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Maranduba, Junho de 2014 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 5 - Edição 61 Maranduba recebe 18º Circuíto Ubatuba de Águas Abertas Foto: Ezequiel dos Santos

Jornal Maranduba News #61

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Notícias da Região Sul de Ubatuba

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Maranduba, Junho de 2014 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano 5 - Edição 61

Maranduba recebe18º Circuíto Ubatuba de Águas Abertas

Foto: Ezequiel dos Santos

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Página 2 Jornal MARANDUBA News Junho 2014

Editado por:Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.

Fones: (12) 3832.6688 (12) 99714.5678 e-mail: [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: mensal

Editor Chefe:Emilio Campi

Jornalista Responsável:Ezequiel dos Santos - MTB 76477

Colaboradora:

Adelina Campi

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

Envie seu evento, edital, convocação ou aviso para esta seção atraves do e-mail [email protected]

Venha participar do terço dos homens!

Todas as quintas-feiras as 19:30 horas na Capela Nossa Senhora das Graças

no Sertão da Quina. Traga seu pai, seu filho, seus vizinhos e amigos.

Participe deste momento de fé e devoção.

Informe APASUCom “A AÇÃO SOCIAL” reali-zada no último dia 03 e 04 de maio foram assim utilizados com os valores arrecadados:R$ 8 mil pagos ao Dr. Leandro - UBAVETR$ 2 mil pagos ao Dr. Walter SOS CÃOR$ 3.450,00 pagos para Blofor Materiais de Construção. Ainda estamos DEVENDO: 06 meses de aluguel do sítio (3.600,00).Agradecemos a participação de todos, parabenizamos aos ganhadores e contamos com todos voces para uma próxima AÇÃO SOCIAL.Estamos mais do que nunca necessitando de voluntários.Agradecemos em especial ao Padre Carlos Alexandre e a Igreja Cristo Rei, que sem a cooperação e autorização dele nada teria acontecido para a realização da AÇÃO SOCIAL por duas vezes foi adiada.

Agradecemos a participação de todo voluntariado e de to-dos que nos prestigiaram.OBS.: Contamos com sua presença e também possível arrecadação para a próxima “Festa de São Pedro Pescador de Ubatuba“ – a ser realizada 25 a 29 de junho/14”- Praça de Eventos, localizada na Av. Iperoig - UBATUBA.Para isso estamos arrecadan-do ate o dia 20 de Junho : Lei-te longa vida, creme de leite, ovos, açúcar, leite condensa-do, açúcar, farinha de trigo, pois estaremos MAIS UMA VEZ com barraca na FESTA, com maravilhosos bolos, tor-ta de morango, morango com chocolate, pudim de leite con-densado, fondue de chocola-te, chocolate quente...Ubatuba, 01 de Junho de 2014APASUAssociação Protetora dos Ani-mais da Região Sul de Ubatuba

Preservar é ResistirLuis Perequê

O Fórum de Comunidades Tradi-cionais Indígenas, Quilombolas e Caiçaras de Angra dos Reis, Para-ty e Ubatuba vem convidá-lo para participar da Campanha “PRE-SERVAR É RESISTIR” - Em Defesa dos Territórios Tradicionais.Venha participar do Ato de Lan-çamento da Campanha “PRESER-VAR É RESISTIR”. Além da apresentação do vídeo institucional da campanha, ati-vidades culturais ligadas ás co-munidades caiçaras, quilombolas e indígenas farão parte da pro-gramação. Uma pequena feira com artesanatos para exposição e venda para o público, Fandan-go Caiçara, Roda de Jongueiros, Dança Guarani Xondaro, Maraca-tu Palmeira Imperial, Tambor de Crioula São Benedito das Flores e depoimentos dos mestres fazem parte da programação criada pelo Fórum de Comunidades Tradicio-nais.Em Ubatuba no dia 14 de junho, sábado, na Festa da Juçara.

“O povo que planta e pesca,Canta, dança, faz festa, no seu

pedaço de chãoAbastece a sua mesa,

Agradece a natureza em qual-quer religião.

Seu lugar seu oratório,Tirar o seu território é calar a

tradição.”

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Junho 2014 Jornal MARANDUBA News Página 3

Maranduba recebe o 18º Circuito Ubatuba de Águas AbertasEZEQUIEL DOS SANTOSMesmo com o tempo ame-

açado, a praia da Maranduba recebeu no último domingo, 25, a segunda etapa da pro-va natatória do 18º Circuito Ubatuba de Águas Abertas. Para um final de semana

considerado ruim e de pouca expressão muita gente se es-pantou com o número de visi-tantes, moradores locais, vo-luntários, familiares de atletas e atletas que comparecerem a praia da Maranduba para o evento.A novidade este ano foi o

uso de chip, numa espécie de tornozeleira, que facilitou ma-pear as posições dos atletas quando passavam em bloco pela linha de chegada.Com um visual renovado o

circuito chamou a atenção de quem passava pela SP-55, fa-zendo com que muitos visitan-tes parassem para prestigiar o evento. Segundo o secretario municipal de esportes, José Carlos Papp, foi a oportuni-dade de melhorar ainda mais o evento, buscando deixá-lo com caráter mais profissional, atraente e competitivo. “O saldo é bem positivo, ti-

vemos aproximadamente 500 atletas inscritos, com média entre cinco e 80 anos de ida-de, são 54 categorias entre masculino, feminino e espe-ciais, temos atletas do Vale do Paraíba e Litoral Norte, além da capital, Guarulhos e região metropolitana”, contabiliza o secretario. Os organizadores contam

que este ano o problema foi conseguir patrocínio a altu-ra, onde tiveram que buscar apoio fora do município, mas destacam o grande apoio dos patrocínios de dentro do mu-nicípio que muito colaboraram com o brilho e o sucesso do

evento. Sobre o evento acon-tecer na Praia da Maranduba Papp é categórico em dizer que “é fantástico ele aconte-cer por aqui, é uma região lin-da e maravilhosa, tem que ter mais ações por aqui, por isso reservamos uma data, uma etapa para cá, porque acha-mos mais do que merecido”, finaliza o secretario. O evento acontece em qua-

tro etapas sendo duas no pri-meiro semestre realizadas nas praias do Lázaro e Maranduba e duas no segundo, Enseada e a última entre as praias do Cruzeiro ou Pereque-Açu, no Centro. Cada etapa possui provas de 250, 500, 1000 e 3000 metros. A área de com-petição é demarcada e conta com apoio do Corpo de Bom-beiros, além de salva-vidas que acompanham os nada-dores com pranchas de surfe em todo o percurso, barcos de apoio e ambulância. A equipe conta ainda com cronometris-tas, classificadores, equipe de apoio e sonorização, com lo-cução durante todo o evento. Ao final de cada prova os

atletas são recepcionados com

mesa de frutas e água mine-ral. Nos locais onde existe possibilidade, são instalados duchas e banheiros químicos, também contam com apoio de comerciantes que cedem suas instalações. O evento possui um site oficial, quem quiser saber mais sobre o evento, basta visitar www.natatoriau-batuba.com.br e boas braça-das. Passado gloriosoUbatuba foi um dos princi-

pais roteiros dos circuitos in-ternacionais de natação, por aqui passaram vários atletas e comitivas internacionais. O palco sempre foi um atrati-

vo a parte, as belezas naturais deste litoral. Aqui acontecia a prova natatória internacional Cidade de Ubatuba, onde as brigas pelo pódio eram emo-cionantes. A mais nova vencedora desta

prova, ao que me parece foi uma mulher, quer dizer uma menina, seu nome Fátima César Molina, que em 1970, aos 12 anos de idade bateu uma competidora argentina e ganhou a VI Travessia de Ubatuba.

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Página 4 Jornal MARANDUBA News Junho 2014

Região recebe pela primeira vez reunião do Conselho do PESM-Picinguaba

Padre Carlos anuncia sua despedida da paróquia local

Na missa do último dia 25, domingo, Padre Carlos Ale-xandre surpreendeu a todos ao anunciar sua despedida da Paróquia Nossa Senhora das Graças, na Região Sul de Ubatuba. A mudança ocorre no momento da transferência do Padre Inocêncio Xavier, pároco da comunidade de Nossa Senhora das Dores do bairro do Itaguá, próximo ao centro de Ubatuba, para outro estado. Os padres da diocese serão remanejados entre as comunidades paroquianas do litoral norte paulista. Não está confirmado, mas para seu lu-gar estão previstas a chegada do padre João Marcos e pa-dre Daniel da Ilhabela. Padre Carlos poderá ir para a paró-quia Nossa Senhora da Glória no bairro do Travessão em Caraguatatuba.

Por aqui Padre Carlos, jun-to com Padre Manoel Leite e o Seminarista Bruno Hen-rique do Espírito Santo, são responsáveis pelas seguintes comunidades locais, são elas:

Comunidade Nossa Senhora de Fátima (Tabatinga), comu-nidade S. João Batista (Forta-leza), comunidade Santa Rita de Cássia (Vila Santana), co-munidade Santa Madre Pauli-na (Corcovado), comunidade São Pedro (Praia Dura) Matriz Cristo Rei (Maranduba), co-munidade Santa Cruz (Sapê), comunidade Nossa Senhora das Graças (Sertão da Quina), comunidade Nossa Senhora Aparecida (Sertão do Ingá), comunidade São Maximiliano Maria Kolbe (Lagoinha), co-munidade Santo Expedito (Rio da Prata), comunidade São Sebastião (Bonete), comuni-dade Nossa Senhora Apareci-da (Caçandoca) e comunidade Santa Filomena (Araribá).

Padre Carlos comenta que esta com a consciência tran-quila, que suas obras espi-rituais estão aí para todos verem, sentirem e tocarem. A despedida do pároco esta prevista para o próximo dia 8 de Junho, na tradicional reza do terço.

EZEQUIEL DOS SANTOSNo último dia 8, a região

sul de Ubatuba recebeu pela 1ª vez uma reunião do Con-selho do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM - Núcleo Picinguaba) para tratar de te-mas relacionados a unidade de conservação e do futuro da vida das pessoas que tiveram suas propriedades inseridas em áreas de conservação in-tegral dentro do município de Ubatuba. Embora se diga Nú-cleo Picinguaba, vale lembrar que o parque atinge o muni-cípio de norte a sul em seu território. Para esta reunião foram vá-

rios os representantes de co-munidades, das organizações da sociedade civil e do poder público que não conheciam a região, principalmente o bair-ro Sertão da Quina, alguns es-tavam ali pela primeira vez. A reunião foi dirigida pelo

gestor do PESM Danilo Silva e aconteceu na sede da Proma-ta no bairro do Sertão da Qui-na. A mudança de local, do outro lado do município, mos-trou aos outros conselheiros a grande distancia que os mora-dores da região sul enfrentam para participar das reuniões na Picinguaba, sede da Unida-de de Conservação. Também possibilitou aos outros conse-lheiros conhecerem um pouco mais da realidade desta parte do município. O café da manhã oferecido

pelo Promata foi muito elo-giado, tanto que nas apresen-tações preliminares sobre o grupo, também foi necessário falar um pouco da história do café caiçara e como ele foi organizado para aquele im-portante momento na região. Após o café uma dinâmica

Fotos: TITIO/PROMATA

ajudou a quebrar o gelo entre os participantes. A Promata teve a oportunidade de falar sobre sua formação, do inicio de suas atividades, como tudo começou, seus trabalhos de base e colocar-se a disposição das demais comunidades que sofrem as conseqüências cau-sadas pela criação da unidade no município. Também falou um pouco das estratégias de resolução de conflitos e pro-blemas que afetam direta-mente a vida dos moradores, tanto dentro, quanto no en-torno do parque.

O representante do sindica-to de trabalhadores rurais de Ubatuba falou da aposentado-ria para caiçaras e quilombo-las, da importância dos cursos aos trabalhadores rurais de Ubatuba, da obrigatorieda-de dos municípios adquirirem itens da produção rural para

merenda escolar, das cobran-ças do passado para o licen-ciamento das roças que não aconteceu por parte da Fun-dação Florestal, sobre aqueles que sofrem sanções e restri-ções de todos os lados para manterem sua pequena pro-dução. Após as apresentações e

alguns debates a reunião transcorreu naturalmente, em alguns momentos ela se transformou num caldeirão de sugestões, críticas, aponta-mentos e até desabafos, po-rém para um tema tão impor-tante e que influencia a vida de muitas pessoas diretamen-te trata-se de uma discussão saudável dentro de um espaço democrático. Ao final a representante da

Unitau ofereceu a Pomata o espaço do prédio da faculda-de, no bairro do Itaguá, para qualquer atividade de caráter comunitário e sem fins lucrati-vos, agendados previamente. A Promata agradece a todos

os parceiros e a comunidade que entenderam e colabora-ram para que esta importante reunião pudesse ser realizada com sucesso neste lado do município.

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Maranduba é lembrada em encontro estadual de lideranças políticas em SPROGÉRIO FREDIANI

No último dia 16, no Ho-tel Transamérica na capital paulista, aconteceu o encontro nacional de lideranças políticas do Brasil. Em pauta, os vários partidos realizaram costuras políticas e tomadas de decisões sobre o futuro do país, principal-mente discussões e temas sobre ética e eficiência administrativa.

Na oportunidade esteve eu – Rogério Frediani (PSDB) e o ve-reador de Ubatuba Pastor Clau-dinei Xavier (DEM) conversando com várias lideranças nacionais e estaduais. Uma dessas con-versas foi com o senador Aé-cio Neves (PSDB), ao saber de onde éramos perguntou varias coisas sobre Ubatuba. A ele foi dito que o estado esta fazendo a parte dele. Disse-lhe que uma das principais e melhores obras para a qualidade de vida das comunidades na região sul, em primeiro momento, é o de cap-tação, tratamento e distribuição de água tratada, depois a de co-leta e tratamento de esgoto.

Maranduba foi quem saiu na frente com este projeto e onde moro o estado está dando a maior atenção, falei ao senador.

Por muito tempo as comuni-dades lutaram pela implantação do saneamento básico, agora ele já é realidade. O senador reiterou que onde as obras já foram concluídas houve a valo-rização da região, ao setor imo-biliário, turístico, hoteleiro e ao comércio principalmente, tam-bém houve a elevação da qua-lidade da saúde das pessoas, aumento da situação econômi-ca local e a balneabilidade das praias mudaram consideravel-mente. Lembro-me que foi uma briga antiga, da época em que eu era vereador, muitos foram as fofocas e pessimismos de que a obra não sairia do papel, pou-cos acreditaram e enfim a obra saiu.

A previsão de entrega da obra na região é para aproximada-mente janeiro de 2015, poden-do ser prorrogadas, que neste primeiro momento atenderá cerca de 10 mil usuários com 13 km de rede e investimentos de 17 milhões, o importante ainda é que a obra emprega na quase totalidade de mão-de-obra local, de gente conhecida da região.

A obra será uma das mais modernas do país, tanto nos

seus sistemas, quanto em suas tecnologias, possuirá capacida-de para 150 litros por segundo com armazenagem de dois mi-lhões de litros para atender todo mundo. Do outro lado da rua onde está sendo finalizado o re-

servatório de água, está previsto a construção na próxima etapa, de uma estação de tratamento de esgoto para fechar o ciclo de atendimento as necessidades de saneamento básico na região. A

credito que assim caminhare-

mos para uma melhora na qua-lidade de vida e saúde. É o que todos esperam.

Rogerio Frediani é formado em educação física, ex vereador e comerciante do ramos de pos-tos de combustíveis.

EZEQUIEL DOS SANTOSMoradores, visitantes e turis-

tas comentam que o numero de comerciantes que aderiram ao estilo Copa do Mundo 2014 é re-duzido, principalmente a poucos dias do inicio desta competição internacional. Foram vários os eventos negativos mostrados pe-las mídias em todo o país e fora dele. Por aqui, os poucos que se

preparam acreditam no sucesso do investimento, já que se trata de algumas bandeirinhas, fitas e outros adereços de baixo custo e bom visual, acreditam que no

Número de comerciantes que se preparam para a copa é reduzidocalor da competição as pesso-as procurarão os comércios que possam atender as expectativas e pelo menos as curiosidades dos torcedores. “Temos por costume sempre que possível fazer algu-ma coisa diferente para atender nossos clientes, então sempre preparamos algo só ou em par-ceria. Para não vai ser diferente, a idéia é colocar um telão e fazer um atendimento mais personali-zado”, diz Josué do Bar D´Menor no Sertão da Quina. Seu comércio já estampa ban-

deirolas verdes e amarelas na fa-chada do estabelecimento e atra-

vessando a rua para se destacar neste período. Outros comércios têm pendurado bandeiras do Brasil na entrada na tentativa de atrair clientes e mostrar um pouco de patriotismo, que anda meio em baixa ultimamente. A copa será mais uma desculpa

para reunir os amigos e come-morar, acredita Josué, se o Bra-sil ganhar melhor ainda, reitera o comerciante. Aos mortais de plantão resta esperar, de prefe-rência numa mesa, sendo bem atendido e com as pessoas que lhe agradam saber o resultado final desta competição.

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Página 6 Jornal MARANDUBA News Junho 2014

Mandioca é tema de curso sobre seus usos, subprodutos e receitasEZEQUIEL DOS SANTOSNo primeiro dia do mês de

maio, nas dependências da cantina da capela no bairro do Sertão da Quina, o Serviço Na-cional de Aprendizagem Rural – Senar, a FETAESP o Sindica-to de Trabalhares e Trabalha-doras Rurais do litoral paulista e região promoveram o curso de processamento artesanal de mandioca. Com o intuito de fornecer subsídios técnicos e práticos sobre os usos desta raiz, o curso foi muito apre-ciado pelos alunos. Foram va-rias receitas experimentadas e aprovadas por todos. A mandioca ainda é uma

planta muito utilizada pelos moradores da região para os diversos usos e seus pra-tos são muito apreciados por todos, principalmente pela diversidade quase infinita de receitas. Por aqui, historica-mente, os índios já consu-miam esta raiz. Esta planta é tolerante à seca, de fácil cul-tivo, se adapta às mais varia-das condições de clima e solo. Nosso território já possuiu mi-lhares de roças de mandioca, já que era umas das principais fontes de alimentos da região. Suas raízes são utilizadas na alimentação humana e animal e como matéria-prima para diversas indústrias.O Brasil é o maior produtor

mundial de mandioca, com mais de 120 milhões de to-neladas anuais, sendo que 50% se destinam à produção animal e o restante à alimen-tação humana. Estima-se que o consumo de mandioca no Brasil é de 1Kg por pessoa por ano e a farinha de mandioca representa cerca de 3Kg por pessoa por ano. Na realidade é farinha pra mais de metro, quer dizer quilo, isso mostra a importância da mandioca no

cardápio dos brasileiros. Mes-mo com espaços reduzidos ainda é possível avistar vez ou outra algumas pessoas plan-tando mandioca no jardim ou no único espaço de terra que o quintal possui, isso mostra que a cultura da produção esta literalmente enraizada naquele brasileiro. O curso ofereceu um pouco

da história do produto no país, estudos de técnicas que aju-dam a aproveitar melhor este alimento, desde a escolha da raiz até o forno, passando pelo congelamento, produção de tapioca, polvilhos, além de varias receitas bases e espe-cificas da gastronomia doce e salgada produzida pela man-dioca. O interessante é ouvir receitas como suco, sorvete, pão de queijo e sonho, tudo de mandioca, além de muitos outros. Os quitutes produzidos no

curso foram de dar água na boca. Até o tradicional pão de queijo mineiro foi feito com mandioca. Segundo Tadeu Mendes do STTR “qualquer pessoa precisa de apenas 600 metros quadrado para produ-zir uma roça, manter a cultura de produtos saudáveis e ga-nhar dinheiro, depois é apro-veitar bem os frutos e aplicar na pratica o aprendizado, a satisfação de produzir seus próprios alimentos será gra-tificante”, comenta o sindica-lista. Assim que termina o curso as

pessoas já podem, no mesmo dia, aplicar seu conhecimento e melhorar os dotes culinários em suas casas. Trata-se de uma atividade muito pratica o que agrada aos participantes. Abaixo duas receitas do cur-so, cedidas gentilmente pelo STTR, que podem ser repro-duzidas pelos leitores do JMN.

Doce da Vó Mariquinha

Ingredientes:4 a 5 xícaras de mandioca ralada,bem lavada e espre-mida1 litro de leite3 pedaços de canela em pau2 xícaras de açúcar1 colher (sopa) de manteiga1 gemacanela em pó

Modo de fazer:Ferver o leite com o açúcar, a canela em pau e a man-teiga; adicionar a mandioca aos poucos, até cozinhar bem e formar uma massa homogênea; tirar do fogo e colocar a gema; bater bem; colocar em taças e polvilhar com canela em pó.

Pão de mandioca

Ingredientes:3 xícaras (chá) de mandioca cozida e amassada½ xícara (chá) de óleo2 xícaras (chá) de água morna6 colheres (sopa) de açúcar45 gramas de fermento biológico2 ovos1 colher (chá) bem cheia de salfarinha de trigo até dar ponto

Modo de fazer:Colocar no liquidificador o óleo, o açúcar, o fermento e os ovos e bater bem; adicionar o sal e a água morna, de tal forma que fique mais quente que as mãos; acrescentar a mandioca amassada, até que mude o barulho do liquidificador – até que atinja o volume de 1200 ml marcado no copo; passar para um recipiente plástico; adicionar farinha de trigo, até que não grude mais nas mãos; co-locar numa vasilha untada e cobrir, deixando fermentar até dobrar de volume; fazer um rolo com a massa, cortar em 20 pedaços e fazer os pãezinhos, colocando-os em assadeira e deixando-os fermentar cobertos, até dobrarem de volume; assar até ficarem corados. Obs: Esta massa pode ser utilizada para pizza.

Foto: Jango Correia/Promata

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Junho 2014 Jornal MARANDUBA News Página 7

Sindicato dos trabalhadores rurais promove curso de processamento artesanal de peixe

www.jornalmaranduba.com.brLeia o Jornal Maranduba News na Internet:

EZEQUIEL DOS SANTOSNo último dia 17, na cozinha da

cantina da Capela Nossa Senho-ra das Graças, aconteceu o cur-so de processamento artesanal de carne de peixe promovido pelo Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do lito-ral paulista e região – STTR em parceria com a Federação dos Trabalhadores Rurais de São Paulo e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. O uso do espaço teve a auto-

rização do pároco local que deu todo apoio aos organizadores. A atividade visa qualificar pes-soas para um melhor aprovei-tamento de pescado e fornecer subsídios técnicos para que os atendidos tenham uma mão de obra especializada. A linha de ação do treinamen-

to é relacionada à alimentação e nutrição por isso todo cuidado no trato e no processo também foi repassado aos alunos. Na pratica a idéia é transformar a carne de peixe em embutidos por meio de técnicas artesanais para o consumo familiar. Embo-ra pareça simples, vários foram os temas abordados: aspectos de saúde, grupos alimentares, valor nutricional, qualidade, materiais específicos, legisla-ção, higiene, instalações para o processamento, instalações para a defumação e higiene. Depois vieram o trabalho so-bre os cortes da carne de pei-xe, qualidade e composição da carcaça e as técnicas de corte e destino das peças. A parte mais esperada foi a do processo da salga, processamento das lin-güiças, de alheiras, de nugetes, de hambúrguer, embalagem, cura e defumação (tipos, etapas e peças). Ao final de cada cria-ção, as peças eram separadas para serem servidas no almoço do próprio curso, assim todos podiam experimentar e dar suas

notas á sua própria criação. Fo-ram produzidos peixes defuma-dos, lingüiça fresca e defumada de carne de peixe, marinados, pirão e muitas outras delicias com pescados. Segundo o professor Francis-

co Jorge Pély, “o peixe tem alto valor nutritivo, alto teor de vita-minas A, D e E (lipossolúveis), fonte de iodo, cálcio, fósforo e ferro. Sua a carne contém bai-xo teor de colesterol, gordura poli-insaturada, rico em prote-ínas (de 15 a 24%) altamente digeríveis. Os peixes são ricos em aminoácidos essenciais (substâncias não produzidas pelo nosso organismo), os pei-xes possuem proteínas com valor nutritivo ligeiramente su-perior às das carnes vermelhas (como as de boi e porco)” ex-plica o professor. Além de fa-zer bem a saúde, o peixe já foi consumido em maior escala na região, em alguns países, cujo cardápio diário é composto da grande maioria de frutos do mar, constatou-se uma melhora significativa na saúde de seus moradores, principalmente no que se refere ao mau colesterol e as gordurinhas indesejáveis acumuladas. Para o companheiro do STTR

Tadeu Mendes, “o curso além de temas como saúde, promove a possibilidade de seus alunos terem um ganho real com estas novas técnicas e conhecimento, o aprendizado de produzir comi-da de qualidade, boa pra saúde e com preço acessível ao mesmo tempo faz a diferença no final do mês, tanto no bolso, quanto no copo das pessoas”, comenta. O JMN, com autorização do

Sindicato dos Trabalhadores, conseguiu com exclusividade duas receitas para que os leito-res possam saborear o que os alunos realizaram nos dias de curso. Bom apetite!

ALHEIRASIngredientes:400g de carne de peixe e pele100g de toucinho ou papada500g de pão amanhecido12g de sal7g de alho amassado5g de alho em dente2g de pimenta do reino em grão1g de pimenta do reino moída3g de colorau3g de páprica doce60ml de azeiteModo de fazer:Cozinhar o peixe em água com os dentes de alho e a pimenta do reino em grão. Separar a carne e re-servar a água de cozimento. Umedecer os pães com a água do cozimento. Misturar as carnes, os pães, a pimenta do reino moída, a páprica, o sal e o colorau. Fazer uma cova no centro da massa e colocar o alho amassado. Despejar sobre o alho o azeite quente. Misturar bem a massa. Embutir em tripa de suíno. Amarrar em gomos individuais. Defumar

PEIXE DEFUMADO Ingredientes1 kg de peixe300 g de sal refinado15 g de açúcar cristal1 litro de água filtradaModo de Fazer:Preparar a solução com os ingredien-tes.Mergulhar totalmente os peixes em uma vasilha tampada em geladeira por uma hora. Para peixes de 500 g – 30 minutos. Retirar o excesso de sal dos peixes e defumar. Para a defumação dos peixes grandes, cor-tar em postas ou filés e os pequenos poderão ficar inteiros. Defumar por 2 horas e meia a quatro horas a 75ºC.Embalagem:Retirar a fuligem em bandejas de isopor. Cobertos com filme plástico e sob refrigeração têm validade de uma semana.

Foto: Jango Correia/Promata

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EZEQUIEL DOS SANTOSNa tentativa de reproduzir

através de imagens da visão cotidiana dos antigos morado-res no passado o grupo Pro-mata tenta reproduzir algu-mas dessas belas, inusitadas e curiosas cenas, tão simples que pode-se ver os detalhes interessantes que eram consi-derados observações normais num passado não tão distante assim. Com a correria do dia a dia é

comum o homem de hoje en-xergar ou ver cada vez menos, com isto deixar de conhecer as verdadeiras belezas que são oferecidas todos os dias para nosso deleite. Quem sabe com a melhora da observação as pessoas comecem a respeitar cada vez o meio ambiente. As imagens escolhidas foram

tiradas das opiniões de vários moradores consultados pelo grupo. São imagens, senão idên-

ticas, parecidas com as que eram vistas regularmente.

Show de imagens: era o que os antigos moradores viam a todo momentoAlgumas delas possuíam

sentido religioso, histórico, saudosista mais do que ape-nas belo. Para os sobreviventes de

hoje qualquer imagem é bo-nita tamanha falta de visua-lização das belezas em que natureza proporciona todos os dias. São imagens das maio-res, possíveis de ver a dis-tancia, quanto uma possível imagem de um anjo no céu, como também aquelas que só podem ser descobertas mui-to de perto, como o brilho da parte interna de uma flor ou das asas de uma borboleta. A natureza para os antigos

era considerada sua mãe e ninguém costumava cometer crime contra sua criadora. Portanto ela tinha outros sen-tidos para estas pessoas que viviam em real harmonia com os seres a sua volta e esta sensibilidade ajudou a criar a visão natural, das coisas da natureza que hoje poucas pessoas conseguem ver.

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Página 10 Jornal MARANDUBA News Junho 2014

Espécimes de difícil registro são fotografados por observador de avesFotos: Fabio de Souza/Promata

EZEQUIEL DOS SANTOSNa segunda semana de maio,

o observador de aves da Pro-mata Fábio de Souza, conse-guiu realizar dois importantes registros da avifauna da Mata Atlântica em nossa região. Trata-se de um bando de pe-

quenos primatas conhecidos como sagui-da-serra (Callithrix flaviceps) e da ave Tapaculo--pintado (Psilorhamphus gut-tatus), cujos registros são mui-to difíceis de serem realizados, seja pela quase raridade de encontrá-los quanto pela maior desconfiança com a presen-ça de seres estranhos - nesse caso a presença humana. Pela manhã, no intuito de se-

guir a vocalização da ave em meio a floresta, ouviu sons de espécies diferentes, seguiu o barulho e acabou descobrindo um bando de pequenos pri-matas. Observando o Observa-

dorComo ironia, desta vez eram

os sagüis observando o ob-servador de aves. Com toda a cautela, Fabio se viu frente a frente com os pequenos ba-gunceiros, porém como eles estavam de costas para o sol o registro ficou prejudicado por conta da grande quantidade de luz sobre a câmera. Segundo o observador, ha-

via a possibilidade de mover--se entre as arvores para um melhor ângulo, mas eram eles que o observavam. En-tão qualquer movimento do fotógrafo observador poderia provocar a fuga dos primatas. Cerca de 10 animais o enca-ram entre as folhagens e ga-lhos das arvores. Segundo os moradores anti-

gos esta espécie de sagüi cos-tuma ficar mais na serra em terrenos mais altos distante de onde foram encontrados

- uma de várzea em local de baixa ou nenhuma altitude. Este mamífero é uma espé-

cie endêmica da Mata Atlân-tica. Vive em grupos que va-riam de tamanho entre cinco a quinze indivíduos com apenas uma fêmea reprodutiva por grupo, podem atingir até 600 gramas de peso. Alimenta-se principalmente de insetos, pequenos vertebrados, ovos de pequenas aves e frutos. Está classificado na categoria de espécimes em risco como em perigo de extinção, onde a causa é a destruição de seu habitat. Eles costumam dormir em copas bem fechadas de árvores ou em emaranhados de cipós, a uma altura de 4 a 10 metros do solo. Desloca--se rapidamente pelos galhos utilizando-se das quatro pa-tas, as vezes dando pequenos saltos, verticalmente o deslo-camento assemelha-se a uma escalada. Atinge a maturidade sexual entre 20 e 24 meses e sua gestação pode durar de 140 a 148 dias.Pequena no porte e gran-

de na beleza Depois do encontro inusitado

com os saguis era hora de re-tornar a busca pela ave difícil

de registrar. Seguindo a voca-lização da ave ele descobriu onde estava a espécie, pa-cientemente seguiu seu canto até alcançar a recompensa. Como vive em bambuzais foi

encontrada junto a uma tou-ceira de criciúma (espécie de bambu) onde foi possível rea-lizar seu registro. Segundo o observador ela

deu mais trabalho para os

registros do que os primatas, por ser de pequeno porte ela se enfiava entre as folhagens dificultando o trabalho, mas foi possível realizar boas fo-tos. Embora de pequeno por-te, era grande o escândalo que fazia para intimidar o ob-servador, de forma tranquila e sem pressa alguma Fábio foi ganhando espaço e um pouco de confiança da ave.

Graças a sua destreza foi possível realizar belos regis-tros desta espécie.Os locais onde foram encon-

tradas as espécies não foram divulgados para preservar o habitat o mais intacto possí-vel para que estas e outras espécies possam usufruir sem maiores danos.Fonte: Ambiente Brasil, ICM-

BIO, Wikiaves, PROMATA.

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Conheça um pouco das Aves da mata Atlântica - Parte 1Toninho da Chica/PROMATAFui convidado pelo Jornal Maranduba News a escrever sobre as aves de nossa região, pois sabendo do meu interesse e paixão esses belos animais, me pediram para compartilhar meus conhecimentos adquiri-dos durante esse período (3 anos), onde resolvi investir meu tempo nessa atividade prazerosa.Durante muito tempo ficava pensando o que poderia ser feito para que essa mata tão linda pudesse contribuir com o desenvolvimento das cidades do litoral norte, pois as pesso-as só vinham para cá com o interesse no turismo de praia. Ficava triste quando via e ainda vejo tanta destruição e desrespeito causados por esse desenvolvimento desordena-do, onde se visa lucro ime-diato sem se importar como a região ficará em um futuro próximo. Tristeza maior for ver duran-te esse meu curto período de vida a nossa cultura caiçara ser destruída e ser tachada com depreciativa. Assim, depois de muitas tentativas em encon-trar uma solução, encontrei no curso de observação de aves, ministrado pelo mestre Carlos Rizzo, uma maneira de tentar desenvolver algo que contri-buísse de maneira pequena, mas eficaz com minha procura de preservar o meio ambiente (nossa casa), a cultura regio-nal e gerar renda de maneira realmente sustentável.Assim, empenhado em usar a observação de aves como instrumento de transformação social, econômica e ambiental aos moradores, que de ma-neira prazerosa e eficiente, possam busca em conjunto numa melhoria da conserva-ção desse paraíso chamado

Mata Atlântica. Só em Ubatuba podem ser en-contradas aproximadamente 500 aves, 5% das aves exis-tentes no mundo, então resol-vi descrevê-las, compartilhar meu conhecimento, em ordem alfabética. Assim, na medida do possível incluirei junto com as caracte-rísticas dessas espécies, uma pouco de sua historia e estó-rias ocorridas na região envol-vendo as aves. Acredito que alguns, senão todos, poderão se identificar com algumas destas palavras.

Nome popular: Abre asa de cabeça cinza

Nome científico: Mionectesrufiventris

Nome em inglês: Gray-hoodedFlycatcher

Nome Caiçara: João da baba

Esta ave que mede cerca de 13 centímetro, é facilmente identificada pela cor cinzenta existente na cabeça e na nuca, possui o peito, o abdômen e

crisso (parte inferior do corpo) de cor amarelada e dorso (cos-tas) de cor esverdeada e asas (rêmiges) e rabo (retrizes) de cor cinza escura. Sua vocaliza-ção consiste em uma sequencia descente e acelerada – “tem, te, te, te, te, te....” Esta pequena ave alimenta-se de insetos e pequenos frutos, inclusive da erva de passari-nho, na qual come a poupa e regurgita a semente nos galhos próximos, fazendo assim a pro-liferação desta planta. Tem por hábito mover as asas, em cur-tos intervalos, como se fossem

levantá-las. Habita tanto o inte-rior como a borda das florestas. Alimenta-se sozinho e também segue bando misto de aves. Ela é conhecida por alguns caiçaras como João da Baba. Para saber investigue e procu-re saber com seus pais, avós e outros conhecidos sobre esta espécie, assim você estará não só difundindo o conhecimento, mas também valorizando es-tes sábios anônimos que ainda mantém viva a história não só das aves, mas de grande parte de nossa cultura. Aproveite para apreciar um bom bate papo.

Foto: Toninho da Chica/Promata

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“Chacina na Ilha Anchieta - Tiroteio na invasão e retomada da Ilha” Parte 3

EZEQUIEL DOS SANTOS“Jornal Última Hora - Edi-

ção 4 (1º caderno) São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1952” - Quando os repórteres chegaram viram uma destrui-ção impressionante, descre-vem que não haviam visto nada até então, uma pilha de cinzas e restos de roupas queimadas. Os tetos ruíram.

As salas daquele departa-mento não sobraram “pedra sobre pedra”, tudo destruí-do, tijolos calcinados, portas transformadas em carvão. Os arquivos de metal jogados aos pedaços pelo chão da sala de vigilância.

Na sala da direção, monta-nhas de papéis compunham o ambiente, maquinas de escre-ver destruídas, vidros de tintas quebrados e espalhados pela parede e assoalho. Os quadros grandes das salas da direção também foram vandalizados, ao que parece, segundo os repórteres da época, tudo que pudesse lembrar o que os pre-sos passaram no presídio era loucamente destruído.

Aos repórteres foram apon-tados os presos que não ha-viam aderido à rebelião. Estes ainda estavam atrás das gra-des, eram cerca de setenta sentenciados que cumpriam penas leves ou eram presos recém chegados. A estes fi-cava a ameaça de morte se não participassem da rebelião. O que de fato aconteceu, um dos resistentes fora morto como exemplo, pois os eva-didos queriam que a adesão fosse total. Em outro lado, em meio a aquele inferno, alguns se preparavam para salvar al-gumas almas boas, eram as mulheres e crianças da ilha.

Dizem os repórteres que num pequeno e escuro pavi-lhão no pátio do presídio fo-ram colocadas as famílias dos funcionários do local, outros foram abrigados no prédio da escola. Eram pessoas as deze-nas para salvar em meio aos gritos, lamentos dos mortos e da destruição, que estavam em estado de choque ante a tragédia. A gana por liberda-de e sangue não atingiu estas

Jornais da época enviaram seus melhores repórteres para descrever a maior rebelião do planeta que aconteceu em nossa região, sobreviventes ajudam a contar a história.

pessoas, que em momento al-gum foram agredidas ou abu-sadas.

Foram depoimentos colhi-dos pelos repórteres, tanto de funcionários quanto de presos, que havia um pacto pelo respeito a algumas pes-soas, as mulheres, crianças e outras escolhidas eram parte deste acordo. O lamento fi-cou apenas pelas viúvas que foram brutalmente atingidas, cujo sustento vinha do esforço de seus esposos que trabalha-vam na ilha, do isolado pre-sídio, transformado naquele momento fatídico em inferno na terra, muitas delas carre-gadas de filhos aos ombros.

No calor dos acontecimen-tos os jornais da época, pre-liminarmente, contabilizaram os seguintes militares mortos:

Sargento Melchíades Alves de Oliveira, - casado e três filhos, soldado José Eugênio Pádua- solteiro, soldado Octávio dos Santos- casado, soldado Hi-lário Rosa - casado, soldado Benedito Damásio dos Santos – casado, soldado José do Car-mo – casado, soldado Bento Moreira – casado, todos estes tendo filhos menores, soldado Carmo da Silva, soldado Bene-dito Damásio dos Santos, sol-dado José Laurindo e soldado Octávio dos Santos. Entre os civis morreram Eugenio Ruiz, piloto da lancha “Carneiro da Fonte”, que pertencia a Ilha Anchieta usada na evasão.

Antonio Gabriel Correia, ma-rinheiro da mesma lancha e o funcionário contratado Osval-do dos Santos. Outro civil teve tratamento diferenciado a sua

morte, era ele o Chefe da Dis-ciplina do presídio, tudo que acontecia de anormal referen-te ao comportamento dos pre-sos, ou seja, suas ações fora das regras legais passavam por este homem. Este caso foi relatado como o mais trágico naquele caldeirão de horro-res. Seu nome era Portugal de Souza Pacheco, casado com filhos, foi a vítima mais visada pelos evadidos. Os detalhes da sua morte serão contados em detalhes numa próxima edição, porém o que se pode dizer é que depois de morto a tiros e pauladas, arrancaram--lhe os órgãos genitais, num verdadeiro cenário de horror e barbárie, dizem os repórteres.

Lá pelas 15 horas do dia an-terior o médico legista havia liberado os corpos dos mili-

tares, que foram retirados da enfermaria e alinhados no solo próximo ao ancoradouro. Lá fi-caram até o barco os levarem para o centro de Ubatuba para serem sepultados. Foram ce-nas marcadas por desesperos e lágrimas dos familiares e co-nhecidos, tanto na ilha quanto na cidade. A imagem dos cor-pos alinhados no chão da ilha, todos enrolados com lençóis brancos, chocou muita gente. Ouviam-se os gritos ao longe, os repórteres contam que uma senhora, mãe de oito filhos, todos menores, chorava de-sesperadamente sobre o corpo do marido morto, os lamentos aumentaram quando a lancha “Lusitana” chegou ao atraca-douro para buscar os corpos a cidade. Um cenário desolador tomou conta do lugar.

O soldado João de Campos, praça da guarnição do presí-dio, ao que tudo indica, foi o que deu a noticia da morte do sargento Teodoro, outro mi-litar que havia sido morto no cumprimento do seu dever. Em entrevista o soldado João conta que foram surpreendi-dos, que o sargento foi um dos primeiros a ser alvejado e morto. O militar diz ainda que a tal surpresa foi organi-zada pelo cabeça do levante, João Pereira Lima, que deu umas pauladas na cabeça do sargento, que logo foi abati-do pelo comparsa de Lima, o detento conhecido por China Show. “Foi um inferno aque-les instantes. Os evadidos estavam dispostos a tudo. Matavam a tiros e a paula-das. Enfrentavam seus pró-prios companheiros de celas que negavam acompanhá-los na fuga”, desabafa o soldado João aos repórteres.

Muitas destas informações serão confrontadas, pois no calor dos acontecimentos, as noticias pareciam desencon-tradas e a contagem dos fa-tos era sempre atualizada, por isso é da máxima importância o contato com sobreviventes, seus relatos estarão reserva-dos ao final, até lá tem muita história do levante a ser con-tada, até a próxima.

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O homem que de fato tinha muita vergonha na caraJANGO CORREIA

O lugar onde moro foi mui-to difícil de viver, mesmo com toda a beleza que existia em nosso redor como rios, mares, florestas, animais entre ou-tros, tudo era mais difícil. As distancias eram percorri-

das a pé, a canoa ou a cavalo. Pra buscar um remédio era o maior sacrifício, ainda bem que tínhamos as parteiras e benzedeiras na região, que muitas vezes se faziam de en-fermeiros e até médicos. Tudo era no braço, não ha-

via maquinas pra quase nada. Pra abrir uma roça, construir uma casa, fazer uma ponte, abrir um caminho era no aço, nas ferramentas que tinham este metal. Mas para que o aço tivesse alguma finalidade funcional tinha que ter o ho-mem, o macho, o corajoso, o destemido, daqueles do fio de bigode, da capacidade de resolver. Porém alguns fugiam as regras, eram tudo isso e mais um pouco, um pouco es-tranho, mas aqueles homens eram tudo isso.

Seu “Bardoíno” (Baldoíno) era um homem trabalhador, simples, até ingênuo as vezes. Casado com a dona Henrique-ta era padrinho de minha mãe. O homem era como os outros que eu conhecia: destemido, de palavra, bom marido. De baixa estatura e um pou-

co gordinho não tinha tempo ruim para ele: pescava, ca-çava, fazia roça, trabalha-va em “bitirões-dijutórios” (mutirões). Para pescar com Chico Romão tinha que remar em canoas grande, as peque-nas não cabia o homem. Ele abria a floresta no peito,

desbravava o grotão, roçava a mata “virji” (virgem), fazia uma casa e no entorno pre-parava uma roça. Fazia posse e depois vendia, fazia assim em vários lugares, já que a mata, seu chão não tinha pro-prietários e as pessoas não se importavam com isso, não havia especulação imobiliária naquele tempo. Trabalhou com Magalhães, morou perto da casa da dona Rita Romão. Ninguém sabe, mas muitas casas estão hoje sobre os ali-cerces erguidos por Baldoíno. Ele era inconfundível, cami-

nhava sempre com um facão sem bainha, com camisa as

costas e sempre acompa-nhado de uma porção de cachorros, pra onde ia levava sua matilha.

Mas tinha um defei-to, muito feio por si-nal, até sua mulher

ralhava com ele.

Não tinha jeito, aliás, não ti-nha banheiro naquela época, as pessoas faziam suas neces-sidades (cocô, fezes), diga-mos, atrás das bananeiras... Aquele homem não fugia a regra, fazia cocô como os ou-tros sim, porém ele tinha mui-ta vergonha na cara, ele fazia diferente. Os “carreros” (caminhos)

antigamente eram estreitos, muito estreitos mesmo, em alguns pontos mal cabia uma pessoa. Quando dava vontade de fazer o número dois, ele olhava pra um lado, depois pro outro, arriava as “carças” (calças) no “carrero” e ao in-vés de colocar a bunda no mato e a cara no caminho, fa-zia exatamente ao contrário: colocava a cara no mato e a bunda no caminho pra fazer o serviço. Daí passava alguém e via aquele bundão branco entre as folhagens, se demo-rasse mais um pouquinho via aquela coisa fazer arte. Era um flagrante e tanto!Que coisa feia de se ver.

“Créimdospade Bardoino!” (creio em Deus Pai Baldoíno) reclamou dona Henriqueta ao marido. – Você tem que ter mais ver-

gonha na cara meu marido! Tenha vergonha na cara! – Tenho sim mulhé, a vergo-

nha toda ta na nossa cara, a bunda não tem vergonha lhéi só!Era por isso que seu Baldo-

íno fazia o numero dois da-quele jeito, as bundas eram todas parecidas, mas a cara tinha que ter vergonha e não mostrar pra ninguém. Seu Bal-doíno era o que de fato tinha muita vergonha na cara, mas na bunda. Vai entender!

Nos últimos dias 10 e 11 de maio, na sede do núcleo Picinguaba do parque esta-dual, aconteceu o curso de capacitação de monitores promovido pela Universidade Federal de São Carlos em par-ceria com o PESM-Picinguaba. Seu conteúdo foi ministrado pelo professor Vitor Lopes da-quela conceituada instituição de ensino. O público foi bem diversificado incluindo pessoal do segmento turístico-hotelei-ro, guias, monitores e profis-sionais liberais. Os trabalhos foram realiza-

dos em dois módulos e desta vez foi tratado temas com mui-ta teoria, discussões e deba-tes. O modulo 1, realizado no sábado abortou temas sobre o condutor de ecoturismo e as técnicas básicas de condução, dentro desta temática falou--se sobre as funções e res-ponsabilidades do condutor, o conduzido, as técnicas de

PROMATA participa de curso de capacitação de monitores

condução e a gestão de con-flitos. Já o segundo módulo, tratou da gestão de seguran-ça abordando classificação de riscos, padrões e precauções e a normas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técni-cas) de gestão de segurança especificamente. No segundo dia em forma de

mesa redonda, tratou da ges-tão de segurança da atividade abordando enquadramentos das normas ABNT (Associação Brasileira de Normas Técni-cas) e a formatação de minu-ta de normas para as praticas vigentes e futuras a atividade. Este curso é continuação dos realizados em 2013. Para este ano ainda são esperados mais quatro módulos. A Promata já pode colocar

em pratica algumas das li-ções aprendidas nos cursos da UFSCAR, principalmente no ano passado. Agora é esperar que venham os outros.

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Página 14 Jornal MARANDUBA News Junho 2014

Moradora inspira canção com letra que fala sobre frutos da terra

A caiçara Odete Gonçalves de Oliveira Prado, 76, morado-ra da Maranduba, foi contem-plada pelo filho Givanildo de Oliveira Prado com uma bela canção sobre os frutos de que esta terra caiçara produzia. O intuito foi recordar através da música, em referencia as abundancias de seres e frutos, do fornecimento de alimento ao caiçara num passado não tão distante.Tudo começou quando numa

visita corriqueira Givanildo foi à casa de seus pais na Maranduba. Na sala com ou-tros irmãos e amigos, tocan-do violão e fazendo algumas canções como sempre, resol-veu tocar outra musica de sua autoria - O Urutau. Sua mãe ouviu e aproveitou a oportuni-dade para pedir que fizessem uma canção, mas que falasse ao menos um pouco sobre os bichos que existem nas pedras da costeira, na areia da praia, por exemplo.A solicitação, segundo a mo-

radora, é para que estes no-mes fiquem gravados na lem-brança dos que conheceram estes seres, também para os que nunca ouviram falar co-nheceram seus nomes dentro de nossa cultura. Conta dona Odete que “pra nós é natural falar em preguaí, corondó e outros nomes diferentes dos bichos. Tenho certeza que um dia vai acabar ficando perdido e esquecido no tempo e na memória de nosso povo estas palavras’’, comenta a sabia se-nhora. Givanildo conta que no dia

seguinte, ao chegar a sua casa, começou a trabalhar no pedido de sua mãe, então co-meçou trabalhar em uma mu-sica que já estava compondo

só com o auxilio do violão. “Comecei a cantarolar a letra, que saiu encaixando perfeita-mente nas notas. É lógico que a letra da canção não traz to-dos os nomes dos bichos exis-tentes, mas ao menos uma parte consegui colocar”. Por assim dizer, conta o mú-

sico, que na realidade não fez um favor a sua mãe, foi ela quem deu a grande ideia que lhe deu a oportunidade de re-alizar uma obra importante à cultura regional. “Minha mãe me presenteou com a idéia da letra, pois a melodia já esta-va na minha mente ha algum tempo”, reitera Givanildo. Pela letra muitos poderão

se identificar com sua cultu-ra, além de trazer boas re-cordações sobre a história coletiva e individual de cada morador tradicional, poderá trazer a satisfação de que de fato cada um participou deste momento na história gastro-nômica do país. Como diz o ditado popular que “para um bom entender um pingo é i”,

basta apreciar a letra da mu-sica composta por Giva a sua mãe dona Odete e saborear as coisas boas de um passado glorioso, cheio de vida, respei-toso e principalmente da mais pura e verdadeira liberdade.

‘’Frutos da Terra’’Letra: Givanildo de O. PradoPor onde andam, onde estão?Procuro na areia da praia e no

marOs Guaruçás saíam correr sob os

jundús...Hoje só restaram... os urubus...

Onde estão os Guaiás?Santolas, Candeias e Pindás?

E os Corondós, as Manjarratas, Cambiás,

Sapinhaoás e pegoavas?E o preguaí só “Vira-cambote”

Que eu conheci um dia....que sorte!!

E aos que se dizem civilizadosSão nada mais , que ambiciososCom suas máquinas levaram seu

lar,Mas ainda existe a linda paisa-

gem,Restou ao menos o belo luar...

....e ao povo sofrido?.....A tristeza no olhar.

Jovem músico publica clipe no YouTube

EZEQUIEL DOS SANTOSO jovem Jefferson Adria-

ni de Morais Prado, 18 anos, morador do Sertão da Quina, inovou e resolveu publicar seu primeiro clipe musical na internet. No canal youtube seu trabalho tem quase qua-tro minutos de imagem e som. O trabalho foi produzido com a parceria da Bravo Multimídia e seu pai. O clipe foi filmado na praia da Maranduba em dois pontos, próximo a barra do rio e no point. Joyce Dias é a bela jovem que faz par com Jeffinho Morais. Segundo o jovem musico,

foi de madrugada que a sur-giu a letra da musica. “Escre-vi durante a noite, em uma semana estudei o texto e fiz as correções e adaptações ne-cessárias, na semana seguinte realizei as melhorias”, conta Jefferson. A parceria com seu pai e o

publicitário Luiz Henrique foi muito importante, com eles foi possível refinar o trabalho, que não é fácil, diz o jovem. Na realidade foram dois anos

de trabalho, esta musica, se-gundo o idealizador do pro-

jeto, levou três meses para sua finalização até ir ao ar na internet. O álbum intitulado “Em Frente ao Mar” possui dez músicas e amor sincero é a primeira a ser lançada. Na en-trevista o musico parecia meio tímido, mas não é o que é visto no clipe, lá ele canta com mi-crofone e toca violão em meio aos turistas, caminha pela praia com e sem sua parceira de trabalho, tudo sem esboçar nenhum sinal de nervoso ou timidez. O clipe esta disponível no seguinte endereço eletrô-nico - https://www.youtube.com/watch?v=h5wItzHUH34. A melodia possui letra fácil

de ser decorada e cantada, fala de saudades e de uma paixão entre duas pessoas e as duvidas da prova de um amor sincero, a batida musi-cal remete a uma brasilidade acústica bem leve, possui um balanço convidativo e suave, gostoso de ouvir. Agora é ficar na torcida para

que o sucesso venha a cavalo e aguardar o término do res-tante do trabalho para que todos possam apreciar. Boa sorte a todos e sucessos.

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Junho 2014 Jornal MARANDUBA News Página 15

Coluna da

Adelina Campi

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Dia dos NamoradosSaiba a origem desta data propícia para troca de presentes entre apaixonados

LUIZ PAULONa última terça de abril, 29,

o colégio estadual Áurea Mo-reira Rachou, Sertão da Quina, recebeu o projeto Mini Tour Rock Escola, que já passou por quatro escolas da cidade de Ubatuba. O Projeto consiste em uma curta apresentação entre os intervalos de aulas (recreio), onde o grupo toca quatro can-ções autorais, sendo elas: Pri-meiro Olhar, Quero Dizer, A Corja e Rolê. Após as músicas a banda fala rapidamente sobre a importância do Rock Nacional. O grupo Engrennagem é cate-górico em dizer que se trata de uma banda adepta à poesia do Rock em si. Cada integrante de-fende em suas vidas pessoais o lema “diga não as drogas”, por isso também fazem um traba-lho de conscientização ao NÃO uso de drogas. Mesmo com o curto tempo de

apresentação, a banda fez o maior sucesso entre os alunos, promoveu satisfação absoluta entre a direção, coordenação, Staff de professores e deixou um gostinho de quero mais. O grupo informa que após o colé-gio Áurea várias outras escolas procuram o projeto e que serão todas atendidas. O Mini tour Rock Escola é uma iniciativa da banda de Rock Engrennagem da cidade de Ubatuba e quem

Projeto Rock Escola sucesso absoluto no Colégio Áurea Moreira Rachou

quiser maiores informações é só visitar o site www.engren-nagem.com.br ou entrar em contato pelo e-mail [email protected]

IniciativaA banda se preocupou em

realizar um projeto 100% com suas próprias pernas. Todas as atividades são integramente custeadas pelo Engrennagem: equipamentos pessoais, roadie (equipe que executa toda parte pré-produção de um show, pre-parando inclusive o palco para o evento), fotógrafo, transpor-te e todo material promocional usado nas apresentações são de inteira responsabilidade da banda. O projeto não cobra custo ne-

nhum das escolas ou dos alu-nos e nenhum horário de aula é afetado. Embora seja um show de 10 minutos apenas, a ban-da comenta que tem sido um grande estimulo, uma expe-riência única, pois observar a satisfação, o sorriso e a alegria dos alunos é um combustível imenso e uma alegria acima das palavras, reafirma seus in-tegrantes. A direção, coordenadores e

professores do colégio agrade-cem a oportunidade dispensada pela banda e os alunos, claro! aguardam para mais uma visita do projeto Rock Escola.

O Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim é uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amoro-sa entre casais sendo comum a troca de cartões e presentes com simbolismo de mesmo intuito, tais como as tradicio-nais caixas de bombons. Em Portugal, assim como em mui-tos outros países, comemora--se no dia 14 de Fevereiro. No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de junho, véspera do dia de Santo António, tam-bém conhecido pela fama de “Santo Casamenteiro”.A história do Dia de São Va-

lentim remonta a um obscuro dia de jejum tido em homena-gem a São Valentim. A asso-ciação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o con-ceito de amor romântico foi formulado.O bispo Valentim lutou contra

as ordens do imperador Cláu-dio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.Continuou celebrando ca-

samentos, apesar da proibi-ção do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, mui-tos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquan-to aguardava na prisão o cum-primento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega

de um carcereiro e, milagrosa-mente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assi-nava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.Considerado mártir pela Igre-

ja Católica, a data de sua mor-te - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sa-cerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.Outra versão diz que no sé-

culo XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar são Va-lentim como a união do Dia dos Namorados. A data foi adotada um século depois nos Estados Unidos, tornando-se o The Valentine’s Day. E na Ida-de Média, dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pás-saros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensa-gens de amor na soleira da porta do(a) amado(a). Na sua forma moderna, a tradição surgiu em 1840, nos Estados Unidos, depois que Esther Ho-wland vendeu US$ 5000 em cartões do Dia dos Namora-

dos, uma quantia elevada na época. Desde aí, a tradição de enviar cartões continuou cres-cendo, e no século XX se es-palhou por todo o mundo.Atualmente, o dia é princi-

palmente associado à troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a fi-gura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prá-tica de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa.O dia de São Valentim era até

há algumas décadas uma fes-ta comemorada principalmen-te em países anglo-saxões, mas ao longo do século XX o hábito estendeu-se a muitos outros países.Data no BrasilNo Brasil, a data é comemo-

rada no dia 12 de Junho por ser véspera do 13 de Junho, Dia de Santo António, santo português com tradição de ca-samenteiro.A data provavelmente surgiu

no comércio paulista, quan-do o comerciante João Dória trouxe a ideia do exterior e a apresentou aos comerciantes. A ideia se expandiu pelo Bra-sil, amparada pela correlação com o Dia de São Valentim — que nos países do hemisfério norte ocorre em 14 de feverei-ro e é utilizada para incentivar a troca de presentes entre os apaixonados.

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