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Maranduba, Novembro de 2014 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 5 - Edição 66 Explosão de fé e cultura no dia de Nossa Senhora Aparecida no Quilombo Cassandoca Foto: Ezequiel dos Santos

Jornal Maranduba News #66

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Notícias da Região Sul de Ubatuba

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Page 1: Jornal Maranduba News #66

Maranduba, Novembro de 2014 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 5 - Edição 66

Explosão de fé e cultura no dia de Nossa Senhora Aparecida

no Quilombo Cassandoca

Foto: Ezequiel dos Santos

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Página 2 Jornal MARANDUBA News Novembro 2014

Editado por:Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.

Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal

Editor Chefe: Emilio CampiJornalista Responsável: Ezequiel dos Santos - MTB 76477

Consultor Jurídico - Dr. Robson Ennes Virgílio - OAB/SP 169.801Consultor Ambiental - Fernando Novais - Engº Florestal CREA/SP 5062880961

Colaboradora: Adelina Fernandes Rodrigues

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Envie seu evento, edital, convocação ou aviso para esta seção atraves do e-mail [email protected]

Estão todos convidados para participarem da eleição para o Conselho Gestor de Saúde da Uni-dade da Maranduba e Região Sul de Ubatuba, que acontecerá no dia 07 de Novembro de 2.014 ás 18:30 horas na Unidade Regional Sul de Ubatuba, sito a Rua Oscar Rossini, n° 10, Bairro da Maranduba, ao lado da Unidade Mista de Saúde. Participe sua presença é muito importante.

Convite Conselho Gestor de Saúde da Unidade da Maranduba

Durante os dias 11 e 12 de outubro, a Pousada das Ca-choeiras localizada na praia de Maranduba, Ubatuba - SP, teve 95% dos seus aposentos ocupados por uma tribo fanáti-ca por carros de rádio controle 4x4, escala 1/0. Além do realis-mo das viaturas Off-Road, esse ano teve também a presença de lindos caminhões que vie-ram cheio de detalhes e realis-mo, verdadeiras réplicas. A inauguração da Pista de

Truck RC Park Pousada das

2º Encontro Nacional RC 4x4FUN - Bardahl

Cachoeiras, marca a segunda etapa da construção de um parque de rádio controle per-manente.O encontro foi organizado

pelo Lufe Schubert, proprie-tário da 4x4FUN. Durante o evento aconteceram atividades para toda a família.Inauguração da pista de tru-

ck, Caça ao tesouro, Rolê pelo RC Park, Trilha noturna pela cachoeira, Concurso de foto-grafia mais realista, Sorteio de muitos brindes e outras ativi-

dades dentro da pousada. Teve até bolo na pista em comemo-ração aos 2 anos da 4x4FUN.O evento teve o patrocínio da

Bardahl e apoio da E.Campi RC Custom Models e Jornais Mais Off-Road e Maranduba News.Estiveram presente durante

os 2 dias mais de 100 pessoas, totalizando 68 viaturas esca-la 1/0 e 10 caminhões escala 1/14. Que além das pistas e tri-lhas, se divertiram também nas cachoeiras, piscinas rodeada de bons amigos.

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Novembro 2014 Jornal MARANDUBA News Página 3

Moradores protestam na rodovia para modificar o local da barragem da SABESPNo último dia 17, membros do

SOS Cachoeiras e moradores da região promoveram, no bairro da Maranduba, mais uma mani-festação pacífica para chamar a atenção das autoridades sobre a recusa da SABESP em mudar o local de construção da barragem em ponto turístico no interior da região. Conhecido como Cachoeira da

Renata, no bairro do Sertão da Quina, o local possui grande in-teresse comunitário, turístico e ambiental e é hoje o alvo des-tas disputas há pelo menos dois anos. Segundo os organizadores do

movimento, a empresa continua irredutível na sua decisão de atender a comunidade e ainda caminha sem a clara noção do dano ambiental, econômico, pai-sagístico e turístico que causará no futuro a localidade. A rodovia SP-55 (Caraguata-

tuba-Ubatuba) foi interditada por alguns minutos, causando descontentamento e transtorno a alguns motoristas, já outros se solidarizaram com a causa, mostrando todo apoio ao mo-vimento. O acesso foi liberado após negociações entre a polícia militar e os manifestantes.

O local da obraO local já recebeu as primeiras

intervenções da obra, o inicio das atividades para o desvio do curso do rio, a concretagem de uma parte da obra e encontra-se cercado com telas plásticas ala-ranjadas, árvores e pedras com marcações coloridas. Existe uma placa de licenciamento ao qual não cita a obra, apenas as auto-rizações (número do processo da CETESB – 3109/2010- autoriza-ção 121777 e 121775 de 2011/ Termo de Compromisso de Re-cuperação Ambiental 119515 e 119420 de 20011), não há outra placa indicando a proibição da passagem de turistas e visitan-

tes no local, porém uma folha de sulfite manda qualquer pessoa se afastar há pelo menos cem metros do local e outro indican-do que a obra está caminhan-do conforme decisão judicial nº 0006925-41.2014.8.26.0642 em caráter liminar do judiciário lo-cal. Esta descrição pode ser vi-sualizada pelo seguinte endere-ço: https://www.youtube.com/watch?v=8-YGqbT9lSc .

EsclarecimentoO movimento e seus simpa-

tizantes contestam a licença ambiental emitida pela CETESB, já que estava previsto apenas o corte e supressão de vegetação em estagio inicial (vegetação baixa). O que se vê no local é uma vegetação em estagio avan-çado de regeneração sendo su-primida na área demarcada pela empresa a ser alagada, permiti-do apenas com a aprovação de um estudo chamado EIA-RIMA (Estudo de Impacto Ambiental/ Relatório de Impacto Ambiental) não realizado pela SABESP, co-mentam os organizadores do movimento. Até o fechamento desta edição

a empresa ou a empreiteira não havia emitido nenhuma nota so-bre o movimento e suas solici-tações. Na época das discussões, por

telefone, conta o movimento, o técnico da CETESB responsável pela emissão da licença da ela-boração do projeto confirmou a que a Sabesp não tem autoriza-ção para suprimir a vegetação que será inundada pelo repre-samento de água. Outro ponto questionado é a não ciência ou autorização da Unidade de Con-servação – PESM para a tal obra, já que o local encontra-se no en-torno ( zona de amortecimento) do parque estadual, que é res-ponsável pela proteção e pro-dução destas águas e segundo o Sistema Nacional de Unidade

de Conservação - SNUC existem regras claras e condicionantes ambientais e sociais para reali-zação de uma obra deste porte, tema este que não foi comenta-do ou encontrado nos processo de licenciamentos da obra. Nas palavras de um manifes-

tante - “O volume de água irá diminuir muito, pois visivelmen-te o rio não tem um grande vo-lume de água. Por que temos que escolher entre as cachoeiras e a água encanada? Queremos os dois, e para isso basta que a Sabesp faça a captação no mes-mo rio, porém depois das cacho-eiras”. O grupo SOS Cachoeiras vem

tentando cativar os moradores que ainda não estão informa-dos sobre o fato para que aju-dem a proteger não só o frá-gil ecossistema local, mas um patrimônio turístico que é de todos. Obras aceleradas e indignaçãoMoradores assustados com

a truculência da empresa no tratamento da comunidade co-mentam que mais do que uma necessidade de produzir água, a Sabesp hoje é uma empresa de capital misto e para tanto, pro-vavelmente, tem um interesse maior em apenas produzir mais lucros a seus acionistas, por isso nada se fala da rede de esgoto, ainda mais importante ao meio ambiente para não contaminar o lençol freático e consequente-mente os rios. Baseando-se nisso, conta o

movimento, é possível concluir que a obra caminha para a ile-galidade, uma vez que árvores centenárias, suas sementes e brotos, como as de palmito Jus-sara, serão destruídos sem licen-ça. Após a decisão liminar, as

obras caminham em ritmo ace-lerado, os canos de água já fo-ram soterrados até a ponte João

Manoel dos Santos (João Rosa), parte da “represa” acima da ca-choeira já foi concretada. Populares do entorno da ca-

choeira da Renata, ouviram tiros na madrugada de sexta-feira (17/10) para sábado. Contam que supostamente foram reali-zados por vigias da Sabesp. No dia da entrega da decisão judi-cial (liminar) a Policia Militar que acompanhava o oficial de justiça retirou a força uma pessoa que nadava para se refrescar. Tam-bém o mesmo oficial ironica-mente tirou os sapatos para mo-lhar os pés na água provocando a indignação e descontentamen-to dos que acompanhavam a di-ligencia no local. A atuação foi filmada e está registrada no face book do movimento (SOScacho-eirasdosertaodaquina). O Jornal Maranduba ouviu para

esta matéria 40 pessoas em uma semana das mais variadas camadas sociais e idades. Os participantes não autorizaram a publicação de seus nomes, mas 70% dos entrevistados pensam como o movimento, manifesta-ram alguma preocupação com o volume de água após as obras e com a descaracterização do lo-cal, 20% acha que é indiferente

ou que não vai interferir em suas vidas, 10% acham que nada vai mudar. A maioria acredita que o fato

de faltar água em outros lugares não justifica a mudança de uma beleza natural a qualquer modo, também que a justificativa de le-var água para a população tem favorecido somente às empresas responsáveis pela construção e exploração da cachoeira, pois a escolha do local foi feita visando apenas à redução dos custos, já que quanto maior a gravidade, menos gastos e mais lucros aos acionistas. Por email a redação do jornal

o movimento diz que “apesar de as obras estarem em está-gio avançado, a população local não perde as esperanças de que seja tomada a decisão correta por parte das autoridades, atra-vés de uma solução onde todos saiam ganhando, a natureza, a população e a Sabesp”. O Jornal também abre espaço

para as pessoas e as empresas que se sentirem na vontade ou na obrigação de se manifesta-rem, contradizer ou opinar, ten-do democraticamente o mesmo espaço para colocar suas pala-vras a nossos leitores.

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Página 4 Jornal MARANDUBA News Novembro 2014

Colégio Áurea apresenta a 1ª Feira das Profissões

Capela do Ingá realiza Terço das Rosas em homenagem a

sua padroeira

No último dia 11, as 19 ho-ras, a capela Nossa Senhora Aparecida do Sertão do Sertão do Ingá apresentou mais uma edição do Terço da Rosas em homenagem a sua padroeira. Confeccionado em material

sustentável e reciclável (bam-bu), ela possui formato de uma conta de terço apoiada ao chão onde também possui uma cruz. Disposta ao cen-tro da capela ela circunda a imagem oficial da padroeira de forma que todos possam participar desta demonstração diferenciada de fé. As partes que representam as

contas são abertas e voltadas para cima para colocação das rosas conforme se recita cada trecho da oração. Diferente dos anos anteriores, desta vez

o pai nosso foi simbolizado pe-las rosas vermelhas e as ave--marias pelas brancas. A novidade foi trazida a co-

munidade pelo morador Hen-rique Ennes Virgilio, 72, onde todos aprovaram a novidade. Seu Henrique, como cari-nhosamente é conhecido, foi quem produziu a peça para que o evento pudesse ser re-alizado. Moradores de outros bairros participaram do terço ajudando a difundir esta bri-lhante idéia. A comunidade, antecipada-

mente, convida a todos para a próxima edição do Terço das Rosas que acontecerá no pró-ximo mês de outubro, no últi-mo dia da novena na capela que leva o nome da Padroeira do Brasil.

No último dia 11, o colégio es-tadual Áurea Moreira Rachou, do bairro do Sertão da Quina, apresentou a 1ª Feira das Pro-fissões à comunidade. Com o slogan “o futuro é feito de es-colhas, faça a sua e transforme--o em realidades” centenas de visitantes puderam apreciar as opções apresentadas. Dentro do Programa Escola da Família o evento aconteceu das nove as 15 horas e foi considerado promissor pelos visitantes. Segundo os organizadores, o

objetivo foi divulgar as opor-tunidades de aperfeiçoamento

profissional oferecidos pelos cursos Técnicos e Faculdades da Região. Promover a intera-ção entre alunos e instituições educacionais para que a comu-nidade escolar tenha opções para sua inserção no mercado de trabalho, também fomen-tar o diálogo com estudantes do Ensino Fundamental e En-sino Médio nos diversos cam-pos profissionais, para que os jovens consigam uma melhor escolha profissional. Foram palestras, stands, dan-

ça, desfile das profissões, artes e oficinas que mostrou temas

O Mini tour Rock Escola é uma iniciativa da banda de Rock Engrennagem da cidade de Ubatuba, São Paulo. O Pro-jeto consiste em uma pequena apresentação no intervalo das aulas (recreio), onde o grupo toca quatro canções autorais, sendo elas Primeiro Olhar, Quero Dizer, A Corja e Rolê e falam rapidamente sobre a importância do Rock Nacional. O Engrennagem é uma ban-

da adepta a poesia do Rock em si e cada integrante defen-dem em suas vidas pessoais o lema “diga não as drogas”,

como tecnologia, sustentabili-dade, educação, astronomia, veterinária, DNA, enfermagem, observação de aves e seguran-ça pública. Ao final os agra-decimentos e o encerramento com a festa as crianças. O evento agradou os visitan-

tes e principalmente as crian-ças e jovens que puderam aproximar melhor das pro-fissões existentes na região. Os organizadores do evento agradecem os parceiros e vo-luntários pelo sucesso do dia e já planejam uma próxima feira com mais atrativos.

por isso também fazem uma rápida conscientização ao NÃO uso de drogas.Na terça dia 29 de abril, a

Escola Auera Moreira Rachou recebeu o Mini Tour Rock Es-cola, que já passou por quatro escolas da cidade de Ubatuba, e foi sucesso absoluto, 100% de aceitação dos alunos, satis-fação total da direção, coorde-nação e Staff de professores. Novas escolas já estão agen-dadas para o mês de Maio!O projeto é inteiramente

custeado pelo Engrennagem, equipamentos pessoais, ro-

Projeto Mini Tour Rock Escola Engrennagem

adie, fotógrafo, transporte e todo material promocional usado nas apresentações são de responsabilidade da banda. As escolas não tem custo al-gum e nenhum horário de aula é afetado, pois as apresenta-ções são feitas somente no horário do intervalo (recreio). É uma logística de médio

porte para um pocket show de apenas 10 minutos, mas tem sido uma experiência única, pois ver os sorrisos nos rostos dos alunos é um combustível imenso e uma alegria acima das palavras, afirma a banda.

Foto: Bruno vieira

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Novembro 2014 Jornal MARANDUBA News Página 5

INCRA, polícia federal e ambiental notificam quilombolas irregulares na CaçandocaNo último dia 16, uma força

tarefa constituída pela polí-cia federal, policia ambiental e INCRA estiveram no quilombo Caçandoca para notificar os qui-lombolas que vem desrespei-tando as decisões tomadas em conjunto entre as autoridades e a associação que representa o território. Tais medidas já ha-viam sido anunciadas para que o desrespeito com a comunida-de, colaboradores, associação e autoridades tivesse fim, porém alguns quilombolas continua-ram a descumprir o combinado. Caso não haja resultado espe-

rado com a notificação as auto-ridades afirmam que tomarão medidas mais enérgicas. Todo trabalho visa atender o ideal de ocupação do território, já que a grande maioria vem cumprindo

há tempos o acordo e entendeu a necessidade desta organiza-ção a bem da coletividade. A polícia federal ainda busca

os quilombolas não encontra-dos neste dia a serem notifica-dos para que possam cumprir o acordo firmado entre todos. Os quilombolas organizados,

os que cumprem as determina-ções legais, perceberam que o grupo gestor vem realizando um bom trabalho e tem feito muito pra que a comunidade caminhe rumo aos seus objetivos. As ações têm sido temas das

audiências com o Ministério Pú-blico Federal, INCRA, prefeitura e demais órgãos, principalmen-te os ambientais. É do conhe-cimento de todos que se con-tinuarem as irregularidades o processo de licenciamento jun-

to a CETESB não será resolvido, assim a comunidade perderá o projeto de casas quilombolas do governo federal, principalmente os que estarão na lista de prio-ridades, como os doentes e ido-sos, por exemplo.

Ouvidoria Agrária e Assistentes Sociais

Já é possível contar com os trabalhos da ouvidoria agrária e assistentes sociais responsáveis por buscar profissionais das di-versas áreas no que for neces-sário do cumprimento das me-tas estabelecidas em acordos comuns. A primeira sugestão é capacitar os quilombolas para o concurso público municipal de Ubatuba. Para os moradores que vem cumprindo o acordo regularmente acabou a sensa-ção de bagunça, de que tudo

poderia ser feito no território. Acabar com a idéia que o

quilombo ainda é a casa da “mãe Joana” parece estar com os dias contados. Quem comemora são

as pessoas que lutaram desde o começo para que o lugar ti-vesse uma regra apropriada ao desenvolvimento sustentável e harmônico entre todos.

Ministério Público Federal encaminha Carta dos Povos Tradicionais do SudestePor email, a Drª. Maria Re-

zende Capucci, Procurada da República no Município de Caraguatatuba/SP, encaminhou a várias entidades a “Carta dos Povos e Comunidades Tradicio-nais do Sudeste” tratadas no Fórum das Comunidades Tradi-cionais que fala especificamen-te de questões relacionadas aos quilombolas e caiçaras do Lito-ral Norte de São Paulo. Segundo o documento ela faz

parte da Carta de Vitória (ES) que reuniu representantes dos povos tradicionais brasileiros, evento este realizado entre os dias 16 a 18 de setembro deste ano. A PROMATA tem contribuído

nestas discussões com o repre-sentante de Ubatuba na Comis-são Nacional Caiçara (CNC). Por ocasião do Encontro Regional Sudeste de Povos e Comuni-dades Tradicionais, organiza-do pela Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tra-

dicionais - CNPCT, compare-ceu ao evento lideranças dos povos indígenas, comunidades quilombolas, povos e comu-nidades de terreiro, caiçaras, pescadores(as) artesanais, ge-raizeiros, ciganos, pomeranos, caatingueiros, fundo e fecho de pasto, faxinalenses, extrativis-tas, vazanteiros, apanhadores de flores sempre-vivas, veredei-ros, raizeiras, caboclos, repre-sentações governamentais da CNPCT, além de convidados de núcleos de pesquisa e órgãos estaduais, com o objetivo de avaliar e aprimorar a implemen-tação da plano nacional, com ênfase ao acesso aos territórios e regularização fundiária, além de avaliar a atuação e o funcio-namento da CNPCT, inclusive sua conformação atual. Ubatuba ganhou força quan-

do foi inserida na Coordenação Nacional Caiçara, resultado de uma articulação das comunida-des caiçaras para unir forças em busca da conquista de seus di-

reitos e reforçar sua identidade e cultura. Estiveram presente na coor-

denação nacional representan-tes caiçaras das localidades do Sono, Pouso da Cajaíba, São Gonçalo, Tarituba e Trindade, do município de Paraty, RJ; Ubatumirim de Ubatuba, Por-tinho de Ilhabela; Ilha do Car-doso, Grajaúna, Ariri, São Paulo Bagre, em Cananéia; Barra do Ribeira, Vila Nova, Rio Verde, Grajauna e Cachoeira do Gui-lherme de Iguape; Guaraú, Bar-ra do Una e Parnapuã da cida-de de Peruíbe, SP, e do Paraná compareceram caiçaras de Gua-raqueçaba. É uma carta que possui seis

páginas e é repleta de solicita-ções, encaminhamentos e con-siderações que trata do mundo real da vida e morte de um povo singular. O documento não tra-balha detalhes supérfluos, midi-áticos, oportunistas de uma cul-tura infectada por informações quaisquer.

Ela trabalha a cultura, as tradi-ções e o futuro de milhares de formadores do processo civiliza-tório nacional em todo país. Eles exigem, por exemplo, o imedia-to reconhecimento e regulariza-ção fundiária dos territórios de povos e comunidades tradicio-nais, espaço para continuidade das suas culturas, minimização das varias formas de opressão, o direito real de usarem os terri-tórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ances-tral e econômica, a não criação de mais Unidades de Conserva-ção terrestre e aquáticas sobre territórios tradicionais, revisões de limites e recategorização das

UCs sobrepostas aos territórios historicamente ocupados, pro-moção de ações de recuperação ambiental de áreas degradadas dos territórios homologados e titularizados em favor dos PCTs para reocupação e uso dos mol-des tradicionais, que processos criminais movidos contra PCTs sejam transferidos para a esfera administrativa dos órgãos am-bientais, evitando que os mes-mos sejam judicializados, assim como tantas outras reivindica-ções possíveis.

A carta completa poderá ser acessada no face da PROMATA e nos seguintes endereços:http://www.preservareresistir.org

“O povo que planta e pesca,Canta, dança, faz festa, no seu pedaço de chão

Abastece a sua mesa,Agradece a natureza em qualquer religião.

Seu lugar seu oratório,Tirar o seu território é calar a tradição.”

Luis Perequê-caiçara

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Página 6 Jornal MARANDUBA News Novembro 2014

Multa chega a R$ 1 milhão para quem não fizer o Cadastro Ambiental Rural

Sala Verde e Terra de Guaimumrealizam palestras e limpeza de rio

O Sindicato de Trabalhado-ras e Trabalhadores Rurais de Ubatuba vem trabalhando junto aos proprietários e pos-seiros de áreas rurais infor-mando da importância de se realizar o Cadastro Ambiental Rural-CAR. Com prazo de vencimento

até março de 2015, o cadastro será obrigatório para as va-rias atividades como licencia-mentos, operações de crédito, seguro agrícola, serviços e outras obrigações, evita autu-ação por infração administrati-va ou crime ambiental e pode até gerar isenção de impostos em projetos de recuperação ambiental. Atendendo o novo Código

Florestal, aprovado em 2012, o Cadastro Ambiental Rural é um procedimento obrigatório, trata-se de um instrumen-to fundamental para auxiliar no processo de regularização

ambiental de propriedades e posses rurais. Consiste no le-vantamento de informações georreferenciadas do imóvel, com delimitação das Áreas de Proteção Permanente (APP), Reserva Legal (RL), remanes-centes de vegetação nativa, área rural consolidada, áreas de interesse social e de utili-dade pública, com o objetivo de traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para diagnóstico ambiental. Ferramenta importante tam-

bém para auxiliar no plane-jamento do imóvel rural e na recuperação de áreas de-gradadas, o CAR fomenta a formação de corredores eco-lógicos e a conservação dos demais recursos naturais, contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental, sen-do atualmente utilizado pelos governos estaduais e federal.

As propriedades em áreas ur-banas também podem realizar o CAR, desde que provem ser de uso rural. O STTR há um ano pelo me-

nos vem se capacitando para atender seus sócios contri-buintes através da Federação dos Trabalhadores na Agricul-tura Familiar do Estado de São Paulo – Fetaesp. O interessado deve agendar o cadastro atra-vés de telefone 12- 997273793 com Tadeu, pelo email [email protected] - ou pessoalmente no centro de Ubatuba na Casa da Agricultu-ra (CATI), Praça Theodorico de Oliveira, 38, Ilha dos Pescado-res, das 14 às 17 horas.Os custos do CAR aos sócios

do STTR será em média de um salário mínimo e só poderão ser realizados apenas dois ca-dastros por dia, portanto ante-cipe e agende agora mesmo o CAR para a sua propriedade.

No último dia 29, a parceria Sala Verde e Terra de Guai-mum realizou o mutirão de limpeza do rio e em seguida uma palestra de informa-ções para a comunidade da Caçandoca. O trabalho é parte de uma parceria de educação ambiental e conscientização dos usos dos recursos natu-rais. O projeto vem desde 2013

com um intenso esforço junto aos moradores do quilombo sobre a importância de valori-zar e focar o olhar mais aten-to ao equilíbrio do ambiente natural, com enfoque prin-cipalmente no problema de poluição dos rios, já que estas belezas são atrativos princi-pais que garantem o ganha pão daquela comunidade. Para os organizadores do

trabalho, os moradores já perceberam a necessidade de mudar alguns hábitos imedia-tamente. Alguns quilombolas já se

destacam como lideranças do movimento, estas procuram contribuir de forma mais efe-tiva para que as ações possam alcançar êxito em seus obje-tivos. Uma das organizadores do

trabalho, Marlene Giraud, co-menta que quer ver seus ne-tos e os de outros membros da comunidade poder desfru-tar de rios limpos como era em sua infância, muito limpo. A parceria conta com a edu-

cadora ambiental Vânia Carro-zzo, da Sala Verde Ubatuba, das parcerias das Associa-ções de Moradores e apoio das Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Educação e Administração Regional Sul, que promove campanhas de conscientização sobre a ne-cessidade de preservação ambiental em Ubatuba, vi-sando a sustentabilidade do turismo ecológico para o bem estar e qualidade de vida dos moradores.

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Novembro 2014 Jornal MARANDUBA News Página 7

Navio da National Geographic volta a Ilha Anchieta Fotos: Robson Ennes Virgílio/PROMATA

EMILIO CAMPINo último dia 19, o Parque

Estadual da Ilha Anchieta re-cebeu o navio de passageiros e expedições National Geogra-phic. Aportado na Baía da Praia do Presídio pela segunda vez com cem passageiros e 97 tri-pulantes a bordo. O navio que partiu de Salvador, no último dia 12, com destino a Buenos Aires, na Argentina, passou por Ilhéus, Abrolhos, Rio de Janeiro, Parati/Ilha Anchieta, Rio Grande do Sul e Montevi-déu no Uruguai. Segundo a assessoria de im-

prensa da Nat Geo o roteiro faz parte do pacote América do Sul, que tem duração de 18 dias. Seus visitantes foram mais uma vez recepcionados pelo Gestor da Ilha, Luiz Bitet-ti, que deu as boas vindas aos passageiros, pelos funcionários do parque, pelos Filhos da Ilha e pela empresa responsável pelos intérpretes e condução dos visitantes aos pontos de interesse. A maioria dos turistas do

navio é dos Estados Unidos. Porém, há também passagei-ros israelenses, gregos, es-panhóis, suecos, canadenses, dinamarqueses, venezuelanos, dinamarqueses, poloneses, holandeses, irlandeses e sete brasileiros. Quem desceu na ilha ficou encantado com as belezas naturais, as ruínas do presídio e com a história do le-vante contada pelos filhos da ilha. A faixa etária dos turistas varia de 17 a 86 anos. A bordo a equipe brasileira

trocou gentilezas e presentes, o gestor entrega vasto mate-rial da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo, porém o fato que quebrou o gelo desta vez foi a bola oficial da copa do mundo 2014 entre-

gue por Vatinho da associação Filhos da Ilha. Os visitantes não deixaram

de notar no peito do capitão do navio, o alemão Oliver Kruss, o boton de campeão da copa do mundo de futebol realizado este ano no Brasil. Como bom anfitrião ele fez questão de ti-rar uma foto ao lado de Bitetti com a camisa que mostra as quatro conquistas da Alema-nha em mundiais, inclusive esta última no Brasil. A tripulação muito simpática

ofereceu um café e mostrou mais uma vez o navio aos vi-sitantes. Na ponte de coman-do os convidados puderam observar os mais diversos e modernos equipamentos de navegação que orienta este gigante de 112 metros, 81 cabines e dezenas de equipa-mentos para expedição, tanto terrestre quanto aquática. Aos brasileiros a bordo o capitão explicou que “o diferencial desta embarcação é que a via-gem é uma expedição, na qual se permite aos passageiros vi-venciar lugares que a National

Geographic costuma cobrir em suas reportagens, filmes e do-cumentários. Na viagem, não existem lu-

xos como piscina e cassinos, os mergulhos são no mar e, nas horas vagas, há palestras e aulas sobre a diversidade do itinerário, fala ainda da beleza que é a Ilha Anchieta e que vê boas mudanças, como a limpe-za, por exemplo, do ano ante-rior para cá. O capitão informa que prova-

velmente para a próxima tem-porada, além deste navio de passageiros, já estão previstas outras três paradas turísticas de navios de passageiros no Brasil. No início de janeiro, deve passar o navio Sovereign; em fevereiro, o Zenith; e, em março, novamente o Sove-reign. Essas três viagens são ope-

radas pela Pullmantur no Bra-sil. Na despedida o gestor da Ilha se despede, deseja uma boa viagem e estende o con-vite para uma próxima visita ao Parque Estadual da Ilha An-chieta.

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Página 8 Jornal MARANDUBA News Novembro 2014

Explosão de fé e cultura no dia de Nossa Senhora Aparecida no quilomboFotos Aguinaldo José/Ezequiel dos Santos-PROMATA

EZEQUIEL DOS SANTOSNo último dia 12, no

quilombo da Caçandoca, foi realizado mais uma edição da celebração inculturada, tam-bém conhecida como Missa Afro. Independente de como é chamado, desta vez, o evento bateu recorde de público e crí-tica. Neste dia comemorou-se a padroeira do lugar – Nossa Senhora de Aparecida, tam-bém o dia das crianças. Cerca de 600 pessoas participaram da celebração a beira mar. Os turistas participaram em

maior número em relação a edição anterior. Os que que-riam participar da missa bus-cavam entre seus pertences uma saia, shorts, canga, blusa em sinal de respeito ao evento e a comunidade. As outras comunidades da

região também deram o ar da graça colaborando efetiva-mente com o evento. O som afrobrasileiro, que além dos instrumentos de corda (violão, viola e cavaquinho), acom-panhado pelos tambores e berimbaus chegou a arrepiar muita gente. Os temas dos cânticos e a

vontade do povo cantar neste

território quilombola juntou--se as belas palavras do padre Daniel de Santo Inácio que assim ajudou a despertar a brasilidade e a fé original dos participantes. As pessoas se reuniram em

um só coro e dança, numa ver-dadeira explosão de alegria, fé e cultura. O celebrante lem-brou os sofrimentos dos povos escravos, pediu uma oração pela unidade desta gente para que “o demônio não mais ha-bite este lugar”, fala o padre. Pediu ainda, de modo espe-cial, que todos lembrassem com muito carinho dos afro-descententes que pereceram nesta terra, que lutaram com sua vida e por conta disso en-contram-se junto ao pai. Neste momento o silencio

pairou pelo lugar, muita gente se emocionou com estas pa-lavras. Sobre a mãe de Deus, padroeira daquela comuni-dade, o padre fala muito de sua graça, da formosura de ser mãe, do calor humano das mulheres e mães.

Em seguida contou que mes-mo neste dias ainda pede o colo de sua mãe. Fala ainda da importância das mulheres que são respeitadas e respeitosas, que não se deixam levar como objeto, como moeda de troca.

Novamente a velha amen-doeira próxima da capela foi testemunha de um belo e agradável evento, suas som-bras foram essenciais para acalmar o calor humano e cristão que estava sob suas

folhas e galhos, tudo para que a celebração corresse com o mais agradável clima de paz e amor possíveis. Neste acon-tecimento chegaram duas padroeiras: uma pelo mar e outra por terra.

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Arte, cultura, cinema e vídeo encerram as festividades do dia

A festa na realidade estava apenas esquentando, o grupo Maracatu Itaomi, de Ubatuba, realizou uma bela apresen-tação após a missa. Os sons de seus tambores ecoaram em todo território quilombola buscando os que não haviam ainda chegado à praia. O grupo saiu de frente da

capela e parecia que não te-ria hora pra acabar. Mesmo os mais tímidos arrepiaram em aflorar, por conta do batuque, o DNA de ser brasileiro. Foram centenas de pessoas

dançando e colocando sua real alegria na roda, era de fato uma grande festa. Para esquentar ainda mais o

evento, o grupo Aback Atitude da associação Bloco do Beco, da zona sul da capital também soltou o som na roda do ba-tuque. Ninguém queria sair do contexto.Logo após a roda de capo-

eira tomou conta do lugar, enquanto os capoeiristas mos-travam suas habilidades, seu ritmo, o público, mesmo sem perceber, se torcia e contorcia na tentativa de repetir os mo-vimentos dos atletas. Berimbau, atabaque, pan-

deiro, agogô, caxixi e vaqueta numa perfeita sinfonia musi-cal e cultural de toda uma es-trutura identidaria do sangue brasileiro com raízes africanas

Há pelo menos uma semana antes, moradores se organi-zaram para ajudar no evento. Do bairro da Lagoinha parti-ram dois motoclubes. No dia 8 padre Daniel solicitou aos paroquianos que todos fos-sem ao quilombo neste dia com seus veículos, o pedido foi atendido. Enquanto uma padroeira se

preparava numa embarcação chegava em meios aos fogue-tórios a outra imagem trazida pelos motoclubes, acompa-nhada da carreata, ao territó-rio quilombola. Foi um grande encontro de comunidades. O padre disse a todos que

irá onde o povo está e que pretende realizar as missas no quilombo nos terceiros

apresentadas pelo grupo de capoeira Berimbau Mundo. Também o grupo de cinema

e vídeo Coletivo Grua apre-sentou um vídeo de seu tra-balho relacionado com os qui-lombolas. Eles captaram belas imagens e vídeos do evento do dia para realização de um trabalho de grandeza nacional em vídeo, onde terá destaque o quilombo Caçandoca. O quilombo neste dia abriu

os braços e as portas aos visi-tantes e convidados que parti-ciparam desta grande roda de fé e cultura, aguardando que no ano que vem cada visitan-te possa trazer mais um amigo pra esta grande festa.

Motorromaria e carreata acompanharam o evento

domingos de cada mês, que esta é uma festa da diversi-dade cultural, da beleza desta mistura, onde todos podem se sentar juntos pra comun-gar a eucaristia. Em seguida o padre reúne as crianças para uma oração a todos, também um justo agradecimento aos motorromeiros que deram maior brilho a celebração. Ao final uma grande quei-

ma de fogos simbolizando a descoberta no Rio Paraíba ao meio dia da Santa Negra que depois virou a Padroeira do Brasil.

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Página 10 Jornal MARANDUBA News Novembro 2014

Diocese de Caraguatatuba inaugura o Marco da Paz em UbatubaDIOCESE CARAGUATATUBAA iniciativa contou com o

apoio da Prefeitura Municipal de Ubatuba e uma parceria da Comtur e empresários lo-cais que acolheram a ideia apresentada pelo “Caminhan-do com Anchieta”, projeto de animação devocional ao Santo canonizado em 3 de abril des-te ano.A solenidade ocorreu dentro

da programação de aniversá-rio de Ubatuba, com a celebra-ção da Missa na igreja Exalta-ção da Santa Cruz. Presidida a santa Eucaristia Dom José Carlos Chacorowski, bispo dio-cesano de Caraguatatuba com

a presença de todo o clero da cidade. Dentro ainda da ceri-mônia litúrgica, aconteceu a solenidade de inauguração do Marco da Paz e da nova ima-gem de São José de Anchieta, marco turístico na praia do Cruzeiro.

Caminhandocom Anchieta

Este projeto, coordena-do pelo Pe. André Ouriques, de Caraguatatuba, começou em 9 de junho, dia de São José de Anchieta, na Cate-dral Divino Espírito Santo, em Caraguatatuba, com a pere-grinação da imagem e bandei-ra, criada para o evento. Os

ícones passaram por todas as 17 paróquias da cidade, em peregrinação, visitando tam-bém comunidades afastadas e instituições como asilos.No próximo ano, o “Cami-

nhando com Anchieta” deve assumir o formato de pere-grinação religiosa, a exemplo dos “Passos de Anchieta”, que acontece no Estado do Espíri-to Santo ligando as cidades de Vitória e Anchieta. O objetivo desta motivação em 2014 é justamente apresentar o pro-jeto de incentivo ao turismo religioso no Litoral Norte a partir de um Santo que pas-sou pelas praias e faz parte da história do Brasil.

A História doMarco da Paz

O criador do Marco da Paz, Gaetano Brancati Luigi, italia-no radicado no Brasil, ainda se emociona com o reconhe-cimento das pessoas por seu monumento, em formato de arco feito em concreto, que abriga um sino e uma pomba da paz pousada sobre ele. A obra, replicada em várias loca-lidades, lembra a todos sobre a necessidade da manutenção da paz e a promessa de um mundo melhor para as novas gerações.O sonho vinha sendo alimen-

tado desde a infância difícil de Luigi, vivida em meio à Se-gunda Guerra Mundial (1939 – 1945), quando viu de perto a fome e todas as formas de ameaças.Após algumas idas e vindas

ao Brasil, em seu retorno de-finitivo ao país, Luigi sentiu falta das badaladas do sino da Igreja do Beato José de Anchieta, no Pátio do Colé-gio, em São Paulo, e resolveu questionar o padre José Fer-nandes, então responsável pela paróquia. Ele lhe contou

que o sino havia sido roubado há mais de 15 anos. O italia-no procurou então a parceria da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) – na época, presidida por Alencar Burti – e da Fundição de Sinos Crespi, conseguindo, em apenas 20 dias, que um novo sino fosse instalado na igreja. No momento em que a peça

era colocada, o reflexo do sol que bateu no sino fez surgir para Luigi aquilo que ele ide-alizou a vida inteira. Surgiu--lhe a imagem do que seria o Marco da Paz, com todos os seus símbolos e significados. A

pomba, representando a anun-ciação; o sino, a música da paz dos anjos; o arco, a vida; e os continentes, a fraternidade en-tre os povos. Luigi desenhou em um papel essa imagem e o amigo Pedro Mascagni Blondi fez a planta para a construção do monumento.O Pátio do Colégio inaugurou

o primeiro Marco da Paz no dia 25 de dezembro de 2000. Atualmente, o marco da Paz está em algumas cidade como Bertioga e Aparecida, junto à Basílica Nacional, e alguns pa-íses como México, Argentina, Itália, Uruguai e China.

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Novembro 2014 Jornal MARANDUBA News Página 11

Competidor da região pontua no 9° Circuito OAB-CAASP de Surf

Araribá conquista continuidade do ensino fundamental

na escola do bairro

Representando a OAB de Ubatuba, o morador da Maranduba, Robson Ennes Virgilio, pontuou na prova que compõe o 9° Circuito OAB-CA-ASP de Surfe 2014. O evento foi realizado na Praia do Tom-bo, Guarujá, no último dia 4 de outubro. Para aumentar o desafio, ven-tos fortes exigiram um melhor preparo técnico dos competi-dores, o que não tirou o bri-lho da competição. Daniks Fischer, 42 anos, sagrou-se campeão nas categorias lon-gboard e shortboard. Fischer possui 30 anos de experiência e um vasto currículo e títulos no surfe. “A CAASP está de parabéns por dar essa noto-riedade para o surfe no meio da advocacia”, salientou Fis-cher. Na modalidade stand uppadd-le, disputada neste ano, pela segunda vez, o vencedor foi André Paiva, que participa do circuito brasileiro de stand up - modalidade race. “As con-dições do mar estavam boas, mas o vento “maral”, ou seja, aquele que vem do mar para

a terra, quebra a onda e a fe-cha. Isso aumenta o desafio dos surfistas, que têm que escolher 10 ondas em 15 mi-nutos para pontuar”, explicou o presidente da Associação de Surfe do Guarujá, Paulo Sérgio Gonçalves, que compartilha com a CAASP a organização do evento. Entre os critérios de classificação estão quesitos como estilo, fluidez, radicalis-mo, velocidade e outros. A exemplo do ano anterior, a etapa Guarujá do Circuito OAB/CAASP de Surfe contou com a categoria stand uppa-ddle, praticada em pé na prancha e com o uso de remo. Célio Luiz Bitencourt, respon-sável pelo Departamento de Esportes e Lazer da entida-de, aproveitou a ocasião para anunciar novidades no circuito de surfe: para o ano que vem, data em que o torneio com-pletará 10 anos de atividade, “iremos expandi-lo para mais etapas, porque é de incentivo que o esporte precisa”, afir-mou o dirigente. Prestigiaram o 9° Circuito OAB-CAASP de Surfe 2014 o

secretário-geral adjunto da Caixa de Assistência, Rodrigo Ferreira de Souza de Figuei-redo Lyra, e a vice-presidente da Subseção do Guarujá da OAB-SP, Rosemary Oggiano.9º CIRCUITO OAB-CAASP DE SURFE 2014 - GUARUJÁShortboard1º Lugar – Daniks Fischer (São Vicente)2º Lugar – Douglas Lima (Guarujá)3º Lugar – Maurício Duarte (Santos)4º Lugar – Eugenio Cichowitz (Guarujá)5º Lugar – Robson Ennes Vir-gilio (Ubatuba)Longboard1º Lugar – Daniks Fischer (São Vicente)2º Lugar – Fabiano Malavasi (Santos)3º Lugar – Fábio da Costa (Santos)Stand-upPaddle1º Lugar – André Paiva (São Vicente)2º Lugar – Sérgio Carvalho (São Paulo)3º Lugar – Fábio da Costa (Santos)

No último dia 14, uma gran-de roda de pais, moradores, prefeitura, convidados e ob-servadores se formou na es-cola Tiana Luiza, no bairro do Araribá, para discutir o futuro do ensino fundamental daque-la unidade escolar. Cerca de 90 pessoas (Vila

Santana, Araribá e Sertão da Quina) participaram da reu-nião por conta das conversas de que a secretaria de educa-ção do município iria transferir o ensino fundamental para o Sertão da Quina sem a consul-ta popular aos moradores do bairro, conta uma manifestan-te. Foram vários ‘’disse-me--disse’’ e até abaixo-assinados contra e a favor da mudança, tamanha falta de comunica-ção entre as pessoas e a pre-feitura. A discussão tomou dimen-

são nacional pelas redes so-ciais e vários foram os apoios para manutenção do ensino fundamental onde ela já está instalada. Os ânimos estavam a flor da pele e todos queriam saber da secretaria os motivos reais dessa mudança, que não havia ficado claro a comunida-de. Moradores reclamam que o Araribá sempre é deixado por último nos investimentos e que seus moradores encontram-se cansados de verem tirar tais benfeitorias do lugar, sem ao menos uma consulta formal. A secretaria da educação afir-

mava todo o tempo que a in-tenção da educação municipal era de não fechar escola ne-nhuma, falou de benfeitorias como quadra e creches para o lugar, porém a comunidade insistiu que a secretaria en-tão afirmasse sua fala em ata, que os projetos se somariam

e nada seria tirado do bairro. Foram os mais variados temas sobre as possíveis mudanças na escola, o motivo principal era o índice do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) abaixo da média na-quela escola. A comunidade na defensiva

perguntou o que seria neces-sário para melhorá-lo sem a mudança do ensino fundamen-tal para outro lugar. Também questionou sobre a possibili-dade real dela (a comunidade) eleger o diretor, o vice e até os professores da escola. A pre-feitura comentou também que havia um projeto já formatado a ser apresentado. A comunidade reiterou que

não havia necessidade por que já haviam protocolado dentro do prazo legal um projeto de integração escola-comunidade que expressava a vontade e a decisão dos pais de alunos e moradores fixos da localidade e que aceitariam o projeto da prefeitura como complementa-ção do Projeto Araribá. No dia 21 mais uma rodada

de discussões elevou o nível do debate realizado em torno da polemica do futuro educacional da comunidade, lá foram apre-sentadas a todos a proposta da comunidade e o temor dos pais e moradores foi enfim eli-minado quando ficou claro que o ensino fundamental não irá sair da escola Tiana Luiza. As mulheres da comunidade

se reúnem para tratar do tema num encontro chamado Roda de Mães, que acontecem as terças-feiras as 18 horas e to-dos estão convidados a acres-centar suas opiniões sobre as melhorias pretendidas aos alu-nos, a escola e a comunidade.

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Página 12 Jornal MARANDUBA News Novembro 2014

EZEQUIEL DOS SANTOSO INCRA, representantes da

associação quilombola (grupo gestor) e a Comtur haviam discutido a possibilidade de implantar para esta tempo-rada (2014-2015) a cobran-ça de Zona Azul na Praia da Caçandoca. A ação dependeria da cria-

ção de um decreto do prefei-to municipal para a cobran-ça e concurso público para contratação de agentes para trabalhar no local. Metade da arrecadação (cerca de 500 veículos/dia na temporada e

Comunidade desiste (por enquanto) de cobrança Zona Azul na Caçandocaferiados) seria revertida em benfeitorias à comunidade. Na assembléia do último dia

2 de novembro, moradores apresentaram mais duvidas que esclarecimentos de como vai funcionar o sistema. Foram vários os questiona-

mentos e a decisão de não implantar por enquanto o sistema de zona azul até que as duvidas sejam elucidadas, como por exemplo, como funciona a planilha de ação, custos e arrecadação, como será tratada a situação dos veículos com placas de ou-

tras cidades de quilombolas, já que sem energia elétrica na maioria das casas não da-ria para apresentar um com-provante de residência do quilombo, entre outras.A associação discute tam-

bém o andamento do Termo de Ajustamento de Conduta – TAC, que trata do funcio-namento das atividades eco-nômicas no local para este verão. Segundo o grupo, o TAC é

uma ferramenta de suma im-portância e interesse total da comunidade e que se não for

realizado, não será emitido um alvará de funcionamen-to provisório que manterá os quiosques fechados e parte da comunidade sem trabalho neste verão.A prefeitura encontra-se

na mira do Ministério Públi-co em relação aos comércios nas praias do município e a Caçandoca não ficará de fora desta ação, comenta um dos membros do grupo gestor. Os termos do TAC mais ur-

gentes trata-se de banheiros, saneamento, lixo, construção próximo ao mangue, entre

outras medidas. Uma reunião na prefeitura definirá o anda-mento do termo. Segundo os organizadores da conversa, a idéia é resolver tudo de forma rápida e tranquila para que a comunidade possa trabalhar em paz ainda esta tempora-da. O grupo gestor sabe que é

uma responsabilidade que a comunidade terá que assumir e que nem todos os empreen-dedores comunitários sairão satisfeitos, porém há que se pensar que o coletivo está em primeiro lugar, comenta.

CMUAprovados pelos vereado-

res, o projeto de lei do Exe-cutivo que dispõe sobre re-serva de vagas para negros, índios e quilombolas para cargos efetivos e empregos públicos em Ubatuba, apre-senta um total de 162 vagas ou 20 % das 840 disponíveis no próximo concurso públi-co. O projeto de lei acom-panha a lei federal que trata do mesmo assunto aprovada em março deste ano pelo Congresso Nacional.Pelo texto do projeto de lei

nº 26/2014 do Executivo, “na nomeação para cargos de provimento em comissão e nos editais de concursos e seleções públicas para pre-encher cargos efetivos e de empregos públicos, todos os órgãos e entidades da Ad-ministração Direta e Indire-ta deverão observar o limite mínimo de 20 % das vagas para negros, índios e quilom-bolas”. A lei aplica-se também

para contratações de esta-giários. Tal reserva de 20 % será disponibilizada sempre que o número de cargos ou empregos públicos ofere-cidos for igual ou superior a três. Os interessados po-derão realizar as inscrições pela internet de 17 horas do dia 24 de outubro até às 23h59min do dia 20 de no-

Concurso público da prefeitura reservará 162 vagas para

negros, índios e quilombolasvembro de 2014, pelo site http://www.idecan.org.br/concursos/186/1.pdf .Conselho quilombolaNa mesma sessão, Pelo

projeto de lei nº 27/14, foi aprovada também a criação de um Conselho Municipal das Comunidades Quilombo-las. O Município conta com quatro quilombos remanes-centes do período colonial, reconhecidos pela Funda-ção Palmares e Ministério da Cultura, reunindo cerca de 1.500 membros. O objetivo é “promover a

participação organizada da comunidade quilombola no processo de discussão e de-finição e elaboração de pla-nos, programas e projetos das políticas públicas não discriminatórias, voltadas para a afirmação dos direitos de seus membros”. Há 18 in-cisos definindo ações. Participariam do Conselho

um representante da Saúde, um da Educação, um da se-cretaria de Esporte e Lazer, outro da Agricultura, um da Cidadania e Desenvolvimen-to Social e um representante da OAB. Por emenda propos-ta pelo vereador pastor Clau-dinei, ao invés de um repre-sentante de cada quilombos, colocam-se dois, num total de oito membros além da inclusão da Fundart já que quilombo também é cultura.

A escola municipal Nativa Fernandes de Faria ultrapas-sou a estimativa do governo federal na tabela de metas do IDEB projetada até 2021 para as 4ªs séries/5ºs anos. O ín-dice previsto para 2015 que seria de 5.7 foi ultrapassa este ano por 5.8, que embora sig-nifique numericamente pouca vantagem, indica uma melho-ria significativa nos trabalhos da escola à aprendizagem dos alunos. As outras escolas do municí-

pio não apresentaram, no ge-ral, um bom resultado. A tabe-la mostra que algumas escolas continuam abaixo da meta do governo e que algo precisa ser feito para sua melhoria. O que é o IdebO Índice de Desenvolvimen-

to da Educação Básica (Ideb) foi criado pelo Inep em 2007 e representa a iniciativa pionei-ra de reunir em um só indica-dor dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. Ele agrega ao en-foque pedagógico dos resulta-dos das avaliações em larga

Escola municipal Nativa Fernandes ultrapassa

o IDEB Nacionalescala do Inep a possibilidade de resultados sintéticos, fa-cilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas. O indicador é calcu-lado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb – para as uni-dades da federação e para o país, e a Prova Brasil – para os municípios.Para que serve o IdebCom o Ideb, ampliam-se as

possibilidades de mobiliza-ção da sociedade em favor da educação, uma vez que o índice é comparável nacional-mente e expressa em valores os resultados mais importan-tes da educação: aprendiza-gem e fluxo. O Ideb também é importante por ser condutor de política pública em prol da qualidade da educação. É a ferramenta para acompanha-mento das metas de qualidade do PDE (Plano de Desenvolvi-mento da Educação) para a educação básica. Fonte: http://portal.inep.

gov.br/

ACESSEwww.jornalmaranduba.com.br

ANUNCIE(12) 3832-6688 / 9714-5678

Iniciativa está em andamento e acontece até o próximo dia 20 de dezembro em postos volantes de diferentes bairros da cidadeO Departamento de Vigilância

em Saúde do Centro de Contro-le de Zoonoses da Prefeitura de Ubatuba informa que a Campa-nha de Vacinação Antirrábica já está em andamento e acontece até o próximo dia 20 de dezem-bro em postos volantes de dife-rentes bairros da cidade.Devem tomar a vacina os cães

e gatos a partir dos três meses e as fêmeas lactantes (ama-mentando). Não devem tomar a vacina animais doentes, debi-litados ou em gestação.A equipe da vacinação orienta

que os animais sejam conduzi-dos por adultos aos Postos de Vacinação, com coleira, guia e nos casos de raças ou animais agressivos, com focinheira.Nas praias Flamengo, Fla-

menguinho, Sete Fontes, Bonete e Saco das Bananas a vacinação será agendada com a comunidade.Para obter mais informações

ou tirar dúvidas, entre em contato pelo telefone (0xx12) 3832-6810.

Campanha de Vacinação Antirrábica

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Novembro 2014 Jornal MARANDUBA News Página 13

COMUNICAÇÃO PMUAção pretende sensibilizar go-vernos e cidadãos para bene-fícios de se reduzir riscos de desastres com implementação dos dez passos do programa Cidades ResilientesUbatuba é uma das cidades inscritas na Campanha Mun-dial de Redução de Desastres (2010 / 2015) da Organização das Nações Unidas (ONU). A ação é uma iniciativa da Se-cretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC), do Ministério da Integração Nacional e pre-tende sensibilizar governos e cidadãos para os benefícios de se reduzir os riscos de de-sastres com a implementação dos dez passos do programa Cidades Resilientes.Uma cidade resiliente é aquela que tem a capacidade de re-sistir, absorver e se recuperar de forma eficiente dos efeitos de um desastre e de maneira organizada prevenir que vidas e bens sejam perdidos. Seu principal objetivo é au-mentar o grau de consciência e compromisso em torno das práticas de desenvolvimento sustentável, como forma de diminuir as vulnerabilidades e propiciar o bem estar e segu-rança dos cidadãos. A redução de riscos de desas-tres ajuda na diminuição da pobreza, favorece a geração de empregos e as oportuni-dades comerciais, promove a igualdade social e a cons-

Ubatuba recebe certificado de compromisso da ONU para reduzir risco de desastres

trução de ecossistemas mais equilibrados, e ainda atua nas melhorias das políticas de saú-de e de educação.

Dez passosA campanha propõe uma lis-ta de passos essenciais para construção de cidades resi-lientes que podem ser implan-tados por prefeitos e gestores públicos locais. A lista origina--se das cinco prioridades do Marco de Ação de Hyogo, um instrumento chave para ações de redução de riscos de de-sastres. Alcançando todos, ou mesmo alguns dos dez pas-sos, as cidades passarão a adotar uma postura resiliente.Confira abaixo os dez passos:1. Estabeleça mecanismos de organização e coordenação de ações com base na par-ticipação de comunidades e sociedade civil organizada, por meio, por exemplo, do es-tabelecimento de alianças lo-

cais. Incentive que os diversos segmentos sociais compreen-dam seu papel na construção de cidades mais seguras com vistas à redução de riscos e preparação para situações de desastres. 2. Elabore documentos de orientação para redução do risco de desastres e ofereça incentivos aos moradores de áreas de risco: famílias de baixa renda, comunidades, comércio e setor público, para que invistam na redução dos riscos que enfrentam. 3. Mantenha informação atua-lizada sobre as ameaças e vul-nerabilidades de sua cidade; conduza avaliações de risco e as utilize como base para os planos e processos decisõrios relativos ao desenvolvimento urbano. Garanta que os cida-dãos de sua cidade tenham acesso à informação e aos planos para resiliência, crian-

do espaço para discutir sobre os mesmos. 4. Invista e mantenha uma in-fraestrutura para redução de risco, com enfoque estrutural, como por exemplo, obras de drenagens para evitar inunda-ções; e, conforme necessário invista em ações de adaptação às mudanças climáticas. 5. Avalie a segurança de todas as escolas e postos de saúde de sua cidade, e modernize-os se necessário. 6. Aplique e faça cumprir re-gulamentos sobre construção e princípios para planejamen-to do uso e ocupação do solo. Identifique áreas seguras para os cidadãos de baixa renda e, quando possível, modernize os assentamentos informais. 7. Invista na criação de pro-gramas educativos e de capacitação sobre a redução de riscos de desastres, tanto nas escolas como nas comuni-

dades locais. 8. Proteja os ecossistemas e as zonas naturais para atenu-ar alagamentos, inundações, e outras ameaças às quais sua cidade seja vulnerável. Adap-te-se às mudanças climáticas recorrendo a boas práticas de redução de risco. 9. Instale sistemas de alerta e desenvolva capacitações para gestão de emergências em sua cidade, realizando, com regularidade, simulados para preparação do público em ge-ral, nos quais participem todos os habitantes. 10. Depois de qualquer desas-tre, vele para que as necessi-dades dos sobreviventes sejam atendidas e se concentrem nos esforços de reconstrução. Ga-ranta o apoio necessário à po-pulação afetada e suas organi-zações comunitárias, incluindo a reconstrução de suas residên-cias e seus meios de sustento.

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História da Propaganda II

HAVAIANASA Havaianas surgiu em 1962,

na verdade tentando reproduzir uma sandália japonesa chama-da Zori, que eram feitas com tiras de algum tecido e o sola-do feito em palha de arroz. Isso explica a textura do solado da Havaianas, reproduzem grãos de arroz. Hoje no ano de 2014 a marca comemora 52 anos de trajetória. Tem também umas das campanhas publicitárias mais ricas e de maior sucesso na história do mercado brasilei-ro. Com textos bem humorados e tiradas inteligentes em relação a concorrência sempre trabalha com atores, atrizes, cantores ou esportistas. O fato é que a marca conseguiu

atingir todas as classes sociais. Em Londres um par de Havaia-nas é vendido por 170 euros, algo em torno de R$500,00. As pessoas mais antigas da nossa

BOM BRIL No ano de 1948, o senhor

Roberto Sampaio Ferreira abre sua empresa de palhas de aço Abrasivos Bom Bril LTDA, inspi-rado nas lãs de aço que tinha visto nos Estados Unidos. Com Bom Bril as donas de casa lim-pavam além de panelas, vidros, louças, azulejos, ferragens e até alguns tipos de tecido. Por isso a marca aderiu ao slogan “1001 utilidades”.A marca tem também um his-

tórico muito bem sucedido no mercado publicitário brasileiro. Com campanhas muito bem elaboradas e aceitas. O pro-duto dividia as atenções nas propagandas de TV com o ator Carlos Moreno, aquele simpá-tico homem de sorriso largo e boa fala. Ele fez quase 400 aparições em propagandas da Bom Bril. Hoje não atua mais. Mas é inevitável ver sua figura

Luiz Henrique A. Santos

região se recordam que usa-vam Havaianas como borracha, para levar a escola. Assim que estouravam as tiras, o chinelo era cortado em vários peque-nos pedaços. Uma Havaiana

dava em média de cinco a seis pedaços, logo, um par delas já servia para uma família com dez a doze filhos. Hoje a marca está na marca de 3,8 bilhões de pa-res vendidos pelo mundo.

e não lembrar da marca. Na nossa região, o Bom Bril

também sempre foi companhei-ro não só da dona de casa que ia para a beira do rio para arear as panelas. Ainda hoje os mais antigos colocam um pedaço da palha de aço em antenas de rádio, no intuito de melhorar o sinal da rádio, limpam aros das bicicletas, e em época de

fogueira, colocávamos fogo no Bom Bril e saiamos rodando com as mãos, soltavam muitas faíscas incandescentes. Dava um efeito bem interessante. Mas lembrem-se, não façam isso em casa.

Voluntários realizam festa para as crianças da região

Vestidos de brancos carre-gando no peito um coração que tinha com slogam “é preci-so amar-faça por alguém” um grupo de voluntários da região e da capital paulista se uniram e realizaram no último dia 12 uma grande festa em homena-gem as crianças. Não faltou personagens in-

fantis, música, brinquedos, doces, refrigerantes, pipoca, bolo, cachorro-quente, balões coloridos e muita animação. O que chamou a atenção dos pais foram as mensagens de paz e incentivo ao amor, ao carinho, a dedicação aos filhos e de fé, muita fé. Foi um dia de muita alegria onde os pais também participaram. A faixa que recepcionava os agracia-dos agradou os visitantes e tinha os seguintes dizeres: “A educação não muda o mundo,

muda as crianças que viram adultos e mudam o mundo”. As mensagens refletiam o

estado de espírito empre-endedor e colaborativo dos organizadores e voluntários que dedicaram seu dia as crianças. Quem não pode es-tar no evento colaborou com alguma coisa para somar e fazer um verdadeiro dia feliz no campo. Ao lado, sobre um triciclo a imagem de Nossa Senhora Aparecida observava atentamente aquele momento de graça, pais e crianças tira-ram muitas fotos na moto que carregou a imagem naquele dia em algumas comunidades da região. As crianças perguntam se ano

que vem terá mais uma edição deste dia e se depender da vontade destes homens e mu-lheres certamente acontecerá.

ANUNCIE:(12) 99714.5678 - 38326688

Jornal Maranduba News

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Novembro 2014 Jornal MARANDUBA News Página 15

Coluna da

Adelina Fernandes

Conto Chinês

Poesia

Conta-se que, por volta do ano 250 a.C, na China antiga, um príncipe da região norte do País estava às vésperas de ser coroado Imperador, mas, de acordo com a lei, deveria se ca-sar. Sabendo disso, resolveu fa-zer uma disputa entre as moças da corte, inclusive quem quer que se achasse digna de sua proposta que não pertencesse à corte. No dia seguinte, o príncipe

anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e apresentaria um desafio. Uma velha senho-ra, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Ao chegar à casa e relatar o

fato à jovem filha, espantou-se ao saber que ela já sabia sobre o dasafio e que pretendia ir à celebração. Então, indagou incrédula: —

Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensa-ta da cabeça. Eu sei que você deve estar sofrendo, mas não transforme o sofrimento em loucura. A filha respondeu: — Não,

querida mãe. Não estou sofren-do e muito menos louca. Eu sei perfeitamente que jamais poderei ser a escolhida. Mas é minha única oportunidade de ficar, pelo menos alguns mo-

mentos, perto do príncipe. Isto já me torna feliz.À noite, a jovem chegou ao

palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, inicialmente, o príncipe anun-ciou o desafio: — Darei a cada uma de vocês uma semente. Aquela que, dentro de seis me-ses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha espo-sa e futura Imperatriz da China.

A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de culti-var algo, sejam relacionamen-tos, costumes ou amizades. O tempo foi passando. E a

doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua se-mente, pois sabia que se a be-leza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado. Passaram-se três meses e

nada surgiu. A jovem tudo ten-tara. Usara de todos os méto-dos que conhecia, mas nada

havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho; mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Cons-ciente do seu esforço e da sua dedicação, a moça comunicou à mãe que, independentemente das circunstâncias, retornaria ao palácio na data e na hora combinadas, pois não preten-dia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe. Na hora marcada estava lá,

com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes. Mas, cada jovem com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada. Nunca ha-via presenciado tão bela cena. Finalmente, chega o momen-

to esperado e o príncipe passa a observar cada uma das pre-tendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por to-das, uma a uma, ele anunciou o resultado, indicando a bela jovem que não levara nenhuma flor como sua futura esposa. As pessoas presentes na corte ti-veram as mais inesperadas re-ações. Ninguém compreendeu porque o príncipe havia escolhi-do justamente aquela que nada havia cultivado.Então, calmamente o príncipe

esclareceu: — Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma Impe-ratriz. A flor da Honestidade. Pois, todas as sementes que entreguei eram estéreis.

Onde está o Poeta

Falta o poetaou acabou a poesia?

As flores... perderam seus valores?

ou nos tornamos,humanos mundanos?

transbordando de hipocrisias.

Acabou a poesiaou aonde estarão os poetas?

a vida perdeu o sentido;ou estou de mal comigo?

Será meu coração?que perdeu os batimentos

ou me tornei um sersem sentimentos?

O que aconteceu não sei lhe dizer;só posso lhe garantir,que atrás dos montes

lá no horizonte,o sol continuará a surgir

e eu estarei aquitentando cobrir

a ausência do poeta.

Wellington de Oliveira Gomes

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