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Maranduba, 15 de Maio de 2010 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano I - Edição 07 Destaque: Sabesp amplia sistema de abastecimento na Costa Sul pg 03 Notícias: Encontro de Motoclubes é marcado por ação social Cesta básica gera confusão na Caçandoca pg 04 Esporte: Meninas de Ubatuba conquistam prata nos Jogos Estaduais da Juventude pg 05 Dica de Turismo: Praia Grande do Bonete: tranquilidade o ano todo pg 08 Cultura, história e hospitalidade fazem parte da paisagem pg 09 Gente da Nossa História: Nagib Abdo Hanna, um homem de visão pg 10 Cultura: Grupo Escolar da Maranduba de 1932 pg 13 Crônica: O dia em que Cunhambebe fugiu pg 14 Saúde: O que provoca o Estresse pg 15

Jornal Maranduba News #07

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Informações da região sul do Municipio de Ubatuba

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Page 1: Jornal Maranduba News #07

Maranduba, 15 de Maio de 2010 - Disponível na Internet no site www.jornalmaranduba.com.br - Ano I - Edição 07

Destaque:

Sabesp amplia sistema de abastecimento na Costa Sul pg 03

Notícias:

Encontro de Motoclubes é marcado por ação socialCesta básica gera confusão na Caçandoca pg 04

Esporte:

Meninas de Ubatuba conquistam pratanos Jogos Estaduais da Juventude pg 05

Dica de Turismo:

Praia Grande do Bonete: tranquilidade o ano todo pg 08

Cultura, história e hospitalidade fazem parte da paisagem pg 09

Gente da Nossa História:

Nagib Abdo Hanna, um homem de visão pg 10

Cultura:

Grupo Escolar da Maranduba de 1932 pg 13

Crônica:

O dia em que Cunhambebe fugiu pg 14

Saúde:

O que provoca o Estresse pg 15

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Página 2 Jornal MARANDUBA News 15 Maio 2010

Cartas à Redação

Editado por:Litoral Virtual Produção e Publicidade Ltda.

Caixa Postal 1524 - CEP 11675-970Fones: (12) 3843.1262 (12) 9714.5678 / (12) 7813.7563

Nextel ID: 55*96*28016e-mail: [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplares - Periodicidade: quinzenal

Responsabilidade Editorial:Emilio Campi

Colaboradores:

Adelina Campi, Ezequiel dos Santos, Uesles Rodrigues, Camilo de Lellis Santos, Denis Ronaldo e Fernando Pedreira

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da direção deste informativo

EditorialSinalização IÉ indiscutível a importância

da sinalização dos nossos ser-viços turísticos na SP-55. Esta sinalização é destinada (por óbvio) aos usuários da tal ro-dovia que cabe ressaltar, foi construída e planejada com características técnicas para ser um equipamento turístico e não uma via expressa.

Da nossa omissão e inércia foram surgindo às interferên-cias e as tutelas do estado. Foram-nos impostas regras e leis tão restritivas de uso de território e de exercício de ati-vidades produtivas que nos engessaram economicamen-te. Depois de tantos séculos de existência e de sermos co-baias de tantas “experiências”, devemos assumir nossa maio-ridade cidadã. Com ela cobrar e exigir o respeito que mere-cemos como cidadãos e con-tribuintes, Não devemos mais aceitar incontinentes, tantas imposições arquitetadas, mui-tas delas em escritórios com ar refrigerado, nos porões da ignorância e da estupidez.

Na sequência segue contun-dente e louvável opinião do amigo Ezio Pastore. Louvável principalmente no que tange sobre a virtude existente na busca de encontrar-se o “meio termo” na “explícita” virtuose das ações dos dirigentes do DER no tema Placas da SP-55.

Ronaldo DiasUbatuba, SP

Sinalização IIPode-se fazer de maneira profis-

sional ou amadora, com responsa-bilidade ou leviandade, com inte-ligência ou sem ela. O bom senso deve sempre presente e não es-quecer que a virtude será encon-trada sempre no meio termo.

Os poderes públicos tem que obrigatoriamente ser os gran-des articuladores de todos os agentes da sociedade, estimu-lando investimentos e fornecen-do suporte à iniciativa privada garantindo ambiente propício às atividades sociais culturais e econômicas. Basta de priorizar a continuidade o protecionismo e o empreguismo, o se faz neces-sário são ações para o município sua população e sua vocação.

A Secretaria de Esporte Lazer e Turismo do Estado de São Paulo afirma que os projetos de sinalização turísticas são de responsabilidade do DADE, mas que a Secretaria entrou em con-tato com a Secretaria de Trans-portes pedindo um novo projeto de sinalização para a região e só esta dependendo de algu-mas informações, circuitos e roteiros. Pode-se entender que a Secretaria atropelou o DADE e que é ignorante no que diz res-peito ao litoral norte do estado de São Paulo já que não conhe-ce seus circuitos e roteiros.

Mas o absurdo não se resu-me ao exposto, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo tramita projeto de lei 1303/2009 com a alcunha de “ estrada limpa “ que estabe-lecera critérios de ordenação de elementos paisagísticos nas rodovias estaduais tendo como relator o dep. Afonso Lobato. No final da pugna quem preva-lecerá? A Secretaria, o DADE, o DER ou o 1303/2009?

Mas os citados desconhecem a resolução 160/04 do Conse-lho Nacional de Transito que

define e padroniza a sinaliza-ção nas vias em todo território nacional; placas de regulamen-tação, placas de sinalização de advertência, placas especiais de advertência, placas de iden-tificação de rodovias e estra-das, placas de orientação de destino, placas de serviços au-xiliares, placas de atrativos tu-rísticos, placas para atividades de interesse turístico, áreas de recreação, áreas pratica espor-te, atrativos históricos culturais.

Assim sendo não é necessário nenhum tipo de projeto porque a coisa já esta feita e definida no que diz respeito as placas indicativas (serviço auxiliar- atrativo turístico atividade de interesse turística). É intrigante e motivo de preocupação a per-manência de outras na rodovia que estão completamente fora do padrão da 160/04 CONTRAN servindo outros interesses.

A SP 55 precisa mais do que critérios de ordenação de elementos paisagísticas ela é deficiente em sinalização ho-

rizontal, sinalização vertical, refletores noturnos, marcos de km, belvederes, limpeza de acostamento e policiamento. Que o DER faça sua parte para isso é que existe. Para isso é que são pagos. Os estabeleci-mentos cujas placas indicativas foram arrancadas são de em-presários que estão inseridos na parcela produtiva da popu-lação não havendo por isso ne-cessidade do DER agir na cala-da da noite com escolta policial, arrancando e conseqüentemen-te danificando as placas.

Perdem todos: o turista que não tem nenhum tipo de orien-tação; o município que continua patinando na tentativa de ser destino turístico padrão; o DER pela forma truculenta e espa-lhafatosa de agir; a Secretaria de Turismo que não é coerente ágil e operante; as entidades representativas de classes com o seu silencio e toda a popula-ção de Ubatuba.

Ezio PastoreUbatuba, SP

Painel do Leitor

O leitor Waldeci Cavalcanti, morador da Rua Cabo Norberto Hen-rique Weber, na Maranduba, contestou a matéria da edição an-terior onde diz que a prefeitura realizou manutenção na sua rua. Waldeci falou que já fez vários pedidos junto a AR Sul para re-paro e nivelamento da rua que, devido as chuvas, possui trechos com lama e água parada, o que se torna um risco para prolife-ração do mosquito da dengue. A AR Sul foi comunicada e afirma que tomará as devidas providências para solucionar o problema.

O inverno chegou, e com ele aquele friozinho gostoso. Pena que a maioria pensa que frio é só para curtir na serra. Poucos sabem as vantagens de apro-veitar o inverno a beira-mar. A paisagem fica mais bonita, o mar mais azul, o céu mais limpo proporcionando espeta-culares cenas ao amanhecer e ao entardecer.Quem duvida é só sair cedi-

nho para fazer uma caminha-da na beira da praia. Mesmo com o frio da manhã, o exercí-cio de caminhar aquece o cor-po além de fazer bem à saúde.No entardecer, mesmo com

aquele ventinho frio, pode se apreciar a imponência do mar que nesta época permanece quase sempre agitado.A falta de divulgação dessas

vantagens aliada a falta de eventos para a época são as responsáveis pelo baixo mo-vimento de turistas na região.Seguindo a tradição antiga,

várias festividades eram rea-lizadas no inverno, acompa-nhando o calendário do tem-po e o religioso. Tivemos até grandes festivais de música, inclusive no inverno. Vejam o exemplo de cidades como São Luiz do Paraitinga, Cunha e Parati, que aproveitaram o que já tinham.Precisamos mostrar que praia

não é só verão. Temos muitas coisas a oferecer não só no in-verno, mas o ano todo.

Emilio Campi

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15 Maio 2010 Jornal MARANDUBA News Página 3

Sabesp amplia sistema de abastecimento na Costa Sul de UbatubaFotos: Emilio Campi

LUCIANE TEIXEIRA SALLESA Sabesp está ampliando

o sistema público de abas-tecimento para a região de Maranduba, Sapé, Lagoinha e Sertões, no município de Ubatuba, com o objetivo de regularizar o abastecimento e melhorar o processo de trata-mento da água.

Estudos técnicos feitos pela empresa com projeção para até 2030 vão antecipar a am-pliação do sistema público levando-se em consideração o crescimento vegetativo da re-gião para atender cerca de 57 mil habitantes (população fixa e flutuante).

A Sabesp enviou à Câmara Municipal de Ubatuba docu-mento contendo informações técnicas do projeto, que pre-vê implantação de 2,6 km de adutoras de água bruta, uma Estação de Tratamento de Água, estação elevatória para transportar a água tratada, um centro de reservação, além de 73 quilômetros de rede de rede de distribuição a ser im-plantada de forma escalonada. “A escolha da Sabesp pelo ma-nancial a ser utilizado conside-rou, além das vazões mínimas, os fatores técnicos e ambien-tais envolvidos, assim como a segurança sanitária da bacia”, afirma o superintendente José Bosco Fernandes de Castro. Segundo ele, a captação da Sabesp assim como a barra-gem serão instaladas sem pre-juízo ao livre acesso do público à Cachoeira da Renata e ou-tras áreas de recreação.

Cachoeira da BaciaNo dia 31 de março, a Sa-

besp convidou representantes da Cetesb e as comunidades dos bairros de Ubatuba, Praia Dura, Folha Seca, Rio Escuro e Corcovado para esclarecer so-bre a implantação do sistema

de água e esgoto na região. O projeto que vai atender 8.300 pessoas com água tratada, in-clui uma captação e barramen-to no Rio Escuro, uma estação de tratamento compacta, reser-vatório, adutora de água bruta, 14,7 mil metros de rede de dis-tribuição e ligações de água.

A Sabesp possui projetos de água e esgoto para esta área, porém, com o início no pro-cesso de entrada nos licencia-mentos, houve uma demanda por parte das comunidades envolvidas no projeto, que se manifestou contrária a insta-lação da captação e do bar-

ramento na área da Cachoei-ra da Bacia, que é um ponto turístico. O Ministério Público entendeu que esta era uma obra de importância social e a Sabesp alterou o projeto para atender a comunidade equa-cionando este problema.

Segundo a superintendên-cia é importante lembrar que, a partir do início das obras, a Sabesp fará uma captação controlada outorgada pelo (DAEE) Departamento de Águas e Energia Elétrica, for-necendo água tratada aten-dendo a Portaria 518 do Mi-nistério da Saúde.

Segundo a Sabesp, a barragem será instalada sem prejuízo ao livre acesso do público à Cachoeira da Renata

Cachoeira da Bacia: 8.300 pessoas beneficiadas com as obras

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Página 4 Jornal MARANDUBA News 15 Maio 2010

Projeto ambiental dá “nova cara” à escola no Sertão da Quina

O Projeto Cuidágua na Esco-la, desenvolvido pela ONG AS-SU-Ubatuba, promoveu o ‘Mu-tirão de Experimentação’ com a comunidade escolar da Esco-la Municipal Nativa Fernandes, localizada no Sertão da Quina, região Sul de Ubatuba.

Cerca de 90 participantes, entre pais, alunos, professo-res, funcionários e direção realizaram intervenções no sistema hídrico da escola, tais como: drenagem para resolver problemas de alagamento do pátio, ginásio, salas de aula e refeitório (instalação de tubula-ção coletora, redirecionamento da água das calhas, plantio do círculo de bananeiras); pintu-ra coletiva na acima do bebe-douro sobre o ciclo da água; decoração nas paredes dos banheiros com instalação de assentos dos vasos sanitários e produção de artefatos com uso de sucata (especialmente de PET), além de brincadeiras e jogos com as crianças.

‘Um lindo coral infantil abriu o evento e inundou nossos corações de alegria e entu-siasmo para trabalhar juntos pelo cuidado das águas’, disse a educadora ambiental Bruna Nazzari, integrante da equipe do Projeto. O Mutirão propor-cionou mais de 5 horas praze-

rosas de muito trabalho, onde via-se crianças e adultos en-volvidos no cuidado e melhoria da escola e do meio ambiente. O próximo mutirão do Projeto Cuidágua na Escola será rea-lizado na E.M. Iberê Ananias (Picinguaba) entre os meses de maio e junho.

Maria Luiza Camargo, coor-denadora do Projeto, ressalta que estas ações pretendem auxiliar as escolas em seu caminho à sustentabilidade, estimulando o uso das inter-venções como prática pedagó-gica. “Estamos desenvolvendo o Guia Cuidágua na Escola, que trará esta proposta e que será entregue a todas as es-colas de ensino fundamental da rede municipal de Ubatuba, ainda no primeiro semestre de 2010”, promete a educadora.

O Projeto Cuidágua na Es-cola é uma iniciativa da As-sociação Socio-ambientalista Somos Ubatuba (ASSU), finan-ciado pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), em parceria com a Secretarias Municipais de Educação, de Meio ambiente e de Agricul-tura, Pesca e Abastecimento, Instituto Argonauta, Aquário de Ubatuba e apoio da Fun-dação Pró-Tamar e SOS Mata Atlântica. (Fonte: Imprensa Livre)

A Associação de Morado-res de Maranduba e Amigos – AMMA totalmente voltada para as questões sociais e empenha-da na luta pelo suprimento das necessidades do bairro, apre-senta sua pauta de atividades para o biênio 2010-2012:

1 - Ação Social Ciclo de Pa-lestras nos seguimentos do Saúde, Direito, Meio Ambien-te, Engenharia e Arquitetura, Educação e Cultura, Seguran-ça e Turismo. Projetos para a melhoria do P.A.S. (Posto de Atendimento de Saúde) e P.S.F. (Programa de Saúde da Família). Projetos para a pre-servação, fomento e divulga-ção da arte e cultura caiçara.

2 - Obras e Infra-estrutura –

AMMA divulga pauta de atividades para o biênio 2010-2012

Praias (lixeiras, cinzeiros, pla-cas informativas, fiscalização), Rios (entornos, lançamento de esgotos, fiscalização), Utiliza-ção de Áreas Públicas, Comtur e Administração Regional Sul.

3 - Entretenimento e Capa-citação – Cinema Itinerante, Curso de Liderança Comuni-tária (Fundação Alavanca), Eventos Esportivos e Culturais, Parceria e colaboração com o Jornal Maranduba News.

A Associação convida a to-dos os moradores e amigos de Maranduba a participarem de suas reuniões que se realizam em todas as primeiras Quin-tas-feiras de cada mês, as 20hs, na Escola Insight Digi-tal. Informações: 3849 5522.

Cesta básica gera confusão na CaçandocaMoradores da Comunidade

do Quilombo da Caçandoca e Caçandoquinha apontam ir-regularidades na distribuição das cestas básicas.

Oficialmente seriam 53 ces-tas básicas a serem encami-nhados aos moradores da lo-calidade, só que as mesmas 53 foram redivididas em 110 cestas.

A DenúnciaSegundo Neide Antunes de

Sá, “Para a comunidade, 53 cestas seriam o suficiente e até sobraria. As listas de fa-mílias a serem atendidas pos-suem nomes de moradores de Tietê e até do Guarujá, no lito-ral sul de São Paulo”. Segundo Neide, especulações apontam

ainda que o caminhão que en-trega a cesta básica deixa al-gumas cestas em outros locais antes de chegar no quilombo. A cesta tem um prazo hábil para ser retirada. Caso isto não aconteça ela será redis-tribuída. A moradora informa ainda que existe um processo por conta do uso irregular na distribuição das cestas, “É que usam este direito para fins po-líticos”, declara.

Outro ladoSegundo Antonio dos San-

tos, presidente da Associa-ção dos Remanescentes da Comunidade do Quilombo Caçandoca, a distribuição das cestas básicas obedece aos critérios instituídos pela as-

EZEQUIEL DOS SANTOSSob o título de “Não importa

o tamanho da sua doação - P M ou G”, o Motoclube Dose Le-tal realizou no Sertão da Qui-na, o II Encontro Motoclube na Campanha do Agasalho, que além de realizar o encon-tro entre as irmandades do as-falto focou na arrecadação de roupas e sapatos.

O evento aconteceu no bairro no espaço D’Menor nos dia um e dois de abril e contou com cerca de quinhentos participantes.

A ação de dois dias arrecadou por volta de 150 quilos de rou-pas e calçados que serão entre-gues as famílias em risco social. Nos últimos dois meses foram entregues pelo motoclube cinco cestas de alimentos, ação mui-to bem vista pela comunidade e pelas famílias atendidas.

O evento recebeu os seguin-tes motoclubes: Puro Veneno, Falcões, Cruz de Ferro, Car-dume do Asfalto, Barbados do Asfalto, Traya, Tamoios, Phan-ton, Ratos da Praia e Lost. A

sociação. “Somente os asso-ciados cadastrados no INCRA podem receber o benefício. Existem associados que mes-mo não morando no quilombo, podem receber as cestas, pois estão devidamente legaliza-dos e cadastrados para isso”, afirma Santos.

O presidente da associação também falou que essas pes-soas que reclamam por não receberem as cestas básicas, não são e nem querem se as-sociar. “Somos quase todos parentes, e convidamos es-sas pessoas a se associarem conosco para, além de forta-lecer a associação, receberem os benefícios que ela propor-ciona”, finaliza Santos.

Encontro de Motoclubes é marcada por ação social

noite de sábado foi regada pela alegria dos grupos musicais: Poder Paralelo e Stick Little.

Os organizadores do evento agradecem ao Vereador Ro-gério Frediani que forneceu o palco e os equipamentos, aos motoclubes e a comunidade que também colaborou na ar-

recadação. Nos últimos anos os motoclubes têm colabora-do muito com autoridades em campanhas de conscientização como as de segurança e orien-tação de transito. O Dose Le-tal planeja outras ações ainda para este ano. Vale a pena conferir.

Representantes de vários motoclubes prestigiaram o evento

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Meninas de Ubatuba conquistam prata nos Jogos Estaduais da Juventude

EZEQUIEL DOS SANTOSNo último dia 02 na cida-

de de São José dos Campos, com um placar de 5x1 a favor do São José Futebol Clube, a seleção feminina de fute-bol de Ubatuba conquistou o vice-campeonato da fase re-gional dos Jogos da Juventu-de do Campeonato Estadual. Os jogos foram por etapas re-gionais: disputas no litoral, no Vale do Paraíba, no Estado e no brasileiro.

Seleção FemininaA seleção de Ubatuba tem

onze meninas da escola de futebol do Sertão da Quina. São elas: Núbia, Maysa, Carol, Gabi, Suelen, Grazi, Neidiani, Une, Jamile, Catieli e Aline.

A Secretaria Municipal de Esporte de Ubatuba foi res-ponsável por todas as despe-sas e atividades no evento. O

futebol feminino do Sertão da Quina em outras épocas tam-bém apresentou excelentes resultados.

Mulheres no campoComo era novidade ver mu-

lheres de chuteiras jogando, os locais das disputas viviam lotados. A qualidade do fute-bol feminino da nossa região foi e é destaque pela qua-lidade e determinação das atletas. A escolinha que des-pontou as atletas completa 12 anos, sendo 10 destinada ao futebol feminino. A escolinha possui 194 crianças, sendo 70 mulheres.

Pérsio Jordano, 31, profes-sor de Educação Física e res-ponsável pela escolinha, está otimista com os resultados. Para ele é gratificante acom-panhar o desenvolvimento das crianças. Muitos pais já fre-

qüentaram a escolinha e hoje levam seus filhos sabendo da importância do desenvol-vimento físico e mental e do convívio social que as ativida-des proporcionam.

ReconhecimentoPérsio já foi homenagea-

do pela Câmara Municipal de Ubatuba pelo trabalho apre-sentado na Comunidade. “É muito importante que os pais participem das atividades dos filhos, que incentivem as crianças a praticarem alguma atividade esportiva”, comenta Pérsio.

AgradecimentoPais, atletas e colaborado-

res agradecem a diretoria da ACESQ pelo empréstimo do campo sem o que não exis-tiam troféus e medalhas a serem apresentados a comu-nidade.

Após disputar cinco jugos, as atletas de Ubatuba conquistaram o vice-campeonato regional

Moradores da Maranduba e outros bairros da região sul de Ubatuba estiveram reunidos com representantes da prefei-tura na noite da última terça-feira, 11. O secretário munici-pal de Turismo, René Nakaya; o secretário de Obras e Ser-viços Públicos, José Roberto Júnior; o Ouvidor Geral, Luiz Felipe Azevedo e o assessor de Assuntos Comunitários, Luiz Roberto Sant’anna de Paula estiveram na sede da Adminis-tração Regional Sul tirando dú-vidas e colocando a prefeitura

à disposição para quaisquer es-clarecimentos, na tentativa de melhorar os serviços prestados à população daquela região.

Durante a reunião, os cerca de trinta presentes puderam de-finir, em conjunto com os secre-tários municipais, quais são as prioridades para a região. Entre elas, foram citados serviços de pavimentação, iluminação, lim-peza e saneamento. Outro as-sunto bastante discutido foi a realização de eventos na região sul a fim de atrair mais turistas durante o ano todo. (PMU)

Prefeitura busca atenderreivindicações da região sul

O Projeto Cuidágua Ln, fi-nanciado pelo FEHIDRO (Fun-do Estadual de Recursos Hídri-cos) do Governo de São Paulo, pretende colaborar com os Planos Municipais de Sanea-mento Básico envolvendo a participação popular. Ele teve início em fevereiro de 2010, e nesta fase seus multiplica-dores vão a campo levantar informações com a comunida-de sobre a situação atual do saneamento básico de seus bairros.

Através da metodologia adotada, o projeto pretende promover conexões entre: qualidade de vida e qualida-

Projeto Cuidágua Ln envolvea participação popular

de ambiental, comunidades e Comitê de Bacias, gestão de bacias e gestão municipal, sociedade civil organizada e poder público, os quatro mu-nicípios e o litoral norte, pro-postas populares e análises técnicas, enfim, interligar elos fundamentais num processo que gere resultados concretos e sustentáveis.

Para saber mais detalhes so-bre a iniciativa, entre em con-tato com Karina Sarilho - coor-denadora geral e responsável técnica do projeto Cuidágua Ln pelo tel.: (12) 3842-3189 ou pelo email: [email protected]

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Página 6 Jornal MARANDUBA News 15 Maio 2010

Vamos falar sobre turismo VI Regional em açãoFERNANDO PEDREIRA

E de repente já estamos no sexto comentário sobre Turis-mo, nossa participação no Plano de Desenvolvimento do Turismo Receptivo “PDTR”, no Conselho Municipal de Turismo e no Con-selho Regional de Turismo.

Publicamos comentários so-bre cinco dos sete projetos que elaboramos junto com o Sebrae que foram:

a) Sensibilização das Comu-nidades para a Importância do Turismo

b) Sensibilização das Escolas para a Importância do Turismo

c) Capacitação dos Empre-sários e Operacionais da Ca-deia Produtiva do Turismo

d) Formatação de Produtos Turísticos.

Todos disponibilizados no site deste jornal. Faltam ainda:

e) Gestão e Qualidadef) Comercialização.O projeto de Gestão e Quali-

dade mereceu desdobramento que foi o Projeto de Estrutura de Recepção.

Devo revelar que a esta al-tura dos acontecimentos estes projetos foram formatados à “fórceps”, ou seja, quase sem nenhuma participação e com a resistência minada pela in-terferência, de agentes en-comendados para que aquilo acabasse como acabou.

Quando conto esta passa-gem lembro logo do trecho da Crônica “Manhas e Artimanhas do Cacique Cunhambebe” do Arquiteto Renato Nunes con-tada também neste jornal na última edição que peço licença para mencionar:

“Deu como Exemplo o Se-guinte: qualquer um que co-meçasse a se destacar em um trabalho comunitário seria logo chamado de candidato a prefeito para que despertasse naqueles que pretendiam can-didatar-se a preocupação com o futuro concorrente. AÍ EN-TÃO TRABALHAVAM” CONTRA ELE”. E foi o que aconteceu.

Portanto, estes últimos, foram

projetos mais genéricos do que específicos para nossa Cidade.

Tenho falado também sobre o Circuito Litoral Norte que é o PDTR de forma regional e recomendado aos Empresários que procurassem a Associação Comercial, pois, os inscritos no projeto teriam Consulto-rias e Diagnósticos sobre a sua empresa e estariam desde que devidamente adaptados expostos no Site e em outros meios de comunicação que de-verão acontecer no desenvol-vimento do turismo da região.

Porém, em março, deveriam ter convocado ou visitado os empresários para iniciar este trabalho e como já estamos no meio de maio e até ago-ra nada, estou começando a acreditar em mais uma Arti-manha do Cacique Cunham-bebe. No que tange aos outros projetos como Sensibilização e Capacitação nada vemos. E quanto a Formatação de Pro-dutos Turísticos apenas as vi-sitas às Ruínas da Lagoinha e a Fazenda de Gengibre, muito pouco pelo nosso potencial.

Outro ponto que gostaria de abordar ainda sobre a última edição, deste jornal, foram duas Cartas à Redação falan-do sobre Emancipação Política da nossa Região.

Uma do respeitadíssimo ex-Prefeito Dr. José Nélio de Car-valho com o qual trabalhamos na formatação do Plano Diretor que cita como letra morta, pois novamente como tudo nada andou, mesmo sendo Lei.

Fala também que o movimen-to acabou gerando as adminis-trações regionais que no nosso caso é apenas um belo prédio.

Vimos ainda nesta edição a publicidade de obras em andamento da prefeitura de Ubatuba, que a Região Sul tem previsto para 2010 a “Ponte da Vergonha” a refor-ma da outra vergonha que é aquele fantasma do Portal da Cidade e a Reforma da Unida-de de Saúde.

Que reforma seria essa? Vi-ria com um Centro de Recep-ção ao Turista? Seria ali o local ideal? Haveria espaços comu-nitários para artesanato, Guias de Turismo, Centro de Tradi-ções Caiçara e Quilombola?

Teríamos outras obras e ações que pudessem ajudar a atrair o turismo fora de tempo-rada e aumentar a permanên-cia dos que aqui vem? Como Iluminação Pública, nada tão diferente do que se vê nos bairros de Getuba, Massaguaçú e Cocanha, na Cidade vizinha.

Pavimentação das Margi-nais, nada tão diferente de Massaguaçu e Cocanha.

Ou ficará apenas na conver-sa, pois, desde o primeiro ano de mandato que se fala na re-forma deste Portal, e desde que o mundo é mundo da tal ponte.

Quanto a Unidade de Saúde, não pude participar da reunião que o Dr. Clingel fez com as comunidades, mas tenho cer-teza que na tal reforma não será devolvido à Saúde o es-paço do Velório, sim porque faz parte da Saúde e o Velório imprescindível teria que ser construído em outro local.

Agora o Centro de Conven-ções, Píer Flutuante para Na-vios de Cruzeiro estes podem ter certeza que serão realiza-dos, acho que nós aqui da Re-gião Sul ficamos a ver navios. Aliás, dizem que foram vários Navios nesta temporada, al-guém aqui viu alguma coisa?

Pois bem, voltamos então à Estrutura de Recepção, esta que acabo de citar quando co-mentamos a reforma do Portal.

Este projeto tinha como objetivo geral a implementa-ção de ações que visassem a qualidade de estrutura de re-cepção turística de Ubatuba através de:

a) Sinalização Turísticab) Postos de Atendimentoc) Centros de Recepção.Estamos dispondo este tam-

bém no site, mas adianto que é algo genérico.

A Sociedade Unidos do Sertão da Quina, com sede na Rua Santa Elisa, número 298, Bairro do Sertão da Quina - Ubatuba, inscrita no CNPJ sob número 08.543.652/0001-84, convoca para a Reu-nião Ordinária a ser realizada no dia 24 de maio de 2.010, em sua sede social Rua Manoel Gaspar dos Santos, s/nº, neste bair-ro, tendo como pauta a eleição dos membros da diretoria, con-selho fiscal efetivo e suplentes, para o biênio de 2010 a 2.012, e alteração do estatuto conforme preceitua o estatuto social, As chapas poderão ser apresentadas até trinta minutos antes de começar a eleição, e terá inicio as 19 ( dezenove) horas e tér-mino as 20 (vinte) horas e 30 (trinta minutos) respectivamente quando será dada a posse a nova diretoria.

José Luciano Pinto Presidente da Sociedade Unidos do Sertão da Quina

Edital de ConvocaçãoManutenção da Rua 15 com material doado pelo camping S. Francisco

Limpeza de valas na Vila Bom Descanso

Fotos: James Ricardo

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15 Maio 2010 Jornal MARANDUBA News Página 7

EMILIO CAMPIQuem gosta de saborear

iguarias antes inexistentes em Ubatuba deve conhecer a Con-feitaria Bacana. Localizada ao lado do Shopping Porto Itaguá, o ambiente difere de tudo que já foi visto na região. Uma de-coração aconchegante oferece mesas com vista para a praia do Itaguá, onde podem ser saboreados os mais deliciosos pratos rápidos, lanches, pizzas e confeitos.

A arte da panificação chega ao supremo com bagetes es-peciais, pães doce, italiano, in-tegral, tudo sob o olhar atento do proprietário, Ronaldo Dias, que faz questão de oferecer sempre o melhor produto com ótima qualidade.

A vitrine de doces é sim-plesmente um convite à ten-tação: bolos, tortas, roscas, confeitados, quindins, bom-bas, sonhos, um mais deli-cioso que o outro. Difícil tam-bém é escolher antepastos e patês diversos como sardela, alichela, e outras maravilhas gastronômicas, tudo com os mais selecionados produtos.

Outra atração irresistivel que o Bacana oferece são os pratos executivos servidos durante o horário de almoço. São pratos rápidos, bem pre-parados, sempre duas opções entre peixe, carne ou massa.

Ponto de parada obriga-tório para os moradores de Ubatuba, o local já foi consa-grado pelo ótimo atendimento e pelo excepcional ambiente que oferece. É sempre um bom programa curtir o fim de tar-de saboreando um bem tirado chope, ou um café expresso, capuchino ou uma das várias opções de drinks disponíveis.

O Bacana fica na Avenida Leovigildo Dias Vieira 446, no Itaguá, ao lado do Shopping.

Bacana Confeitaria oferece delícias inéditas na região

Entre as delícias oferecidas pode se encontrar pães de várias espécies, bolos, roscas e uma infi-nidade de produtos artesanais, todos com uma qualidade insuperável.

O ambiente, de extremo bom gosto, torna o cenário ideal para degustar delíciosos doces

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Praia Grande do Bonete: tranquilidade o ano todoFotos: Emilio Campi

EZEQUIEL DOS SANTOSPartindo da Praia da Lagoinha

ou da Praia da Fortaleza através de uma trilha em meio à mata chega-se a Praia Grande do Bo-nete, a média de caminhada é entre 40 minutos e uma hora e meia. A trilha é do tempo dos primeiros moradores da região, os índios Tupinambás.

Assim como a água era a ro-dovia dos antigos moradores, as trilhas eram as pequenas estradas. Este trecho não foi diferente. É um pedaço da trilha que cortava o litoral de Santos ao Rio de Janeiro, usa-da por índios negros e, poste-riormente, por europeus colo-nizadores. Ao caminhar por estas trilhas tem-se a exata idéia do paraíso na terra, são imagens e encontros belíssi-mos, como avistar peixes e animais em movimento.

FestividadesTendo como padroeiros São

Sebastião e Nossa Senhora de Santana, o local já foi palco de grandes festividades e roças. Como toda pequena vila de cai-çaras, o tempo, as atividades cotidianas era movido pelo ca-lendário dos períodos de colhei-ta e pesca e também o religioso.

O local guarda muitos res-quícios de seu passado glorio-so, a festa de janeiro, a corri-da de canoa, a receptividade, o jeito de falar, de caminhar,

a interação com a natureza, manutenção do lugar, a defe-sa de seus patrimônios e por vezes a volta de seus filhos.

Como não tem rua, a dispo-sição dos acessos é bem in-teressante, grande parte tem nomes de peixes da região e é conduzida por plantas muito bem cuidadas nas laterais.

Ao centro da localidade uma Capela, que guarda uma be-líssima imagem de Cristo fei-ta em bronze confeccionada pelo artista Alberto Frioli, em sua antiga fundição de bronze na Praia do Perez. Em frente à escola existe uma área para as festividades. No local se produzia principalmente man-dioca, cana, banana, café, frutas e plantas de uso medi-camentoso, como o chá pre-to, local ideal para o cultivo. As pescas eram intercaladas com a agricultura, seguindo uma tradição de respeitabili-dade com os ciclos naturais de procriação de animais do mar e de terra. Era comum o mo-rador possuir a casa em frente à praia e trabalhar no “sertão-zinho”, que era a várzea e os morros. As casas eram baixas por conta dos ventos, janelas pequenas de tramelas e piso de tablado, principalmente na sala (maior espaço da residên-cia), onde acontecia os “bate-pé, a função, a catira”.

A Praia Grande do Bonete foi um dos melhores lugares para as atividades de bate-pé. Be-nedito Antunes de Sá, 75, da Caçandoca lembra bem das danças: “Quando víamos a fu-maça subir no canto da Praia Grande era o sinal para a fun-ção, as pessoas se reuniam na Caçandoca e se dividiam em grupos, os homens iam a pé, as mulheres de canoa, só no outro dia que as pessoas vol-tavam, era uma noite inteira de festanças”, termina. Mo-radores da Maranduba, ser-tão da Quina, Araribá, Rio da Prata, Tabatinga, Fortaleza e Praia Dura participavam das festividades. O povo da Praia Grande através de sua cultura e história manteve os laços do processo civilizatório nacional, o que acontece até hoje, seja nas festividades, no jeito de falar ou até no jeito de andar.

Mar do Caribe

O visitante quando está em cima da trilha, de qualquer uma delas, vê a maravilha que é o lugar. Por vezes as águas lembram muito mais as águas do Caribe, suas águas verde-claras, o que é um atrativo a parte, é possível avistar tarta-rugas próximos às pedras, de tão límpida, tem-se a sensação de que é um quadro com vidro por cima e que a paisagem por baixo se move lentamen-te, no ritmo da contemplação, do relax, nos convidando a ti-rar a pressa e as besteiras que trazemos do dia-a-dia.

A Praia Grande do Bonete é uma praia de tombo, de areias grossas e espetáculos naturais com ondas razoáveis, prin-cipalmente em períodos de ressaca. Seu canto esquerdo é maravilhoso para um mergu-lho de snorkel e para a pesca com vara, para um banho re-laxante, para as crianças en-

tão o paraíso. Suas areias de tão limpas produzem os “ics, ics” quando arrastamos os pés com pouco mais de força.

No seu canto direito, na costeira existe uma caverna, onde pescadores a utilizam como abrigo e curiosos imagi-nam quem poderia ter morado ali. Muitos visitantes sentem a responsabilidade de respeitar a natureza e a população, que além de um modo natural de vida, preservou parte dos seus costumes, que pode ser muito diferente de quem os visita. Basta olhar em seu entorno, onde as maiores mudanças foram por conta dos costumes urbanos e das casas de vera-neio e não dos moradores.

Existem ainda alguns ran-chos de canoas e uma peque-na barra de rio, espaço que serve de palco de partidas de futebol de areia e dos encon-tros costumeiros.Palco da tradicional corrida de canoas

Devido a seu isolamento, a praia Grande do Bonete preservou a cultura do local.

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Cultura, história e hospitalidade fazem parte da paisagemEm frente à praia Grande do

Bonete existe a Ilha do Mar Vi-rado, seu entorno é de águas fundas e não tem praia, mas mesmo assim já abrigou inú-meros moradores, é possível ver as marcas de casas no chão da ilha e ainda pedaços de casas de pau-a-pique na localidade. Existe abrigo nas pedras possível de ancorar uma embarcação.

Pesquisadores da Universida-de de São Paulo encontraram Sambaquis milenares na ilha, onde descobriram ossadas de moradores com idade superior a dois mil anos, nos estudos re-latam que estes povos viviam por volta de 25 anos, tinham estaturas baixas e viviam ex-clusivamente da coletas de ma-riscos, raramente caçavam, as pesquisas apontam ainda que a ilha tinha uma estreita ligação com o continente.

Do outro lado da ilha exis-tem dois cortes no morro que parecem que foram realizados por uma ferramenta gigan-te. No dia 21 de novembro de 1955, o Juiz de Direito da Comarca de Ubatuba, Dr. Al-pheu Guedes recebe a petição de protesto (88/55) por parte de Mabel Hime Masset, con-testando a posse centenária de metade da Ilha. Os mora-dores questionados na época eram: Sebastião Marcos, Qui-rino, Manoel e Eugenio Mar-cos, Antonio Leandro, Alcides Inocêncio, Luiz Lopes, Cons-tantino Gerônimo, Sebastião e Benedito Custódio, Francisco Mariano (vulgo Chiquinho) e Gerônimo Palmiro de Oliveira e suas respectivas mulheres.

OVNIO local guarda muito mis-

tério e belezas naturais, um desses mistérios fora relatado através da tradição oral Foi a retirada de um objeto seme-

lhante ao um cachimbo gi-gante das águas, na época os moradores foram proibidos de saírem de suas casas, e a tal peça foi içada por um navio da marinha americana. Na oca-sião um fotógrafo americano que estava nas Toninhas tirou algumas fotos e também foi levado, nunca mais o viram, especulações informam de que se tratava de um OVNI, isto parece que aconteceu na década da de 1930.

TempestadeMuitos moradores tinham

suas roças, agora todos sem exceção exerciam alguma atividade ligada a pesca. Em outubro de 1963, como nos descreve Maria de Lurdes Oliveira, 50, natural da Praia Grande do Bonete nos conta sobre a tempestade que ocor-reu nesta época. Neste episó-dio morreram pescadores de

várias localidades de Ubatuba. Foi um vento rápido de meia hora, mas o suficiente para causar danos irreparáveis, o mar subiu até o jundú, a areia da praia chegou a ir ao sertão, nas roças, casas ficaram des-telhadas, algumas destruídas parcialmente. Nesta tempesta-de, morreram o Domingos So-ares, Ismael e “Bito” Davi. Só o Ismael não foi encontrado.

Na missa de sétimo dia, na matriz, chegou a notícia, trazi-da por João Zacarias, de que haviam encontrado o corpo de Domingos Soares, foi uma co-moção, já que a missa na cida-de era em memória de todos os mortos naquela tempestade. As viúvas passaram por maus bocados. Elas assumiram as duas funções, a de pai e mãe, a roça e a pesca. Na época, os filhos já haviam acostumados a comer peixe todo dia.

Algumas crianças tinham de ser “engabelados” com peda-ços de madeiras bem secas no fogão a lenha dizendo que era peixe seco assado, só assim, as crianças matavam a von-tade. Maria lembra de alguns dos moradores mais antigos do local, são eles: Virgilio Lo-pes, Maria Carolina Lopes, Adelino, Tio Tim, Tiago e José Rosendo, João Pipoca, Lou-renço Tia Rita, Benedita Maria Soares, Domingos Gervásio, Anastácio e João da Várzea.

EstradaCom as necessidades de

melhorias, a comunidade havia solicitado a SUDELPA - Superintendência do Desen-volvimento do Litoral Paulista a abertura de uma estrada costal da Lagoinha até a Praia Grande do Bonete. O proces-so é o SPFU/3780/77, que em parceria com a Prefeitura Mu-

nicipal deu andamento no pe-dido. De inicio havia um abai-xo assinado de 158 pessoas solicitando a obra e que cus-taria aos cofres públicos CR$ 2.000.000,00 (dois milhões de Cruzeiros), orçada em 1986, conforme relatório 624 de 1986. O alto valor da obra fez com que o processo demoras-se, tempo o suficiente para a comunidade desistir da idéia. O processo durou de 1977 até 1986. A comunidade briga até hoje é pela implantação de energia elétrica no Perez.

Mesmo sem a estrada, mo-radores trazem o lixo de barco voluntariamente, por isso deve-mos trazer o nosso lixo, já que lugar com ares de paraíso não combina com lixo e com qual-quer tipo de depredação, agora é aproveitar a hospitalidade e as belezas que a mãe natureza deixou a esta população.

Foto: Emilio Campi

No passado, a Ilha do Mar Virado abrigou várias famílias tradicionais. Hoje é considerada sítio arqueológico.

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Gente da nossa história: Nagib Abdo Hanna, um homem de visão Página 10 Jornal MARANDUBA News 15 Maio 2010

Nascido em 22 de outubro de 1907, na Síria, Nagib Abdo Hanna veio para o Brasil com sete anos de idade. Formou-se em contabilidade e em 1927 construiu um dos primeiros cinemas de São Paulo, o Cine Jabaquara. Em 1930 iniciou no ramo da confecção através de uma máquina que reformou com as próprias mãos. Após algum tempo comprou a Ma-lharia Estrela. Em 1949 inicia a construção do Cine Estrela, um dos maiores cinemas de São Paulo na época, marco cultural na época.

Com um grupo de abnega-dos, fundou em 1935 o Hos-pital Clemente Ferreira. Nagib era o único não médico entre os fundadores. Foi também tesoureiro da Liga Paulista Anti-Tuberculose. O Hospital funcionou até 1985, sempre mantido com doações de seus fundadores.

Em 1954 inicia suas ativida-des no ramo imobiliário fun-dando a Construtora e Imo-biliária Jequitibá através do loteamento Jardim Londres, em Campinas, SP.

Em 1957 inicia sua paixão pela Maranduba. Mesmo en-frentando as dificuldades de acesso da época, Nagib inicia o Loteamento Maranduba com mais de quatrocentos lotes. Chegava a realizar duas via-gens por semana de São Paulo a Maranduba para realizar esse projeto.

Após desmembrar parte da antiga Brejahimirinduba que fazia parte da sesmaria de Dom Pedro de Alcântara, Nagib faz a divisão em lotes rurais que são exemplarmente cultivados por japoneses que aqui continuam esse trabalho até hoje.

Reconstruí o antigo engenho e passa a produzir uma exce-lente aguardente que foi co-nhecida como Maranduba.

Nos anos oitenta iniciou as obras para a regularização da barra do Rio Maranduba, tornando-o navegável e ca-paz de abrigar barcos de até quarenta pés, o que tornou possíveis obras náuticas de grande importância para o de-senvolvimento turístico e, para a criação de novos empregos na região.

A Associação dos Produtores Rurais de Ubatuba, através da Diretoria Sócio-Cultural insti-tuiu em 1997 o Prêmio “Nagib Abdo Hanna” a ser outorgado, anualmente, ao jovem que presta significativa contribui-ção ao desenvolvimento da agricultura e da comunidade rural nas áreas de pesquisa e inventos; práticas ou experiên-cias agrícolas, educação, meio ambiente e extensão de servi-ços à comunidade. O Prêmio é patrocinado pela Construtora e Imobiliária Jequitibá Ltda., e consta do valor de um e meio - salário mínimo acompanhado de uma placa de prata, conse-gui da pela Secretaria de Agri-cultura e Abastecimento do Município de Ubatuba.

A Associação dos Produtores Rurais prestou homenagem póstuma a Nagib Abdo Hanna em reconhecimento à sua grande colaboração no desen-volvimento da agricultura no município.

Nagib Abdo Hanna possibili-tou a instalação de numerosos sítios de produção agrícola na Região Sul. Após seu faleci-mento, seu filho Fábio Hanna, dando continuidade a esse tra-balho, vem prestando constan-te e crescente apoio aos pro-dutores rurais, favorecendo a atividade agrícola e incentivan-do os jovens iniciar ou manter tal atividade.

Em discurso proferido pelo saudoso Argemiro Parizzoto de Souza em 21 de dezembro de

1997, alguns trechos revelam um pouco sobre Nagib Abdo Hanna:

“Quem não se lembra do homem simples de terno es-curo e seu inconfundível cha-péu, sempre cortês e que duas vezes por semana percorria a Maranduba em seu impecável Chevrolet preto, de forma lha-na para cumprimentar e ouvir a gente simples a lhe pedir alguma coisa: ‘Sr. Nagib, me ceda aquela pequena casa de sua fazenda para eu abrigar a minha família’, ao que sempre, de forma afável atendia em seus pedidos, emprestando seu imóvel sem nada pedir em troca a não ser a conservação dos mesmos.

Queria também o Sr. Nagib que parte de sua fazenda fos-se utilizada para a agricultura e foi o que fez. Arrendando algumas áreas para a colônia japonesa e brasileira que aqui se instituíram o primeiro culti-vo de gengibre, que passou a ser exportado para o mundo pela sua excepcional qualidade e que permanece até os dias de hoje.

Com seu espírito empreen-dedor promoveu a retificação do Rio Maranduba, permitin-do a navegação de barcos de grande porte onde antes até canoas encalhavam.

Construiu por sua conta o enrrocamento com pedra bruta da entrada do rio para o mar, onde hoje existem marinas por onde pescadores aportam seu barcos trazendo excelente pes-cado do mar, antes impossível, permanecendo até hoje aque-las muralhas de pedra bruta como marco de seu incansável trabalho o qual veio a propiciar emprego e incentivo a todos. Com isso propiciou o turismo na região.”

Nagib Abdo Hanna faleceu me 21 de abril de 1988.

“Com seu espírito empreendedor, Nagib promoveu a retificação do Rio Maranduba, permitindo a navegação de barcos de grande porte onde antes até canoas encalhavam”

Argemiro Parizzoto

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15 Maio 2010 Jornal MARANDUBA News Página 11

Neste último dia 08 de maio aconteceu uma grande home-nagem as mães na E.E.Prof Áurea Moreira Rachou no Programa Escola da Família. Estiveram presentes mais de 250 pessoas entre mães, alu-nos, professores, voluntários e educadores. As mães foram agraciadas com sacolas recicla-das, participaram de sorteios e bingos , degustaram hot dog e refrigerante, assistiram diver-sos vídeos musicais e home-nagens, além de apreciarem a apresentação cultural de Kung Fu ( Mestre Valdir “Dragão” ) e Hip Hop que divertiu e tirou muitos aplausos dos presentes. Também puderam observar a exposição de artesanatos pro-duzidos nas oficinas e cursos oferecidos gratuitamente pelo Programa Escola da Família aos finais de semana na escola.

Segundo a Educadora Pro-fissional Gláucia C. Dias e a Gestora do P.E.F Adriana Leal o evento foi muito divertido, prazeroso e familiar, ações como esta elevam a auto-es-tima da comunidade e renova os laços de amor e amizade

Agradecemos a presença de todos, da disposição dos vo-luntários em especial do Sr. Ubirajara que confeccionou com grande amor as sacolas recicladas oferecidas as mães e dos Educadores Universi-tários: André Carollo, César Quintino e Gustavo Teixeira que trouxeram diversos brin-des para o Bingo, agradece-mos também a parceria do supermercado Supimpa, do comércio do D´ Menor e do Camping Club Lagoinha que sempre colaboram com os eventos realizados na escola.

Dia das Mães no ÁureaMARTA DE FARIA TANURI

A parceria entre escola e família vem sendo uma ta-refa contínua para a equipe do CEI Nativa Fernandes de Faria, creche do bairro Ser-tão da Quina, esta que vem promovendo ações voltadas às famílias e crianças, fortale-cendo os vínculos familiares e escolares. A equipe tem como orientação o Instituto Aryran de Desenvolvimento Humano, Cultura e Meio Ambiente con-veniado com a Prefeitura Mu-nicipal de Ubatuba.

Muitos eventos são realiza-dos como oficinas, palestras e festas com o objetivo de inte-ragir e inserir a família na pro-posta pedagógica da escola, fazer pais mais participativos e conscientes do processo de desenvolvimento do filho.

Contando com o todo o his-tórico de Educação Infantil, e a visão de creche assisten-cialista, que ainda é contida no meio social, vem sendo elaboradas estratégias para mostrar às famílias e comuni-dade, que toda essa idéia já é ultrapassada, e que agora cre-che também é escola. Para tal resultado é importante ter as mães parceiras do CEI, e com esse intuito que a Unidade CEI Nativa realiza pela terceira vez consecutiva, um dia das mães diferente. Foi promovido, no último dia 7, o Concurso “Miss Mamãe CEI Nativa”, de valorização a beleza das ma-mães, que muitas vezes está escondida, e conquistando-as a participar da escola do filho. Nota-se a alegria e empolga-

ção das mães em participar do Concurso, que poderia ser vis-to como uma competição, mas neste não, as mães se tornam mais amigas e mostram-se conscientes quanto ao objeti-vo do evento.

O concurso reuniu 19 mães, com diferentes características e propostas iguais, em estar mais inseridas no âmbito es-colar, participando dos even-tos e vencendo a timidez. As mães vencedoras do Concurso foram Claúdia Lopes (3º), Ta-litah Jann (2º) e Márcia Silva (1º), que foram presenteadas pela Mamãe vencedora do ano de 2009 (Débora Monte-mor).

Além do concurso, as crian-ças do CEI fizeram apresenta-ções, estas que emocionaram os presentes, tivemos entrada dos bebês, apresentação de canto e confraternização com bolo de chocolate, feito pelo funcionário (Vigia) Vanderlei João da Silva, e refrigeran-te. Foi uma tarde de união, cumplicidade e alegria, em que compartilhamos variadas emoções, deixando no fim uma mensagem: “Que basta uma atitude para transformar os resultados”.

Descontração marca o 3º Miss Mamãe “CEI Nativa”

Estiveram no evento 150 pessoas, entre mães, alunos e convidados. “Nesta edição houve um número maior de mães participantes, tanto no desfile, quanto no evento, o in-teressante foi a ansiedade e a expectativas das pessoas para o desfile e esperamos que ano que vem aumente ainda mais o número de participantes”, comenta a professora Prisci-la Aparecida, 28. O Concurso teve como colaboradores os vereadores Frediani e Osmar, também a empresária Maria Raquel da loja Sapeca Mo-das, e recebeu como jurados: Supervisor da Secretaria de Educação Aládio, Assistente de Coordenação Técnica do Instituto Aryran Carolina Fon-seca Duarte e o professor Beto Hauschild, pessoa importante na comunidade.

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Página 12 Jornal MARANDUBA News 15 Maio 2010

Orientação na Escovação A Tecnologia em Nossas VidasTHIAGO MASSAMI SOKABE

A pedido dos meus queridos pacientes estaremos nesta edi-ção falando um pouco sobre: escovação, escova dental, cre-me dental, anti-sépticos bucais e técnicas de escovação.

Vivemos bombardeados de propagandas a respeito des-tes, assim ficamos com muitas dúvidas no sentido de qual seria o melhor. Então nós do Consultório Odontológico Mas-sami percebemos que muitas pessoas estão mal orientadas com relação aos modelos de escovas, pois a maioria pensa que quanto mais dura as cer-das, melhor será a escovação e higienização.

As pessoas precisam com-preender que estamos limpan-do uma parte do nosso orga-nismo e não de um objeto, com isso, acabam traumatizando as gengivas e desgastando o es-malte dos dentes, tendo como conseqüência, o surgimento de grandes sensibilidades.

O uso inadequado dos an-tissépticos bucais por adultos e crianças é também um dos grandes problemas, esses en-xaguatórios bucais dão à sen-sação de frescor e hálito puro, assim as pessoas deixam de escovar e usar o fio dental e para completar o mal hábito há pessoas que usam bicarbonato de sódio na escovação, preju-dicando ainda mais a saúde bucal. Portanto, por meio des-te jornal, viemos esclarecer algumas dúvidas quanto à es-covação adequada.

EscovaçãoLocal adequado, iluminado e se

possível em frente de um espelho para observar e realizar correta-mente a técnica de escovação.

Escova DentalCabeça pequena e arredon-

dada para ter acesso aos últi-mos dentes;

Cerdas de nylon macias;Cabo plano.Obs.: Troca-lá aproximada-

mente a cada 3 meses, pois com as cerdas ‘amassadas’ a escova perde toda a eficiência para remoção da placa bac-teriana. Lavar a escova em água corrente e não seca-lá com tolha ou similares. Tire-o excesso de água batendo so-

mente o cabo na borda da pia e armazene-a com capinhas próprias de escova dentro do armário do banheiro.

Dentifrícios (Creme dental)A escolha é feito individual-

mente a cada pessoa, observe sempre se contém flúor em sua composição e utilize pe-quena quantidade (tamanho de uma ervilha).

Obs.: Não ingerir o creme den-tal durante ou após a escovação, pois o flúor pode ser tóxico se ingerido em grande quantidade.

Antisséptico BucalUsar de forma adequada e

se possível sem álcool.HorárioEscovar após as principais

refeições, ou seja, café da ma-nhã, almoço e jantar, atenção na escovação antes de dormir, pois o acúmulo de placa bac-teriana é maior devido à redu-ção da quantidade de saliva.

Técnica de escovaçãoTemos vários tipos de téc-

nicas, portanto estaremos orientando aquela que seja mais eficiente e adequada, pois para uma boa escovação dependerá muito de cada um.

Primeiro passo: fazer movi-mentos oscilatórios (bolinhas) com a boca fechada do lado direito, na frente do lado es-querdo;

Segundo passo: com a boca aberta fazer movimentos de vai e vem começando pelos dentes posteriores (do fundo) por cima dos dentes na frente e atrás, tanto no arco superior (maxila) quanto na inferior (mandíbula) e não esqueça da língua, pois é a parte da boca que acumula maior quantida-de de placa bacteriana.

Fio DentalO uso do fio dental é essen-

cial para uma escovação ade-quada, assim vale a dica:

Corte aproximadamente 20 cm do fio, enrole nos dedos indicadores e passe entre os dentes abraçando-os de um lado ao outro em todos os dentes, assim, completa-se o ciclo da escovação.

Cuidando de seus dentes e gengivas vocês estarão preser-vando sua saúde e bem estar.

Um forte Abraço.Dr. Thiago Massami Sokabe

ALESSANDRA REISVocê se recorda como era

difícil localizar uma pessoa a 10 anos atrás, facilidades que hoje conseguimos com alguns clicks em nosso celular, ou ain-da aquele recado urgente que não poderia deixar para ama-nhã, são possíveis com um simples enviou de email. Essas tecnologias que sem perceber-mos entrou em nossas vidas e não conseguimos nos imaginar sem, modificaram a nossa ma-neira de conhecer o mundo, porém a quem diga com um certo saudosismo que “ vivía-mos muito bem”. Hoje, seria muito difícil não se conectar a internet, não consultar um GPS numa viagem longa e muito menos, não visitar um site da web para pesquisar o preço para somente depois comprar o produto desejado. Então, podemos nos questionar sobre o que realmente as novas tec-nologias têm feito para tornar nosso dia-a-dia mais prático e viável, aliás, quais as experi-ências criativas e facilitadoras elas nos proporcionam?

Especialistas da área de tecnologia são muito sábios ao afirmar que “se o que está sendo feito à mão já é bom, a tecnologia só pode substituí-lo se for melhorá-lo, caso con-trário, será inútil”. Com certe-za, sem as novas tecnologias que temos acesso hoje, seria muito difícil viver a correria do cotidiano do homem moderno, porém, quando pensamos em Tecnologia, devemos compre-ender que esta maravilhosa ferramenta de evolução vem sendo construída ao longo dos tempos, e se remonta a tempos primórdios como, por exemplo, a própria descober-ta da roda, que revolucionou a vida humana, a própria es-crita que facilitou a comunica-

ção, dentre outras formas de tecnologia como as digitais, mais comuns nos dias de hoje. O desafio da sociedade hoje, não é mais produzir desenfre-adamente novas tecnologias, mas sim, conseguir gerenciar e saber como elas vão simplificar as nossas vidas. Para que não possamos mais ficar presos a uma infinita quantidade de se-nhas, códigos de acesso, adap-tação de novos tipos de siste-mas informacionais; celulares que fazem de tudo, mas quase não encontram sinal... Enfim, uma série de problemas que vieram com as novas tecnolo-gias muito mais para nos irritar do que nos auxiliar.

A Web trás consigo a abertu-ras de novos conhecimentos e um universo cheio de possibili-dades em um único click, cabe a cada usuário fazer o uso cor-reto dessas informações, trans-formado-as em conhecimento e oportunizando o desenvol-vimento do capital intelectual, do desenvolvimento humano, formando assim uma socieda-de com criatividade e fluência digital. Lembre-se que o mais importante é o que essa “nova tecnologia”, pode nos oferecer para facilitar nossas vidas e não caia no consumismo desenfrea-do de obter a mais nova ferra-menta tecnológica sem se quer saber fazer uso da mesma. O homem transforma o seu entor-no e sua realidade, utilizando sabiamente as ferramentas tec-nológicas construídas ao longo da humanidade de maneira que alcance os objetivos do bem comunitário. Faça sua parte, divida sua opinião enviando um email para [email protected] para que essa tecnologia seja mais um agente transformador.

Alessandra ReisInsight Digital

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15 Maio 2010 Jornal MARANDUBA News Página 13

Grupo Escolar da Maranduba de 1932EZEQUIEL DOS SANTOS“O galo cantava às quatro da

manhã, as cinco nossas mães nos acordavam, os pais iam pra roça ou pro mar, o café de cana já estava no bule em cima do fogão a lenha, a cumbuca de Piché/baticuí (pó de milho ex-traído através da torragem de grãos em panela de barro ou ferro, socados em pilão, por vezes misturados com açúcar mascavo ou cristal, por vezes com sal, utilizados ainda para bolos e outros pratos) acompa-nhava o peixe seco ao lado da caneca de argate. Colocávamos a calça meio amarela, meio cá-qui, camisa branca, descalço e lá íamos pela trilha, em duas ho-ras de caminhada chegávamos à escola”, fala Sebastião Pedro de Oliveira, 85, aluno do primei-ro grupo escolar da região.

Sebastião se refere à primei-ra sala de aulas da Maranduba que era exclusivo para alunos masculinos, diferente do grupo da Rita Carlota, que era mista. O grupo foi constituído em me-ados de 1920, na sala da casa de Bazilio Zacarias, acima da casa do pescador Chico Ro-mão. Por lá passaram três pro-fessores: Gasparino e Valter de Pirassununga e Ary Bocuhy de Santa Izabel-SP. Este último vi-nha de sua cidade até São Pau-lo, descia até Santos, chegava a Bertioga, pegava um barco que o trazia até a Maranduba.

Para ir embora fazia o trajeto contrário. O término da esco-la foi em meados da década de 1950. O grupo, como cha-mavam a sala, atendia alunos da Caçandoca, Rio da Prata, Tabatinga, Sertão da Quina e Maranduba. Para chegar à es-cola, Tião saía do Sertão pela trilha até a Maranduba, de-pois caminhavam pela praia, atravessavam a barra do Rio Maranduba através de um bal-

seiro e subiam o morro até a escola. O caminho era cheio de armadilhas feitas pelos alunos, como todos eram “arteiros” (bagunceiros), muitos fica-vam de castigo na escola e em casa. Do lado da escola havia um pequeno riacho que era usado por outros moradores e pela escola, havia ainda uma pedra grande no local.

Colegas de ClasseSebastião, com oito anos,

entrou na escola em 1932 e se lembra dos companheiros de aulas, que eram: Manoel Pedro, João Donato, Roldão da Mata, João Firmino, José Correia, Miguel Correia, Ma-noel do Prado, Antonio Félix, Jorge da Izolina, Argemiro da Maranduba, Argemiro da Caçandoca (melhor desenhis-

ta), Dito Pampeca, Lindolfo Daniel, Dito Manoel, Argemiro Félix, Benedito Jorge, Belmiro e Anastácio Quirino.

As carteiras eram de madeira rústica com gavetas, dentro o tinteiro, caneta de pena e fo-lhas de papel amareladas sem pauta, sentavam duas pessoas e o recreio era de meia hora. Expectativa mesmo é quando o professor trazia algum livro com gravuras, todos queriam pegar no livro.

Banho PeladoLá ensinavam a tomar ba-

nho, a boa educação com os mais velhos e até a pular cor-retamente de mergulho no rio. Nas aulas no rio da Maranduba, eram poucos os alunos que ti-nham calção, a maioria tomava banho pelado. Para chegar a

escola pela praia, existia uma balsa de nome Vai e Vem e o responsável era um senhor co-nhecido como Tabatinga, que substituía o professor quando faltava. Antes dele o balseiro era o João Zacarias.

As aulas eram de segunda a sexta e começavam as oito da manhã e terminavam ao meio dia, quem não fizesse as obri-gações de casa, ficava sem o recreio, quem fizesse bagunça também. Na saída, pra matar a fome, os alunos quebravam cana no caminho, pegavam la-ranja e bananas. Chegavam em casa, almoçavam e iam para a roça. Sebastião lembra ainda que no lugar vivia o Bazilio Zacarias, o Quirino Zacarias, a Rita Romão e a Sinflorosa.

O local hoje, confirmado por

dona Leopoldina Araújo, 94, encontra-se apenas o alicerce da antiga escola, mostrada por Benedita Araújo, 60, filha de Leopoldina. Existiam ainda ou-tros dois caminhos para chegar a escola, a trilha da caçandoca, outra pela trilha na lateral do morro da Maranduba, até ao Rio da Prata e a Tabatinga. Este último de fácil visualiza-ção, após passar pela Unida-de Mista e a Regional Sul em sentido a rodovia Caraguá-Ubatuba, é só olha para cima no morro, você vai ver um ris-co, um trecho da servidão de passagem que levava a escola, neste caminho existem marcas das primeiras casas da região, do seu período de formação cultural, dos caminhos antigos e do povoamento do Brasil.

Bem vestido o primeiro professor do Grupo Escolar da Maranduba, Ary Bocuhy, posa em frente a escola em abril de 1941

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TABATINGA - Casa térrea/edícula (4 anos) ( c/escritura e registro) c/ 3 dorms. suítes, sala, cozinha, varanda com toldo de 15m, churrasqueira, estacionamento amplo para muitos carros, fechada com mureta de 60cm + tela galva-nizada, portão de 4m, terre-no plano de 600m, há 900m da praia Tabatinga. Principal rua de acesso ao bairro com água, esgoto, fiação subter-rânea, voltagem 110 e 220, com grades (portas e janelas) em ferro grosso para segu-rança + projeto completo já aprovado para construção de Pousada (pavimentos térreo e superior c/ 8 suítes + cozinha + sala p/ café manhã + recep-ção + escritório. Localização: passando o Posto Policial e ao lado do Condomínio Costa Ver-de Tabatinga, antes do Portal de Ubatuba / divisa. Contatos e maiores informações através do e-mail : [email protected] ou 19- 93456210.-------------------------------------MARANDUBA - Vendo 2 terre-nos com 4130m2 e 5500m2 c/ 2 chalés alpinos, todo murado, óti-ma localização. Tratar c/ Manolo (19) 3842.4535 ou (19) 9612.1351-------------------------------------CENTRO - Vendo casa 1 dorm, sala,coz, na Thomas Galhardo, terreno de 187m2, esquina, a duas quadras da praia (ideal p/ prediocomercial) R$220 mil. 9766.1980-------------------------------------CARAGUA/INDAIÁ - Vendo casa com 3 dorm (1 suíte), sala 2 ambientes, cozinha planejada, garagem coberta para 3 carros, edícula. Terreno de esquina. Óti-ma localização. (12) 3843.1262-----------------------------------SERTÃO DA QUINA - Casa térrea, 2 dormitórios, sala, cozinha, ban-heiro social, área com churrasqueira e banheiro. Área do terreno 400 m². Área construída 125 m². Valor R$ 70.000.00 Tratar (12) 3849.8393-------------------------------------SERTÃO DA QUINA - Casa tér-rea c/ 3 dormitórios, sendo uma suíte, sala, cozinha e lavanderia. Escritura definitiva. 150 metros da praia. Valor R$ 115.000,00 Tratar (12) 3849.8393

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Página 14 Jornal MARANDUBA News 15 Maio 2010

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O dia em que Cunhambebe fugiu5 de maio de 2008 às 14,30

horas, nesse dia e nessa hora Cunhambebe fugiu. Foi embora de Ubatuba. Largou tudo e deu no pé!

Nunca poderia imaginar que isso fosse acontecer. Eu ia an-dando pelo centro em direção ao calçadão quando vi o velho ín-dio. Parecia que mais ninguém o estava vendo. Vinha todo torto, tropeçando nas pessoas, chu-tando as bicicletas jogadas na calçada, não sabia por onde an-dar.De repente deu de cara com um carrinho de lanche que ocu-pava toda a calçada e pulou para a rua. Foi o que bastou. Duas bicicletas vindo em sentidos opostos junto ao meio fio, uma com uma mulher e duas crian-ças e outra com um sujeito forte e mal encarado trombaram com ele sem dó. Pegaram o índio em cheio. As crianças quase caíram e a mulher teve um ataque his-térico. Gritava muito. O homem mal encarado apenas xingou, mas disse em voz bem alta to-dos os palavrões que aprendera no inferno. Ninguém ligava, nem para o índio, nem para a cena.

Conseguindo se safar, o caci-que penetrou no calçadão, logo ali no começo em frente ao anti-go Banespa. Deu uns dez passos e parou. Ficou estático e aterro-rizado. Aqueles dois que haviam trombado com ele na rua parece que tinham se multiplicado. Era uma imensa multidão mal vesti-da, mal encarada e milhares de bicicletas por todo lado. Larga-das pelo chão, amontoadas jun-to aos trambolhos que chamam jardineiras, amarradas nos pos-tes, nas portas das lojas. E no meio disso tudo vendedores de bugigangas, de doces, ervas es-parramadas sobre uma lona no meio de um dos poucos cami-nhos que sobraram.

Refeito do choque o índio se enfiou por aquela bagunça em direção ao mar que avistou ao longe através da praça da Igre-ja. Travou novamente quando chegou ao fim do calçadão. As coisas ficaram piores. Foi puxa-do para o meio de uma roda de gente por um sujeito que engolia vidros. O cara queria que ele o ajudasse a mostrar ao distinto público como engolir cacos de vidro era fácil até para um índio. Deu um safanão no desabusado,

saiu do meio da roda e deu de cara com duas viaturas da polí-cia estacionadas bem no meio do calçadão, do lado do grupo que olhava o engolidor de vidros.

Alguém gritou: “péraí índio, fugindo do que?” Um policial sem saber do se tratava, mais que depressa segurou o fujão. Do meio da multidão se ouviu: “é isso aí seu guarda, prende esse índio, eles só aparecem por aqui pra vender palmito e tomar cachaça.” E um outro gritou: “e ficam vendendo mandioca tam-bém, num sabe que é proibido? Pra cortá palmito e plantá man-dioca tem que cortá o mato e es-ses índio finge qui num sabe qui é proibido cortá o mato, prende ele seu guarda.”

Sem entender nada do que es-tava acontecendo o cacique fa-lou que não queria vender nada, que só queria ir até o mar e pegar sua canoa. Aí sim é que a coisa pegou. Apareceu um sujeito com cara verde e disse que ele podia esquecer a canoa, canoa serve pra pescar e isso assusta os pei-xes e eles não voltam mais. E não é só canoa, disse ele, não pode também sair com barcão ou lancha, nada pode. E arre-matou: “aqui em Ubatuba não pode cortar o mato, fazer casa nova, plantar mandioca, pescar.

E passear de barco também não porque por aqui não pode ter lu-gar para desembarcar. Aqui só pode fazer cocô. Quanto mais, melhor. Quanto mais perto dos rios, dos riachos e das praias melhor, pode fazer o quanto quiser. Você, sua família, seus amigos, o pessoal que vem do Vale, todo mundo pode.”

Ouvindo isso o cacique Cunhambebe se enfureceu. En-dureceu a fisionomia, empinou o corpo assumindo uma posi-ção arrogante e extremamente agressiva e bradou: “vocês são loucos, estou há mais de quatro-centos anos cuidando da minha maldição pra me vingar de vocês e agora vejo que não preciso mais me lixar com isso. Vocês mesmos sabem se arrebentar sozinhos. De tanto fazer asnei-ras e inventar regra errada no lugar errado vocês não sabem mais viver com a natureza e isso vai acabar com ela. Sem ela não vivo nem morto, vocês que se li-xem, tô fora. Fui!”

Sumiu, nem se despediu de mim que o encontrei no meio da História e com quem conversei tantas vezes. Daqui em diante arrumar esta cidade está por nossa conta, será que vamos conseguir?

Crônica de Renato Nunes 08/05/08

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O que provoca o Estresse Túnel do Tempo Registro de fatos do século passado em nossa região

15 Maio 2010 Jornal MARANDUBA News Página 15

ADELINA CAMPICertos eventos em nossas

vidas são tão estressantes, que caracterizam a situação de trauma psíquico. Recente-mente as ciências mentais re-conheceram uma nova síndro-me, batizada de Distúrbio de estresse pós-traumático, uma verdadeira doença, pertencen-te ao estudo da angústia. Esta doença ocorre com quadros agudos de angústia, grave e até invalidante, quando a ex-vítima é exposta a situações similares, tornando a desenca-dear todos os sintomas ansio-sos severos, que conheceram durante a violência a que esti-veram submetidos.O Assassino SilenciosoUma ativação repetida e crô-

nica do sistema nervoso au-tônomo, numa pessoa que já tenha problemas de lesão da camada interna das arterias coronárias provocadas por fumo, gordura excessiva na ali-mentação, obesidade ou coles-terol elevado, etc., vai levar a muitos problemas, tais como:• Diminuição do fluxo sangüi-

neo adequado para manter a oxigenação dos tecidos mus-culares cardíacos. Isso leva à chamada isquemia do miocár-dio, que é acompanhada de dores no coração, principal-mente quando se faz algum esforço, e até ao infarto do coração , provocado pela mor-te das células musculares do coração, por falta de oxigênio. O resultado para essas pesso-as pode ser até a morte, que muitas vezes acompanha um estresse agudo.• Outros problemas comuns

são a ruptura da parede dos vasos enfraquecidos pela placa aterosclerótica, ou a trombo-se. Um pequeno coágulo pode desencadear uma cascata de coagulação, que também pode levar à morte. O nível elevado

de adrenalina também pode provocar alterações irregulares do ritmo cardíaco, denomina-das de arritmias (“batedeira”), que também diminuem o fluxo de sangue pelo sistema cardio-vascular.Outros sintomasNo campo clínico os distúrbios

ainda ditos ‘neuro-vegetativos’ são comuns: quadro sensação de fraqueza e fadiga, tensão muscular elevada com cãibras e formação de fibralgias mus-culares, tremores, suor inten-so, dores de cabeça provocas pela tensão psíquica, enxa-queca, dores nas costas e nos ombros e braços, hipertensão arterial, palpitações e batedei-ras, distúrbios da absorção e da contração do intestino gros-so e até dores urinárias sem sinais de infecção.Assim, reconhece-se que o

estresse tem três fases, que se sucedem quando os agentes es-tressores continuam de forma não interrompida em sua ação:• A fase agudaNosso cérebro e hormônios

reagem rapidamente, e nós podemos perceber os seus efeitos, mas somos geralmente incapazes de notar o trabalho silencioso do estresse crônico nesta fase.• A fase de resistênciaPerda de concentração men-

tal, instabilidade emocional, depressão, palpitações cardí-acas, suores frios, dores mus-culares ou dores de cabeça freqüentes são os sinais evi-dentes, mas muitas pessoas ainda não conseguem relacio-ná-los ao estresse, e a síndro-me pode prosseguir até a sua fase final e mais perigosa:• A fase de exaustãoEsta é a fase em que o orga-

nismo capitula aos efeitos do estresse, levando à instalação de doenças físicas ou psíqui-cas, ou até a morte.

Alunos da Escola da Maranduba No meio do caminho tinha um tatu Quadrilha do Revestréis no Sertão...

Nas tardes ensolaradas os jovens apreciavam... ...a formação da pirâmide humana na cachoeira

Classe do Professor Joaquim no Sertão da Quina Escolinha de Futebol do Sertão conquista medalhas

1953 2005 1993

1987 1987

1983 1998

CEFOM - Central de Fofocas da Maranduba

Devido ao vendaval, Pedro “Fofoca” teve que fa-zer reparos em 138 casas, só na sua rua.

Waldir “Soiza” avisa aos garotões da regíão que já chegou a nova G-Magazine. Corram!