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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA DE ENERGIA
Laboratório de Eletrônica de Potência – 2012.2
PROJETO FÍSICO DE MAGNÉTICOS
Alunos: Cassio Emanuel Cavalcante
Prof: Raphael Amaral da Camara
Turma: I
Mossoró, Janeiro de 2013
1. Objetivo
Especificar o dimensionamento físico de elementos magnéticos como indutores,
observando as dimensões físicas apresentadas em catálogos de fabricantes.
2. Introdução teórica
O núcleo magnético tem como objetivo prover um caminho adequado para o fluxo
magnético. O ferrite e as lâminas de ferro-silício são os materiais mais utilizados na
construção de núcleos. Apesar das lâminas de ferro-silício são mais usadas em operações de
baixas freqüências as lâminas de ferro-silício são mais adequadas, a elevação da frequência
de operação, as perdas por histerese, bem como a elevação de temperatura tornam
impossíveis o seu uso.
Quanto aos núcleos de ferrite, eles são recomendados para operação em freqüências
mais altas, entretanto, apresentam baixa densidade de fluxo de saturação e baixa robustez a
choques mecânicos, por exemplo.
3. Desenvolvimento
O projeto físico de um indutor foi realizado utilizando o software Mathcad.
Inicialmente foram obtidas as especificações do indutor através da simulação do
conversor Boost no PSIM. Os valores obtidos na simulação foram os seguintes:
valor da indutância máximo valor de pico da corrente no indutor máximo valor eficaz da corrente no indutor freqüência de chaveamento
Posteriormente definiu-se arbitrariamente o máximo valor da densidade de fluxo
(BMAX), sendo este considerado . Especificou-se o valor de densidade de corrente
nos enrolamentos (J), sendo este igual a . Adotou-se um fator de utilização
da área da janela (kW) igual a 0,5.
A rigor, os critérios de projeto adotados devem ser baseados nos limites de
operação dos materiais e na máxima elevação de temperatura admissível. Em um
projeto simplificado, estes parâmetros podem ser definidos de acordo com faixas usuais
de utilização, a saber:
Bmax < 0,35 para ferrites;
J < 450 para enrolamentos com fio de cobre;
Sabendo-se que quanto menor o máximo valor da densidade de fluxo, maior será
o tamanho do núcleo necessário e quanto menor a densidade de corrente nos
enrolamentos, maior será o tamanho núcleo.
4. Questões
4.1. Apresente os resultados de simulação do indutor projetado para um conversor
Boost com as especificações apresentadas no arquivo.
Através dos resultados das simulações obtidas para o conversor Boost, os
dimensionamentos do indutor obtido foram:
A área da janela calculada igual a Número de espiras igual a espiras;
Entreferro igual a
Dimensionamento dos condutores igual a
Para a área da janela calculada o núcleo apropriado é o NEE-42/21/15. Adotando
o fio 26 AWG temos:
Diâmetro do fio sem isolamento Área do cobre sem isolamento
Número de fios em paralelo ;
Cálculo do fator de utilização da janela Como o valor calculado para o fator de utilização da janela foi menor que 0,5,
portanto, a montagem não apresentará problemas de falta de espaço.
4.2. Apresente um sumário do projeto físico do indutor.
Resumindo o projeto físico do indutor de 100 μH, irá necessitar de um núcleo
NEE-42/21/15 (Figura 1).
Figura 1 – Núcleo NEE-42/21/15.
Tabela 1 - Valores típicos dimensionais de núcleos encontrados no mercado.
5. Conclusão
O sucesso na construção e no perfeito funcionamento de um conversor CC-CC
está intimamente ligado com um projeto adequado dos elementos magnéticos. O grande
problema reside no fato de que transformadores e indutores operando em alta freqüência
inserem no circuito de potência uma série de elementos parasitas (não-idealidades), tais
como: indutância magnetizante, indutância de dispersão, capacitâncias entre
enrolamentos, capacitâncias entre espiras, etc. Tais elementos parasitas se refletem em
resultados indesejáveis no funcionamento do conversor. Os resultados mais comumente
observáveis são picos de tensão nos semicondutores, altas perdas e emissão de ruídos
(interferência eletromagnética conduzida e irradiada).
6. Referências Bibliográficas
[1] Ivo Barbi: “Tabela de Fios e Núcleos”, Instituto de Eletrônica de Potência, UFSC –
Florianópolis, 2007.
[2] Ivo Barbi: “Projeto físico de indutores e transformadores”, Instituto de Eletrônica de
Potência, UFSC – Florianópolis, 2002.