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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO QUÍMICA 43 AULA 01 : HIDROSFERA 1.1. Conceito A Terra apresenta uma superfície aproximada de 510 milhões de Km 2 , sendo que 70% desse total (361 milhões Km 2 ) são cobertos por água. É uma imensa extensão muito irregular, pois as terras emersas acabam isolando bacias que se comunicam entre si por enormes ou pequenos canais. As cinco maiores bacias do planeta são denominadas oceanos: Atlântico, Pacífico, Índico, Glacial Ártico e Glacial Antártico. As bacias menores, mais numerosas, são denominadas mares. As águas que fazem parte da hidrosfera podem ser continentais (2,6%) ou marinhas (97,4%), onde as águas continentais podem ser glaciais (75%), subterrâneas (24%), de lagos, solo, rios e dos seres vivos (~1%). 1.2. Características São características da hidrografia brasileira: - Todos os rios brasileiros, direta ou indiretamente, são tributários do Oceano Atlântico (padrão de drenagem exorréica); - Todos os rios brasileiros deságuam na forma de estuários, com exceção dos rios Parnaíba, Acaraú e Piranhas (delta) e Amazonas (mista); - Predominam rios de planalto, com grande potencial hidroelétrico. Daí a explicação para 90% da nossa energia elétrica provir de usinas hidroelétricas; - A maior parte dos rios possuem regime pluvial, dependendo das chuvas para existir, principalmente cheias de verão. A exceção é o Rio Amazonas, que na nascente apresenta um regime nival, do degelo dos Andes; - A maioria dos rios brasileiros são perenes, ou seja, nunca secam. A exceção são os rios do Sertão, denominados temporários ou intermitentes; - Os principais divisores de águas brasileiras são o Planalto das Guianas, Planalto Atlântico e Cordilheira Andina; - Apresentam a mais densa rede hidrográfica do mundo. 1.3. Principais bacias brasileiras -Além destas bacias, devemos destacar também as seguintes bacias secundárias: do Nordeste, do Leste e do Sudeste-Sul. Bacia Amazônica -É a maior bacia hidrográfica do mundo, possuindo o segundo rio mais extenso (6436 Km) e com a maior descarga do globo (200.000 m 3 /s), cerca de 15% do total dos rios nos oceanos e mares. Inclui terras no Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela e Colômbia. -O rio Amazonas nasce no Planalto de La Raya, na Cordilheira Andina peruana, com o nome de Vilcanota. Até entrar no Brasil, percorre 4000 Km e recebe o nome de Solimões no Brasil. O nome Amazonas surge a partir do encontro do Rio Solimões com o Rio Negro, nas proximidades da cidade de Manaus. -Sua profundidade varia entre 20 e 200 metros, a largura entre 3 e 15 Km, atingindo o mínio de 1,8 Km no desfiladeiro de Óbidos e o máximo na confluência com o Rio Negro (96 Km). -O Rio Amazonas apresenta regularidade em sua cheias porque recebe afluentes dos dois hemisférios, norte e sul. -Na foz do Amazonas, ocorre um complexo de ilhas, denominado Arquipélago de Marajó, pertencente ao Pará. Devemos lembrar a forte influência que a bacia Amazônica exerce sobre a vida dos moradores da região, seja no transporte, economia, alimentação ou comunicação. Com relação ao potencial energético, será discutido com mais detalhe no capítulo 13 deste volume. Bacia do Rio Tocantins-Araguaia É a maior bacia totalmente brasileira, drenando cerca de 9% do território brasileiro. Nela encontramos a Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo. Ambos os rios nascem no Planalto Central, drenando importantes áreas agrícolas da região Centro-Oeste. A usina de Tucuruí, no estado do Pará, é a principal usina hidroelétrica da Bacia. O rio Tucuruí possui 1710 Km de extensão, nascendo pela fusão dos rios maranhão e Pará, em Goiás. Deságuam no estuário do rio Pará, ao sul da Ilha de Marajó. Alguns estudiosos incorporam esta bacia à Bacia Amazônica. Bacia do Rio São Francisco É formada por rios tipicamente de planalto. O Rio São Francisco é conhecido por alguns pseudônimos: “Rio dos Currais”- devido à importância histórica de pecuarização no vale de seu rio, durante o século XVII. “Nilo Brasileiro”- porque, assim como o rio africano, nasce em uma área úmida (Serra da Canastra, MG) e atravessa, em seu médio e baixo curso, uma área semiárida. “Rio da Unidade Nacional”- por ser totalmente brasileiro, liga o Sudeste ao Nordeste. Deságua no Oceano Atlântico, entre a fronteira dos estados de Sergipe e Alagoas, na forma de um estuário. Percorre 3160 Km, sendo navegável entre Pirapora (MG) a Petrolina-Juazeiro (BA- PE), num percurso de mais de 1000 Km. No curso superior apresenta uma usina hidroelétrica, a de Três Marias, e outras várias no curso inferior: Sobradinho, Paulo Afonso, Xingó. Possui um débito fluvial irregular, variando entre 10.000 m 3 /s na época das cheias a 1000 m 3 /s nas vazantes. A agropecuária desenvolve-se ao longo do São Francisco e de seus afluentes, incentivada e coordenada pela CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale do Rio São Francisco) e PROVALE (Programa Especial para o Vale do Rio São Francisco). Graças a irrigação pode-se implantar projetos agrícolas com alta rentabilidade, como os verificados em Juazeiro (BA) e Petrolina (BA), assim como existe um importante projeto de transposição do Rio São Francisco para áreas mais áridas do Sertão, principalmente mais ao norte (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará seriam as maiores beneficiadas). Este projeto prevê a construção de novas hidroelétricas nos trechos mais acidentados, criação de peixes exóticos, como o tucunaré, reflorestamento com eucalipto nas terras situadas ao longo do rio e incentivo ao estabelecimento de núcleos de povoamento nas suas margens. Bacia Platina (Rio Paraguai, Uruguai e Paraná) Apesar de ocorrerem isoladamente, estas três bacias são inseridas na bacia Platina pois deságuam no estuário do Prata, entre a Argentina e o Uruguai. É a segunda maior bacia hidrográfica do planeta. Bacia do Rio Paraguai: com 2000 Km de extensão, é um típico rio de planície, atravessando o Pantanal mato-grossense e é bastante navegável. Não possui, portanto, potencial hidroelétrico. O maior porto fluvial é o Corumbá (MS), no Brasil, mas a navegação é internacional, já que o rio banha também a Bolívia, o Paraguai e a Argentina. O projeto da hidrovia Paraná-Paraguai beneficiará o escoamento da produção da Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil, apesar de haver um comprometimento do ecossistema do Pantanal, ameaçado em ter suas cheias periódicas comprometidas pelo traçado da hidrovia. Bacia do Rio Uruguai: Resulta da confluência entre os rios Canoas (SC) e Pelotas (RS). Com 1400 Km de extensão, serve de fronteira entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina; Rio Grande do Sul e Argentina; Argentina e Uruguai, possuindo diversos trechos encachoeirados, possibilitando diversos projetos hidroelétricos. De clima subtropical, as cheias acontecem no outono e primavera. Bacia do Rio Paraná: é o principal rio da Bacia Platina, formado pela junção dos rios Grande (limite SP/MG) e Paranaíba (limite GO/MG). Percorre 800 Km em nosso território de um total de 4200 Km, com alguns (poucos) trechos navegáveis. O potencial hidroelétrico em operação, entretanto, é o maior do Brasil, possuindo dezenas de usinas hidroelétricas, como Furnas, Jupiá, Ilha Solteira, entre outras, assim como a maior Usina do mundo, Itaipu. O regime do Rio Paraná está quase totalmente na dependência das chuvas, ocorrendo suas cheias entre dezembro e março. Se destaca no campo da navegação fluvial, onde nos trechos mais suaves de alguns rios, auxilia no escoamento dos produtos agropecuários, com destaque para a hidrovia Tietê-Paraná, que serve para o transporte de cargas, pessoas e veículos e está se tornando um importante eixo de ligação entre com os países do Mercosul.

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SECRETARIA DA EDUCAÇÃO QUÍMICA 43

AULA 01 : HIDROSFERA

1.1. Conceito A Terra apresenta uma superfície aproximada de 510

milhões de Km2, sendo que 70% desse total (361 milhões Km

2) são

cobertos por água. É uma imensa extensão muito irregular, pois as terras emersas acabam isolando bacias que se comunicam entre si por enormes ou pequenos canais. As cinco maiores bacias do planeta são denominadas oceanos: Atlântico, Pacífico, Índico, Glacial Ártico e Glacial Antártico. As bacias menores, mais numerosas, são denominadas mares.

As águas que fazem parte da hidrosfera podem ser continentais (2,6%) ou marinhas (97,4%), onde as águas continentais podem ser glaciais (75%), subterrâneas (24%), de lagos, solo, rios e dos seres vivos (~1%).

1.2. Características

São características da hidrografia brasileira: - Todos os rios brasileiros, direta ou indiretamente, são tributários

do Oceano Atlântico (padrão de drenagem exorréica); - Todos os rios brasileiros deságuam na forma de estuários, com

exceção dos rios Parnaíba, Acaraú e Piranhas (delta) e Amazonas (mista);

- Predominam rios de planalto, com grande potencial hidroelétrico. Daí a explicação para 90% da nossa energia elétrica provir de usinas hidroelétricas;

- A maior parte dos rios possuem regime pluvial, dependendo das chuvas para existir, principalmente cheias de verão. A exceção é o Rio Amazonas, que na nascente apresenta um regime nival, do degelo dos Andes;

- A maioria dos rios brasileiros são perenes, ou seja, nunca secam. A exceção são os rios do Sertão, denominados temporários ou intermitentes;

- Os principais divisores de águas brasileiras são o Planalto das Guianas, Planalto Atlântico e Cordilheira Andina;

- Apresentam a mais densa rede hidrográfica do mundo. 1.3. Principais bacias brasileiras -Além destas bacias, devemos destacar também as seguintes bacias secundárias: do Nordeste, do Leste e do Sudeste-Sul.

Bacia Amazônica

-É a maior bacia hidrográfica do mundo, possuindo o segundo rio mais extenso (6436 Km) e com a maior descarga do globo (200.000 m

3/s), cerca de 15% do total dos rios nos oceanos e mares. Inclui

terras no Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela e Colômbia. -O rio Amazonas nasce no Planalto de La Raya, na Cordilheira Andina peruana, com o nome de Vilcanota. Até entrar no Brasil, percorre 4000 Km e recebe o nome de Solimões no Brasil. O nome Amazonas surge a partir do encontro do Rio Solimões com o Rio Negro, nas proximidades da cidade de Manaus. -Sua profundidade varia entre 20 e 200 metros, a largura entre 3 e 15 Km, atingindo o mínio de 1,8 Km no desfiladeiro de Óbidos e o máximo na confluência com o Rio Negro (96 Km). -O Rio Amazonas apresenta regularidade em sua cheias porque recebe afluentes dos dois hemisférios, norte e sul. -Na foz do Amazonas, ocorre um complexo de ilhas, denominado Arquipélago de Marajó, pertencente ao Pará. Devemos lembrar a forte influência que a bacia Amazônica exerce sobre a vida dos moradores da região, seja no transporte, economia, alimentação ou comunicação. Com relação ao potencial energético, será discutido com mais detalhe no capítulo 13 deste volume.

Bacia do Rio Tocantins-Araguaia É a maior bacia totalmente brasileira, drenando cerca de 9% do território brasileiro. Nela encontramos a Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo. Ambos os rios nascem no Planalto Central, drenando importantes áreas agrícolas da região Centro-Oeste. A usina de Tucuruí, no estado do Pará, é a principal usina hidroelétrica da Bacia. O rio Tucuruí possui 1710 Km de extensão, nascendo pela fusão dos rios maranhão e Pará, em Goiás. Deságuam no estuário do rio Pará, ao sul da Ilha de Marajó. Alguns estudiosos incorporam esta bacia à Bacia Amazônica.

Bacia do Rio São Francisco

É formada por rios tipicamente de planalto. O Rio São Francisco é conhecido por alguns pseudônimos:

“Rio dos Currais”- devido à importância histórica de pecuarização no vale de seu rio, durante o século XVII.

“Nilo Brasileiro”- porque, assim como o rio africano, nasce em uma área úmida (Serra da Canastra, MG) e atravessa, em seu médio e baixo curso, uma área semiárida.

“Rio da Unidade Nacional”- por ser totalmente brasileiro, liga o Sudeste ao Nordeste. Deságua no Oceano Atlântico, entre a fronteira dos estados de Sergipe e Alagoas, na forma de um estuário. Percorre 3160 Km, sendo navegável entre Pirapora (MG) a Petrolina-Juazeiro (BA-PE), num percurso de mais de 1000 Km. No curso superior apresenta uma usina hidroelétrica, a de Três Marias, e outras várias no curso inferior: Sobradinho, Paulo Afonso, Xingó. Possui um débito fluvial irregular, variando entre 10.000 m

3/s na

época das cheias a 1000 m3/s nas vazantes.

A agropecuária desenvolve-se ao longo do São Francisco e de seus afluentes, incentivada e coordenada pela CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento do Vale do Rio São Francisco) e PROVALE (Programa Especial para o Vale do Rio São Francisco). Graças a irrigação pode-se implantar projetos agrícolas com alta rentabilidade, como os verificados em Juazeiro (BA) e Petrolina (BA), assim como existe um importante projeto de transposição do Rio São Francisco para áreas mais áridas do Sertão, principalmente mais ao norte (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará seriam as maiores beneficiadas). Este projeto prevê a construção de novas hidroelétricas nos trechos mais acidentados, criação de peixes exóticos, como o tucunaré, reflorestamento com eucalipto nas terras situadas ao longo do rio e incentivo ao estabelecimento de núcleos de povoamento nas suas margens. Bacia Platina (Rio Paraguai, Uruguai e Paraná)

Apesar de ocorrerem isoladamente, estas três bacias são inseridas na bacia Platina pois deságuam no estuário do Prata, entre a Argentina e o Uruguai. É a segunda maior bacia hidrográfica do planeta.

Bacia do Rio Paraguai: com 2000 Km de extensão, é um típico rio de planície, atravessando o Pantanal mato-grossense e é bastante navegável. Não possui, portanto, potencial hidroelétrico. O maior porto fluvial é o Corumbá (MS), no Brasil, mas a navegação é internacional, já que o rio banha também a Bolívia, o Paraguai e a Argentina.

O projeto da hidrovia Paraná-Paraguai beneficiará o escoamento da produção da Argentina, Bolívia, Paraguai e Brasil, apesar de haver um comprometimento do ecossistema do Pantanal, ameaçado em ter suas cheias periódicas comprometidas pelo traçado da hidrovia.

Bacia do Rio Uruguai: Resulta da confluência entre os rios Canoas (SC) e Pelotas (RS). Com 1400 Km de extensão, serve de fronteira entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina; Rio Grande do Sul e Argentina; Argentina e Uruguai, possuindo diversos trechos encachoeirados, possibilitando diversos projetos hidroelétricos. De clima subtropical, as cheias acontecem no outono e primavera.

Bacia do Rio Paraná: é o principal rio da Bacia Platina, formado pela junção dos rios Grande (limite SP/MG) e Paranaíba (limite GO/MG).

Percorre 800 Km em nosso território de um total de 4200 Km, com alguns (poucos) trechos navegáveis. O potencial hidroelétrico em operação, entretanto, é o maior do Brasil, possuindo dezenas de usinas hidroelétricas, como Furnas, Jupiá, Ilha Solteira, entre outras, assim como a maior Usina do mundo, Itaipu.

O regime do Rio Paraná está quase totalmente na dependência das chuvas, ocorrendo suas cheias entre dezembro e março. Se destaca no campo da navegação fluvial, onde nos trechos mais suaves de alguns rios, auxilia no escoamento dos produtos agropecuários, com destaque para a

hidrovia Tietê-Paraná, que serve para o transporte de cargas, pessoas e veículos e está se tornando um importante eixo de ligação entre com os países do Mercosul.

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EXERCÍCIOS DE SALA

1. (UFPB/97-1) A água é um recurso natural essencial para a manutenção da vida na Terra. Com respeito à sua grande importância, é incorreto afirmar:

a) A ação devastadora do homem, através dos desmatamentos, da poluição e da urbanização, entre outros fatores, influencia no ciclo hidrológico.

b) As florestas são importantes porque retêm as águas das precipitações pluviais, facilitando sua infiltração no solo.

c) O homem não precisa se preocupar demasiadamente com este recurso natural, porque ele é abundante.

d) Os oceanos e mares são a fonte da quase totalidade da água que movimenta o ciclo hidrológico.

No ciclo hidrológico, além dos oceanos, contribuem também as geleiras, os rios, os lagos, os solos e os seres vivos

2. (UFPE) Analise as proposições a seguir:

I- Praticamente dois terços das terras emersas encontram-se no Hemisfério Norte, por isso é denominado hemisfério das terras ou continental.

II- O Oceano Pacífico separa o continente americano das terras africanas e da Oceania.

III- A plataforma continental é a porção mais importante do relevo submarino, ocupando cerca de 80% de sua área total.

IV- No Oceano Atlântico, a meio caminho das terras americanas e euro-africanas, o relevo submarino e bastante acidentado, possuindo uma elevação montanhosa submersa denominada Dorsal Oceânica.

V- Após a plataforma continental, o relevo submarino desce para profundidades acentuadas, que varia de 200 a 3000 metros, constituindo o talude continental.

Estão corretas apenas: a)I, III e V. . d) I, IV e V b)II e IV. e) III, IV e V. c) II, III e V .

3. (Fuvest/98) A rede hidrográfica brasileira, utilizada para transportes fluviais:

a) é bem distribuída e apresenta um alto potencial de navegação no sudeste, especialmente na sua porção centro-oriental.

b) é distribuída desigualmente pelo país, estando o maior potencial navegável localizado perifericamente às áreas mais desenvolvidas economicamente.

c) Apresenta um potencial de navegação que coincide com as áreas de maior exploração de hidroeletricidade.

d) Apresenta suas principais bacias voltadas para o Atlântico Sul nas costas orientais brasileiras, facilitando os transportes para o interior.

e) É rica em interligações por canais fluviais que facilitam os transportes entre as bacias do rio São Francisco e Paraná.

4. (UFRN/98) No passado, representou via de integração nacional. Atualmente, no contexto de desenvolvimento, destaca-se por seu potencial hidroelétrico instalado. O texto acima refere-se à Bacia Hidrográfica do: a)São Francisco b)Tocantins c) Paraná d) Paraguai

EXERCÍCIOS DE CASA

1. (UFRRJ/01-2) Das três grandes bacias hidrográficas brasileiras, somente uma é genuinamente brasileira não atuando fora do país. Trata-se da bacia: a) do Atlântico b) do São Francisco c) Platina d) do Uruguai e) Amazônica

2. (UFPB/10-1) O Brasil apresenta uma extensa rede hidrográfica com inúmeros rios atravessando centros urbanos. A falta de planejamento fez com que grandes áreas próximas aos cursos dos rios fossem ocupadas de forma desordenada e predatória, influenciando negativamente na dinâmica natural dos rios urbanos. Com base no exposto e na literatura sobre o assunto, identifique as afirmativas corretas: I. O rio Solimões, que margeia a cidade de Manaus, sofreu no ano de 2009 a maior cheia de sua história, agravada pelo excesso de lixo urbano que diminuiu consideravelmente sua vazão. II. O rio Tietê, que atravessa a cidade de São Paulo, teve nesse trecho, com a construção de importantes avenidas, sua planície fluvial totalmente descaracterizada e seu curso retilinizado. III. O rio Paraíba, que margeia a grande João Pessoa, apresenta, no seu baixo curso, um extenso manguezal que vem sendo ocupado intensamente, contribuindo para o assoreamento do seu leito. IV. O rio Capibaribe, no trecho que atravessa a cidade de Recife, teve sua planície flúvio-marinha, com seus manguezais, fortemente descaracterizada pelo avanço da urbanização. V.O rio Amazonas, que margeia a cidade de Macapá, vem sofrendo forte impacto ambiental, devido à intensa urbanização, acarretando o assoreamento do rio e a diminuição considerável de sua vazão.

3. (UFPR) Em relação ao ciclo hidrológico nas grandes cidades, é correto afirmar que: (01)a devolução da água para a atmosfera através da transpiração vegetal é reduzida. (02)o volume de água que escoa superficialmente aumenta em função das construções urbanas. (04)o assoreamento dos canais fluviais contribui para o agravamento das enchentes. (08) a concentração dos poluentes e as altas temperaturas favorecem a formação de núcleos de condensação, o que pode provocar o aumento das precipitações. (16)a existência de grande quantidade de poços de bombeamento de águas não exerce influência sobre a vazão dos rios. (32) o abastecimento do lençol freático é favorecido pela facilidade de infiltração das água no solo. O somatório das afirmativas corretas resulta em: _____________

Gabarito sala 1. B 2. FVVVF 3. 23

Gabarito casa 1. C 2. D 3. B 4. A

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AULA 02: Impactos Ambientais 1.1.Impactos ambientais em sistemas naturais * Devastação de florestas: principalmente as tropicais e equatoriais, para extração de madeira, instalação de projetos agropecuários e de mineração, construção de usinas hidroelétricas e propagação do fogo resultante de incêndios. São causados pelo próprio Governo, empresas clandestinas ou empresas privadas de grande porte. O Brasil possui uma triste estatística de ser o país em que ocorrem os maiores desmatamentos do mundo (cerca de 1,2 milhões de acres anuais), apesar de ser a Índia o país que desmatou a maior parte de sua floresta equatorial (4% contra 1,5% do Brasil). Ainda restam gigantescas florestas equatoriais remanescentes na Amazônia, Congo e Indonésia. As consequências do desmatamento são: destruição de sua biodiversidade; genocídio e etnocídio de nações indígenas; erosão e empobrecimento dos solos; enchentes e assoreamento dos rios; diminuição dos índices pluviométricos; elevação das temperaturas; desertificação; proliferação de pragas e doenças. Um outro tipo de devastação das florestas é o smog fotoquímico, que consiste na emissão de gases pelos automóveis e indústrias que, na presença da luz solar, também atuam nas plantas, as quais ficam mais suscetíveis a eventos naturais, como as secas. 1.2.Impactos ambientais em sistemas urbanos Tipos de poluição: poluição atmosférica: resultado do lançamento de enormes quantidades de gases e partículas (naturais ou estranhas) na natureza, causando um desequilíbrio em suas proporções. Exemplos: CO2, CO, SO2, Pb, aerossóis, fumaça de hidrocarbonetos, ... Responsáveis: - transportes; - instalações industriais; - termoelétricas; Poluição do solo: comum de grandes aglomerações urbanas (vide figura ao lado), a cidade processa uma incrível quantidade de matéria e energia, além de toneladas de dejetos que não são metabolizados por ela. Os excedentes vão se acumulando cada vez em maior escala, colocando a questão do lixo urbano como um dos mais sérios a ser enfrentados atualmente. Problemas: - proliferação de insetos e ratos, que podem transmitir doenças; - decomposição bacteriana de matéria-orgânica que, além de gerar um mau-cheiro típico, produz um caldo escuro e ácido denominado chorume o qual, nos grandes lixões, infiltra-se no subsolo, contaminando o lençol freático; - contaminação do solo e das pessoas que manipulam o lixo com produtos tóxicos; - acúmulo de materiais não-biodegradáveis. Soluções: lixo hospitalar = incineração; Lixo orgânico = retorno ao solo como adubo, através de um processo denominado compostagem, ou reprodução de gás em biodigestores; Lixo inorgânico: coleta seletiva, que possibilitaria a reciclagem de grande parte dos materiais contidos no lixo domiciliar e industrial (vidro, plástico, ..., que podem ser reciclados). Segundo dados do IBGE de 1998, apenas um terço do lixo brasileiro é tratado. Poluição das águas: as fontes de água doce (menos de 3% do total mundial) são as que mais recebem poluentes. Muitos lugares do planeta e zonas agrícolas correm sério risco de ficar definitivamente sem água. Cerca de 0,01% da água do planeta pode ser utilizado pelo ser humano (água potável). A poluição das águas pode ser distinta em ecossistemas agrícolas /naturais e urbanos, como segue: * Ecossistemas agrícolas/naturais: lançamento de mercúrio na água de rios e lagos, principalmente por causa de garimpos de ouro; carreamento de agrotóxicos e fertilizantes; derramamento de petróleo em águas oceânicas. * Ecossistemas urbanos: esgotos domésticos e afluentes industriais. A solução é o tratamento, após a coleta, retornando limpa à natureza. Entretanto, dependendo do volume de água e da natureza desta poluição, este tratamento torna-se inviável, como por exemplo, em São Paulo (Rio Tietê). Seria necessário tratar toda a bacia do Rio Tietê, ao invés de apenas o rio.

- Ilhas de calor: típico de grandes aglomerações urbanas. Resultado das elevações das temperaturas médias nas zonas centrais urbanas, em comparação com as zonas periféricas e rurais. Pode chegar a 7o.C de diferença, ocorrendo basicamente devido a diferenças de irradiação de calor para atmosfera entre as zonas edificadas (maior) e as florestas (menor), e também à concentração de poluentes, maior nas zonas centrais das cidades (“efeito estufa” localizado). Além disto, a elevação de temperatura nas áreas centrais das cidades facilita a ascensão do ar, quando não há inversão térmica, formando uma zona de baixa pressão. Isto faz com que os ventos soprem, pelo menos durante o dia, para esta região central, levando uma grande quantidade de poluentes, e forma-se, no centro urbano, uma “cúpula” de ar pesadamente poluída. - Inversão térmica: fenômeno natural que pode ocorrer em qualquer parte do planeta, ocorrendo no final da madrugada ou no início da manhã, principalmente no inverno e em zonas urbanas. No final da madrugada, dá-se o pico de perda de calor do solo por irradiação, resultando nas temperaturas mais baixas do dia. Quando a temperatura cai abaixo de 4ºC, o ar frio, impossibilitado de elevar-se, fica retido em baixas altitudes, enquanto em mais altas altitudes o ar é mais quente, que não consegue descer. Consequências: ocorre uma estabilização momentânea da circulação atmosférica em escala local, caracterizada por uma inversão das camada: o ar frio fica embaixo e o ar quente encima, desfazendo-se à medida que o sol nasce. 1.3.Impactos ambientais globais - Destruição da camada de ozônio (O3): a camada de ozônio se localiza na estratosfera, principalmente a 25 Km de altura, cujo papel é o de filtrar a maior parte dos perigosos raios ultravioleta emitidos pelo sol. Estes raios podem causar no homem câncer de pele e perturbação na visão, além de alterar a velocidade da fotossíntese nos vegetais. Os CFC (clorofluorcarbonos), compostos bromados (usados em extintores), tetracloretos de carbono, entre outros, são os responsáveis pelo buraco na camada de O3. Inclusive, 120 países assinaram um acordo de redução da utilização dos CFC (Protocolo de Montreal). O maior buraco existente localiza-se sobre o Polo Sul, porque as baixíssimas temperaturas, ao formarem nuvens estratosféricas de gelo, favorecem a transformação dos CFCs estáveis em Cl ativo, que catalisa a reação de destruição de parte do O3, diminuindo sua concentração. - Efeito estufa: consiste na retenção de calor irradiado pela superfície terrestre pelas partículas de gases (principalmente o CO2) e de água em suspensão na atmosfera, garantindo a manutenção do equilíbrio térmico do planeta e, portanto, a sobrevivência de várias espécies vegetais e animais. É resultado de um desequilíbrio na composição atmosférica, provocada pela crescente elevação da concentração de certos gases que tem a capacidade de absorver o calor, como o metano, fluorclorocarbonos e principalmente o CO2. A duplicação da concentração de CO2 pode elevar a temperatura média em 3ºC, causando um derretimento do gelo dos polos e aumentando, consequentemente, em 20 cm o nível dos oceanos. O reflorestamento vegetal é uma das táticas para tentar amenizar este problema, pois o aumento das áreas de florestas promove uma maior retenção do carbono na matéria-orgânica das árvores, com diminuição do gás carbônico atmosférico responsável pelo efeito estufa. - Chuvas ácidas: apesar de possuírem uma acidez em sua composição, as chuvas são consideradas ácidas quando forem resultantes da elevação exagerada do nível de acidez da atmosfera, em consequência do lançamento de poluentes produzidos pelas atividades humanas (indústrias e transportes), na queima de petróleo e carvão. A acidez das chuvas varia de um lugar para outro e está relacionada com a temperatura e a velocidade dos ventos no local de sua formação. Os países que mais colaboram para a emissão destes gases são os industrializados do Hemisfério Norte. As consequências dessas chuvas são a corrosão, acidez de lagos (o que causa a morte de inúmeras espécies animais e vegetais, desequilibrando o ecossistema) e destruição de florestas. No Brasil, os principais focos de chuvas ácidas são o Rio Grande do Sul (próximo a termoelétricas movidas a carvão e gás), São Paulo e Rio de Janeiro (indústrias), principalmente a região de Cubatão – SP, altamente poluída.

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EXERCÍCIOS DE SALA

1. (UFSC) O ambiente urbano é um dos mais poluídos. Nele ocorrem, com grande intensidade, quase todos os tipos de poluição: (01)O crescimento demográfico, a ausência de leis e de recursos financeiros implicam a degradação urbana e a baixa qualidade de vida de seus habitantes. (02)Há escassez cada vez maior de locais apropriados para a colocação de montanhas de lixo, geradas diariamente nas cidades do mundo inteiro. (04)As cidades apresentam temperaturas idênticas às das zonas rurais de mesma latitude, pelo fato de as alterações humanas naquelas áreas não interferirem no clima. (08) As chuvas ácidas são resultantes de reações químicas na atmosfera, a partir do potássio e do fósforo, contidos nos fertilizantes jogados na agricultura. (16) O uso mais racional possível dos materiais e substâncias usados na produção de bens de consumo e a reciclagem ajudariam muito a solucionar o problema do lixo. O somatório das afirmativas corretas resulta em: _______________ 2. (Unirio/00) Entre os impactos ambientais que a poluição atmosférica dos grandes centros urbanos causa, estão as chuvas ácidas, cuja formação é: a)provocada pela reação química que se processa entre os gases poluente e a umidade presente na atmosfera. b)consequência do fenômeno da inversão térmica que determina uma retenção de ar quente próximo à superfície, provocando chuvas carregadas de poluentes. c)consequência do aumento do “buraco de ozônio” na alta atmosfera, o que tem facilitado a formação de chuvas. d)restrita às áreas com indústrias fabricantes de ácidos que eliminam umidade contaminada por agentes químicos, a qual se precipita como chuva artificial. e)Dependente da influência das ilhas de calor, pois o aumento da temperatura é o único elemento que determina a mudança de pH das chuva, tornando-as ácidas. 3. (Fatec/04-2) O rio São Francisco já perdeu 95% das matas ciliares no alto curso, processo que vem se repetindo em todo o trajeto. O norte mineiro foi incorporado à economia nos anos 60, ocasionando a retirada de pelo menos ¾ da vegetação original. Depois de Três Marias (1960), grandes reservatórios seccionaram o curso do “Velho Chico” nos anos 70, coincidindo com o crescimento da irrigação e o definhamento dos peixes. O polo agrícola do oeste baiano, assim como a siderurgia e a produção de carvão vegetal em solo mineiro, contribuíram para a perda de cerrado e mata nativa. Entre os prováveis efeitos provocados pela situação descrita estão: a)erosão das margens e assoreamento do leito do rio. b)Expansão de plantas exóticas e baixa produtividade agrícola. c)Inundações no inverno e aprofundamento da calha do rio. d)Fortes estiagens no verão e baixa produtividade agrícola. e)Erosão das margens e aprofundamento da calha do rio

EXERCÍCIOS DE CASA

1. (UFRGS/99) Considere os seguintes textos sobre os grandes ecossistemas brasileiros: Texto 1- ................... é o grande ecossistema mais bem protegido, e cerca de 1% de seu território consistem em Unidades de Conservação. Dispõe de 85% de áreas naturais remanescentes. O desmatamento, em geral, está associado à expansão da fronteira agrícola, ao manejo das pastagens e ao corte seletivo da madeira. Texto 2- .................... é o grande ecossistema mais ameaçado, com área remanescente que corresponde a menos de 9% da área original, mas com 8% de sua superfície em propriedades privadas. As Unidades de Conservação correspondem a cerca de 2% dessa área original. O desmatamento é a principal ameaça, em conseqüência de atividades agrícolas, plantio homogêneo e urbanização. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto 1 e 2, respectivamente: a)a Amazônia – o Cerrado b)a Amazônia – a Mata tlântica c)o Cerrado – a Amazônia d)a Mata Atlântica – a Amazônia e)a Mata Atlântica – o Cerrado 2. (Fuvest /06) Um Projeto de Lei (PL), enviado ao congresso brasileiro em 2002, preocupou um dos maiores geógrafos brasileiros, Aziz Ab’Saber. A princípio, o referido PL permitia, de maneira sustentável, a exploração das Flonas (Florestas Nacionais). Pode-se afirmar que a preocupação do geógrafo justifica-se, pois: a preservação de ecossistemas pressupõe a conservação integral de vastas superfícies. Pode haver uma super-exploração das Flonas em áreas mais próximas às estradas, inviabilizando a idéia de exploração sustentável. As Flonas, sob exploração seletiva, poderão levar o mesmo tempo de regeneração que as áreas de exploração integral. É correto o que se afirma em: a) I b) II c) III d) I e II e) II e III 3. (Fuvest/97) O ecoturismo é uma possibilidade de aproveitamento econômico das unidades de conservação no Brasil. Sobre esta atividade, é falso dizer que: a)atrai turistas de todo o mundo, sendo o principal ramo de atividade turística do país. b)pode causar, quando ocorre em terra firme, a compactação do solo pelo uso freqüente das trilhas. c)deve ser implementada, procurando-se conciliar os interesses dos visitantes com as expectativas da população que vive nas áreas protegidas. d)Procura explorar a beleza cênica da paisagem, propondo atividades ao turista, de acordo com as características naturais do ambiente. e)Pode causar a fuga da fauna que se assusta com a presença de turistas. Gabarito SALA

1. B

2. D

3. A

Gabarito CASA

1. 01+02+16

2. A

3. A

Page 5: Material Pbvest Mod3 Geografia

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AULA 03 : CLIMA

1.1. Situação Geográfica

A maior parte do território brasileiro (92%) está localizada na zona intertropical, sendo cortado, ao Sul (SP, MS, PR), pelo Trópico de Capricórnio. Nesta zona climática estão as maiores médias térmicas do planeta. No entanto, deve-se lembrar que o Brasil também é atravessado pelo Equador (AP, AM, RR, PA), apresentando 93% de sua superfície no hemisfério sul, que se caracteriza por um relativo equilíbrio entre massas continentais e massas oceânicas, justificando temperaturas mais amenas e maior umidade.

1.2. Classificação climática Segundo Wilhem Köppen existem no Brasil cinco tipos climáticos principais:

Equatorial (Am, pluviograma 1) Abrange a maior parte da Amazônia Brasileira. Apresenta temperaturas elevadas o ano todo, pequena amplitude térmica anual, chuvas abundantes e bem distribuídas durante o ano todo (2.000 – 3.000 mm/ano).

Tropical semi-úmido (Aw, pluviograma 2) Tipo climático predominante no Brasil (Centro-Oeste, Meio-Norte, maior parte da Bahia e Agreste). Apresenta temperaturas elevadas (verão 25º C, inverno 21º C), com duas estações bem definidas: verão chuvoso e inverno seco. No litoral nordestino, as chuvas são mais acentuadas no inverno.

Tropical de altitude (Cwa, pluviograma 3)

Abrange o domínio de mares de morros no Sudeste (maior parte de Minas Gerais e trechos do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo). É um clima mesotérmico, com temperaturas amenas (verão 25º C), inverno 18º C) e com chuvas concentradas no verão.

Tropical Semi-árido (Bsh, pluviograma 4) Característico do Sertão Nordestino,

abrangendo o Vale Médio do São Francisco e norte de Minas Gerais, apresenta temperaturas elevadas (superiores a 25º C), chuvas escassas e irregulares. Caracterizado pelas estiagens bem pronunciadas

Subtropical (Cf, pluviograma 5) Predominante na porção meridional do Brasil (parte de São Paulo, Paraná, além de Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Mesotérmico, com temperaturas amenas, apresenta grande amplitude térmica (verão 25º, inverno 15ºC) e chuvas distribuídas regularmente durante o ano todo, sem estação seca, com índices pluviométricos entre 1.700/1.900 mm/ano.

Além destes climas, podemos acrescentar o tropical

litorâneo (pluviograma 6), correspondente ao litoral oriental do nordeste (do Rio G. do Norte ao Espírito Santo), onde as chuvas são concentradas no inverno, como, consequência do choque das massas de ar Tropical Atlântica (quente) e Polar Atlântica (fria).

Page 6: Material Pbvest Mod3 Geografia

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EXERCÍCIOS DE SALA

1. (UFRN/97) "Ocorre no Planalto Meridional Brasileiro. Apresentam altas amplitudes térmicas e um verão extremamente quente. As

temperaturas chegam a atingir 30oC, embora com um inverno rigoroso, inclusive com a ocorrência de neves. Apesar de possuir precipitações não muito intensas, as mesmas são bem distribuídas durante todo o ano."

GARCIA, GARAVELLO. Geografia do Brasil - Dinâmica e Contrates. 1992. p.26. O texto acima refere-se ao clima: a) Subtropical d) Temperado b) Tropical de Altitude e) Tropical c) Monções

2. (UFRN/09) O clima do Brasil é influenciado pela atuação de diferentes massas de ar. A respeito das

massas de ar que interferem nas condições climáticas do país pode-se afirmar que A) A massa polar atlântica (mPa) é fria e úmida, forma-se no Atlântico Norte e no inverno sua atuação limita-se ao litoral nordestino e a Amazônia Ocidental. B) A massa polar atlântica (mPa) é fria e úmida, forma-se no Atlântico Sul e no inverno atua sobre o litoral nordestino, a Amazônia Ocidental e as regiões Sul e Sudeste. C) A massa tropical continental (mTc) é quente e úmida, origina-se na Depressão do Chaco e sua influência no Brasil abrange o sul das regiões Norte e Nordeste. D) A massa tropical continental (mTc) é quente e úmida, origina-se na Amazônia e sua influência no Brasil restringe-se as regiões Norte e Centro-Oeste.

3. (UFBA/03) “A análise das bases físicas não tem força, isoladamente, para esclarecer o grande drama dos grupos humanos em face da região semi-árida nordestina. No entanto, o conhecimento do meio natural é uma prévia decisiva para explicar as causas primeiras de uma questão que se insere o cruzamento dos fatos físicos, ecológicos e sociais. (...)”

Ab Saber, p. 73 Acerca da incidência das secas que assolam periodicamente o Nordeste do Brasil e os conhecimentos sobre o domínio morfoclimático semi-árido das caatingas, assinale V ou F: ( ) As secas do Nordeste brasileiro, na escala global, não podem ser evitadas, mas podem ser prognosticadas, em virtudes dos recursos que a moderna meteorologia dispõe sobre as previsões do tempo, e a ação do homem pode minimizar os seus efeitos através de uma política socioeconômica adequada. ( ) Os fortes aguaceiros que ocorrem na região semi-árida são predominantemente frontais e de curta duração, provocando alta infiltração no solo, minimizando as condições de carência de umidade para a cobertura vegetal. ( ) O caráter de exceção do clima semi-árido, no Nordeste brasileiro, explica-se pela existência de climas mais úmidos nas regiões situadas nas mesmas latitudes dos demais continentes. ( ) O Nordeste semi-árido apresenta subespeaços úmidos e sub-úmidos, caracterizados pelos “brejos” de altitude e de fundos de vale e por faixas de transição, apresentando feições morfológicas e quadros econômicos diferenciados. ( ) As superfícies planálticas do domínio das caatingas, com vastos campos de inselbergs – afloramentos do escudo cristalino – são áreas de intemperismo químico, típico de clima semi-árido. ( ) A forte insolação, a baixa nebulosidade, as elevadas taxas de evaporação, as temperaturas constantes, relativamente altas, e o regime de chuvas marcado pela escassez, pela irregularidade e pela concentração das precipitações num curto período de, aproximadamente, três meses, caracterizam o clima semi-árido da região.

EXERCÍCIOS DE CASA

1. (UFPB) O Polígono das Secas, que integra todos os estados do nordeste, excetuando-se o Maranhão, e mais o norte de Minas

Gerais, tem clima predominantemente semi-árido, que se

caracteriza por não apresentar:

a) chuvas escassas e irregulares. b) Temperaturas geralmente superiores a 25ºC. c) Precipitações inferiores a 800 mm anuais. d) Período chuvoso concentrado no inverno. e) Evaporação do solo maior que a precipitação.

2. (UFRGS/97) A causa principal para a existência do clima semi-árido no Nordeste brasileiro: a) são as barreiras orográficas que impedem a passagem do

ar úmido vindo do oceano. b) É a circulação geral da atmosfera, fenômeno externo à

região. c) É a alta refletividade da superfície nordestina. d) É a inexistência de vegetação de grande porte na região. e) É a presença de redes hidrográficas hierarquizadas, com

drenagem aberta para o mar.

3. (Fuvest/97)

A observação dos mapas do Estado de São Paulo permite afirmar que, de modo geral, as temperaturas decrescem:

a) de sudeste para noroeste sem grandes oscilações, exceto no Vale do Paraíba, , sempre mais frio que o restante do estado.

b) De oeste para leste, sempre com acentuada queda de temperatura ao sul do trópico de Capricórnio.

c) De oeste para leste, excetuando-se o centro, onde há permanentemente uma ilha de temperaturas mais elevadas.

d) De leste para oeste, excetuando-se o noroeste onde as temperaturas são sempre superiores às das demais áreas.

e) De noroeste para sudeste, interrompida pela nítida queda de temperatura nas terras elevadas do planalto atlântico.

4. (USF) Considere as informações abaixo sobre as condições

climáticas encontradas em grande parte de uma região brasileira: I- As médias térmicas anuais geralmente são inferiores

a 18ºC. II- As precipitações são superiores a 1500 mm/ano e

distribuídas ao longo do ano. III- As massas de ar mais atuantes na região são a

Tropical Atlântica e a Polar Atlântica. As características identificam: a) o norte da Região Sul. b) o oeste da Região Centro-Oeste. c) o centro-Sul da região Sudeste. d) a região Sul subtropical. e) A área serrana da região Sudeste.

Gabarito SALA: 1.A 2.B 3.VFVVFV

Gabarito de CASA: 1. D 2. B 3. E 4. D

Page 7: Material Pbvest Mod3 Geografia

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AULA 04: VEGETAÇÕES NO MUNDO

1. Tipos

A vegetação é reflexo das condições naturais do solo e do clima n lugar em que ocorre, sendo que os principais elementos climáticos são a temperatura e a umidade, e a presença de vegetação acaba por influenciar estes elementos, formando-se um ciclo. São elas:

- Formações de baixas latitudes:

* Florestas equatoriais/ clima equatorial: comum de climas quentes e

úmidos. - Características: vegetação higrófila, latifoliada, perenifólia e heterogênea

- Maior biodiversidade do planeta (mais de 55 mil espécies vegetais de

milhares de animais). São patrimônios genéticos da humanidade. - Essencialmente árvores de grande e médio porte, densas, como

seringueira, castanheira, guaraná, ...

- O solo é arenoso (latosolo) e inapropriado para a agricultura, apesar da espessa cobertura de matéria-orgânica.

- Seu aproveitamento econômico é basicamente ligado ao extrativismo

(látex e castanha, por exemplo) e à produção de madeira, de maneira predatória.

- Ocorre na África central (região do Congo), Indonésia, etc. No Brasil,

corresponde à Floresta Amazônica.

* Florestas tropicais/ clima tropical: semelhantes às florestas

equatoriais, a vegetação é higrófila, latifoliada, perenifólia, entretanto um pouco menos heterogênea que a anterior.

- Seu aproveitamento, de maneira também predatória, é basicamente para a

indústria madeireira. - Aparecem nas encostas serranas e úmidas, como no Sudeste e litoral

nordestino brasileiro, Oeste africano, costa meridional do México e na

Ásia monçônica.

Formações desérticas/ clima desértico: típicas de desertos, predomina plantas xerófilas, como o cactus, com vida curta, que

surgem na raras chuvas-relâmpago da região, desaparecendo logo em

seguida. Nas áreas mais úmidas dos desertos (oásis), pode ocorrer uma maior variedade de espécies, como palmeiras, tamarindos, etc.

Estepe/ clima tropical semi-árido: predomina vegetação herbácea e arbustiva, como as pradarias; entretanto mais ressecada e

esparsa.

- Muito comum na África Central, na região de transição do deserto do Saara para as savanas. Na Rússia, apresentam características de pradarias

(vegetação típica de médias latitudes). - No Brasil, corresponde à caatinga.

Savana/ clima tropical alternadamente úmido e seco: vegetação complexa.

- Predomina um estrato arbustivo caducifólio, arbóreo e herbáceo.

- Onde se localizam os animais de grande porte da África (elefantes, girafas, ...).

- Localiza-se numa zona de transição das estepes (semi-áridas)

para as florestas equatoriais (úmidas). - No Brasil, corresponde ao cerrado (campos sujos).

- Formações de média latitude:

Floresta de Coníferas(taiga)/ clima temperado: estende-se entre 55º e 70º de latitude norte, formando um cinturão contínuo,

interrompido apenas pelos oceanos.

- Associa-se a um clima rude, com verão extremamente curto de apenas 1 a 3 meses, durante o qual deve desenvolver-se todo o ciclo biológico.

- Este clima é responsável pela seleção de espécies resistentes a estas

condições; assim, predominam poucas plantas aciculifoliadas (pinheiros), formando florestas homogêneas.

- As folhas finas e espinhentas servem para impedir a acumulação de neve

na copa das árvores e reduzir a superfície de evaporação, devido ao clima seco da região.

- Ocorre no Canadá, Suécia, Rússia.

- Importante para a economia da região, principalmente para a indústria do

papel (celulose), como acontece no Canadá.

Pradarias/ clima temperado: nas vastas planícies que dominam a paisagem, o inverno rigoroso cobre o solo com uma capa de neve que, ao

fundir-se na primavera, permite a germinação de uma espécie herbácea

extensiva (gramíneas) que atinge seu desenvolvimento máximo no verão chuvoso, quando intensa atividade biológica decompõe o capim morto do

ano anterior, originando muito húmus e matéria orgânica, que confere aos

solos uma cor escura e muita fertilidade (tchernozion e podzol). - Comum da Europa Central e Oriental (onde são chamadas de estepes),

planícies americanas (leste e centro) e Pampas argentinos.

Florestas temperadas/ clima temperado marítimo: diferente da taiga, aparece sob latitudes mais baixas. São menos heterogêneas que as florestas

tropicais, entretanto mais heterogêneas que a floresta de coníferas, com

baixa densidade vegetal. - Aparece sob a forma de bosques (Bosque de Sherwood, na Inglaterra),

onde predomina árvores caducifólias.

- Quase toda devastada, restou uma formação secundária chamada Landes, onde aparecem carvalhos, faias, abetos, etc. Nos Estados Unidos, é comum

a presença de sequóias.

- Vegetação típica do oeste europeu, oeste dos Estados Unidos, no Sul do Brasil (recebem o nome de Mata de Araucárias / Pinhais), ...

Vegetação mediterrânea/ clima mediterrâneo: vegetação esparsa, que

possui três estratos: um arbóreo, um arbustivo e um herbáceo. - Vegetação apresenta características xerófilas, pois o clima mediterrâneo é

seco boa parte do ano.

- As principais vegetações são os maquis e garrigues.

- Formações de altas latitudes

Tundra/ clima frio a polar: vegetação de vida efêmera (florescem por,

no máximo, três meses), constituída basicamente por plantas rasteiras (musgos e liquens).

- Comum de zonas acima dos Círculos Polares.

- Os musgos são comuns nas baixadas úmidas e os liquens em zonas secas e mais altas do terreno.

Page 8: Material Pbvest Mod3 Geografia

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EXERCÍCIOS DE SALA

1. (FGV/01-2) As áreas com maior porcentagem de fitomassa original, em

relação ao total do planeta, correspondem a:

a) florestas tropicais de folhas perenes / florestas temperadas / floresta boreal.

b) tundras / florestas temperadas / savanas e pastos tropicais.

c) florestas tropicais de folhas perenes / florestas tropicais de folhas caducas / vegetação mediterrânea.

d) tundras / florestas tropicais de folhas caducas / floresta boreal.

e) savanas e pastos tropicais / florestas e arbustos tropicais / vegetação mediterrânea.

2. (Fuvest-SP) “Nas vastas planícies que dominam a paisagem, o inverno rigoroso cobre o solo com uma capa de neve que, ao fundir-se na primavera, permite a germinação de uma espécie herbácea extensiva que atinge seu desenvolvimento máximo no verão chuvoso, quando intensa atividade biológica decompõe o capim morto do ano anterior, originando muito húmus e matéria orgânica, que confere aos solos uma cor escura e muita fertilidade.”

A descrição refere-se:

a) às tundras. . b) às pradarias

c) às savanas.

d) ao sahel. e) à taiga.

3. (Unesp/04-2) A abordagem dos problemas ambientais em nosso planeta não pode ignorar a questão da biodiversidade. Nesse aspecto, ao Brasil,

cuja natureza é rica e exuberante, é conferido um papel de destaque.

Hoje, tratar da questão ambiental no âmbito mundial significa considerar as variadas características geográficas brasileiras. Ao lado do Brasil,

mais quatro países do globo também possuem uma grande

biodiversidade. São eles: a) Austrália, China, Indonésia e Colômbia

b) Indonésia, Colômbia, Austrália e África do Sul

c) China, México, Indonésia e Colômbia d) Austrália, África do Sul, Colômbia e Venezuela

e) China, Nova Zelândia, Indonésia e Chile

4.(UFPB/06-1) No que se refere às grandes paisagens naturais e suas

modificações, é correto afirmar:

a) os desertos correspondem às áreas que sofreram modificações resultantes da exploração irracional do petróleo.

b) As pradarias e as estepes apresentam modificações drásticas, na sua

biodiversidade, devido à introdução de espécies arbóreas típicas da savana.

c) A tundra é uma vegetação rasteira bastante alterada pela expansão

agrícola nas áreas circumpolares. d) A savana corresponde a um bioma característico de áreas temperadas e

subtropicais, com impactos ambientais resultantes da introdução dos

transgênicos. e)As florestas equatoriais e tropicais, as mais ricas em biodiversidade,

sofrem grandes impactos ambientais decorrentes da ação das madeireiras

EXERCÍCIOS DE CASA

1.(FGV/99) Analise as seguintes assertativas:

I- Na América do Norte, o Canadá possui 25% das florestas nativas de coníferas, sendo o maior exportador de celulose e madeira.

II- As florestas africanas e européias remanescentes localizam-se

nas regiões mediterrâneas, áreas de ocupação humana mais antiga. III- A Rússia detém cerca de 26% das últimas florestas virgens do

planeta.

IV- Entre 1960 e 1990 foi derrubado um quinto das florestas mundiais sendo, pela ordem, Brasil, Indonésia e Congo os

principais países desmatadores.

Somente contém assertativa(s) correta(s): a) I e II

b) IV

c) I, III e IV d) II

e)II, III e IV

2.(Ulbra/00-2) Coloque verdadeiro (V) ou falso (F) para as seguintes

afirmações sobre o clima e as formações vegetais: ( ) O clima equatorial apresenta índices pluviométricos que variam entre

2000 e 3000 mm/ano, não apresentando estação seca.

( ) As chuvas frontais resultam do encontro de duas massas de ar de igual temperatura.

( ) A Tundra pode ser caracterizada como vegetação do tipo mesotérmico,

com poucas espécies arbóreas, como carvalhos e faias. ( ) Na zona climática tropical encontramos florestas heterogêneas com

aproveitamento econômico predatório.

( ) O Cerrado é uma vegetação formada por espécies herbáceas e arbustivas de galhos retorcidos onde predominam o clima tropical e os

solos lateríticos, ácidos, ricos em hidróxido de ferro e alumínio.

A seqüência correta é a de letra: a) V, V, V, F, F

b) V, F, F, V, V

c) F, V, F, V, F d) V, V, V, F, V

e) F, V, V, V, F

3.(UEPB/04) A Savana africana é formada por uma vegetação sub-

lenhosa esparsa e associada a um estrato rasteiro, aspecto típico das

paisagens de clima sub-úmido ou semi-desértico, com duas estações bem definidas, uma seca e outra chuvosa. A partir dessas características

podemos classificar tal vegetação como sendo do tipo:

a)herbáceo, como os Pampas do Sul do Brasil. b)Arbóreo, a exemplo da Mata Atlântica.

c)Arbustivo, tal como o Cerrado brasileiro.

d)Desértico, no qual uma vegetação de ciclo vegetativo curto surge com as chuvas escassas.

e)Xerófilo, semelhante à Caatinga da região Nordeste.

4.(UEPB/06) Em matéria exibida no dia 27 de maio de 2005, com o título

“Sibéria, o inferno gelado”, o Globo Repórter mostrou a vida dos nômades

criadores de renas, que “moram e viajam em casas sobre rodas, cobertas

de peles”. Esse “gênero de vida” é também uma forma de preservar o

frágil ecossistema, cuja vegetação de musgos e liquens cresce apenas o curto verão do Ártico. Trata-se, portanto, do domínio:

a) da floresta decídua

b) da taiga c) da floresta boreal

d) da tundra

e) da estepe

EXERCÍCIOS DE SALA 1. A 2. B 3. C 4. E

EXERCÍCIOS DE CASA 1. B 2. B 3. C 4. D

Page 9: Material Pbvest Mod3 Geografia

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO QUÍMICA 51

AULA 05: GEOMORFOLOGIA

Estudo do relevo. A forma do relevo terrestre apresenta uma

relação intrínseca com os seus agentes, a citar: Agentes internos (endógenos): ou formadores de relevo. São

aqueles que atuam no interior do planeta e dão origem às diversas formas de relevo. São eles:

vulcanismo;

abalos sísmicos (terremotos);

tectônica (movimentos crustais). Neste caso: Camadas da Terra *A litosfera é a camada mais externa da Terra, sinônimo de crosta terrestre, medindo cerca de 60 – 70 Km de espessura. Pode ser subdividida em

a)crosta continental (SIAL): camada superficial, cuja espessura varia de 15-25Km. Predomina as rochas sedimentares e magmáticas, correspondendo ao solo e subsolo b)crosta oceânica (SIMA): abaixo dos oceanos, composto essencialmente por Si e Mg, com espessura entre 30 – 35 Km e predomínio de rochas basálticas. A litosfera não constitui uma camada contínua nem é imóvel. Na verdade, a crosta é fragmentada em diversas placas, que flutuam sobre uma camada magmática denominada ASTENOSFERA. Este movimento, com as suas consequências, é explicado pela Tectônica de Placas. Gradiente geotérmico: é o aumento de temperatura à medida que a profundidade aumenta. É de 1ºC a cada 3,3 Km. Abaixo da crosta, temos o manto, com espessura de 2900 Km e composto por material parcialmente fundido (mistura de magma e rocha). A porção interna do planeta é o núcleo, sendo subdividido em:

Núcleo externo (camada intermediária): espessura de 1700 Km, composto por Ferro líquido. A temperatura gira em torno de 4000ºC.

Núcleo interno (NIFE): mesma espessura da anterior, com temperaturas na ordem dos 6000ºC e predomínio de níquel e ferro sólidos.

- a crosta terrestre, camada externa da Terra, é muito fina (não mais do que 70 Km de espessura) e sujeita às alterações que acontecem no interior do planeta. Segundo a Teoria da Tectônica (complemento da Teoria da Deriva Continental, 1912) diz que a crosta, seja ela continental ou oceânica, é fragmentada e se desloca sobre uma camada magmática, denominada manto. A colisão ou afastamento destes pedaços, chamados de placas, geram as grandes estruturas terrestres, como montanhas (orogênese), vulcões, terremotos, etc.

Agentes externos (exógenos): ou destruidores de relevo. São aqueles que atuam na superfície e destroem o que os internos demoraram milhares de anos para construir. Por exemplo: chuva, vento, mar, rio, geleiras, etc, que causam a erosão (ou intemperismo) das rochas. Se o intemperismo for causado pela variação de temperatura, em um ambiente sem água, classificamos este intemperismo de físico. Entretanto, em um ambiente úmido, o intemperismo é dito químico. Predomina no Brasil, portanto, o intemperismo químico, com exceção do sertão Nordestino.

Formas de relevo: - planícies: regiões com altitude entre 0 e 100 metros de altura, planas, uniformes e com intenso processo de sedimentação. Os rios que correm em planície tendem a ser largos, vagarosos e utilizados, essencialmente, para navegação, modelando vales largos. Encontra-se nas proximidades de rios ou dos mares.

- depressões: podem ser absolutas ou relativas. As depressões absolutas são aquelas que ocorrem dentro do continente e possuem altitudes inferiores ao nível do mar, como ocorre nos Países Baixos e no Mar Morto. As depressões relativas, mais comum no Brasil, ocorrem sempre bordejando superfícies mais altas, como planaltos. Possuem entre 200 e 500 metros.

- planaltos: são superfícies aplainadas ou ligeiramente onduladas, resultando, geralmente, da longa ação erosiva sobre antigas áreas montanhosas ou sobre velhos escudos cristalinos. Tendem a possuir entre 400 e 2000 metros.

- montanhas: são as formas mais elevadas dos relevo, possuindo acima de 2000 metros e formadas pela colisão das placas. As montanhas mais baixas (velhas) tendem a ser mais arredondadas, devido ao intenso processo erosivo sobre seu topo. As mais altas (jovens), pontiagudas, indicam que o processo erosivo sobre seu cume não foi tão acentuado.

Solo: é a camada superficial da litosfera resultante do intemperismo sobre as rochas. Pode ser eluvial (formada no próprio local de decomposição da rocha, e formado por horizontes, ou camadas) ou aluvial (formado pelo acúmulo de sedimentos, que foram transportados e depositados longe da rocha-fonte). Não possui horizontes (que se misturaram durante seu deslocamento) mas continua fértil. É o solo comum das regiões de várzea dos rios, ocorrendo principalmente na Amazônia, e favorece a rizicultura.

Problemas que o solo enfrenta: como é inconsolidado, o solo pode facilmente ser transportado. O pior problema, portanto, é a erosão, principalmente pela água. A velocidade com que a água escoa sobre o solo será diretamente proporcional à intensidade de erosão deste solo. Esta velocidade dependerá de dois fatores decisivos:

inclinação do terreno: quanto maior a inclinação, maior a velocidade de escoamento e, portanto, mais intensa é a erosão.

presença de vegetação: inibe a velocidade de escoamento e, portanto, a intensidade da erosão.

Soluções: reflorestamento (não expõe o solo à erosão, além de diminuir a velocidade de escoamento da água), plantio em curvas de nível (diminui velocidade de escoamento da água), terraceamento (idem), adubação (repõe os nutrientes importante para o solo), associação de culturas (não deixa nenhuma porção do solo descoberta), calagem (para corrigir acidez do solo) e policultura e rotação de culturas (não deixa o solo se “cansar”).

Tipos de erosão: laminar (pequena porção do solo é carregada), lixiviação (“lavagem” dos nutrientes do solo, restando apenas ferro, que lateritiza o solo, criando crostas ferríferas = lateritas), esgotamento (a monocultura esteriliza o solo) e ravinamento (fluxo concentrados de água criam sulcos no solo).

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EXERCÍCIOS DE SALA

1. (UNESP/03) Denomina-se erosão a degradação e decomposição das

rochas e as modificações provocadas pelas variações de temperatura, ação da água e do vento, seu transporte e deposição. Este processo também pode ser

induzido ou acelerado pela ação humana. Assinale a alternativa que contém,

corretamente, um tipo de erosão e respectiva técnica de controle.

a) eólica – calagem b) laminar- terraceamento

c) pluvial – assoreamento

d) glacial – gabiões e) fluvial – desmoronamento

2.(UFPB/99-1) Sobre as alterações das rochas e formação dos solos, afirma-se: I- Nas regiões de clima quente e seco (semi-árido nordestino), os

processos que respondem pelas destruição das rochas são, sobretudo, decorrentes do intemperismo físico.

II- Os fatores responsáveis pela formação dos solos são: rocha, tempo, clima, relevo e vegetação.

III- Nas áreas de climas equatoriais, há uma tendência das rochas serem menos alteradas em função da maior precipitação.

Está(ão)correta(s): a) I b) I e II c) I e III d) II e III e) todas 3.(UFRGS/04) Sobre paisagens com modificações nas suas formas de relevo, analise as afirmações abaixo: I. Os degraus de cortes, realizados para a criação de superfícies planas

necessárias à construção de moradias e arruamento, modificam a geometria e a declividade das vertentes, expondo o solo aos efeitos da ação direta dos agentes climáticos.

II. As modificações ocasionadas pela ocupação humana proporcionam uma diminuição do escoamento superficial decorrente da impermeabilização da superfície pela compactação do solo.

III. As alterações realizadas nas formas de relevo não alteram a estabilidade das vertentes que possuem cobertura vegetal de gramíneas e matas naturais.

Estão corretas apenas: a) I b) II c) I e III d) II e III e) todas

4.(UFRN/06) Leia o fragmento textual a seguir. O relevo terrestre encontra-se em permanente evolução. Suas formas, criadas pelos agentes internos, sofrem constantemente a ação de agentes externos, que realizam um trabalho escultural ou de modelagem da paisagem terrestre.

COELHO, Marcos Amorim; TERRA, Lygia. Geografia geral: o espaço

socioeconômico. São Paulo:Moderna, 2001. p. 90. Com relação ao trabalho mencionado no fragmento, pode-se afirmar que se trata de um processo: A) contínuo, do qual participam diversos agentes, como a ação das águas correntes, do degelo, do vento, dos seres vivos e do intemperismo. B) flexível, no qual atuam os agentes estruturais que ocorrem do interior para o exterior da superfície, como o vulcanismo, o intemperismo e o tectonismo. C) diversificado, devido à ação singular dos agentes externos nos diversos tipos de relevo, independentemente da área de sua ocorrência. D) concentrado, devido à ocorrência de diferentes agentes erosivos de destruição, tais como o vulcanismo, as geleiras e as águas marinhas GABARITO 1.B 2.B 3.A 4.A

EXERCÍCIOS DE CASA

1.(UFRGS/06) Assinale a afirmação correta em relação aos movimentos tectônicos e ao vulcanismo. a)Os movimentos tectônicos são provocados por forças basicamente exógenas, atuando de forma lenta e prolongada na estrutura e no modelado da crosta terrestre.

b)As forças tectônicas, que atuam predominantemente no sentido vertical sobre as camadas de rochas resistentes, originam as grandes cadeias de montanhas. c)O material vulcânico que se acumula na superfície produz o chamado relevo cárstico, caracterizado pelas formas dômicas derivadas da sobreposição contínua de material piroclástico. d)A diferença, em energia liberada, de um terremoto de nível 5 para outro de nível 6 na Escala de Richter é equivalente à diferença, em energia, de um terremoto de nível 6 para outro de nível 7. e)O surgimento da Dorsal Meso-atlântica corresponde à áreas de divergência de placas tectônicas, onde ocorrem fenômenos vulcânicos e tectônicos 2.(UNESP/03) Um rio escava seu leito e aprofunda seu vale ao longo do

tempo. Assinale a alternativa que contém fatores responsáveis pela maior

intensidade desse trabalho. a)vazão elevada, pequena velocidade da água escoada e transporte de poucos

sedimentos b)baixa pluviosidade, baixa declividade do terreno e pequena velocidade de

água escoada.

c)Vazão elevada, alta velocidade da água escoada e transporte de grande quantidade de sedimento.

d)Baixa declividade do terreno, alta velocidade da água escoada e transporte

de grande quantidade de sedimento

e)Vazão elevada, baixa declividade do terreno e baixa pluviosidade 3.(UFBA/08) As formas do relevo devem ser vistas e entendidas como um dos vários componentes da natureza e, na perspectiva humana, como um recurso natural, pois as variações de tipos de formas favorecem ou dificultam os usos que as sociedades humanas fazem do relevo. [...] Isso significa dizer que, em uma determinada condição natural do relevo, solo e clima, sociedades humanas de hábitos tradicionais e mais simples organizam e produzem um determinado arranjo espacial e sobrevivem em condições de vida modestas. Nesse mesmo ambiente natural, uma outra sociedade, com hábitos mais sofisticados, com maior desenvolvimento tecnológico e com mais disponibilidade de recursos financeiros, desenvolve suas atividades econômicas de modo mais intenso e, consequentemente, define arranjos espaciais em território completamente diferente do primeiro grupo social. (ROSS, 2006, p. 62).

A leitura do texto e os conhecimentos sobre as formas de relevo e os processos de sua esculturação, com exemplos do Brasil e do mundo, permitem afirmar: (01) Os processos erosivos de esculturação do relevo dando-lhes as formas de planícies, planaltos, depressões e montanhas, entre outras, são explicados pela teoria das placas tectônicas, associada às informações altimétricas. (02) A esculturação do relevo é muitas vezes acelerada pela ação antrópica, que pode alterar tanto o processo de erosão como o de sedimentação. (04) As áreas montanhosas ou com fortes declives são preferidas, atualmente, para a pecuária e para a agricultura comercial, devido ao desenvolvimento de tecnologias que favorecem a mecanização para o preparo do solo e a proteção contra a erosão, mesmo em áreas desprovidas de vegetação. (08) O relevo brasileiro é modelado principalmente pelas variações dos elementos climáticos — como a temperatura, o vento e a chuva — que atuam sobre as estruturas geológicas de diferentes idades e naturezas, causando alterações físicas e químicas. (16) As planícies aluviais resultam de um trabalho de deslocamento e deposição de sedimentos pelas águas correntes dos rios e são, frequentemente, muito férteis e populosas, a exemplo daquelas do Ganges (na Índia) e do Mekong (no Vietnã), entre outras. (32) O litoral retilíneo e o relevo desgastado da África refletem a gênese antiga da estrutura geológica constituída, em sua maior parte, por maciços cristalinos ricos em minerais metálicos e pedras preciosas, especialmente ao sul do continente. GABARITO 1. E 2. C 3. 2+8+16+32

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Aula15:1.AS CIVILIZAÇÕES NO ESPAÇO MUNDIAL E AS LUTAS SOCIAIS

1.1. As civilizações no espaço mundial As civilizações constituem uma diferença cultural bem maior que as diversidades étnico-nacionais: os irlandeses e os ingleses podem ter conflitos, assim como ao bascos e os espanhóis; entretanto, todos pertencem à mesma civilização, a ocidental. As civilizações, portanto, abrangem normalmente vários povos distintos; elas constituem agrupamentos de sociedades com determinados traços culturais em comum: origem dos idiomas, crenças religiosas, tipo de organização das famílias, relação entre os indivíduos e o Estado, etc. Elas são o conjunto de técnicas, normas, crenças, ideias, formas de organização social, manifestações artísticas, costumes, línguas, etc. , que surgem e se desenvolvem através das experiências de grupos humanos, em determinados meio ambientes. Cada cultura ou civilização tem características próprias, que a diferenciam das demais. As grandes civilizações se destacam por seu desenvolvimento: Suméria, Império Babilônico, Assíria, Romana, astecas, maias, incas. Muitos acabaram desaparecendo sem deixar vestígios ou influências. Com o desenvolvimento do capitalismo, a civilização ocidental foi se sobrepondo às demais. 1.2. Importância das civilizações: compreensão do mundo atual. Começamos a perceber que os caminhos ou opções de certas sociedades devem-se mais a valores tradicionais de sua cultura que aos ideais de capitalismo ou socialismo. Veja-se, por exemplo, a China. Em 1949, ela conheceu uma “revolução socialista”, liderada por Mao Tsé Tung, que teoricamente conduziria o país no rumo traçado pelos clássicos do marxismo-leninismo. Na realidade, a China vem surpreendendo o resto do mundo pelas mudanças cíclicas que aí ocorrem: rompimento com a União Soviética em 1960, isolamento durante a Revolução Cultural da década de 60, abertura para o capitalismo a partir de 1975, etc. Toda a história recente da China, desde 1949, pode ser surpreendente para alguém que imaginava ingenuamente que a realidade fosse seguir o que está escrito nos textos marxistas-leninistas; todavia, para quem conhece a cultura e a história milenares chinesas, estes acontecimentos fazem sentido, encaixam-se perfeitamente nos valores e ideais dessa civilização. É uma civilização que apregoa as mudanças cíclicas, que admite experimentar durante algum tempo uma via e depois, quando esta estiver esgotada, trilhar outra diferente.

1.3. Geografia das lutas sociais 1.3.1. Conceitos :Raças, etnias e racismo

Raça: são populações mais ou menos isoladas que diferem das outras populações da mesma espécie pela freqüência. Os principais mecanismos de raciação (formação de raças) são o isolamento, as mutações, a seleção natural e a seleção social. Para ocorrência de uma raça, é necessário que uma dada população permaneça isolada por um longo tempo (centenas de gerações), durante os quais os cruzamentos ocorram somente entre indivíduos da mesma população. O isolamento entre grupos humanos sempre foi relativo, nunca absoluto, graças às migrações de uma área para outra, ao comércio, às guerras, etc. Em todas estas formas de contato sempre houve a miscigenação. A classificação mais conhecida é aquela que reconhece 3 “troncos raciais” ou “raças maiores”.

• Mongoloide (amarelo); • Caucasoide (branco); • Negroide (preto). Nenhuma destas raças é estritamente pura. O conceito de raças é biológico, não devendo ser confundido com nações culturais, sociais ou psicológicas. A personalidade do homem não é apenas determinada por fatores hereditários: vai se constituindo ao longo da vida e recebe influências do meio social, da educação e das experiências, podendo apresentar importantes mudanças com o tempo. O termo raça não é sinônimo de povo, nação ou grupo linguístico.

Povo – conjunto de pessoas que se identificam pela língua, pelos costumes, pelas tradições e por uma história em comum. Exemplo: ciganos, judeus, bascos, tibetanos, ... Nação – Estado-Nação ou país, ou seja, um agrupamento de pessoas que vivem num determinado território, tendo leis e governo próprios. Exemplo: Brasil, Estados Unidos, ... Grupo linguístico – conjunto de indivíduos que falam línguas e possuem raízes comuns. Exemplo: grupo semita (árabe, hebraico), latino (português, italiano, francês, espanhol,...), nigero-congolês (ibo, ioruba), eslavo (russo, polonês, tcheco, eslovaco,...),... Os três podem ser constituídos por seres de diversas raças. Inversamente, uma mesma raça pode estar presente em vários povos, nações ou grupos linguísticos. Exemplo: raça branca pode pertencer ao povo alemão,... Etnia – Não é sinônimo de raça. A população de certos países pode possuir vários grupos com traços (físicos ou culturais) diferentes e um sentimento de identificação, de pertencer a um mesmo grupo. Exemplo: no Brasil, temos os negro, vários grupos indígenas, etc. Cada grupo destes possui esta etnia, mas não esta raça, pois tanto uma raça pode estar presente em vários destes grupos como em alguns casos um grupo pode abranger várias raças. Racismo – tendência para desvalorizar certo grupos (étnicos, sociais ou culturais), atribuindo-lhes características inferiores às de outro considerado “superior”. O pensamento racista não possui base científica, apresentando erros grosseiros de lógica ou informação. Assim, confunde raça com nação, povo, cultura ou grupo linguístico, atribuindo a fatores raciais comportamentos que nada tem a ver com raças mas que são condicionados pela cultura, meio social ou condições econômicas. Por trás do racismo normalmente existe motivos políticos e econômicos, que são ligados à exploração de um grupo social ou à competição por empregos. A partir do século XV, por exemplo, com a expansão comercial e marítima europeia e a consequente necessidade de mão-de-obra barata para colonizar a América, os negros africanos acabaram sendo escravizados (assim como também os indígenas, só que em menor escala). Para justificar normalmente essa exploração, surgiu a ideia de que “os homens de cor” seriam inferiores aos brancos. Apartheid: significa segregação racial. Exemplo de racismo, ocorreu na África do Sul. Consiste na discriminação contra negros ou indianos, com clubes, escolas, praças e ônibus só para brancos. Os motivos deste racismo: a minoria branca (15%), descendentes dos ex-colonizadores ingleses e holandeses, possuíam a maior parte das riquezas, das terras, das propriedades, enquanto a minoria negra exercia a função de mão-de-obra barata. O objetivo do “apartheid” era evitar que a minoria negra se organizasse e reivindicasse maiores poderes, terminando com os privilégios da minoria branca dominante. Em 1991, o “apartheid” caiu por terra, devido ao boicote que países importantes aplicariam à República da África do Sul. Em 1994, ocorreu uma eleição geral para a presidência da República daquele país, com a possibilidade dos negros votarem, e a vitória esmagadora de Nelson Mandela. Entretanto, os problemas não estavam encerrados: - a minoria branca continua concentrando as riquezas; - alguns grupos étnicos não negros não aceitam a liderança de Mandela. Xenofobia: O racismo que atinge imigrantes de países pobres é denominado Novo Racismo. Esse racismo tem como alvo não só os negros (ou judeus) mas todos os povos do Sul de uma maneira geral: turcos na Alemanha, africanos na França, latino nos Estados Unidos,... Durante muitas décadas estes países ricos importavam mão-de-obra barata de países da África, América Latina ou Ásia. Eles procuravam atrair imigrantes para realizar serviços que os próprios nativos não queriam ou não tinham condições de fazer, inclusive porque tinham baixíssimo índice de natalidade. Mas o volume de entrada de imigrantes tornou-se muito grande e o desemprego aumentou bastante em face da modernização tecnológica. Com o aumento dos índices de desemprego, os estrangeiros passaram a ser vistos como concorrentes dos nativos.

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Há também um pavor de perda de identidade nacional ou estrangeirização – isto é, de os “bárbaros”, como são chamados os estrangeiros pobres, acabarem por se tornar a maioria da população devido ao seu maior crescimento demográfico. E ocorreu ainda um aumento dos problemas das grandes cidades desse países industrializados (roubo, delinquência, prostituição,...), produzidos tanto pelo maior desemprego como também pela globalização (facilidades nos transportes e comunicações, maior integração de todas as regiões do planeta, crise em certas áreas que se tornam locais favoritos para a proliferação de máfias, etc.). A partir daí, os imigrantes passam a ser culpados por esta situação, se transformando em “bode expiatório” para se explicar o agravamento destes problemas econômicos e sociais.

EXERCÍCIOS DE SALA

1.(UEPB/11)Embora a origem dos primeiros Estados seja muito antiga, sua formação e seus objetivos variaram ao longo dos séculos. Sobre a criação dessa instituição de controle do território é possível afirmar: I - O Estado moderno, tal como o conhecemos hoje e cujo berço foi a Europa ocidental, teve sua origem com a centralização de poder através das monarquias absolutistas e do apoio dado pela burguesia. II - A globalização proporcionou a crise do Estado-nação e sua destruição frente a uma nova organização territorial do mundo em blocos econômicos, os quais reúnem vários países em um só bloco. III - O fim da Guerra Fria possibilitou o reaquecimento dos sentimentos nacionalistas e a formação de novos Estados nacionais bem como a luta de algumas nacionalidades pela soberania de seus territórios, o que mostra que o mapa-múndi ainda pode ser redesenhado. IV - A unificação dos Estados-nacionais se processou em meio à diversidade étnica e cultural dos territórios, o que exigiu dos poderes constituídos a construção do sentimento de pertencimento e de identidade nacional. Estão corretas apenas as proposições: a) II e III b) II, III e IV c) II e IV d) I, II e III e) I, III e IV 2.(UEPB/06-2) Curdos: um povo sem pátria.Por que a etnia é perseguida há séculos? (discutindo a Geografia, ano 1, nº 1, julho de 2004) Conforme o questionamento acima, escolha a(s) preposição (ões) que responde(m) corretamente à indagação. I. Por terem os curdos se estabelecido em território que já pertencia

a outros países – Turquia, Irã, Iraque e Armênia. II. Por estarem situados (há aproximadamente 3000 anos) em um

território estratégico na ligação entre o ocidente e o oriente, que já era cobiçado por persas e otomanos.

III. Por terem sido descobertas, durante a guerra fria, jazidas de petróleo em território curdo, momento no qual o domínio de tais jazidas era fundamental para a economia européia e havia o risco de adesão aos soviéticos em certas áreas de conflitos.

IV. Por terem surgidos movimentos revolucionários separatistas de inspiração marxista, entre os curdos, com atos terroristas contra países que abrigam a etnia, motivando o rompimento de paz existente nesses territórios.

Estão corretas apenas: a) I b) I e IV c) I, II e III d) II e III e) IV 3.(UFPB/06-3) Apesar de possuir o mais avançado processo de integração, entre todos os blocos supranacionais existentes no planeta, a União Europeia possui, entre seus membros, vários países com fortes movimentos nacionalistas internos, que buscam maior autonomia para diversos povos na Espanha, França, Itália e Reino Unido. Sobre este tema, analise as seguintes proposições:

(01) A Catalunha, no nordeste da Espanha é, na atualidade, um exemplo de luta armada contra o Estado espanhol, tendo como principal questão a diferença religiosa entre a Catalunha islâmica e o resto da Espanha católica.

(02) Os irlandeses estão territorialmente divididos: uma parte está na Irlanda do Sul, república desde 1922, e a outra vive na chamada Irlanda do Norte ou Ulster, que pertence ao Reino Unido.

(04) Portugal enfrenta um separatismo no extremo sul de seu território, onde os galegos lutam pela independência.

(08) A França e a Itália são exemplos de países que não possuem problemas cm “nacionalismo interno”, inclusive o governo francês apóia luta dos bascos espanhóis pela independência.

(16) Os bascos estão em luta constante contra o governo central da Espanha, mas somente uma parte da população apóia o ETA (Pátria Basca e Liberdade), grupo que tem assumido ataques em toda a Espanha, classificados como terroristas.

O somatório da(s) alternativa(s) correta(s) resulta em: ____ GABARITO: 1-E 2- (02+16)

EXERCÍCIOS DE CASA

1.(UFPB/11-3) Na presente conjuntura histórica, alguns países, antes considerados como subdesenvolvidos e que atualmente se encontram melhor situados social e economicamente, são classificados como países emergentes. Observa-se que, nesse conjunto dos emergentes, alguns países destacam-se em relação aos outros. Eles constituem o BRIC, grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia e China. Esses países integram também o G20, um conjunto mais amplo que está conseguindo, aos poucos, intervir na reconfiguração da Nova Ordem Mundial, um protagonismo antes circunscrito ao G8. Considerando a literatura sobre o tema, identifique as características comuns a todos os países do BRIC: a) Participam do grupo das 8 nações mais ricas e industrializadas do mundo, são membros da OTAN e grandes potências bélicas mundiais. b) Apresentam limitada importância no cenário econômico mundial, são potências regionais secundárias e grandes importadores de matérias-primas. c) Possuem grandes extensões de terra, numerosa população absoluta e estrutura econômica diversificada. d) Formam as novas potências mundiais, apresentam as maiores taxas de crescimento econômico do mundo e participam do bloco ASEAN. e) Apresentam boa distribuição de renda, elevada renda per capita e superaram o antigo estágio de subdesenvolvimento. 2.(Mackenzie/04) A globalização não é um acontecimento recente. Ela se iniciou já no final do século XV e no século XVI, com a expansão marítimo-comercial europeia, consequentemente com a própria evolução do sistema capitalista, e continuou nos séculos seguintes. O que diferencia aquela globalização ou mundialização da atual é a velocidade e a abrangência de seu processo, muito maior hoje.(Melhem Adas, Panorama geográfico do Brasil) Assinale a alternativa que demonstra essa abrangência.

a) Os Estados passam a ter um poder maior para defender suas economias e promover o bem-estar social de suas populações.

b) Cria-se uma Nova Divisão Internacional do Trabalho, dentro das próprias empresas transnacionais, desconcentrando as funções produtivas no processo empresarial.

c) A questão ambiental perde sua importância nas discussões internacionais, diante da elevada consciência ecológica que repercute rapidamente em todas as nações.

d) Verifica-se um grande movimento migratório do hemisfério sul para o norte, estimulado pela carência de mão-de-obra qualificada em áreas que sediam as matrizes das transnacionais.

e) Regulamentam-se os mercados de trabalho e de bens e serviços, uniformizando, dessa forma, todo o sistema produtivo mundial.

3.(UFRGS/98) Globalização e neoliberalismo são conceitos muito empregados atualmente nos mais variados eventos científicos e nos meios de comunicação. Considere, a partir disso, as afirmações abaixo. I. Os blocos regionais como, por exemplo, o Mercosul, a Apec e a União

Européia têm aberto os seus mercados internos a outros blocos, para que o comércio mundial possibilite, sobretudo aos mais pobres, o acesso aos benéficos da livre concorrência.

II. As empresas transnacionais vêm estabelecendo redes, cadeias de cooperação e alianças, o que caracteriza uma integração cada vez maior da economia mundial.

III. A globalização da economia capitalista, com o avanço do neoliberalismo, tem estimulado o consumismo em todos os continentes, o que tem ocasionado uma rápida melhoria das condições de vida das populações dos países não desenvolvidos.

Está(ao) correta(s) apenas: a) I b) II c) III d) I e III e) II e III

Gabarito 1. C 2. B 3. B

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AULA 07::1. URBANIZAÇÃO NO BRASIL

1.1. Características

Ocorre quando a população residente do meio urbano cresce a

taxa maiores que a população total (ou que a população rural). A economia urbana subordina e transforma a economia rural,

integrando a agricultura às necessidades do mercado urbano. O setor

industrial e financeiro assume o comando do movimento de produção da riqueza, gerando empregos no meio urbano e suprimindo empregos no meio

rural. A agropecuária é modernizada, substituindo o trabalho humano pela

tecnologia. No Brasil, corresponde à industrialização pós-guerra, com

formação de um mercado interno moderno, apoiando-se essencialmente no êxodo rural. Causas: processo de industrialização desde 1930,

modernização do trabalho rural e estrutura fundiária concentradora,

crescimento rápido e caótico das cidades. Na década de 50 a urbanização brasileira foi mais acelerada,

correspondente ao período de intensa industrialização do pós-guerra. O

processo de urbanização apoiou-se essencialmente no êxodo rural, e também devido à estrutura fundiária concentradora: o monopólio das terras

por uma elite resulta na carência de terras para a maioria dos trabalhadores

rurais. Em virtude também da modernização do campo (na década de

80, especificamente), assiste-se à expulsão dos pobres que encontram na

cidade seu único refúgio. Como as indústrias absorvem cada vez menos a mão-de-obra, e o setor terciário apresenta um lado moderno (que exige

qualificação profissional), e outro marginal (que remunera mal e não

garante estabilidade), a urbanização brasileira vem caminhando lado a lado com o aumento da pobreza e deterioração das possibilidades de vida digna

aos novos cidadãos urbanos.

Estes novos cidadãos acabaram por viver nas periferias das grandes cidades (favelas e cortiços), cujo de infra-estrutura é precário.

1.2. Conceitos

* Rede urbana: sistema de cidades distribuídas numa região,

encaradas como um complexo sistema entre núcleos e funções diferentes, mantendo relações entre si e dependentes de um centro principal que

comande a vida regional.

* Região metropolitana: conjunto de municípios contíguos e

integrados com serviços públicos de infra-estrutura comuns. Grandes

espaços urbanizados que se apresentam integrados, seja quanto aos aspectos físicos, ou quanto aos funcionais de uma metrópole (cidade-mãe), que

exerce o papel dirigente. No Brasil, existem mais de 15 regiões

metropolitanas.

* Conurbação: reunião de duas ou mais cidades de crescimento

contínuo, formando um único aglomerado urbano. Ex: Região do ABC (São Paulo), onde houve a fusão das áreas dos municípios de Santo André,

São Bernardo do Campo, São Caetano, São Paulo, entre outros.

* Megalópole: corresponde à conurbação de várias metrópoles,

com fusão de seus sítios urbanos, gerando gigantescos aglomerados urbanos

que ocupam extensas áreas. No Brasil, existe uma megalópole em formação, correspondente a região entre as metrópoles de Rio e São Paulo.

* Macrocefalia urbana: crescimento acentuado e desordenado das cidades.

* Hierarquia urbana: classificação das cidades em função de seu equipamento terciário.

* Hábitat: refere-se à natureza do local em que os grupos

humanos vivem, sofrendo diversas alterações. De acordo com a situação

geográfica, pode ser subdividido em hábitat rural (ocupação do solo no espaço rural e a relação existente entre os habitantes e a exploração do solo)

e hábitat urbano (ocupação das cidades e a caracterização dos setores

secundário e terciário). Entretanto, nenhuma sociedade é inteiramente rural ou

completamente urbana, pois há uma relação intrínseca entre elas fazendo

ocorrer um hábitat rururbano, representado por aldeias e vilas com características urbanas.

Hábitat urbano

Cidade é um “organismo material fechado que se define no espaço pelo alto grau de relações entre seus habitantes, pelas suas relações

com um espaço maior e pela independência de suas atividades em relação

ao solo onde está localizada”. Ou seja, trata-se de um aglomerado humano, variando em número e na sua relação com o espaço (sua área). Do ponto de

vista político-administrativo, é considerada cidade toda sede de município,

não importando sua população nem sua expressão econômica. Assim, município é uma sociedade capaz de auto-governo e

auto-administração dos serviços que lhe são peculiares. Ao município, em

colaboração com o Estado, compete zelar pela saúde, higiene e segurança

»» quanto à hierarquia urbana: é expressa pela rede urbana que a cidade apresenta e sua posição de polarização sobre as demais

cidades. Esta polarização é baseada na maior industrialização, densidade

urbana, equipamento urbano, etc. Entretanto, vale lembrar que a localização da cidade é importante para considera-la uma metrópole ou não.

Assim, a figura ao lado retrata a antiga (esquerda) e nova

(direita) hierarquia urbana nacional, onde a influência diminui das metrópoles nacionais para as vilas.

Nova hierarquia urbana (com o poder de polarização aumentando dos centros sub-regionais para as metrópoles globais):

Metrópoles globais: Rio de Janeiro e São Paulo

Metrópoles nacionais: Fortaleza, Recife, Salvador, Belo

Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Brasília.

Metrópoles regionais: Belém, Goiânia e Campinas.

Centros regionais: João Pessoa e Campina Grande (PB),

Santarém (PA), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Boa Vista (RR),

Macapá (AP), Teresina (PI), Aracajú (SE), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), S. José do Rio Preto, Bauru e Ribeirão Preto (SP),

Uberlândia e Juiz de Fora (MG), Campos (RJ), Caxias do Sul, Passo Fundo,

Uruguaiana e Rio Grande (RS).

Centros-sub-regionais: Patos e Souza (PB), entre outros.

1.3. Infra-estrutura urbana

Sabendo-se que o processo de urbanização brasileira é fruto de

uma industrialização tardia, realizada em um país capitalista dependente,

esta urbanização trouxe uma série de conseqüências que não apareceram, ou em menor grau, nos países desenvolvidos, girando, essencialmente, em

torno da péssima distribuição de renda registrada no Brasil.

O principal dos problemas é a moradia. O contraste nas grandes metrópoles brasileiras com o rico X pobre é grande. Ao lado de bairros

ricos crescem favelas e cortiços sob terrenos públicos sem a menor infra-

estrutura: iluminação, sistema de esgotos, policiamento é muito mais comum de encontrarmos em bairros de classe média-alta.

Um outro tipo de moradia popular que se multiplicou nas

grandes cidades brasileiras é a casa própria da periferia. Trata-se de uma casinha que o morador constrói com a ajuda de amigos e familiares, em

lotes de terra na periferia da cidade.

Outro problema comum das cidades é a infra-estrutura

urbana: água encanada, pavimentação de ruas, iluminação e eletricidade,

rede de esgotos e telefonia, rede de transportes. O Sul do Brasil, o mais

desenvolvido do ponto de vista social, apresenta uma menor parte da população, em relação à média nacional, com acesso a rede pública de

esgotos. Esta insuficiência de recursos aplicados em infraestrutura pode ser explicado pela rápida expansão das cidades, além da presença de terrenos

baldios ou ociosos em seu interior. São Paulo, por exemplo, apresenta 40%

de sua mancha urbana ocupada por espaços ociosos, com o intuito da especulação imobiliária.

Outro problema comum é a violência, como acidentes de

trânsito, violência policial, assaltos, assassinatos, estes últimos frutos do crescimento de desemprego e de falta de assistência às famílias pobres e ás

vítimas da violência.

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EXERCÍCIOS DE SALA 1.(UEPB/09) Assinale com V ou com F as proposições conforme sejam respectivamente Verdadeiras ou Falsas no tocante à relação campo/cidade. ( ) O campo precedeu as cidades e era mais importante que elas, no passado, por fornecer-lhes o excedente agrícola e concentrar a maior parte das riquezas e da população. ( ) A urbanização de hoje é mais acelerada em países da África e da Ásia, onde ainda há um predomínio da população rural. ( ) A urbanização que se iniciou e foi muito intensa nos países desenvolvidos que se industrializavam é mais acelerada, hoje, nas nações subdesenvolvidas. ( ) A urbanização dos países subdesenvolvidos, apesar dos problemas apresentados, reflete a modernização dessas sociedades com a mecanização do campo, maior oferta de emprego urbano e a possibilidade de progresso social. A seqüência correta das assertivas é a) V F F b) F F V V c) V F F V d) V V V F e) F F F V 1. (UFRRJ/01-2) Em nenhum outro país foram assim,

contemporâneos e concomitantes, processos como a desruralização, as migrações brutais desenraizadoras, a urbanização galopante e concentradora, a expansão do consumo de massa, o crescimento econômico delirante, a concentração da mídia escrita, falada e televisionada, a degradação das escolas, e o triunfo, ainda que superficial, de uma filosofia de vida que privilegia os meios materiais e se despreocupa com os aspectos finalistas da existência. Em lugar do cidadão, formou-se um consumidor, que aceita ser chamado de usuário. (Adapt. De OLIVA, J. & Giansanti, R. 1999. Temas da Geografia do Brasil. São Paulo. Atual, p. 19 e 20)

Com base no texto e na história da distribuição populacional

brasileira, podemos afirmar que: a)houve violência na transferência da população rural para as cidades. b)A população brasileira tornou-se predominantemente urbana em pouco tempo. c)O crescimento econômico brasileiro resultou do processo de urbanização. d)O êxodo rural e o crescimento econômico de que trata o texto, não foram simultâneos. e)A concentração da mídia determinou a degradação das escolas.

2. (Fuvest-SP/95) No Brasil, as favelas, embora localizadas em

sítios diferenciados, apresentam como característica comum: a)o seu caráter periférico, ocupando sempre os limites da mancha urbana. b)o fato de serem uma ocorrência essencialmente ligada às grandes áreas metropolitanas do Sudeste e Nordeste. c)as habitações de baixo custo, construídas em terrenos de posse definitiva, localizados em loteamentos e destinados às populações de baixa renda. d)a ausência de preocupação com o meio ambiente urbano em razão da natureza desordenada da ocupação, realizada em terrenos públicos ou de terceiros. e)o fato de estarem estruturalmente associados a bairros tradicionais degradados, com reutilização intensiva de velhos casarões mantidos pela especulação imobiliária.

GABRITO : 1.D 2.B 3.D

EXERCÍCIOS DE CASA 1.(UNIMEP-SP) O processo de urbanização dos países do Terceiro Mundo iniciou-se há pouco tempo, em geral após 1945, mas ocorre atualmente num ritmo bastante acelerado. No Brasil, por exemplo, a população urbana passou de 36% do total, em 1950, para 72%, em 1985. Na Argentina e no Uruguai, que são os países subdesenvolvidos mais urbanizados do mundo, a população urbana já ultrapassa a cifra de 80%. Todavia, esta urbanização não é considerada “normal” porque: a)o contínuo crescimento do meio urbano vem ocorrendo às custas do meio rural. b)as grandes cidades crescem a um ritmo muito mais rápido do que as médias e pequenas. c)a população urbana cresce muito mais intensamente que a população rural ou que a população total do globo. d)Não é acompanhada de igual ritmo de industrialização e conseqüente aumento da oferta de empregos urbanos. e)São comuns, nas grandes cidades do Terceiro Mundo, paisagens que mostram, lado a lado, o moderno e o tradicional, o luxuoso e o paupérrimo.

2.(PUC-RS/05) As cidades brasileiras estão organizadas em redes que, através de suas texturas comunicacionais, revelam dependências hierárquicas. Quanto à organização destas redes, é correto afirmar que: a)as áreas urbanas polarizadas sofrem influência direta dos centros locais, que estão no topo de uma pirâmide hierárquica. b)Na expansão de cidades, existe a possibilidade de fusão entre cidades vizinhas, constituindo-se numa conurbação. c)As megacidades brasileiras tem sua sobrevivência ligada às cidades de fronteira, pois é destas que provêm as maiores demandas pelos seus serviços. d)O crescimento urbano, através da natalidade, provoca na rede uma urbanização acelerada, fato que ameniza os possíveis problemas de ordem social que a cidade possa vir a ter. e)Belo Horizonte e Rio de Janeiro, inseridas na pós-modernidade, classificam-se como centros regionais globalizados demonstrando, através da comunicação, a cultura hegemônica mundial. 3.(UEPB/09) Alagados Todo dia o sol da manhã vem e lhes desafia traz do sonho pro mundo quem já não queria palafitas, trapiches, farrapos filhos da mesma agonia E a cidade que tem braços abertos num cartão-postal com os punhos fechados da vida real lhes nega oportunidades mostra a face dura do mal Alagados, Trenchtown, Favela da Maré a esperança não vem do mar nem das antenas de tevê A arte de viver da fé só não se sabe fé em quê.

CD Os Paralamas do Sucesso. EMI, 1997. Nessa música, os autores da letra retratam algumas dificuldades em viver nas grandes cidades, fruto da rápida urbanização e da inexistência de um planejamento adequado. Logo: I - O processo de urbanização ocorrido desde os anos 1960 e a falta de planejamento urbano levam grupos populacionais a ocupar a periferia das grandes cidades, ficando órfãs do Estado e tornando-se vítimas ou protagonistas da cidade que mata. II - Vistos de longe, os centros urbanos são aparentes paraísos de qualidade de vida, onde se pensa que todos têm acesso a serviços de infra-estrutura básicos. De perto, eles trazem transtornos que reduzem a qualidade de vida da maioria da população, como: desemprego, falta de moradia, congestionamento de trânsito, falta de saneamento básico, carência dos serviços públicos de saúde e educação e aumento da violência urbana. III - As milícias urbanas existentes nas favelas e periferias dos grandes centros urbanos ocupam um espaço desprezado pelo Estado, contribuindo para a violência urbana e elevação dos índices de homicídios. IV - Segundo o Ministério das Cidades, mesmo sem um planejamento efetivo, o Brasil necessita apenas de 1,2 milhão de moradias para cobrir o seu deficit. Estão corretas apenas: a) I e III b) I e II c) I, II e II d) II e III e) todas

Gabarito 1. 2. B 3. C

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AULA 08: A NOVA ORDEM MUNDIAL 1. O ocaso da velha ordem bipolar Desde 1989, a humanidade tem assistido perplexa a uma série de acontecimentos até então impensáveis. A queda do muro de Berlim era um fato inimaginável, pelo menos a curto prazo, assim como a reunificação da RFA e RDA, em 1990, dada as disparidades políticas, sociais e econômicas que as separavam. Em julho de 1991, outro símbolo da Guerra Fria desapareceu. Reunidos em Praga, na então Tchecoslováquia, representantes dos países membros do Pacto de Varsóvia formalizaram a sua dissolução. Era o fim do conflito Leste-Oeste. Estes pontos cardeais retomavam, assim, seu significado intrinsecamente geográfico. Finalmente, em dezembro de 1991, foi selada a desagregação geopolítica e territorial da União Soviética. Era o fim do Império Vermelho, a superpotência que aterrorizava os capitalistas do mundo inteiro. Após declarar a independência da Rússia, o presidente Boris Yeltsin reuniu-se com os chefes de Estados da Ucrânia e da Bielorrússia em Minsk, capital da segunda. Neste encontro, foi firmado o Acordo de Minsk, criando a Comunidade de Estados Independentes (CEI) em substituição à extinta União Soviética. Composta por 12 ex-repúblicas soviéticas, a CEI não é um estado, mas uma aliança de estados independentes. Depois de todos estes acontecimentos, pode-se afirmar que a Guerra Fria chegou ao fim. 2. A nova ordem multipolar Durante a Guerra Fria, num mundo bipolar, o poder estava assentado na capacidade militar das duas superpotências. Hoje, no mundo multipolar pós-Guerra Fria, o poder é medido pela capacidade econômica: disponibilidade de capitais, avanço tecnológico, qualificação da mão-de-obra, nível de produtividade e índices de competitividade. Esses são os novos padrões de poder e influência no mundo, que explicam a emergência recente do Japão e da Alemanha (principalmente após a reunificação) à posição de grandes potências e, ao mesmo tempo, a decadência da Rússia. Embora seja a herdeira principal do poderoso arsenal nuclear soviético, o parque industrial russo é, em geral, obsoleto e pouco produtivo, e o país encontra-se mergulhado em profunda crise social, política e econômica. A China tem luz própria: possui a maior população do planeta e, portanto, um gigantesco mercado consumidor potencial; além de numerosa mão-de-obra, muito barata, oferece facilidades para atração de capitais estrangeiros. Por isso é a economia que mais cresce no mundo atualmente, mas também enfrenta sérios problemas internos, particularmente no plano político, como será visto no próximo capítulo. Assim, de longe, os países mais poderosos do mundo hoje são ao Estados Unidos, o Japão e a Alemanha – a Tríade – em torno dos quais vários outros países ainda devem orbitar por muito tempo. Mesmo que tenha havido a vitória do capitalismo sobre o socialismo, é discutível afirmar que é melhor que o socialismo, como muitos se apressam em afirmar. Por que é preciso avaliar: melhor para quem? Esta pergunta é válida para os dois lados. Alguns autores até afirmam que o socialismo real, cujo poder político e econômico estava nas mãos da burocracia, em nada se diferenciava do capitalismo, no tocante às relações de produção e de trabalho. A fragilidade do sistema produtivo planificado ou socialista consistia no fato de não ser competitivo. É fato que o capitalismo é um sistema muito mais dinâmico, produtivo e competitivo. Não podemos nos esquecer, porém, de que os países subdesenvolvidos, onde vivem mais de 3/4 da humanidade são, com exceção de Cuba, Coréia do Norte e Vietnã, todos capitalistas. Há uma série de problemas no mundo, muitos criados pelo próprio sistema capitalista que, ao invés de serem solucionados, estão se agravando cada vez mais, como a concentração de renda, o aumento da pobreza, do desemprego, etc. Com o fim do conflito Leste x Oeste, muitos problemas e contradições, tanto do capitalismo quanto do socialismo, que eram deixados em segundo plano, passam a chamar a atenção de todos:

exacerbações nacionalistas, sentimentos xenófobos e racistas,

desigualdades sociais e regionais, várias formas de agressão ao meio ambiente, etc.

É cada vez mais comum, após uma crise ou recessão, a recuperação econômica ocorrer sem a correspondente elevação do número de empregos. Também é cada vez maior o fosso que separa os países desenvolvidos dos países subdesenvolvidos, os ricos dos pobres. Este é o chamado conflito Norte-Sul, que é de natureza fundamentalmente econômica, diferente do extinto conflito Leste-Oeste, de natureza essencialmente geopolítica.

Um grave problema decorrente da desigualdade entre o Norte e o Sul são as migrações em massa. Elas são um fenômeno cada vez mais preocupante, dada as suas dimensões sociais, econômicas, culturais e geopolíticas. Milhões de pessoas, a cada ano, estão rompendo com suas raízes e emigrando, em consequência do desemprego, dos baixos salários, da fome e da miséria, aliados ao explosivo crescimento populacional nos países subdesenvolvidos, além de perseguições políticas e violações dos direitos humanos, comuns em muitos países, e das várias guerras que ocorrem no mundo. Desde a década de 80, notadamente na Europa Ocidental, ao tradicional fluxo de imigrantes vindos dos países subdesenvolvidos veio se juntar o de imigrantes vindos dos antigos países socialistas.

Na tentativa de solucionar o problema, são feitas cada vez mais exigências para permitir a entrada de imigrantes ou mesmo turistas nos países desenvolvidos. Porém, como este problema é estrutural, resultante da desigualdade entre o Norte e o Sul, a solução definitiva seria complexa e demorada, passando pela instauração de uma ordem verdadeiramente nova do ponto de vista social e econômico.

3. A globalização O atual processo de globalização nada mais é do que a mais recente fase da expansão capitalista. Pode-se afirmar que a globalização ora em curso está para o atual período científico-tecnológico do capitalismo como o colonialismo esteve para a sua etapa comercial ou o imperialismo para o final da fase industrial e início da financeira. Ou seja, trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e, portanto, os lucros, que é o que de fato move os capitais, produtivos ou especulativos, na arena do mercado, podendo abrir mão, enfim, da guerra. A “guerra” é travada nas bolsas de valores, de mercadorias e de futuros em todos os mercados do mundo e em todos os setores imagináveis, as estratégias e táticas são traçadas no “QGs” das grandes corporações transacionais, nas sedes dos grandes bancos, nas corretoras de valores, etc. e influenciam países e até o mundo. Há uma faceta mais visível e mais antiga da globalização que é a invasão de mercadorias em todos os países. Com a intensificação dos fluxos comerciais no mundo, produtos são levados e trazidos por enormes navios, trens, caminhões e aviões, que circulam por uma moderna e intrincada rede de transportes, espalhada por grandes extensões da superfície terrestre. Há, assim, uma globalização do consumo, com a intensificação do comércio, que na verdade é resultante da globalização da produção.

Como resultado de tudo isto aprofundou-se o processo de mundialização da produção, que vem ocorrendo desde o final da 2ª Guerra Mundial: houve uma transnacionalização da economia, ou seja, a expansão dos conglomerados multinacionais pelo mundo todo; filiais foram montadas em vários países, inclusive nos subdesenvolvidos. Paralelamente à globalização da produção e do consumo, ocorre a intensificação do fluxo de viajantes pelo mundo, seja a negócios, a turismo ou imigrando, e uma invasão cultural de costumes, de comportamento, de hábitos de consumo, etc. Entrelaçando todos os países, este domínio constitui-se, pelo menos em sua forma hegemônica, de uma cultura de massas que se origina principalmente nos Estados Unidos, que ainda são, de longe, a nação mais poderosa e influente do planeta. Percebe-se, então, que a globalização apresenta várias dimensões: econômica, social, política e cultural. Assim, este fenômeno pode ser entendido como uma intensificação dos fluxos de mercadorias e serviços, capitais e tecnologias, informações e pessoas. Embora suas raízes remontem ao pós-guerra, a globalização é um fenômeno recente e somente se viabilizou em função dos incríveis avanços tecnológicos da Terceira Revolução Industrial, ainda em curso.

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EXERCÍCIOS DE SALA 1. (Mackenzie/99) Com a consolidação da União Européia, especialistas prevêem uma nova “guerra comercial” entre os países europeus e os Estados Unidos, envolvendo a exportação de produtos agropecuários porque:

a) a produtividade agropecuária dos Estados Unidos é baixa, o que torna os produtos norte-americanos pouco competitivos.

b) As diferenças climáticas entre as duas áreas favorecem os produtores europeus que colhem suas safras em pleno inverno americano.

c) A agropecuário européia é fortemente subsidiada pelos governos.

d) Na maior parte da Europa predominam técnicas agropecuárias de baixa produtividade.

e) Ambas as áreas disputam os mercados dos países subdesenvolvidos.

2.(FGV/05-2) A partir dos seus conhecimentos sobre a mobilidade espacial neste mundo globalizado, pode-se afirmar que: a) as melhorias trazidas pela globalização vêm garantindo a

mobilidade cada vez maior das populações carentes em todas as partes do mundo.

b) As metrópoles dos países ricos são hoje bolsões de maior segregação espacial e acesso mais restrito, sobretudo para migrantes africanos.

c) Os contextos de forte desigualdade e exclusão social geram restrições de acesso a espaços de diferentes regiões do planeta.

d) Há zonas do planeta com altos índices de população marginalizada e reclusa em seu próprio território, caso dos países da América do Norte.

e) Ó acesso seletivo ou fechado a determinados espaços revela as novas estratégias competitivas entre s empresas da esfera global.

3.(ENEM/09) O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as décadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de que seria instaurada uma ordem internacional marcada pela redução de conflitos e pela multipolaridade. O panorama estratégico do mundo pós- Guerra Fria apresenta:

a) O aumento dos conflitos internos associado ao nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo religioso e ao fortalecimento de ameaças como o terrorismo, o tráfico de drogas e o crime organizado.

b) O fim da corrida armamentista e a redução dos gastos militares das grandes potências, o que se reduziu em maior estabilidade nos continentes europeu e asiático, que tinham sido palco da Guerra Fria.

c) O desengajamento das grandes potências, pois as intervenções militares em regiões assoladas por conflitos passaram a ser realizadas pela organização das Nações Unidas (ONU), com maior envolvimento dos países emergentes.

d) A plena vigência do tratado de Não-Proliferação, que afastou a possibilidade de um conflito nuclear como ameaça global, devido à crescente consciência política internacional acerca desse perigo.

e) A condição dos EUA como única superpotência, mas que se submetem às decisões da ONU no que concerne às ações militares.

GABARITO : 1-E 2-C 3-A

EXERCÍCIOS DE CASA

1.(UFPB/11-3) Na presente conjuntura histórica, alguns países, antes considerados como subdesenvolvidos e que atualmente se encontram melhor situados social e economicamente, são classificados como países emergentes. Observa-se que, nesse conjunto dos emergentes, alguns países destacam-se em relação aos outros. Eles constituem o BRIC, grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia e China. Esses países integram também o G20, um conjunto mais amplo que está conseguindo, aos poucos, intervir na reconfiguração da Nova Ordem Mundial, um protagonismo antes circunscrito ao G8. Considerando a literatura sobre o tema, identifique as características comuns a todos os países do BRIC: a) Participam do grupo das 8 nações mais ricas e industrializadas do mundo, são membros da OTAN e grandes potências bélicas mundiais. b) Apresentam limitada importância no cenário econômico mundial, são potências regionais secundárias e grandes importadores de matérias-primas. c) Possuem grandes extensões de terra, numerosa população absoluta e estrutura econômica diversificada. d) Formam as novas potências mundiais, apresentam as maiores taxas de crescimento econômico do mundo e participam do bloco ASEAN. e) Apresentam boa distribuição de renda, elevada renda per capita e superaram o antigo estágio de subdesenvolvimento. 2.(Mackenzie/04) A globalização não é um acontecimento recente. Ela se iniciou já no final do século XV e no século XVI, com a expansão marítimo-comercial européia, conseqüentemente com a própria evolução do sistema capitalista, e continuou nos séculos seguintes. O que diferencia aquela globalização ou mundialização da atual é a velocidade e a abrangência de seu processo, muito maior hoje.

Melhem Adas, Panorama geográfico do Brasil

Assinale a alternativa que demonstra essa

abrangência. a)Os Estados passam a ter um poder maior para defender suas economias e promover o bem-estar social de suas populações. b)Cria-se uma Nova Divisão Internacional do Trabalho, dentro das próprias empresas transnacionais, desconcentrando as funções produtivas no processo empresarial. c)A questão ambiental perde sua importância nas discussões internacionais, diante da elevada consciência ecológica que repercute rapidamente em todas as nações. d)Verifica-se um grande movimento migratório do hemisfério sul para o norte, estimulado pela carência de mão-de-obra qualificada em áreas que sediam as matrizes das transnacionais. e)Regulamentam-se os mercados de trabalho e de bens e serviços, uniformizando, dessa forma, todo o sistema produtivo mundial. 3.(UFRGS/98) Globalização e neoliberalismo são conceitos muito empregados atualmente nos mais variados eventos científicos e nos meios de comunicação. Considere, a partir disso, as afirmações abaixo. IV. Os blocos regionais como, por exemplo, o Mercosul, a Apec e a

União Européia têm aberto os seus mercados internos a outros blocos, para que o comércio mundial possibilite, sobretudo aos mais pobres, o acesso aos benéficos da livre concorrência.

V. As empresas transnacionais vêm estabelecendo redes, cadeias de cooperação e alianças, o que caracteriza uma integração cada vez maior da economia mundial.

VI. A globalização da economia capitalista, com o avanço do neoliberalismo, tem estimulado o consumismo em todos os continentes, o que tem ocasionado uma rápida melhoria das condições de vida das populações dos países não desenvolvidos.

Está(ao) correta(s) apenas: a) I b) II c) III d) I e III e) II e III

Gabarito 1. C 2. B 3. B