira são os estabeleci-mentos de ensino do dis-trito atingidos pela deci-

são do Governo de sus-pender adjudicações e novos concursos para obras da empresa pública Parque Escolar, atingindo um universo de 130 esco-las. A Inspecção de Finan-ças vai fazer uma audito-ria à empresa responsável pela requalificação de de-

zenas de escolas secundá-rias em Portugal nos úl-timos anos (inclusive as escolas secundárias Alves Martins e a Emídio Na-varro de Viseu). Em causa está o endividamento de 946 milhões de euros.

O Ministério das Finan-ças mandou suspender to-

dos os novos concursos e adjudicação de novas intervenções, ao mesmo tempo que analisa o pró-prio futuro da empresa. Segundo o ministério ci-tado pela imprensa diá-ria, as intervenções em curso deverão continuar até orientações em con-

trário.A decisão do Governo

tem igualmente em conta o plano global de investi-mentos da Parque Esco-lar em 3,2 mil milhões de euros, previstos no perí-odo 2007/2015, abrangen-do 332 estabelecimentos de ensino.

textos ∑ José Lorena, Emília Amaral

Viseu dá pontapé

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O primeiro-ministro, Pedro Pas-sos Coelho vai passar o dia de se-gunda-feira em Viseu para assi-nalar a abertura do ano lectivo, com a inauguração de dois novos centros escolares na cidade e es-tender a agenda a Lamego.

O convite para a abertura oficial de mais uma época escolar terá partido da Câmara Municipal de Viseu. A cidade assiste este ano à abertura de dois importantes cen-tros escolares. O complexo de Rio de Loba é o primeiro grande es-tabelecimento de ensino de nova geração construído no concelho para o 1º Ciclo, com capacidade para centenas de crianças e que levará ao encerramento da antiga escola primária da freguesia. O

Centro Escolar Professor Rolan-do Oliveira, localizado junto ao Bairro de Santo Estêvão surge na mesma linha, para dar resposta a uma zona da cidade (a norte) que se encontra em franca expansão, tal como assumiu o autarca, Fer-nando Ruas, no arranque da obra, que custo mais de dois milhões de euros e vai ter capacidade para re-ceber 300 alunos do 1.º ciclo e 75 do pré-escolar.

Agenda. O primeiro-ministro chega a Viseu ao início da noi-te para participar numa visita à Feira de S. Mateus, às 21h30. Na segunda-feira, o dia começa com a inauguração do Centro Escolar de Rio de Loba, às 9h30, seguin-

do-se o corte da fita no Centro Escolar de Santo Estêvão. Pas-sos Coelho segue para Lamego, onde irá almoçar com alunos e professores na cantina da Escola Secundária da Sé. Às 14h30 visi-ta o Centro Escolar de Lamego. Não sendo uma inauguração, o primeiro-ministro tem a opor-tunidade de ficar a conhecer um outro edifício da nova geração já em funcionamento. A constru-ção deste moderno equipamento, junto à Escola EB 2/3, tem o ob-jectivo de dotar de melhor qua-lidade o ensino pré-escolar e 1º Ciclo do concelho, e vai receber muitos dos alunos das sete esco-las que este ano encerraram no concelho.

Visita ∑ Primeiro ministro inaugura dois centros

escolares na cidade de Viseu

Regresso ∑ Milhares voltam à escola em tempo

de crise e racionalização de meios nas escolas

Governo suspende obras em três escolas do distrito

Arq

uivo

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O regresso às aulas marca um ciclo anual em que toda a família retoma hábitos inter-rompidos entretanto pelos meses do tempo quente e das férias. É o tempo de acordar cedo, de interromper os longos momentos de lazer e prazer despreocupado, de traba-lhar na leitura e de voltar a puxar pela cabe-ça, mesmo quando não apetece.

Para receber as crianças e jovens que se preparam já para a nova etapa, dezenas de escolas da região de Viseu já estão aptas para a retoma, com instalações desempo-eiradas, refrescadas e até prontinhas a es-trear, por se tratarem de novos estabeleci-mentos de ensino. É o caso de novos cen-tros escolares como os de Nelas, Lamego, Viseu e Mangualde, onde vão ficar instala-das milhares de crianças no 1º Ciclo do En-sino Básico.

Os centros escolares estão a ajudar a re-volucionar o ensino em Portugal. Em vez das antigas escolas primárias, mais recen-tes ou muitas ainda com aquela arquitectu-ra característica do Estado Novo e do seu Plano dos Centenários, surgem agora gran-des espaços, onde centenas ou milhares de crianças frequentam os primeiros anos da escolaridade.

É mais uma experiência no ensino, mas quer entre os alunos e pais, quer entre pro-fessores e funcionários, parece haver aceita-ção e entrega ao novo modelo. As autarquias, até aqui com grandes responsabilidades no Ensino Básico, também estão satisfeitas com a mudança.

Um pouco por toda a região de Viseu o anúncio do encerramento de pequenas es-colas tem sido mal recebido por uns – que temem a desertificação e a concentração de crianças e meios nos centros de maior dimensão – e bem recebido por muitos ou-tros. A vantagem defendida é a da possibi-lidade de racionalizar meios humanos e fi-nanceiros.

A poupança é notória com os novos mo-delos. Não só é procurada naturalmente, como se torna vantajosa no tempo crítico e de emagrecimento que se vive.

O caso de Lamego é um exemplo vivo a nível nacional quando se fala de êxito dos

novos centros escolares. A concentração de crianças em três ou quatro destes novos estabelecimentos, tendo encerrado algumas escolas dispersas por um concelho monta-nhoso e onde se cumprem grandes distân-cias entre localidades, levou à criação de um novo sistema de transportes escolares ao qual se associaram as juntas de freguesia.

Os veículos de transporte escolar partem das localidades mais afastadas, recolhem as crianças, levam-nas para as escolas e ao fim do dia voltam a regressar à origem, en-tregando-as às famílias e permanecendo nas localidades de onde partem novamente no dia a seguir. Esta foi uma forma original e desenvolvida pela autarquia de Lamego que pode vir a ser seguida noutros pontos do país.

Mas também em Lamego se sentiram re-centemente os sinais dos tempos que cor-rem: a crise financeira nacional e as medidas que acompanham a pressão das entidades financeiras internacionais sobre o Gover-no para que se poupe e corte nas despesas. A autarquia lamecense acaba de devolver ao Estado a promoção de Actividades de Enri-quecimento Curricular (AEC) pela impos-sibilidade de manter o respectivo suporte financeiro.

A Câmara Municipal de Lamego não vai gastar, assim, mais de 200 mil euros, verba que o autarca local considerou de “insusten-tável” que seja despendida no actual contex-to económico. O projecto de AEC’s custava, na totalidade, 430 mil euros em Lamego. A verba restante era comparticipada pelo Ministério da Educação. Não é conhecida ainda a resposta da Tutela a esta posição da autarquia.

Também em Oliveira de Frades surgiu uma reacção aos tempos que correm. A au-tarquia liderada por Luís Vasconcelos tam-bém marcou o panorama nacional do início das aulas com uma medida pouco encoraja-dora: deixou de haver apoio na obtenção de livros e manuais escolares para os alunos. A crise financeira assim o obrigou e os sinais de emagrecimento do investimento neces-sário na Educação começaram a ser eviden-tes e alvo de comentários preocupantes e do

receio dos agregados familiares.

Investimento. A construção de novos cen-tros escolares nos diversos concelhos do distrito teve grande expressão no concelho de Viseu, onde este ano abrem dois novos centros escolares – em Rio de Loba e Santo Estêvão. O investimento financeiro nestas escolas é elevado. Só a Câmara Municipal de Viseu já gastou seis milhões de euros na construção dos novos centros escolares e na requalificação de outras que vão abrir com nova cara este ano.

A abertura do novo ano escolar é mesmo considerada pelos responsáveis da autarquia como “marcante em termos de investimen-tos e reformulação do sentido de optimiza-ção dos recursos humanos e materiais”. Só os transportes escolares, AEC’s e apoio a jar-dins-de-infância levaram a que o município de Viseu colocasse de lado mais de quatro milhões de euros.

Rigor na gestão. As três maiores escolas da cidade e concelho de Viseu, as secun-dárias de Alves Martins, Emídio Navarro e Viriato, vão abrir sem grandes altera-ções ao ano anterior e em condições para os seus cerca de 4.500 alunos.

Na Escola Secundá-ria de Alves Martins, o quadro de profes-sores está completo e organizado para os quase 200 docentes que ali vão prestar serviço. A escola, em parceria com as asso-ciações de Pais e de Estudantes, organi-zou este ano uma ini-ciativa louvável e que reflecte a crise nacio-nal: uma feira de tro-ca de livros escolares para tentar minimi-zar os problemas de

alunos e agregados familiares. Os alunos entregam os manuais do ano anterior e re-cebem gratuitamente o do ano que vão fre-quentar.

Na Escola Secundária de Viriato, que entre as três é a que não tem ainda obras de requalificação – este ano acaba de ver suspenso o respectivo projecto que se de-veria iniciar – faltam poucos professores para serem ocupados os horários das tur-mas criadas (este ano tiveram uma redução considerável).

Na Escola Secundária de Emídio Navar-ro falta apenas colocar seis professores para completar o quadro de docentes para o ano lectivo. A escola, que tem vindo a ser sujei-ta a obras de requalificação, entra agora no final desse processo com a intervenção no seu átrio.

Quanto à racionalização de meios, os directores das três escolas declararam ao Jornal do centro que “nada será alterado em relação a anos anteriores. A despesa é controlada, a gestão equilibrada e no es-sencial não é possível cortar neste sector”, defendem.

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NOVO ANO LECTIVO 2011/2012 | ABERTURA

de saída ao novo ano escolar

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Educação pré-escolar

Início ∑ Entre 8 e 15 de Setem-bro de 2011

Termo ∑ 6 de Julho de 2012

Interrupções ∑ Entre 19 e 30 de Dezembro de 2011. De 20 e 22 de Fevereiro de 2012. Entre 26 de Março e 9 de Abril de 2012.

Calendário Escolar 2011/2012Ensino Básico e Secundário

1º Período

Início ∑ Entre 8 e 15 de Setembro de 2011

Termo ∑ 16 de Dezembro de 2011

2º Período

Início ∑ 3 de Janeiro de 2012

Termo ∑ 23 de Março de 2012

3º Período

Início ∑ 10 de Abril de 2012

Termo ∑ 8 de Junho de 2012 (6º, 9º, 11º e 12º). 15 de Junho de 2012 (1º ao 8º e 10º)

Interrupções ∑ De 19 e 2 de Janeiro de 2012. De 20 e 22 de Fevereiro de 2012. De 26 de Março e 9 de Abril de 2012.

Ensino Especial

1º Período

Início ∑ 2 de Setembro de 2011

Termo ∑ 6 de Janeiro de 2012

2º Período

Início ∑ 11 de Janeiro de 2012

Termo ∑ 15 de Junho de 2012

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Semanalmente, “À Conversa” resulta de um trabalho conjunto do Jornal do Centro e da Rádio Noar. Pode ser ouvida na íntegra na Rádio Noar, esta sexta-feira, às 11hoo e às 19h00, e domingo, às 11h00. Versão integral em www.jornaldocentro.pt

Entrevista ∑ Tiago Virgílio PereiraFotografia ∑ Nuno Ferreira à conversa

Em que contexto surge o Museu da Misericórdia?O Museu, que também

designamos por “Tesou-ro”, congrega um signifi-cativo corpo de bens que se foram recolhendo ao longo dos anos de vida da Santa Casa de Misericór-dia de Viseu.

Este Museu está insta-lado no contexto da be-líssima Igreja da Miseri-córdia, com uma fachada do estilo barroco do sé-culo XVIII. Possui duas alas laterais - norte e sul - que tradicionalmente as Misericórdias utilizavam quer como serviço admi-nistrativo quer como boti-ca para administração de medicamentos para quem precisasse. Estes serviços das alas laterais foram de-sactivados e a Misericór-

dia requalificou-os. Na ala norte encontra-se o Museu propriamente dito, com a colecção perma-nente de várias obras de arte que traduzem toda a vivência da história, atra-vés de imagens e docu-mentação, através de ico-nografia variada que res-peita aos actos de culto, às procissões e ao quadro devocionário.

Mantemos uma co-lecção permanente com muita dignidade, que passa também por um registo de todo um pa-trimónio cultural e ar-tístico que é também um registo das vivências destas instituições mui-to peculiares. A Miseri-córdia de Viseu tem fei-to toda uma recolha, um tratamento, um estudo e uma inventariação do património o que mostra a disponibilidade social, através do Museu ou Te-souro.

Na ala sul prolongou-se o Museu. Está destinada para exposições tempo-rárias. Temos uma expo-sição temporária aberta há uns meses, dedicada aos tradicionais benemé-ritos da Misericórdia, de-nominada “Histórias de bem-fazer”. Vai ficar ex-posta durante dois anos – até 2012 - dando depois lugar a outra de quadros de diversos pintores, de elementos iconográfi-cos, de documentação e de elementos textuais de fácil visibilidade.

O que há no museu?Estão presentes objec-

tos que tiveram, em tem-po, um uso prático. De um quadro ilustrativo de uma sala, de uma prata ou louça para servir à mesa, até às arcas para guardar roupa. Desvalorizado este valor de uso, ganharam apenas um valor de arte e então recolhem-se nos museus como testemunho dessas vivências. As pe-ças que aqui constam fo-ram restauradas e servem como testemunho, para que conheçamos hoje as ritualidades e os serviços de outrora.

Qual a peça ex-líbris do Mu-seu da Misericórdia?Nós não temos propria-

mente tesouros nacionais, ainda que todos os objec-tos tenham muita digni-dade. Há um elemento emblemático que é a pró-pria bandeira da Miseri-córdia. Todas têm uma bandeira que era utiliza-da nas procissões ou nos actos solenes e que foi so-frendo alterações ao lon-go dos tempos. Contudo, possuem um cânone que ficou estabelecido no sé-culo XVII, e que não mais se alterou.

A bandeira é o elemen-to iconográfico que temos de maior valia. Foi pinta-do por um pintor viseen-se de grande gabarito cha-mado Pintor Gata, foi-lhe encomendada esta ban-deira que para nós figura como tesouro. Há também

outros quadros de Visita-ção, pedidos pela Mise-ricórdia, nomadamente um emblemático pintado por António José Pereira, o conteúdo da Visitação articula-se como uma das devoções mais particula-res da Misericórdia e uma das festas maiores da San-ta Casa da Misericórdia. Há também um pequeno tesouro de prataria e ou-rivesaria ligado aos objec-tos litúrgicos que foram ficando em desuso, como missais ou paramentaria, que possuem essa valia intrínseca.

Quem é que faz a escolha das obras para exposição?Sou eu. Como mesário

fiquei com um pelouro ligado à divulgação e ao património cultural, daí que me tivesse empe-nhado, desde que vim, em recolher e inventa-riar tudo o que havia, um pouco perdido nas diver-sas instalações. As peças foram restauradas, os espaços requalificados e construiu-se todo um programa que está visí-vel a todos quantos nos visitam.

Pode comparar-se ao Museu Grão Vasco?Este é um Museu que

não tem a classe do Mu-seu Grão Vasco. Os dois são importantes, mas a extensão, a qualidade e o tempo que já leva, quase 100 anos, tornam o Mu-seu Grão Vasco melhor.

Este é um museu ainda muito jovem, com apenas três anos.

O Museu possui algum acervo?O fundamental está ex-

posto, aquilo que é mais preciso, singular e para-digmático. No entanto, há uma série de outros ob-jectos, um pouco repeti-dos e com menos qualida-de, ainda assim dignos de se ver, que se encontram, à imagem do que aconte-ce nos outros museus, nos depósitos. Temos já uma sala espaçosa na residên-cia Rainha Dona Leonor onde está guardado todo esse património que não está exposto. Frascos de farmácia, bustos de al-guns beneméritos e mais de meia centena de qua-dros são algumas das obras guardadas.

Já se procedeu a alguma alteração das peças durante os três anos?O Museu apresenta uma

exposição permanente, houve uma ou outra alte-ração dos quadros, mas nada de relevante.

Quantas pessoas visitam anualmente o Museu?Cerca de seis mil pesso-

as. Consideramos que é já um número bastante sig-nificativo e que nos honra, por isso é que merece que esteja permanentemente aberto, como está.

Quais as funções de uma

“Há um elemento emblemático que é a própria bandeira...”

“Ao serviço de quem pre-cisa” é o lema da Miseri-córdia de Viseu. É assim hoje e há mais de cinco séculos, aquando do sur-gimento das Santas Ca-sas da Misericórdia. “A primacial função das Misericórdias é a com-ponente social”, disse ao Jornal do Centro o direc-tor do Museu da Miseri-córdia, Alberto Correia, de 69 anos. O mesário que está a cumprir o sexto ano nessa função, abriu-nos as portas do “Tesouro” e guiou uma visita à descoberta da arte e da cultura…

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ALBERTO CORREIA | À CONVERSA

Misericórdia?A primacial função das

Misericórdias é a compo-nente social. Por acrésci-mo, há a vertente religiosa isto é, a Misericórdia nas-ceu cristã, católica e daí que a realização de mis-sas, festas e procissões sempre tenha aconteci-do. Aliado a estas duas valências associa-se a componente artística. As pinturas associam-se à parte mais espectacular do culto, mas os objectos de farmácia, por exemplo, têm a ver com a prestação de serviços dessa parte social que prevalece até aos dias de hoje.

E os momentos mais mar-cantes da sua história?O momento mais im-

portante foi a fundação. Apesar de não termos a documentação exacta do ano em que foi fundada, as Misericórdias têm a sua origem em 1498 e ve-lozmente se expandiram. A Misericórdia de Viseu deve ter sido criada mui-to rapidamente, dadas as relações que havia entre

os Bispos de Viseu e a Corte. O primeiro regu-lamento presente no Mu-seu, que é também uma obra exemplar do sécu-lo XVI, diz que nasceu em 1516, quando o Rei D. Manuel assinou pelo seu punho esse compromisso e o entregou à Misericór-dia de Viseu.

O apoio aos presos, aos pobres e aos doentes sempre foi uma marca. Há também um momen-to importante em 1565, quando um casal de be-neméritos viseense en-trega o primeiro Hospital oficial. O desafio da sua construção, muito demo-rada pela sua imponência, é também digno de desta-que, pois retrata o esforço da Misericórdia e do em-penho dos beneméritos. Outro momento chave é a construção da Igreja da Misericórdia e a constru-ção do actual lar Viscon-dessa de São Caetano.

Há algumas pessoas com dificuldade em constatar a obra social na Misericórdia, onde é que está presente?

Através da prestação de auxílio à comunida-de por creches, berçá-rios, jardins-de-infância, centro de acolhimento temporário de crianças desprotegidas, lares so-ciais e centros de dia com apoio domiciliário. Ape-sar destas carências que se têm vindo, infelizmen-te, a agravar, a Misericór-dia mantém um refeitório social e que dia-a-dia ser-ve mais de uma centena de refeições.

Há prestações que são subsidiadas por recursos dos beneméritos e pela segurança social, depen-dendo das circunstâncias familiares dos doentes, mas há também pessoas que podem pagar o lar, por exemplo, mas a Misericór-dia não deixa de prestar um serviço à comunidade e social, mesmo que cada pessoa possa suportar es-ses mesmos cuidados.

A Misericórdia está ao serviço de quem preci-sa, este é o lema da insti-tuição. Qualquer desvio dessa sua função deve ser chamado à atenção, por-

que é a missão dos cida-dãos criticar, quando a crítica deve ser feita.

Existe a possibilidade da Misericórdia criar uma Unidade de Cuidados Con-tinuados?A Misericórdia de Viseu

candidatou-se a uma Uni-dade de Cuidados Conti-nuados, em 2010. Este ser-viço deveria ser implanta-do na cidade uma vez que não existe e onde acho que era importante, dado o quadro populacional da cidade.

A Misericórdia, mais que ninguém, não só pelo seu bem-fazer tradicional mas também pela proxi-midade de relações que tem com o Hospital, até pelo facto de ter instala-ções que resultam da de-safectação do antigo edifí-cio, assume-se como uma opção válida.

Contudo, a Misericórdia de Viseu foi preterida por outras instituições, mas desejaríamos que, muito brevemente, os Cuidados Continuados fossem lan-çados.

“Miseris - cor - dare” é o mesmo que ter lugar no coração para todos as vítimas da miséria.Oficialmente, as Santas Casas da Misericórdia datam de 15 de Agosto de 1485, como a sua institucionalização em Portugal. Contudo, o culto da Nossa Senhora da Piedade e Senhora da Misericór-dia, já existiam no despertar da na-cionalidade. Foi a Rainha Dª Leonor de Lencastre, viúva de D. João II a empreendedora desta obra.A Misericórdia de Viseu surge em 1516 por exortação de Dom Manuel I. É recomendado o lema”servir a pobreza com a abnegação dos justos”.Apenas a título de curiosidade, recorda-se, nesta viagem presente

pelo passado da Misericórdia de Viseu, aquelas que deveriam ser, segundo o espírito do compromis-so, as características principais dos Irmãos e dos Mesários e Provedor da Misericórdia:– Irmãos: Para serem recebidos por Irmãos, os candidatos – “além de serem Homens de boa cons-ciência e fama, tementes a Deus, modestos, caritativos e humildes, quais se requerem para servir a Deus e a seus pobres com a perfei-ção devida, hão--de ter ainda entre outras, algumas condições que se podem expressar deste modo:- Ser limpo de Sangue;- Ser livre de toda a Infâmia;- Ter idade conveniente;- Ser de bom entendimento e saber;

- Ter meios que bastem, para não se servir dos bens da irmandade, nem se suspeitar de que poderá aproveitar-se do que lhe correr pelas mãos. – Mesários e Provedor: - Será homem nobre de autorida-de;- Virtuoso de boa forma;- Muito humilde e paciente pelas desvairadas considerações dos homens com que há-de usar e praticar;- Repartir entre si todos os cargos segundo o que “mais for serviço de Deus”;- E para os quais cada qual se sentir ”mais auto”, ou seja apto em condições de melhor servir, os objectivos da Misericórdia.

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A C o m i s s ã o O r g a -nizadora do Movimento do Acidente Ferroviário de Al-cafache - Comafa - vai assi-nalar mais uma vez o acon-tecimento mais negro que em Portugal atingiu os ca-minhos-de-ferro. Passam este ano 26 anos sobre o grande acidente que em 11 de Setembro de 1985 tirou a vida a um número ainda não exacto de pessoas, mas que se calcula entre as 130 e 150 pessoas.

Grande parte dos mor-tos eram emigrantes que regressavam aos países eu-ropeus onde trabalhavam. Duas composições choca-ram frontalmente na linha da Beira Alta junto ao ape-adeiro de Maceira Dão - Al-cafache e o trágico aconte-cimento ficou conhecido por “acidente de Alcafache”, por ser mais conhecida a estância termal em referên-cia e que se situa a oito qui-

lómetros do local.A evocação das vítimas

e do acidente tem lugar du-rante a manhã do próximo domingo no monumento que foi construído já no sé-

culo XXI, alguns anos de-pois da tragédia.

Entre as individualida-des que se esperam para as cerimónias contam-se os ex-presidentes da Repú-

blica Ramalho Eanes, Má-rio Soares, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesá-rio, entre deputados à As-sembleia da República e

autarcas do concelho de Mangualde.

Na ocasião será visiona-do um filme de 15 minu-tos com a história dos mo-mentos mais dramáticos

do acidente e no qual parti-cipam sobreviventes e ele-mentos de corporações de bombeiros que chegaram ao local pouco depois da colisão entre as duas com-posições.

A maioria das vítimas de Alcafache seguia para Paris no comboio interna-cional Sud Express. Eram emigrantes oriundos dos distritos de Viseu, Coimbra, Aveiro, Porto, Viana do Cas-telo e Vila Real que haviam terminado o habitual perío-do de férias em Portugal.

A segunda composição envolvida era um comboio regional que provinha de Vilar Formoso. Um erro humano, conforme ficou provado após apuradas in-vestigações e um demora-do processo judicial, terá estado na origem do aci-dente.

José Lorena

Lembrar Alcafache 26 anos depois do acidenteMemória ∑ Vítimas fazem romagem ao local do choque de comboios que colheu mais de uma centena de passageiros

A 11 de Setembro de 1985: mais de uma centena de mortos no choque de comboios de Alcafache

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A Câmara Municipal de Tondela vai avançar com a construção da segunda fase do Parque Urbano da cida-de. Aquela que será em bre-ve a “Praça Besteiros” vai nascer junto ao Novo Ciclo Acert, numa área de 30 mil metros quadrados de zona verde

O investimento superior a 2,5 milhões de euros, im-plica a demolição de três edifícios e a compra de um terreno anexo para ali criar uma zona verde de excelência. Esta segunda fase do Parque Urbano in-clui ainda arranjos urba-nísticos de todo o espaço da feira semanal, do acesso à capela de Santa Eufémia, as envolventes ao mercado

municipal e as artérias de acesso entre a Rua Tomás Ribeiro e a Rua Dr. Mar-ques da Costa.

“Faremos uma segunda revolução do ponto de vis-ta urbanístico”, sintetizou o presidente da Câmara de Tondela, ao lembrar que o Parque urbano passará a ter 60 mil metros quadrados,

“o que é fantástico para uma cidade como Tondela”, con-siderou.

O anúncio da nova infra-estrutura foi feito durante a apresentação da edição deste ano da FICTON - Fei-ra Industrial e Comercial de Tondela que decorre en-tre 15 e 18 deste mês (ver su-plemento nesta edição).

Carlos Marta anunciou

igualmente o lançamento do Arquivo Municipal de Tondela que vai ficar insta-lado na antiga escola pri-mária da cidade, um in-vestimento de cerca de

373 mil euros.Ambas as obras serão

lançadas dia 17 deste mês, durante uma cerimónia integrada no programa da Ficton. Enquanto isso

decorrem as obras de re-cuperação do edifício dos Paços do Concelho, com a inauguração prevista para 18 de Dezembro, dia da ci-dade.

“Apesar da crise não po-demos parar tudo, porque isso seria desastroso. Fize-mos o trabalho de casa, te-mos as contas equilibradas, temos as obras aprovadas no QREN e com financia-mentos garantidos, esta-mos em condições, nesta fase de vida difícil do país, de fazer investimentos estruturantes que tenham também poucos custos no futuro, de forma a que a actividade económica e as nossas empresas possam ter um movimento que lhes permita desenvolver a sua actividade”, acrescentou o autarca.

Emília [email protected]

REGIÃO | TONDELA

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Câmara de Tondela avança com segunda fase do Parque UrbanoInfra-estruturas∑ Autarquia lança dia 17, obras da “Praça Besteiros” e do Arquivo Municipal

A Os novos investimentos foram anunciado durante a apresentação da FICTON

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VISEU| REGIÃO

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+ profissionalo encontro

“Porque é que estou aqui hoje?”. Foi assim que o fun-dador do Bloco de Esquer-da (BE) em Viseu, Alexan-dre Azevedo Pinto iniciou a prometida conferência de imprensa para explicar as razões que o levaram a filiar-se no Partido Socia-lista, depois de ter feito um percurso político em vários projectos de esquerda.

E a resposta veio logo a seguir: “O meu trajecto po-lítico é de esquerda. Enten-do que conseguirei fazer pontes quer com a esquer-da do Partido Socialista, quer com os independen-tes de esquerda, e o meu contributo é também con-seguir que o PS consiga fa-zer uma abertura à sua es-

querda, um pouco naquilo que é hoje a cidadania e a necessidade premente que os partidos têm de se abrir à sociedade civil”.

Alexandre Azevedo Pinto, que foi candidato à Câmara de Viseu pelo BE, partici-pou na primeira candidatu-ra de Manuel Alegre à pre-sidência da República e fez parte de vários movimen-tos de intervenção, adian-tou que não há “incoerên-cia” nesta decisão de mili-tar agora no PS e avançou com três razões. A neces-sidade da esquerda reflec-tir sobre os maus resulta-dos no país, assim como na Europa, mas também por entender que, a nível local,

“há uma lógica de fim de ci-

clo do actual governo da câ-mara de Viseu por várias razões, uma delas mais no-tória, que é o esgotamento do modelo de direita que mostra já sinais significati-vos de fadiga”.

Para Alexandre Pinto, o PS “conquistar” a Câmara de Viseu é uma necessidade.

“Nunca percebi muito bem porque é que o Partido So-cialista, e a própria esquer-da, nunca se empenhou se-riamente no objectivo polí-tico de ganhar a Câmara de Viseu. É uma necessidade que o partido tem que pen-sar”, acrescentou.

Diz que a decisão de se tornar militante socialista

“não foi um processo soli-tário” nem quer transfor-

mar a audácia numa “to-mada de assalto” ao parti-do em Viseu. Questionado sobre uma possível lideran-ça futura nos órgãos locais, Alexandre Pinto responde: “não sou candidato à conce-lhia do PS nas eleições de

2012. Numa hipotética dis-ponibilidade para integrar uma equipa para apresen-tar uma alternativa à Câ-mara de Viseu, claro que estarei disponível. Enten-do a política numa lógia co-lectiva”.

Admitiu ligações fortes com o actual presidente da Federação do PS, João Azevedo, confirmou que os históricos do PS em Viseu, Paulo Simões e Rui Santos subscreveram a sua ade-são. E lembrou que junta-mente com ele, terão ade-rido ao PS outras pessoas que o acompanharam em anteriores projectos políti-cos, mas não quis revelar nomes. “São pessoas muito válidas que podem marcar pela diferença, porque tra-zem um conjunto de novos conhecimentos úteis para o partido nesta necessidade de se refundar”, reforçou.

Emília [email protected]

“O PS tem que se empenhar seriamenteno objectivo de ganhar a Câmara de Viseu” Alexandre Pinto∑ Fundador do BE em Viseu justifica em conferência de imprensa porque se tornou militante do PS

A “Não há aqui uma tomada de assalto” ao PS

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REGIÃO | VISEU | MOIMENTA DA BEIRA | CARREGAL DO SAL

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Um médico do Hospi-tal de São Teotónio, em Viseu, é o principal sus-peito de ter colocado uma microcâmara na casa de banho do serviço de Neu-rocirurgia. O WC era uti-lizado sobretudo por en-fermeiras.

Os funcionários mani-festaram-se surpreendi-dos e os utentes preocu-pados. “Não me admiro nada que seja um médico o responsável. Pelas histó-rias que oiço diariamente, aqui já nada me surpreen-de”, disse um funcionário, que pediu anonimato. “É um médico, mas deve estar muito doente para fazer uma coisa destas”, acrescentou uma funcio-nária, que também solici-

tou anonimato.José Manuel Si lva ,

bastonário da Ordem dos Médicos, mostrou-se “profundamente sur-preendido” com a notí-cia, considerando o acto

“deplorável e “uma gra-ve violação do Código Deontológico dos mé-dicos”. O bastonário ga-

rante que a Ordem “vai com o caso até às últimas consequências” e que “ha-verá uma penalização por parte do conselho disci-plinar”. O conselho de administração do hospi-tal apenas se pronuncia-rá quando tiver “informa-ções oficiais”.

O caso remonta a 13 de

Julho, quando um auxi-liar que fazia limpezas no WC do serviço de Neu-rocirurgia encontrou um dispositivo atrás de uma sanita e pensou tratar-se de uma bomba. A PSP de Viseu foi chamada ao lo-cal e, após verificar que se tratava de uma câma-ra de filmar, recolheu o aparelho, para investiga-ções. Desde então, vários funcionários, médicos e enfermeiros foram inqui-ridos.

O suspeito de espiar incorre num crime de devassa da vida privada, que pode ser punido com uma pena até um ano de prisão.

Tiago Virgílio Pereira

Médico suspeito de espiar enfermeiras no HospitalSilêncio ∑ Administração só se pronunciará quando tiver “informações oficiais”

A Caso remonta ao dia 13 de Julho

SUSPEITOMoimenta da Beira. Um ho-mem de 55 anos foi detido, na madrugada do dia 7, em Alvite, por suspeita de vio-lência doméstica. De acor-do com um comunicado da GNR, o posto territorial de Moimenta da Beira “foi in-formado que um homem estaria ameaçar a mulher com uma arma de fogo. De imediato a patrulha des-locou-se ao local e, após ter consentimento para entrar na casa, apreendeu uma arma calibre 12 mm e um cartucho do mesmo cali-bre”. O detido foi presen-te a tribunal para primei-ro interrogatório, à hora do fecho do Jornal do Centro ainda não era conhecida a decisão judicial.

COLISÃOViseu. Um homem mor-reu na segunda-feira, na sequência de uma colisão entre um motociclo e um motocultivadort, na estra-da Nacional 16, na zona de Moselos. A vítima mortal que conduzia o motoci-clo, ainda foi transporta-da para o Hospital S. Te-otónio de Viseu, mas não resistiu aos ferimentos e acabou por morrer. O ho-mem era natural de San-ta Cruz da Trapa, conce-lho de S. Pedro do Sul. O condutor do motocultiva-dor não sofrer qualquer ferimento.

DESPISTECarregal do Sal. Um veícu-lo ligeiro de mercadorias despistou-se no IC 12, no nó de Oliveirinha e pro-vocou ferimentos ligei-ros nos dois ocupantes da viatura. No local estive-ram os Bombeiros Volun-tários de Carregal do Sal, com quatro viaturas e 10 homens.

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REGIÃO

A candidatura “Por um futuro...de mudança!”, li-derada pelo presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Viseu, Re-belo Marinho, tornou pú-blica a lista dos candidatos aos órgãos sociais da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, a submeter às eleições do próximo congresso, que decorre de 28 a 30 de Outubro, na Régua.

Com uma taxa de re-novação nos seus qua-dros superior a 80 por cento (apenas 10 ele-mentos vêm do manda-

to anterior), a lista tra-duz para Rebelo Marinho “uma efectiva e alargada representatividade nacio-nal”, uma vez que, “cada um dos 11 membros do Conselho Executivo pro-vém de um distrito dife-rente e todos os distritos e regiões autónomas estão representados nos órgãos, e evidencia um equilíbrio apreciável entre dirigen-tes (30) e Quadros de Co-mando (28) ”, adianta o candidato em comunica-do. Quanto aos elementos que representam Viseu na lista, a par de Rebelo Ma-rinho, encontram-se João Soares, presidente dos Bombeiros Voluntários (BV) de Mangualde, João Oliveira, presidente dos BV de Ervedosa do Dou-ro, Moimenta da Beira, e António Pinto, dos BV de Castro Daire. EA

Rebelo Marinho apresenta lista renovada

UNIÃO EUROPEIA

A Comissão Europeia propôs que 2013 fosse o Ano Europeu dos Cida-dãos, celebrando assim os 20 anos da introdução da cidadania da União Europeia (UE) pelo Tra-tado de Maastricht, a 1 de Novembro de 1993.

A liberdade de circula-ção é o direito mais pre-cioso inerente à cidada-nia da UE, que não subs-titui mas complementa a cidadania nacional e pos-sibilita que os cidadãos da UE tenham acesso a um leque alargado de direi-tos em todos os países da União. Enquanto consu-midores, têm direito ao acesso a bens e serviços noutros países membros e, enquanto cidadãos, têm direito à educação, à ob-tenção do reconhecimen-to das suas qualificações profissionais, aos cuida-

dos de saúde e a adquirir ou manter os direitos de segurança social. Podem ainda votar e candidatar-se nas eleições para o Par-lamento Europeu e nas eleições autárquicas no país de residência.

Apesar de um terço (35 por cento) dos trabalha-dores considerarem a hi-pótese de ir trabalhar para outro país membro, quase um em cada cinco conti-nua a pensar que existem demasiados obstáculos. Para além das dificulda-des da língua, a falta de informação é o mais im-portante obstáculo à saída para outro país.

Para aumentar o nível de informação e sensibi-lização, o Ano Europeu vai organizar uma série de eventos, conferências e seminários, a nível na-cional, regional e local.

2013 – Ano Europeu dos Cidadãos

A Comissão Europeia está a promover um con-curso de desenho para crianças portuguesas que irá decorrer de 1 de Se-tembro a 15 de Novembro de 2011. O vencedor verá o seu nome atribuído ao Sa-télite do Programa Galileo que será lançado para o es-paço.

O concurso está aberto a crianças com idades entre os 9 e os 11 anos, residentes em Portugal. Cada concor-rente deverá elaborar um trabalho (desenho, pintu-ra ou outras técnicas) ba-

seado no tema «Espaço e Aeronáutica» (poderá ser uma imagem da Terra jun-tamente com outros plane-tas e satélites ou o lança-mento para o espaço do Sa-télite Galileo). O trabalho deverá ser digitalizado ou fotografado e colocado na página Web do concurso.

Todas as informações sobre o concurso podem ser encontradas na pági-na www.galileocontest.eu a partir de 1 de Setembro de 2011.

O que é o Programa Galileo? O Programa Ga-lileo é o sistema de nave-gação por satélite indepen-dente da Europa. O progra-ma irá lançar, no mínimo, 27 satélites que permiti-rão à Europa manter-se na vanguarda das tecno-logias relacionadas com o espaço.

Concurso paracrianças portuguesas

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economia

MONTRAS VIVASNO FORUM VISEU

Afonso Vilela e Vikki, ambos modelos da moda nacional, prometem sur-preender os visitantes do Forum Viseu, este sába-do, dia 10, através da sua participação na iniciati-va do centro comercial Montras Vivas.

O objectivo é “criar uma maior dinâmica e interacção com os visi-tantes”, assume o Forum, ao anunciar um gran-de momento, das 10h00 às 13h00, e das 15h00 às 23h00. “Todos os visitan-tes vão ser surpreendi-dos com a presença de manequins com gran-de projecção nacional e internacional a animar algumas das montras”, acrescenta a direcção do centro comercial em co-municado.

O centro comercial Forum Viseu está a co-memorar seis anos neste mês de Setembro.

Check&Go chega a ViseuMultiserviços∑ Manutenção e reparação automóvel através de um num novo conceito

A Check&Go Centro Auto já abriu em Viseu. A empresa desenvolve a ac-tividade na área da manu-tenção e reparação auto-móvel, inserida num con-ceito denominado nova distribuição. O serviço está situado na Estrada Nacional 229, junto à saí-da para o Sátão.

Esta filosofia de “ser-viços rápidos”, chega a Viseu pela mão da S3I. Os serviços disponíveis incluem manutenção, pneus, travões, escapes e ar condicionado. As peças colocadas são feitas pelos mais prestigiados forne-cedores mundiais e, ao nível técnico, existe uma

permanente formação e actualização, de modo a que a interacção seja rigo-rosa em todas as marcas e modelos de veículos. A rede Check&Go oferece garantia de qualidade no

serviço prestado. Até 2010, o objectivo passa por co-brir a quase totalidade do território nacional, conti-nental e insular prevendo atingir os 50 centros.

A Check&Go, antes de

efectuar qualquer inter-venção, entrega ao clien-te um orçamento gratuito e detalhado, com o valor igual à factura.

Tiago Virgílio Pereira

AO serviço está situado na Estrada Nacional 229

O vinho - Na descoberta dos prazeres

Opinião

A produção de vinho no nosso país teve início com a ocupação deste territó-rio pelos Romanos e, desde esse momento, a cultura da vinha e o fabrico de vinho tem-se mantido ao longo dos séculos, sendo inúme-ros os vestígios encontra-dos ao longo do nosso ter-ritório. Alguns desses pro-cessos remotos continuam nos dias de hoje em plena utilização. Exemplo disso são os apelidados “vinhos de talha”. A actividade vi-tivinícola nacional cons-titui, nos dias de hoje, um valor económico prepon-derante e cultural que im-porta preservar, fomentar e valorizar.

Pese embora a difí-cil conjuntura económi-ca que vivemos, esta ac-tividade vai ainda dando mostras de alguma vi-talidade e são inúmeros os vinhos que, ano após ano, mês após mês, apare-cem nas prateleiras e são publicitados na imprensa especializada, com uma matriz predominante-mente vincada na melho-ra da sua qualidade a um preço cada vezes mais in-teressante.

No entanto para o leitor ou consumidor que não está receptivo à prova e desconhece os mecanis-mos da mesma, a questão que por norma me é colo-cada é sempre a mesma: - os enólogos são deten-tores de uma linguagem lírica, hiperbólica, forte-mente adjectivada, pou-co perceptível e por vezes elitista. Limito-me apenas a verter o que muitas das vezes me é dito quando estamos a apresentar os vinhos (e tenho que re-conhecer que de algum modo poderá existe um fundo de verdade no que é dito). No entanto, im-porta referir que o vinho é em última análise uma obra de arte, quer se ido-latre, se goste ou, em úl-tima análise, se deteste.

Nestes casos, o enólogo é o seu escultor ou pin-tor e a subjectividade no modo como se descreve é um dado adquirido, é hi-poteticamente um pouco do culto do Ego. Permi-tam-me a analogia: quan-do visitamos uma gale-ria de arte e estamos na presença dos autores das obras de arte, somos sur-preendidos por leituras e pormenores que muitas vezes temos dificuldade em acompanhar e desco-brir, já para não falar em determinados raciocínios que estiverem na base da sua origem e construção. Neste sentido, o que se pretende é humildemen-te tentar folhear o livro da composição do vinho nas suas várias vertentes, com o fim de cada leitor ir pessoalmente desco-brindo os seus segredos, as combinações dos seus compostos, os seus aro-mas e alguns do seus de-feitos, entre outros.

Como ponto de parti-da para esta futura via-gem que se pretende par-tilhar, começo por deixar ficar a ideia que o vinho é o resultado da combina-ção harmoniosa de vários compostos: álcoois, áci-dos, adstringentes (amar-gos), doces e os mais de 600 aromas que já foram identificados na sua com-posição e têm origem não só na tipicidade das castas de cada região, no seu ter-roir, bem como nos dife-rentes processos de trans-formação (esmagamento, fermentação) e ainda nos recipientes utilizados na sua conservação estágio.

Vamos então tentar, passo a passo, e nas pró-ximas abordagens a este tema, descobrir novos prazeres quando bebe-mos um vinho e, se pos-sível, tentar caracterizar as sensações sentidas e observadas para, deste modo, nos iniciarmos na sua prova.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

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Textos: Raquel Rodrigues

Grafismo: Marcos Rebelo

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SUPLEMENTO 2011Jornal do Centro

19 | Agosto | 201120

É a 19ª edição da FICTON. Que papel tem tido esta Feira no desenvolvimento do conce-lho de Tondela?

O grande objectivo da Feira, e das próprias festas da cidade e do con-celho que se associam, assim como também as festas religiosas de Stª Eufémia e o aniversário dos Bom-beiros, é aproveitar esta oportuni-dade para promover a cidade e o concelho do ponto de vista das suas potencialidades no domínio da indús-tria, comércio, do artesanato, dos produtos locais, do movimento as-sociativo e das freguesias. Serve, no fundo, para criar uma marca impor-tante e para promover a nossa cidade e o concelho de Tondela.

Quem procura um lugar na FICTON?

Temos tido um acréscimo de par-ticipantes ao longo dos anos, sejam eles ligados ao artesanato, ao comér-cio ou à indústria, visto que as prin-cipais empresas que estão sedeadas no nosso concelho, e são muitas, se fazem representar na respectiva fei-ra. Ao nível das freguesias, este ano vão estar 24 das 26 freguesias do concelho. Vamos ter também, e pela primeira vez, um espaço dedicado à divulgação de produtos locais. Asso-ciamos, também, um conjunto signi-ficativo de actividades que têm a ver com as festas religiosas, em coope-ração com a Igreja Católica, e desta-camos o aniversário dos Bombeiros. Nesta altura aproveitamos para en-tregar galardões municipais a institui-ções ou personalidades que se distin-guem pelo seu trabalho, quer seja na cultura, desporto ou em outras áreas e ramos de actividade.

Mas também os melhores alunos das escolas do conce-lho vão receber prémios.

Exactamente. Todos os anos a au-tarquia atribui prémios aos alunos de mérito das escolas de todo o conce-lho, prémios esses que são entre-gues por ano lectivo e de acordo com critérios pré-estabelecidos por cada uma das escolas. A FICTON dá-nos, assim, oportunidade de realizar uma cerimónia oficial, que este ano acon-tece no dia 18, e que tem como prin-cipal objectivo estimular o mérito dos alunos das nossas escolas, sejam elas públicas ou do sector coopera-tivo, como é o caso da Escola Profis-sional de Tondela.

Tondela é o segundo conce-lho mais desenvolvido do dis-

trito de Viseu. O que é que a autarquia tem feito no sentido de cativar empresas e mora-dores?

O concelho de Tondela sempre foi, por características próprias, o segundo maior concelho do distrito de Viseu, quer em termos de área, população e número de freguesias. Não o sendo durante muito tempo do ponto de vista económico, de um momento para o outro, força também da actividade económica, e sobretu-do, do mérito das nossas instituições, das nossas empresas e das nossas pessoas, conseguimos criar condi-ções para a instalação de um con-junto significativo de empresas em vários ramos, que fazem de Tondela hoje um dos concelhos mais pujan-tes do ponto de vista económico, não só do distrito de Viseu, mas também de toda a região. A câmara munici-pal tem sido um parceiro activo, com vista à captação de investimentos, cedendo facilidades na instalação das respectivas empresas. É o efeito bola de neve, umas vieram atrás das outras em função também da cordia-lidade, da localização do concelho e, sobretudo, das pessoas, dos traba-lhadores que pela sua capacidade e competência produzem um trabalho de qualidade que permite às indús-trias seguir em frente e obter bons resultados. No nosso caso particu-lar, as principais empresas aqui se-deadas são na sua maioria exporta-doras, o que é uma mais-valia para o concelho, para a região a até para o próprio país.

Quantos são os parques in-dustriais?

Temos o Parque Industrial da Adi-ça, junto a Tondela, o parque do La-jedo, em Santiago de Besteiros, um outro relativamente mais pequeno em Vilar de Besteiros e estamos a preparar a construção de um novo parque, que vai atrair mais indústrias e riqueza para o concelho.

Será perto de Tondela?Embora ainda não esteja definida

a sua localização, será bem próximo da área da cidade de Tondela.

Sentiu necessidade de alar-gar a oferta nesse sentido?

Sim, uma vez que de um momento para o outro vimos um conjunto sig-nificativo de empresas a instalar-se no concelho. Durante 2011 tivemos oportunidade de captar indústrias de vários domínios. Empresas essas que criaram e vão criar postos de

trabalho e riqueza, mais-valias num momento difícil da economia portu-guesa. São cerca de 200 postos de trabalho directos, muitos indirectos e também um grande volume de in-vestimento, o que nos obriga a pen-sar numa nova fase de instalação de empresas. Para isso precisamos de ter áreas devidamente preparadas para acolher possíveis empresas que se queiram instalar na nossa cidade.

Tondela tem a seu favor a localiza-ção muito próxima do IP3, da A25 e da A24, o que permite chegar rapida-mente aos principais centros urbanos, ao litoral e até mesmo a Espanha e isso é, sem dúvida, uma boa razão para a instalação das empresas.

A crise económica que se vive afectou de alguma forma a programação da FICTON?

A economia nacional, europeia e mundial afecta, sobretudo, as recei-tas do município. Temos procurado encontrar soluções e, no caso da FICTON, quisemos fazer o mesmo número de actividades com me-nos dinheiro, mantendo um bom programa musical. Ou seja, conseguimos convencer os nossos parceiros que era possível fazer tão bem ou melhor que nos anos anteriores, gastando menos. O cartaz mu-sical conta, para além dos artistas nacionais, com grupos e artistas lo-cais. Só no programa musi-cal tivemos uma diminuição de cerca de 50 por cento da despesa em relação a 2010.

De salientar que na altura da rea-lização da Feira, grande parte dos nossos emigrantes já partiram e, portanto, só contamos com a população de Tondela e dos concelhos vizinhos, o que sig-nifica que temos que encontrar um motivo de atracção com-plementar.

Esperam menos visitan-tes?

Esperamos, no mínimo, ter os mesmos visitantes dos anos an-teriores, que são cerca de 30 mil pessoas, mas não temos dúvidas que se fizéssemos estas festas em Agosto teríamos o triplo ou quadru-plo das pessoas. No entanto, que-remos ter também um complemen-to económico nesta altura do ano, um motivo para a economia local chamar pessoas para os seus ne-gócios.

Carlos Marta, presidente da Câmara Municipal de Tondela

“CONSEGUIMOS CRIAR CONDIÇÕES PARA A INSTALAÇÃO DE UM CONJUNTO SIGNIFICATIVO DE EMPRESAS”

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Jornal do Centro19 | Agosto | 2011 SUPLEMENTO 2011 21

Com o objectivo principal de divulgar as potencialidades dos artistas amadores do concelho, a autarquia de Tondela promo-ve, pelo terceiro ano consecu-tivo, mais uma edição do con-curso Tom de Música.

Com final marcado para o úl-timo dia da FICTON 2011, este concurso põe frente-a-frente doze finalistas apurados duran-te as semi-finais realizadas em Campo de Besteiros e Lajeosa do Dão respectivamente.

TONDELADÁ MÚSICA

Como já vem sendo hábito, a organização da FICTON re-aliza mais uma Festa do Fran-go, um evento gastronómico que pretende valorizar um dos produtos que mais pesa na economia do concelho de Tondela.

Marcado para sábado, a partir das 19h00, esta festa permite dar a provar o fran-go assado ou feito na púcara, onde não falta a presença da loiça preta de Molelos, que promete dar um sabor espe-cial à comida.

FRANGONÃO FALTA À FESTA

Dentro de cerca de um ano, a cidade de Tondela vai con-tar com a abertura da amplia-ção do seu Parque Urbano. A obra, que segundo Car los Marta, presidente da autar-quia, será uma “segunda re-volução” representa um in-vestimento de dois milhões e meio de euros e vai dar con-tinuidade à área de lazer já existente.

A remodelação vai come-çar junto ao Novo Ciclo da ACERT, com a demolição de três edifícios e com a cons-trução de uma avenida que vai obrigar à mudança de ins-talações da feira semanal da cidade. Quando estiver con-cluída, esta obra vai oferecer um total de seis hectares de área verde a moradores e vi-sitantes.

LAZER EM DOBROJÁ EM 2012

Nov idade na ed ição de 2011 da F ICTON é a cr ia-ção de um espaço dedicado à promoção e venda de pro-dutos endógenos, tais como licores, doces, queijos e fru-tas. A tenda, com uma área de 70 metros quadrados, vai receber durante os quatro dias um total de 11 exposi-tores.

Tidos como uma mais-valia para a economia do conce-lho, os produtores têm este ano a oportunidade de ajudar à criação de uma marca de identidade que valorize pro-dutos de qualidade, ao mes-mo tempo que contr ibuem para a identificação de pro-dutos gourmet que podem emergir na economia local.

PRODUTOS ENDÓGENOS ESTREIAM-SE NA FICTON

Stands presentes na edição deste ano na área da indústria, comércio e serviços

88númerosnúmeros

Edições da FICTON

Edições da

19

Freguesias representadas na Feira das Freguesias

F i

24Expositores de

produtos locais certificados

11

Tasquinhas dinamizadas por freguesias/ instituições do concelho

T i h10Stands de

promoção de artesanato no exterior do pavilhão

42Visitantes

esperados na edição deste ano da FICTON

30mil

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SUPLEMENTO 2011Jornal do Centro

19 | Agosto | 201122

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Dia 15(Quinta-feira)

18h45 – Arruada pela Filarmónica Tondelense19h00 – Jantar de Inauguração da FICTON 201120h30 – Arruada pela Filarmónica Tondelense21h00 – Abertura ofi cial da Feira, com a presença do Secretá-rio de Estado Adjunto da Economia, Dr. Almeida Henriques21h30 – Godbless23h00 – Aurea00h30 – Malta

Dia 16(Sexta-feira- Feriado Municipal)

08h15 – Hastear da bandeira nos Paços do Concelho de Tondela08h30 – Hastear da bandeira no quartel dos Bombeiros Vo-luntários de Tondela08h45 – Romagem ao Cemitério10h30 – Cortejo de Santa Eufêmia11h00 – Missa solene, seguida de procissão16h00 – Abertura dos pavilhões18h00 – Cerimónia ofi cial evocativa do Feriado Municipal e entrega de Galardões Municipais20h00 – Gastronomia das Astúrias (Ospea)21h30 – Panorama23h00 – Emanuel00h30 – Panorama

Dia 17(Sábado)

17h00 – Abertura dos Pavilhões17h30 – Recepção da delegação distrital da Associação Na-cional de Freguesias (ANAFRE)18h00 – Apresentação das obras do Arquivo Municipal de Tondela e da “Praça Besteiros”18h30 – Visita aos locais das obras a realizar19h00 – Festa do Frango, com animação musical pelo gru-po “Os Carapaus”21h30 – Way Out23h00 – Luís Represas00h30 – Sabor a Salsa

Dia 18(Domingo)

08h30 – V Passeio de Cicloturismo “Freguesias no Pedal”16h00 – Abertura dos Pavilhões18h00 – Sessão de entrega dos prémios aos melhores alu-nos das escolas do segundo e terceiro ciclo, secundárias e profi ssionais de Tondela Momento musical com Coro Mozart21h30 – Final da III edição do Tom de Música, com apresen-tação de Rui Unas23h30 – Lucky Duckies

Encerramento da FICTON 2011

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s ADICES

AIRV – Associação Empresarial da Região de Viseu

Almeida Viagens Tondela

Associação de Municípios da Região do Planalto

Beirão

Avon Automotive

Brose

Centrovida

CESPA Portugal, S.A.

Clube Desportivo de Tondela

Comunidade Intermunicipal Região Dão Lafões

Controlvet

Creative Way

CriaVerde

Dão Sul/ Quinta dos Grilos

Decisões e Soluções – Consultores Financeiros

Domuscalida Unipessoal, Lda.

Ergovisão

Escola Profissional de Tondela

Ffitness Woman & SPA

Fotoraf

Funcionarte, Lda.

Galsica, Lda.

Generg

Germano Sousa & Filhos, Lda.

Hélder & Luís Madeira, Lda.

Hotel S. José/ Quinta Maria Neta

HUF Portuguesa

Intercycling S.A.

Jorge Varandas

Labesfal, S.A. Urfic- Indústria de Ferragens S.A.

Laboratórios Stº Estevão

Liderkonforto

Moviramalho

Multiópticas

Museu do Caramulo

Musifesta – Instrumentos Musicais, Lda.

Nucleotel

Nutrofertil, Lda.

Oriflame

OSPEA/ A.C.D.V.

Prosegur

Quinta da Viga Velha/ Galerias do Vimeiro

Quinta do Vale Minhoto

Remax Magistral

Rui Costa Sousa & Irmão S.A.

Sabucar

Solvenag – Soluções Energéticas

Tondelar

Tondelclima, Lda.

Tondelviva – Investimentos Urbanos S.A.

Tondizoo

Turismo Centro de Portugal

Vários – Cooperativa de Solidariedade Social C.R.L.

Vilapert

Woodesign

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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

Exige-se maior fluidez e abertura das instituições

Opinião

Vivemos tempos em que se exige a máxima raciona-lização de investimentos. Em prol do crescimento económico, perdão…, de-senvolvimento socioeconó-mico, devemos fazer uma análise de sensibilidade ao “Sistema”, atuando essen-cialmente nas ineficiências onde não seja necessário “despejar” recursos econó-mico-financeiros.

Nesta sociedade da in-formação, cada vez mais numa rede de interações, determinados nós (cegos) culturais institucionais que ainda persistem em Portu-gal são verdadeiros óbices

à boa eficiência das ativida-des socioeconómicas.

No âmbito de uma inves-tigação que realizo, inclu-sive sancionada e finan-ciada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia na-cional, necessitei de dados meteorológicos dos EUA e Portugal. Na sequência de email, dos EUA remeteram-me gratuitamente os dados digitalizados em menos de 48h, incluindo uma nota simpática de um investi-gador na área, o que poste-riormente despoletou con-tactos científicos úteis.

Passado um mês, diver-sos emails, um formulário

por correio a que se exi-giu a assinatura do Presi-dente da minha instituição e quase 200 euros, pagos do meu bolso para desen-rascar (passo o plebeísmo que aqui encaixa na pleni-tude), lá obtive do Instituto de Meteorologia os dados nacionais que ainda tive de digitalizar.

Este episódio ilustra um certo modo de ser, fazer e estar institucional ainda en-raizado, que todos experi-mentamos num ou noutro plano. O mais grave é que ele é essencialmente sentido nos organismos públicos.

Nos últimos anos tem-

se verificado alguma evo-lução, a que não é alheia a internet ou iniciativas sim-plex esparsas, mas ainda há um longo caminho para a simplificação e a abertura – quase me apetecia escre-ver em maiúsculas: abertu-ra – em prol de uma maior fluidez e inter-conetividade entre as instituições, as em-presas e as pessoas; seja em trabalhos académicos, cien-tíficos, atividades económi-cas ou na cidadania de dia-a-dia de dar vazão burocrá-tica a processos ou tão só prestar informações.

É interessante notar que este modo de servir a (pro-

dutividade da) comunidade – inclusive em países supos-tamente mais “liberais/indi-vidualistas” - parece ser di-retamente proporcional ao desenvolvimento económi-co-social das sociedades.

Acrescentaria que o de-vir para com o Outro cole-tivo ou individual – refiro-me aqui “apenas” a desbu-rocratização de processos e a disponibilização de in-formação – parece ser mais próprio das sociedades pro-testantes do que das socie-dades católicas, à partida mais “comunitaristas”, mas claramente mais formalis-tas e com um certo temor

ao escrutínio pela informa-ção.

Agora que estamos ma-nietados pelo lado dos re-cursos económico-finan-ceiros, teremos finalmente a atitude para, seja na ver-tente referida neste texto ou noutras, transformar mais rapidamente velhas men-talidades e comportamen-tos “emperrantes” das ins-tituições?

Pedro Baila AntunesDocente na Escola Superior de

Tecnologia de [email protected]

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A Cooperativa Agríco-la de Nelas entrou num processo de insolvência há cerca de seis meses e, de acordo com associa-dos daquela que ainda é conhecida como a adega cooperativa do concelho, não tinha as contas certas com os viticultores desde o ano de 2007.

O Jornal do Centro sabe que nos últimos dias a ad-ministração da insolvên-cia, garantida pela empre-sa de Coimbra António J. M. Loureiro, terá reunido com a autarquia de Nelas e com outras entidades a

fim de ser tentada ainda uma solução para a Coo-perativa. Todavia, tais es-forços poderão não ter re-sultado, havendo mesmo empresas do ramo imobi-liário que já se mostraram interessadas no terreno e imóvel da antiga adega de Nelas.

A construção no local ou o aproveitamento dos imóveis ali existentes po-derá ser uma solução fu-tura a adoptar por inves-tidores.

As dificuldades eco-nómicas da Cooperativa Agrícola de Nelas ter-se-

ão iniciado por volta do ano de 2007. De acordo com alguns dos associa-dos (cujo número total deve ultrapassar os mil), a direcção da adega ape-nas pagou aos viticultores metade da produção do ano de 2007.

Quanto à campanha de 2008, ano em que as difi-culdades na Cooperativa começaram a ser notórias, e em que se registaram ainda alguns investimen-tos avultados na vinifi-cação, relançamento de vinhos e vinificação, os produtores estão até hoje

sem receber um único cêntimo pelas uvas que depositaram na adega.

O ano de 2009 marca a entrada em cena da Luso-vini, uma empresa entre-tanto criada e que tem a participação de Casimiro Gomes, à qual foi entre-gue a campanha das vin-dimas e vinificação da Cooperativa. “Nesse ano tudo que foi entregue foi-nos pago”, disse ao Jornal do Centro um pequeno produtor de Folhadal, lo-calidade próxima da sede do concelho.

A Cooperativa Agrícola

de Nelas começava então a declinar por razões liga-das a um passivo elevado e a uma gestão considera-da “duvidosa” por parte dos associados. A campa-nha de 2010 não foi paga ainda aos produtores.

Depois da declaração da insolvência da Cooperati-va, os produtores associa-dos e a referida entidade gestora do processo de fa-lência reuniram (há cer-ca de três semanas) para ser feito um ponto de situ-ação, já que se aproximava a campanha de vindimas deste ano. Na ocasião foi

dito aos produtores que quem quisesse vinificar as suas uvas teria liberda-de total para o fazer.

Um reforço desta posi-ção foi comunicado aos associados pela gestão da insolvência em carta data-da de 31 de Agosto último. Na missiva é, por exem-plo, dado como alterna-tiva aos produtores o de-pósito de uvas na Adega Cooperativa de Silguei-ros, estando livres do pa-gamento da habitual jóia imposta pela adega.

José Lorena

Cooperativa Agrícola de Nelasdeve dois anos e meio aos produtoresInsolvência ∑ A adega não tem as contas regularizadas com os viticultores associados desde 2007

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desportoG

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A Dominique foi sempre um jogador perigoso no ataque do Canas de Senhorim

III Divisão Nacional - Série C

Falsa partida do Académico II Divisão ∑ Tondela e Cinfães venceram “Empatas” ∑ Ninguém venceu nos dois derbis

Foi um Académico em “ponto morto” o que se apresentou em Canas de Senhorim para o arran-que do campeonato.

De positivo, para os academistas, pouco mais que os adeptos nas banca-das. Dentro de campo, a formação de Lima Pereira exibiu-se a um nível pró-ximo do medíocre. Po-der-se-ão os academistas queixar das ausências de Vouzela, Baccari e Baio,

lesionados, e de Hélder Rodrigues, ainda com o processo burocrático por resolver, mas é certo que João Bento também ti-nha ausências importan-tes no seu 11, como Filipe Figueiredo ou Tó Jó.

O Canas de Senhorim entrou praticamente a ganhar, e soube depois ser inteligente na forma como conseguiu tapar os caminhos para a sua bali-za e cortar as circulação

de bola dos academistas que viveram de rasgos in-dividuais de Luisinho e pouco mais.

Só na segunda par-te, por Dédé, é que o Académico conseguiu chegar à igualdade. Os vi-seenses têm mais poten-cial, mas não o souberam provar em campo.

Um ponto precioso para o Canas no objec-tivo de lutar pela manu-tenção.

Quanto às outras equi-pas de Viseu, em jorna-da onde ninguém perdeu, destaques para as vitórias de Tondela e Cinfães, que venceram e lideram a Sé-rie Centro da II, e tam-bém para os triunfos do Sporting de Lamego, na Série B da III, e do Penalva, na série C.

No derbi de Lafões, igualdade sem golos en-tre Sampedrense e Oli-veira de Frades.

No fim-de-semana joga-se a II Eliminatória da Taça de Portugal, ainda com sete equipas de Viseu em prova. Pelo caminho, apenas o Ca-nas de Senhorim.

Os jogos são às 15h00. Destaca-se a deslocação do Académico de Viseu (III C) a Oliveira de Azeméis, onde se adivinham dificuldades.

A equipa de Lima Pereira terá que jogar bem mais do que aquilo que fez em Ca-

nas de Senhorim, ou poderá ter sérios dissabores com a Oliveirense, uma equipa da II Liga Profissional.

Também o Oliveira de Frades (III C) tem tarefa di-fícil, ao deslocar-se a Gaia para defrontar o Coimbrões (II Div Centro).

Quanto às restantes equi-pas, no Estádio João Cardo-so, em Tondela (II Div Cen-tro), a equipa da casa recebe o Eléctrico (III E), e é favo-

rita. Em Penalva, a equipa orientada por António Cos-ta (Tótá), vai receber o Al-cochetense (III E).

As restantes jogam todas fora de casa.

O Sporting de Lamego (III B) vai a Braga, defron-tar o Marinhas (III A), o Cinfães (II Div Centro) joga em Moura (II Div Sul), e a Sampedrense (III C) vai até ao terreno do Beneditense (III D). GP

Taça de Portugal - II Eliminatória

Sete equipas de Viseu em prova

A Lima Pereira com razões para se preocupar

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MICAELA SANTOS NA SELEÇÃO SUB 19Micaela Santos (Micas), jovem jogadora do Esco-la FC, foi convocada por Mónica Jorge, selecio-nadora nacional de fu-tebol feminino, para os trabalhos de preparação da seleção de Sub-19, que disputará, entre os próximos dias 17 e 22, o apuramento para o Eu-ropeu da categoria. Por-tugal defrontará, num torneio de apuramento, a realizar na Mealhada e em Águeda, as selecções da Irlanda, Hungria e Israel. Micas tem sido presença habitual nas recentes convocatórias das Sub-19.

ABC DE NELAS NÃO QUER JOGAR NA SÉRIE B DO NACIONAL DE FUTSALO ABC de Nelas continua sem saber em que série do Nacional de Futsal da II Divisão vai jogar. Isto depois do clube ter protestado, junto da Fe-deração Portuguesa de Futebol, a sua colocação na série B. Uma série onde predominam equi-pas do Sul do país, o que obrigaria o ABC de Nelas a longas e onerosas deslocações. Os dirigen-tes reclamam a colocação na série A, onde joga o Viseu 2011. A decisão final está nas mãos dos orgãos federativos. De-pendente desta decisão está assim também a for-mação do Lameirinhas, da Guarda.

Visto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay Nenhuma equipa do

distrito perdeu na 1.ª jor-nada dos Campeonatos Nacionais da 2.ª e 3ª di-visões. Espera-se que seja um bom sinal para a época. Destaque para as vitórias do Tondela e Cinfães na II Divisão e do Sporting de Lamego na III B. O Canas de Se-nhorim ao empatar com o Ac. Viseu também me-rece realce. O Penalva ganhou o seu jogo com naturalidade e Sampe-drense e Oliveira de Fra-des empataram no derby lafonense.

Cartão FairPlay A meia maratona de

Viseu é já uma clássica do calendário nacional de atletismo. Organiza-da, e bem, pelo Grupo Desportivo Os Ribei-rinhos, esta 31ª edição realiza-se no dia 11 de Setembro e conta com várias dezenas de atle-tas. O programa Feira de São Mateus não é o mesmo sem esta prova. Viseu vai estar na rua a aplaudir os atletas que percorrem várias arté-rias da cidade.

Cartão FairPlay Terminou mais uma

edição do Caramulo Motorfestival. O sucesso do evento surpreendeu a própria organização. Um record de 30 mil vi-sitantes. Esta 6ª edição do Caramulo Motorfestival prova o interesse e gosto que os beirões têm pelo desporto automóvel.

Visto

Futebol

Equipas de Viseu nos nacionais

Meia Maratona de Viseu

“Os Ribeirinhos”

Caramulo Motorfestival

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DESPORTO | MODALIDADES

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CONCURSO SALTOS B FEIRA DE SÃO MATEUS

160 cavaleiros animaram dois dias de prova

O cavaleiro António Matos Almeida, montando Harmonie de Baybel, foi o grande vencedor do Concurso Nacional de Saltos B, em hipismo, prova disputada no passado fim-de-semana nas instalações do Centro Hípico de Viseu, em Rio de Loba.

António Matos Almeida triun-fou no Grande Prémio, a prova em que os obstáculos se encon-travam a uma maior altura do solo - 1,30m - numa competição que animou, e de que forma, o Centro Hípico de Viseu.

Foram dois dias de intensa competição, desde logo devido à numerosa presença de cava-leiros inscritos, que rondou os 160, e que prolongaram as pro-

vas até ao final da tarde. “No sábado terminámos próximo das 20h30”, lembrou Conceição Azevedo, visivelmente satisfei-ta com a forma como a competi-ção decorreu, e pelo número de cavaleiros que fizeram questão de marcar presença na prova de Viseu.

A presidente do Centro Hí-pico de Viseu, lembrou ainda a presença de “cavaleiros de to-das as idades e todos se mostra-ram muito satisfeitos pelas con-dições que encontraram para esta prova”, pelo que a vontade de Conceição Azevedo é que a prova possa manter-se no calen-dário oficial da federação já no próximo ano. A Concurso proporcionou momentos de grande beleza e espectáculo

Depois da habitual para-gem nos meses mais quentes de Verão, estão de regresso as provas de ralis.

Este fim-de-semana, em Gondomar, disputa-se mais uma prova pontuável para o Open, onde a dupla viseense Fabrício Lopes / Pedro Vaz, integrada no Desafio Mo-delstand - Troféu dos Peuge-ot 206 GTI- vai á procura de

pontos.A época tem sido azarada

para o piloto viseense, prin-cipalmente nas provas de as-falto. Na terra de Oliveira do Hospital, conseguiu um 5º lu-gar, mas nem aí o azar lhe vi-rou costas. Terminou sem di-recção assistida e ainda se de-bateu com furos e problemas na caixa de velocidades.

Agora, em Gondomar, se-

gunda prova em piso de ter-ra, Fabrício Lopes vai à pro-cura de um bom resultado, apesar de consciente das di-ficuldades que vai encon-trar no rali organizado pelo Gondomar Automóvel Sport. “Vai ser um rali muito difícil, mas estamos preparados e esperançados que desta vez tudo corra bem. Temos cons-ciência que o nosso andamen-

to nos permite andar entre os pilotos da frente e é para isso que vamos lutar, para chegar a um lugar no pódio, o mais alto possível”, diz o piloto.

O Rali de Gondomar vai apresentar uma estrutura inédita no Open de Ralis com dois dias de competição, di-vididos por seis especiais no sábado e mais quatro no do-mingo. GP

Campeonato Open de Ralis

Fabrício Lopes procura pontos em Gondomar

A Época tem sido azarada para o viseense

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DESPORTO | MODALIDADES

São 18 anos de Centro Hípico de Viseu. É hoje o que ideali-zaram há 18 anos?Está muito acima do que

inicialmente pensámos. A cultura dos cavalos, na re-gião, é um fenómeno re-cente, que foi crescen-do com o tempo. Não ha-via este “culto”, não havia hábitos enraizados nesta modalidade. Mas fomos crescendo, e isso deveu-se a um grupo de sócios e de amigos, que acredi-taram e apostaram forte-mente neste projecto. Mas não foi, nem tem sido fácil, porque construir e manter uma estrutura destas tem custos elevados.

Ter iniciativa é importante, mas o dinheiro é que faz as coisas funcionar.É mesmo isso. Sem os

apoios dos sócios, de ami-gos, empresas e institui-ções, como a Câmara de Viseu ou a Junta de Fre-guesia de Rio de Loba, se-guramente que nada disto seria possível.

Qual tem sido o feedback de

quem vos visita, e de quem vem competir?Quem nos visita fica ad-

mirado pela evolução. No-támos isso por parte de al-guns cavaleiros que já cá não vinham há uns anos, e que ficaram positivamen-te surpreendidos pelo que encontraram.

Espaço para crescer têm, falta o dinheiro.Temos muito espaço. Te-

mos 6,7 hectares que nos foram cedidos pela fregue-sia numa concessão de 90 anos, por isso espaço não falta. Quanto ao dinheiro, com o que temos de quoti-zações, do aluguer das bo-xes, etc, é evidente que te-mos alguma dificuldade em fazer grandes coisas, até porque é uma quan-tia não muito elevada que mal dá para fazer face à despesa corrente do Cen-tro, quer com pessoal quer com os custos normais de manutenção que um espa-ço deste exige.

Qual é o presente do Centro Hípico de Viseu?

Nós temos muitos só-cios, muitos dos quais de fora da região e do distri-to e, por exemplo, se mais boxes tivéssemos mais ca-valos aqui teríamos. Ainda há cerca de um mês cons-truímos mais oito boxes mas já não chegam. Temos aqui cavalos do Porto, da Guarda. Temos alunos da Guarda, e de outros pon-tos do país que vêm aqui, duas vezes por semana, ter aulas. Temos também a hipoterapia, numa cola-boração com a APPCDM de Viseu.

Pelos números que apresen-ta, faz sentido pensar-se que o hipismo é elitista?É uma modalidade como

tantas outras, com custos associados. Para se come-çar a praticar hipismo não é preciso ter um cavalo. Nós no Centro damos a oportunidade a quem qui-ser ter uma ou duas aulas para se aperceber se gosta, se é mesmo uma modali-dade que quer praticar. Se gosta, depois investe. Que a falta de cavalo não seja

argumento para que não se experimente a moda-lidade.

O Concurso Nacional de Saltos é um reconhecimento pela qualidade do espaço e da vossa capacidade?Penso que sim. Uma

prova destas não se pode realizar de qualquer for-ma. Tem exigências e cus-tos. Só com pessoal, o júri são sete elementos acredi-tados pela federação. Tam-bém o piso, por exemplo, tem que ser aprovado. Não podemos ter um tipo de piso qualquer. Há tam-bém as instalações para os cavalos, etc, todo um con-junto de exigências que te-mos que cumprir. E tudo isso custa dinheiro. Se fos-se o Centro a custear to-das as despesas, e só de prémios monetários são 9 mil euros, certamente que não conseguiríamos. Só mesmo com o apoio das entidades, como a Câmara de Viseu e a Expovis, é que poderemos continuar a or-ganizar um evento deste nível em Viseu.

Centro Hípico de Viseu enfrenta desafio da maioridadeNasceu há 18 anos, e é hoje, em Rio de Loba, um espaço de referência na prática do hipis-mo em Viseu. Tem pela frente o desafio do crescimento. Es-paço é coisa que não falta, nem cavalos nem ca-valeiros. Faltam apoios para que a obra apareça, porque vontade e projectos tem Conceição Aze-vedo, a presiden-te da instituição. A Conceição Azevedo, presidente do Centro Hípico de Viseu

31ª MEIA MARATONA DE VISEU

Este ano há, para o ano se verá

A 31ª Meia Marato-na de Viseu vai ser dis-putada no próximo do-mingo, 11 de Setembro.

É mais uma vez or-ganizada pelo Grupo Desportivo «Os Ribei-rinhos» e volta a ser parte integrante do programa desportivo da Feira de São Mateus, em Viseu.

Este ano, e face às di-ficuldades financeiras da organização, que não esconde mesmo a possibilidade de no próximo ano não or-ganizar o evento, não haverá prémios mo-netários para os ven-cedores, situação que afastou alguns atletas da prova de Viseu.

A prova terá início pelas 10h00, com a par-tida a ser dada junto à entrada principal da Feira de São Mateus, na Ribeira, junto à Igreja de N. Senhora da Con-ceição, local onde tam-bém ficará instalada a meta, e onde os con-correntes vão chegar depois de percorridos os cerca de 21 quilóme-tros da prova por um traçado desenhado por várias localidades da área urbana da cidade de Viseu.

Tal como em anos anteriores, “Os Ribeiri-nhos” organizam a pro-va de caminhada, que decorrerá também na manhã de domingo.

ELEIÇÕES NA FPF

Fernando Seara na corridaO viseense Fernando

Seara está na corrida à presidência da Federa-ção Portuguesa de Fute-bol (FPF).

Ao jornal a “A BOLA”, o ac t u a l aut a rc a de Sintra manifestou a sua “inteira disponibilidade para assumir uma can-didatura à presidência da Federação Portugue-sa de Futebol, já nas pró-ximas eleições”, que es-tão marcadas para o dia 10 de Dezembro.

Natural de Viseu, li-cenciado em Direito,

Fernando Seara, que fez, em Abril último, 55 anos de idade, pretende suce-der a Gilberto Madail, o aveirense que está na presidência da FPF há quinze anos.

Não se sabe se Ma-dail, decidirá recandi-datar-se, ou não, a um novo mandato.

Para já, conhece-se a in-tenção manifestada por António Sequeira em se apresentar a eleições. Filipe Soares Franco, ex-presidente do Sporting, é outro nome falado.

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MOTORES | DESPORTO

João Fonseca, em Silvercar, venceu a Rampa do Cara-mulo, impondo-se a Paulo Ramalho, apontado como fa-vorito à vitória. Certo é que o piloto da Covilhã confir-mou no Caramulo que há que contar com ele no campeo-nato deste ano, e que o Sil-vercar está mais competitivo que nunca.Desportivamente, a edição deste ano do Caramulo Mo-torfestival terá sido a melhor de sempre, tal a qualidade, e quantidade, de carros em prova.As Rampas – Campeonato de Montanha e Históricos – continuam a cativar a pre-sença de público, e assumem-se como principal chamariz de um evento que continua a crescer, a olhos vistos, e que, segundo dados da organiza-ção, terá este ano pulverizado o recorde de visitantes, que terá rondado os 30 mil.O evento, recheado de provas, passeios monomarca e de via-turas históricas, além da ha-bitual Feira de Automobilia, exposições e muitas outras actividades que decorrem ao longo do fim-de-semana, é já, assumidamente, uma referên-cia para os amantes dos auto-móveis, e não só. Se as novas “bombas” obrigam ao olhar atento dos visitantes, são al-guns exemplares clássicos,

autênticas viaturas de culto, que não deixam ninguém in-diferente, e é também aqui que o Caramulo Motorfesti-val tem sabido apostar. Tudo somado, são inúmeros ingre-

dientes para uma receita que é, cada vez mais, de sucesso, e que promete manter o Ca-ramulo Motorfestival no topo dos eventos do género a nível nacional. GP

Caramulo Motorfestival 2011

Cada vez mais “sobre rodas”Visitantes ∑ 30 mil Rampa do Caramulo ∑ Uma das melhores de sempre

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CULTURAS

expos

roteiro cinemas Estreia da semana

Colombiana – 1992. Colom-bia. Aos 9 anos, Cataleya teste-munha o assassinato dos seus pais. Ela consegue escapar do massacre e refugia-se nos Esta-dos Unidos com Emilio, o seu tio gangster… Quinze anos depois, ela trabalha para ele como assas-sina. O seu cartão de visita – uma orquídea desenhada no peito das vítimas – é uma mensagem para os assassinos dos seus pais.

Destaque

Depois de ter sido adiado devido às más condições cli-matéricas, Toy actua hoje em Mangualde, O espectáculo decorre no seguimento das Festas da Sra. do Castelo. O concerto realiza-se no Largo Dr. Couto, pelas 22h00.

D Toy em concerto

O Cine Clube de Viseu re-gressa esta terça-feira, dia 13, com o ciclo de cinema “Re-toma’11”, que se prolonga até final de Outubro. O projec-to nasceu em 2004, com o objectivo de criar uma sala alternativa às 12 salas de ci-nema que existem actual-mente na cidade.“O ciclo destina-se a tra-

zer filmes conhecidos, pre-miados e falados, mas que apesar disso não encontra-ram espaço nas salas”, refor-ça o presidendente do Cine Clube, Rodrigo Francisco. O responsável admite que apesar das 12 salas dispo-níveis nos dois centros co-merciais “a verdade é que a oferta é muito limitada e o cartaz repete-se”. “É obvio

que todos os anos surgem filmes que ficam conheci-dos, os quais achamos que não devem ficar afastados”, termina.

O “Retoma’11” arranca com o filme “O Tio Bo-onmee que se Lembra das suas Vidas Anteriores”, de Apichatpong, vencedor da palma de ouro do Festival de Cannes de 2010, dia 13,

às 21h45, no Instituto Por-tugues da Juventude. Até 25 de Outubro, a sessão re-pete-se todas as sextas-fei-ras .“As expectativas são

sempre altas. Este ciclo é dos mais participados pe-las pessoas uma vez que é dedicado a filmes mais re-centes”, acrescente Rodrigo Francisco.

Cine Clube regressa com Retoma’11 Ciclo de Cinema ∑ Filmes premiados que estavam de fora do circuito de Viseu

A Filme vencedor da palma de ouro do Festival de Cannes 2010 na abertura

VISEU

∑Edifício da Refer

Até dia 30 de Setembro

Exposição de fotografia

“Viseu, Memória Ferro-

viária”.

∑Palácio do Gelo

Até dia 29 de Setembro

Exposição de brinquedos

da marca “Playmobil”,

que passa em revista os

35 anos da marca.

MOIMENTA DA

BEIRA

∑Biblioteca Municipal

Aquilino Ribeiro

Até dia 30 de Setembro

Exposição de pintura

(óleos e aguarelas) su-

bordinada ao tema do

Douro, pelo artista Fer-

nando Osório.

SANTA COMBA DÃO

∑Átrio da Biblioteca

Até dia 30 de Novembro,

Exposição temática “Pri-

mórdios da Fotografia”.

MANGUALDE

∑Biblioteca Municipal

Até dia 30 de Setembro

Exposição de pintura

“Arte Contemporânea”,

por Maria da Costa.

VISEUFORUM VISEU (LUSOMUNDO)Sessões diárias às 11h20* (Só

Dom.), 14h00, 16h25, 18h50,

21h10, 23h35*

Os Smurfs(M6) (Dob.) (Digital)

Sessões diárias às 13h15,

15h50, 18h25, 21h40, 00h15*

Conan o Barbaro(M12) (Digital)

Sessões diárias às 15h00,

17h50, 21h00, 23h50*

Capitão América(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h30,

16h00, 18h30, 21h30, 00h00*

Chefes Intragáveis(M12) (Digital)Sessões diárias às 14h40,

17h00, 19h20, 21h50, 00h25*

O Último Destino 5(M16) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h20,

16h40, 19h00, 21h20, 23h40*

O Guarda do Zoo(CB) (Digital)

PALÁCIO DO GELO (LUSOMUNDO)Sessões diárias às 11h00

(Dom.), 13h30, 16h00, 18h35,

21h10, 23h40*

Os Smurfs(M6) (Digital 3D)

Sessões diárias às 21h30,

00h10*

Conan - O Bárbaro

(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h40,

16h20, 19h00, 21h50, 00h30*

Amigos Coloridos(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h20

(Dom.), 14h40, 17h00, 19h20

Capuchino Vermelho: A Última Aventura 3D(M6) (Digital)

Sessões diárias às 15h00,

18h10, 21h00, 23h50*

Cowboys & Aliens(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50,

16h30, 19h10, 21h40, 00h20*

Um Dia(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h00,

16h40, 19h15, 22h00, 00h35

Colombiana (M16) (Digital)

Legenda* Sexta e Sábado

O museólogo José Picas do Vale está a preparar o progra-ma museológico preli-minar para a Casa do Passal, em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal, onde o cônsul Aristides de Sousa Mendes viveu e recebeu refugiados.

“Este é um ponto de partida essencial, por-que tem de ficar bem de-finida qual a designação e a vocação do museu, quais os públicos a que vai dedicar-se e a men-sagem que vai apresen-tar”, explicou à agência Lusa Mariana Abrantes, que foi nomeada presi-dente do conselho de ad-ministração da Funda-ção Aristides de Sousa Mendes em Outubro de 2010.

Apesar da polémica relacionada com altera-ções nos órgãos sociais

da fundação, Mariana Abrantes considera ur-gente tratar do futuro da Casa do Passal, fazendo “uma cobertura e pro-tecção dos vãos” - para evitar que a degrada-ção aumente com mais um inverno - e avan-çando com o programa museológico

Segundo a economis-ta, este programa ser-virá de base aos planos arquitectónicos e finan-ceiros de recuperação da Casa do Passal e para conseguir financiamen-to, seja através do Qua-dro de Referência Estra-tégico Nacional (QREN), seja de mecenas.

Mariana Abrantes ex-plicou que, “como o pro-jeto na globalidade tem um orçamento de três milhões de euros, im-plica uma candidatura muito detalhada”. Lusa

Programa museológico para a Casa do Passal

∑13 de Setembro“O Tio Boonmee que se Lembra das suas Vidas An-teriores, de Apichatpong.∑20 de Setembro“Vais Conhecer o Homem dos Teus Sonhos”, de Woo-dy Allen.∑4 de Outubro“carlos” de Oliver Assayas.

∑11 de Outubro“Poesia”, de Lee Chang-dong.∑18 de Outubro“As Quartas Voltas”, de Michelangelo Frammar-tino.∑25 de Outubro“Mel”, de Semih Kapla-noglu.

FILMES

Variedades

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Page 29: Jornal do Centro - Ed495
Page 30: Jornal do Centro - Ed495

Grão Vasco prolonga “Fábulas”

Devido ao sucesso que a exposição “Fá-bulas”, de Almada Negreiros, tem tido desde a sua abertu-ra, em Maio, o Mu-seu de Grão Vasco, e m V i s e u , d e c i -diu prolongar o seu visionamento até ao dia 9 de Outubro.

Com isto, preten-de-se que os turistas, que visitem a Fei-ra de São Mateus e aqueles que aprovei-tem o feriado do dia 5 de Outubro, pos-sam desfrutar des-ta notável colecção de desenhos de uma das mais importan-tes figuras da esfera artística nacional do século XX.

A exposição já foi v ista por mais de 12.500 visitantes.

Ainda a propósito desta exposição, foi criada por “Ozepe-lin” (Valdemar Nas-cimento, Ana Barbe-ro e Yuraldi Rodri-guez) uma colecção de t-shirts inspira-das em alguns dos d e s e n h o s m a i s emblemáticos des-ta mostra, estando a mesma disponível na loja do Museu.

Inscrições na escola de dança

Estão abertas, até ao dia 15 de Setembro, as inscrições para a escola de dança Lu-gar Presente. O cur-so básico de dança, o curso vocacional e os cursos livres são algumas das propos-tas. Para além destes, os já consagrados workshops vão con-tinuar a decorrer.

O TEMPO E O MODOJoão Luís Oliva

Viriato, em Viseu? Claro, o teatro…Regressamos agora ao

quotidiano depois do pico do Verão, que marca a que-bra da rotina, o tempo de evasão, a celebração da fes-ta. Mas é nesse quotidiano que se torna absolutamen-te vital manter as práticas que distinguem a condição humana do igualmente la-borioso esforço de outras espécies animais: o pen-samento e a criação ou a fruição artísticas. O que, atenção, não torna obriga-tória a reflexão filosófica ou a frequência do S. Carlos.

E, se o pensamento pode ser exercitado em tudo o que se faz (o que, infeliz-mente, nem sempre acon-tece), já o mesmo não se passa quanto ao contacto com o que designamos, em sentido restrito, por produ-tos culturais. Em Viseu, no século XXI � um conce-lho com perto de cem mil habitantes, dos quais cerca de dois terços em área de cidade �, é indispensável a existência de espaços que possibilitem à urbanidade esse contacto. Para bem dos cidadãos e da própria notoriedade urbana.

Tudo isto a propósito de Setembro e da reaber-tura de época do Teatro Viriato.

É que este equipamen-to e a respectiva equipa � que proporcionam à região de Viseu e ao país uma pro-gramação ímpar de artes de palco, do teatro à músi-ca, da dança ao novo circo �, é tão emblemático e vi-sível como a Sé (que a his-tórica impôs catedral) ou o Hospital (que a nomen-clatura administrativa se esforça por impor como

“central”).E, se se julga que é mera-

mente simbólica a impor-tância do Teatro Viriato, para gozo de uma mão pou-co cheia de presunçosos in-telectuais, confrontem-se os peremptórios números, manifestamente pouco co-nhecidos por quem, às ve-zes, tão peremptoriamente opina sobre ele: entre 1999 e 2010 foram facultados ao público geral 797 espec-

táculos, a que assistiram 153.499 espectadores. Se só nos situarmos no último ano, o número de espec-tadores rondou os 15.000, com uma taxa de ocupa-ção da sala de 82,6%; uns anos atrás, em 2007, antes da crise, ela tinha sido de 88%. É certo que, no princí-pio, logo após a requalifica-ção do teatro, entre 1999 e 2002, essa taxa de ocupação foi mais baixa (entre os 65 e os 70%) e era significativa a presença de pessoas que, mais do que para verem um espectáculo no auditó-rio, iam para ser vistas no foyer; mas a coisa passou e, como se viu, a maturidade do projecto e a madureza dos públicos afirmaram-se. Mais importante, aliás, é re-gistar que nestes doze anos foram feitos pelo serviço educativo/sentido criativo 231 espectáculos (7 em 1999, mas 44 em 2010), a que as-sistiram 44.875 crianças e adolescentes do ensino bá-sico, com a participação de cerca de 30 escolas por ano, em média. Não são, adjec-tivamente, novas oportuni-dades; são mesmo, substan-tivamente, as primeiras…

De facto, é a pensar numa perspectiva de con-temporaneidade e diversi-dade global que se conso-lidam projectos culturais que, com independência de poderes e aparelhos ideológicos, se enraízam na comunidade e afir-mam na universalidade, isto é, se sustentam social e esteticamente; em alter-nativa à massificação da maior parte dos produ-tos televisivos e ao falso localismo (igualmente massificado) da ruralida-de pop.

Afinal, dar nomes às coi-sas é indispensável; e tam-bém se compreende que, invocando memórias len-dárias, se consagre o sim-bolismo desses nomes. É assim que Viriato, o “ge-neral pastor”, é o ancestral mito de uma história; mas Viriato, o municipal teatro, é a contemporânea histó-ria de uma realidade.

Variedades

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culturas No Domingo, pelas 18h00, Edite Rocha, no órgão e Cristina Aguiar, soprano, actuam em “Ecos de Órgão 2011”, no Santuário de Nossa Senhora da Esperança, em Sátão.

D “Ecos de Órgão 2011” em Sátão

Destaque

O Centro Municipal de Cultura de Castro Daire celebrou dez anos de existência.

A música foi o princi-pal ingrediente de uma festa direccionada, maio-ritariamente, para os mais novos.

Foi ao som e animação do “Pirata das Berlen-gas” que se iniciaram os festejos. Depois, Fernan-do Giestas orientou uma sessão de escrita criativa que, através de histórias e lendas, cativou e incen-tivou a imaginação das

crianças que exprimiram os seus sentimentos atra-vés da escrita.

A Banda de Música dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire e a Tuna do Agrupamento de Es-colas “apagaram as ve-las”, pelas 20h00.

Os festejos encerraram com um concerto do gru-po “Urtigas”.

Marta Carvalhal, téc-nica superior de biblio-teca, inserida no Centro de Cultura, era, natural-mente, uma mulher sa-tisfeita. Ainda assim, a

responsável optou por destacar “o espírito de união e sacrifício de toda a equipa que, há muitos anos, a acompanha”.

Ao longo de uma dé-cada, o Centro Munici-pal de Cultura de Castro Daire recebeu um sem número de exposições, debates e distintas per-sonalidades. D. Ximenes Belo, Maria Alberta Me-neres e Pedro Lamares são alguns desses exem-plos.

Tiago Virgílio Pereira

Centro Municipal de Cultura festejou 10º aniversário Destaque∑ A música foi componente essencial num dia dedicado aos mais novos

PROGRAMADE 9 A 15 DE SETEMBRO

Dia 9

∑ Desfile de moda Feira de S. Mateus/Forum Viseu - “So-nhos...(numa noite de Ve-rão), 22h00, palco 1.

Dia 10

∑ Rancho Folclórico do Caça-dor, 16h00, palco 2.

∑ Desfile: “A voar se Brinca em Feira com Asas”, 20h00.

∑ Concerto com Oquestra-da e espectáculo com Pinto Ferreira, 22h00, palco 1.

Dia 11

∑ Rancho Folclórico de Mun-dão, 16h00, palco 2.

∑ Desfile: “A voar se Brinca em Feira com Asas”, 20h00.

∑ Concerto com Quim

Barreiros e Dulce Guimarães, 22h00, palco 1.

Dia 12

∑ Actuação da Tunadão 1998 - Tuna do Instituto Politécnico de Viseu, 22h00, palco 2.

Dia 13

∑ Espectáculo com o Coro Mozart, 22h00, palco 2.

Dia 14

∑ Actuação de Dirty Coal Train e No No, 22h00, palco 2.

∑ Quartas FNAC: Zare, 23h00, palco 3 (Viriathus Lounge).

Dia 15

∑ Actuação do Grupo Indo Eu - Grupo Cultural do Municí-pio de Viseu e Grupo Xibi-nhas, 22h00, palco 2.

Jornal do Centro09 | Setembro | 2011

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Page 32: Jornal do Centro - Ed495

em focotexto e fotos ∑ Tiago Virgílio Pereira

Jornal do Centro09 | Setembro | 201132

Festas dos concelhos de Viseu “dão Os municípios de Nelas e S.

João da Pesqueira promoveram as festas Feira do Vinho do Dão e Vindouro, respectivamente, no fim-de-semana transacto.

Os eventos são já uma refe-rência no distrito de Viseu e até a nível nacional, quer pelas pessoas que atraem ao conce-lho quer pela divulgação dos vinhos do Dão, do Porto e do Douro. Com menor dimensão, mas com igual dignidade, tam-bém Mangualde esteve em fes-ta. Aqui, a animação popular foi mais vincada com os grupos musicais a exortarem as gentes da terra e os curiosos que não quiseram perder esta oportu-nidade para se divertir. As pri-meiramente referidas festas apostam forte na componen-te comercial. É uma excelente oportunidade para produtores e consumidores fazerem negócio,

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em focoJornal do Centro09 | Setembro | 2011 33

23 SET 21H30“porViseu’60s”

APRESENTAÇÃO DO LIVRO NOMONTEBELO VISEU HOTEL & SPA

23 SET 21H30“porViseu’60s”

APRESENTAÇÃO DO LIVRO NOMONTEBELO VISEU HOTEL & SPA

UMA INFUSÃO DE BOM GOSTOVISEU 24 SET 20H

UMA INFUSÃO DE BOM GOSTOVISEU 24 SET 20H GNR

“VOOS DOMÉSTICOS”

BIG BANDLISBON SWINGERS

ORQUESTRA“OS MELHORES ANOS”

SMALL BAND QUARTETACOMPANHA O JANTAR

PURA FANTASIA SEVILHANA ESPECTÁCULO DE FLAMENGO

GNR“VOOS DOMÉSTICOS”

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apesar do “negócio do vinho”, à imagem do país, já ter conhecido melhores dias. Os presidentes das autarquias reconhe-cem que os sucessivos cortes financei-ros a agricultores e vinicultores não aju-dam e um cuidado e assertivo plano de marketing é essencial. Por falar em cor-tes, todos os municípios festivos reduzi-ram o investimento, mas todos quiseram garantir “uma festa com qualidade por menos dinheiro”. Não sei se foram bem sucedidos. “A festa já teve mais gente”, foi uma das expressões escutadas. “Que boa que está a festa mesmo com a autar-quia a gastar menos”, nem por isso. As festas atraem milhares de pessoas – no conjunto de todos os dias - por terem entrada livre. Este sim é o verdadeiro motivo das “enchentes”, numa altura em que cada vez há menos “tempo” para ex-travagâncias. As festas já lá vão e o povo agradece que para o próximo ano conti-nuem. Com mais ou menos dinheiro é o único escape para alguns, que são cada vez mais!

música” à crise

Page 34: Jornal do Centro - Ed495

saúdeVinte por cento das crianças em idade escolar terão problemas de visãoAlerta∑ Sociedade Portuguesa de Oftalmologia chama atenção dos pais para a detecção precoce de problemas

A Sociedade Portu-guesa de Oftalmologia (SPO) estima que cer-ca de 20 por cento das crianças em idade es-colar têm algum défice da função visual capaz de interferir com o ren-dimento escolar.

No arranque de mais um ano lectivo, a SPO alerta para a importân-cia da detecção preco-ce dos problemas visu-ais das crianças através de rastreios que devem ser feitos, pelo menos, a partir dos 3/4 anos.

Augusto Magalhães, membro da SPO, afir-ma que “as doenças dos olhos que mais afectam as crianças são os er-ros refractivos (miopia, hipermetropia e astig-matismo), a ambliopia e o estrabismo. Estima-se que cerca de 20 por cento das crianças em

idade escolar tenham algum défice de função visual provocado por uma destas patologias (ou outras menos fre-quentes)”.

Um dos sinais mais habituais de proble-mas na visão, é, segun-do Augusto Magalhães, “a dificuldade na leitu-ra”, embora algumas crianças se queixem de dif iculdade, mui-tas não o fazem, pelo que deve ser o educa-dor (pais ou professor) a estar atento. “A lenti-dão ou rejeição das ta-refas que exigem esfor-ço visual, o fechar ou tapar um dos olhos e os erros a copiar do qua-dro são sinais de aler-ta . Dores de cabeça , náuseas, olhos verme-lhos, inchados ou lacri-mejantes, estrabismo e fotofobia (dificuldade

em suportar a luz) são sintomas que não po-dem ser ignorados e devem levar os pais a procurar um oftalmo-logista”, acrescenta o responsável.

O especialista refe-re que é fundamental “realizar um primei-ro rastreio por volta dos 3/4 anos, pois nes-ta idade a criança já co-labora minimamente e o procedimento acaba por ter uma boa relação preço-eficácia”. No en-tanto, do ponto de vis-ta médico “é preferível rastrear mais cedo”, en-tre os 12 e os 18 meses e só pode ser realizado por oftalmologistas”.

A forma como a uti-lização de computado-res e outros dispositi-vos electrónicos podem influenciar a função vi-sual é uma questão que

preocupa muitos pais. Mas Aug usto Maga-lhães desmistifica esta ideia e explica que “não existem estudos cien-tíficos que comprovem a ideia de que os com-putadores provocam e/ou aumentam a miopia. O único prejuízo é o cansaço visual sentido após o uso prolongado e ininterrupto destes dis-positivos electrónicos, pelo que se recomenda que a sua utilização seja alternada com períodos de descanso”.

Para promover a saú-de visual , o especia-lista em oftalmologia pediátrica recomenda que os pais e educado-res “providenciem a iluminação, cadeira e secretária adequadas para tarefas de leitura, corrigindo posições er-radas (como ler deitado

de barriga para baixo) e certi f icando-se de que a distância de lei-tura é de 30 a 40 cm. É fundamental também a rea l ização de pau-sas e verif icar a posi-ção dos monitores do computador e da tele-visão, evitando ref le-xos. No computador os olhos devem estar a um nível superior (15 a 20º) do centro do monitor e a distância da televisão deve ser cinco vezes a largura do ecrã”.

Augusto Magalhães deixa um alerta f inal, relativo à prevenção de traumatismos ocu-lares. “A prática de ac-tividades com laser ou jogos que coloquem em risco a integridade do aparelho visual deve ser impedida ou reali-zada com protectores de qualidade”.

WORKSHOP DE PRI-MEIROS SOCORROS PEDIÁTRICOS

O ginásio House Mo-ments promove um workshop sobre Primei-ros Socorros Pediatri-cos, dia 1 de Outubro, en-tre as 14h00 e as 19h00, na School House, em Viseu.

O curso destina-se a pais e educadores e pre-tende ensinar a lidar com situações de doença súbi-ta e/ou acidentes com be-bés e crianças.

Durante a formação se-rão proporcionadas no-ções básicas de primeiros socorros, de dificuldades respiratórias, asfixia, su-porte básico de vida pedi-átrico, entre outras .

Toda a informação dis-ponível em 232452192/963 267 229 ou [email protected]

Dentes Manchados e Ama-relados – O que fazer ?

Opinião

O problema. As man-chas superficiais devem-se ao chá, café, tabaco e de-saparecem com uma boa higiene oral. As intrínse-cas surgem durante a for-mação dos dentes, por de-ficiências vitamínicas ou metabólicas ou devido a al-guns medicamentos. A cor natural dos dentes, quando amarelada, também afecta a estética do sorriso.

Soluções. Microabra-são - Método que consis-te no jacteamento de pe-quenos cristais sobre a superfície dentária, possi-bilitando a remoção de pe-quenas manchas intrínse-cas fazendo um polimento da zona da mancha. Não é um tratamento muito du-radouro.

Branqueamento Dentá-rio - Método que permite a alteração da cor natural dos dentes sem os dani-ficar, sendo esta a forma mais natural de alterar a cor destes. Pode ser reali-zado no consultório, em que um gel branqueador é aplicado nos dentes e acti-vado por uma luz de uma lâmpada própria. É feito em apenas uma hora e dá óptimos resultados. Tam-bém pode ser realizado em casa, através da aplicação diária de uma goteira com gel, durante uma hora e meia por dia ou à noite en-quanto dorme, ao longo de uma a duas semanas.

Os dentes ficarão sem-pre naturalmente mais brancos, desde que a pes-soa não fume, nem abu-se de alimentos que pig-mentem os dentes, como por exemplo o vinho tin-to, molhos e café. Este tra-tamento pode implicar a substituição de eventuais tratamentos dentários por outros que possuam a nova cor dos dentes.

A utilização de pastas de branqueamento dentá-rio só por si só não tem efi-cácia, e o seu uso regular danifica a estrutura den-tária pelo facto de conter elementos abrasivos.

Pedro Carvalho GomesMédico Dentista

Clínica Médica Dentária de Viseu, Supreme Smile

Jornal do Centro09 | Setembro | 201134

Page 35: Jornal do Centro - Ed495

SAÚDE

A Casa de Saúde São M a t e u s (C S S M ) d e Viseu abriu ao público no passado dia 1 um con-junto de novas valências na ErgoGymno, clínica que adquiriu recente-mente em Mangualde.

Às valências de orto-pedia e f isioterapia já

disponíveis pela clíni-ca, a CSSM dispõe ago-ra novas valências e os serviços médicos de clínica geral, prestados pelo corpo clínico da CSSM.

Estes novos serviços serão também acompa-nhados da mesma polí-

tica de preços, vigente desde o início de 2011, na unidade de Viseu. Pen-sionistas e crianças até aos 12 anos, têm um pre-ço especial de 35 euros.“Com esta aposta , a

mais ant iga inst itui-ção privada de saúde de Viseu, pretende dar

continuidade ao seu p o s ic ion a m e nto e s -tratégico, fortemente orientado para as ne-cessidades dos utentes e satisfação das suas ne-cessidades, prestando serviços médicos e de enfermagem de quali-dade, pela mão de pro-

fissionais qualificados”, justifica a direcção em comunicado.

Na cidade de Viseu, a CSSM presta um servi-ço médico diário per-manente, em período nocturno e diurno, com atendimento em medi-cina geral e familiar,

apoiado de exames de diagnóstico e serviços de enfermagem. O hos-pital privado disponibi-liza também consultas médicas nas mais varia-das especialidades, ser-viço de internamento e serviço médico e de en-fermagem ao domicílio.

Casa de Saúde S. Mateus adquire clínica em Mangualde

Jornal do Centro09 | Setembro | 2011 35

Page 36: Jornal do Centro - Ed495

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

CATARINA DE AZEVEDOMorada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email [email protected]

CARLA MARIA BERNARDESMorada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295JOÃO MARTINSMorada Rua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ANTÓNIO M. MENDESMorada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDEJOSÉ MIGUEL MARQUESMorada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email [email protected]

JOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Man-teiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morce-la como fazem nas Aldeias, Feijo-cas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 15 euros. Mora-da Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observa-ções Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Mo-rada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefo-ne 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE BELOS COMERES (ROYAL)Especialidades Restaurantes Ma-risqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, bapti-zados, convívios, grupos.

TELHEIRO DO MILÉNIOQUINTA FONTINHA DA PEDRAEspecialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Do-mingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, bapti-zados e outros eventos) e Domin-gos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515-016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE A COCHEIRAEspecialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Ob-servações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Fol-ga Sábado (excepto Verão). Pre-ço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades.

Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

RESTAURANTE EIRA DA BICAEspecialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Fol-ga 2ª Feira. Preço médio refei-ção 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilhari-gues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMARESTAURANTE SANTA RITAEspecialidades Bacalhau Espiri-tual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Fol-ga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fáti-ma. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http://santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresenta-ção do Jornal do Centro 5% des-conto no total da factura.

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Jornal do Centro09 | Setembro | 201136

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Empregado de Mesa. Viseu – Ref. 587779115

Trabalhador indiferenciado. Viseu – Ref. 587779093

Técnico de Vendas. Viseu – Ref. 587778530

Empregado de balcão. Viseu – Ref. 587778479

Estucador. Viseu – Ref. 587778436

Pedreiro. Nelas – Ref. 587778084

Ajudante Padaria. Sátão – Ref. 587778081

CLASSIFICADOS

EMPREGO & FORMAÇÃOOFERTAS DE EMPREGO

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

Cavalheiro, 59 anos, professor doutorado,

divorciado e livre.Procura senhora com nível

de formação superiorpara relação séria.

Contacto:934 241 247 / 962 027 380

A Fundação Lapa do Lobo, em Canas de Se-nhorim, Nelas, está a pro-mover um curso de borda-dos para crianças dos cin-co aos 12 anos. A acção de formação, a funcionar no edifício Multifuncional da

Fundação, ainda tem va-gas disponíveis.

Os interessados, podem inscrever-se na Fundação Lapa do Lobo.

O curso decorre aos sá-bados, entre as 15h00 e as 17h00.

Cursos de bordados para crianças

Jornal do Centro09 | Setembro | 2011 37

Page 38: Jornal do Centro - Ed495

NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

NECROLOGIAMargarida de Jesus, 78 anos, viúva. Natural e residente em Arma-mar. O funeral realizou-se no dia 8 de Setembro, pelas 18.30 horas, para o cemitério de S. Lázaro, Armamar.

Agência Funerária IgrejaArmamar Tel. 254 855 231

Maria dos Santos Martins, 73 anos, casada. Natural e residente em Lageosa, Tondela. O funeral realizou-se no dia 4 de Setembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Lageosa.

Hermínio Costa Almeida, 72 anos, casado. Natural de Beijós, Car-regal do Sal e residente em Falagueira, Venda Nova. Amadora. O fu-neral realizou-se no dia 4 de Setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Beijós.

Maria Hermínia Nunes, 86 anos, viúva. Natural e residente em Pa-rada, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 5 de Setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Parada.

Palmira Marques de Abreu, 74 anos, solteira. Natural e residente em Currelos, Carregal do Sal. O funeral realizou-se no dia 7 de Setem-bro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Currelos. Agência Funerária São BrásCarregal do Sal Tel. 232 671 415

Joaquim da Costa Ferreira Pinto, 81 anos, casado. Natural de Alcânta-ra, Lisboa e residente em Esgueira, Aveiro. O funeral realizou-se no dia 3 de Setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Castro Daire.

Albano da Silva Ferreira, 75 anos, casado. Natural de Mezio, Castro Daire e residente em Ponte do Boto, Castro Daire. O funeral reali-zou-se no dia 4 de Setembro, pelas 19.00 horas, para o cemitério de Castro Daire.

Francisco Pereira da Silva, 67 anos, casado. Natural e residente em Almofala, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 7 de Setembro, pelas 9.00 horas, para o cemitério de Almofala.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Henrique Pinto, 90 anos, casado. Natural e residente em Santiago de Cassurães, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 4 de Setembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Santiago de Cassurães.

Emília da Conceição Santos Mota, 79 anos, viúva. Natural e residen-te em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 5 de Setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério local.

Américo Santos Fraga, 56 anos, casado. Natural de S. Tomé do Cas-telo, Vila Real e residente em Quintela de Azurara, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 7 de Setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Quintela de Azurara.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Américo Rodrigues, 82 anos. Natural e residente em Gandufe, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 6 de Setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Espinho, Mangualde.

Agência Funerária PaisMangualde Tel. 232 617 097

Maria Augusta Tavares Dias Ferreira, 66 anos, casada. Natural de Arcozelo das Maias, Oliveira de Frades e residente em Paris, França. O funeral realizou-se no dia 6 de Setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Oliveira de Frades.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Maximino Pereira Sarmento, 79 anos, casado. Natural de Tarouca e residente em Esporões, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 5 de Setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Esporões.

Agência Funerária Maria O. Borges DuarteTarouca Tel. 254 679 721

Gilberto António Tapadas, 84 anos, viúvo. Natural de Estremoz, Évora e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 31 de Agosto, pe-las 10.00 horas, para o cemitério de Carnaxide.

Alberto Maria Rodrigues, 98 anos, viúvo. Natural de Covilhã e resi-dente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de Setembro, pelas 11.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

José Pais de Magalhães, 75 anos, casado. Natural e residente em Abraveses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de Setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Abraveses.

Agência Funerária D. DuarteViseu Tel. 232 421 952

Alcina de Jesus e Sá, 87 anos, viúva. Natural de Orgens e residente em Travassós de Orgens, Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de Se-tembro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Orgens.

Fernando da Silva, 71 anos, casado. Natural e residente em Farmi-nhão, Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de Setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Farminhão.

José Gomes de Almeida, 86 anos, viúvo. Natural e residente em Boa Aldeia, Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de Setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Boa Aldeia.

Agência Funerária de FigueiróViseu Tel. 232 415 578

Maria Ermelinda Correia Mendes, 42 anos, casada. Natural de Santos Evos e residente em Carragoso, Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de Setembro, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Santos Evos.

José Martins, 94 anos, viúvo. Natural e residente em São Miguel de Vila Boa, Sátão. O funeral realizou-se no dia 3 de Setembro, pelas 15.00 horas, para o cemitério de São Miguel de Vila Boa.

Ester de Oliveira, 87 anos, viúva. Natural de São Pedro de France e residente em Santos Evos. O funeral realizou-se no dia 3 de Setem-bro, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Santos Evos.

António dos Santos Amaral, 83 anos, casado. Natural de Sátão e resi-dente em Esculca, Viseu. O funeral realizou-se no dia 4 de Setembro, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Decermilo, Sãtão.

Maria Luísa Saba de Albuquerque e Abreu Marques dos Santos, 58 anos, casada. Natural de Lisboa e residente em Viseu. O funeral re-alizou-se no dia 5 de Setembro, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Santo António dos Olivais, Coimbra.

Maria Luísa Figueira de Almeida, 84 anos, viúva. Natural de Loureiro de Silgueiros e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 5 de Setembro, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Alexandre de Jesus Francisco, 69 anos, casado. Natural de Santos Evos e residente em Corvos à Nogueira, Viseu. O funeral realizou-se no dia 6 de Setembro, pelas 17.30 horas, para o cemitério de San-tos Evos.

José Lopes Rodrigues, 67 anos, casado. Natural de Abraveses e resi-dente em Pascoal, Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de Setembro, pelas 17.00 horas, para o cemitério velho de Abraveses.

Fernando Lopes, 80 anos. Natural de Mangualde e residente em Lou-rosa de Cima, Viseu. O funeral realizou-se no dia 7 de Setembro, pe-las 17.30 horas, para o cemitério de São João de Lourosa.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

Jornal do Centro09 | Setembro | 201138

Page 39: Jornal do Centro - Ed495

clubedoleitorJornal do Centro - Clube do Leitor, Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu. Ou então use o email: [email protected] cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir iden-tificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selec-cionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

DEscreva-nos para:

FOTO DA SEMANA

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

HÁ UM ANO

Nins

∑ Sete novos centros escolares concentram crianças

em sedes de concelho | páginas 6 e 7

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> NEGÓCIOS

> DESPORTO

> CULTURAS

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> RESTAURANTES

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S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Pedro Costa

Semanário

10 de Setembro de 2010

Sexta-feira

Ano 9

N.º 443

1,00 Euro

(IVA 5% incluído)

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Menos escolas e os

mesmos problemas

no novo ano lectivo

TondelaBasílio Horta

inaugura edição

da FICTON 2010 página 11

“Fechar metade das

escolas primárias é fechar

metade de um país”∑ António Oliveira Cruz, presidente do Instituto Piaget

Nun

o Fe

rrei

ra

SaúdeMédica investigadora

de Viseu ganha

prémio internacional página 22

Pub

licid

ade

Efeméride

Cavaco Silva

faz homenagem aos

“Rangers” de Lamego páginas 12 e 13

Recolha de lixo

Viseu pode abandonar

serviço do aterro

do Planalto Beirãopágina 14

NegóciosDiscoteca

“Hangar” à venda

e de portas fechadas página 15

Suplemento

Pós-Graduaçõesós G aduaçõesSUPLEMENTO

PÓS-GRADUAÇÕES | página 8

EDIÇÃO 443 | 10 DE SETEMBRO DE 2010

∑ A explosão de um petardo durante a sessão de fogo-

de-artifício nas festas de Ribeiradio, em Oliveira de Fra-

des, fez 16 feridos. Na altura assistiam ao espectáculo

perto de mil pessoas, quando o petardo rebentou em

cima de um carro no meio do público.

∑ O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas

ameaçou abandonar o sistema de recolha de lixo do Pla-

nalto, em consequência da deficiente recolha do lixo nos

contentores. Um problema que se arrasta há anos.

João

Ped

ro

O culto à Virgem Mártir Santa Eufémia de PenedonoO culto à virgem mártir santa Eufémia é

tão antigo que é difícil sabermos onde aca-ba a história e começa a lenda. Em primeiro lugar a origem da escolha. Num universo de tantos mártires e santos, porquê a mártir santa Eufémia? E quem é esta mártir santa Eufémia, que se venera em Penedono? É a de Braga-Ourense, irmã de santa Quitéria e santa Marinha, será santa Eufémia Romana, ou é santa Eufémia de Calcedónia? As três são mártires e das três sabemos onde se en-contram os respectivos corpos: o corpo de santa Eufémia de Braga-Ourense está na catedral de Orense (Espanha), a Romana está sepultada na paróquia de Santa Maria Maior em Dorno – diocese de Vigevano su-fragânea da Arquidiocese de Milão (Itália) e santa Eufémia de Calcedónia está sepultada em Rovinj (Croácia) numa igreja que lhe é dedicada. Apesar de nos faltarem fontes se-guras, mas seguindo a tradição e a iconogra-fia (a presença do leão) a mártir que se vene-ra em Penedono será a de Calcedónia, uma vez que actualmente é ela a única que apa-rece no Martirológio Romano promulgado em 2001 pelo papa João Paulo II. (...)

Eufémia nasceu por volta do ano 288, na cidade de Calcedónia, na actual Turquia, era filha do senador Filofrónio e da sua es-posa Teodora, desde muito jovem se impôs nos ambientes da sua terra pela beleza, mo-déstia e sensatez, tendo sido educada desde criança na fé cristã. Viveu no tempo do Im-perador Romano Diocleciano (284-305), que moveu talvez a maior perseguição contra os cristãos na Igreja primitiva.

Assim a jovem Eufémia, vendo como os cristãos eram cruelmente perseguidos e tor-turados decidiu apresentar-se perante Pris-co, o juiz da sua cidade, comunicando-lhe

que também acreditava em Cristo e que era baptizada. Não foi por acaso que Eufémia escolheu apresentar-se a este magistrado, escolheu-o porque era sabido de todos que Prisco era muito cruel.

E nas mãos deste juiz sofre os mais cru-éis tormentos, nunca negando a sua fé em Cristo e guardando a sua virgindade ape-sar das várias tentativas que sofreu para ser violada.

Não conseguindo possuir a jovem, apesar das torturas a que a submeteu, nem move-la a negar a sua fé, cheio de vergonha e de ódio por se sentir vencido por uma tão doce don-zela, o juiz Prisco manda-a por fim lançar num fosso onde viviam leões. No entanto, quando Eufémia foi atirada para o fosso, os leões aproximaram-se dela mansamente estendendo e entrelaçando as suas caudas para formar uma espécie de trono para que a virgem ficasse nele comodamente sen-tada.

Prisco que espreitava lá de cima do alto do fosso, ao ver isto ficou estupefacto, até que o carrasco da prefeitura, ao ver o juiz doido de raiva, pegou na espada esticou o braço e, com a ponta da arma atravessou o coração de Eufémia que assim se tornou finalmen-te numa mártir no dia 16 de Setembro do ano de 303.

Ao corpo da mártir, os cristãos da cidade de Calcedónia recolheram-no e deram-lhe sepultura, num local onde mais tarde lhe construíram uma igreja.

O culto à virgem mártir santa Eufémia estendeu-se rapidamente, por toda a cristan-dade, sendo na igreja onde o seu corpo esta-va sepultado em Calcedónia, que se realizou o IV Concílio Ecuménico de 8 de Outubro a 1 de Novembro do ano de 451. (...)

Duramente o Concílio, após longos de-bates não se chegou a nenhum consenso, até que o santo Patriarca de Constantino-pla, Anatólio, propôs, que se recorresse à intercessão da virgem mártir, cujas relí-quias ali estavam. Cada grupo escreveu sua confissão de fé e, aberto o túmulo de Santa Eufémia, depositaram-nas sobre os restos mortais da santa, que foi lacrado e guarda-do por ordem do imperador Marciano, e durante três dias todos se dedicaram à ora-ção e ao jejum.

Findo esse período de tempo o túmulo foi reaberto na presença do Patriarca e do Im-perador e de membros do seu Conselho, e encontraram o texto com a profissão de fé ortodoxa (das duas naturezas) dos Padres do Concílio na mão direita de santa Eufémia, e o outro texto (que sustentava a heresia mo-nofisita) estava aos seus pés. Após este mila-gre foi afirmada a dupla natureza de Cristo, e os que permaneceram na heresia monofi-sita foram excomungados.

Por isso é que muitas vezes, a figura da mártir santa Eufémia é apresentada com um livro na mão, representando o livro da ver-dadeira fé. Lenda ou não, a verdade é que o livro aparece quase sempre na sua efígie.

No ano de 620, quando a cidade de Cal-cedónia foi invadida e conquistada pelos Persas, os cristãos com medo de perderem o seu corpo, mudaram-no para a cidade de Constantinopla, tendo sido depositado numa Igreja mandada construir pelo Impe-rador Constantino, em sua honra.

No ano 800, com a tomada do poder de Constantinopla pelo Imperador Nicéforo, que era contra símbolos religiosos, os cris-tãos ficaram com medo que ele removesse o corpo de santa Eufémia e voltaram a fa-

zer nova mudança do seu corpo para um lugar incerto.

Conta uma lenda, que numa noite de violenta tempestade o sarcófago de santa Eufémia, que era feito de mármore desapa-receu da cidade. Possivelmente, pescado-res cristãos carregaram-no nos seus barcos, com a esperança de a transportar para um lugar seguro.

Em Julho, do ano 800, um grupo de pes-soas da cidade de Rovinj, nas costas do mar Adriático na actual Croácia, viram dar à cos-ta, ondulando gentilmente nas águas, um sarcófago. Os sinos foram repicados e uma multidão de pessoas juntou-se na praia, para o tentar retirar da água, mas os seus esforços foram todos inúteis, até que apareceu uma criança com dois fracos bezerros e que para espanto de todos conseguiu remover o pesa-do sarcófago da água levando-o para a igreja local da cidade.

Quando o sarcófago foi aberto, viram o corpo de uma moça muito bonita e que ves-tia um luxuoso vestido e junto dela, estava um pergaminho que dizia HOC EST COR-PUS EUFEMIAE SANCTAE... (este é o cor-po de Santa Eufémia, virgem mártir da Cal-cedónia, filha de um nobre senador, nasci-da para o céu em 16 de Setembro do ano 303 D.C. (...)

O seu corpo continua hoje intacto e pre-servado e está à veneração dos fiéis na cade-tral da cidade de Rovinj, a qual atrai anual-mente milhares de peregrinos e turistas que junto dela vêm pedir-lhe graças e agradecer-lhe as já conseguidas.

Nota: Este artigo, na íntegra, pode ser lido em www.jornaldocentro.pt

P. Lucino Moreira

Cada vez que chove a sério, a entrada do parque do Fontelo, em Viseu transforma-se num lago de água. Uma situação que acontece há anos, sem que ninguém assuma que existe ali um problema por resolver.

Jornal do Centro09 | Setembro | 2011 39

Page 40: Jornal do Centro - Ed495

O Forum Viseu asso-cia-se hoje à Feira de S. Mateus, para um desfile de moda que alia tradi-ção e modernidade. Os seis vencedores do cas-ting, que se realizou no fim-de-semana passado, vão desfilar em conjunto com alguns dos nomes mais sonantes da moda nacional. O espectácu-lo vai ter lugar no palco principal da Feira de S. Mateus, pelas 22h00.

Sob o tema “Sonhos de uma noite de Verão”, a Feira de S. Mateus pre-tende retomar a tradi-ção dos grandes desfi-les, que, a partir deste ano, começam a fazer parte integrante do seu programa.

A apresentação do es-pectáculo estará a car-go de Vanessa Oliveira e João Manzarra. A can-tora Patrícia Candoso é outra das atracções de uma noite que promete muitas surpresas para os espectadores.

R a i s s a M a r t i n s e Tiago Leal foram os vencedores do casting na faixa etária dos 3 aos 8 anos. Maria Inês Moreira e Luís Ardisson na faixa etária dos 9 aos 14 anos. No escalão dos 15 aos 23, Carolina Tá-buas e Ricardo Almei-da foram os jovens que triunfaram.

Estes jovens talentos vão dividir a passerel-le com grandes nomes da moda nacional como

Pedro Guedes, Ricardo Guedes, David Carreira, António Camelier, Dé-bora Montenegro, Tel-ma Santos, Rita Perei-ra, Andreia Rodrigues e Gabriela Barros.

O evento vai apresen-tar as tendências que marcam a colecção Ou-tono/Inverno e contará com a participação ex-clusiva das lojas do cen-tro comercial.

Tiago Virgílio Pereira

JORNAL DO CENTRO09 | SETEMBRO | 2011Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 9 de Setembro, céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 31ºC e mínima de 14ºC. Amanhã, dia 10, Tempo limpo de manhã, possibilidade de chuva durante o dia. Tempera-tura máxima de 26ºC e mínima de 11ºC. Domingo, 11 de Setembro, Céu parcialmente nublado.. Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 14ºC. Segunda, 12 de Setembro, céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 32ºC e mínima de 13ºC.

tempo: Limpo

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

Falidos!1. “Falidos!” é um micro-livro, editado pela Por-

to Editora, escrito já este ano, sob anonimato, por um francês apanhado nas armadilhas do sobre-endividamento.

Numas poucas dezenas de amargas páginas é descrito o mecanismo em que os bancos fazem de dealers de consumos compulsivos a junkies a quem nunca é negado um novo empréstimo, “reembolsá-vel em pequenas mensalidades”, “faça já a simula-ção”, “o seu sonho à distância de um clique”, “não paga as três primeiras mensalidades”.

O autor conta que, depois de ter tido um der-radeiro crédito para “comprar o último televisor Sony, ecrã chato, tão chato como a minha vida”, se exilou no Vietnam “sem possuir absolutamen-te nada e, portanto, sem ninguém poder tirar-me nada”.

Frei Bento Domingues, no prefácio, chama a este livro “um grito documentado de uma tra-gédia que exige uma mudança de civilização”, mudança de civilização que “Falidos!” deseja. Este texto interpela directamente o leitor, e lamen-ta que uma “educação arcaica [que] nos forma para a competição, o individualismo” nos tenha feito perder “o gosto pelo combate colectivo”.

Termina a enumerar quatro armas pacíficas para que o homo sapiens desaperte a gravata de seda de homo capitalis, regresse à condição de homo sapiens, e reaprenda a “inteligência da so-briedade”. Em suma: ao descrever a miséria dos vietnamitas com quem vive, que têm um esperan-ça de vida de 45 anos, este francês de 60 sofridos anos interpela-nos, a nós ocidentais instalados nos nossos confortos, para sermos frugais.

2. Depois do congresso deste fim-de-se-mana, espera-se que o PS se assuma como o partido de oposição que o país necessita. O mesmo se espera do PS no concelho de Viseu que — depois da deserção de Miguel Ginestal — tem estado metido no bolso de Fernando Ruas.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

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É a primeira “desfolhada” a animar a Feirinha da Terra que este sábado, dia 10, volta ao Mercado Municipal de Moimenta da Beira. Deze-na e meia de homens e mu-

lheres do Grupo Etnográ-fico e Folclórico “Quando os Lobos Uivam”, de Caria, darão vida ao evento, que re-cupera uma tradição secu-lar dos campos e do trabalho

agrícola. A Feirinha da Ter-ra espera cerca de três deze-nas de pequenos produtores do concelho para venderem em banca o que de melhor as suas hortas produzem.

Desfolhada na Feirinha da Terra

Desfile de moda ∑ “Sonhos de uma noite de Verão”, esta noite

Forum junta-seà Feira de S. Mateus

Sexta, 9Tondela∑ Inauguração simbólica das cozinhas de formação da Escola Profissional de Tondela, às 13hoo.

Viseu∑ Encerramento do curso EFA B3 na área da pastelaria e panificação, às 17h30, na Casa da Ribeira.

Domingo, 11Viseu∑ XXXI Meia Maratona de Viseu, Grande Prémio Feira de S. Mateus, organizada pelo Grupo Desportivo “OS Ribeirinhos”, às10h00.

Segunda, 12Mangualde∑ Quinta edição da Formação Geral em Voluntariado, promovida pela autarquia e pelo Banco Local de Voluntariado local, às 18h00, na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves. A acção de formação tem uma segunda sessão, na quarta-feira, à mesma hora.

Quinta, 15S. Pedro do Sul∑ Abertura da Universidade Sénior de São Pedro do Sul

agenda∑

A Iniciativa resulta de um projecto que alia tradição e modernidade

808 20 40 20 HORÁRIO DA LINHA DE ATENDIMENTOSEG. A SEX. 9H ÀS 22H/SÁB. 10H ÀS 13H

WSI VISEUR. Dr. António José de almeida, nº 52 - r/c

3510-042 viseu (em frente à segurança social)

*défi

ce

Aprende e diznão à crise!

PassatempoO Jornal do Centro tem dois bilhetes individuais para a estreia da peça “Não se brinca com o amor”, no Teatro Viriato, nos dias 16 e 17 de Setem-bro. Para ganhar um, ligue para o 232 437 461.

DR