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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Marion da Silva Dal Col Manoel
A INFLUENCIA DA TELEVISAO NO DESENVOLVIMENTO E
APRENDIZAGEM DE CRIANt;:AS DE 2 A 6 ANOS
Curitiba2004
Marion da Silva Dal Col Manoel
A INFLUENCIA DA TELEVISAO NO DESENVOLVIMENTO E
APRENDIZAGEM DE CRIANCAS DE 2 A 6 ANOS
Trabalho de Conclusl1o de Curso apresentadoaD Curso de Pedagogia da Faculdade deCiencras Humanas, Letras e Artes daUniversidade Tuiutido Parana, como requisito parcial para aobtem;;ao de Ucenciatura em Pedagogia.
Orientador: Prof'. Rosilda Maria Borges Ferreira
Curitiba2004
Jif Universidade Tuiuti do Parana\ .
FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
Curso de Pedagogia
TERMO DE APROVAC;:AO
NOME DO ALUNO: MARION DA SILVA DAL COL
TiTULo: A influencia da televisao no desenvolvimento deaprendizagem de crianr;asde 2 a 6 anos.
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTENC;:AO DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOG lA, DO CURSO DEPEDAGOGIA DA FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.
MEMBROS DA COMISSAO AVALIADORA:
PROF(a). ROSILDA MARIA BORGES FERREIRA ~~
ORIENTADOR
PROF(a). OLGA MARIA SILVA MATTOS~~ .'
MEMBRO D~A ~ I. _---,
PROF(a) SERGIO ~AU~
MEMBRO DA BANCA
DATA: 13/1212004MEDIA: AO _
CURITIBA - PARANA
2004
Oedico este trabalho ao meu marido
Luiz e minha titha Luisa, que estiveram
ao meu lado em todos os momentos
dessa caminhada.
AGRADECIMENTOS
Agradec;:o a professora Rosilda Ferreira,
que contribuiu para a elabora9ao deste
trabalho, para 0 meu crescimento
profissional e pessoal e aos meus pais
Jose Araujo e Ana Isabel, aos quais me
deram muito apoio para minha
forma<;iio.
"A televisao age como espelho. As
preferencias dos telespectadores
provem tanto de um exerdcio da sua
inteligencia como de seus sentimentos."
(Joan Ferres)
SUM.6.RIO
1 INTROOUC;:AO
2 FUNDAMENTACAO TEORICA .
......... 8
...10
. 10
. 12
2.1 A INFLUENCIA DA TELEVISAO ...
2.2 UM BREVE RELATO DA TELEVISAO ...
2.3 TELEVISAO E A FAMiLIA ..............................•.••.•.••......... 13
2.3.1 Relate de uma experi€mcia 19
2.4 A TELEVISAO E A EDUCACAO . . 22
2.5 TELEVISAO X AGRESSIVIOAoE OU PASSIVIDADE 28
3 CONSIOERAC;:OES FINAlS 35
REFERENCIAS 37
RESUMO
o objeto de estudo e a influencia da televisao no desenvolvimento eaprendizagem de crian~s de 2 a 6 anos. A pesquisa qualitativa e bibliograficapretends sensibilizar pais e educadores par meio de urna refiexao e discussao decomo utilizar a televisao de urna maneira ludica, mostrando a influencia televisivana educa9ao infantil envolvendo crtan9as de 2 a 6 anos, articulando diversas ecomplexas informac;oes, que de certa forma influenciam no comportamento dagrande massa. Discute quest6es relacionadas ao desenvolvimento das crianC;8s,em quais aspectos emocionais e cognitivos a televisao podera influenciar naaprendizagem e como vern sendo esta acompanhamento palos educadores emsua questao pedagogica e palos pais no ambito familiar.
Palavras-chave: desenvolvimento; televisao, sensibilizac;ao.
INTRODUCAO
A televisao abrange varias classes socia is diferentes, envolve todas as faixas
etarias, principalmente, na fase infantil, apresentando diversas e complexas
informac;oes, influenciando no comportamento.
Esta pesquisa aborda a infiuencia da televisao desde 0 desenvolvimento a
aprendizagem de crianctas de 2 a 6 anos, e S8 utiliza de uma metodologia de carater
bibliografico e abordagem qualitativa.
o interesse par este tema surgiu de observac;oes na atu8c;ao en quanta
regente de sala, observando questionamentos e atitudes de alunos e na educac;:ao
familiar, levantando alguns questionamentos e preocupac;:oes referentes a influencia
da televisao no desenvolvimento infantil.
Diante dista, questiona-se: a televisao influencia no desenvolvimento e
aprendizagem das crianyas entre 2 e 6 anos?
Devido a televisao ser um meio de comunicac;ao de grande abrangemcia
social e cultural, ela esta inserida na vida, no desenvolvimento e no aprendizado
infantil. No entanto, ao transmitir informa.;6es diversas, muitas vezes contradit6rias e
erroneas, proporciona uma influencia negativa no desenvolvimento e na
aprendizagem infantil, pais leva a passividade diante de alguns fatas e urn precoce
contato com assuntas que vao alem da compreensao do mundo infantil.
Com base nas habilidades que as crianc;as de 2 a 6 anos apresentam com 0
tempo, pode-se dizer que elas estao em desenvolvimento constante, baseado
atraves de muitos estimulos. Crianc;as sao atraidas por hist6rias, personagens,
brinquedos, cores, imagens e ate mesmo 0 lade afetivo delas, ou seja,
emocionalmente sao aletadas. E e nesta lase que elas afloram as suas habilidades
e desta forma, e importante enfatizar a necessidade de um acompanhamento e
auxilio dos pais frente aos programas de televisao, que muitas vezes podem
prejudicar se forem utilizados de forma incorreta ou excessiva.
A influencia da televisao no mundo infantil interfere nao somente em suas
visoes, mas tambem em seus esquemas, pois controla a atenc;:ao atraves de
movimentos, e que de certa forma influenciara tambern no desenvolvimento da
linguagem dessas crianc;:as.Conhecer quais os aspectos que a televisao influencia
no comportamento e aprendizagem de crianc;:asde 2 a 6 anos e razao suficiente
para desenvolver um trabalho nessa tematica.
Atualmente muitos pais consideram que seus filhos na idade dos 2 aos 6
anos, sao crianc;as apenas, mal percebem a esperteza destas crianc;:as que
aprendem tudo com rnais facilidade e espontaneidade. Ha a necessidade de educar
para a televisao, selecionar programas educativos e adequados a idade da crianc;:a.
Para esta pesquisa sera relatado urn breve historico da televisao, abordando
seu surgimento, seus primeiros programas e simbolos, locais e datas dos
acontecimentos; relato de uma experi€mcia; contribuic;:6espara trabalhar a questao
da televisao na familia.
o educar para a televisao, seria 0 educador saber explorar os recursos
oferecidos pela televisao de uma maneira didatica, filosofica e politica.
A televisao relacionada a agressividade ou passividade das crianc;:aschama
a atenyao para que os pais procurem ser rnais presente na vida de seus fithos,
tenham uma relayao aberta, deem mais atentyao para que percebam que sao
amados
10
2 FUNDAMENTA<;Ao TEORICA
2.1 A INFLUENCIA DA TELEVISAo
A televisao vern desempenhando vinias influencias no desenvolvimento da
crianya, como na capacidade perceptiva, na imaginayao, na capacidade de
integra.yc30, em suas opinioes, na autonomia, entre Qutros.
Para Ferres,
Os resultados de algumas pesquisas provam que a televisao intlui de forma decisivana opiniao que as crianyas tem da realidade social. E essa influlmcia baseia-se emgrande parte nos estere6tipos que a televisao usa ao representa-Ia. (Fem~s, 1996.p.62).
A crianya observa os simbolos na televisao, comportamentos, diversoes e
compreende aquilo de forma prazerosa; no entanto esquecemos que desde
pequenos deviamos ser estimulados em nossas fantasias, imaginayoes, enfim nossa
lada Itldico.
PDr sua vez, a televisao vern trazendo coisas prontas e com rna is facilidade,
sem que a crianya necessite fazer algum esforc;o para decodificar 0 "abstrato". Desta
mane ira ela interfere na opiniao dos telespectadores mirins, seja em seus
comportamentos, sentimentos e fantasias.
A crianya antes de ir para a escola tem como pessoas de convivencia sua
familia e seu veiculo de informayao e a televisao, diante disto e necessario prepara-
la, promovendo um direcionamento educacional e de dialogo, para que passa
compreender se as condutas e pensamentos a ela transmitidos sao os corretos au
nao.
Para Piaget apud Faria (200l) nas relayoes que a crianya obtiver, que
tiverem emac;ao, ela transportara suas experiemcias anteriores, havendo uma
acomodaC;aa e fara urn campartamento generalizada, a que no esquema afetiva-
11
arnor, uma relac;ao da mae com 0 filho, podera ser generalizado aos irmaos, pai,
companheiros e as sentimentos que a crianc;a tiver experimentado no passado pela
mae, orientara seus sentimentos futuros, "ao arnor de mae, e que ira modelar as
emo<;oes e eomportamentos mais profundos". (Piaget apud Faria, 2001, p.268).
Oiante disto, faz-se necessaria 0 educar para a educac;:ao televisiva e orientar
as crianc;as, frente aos estereotipos transmitidos a elas. Desta forma, a escola deve
fazer uma ponte para que a familia tarnbam possa participar e se integrar dos
assuntos mais polernicos ligados a educac;ao da crianc;a em fase de
desenvolvimento.
Sendo a televisao uma maneira de a crianc;a libertar-se do mundo real para 0
de fantasias, sonhos, ha a necessidade de rever certas emissoras que nao
respeitam a Lei de Imprensa e divulgam programa-;:oes inadequadas para a fase
infantil, fazendo com que se deparem com cenas fortes, violencias, sem ao men as 0
conhecimento e a criterio de canscientiza-;:ao para abstrair e assimilarem apenas 0
que e necessaria.
Pesquisar a programa-;:ao televisiva destinada as crian-;:as e fundamental
para que se tenha certeza de como os conteudas das programas infantis influenciam
na aprendizagem e camportamentos. Atualmente compreende-se que as crian-;:as
sao alfabetizadas em idade pre-escolar e desde cedo ja vao familiarizando-se
tambem cam os atuais programas televisivos, aprendenda a ler e decifrar a leitura
atraves de logotipos, c6digos transmitidos a elas.
No metodo de alfabetizar, as crian-;:as tern muita contato com os simbalos
de marcas de mercadorias, ista e, reconhecem a escrita pela "marca", como
podemos exemplifiear: Me Donald's, e&A, Lilica Reipiliea entre outros.
12
Ferres (1996) diz que: "Os resultados de algumas pesquisas provam que a
televisao influi de forma decisiva na opiniao que as crianC;8s tern da realidade social.
E e5sa influencia baseia-se em grande parte, nos estereotipos que a televisao usa
ao representa-Ia". (Ferres, 1996, p.62).
A televisao como urn recurso didatico, devera ser trabalhada pelo professor
mediador na construyc30 do conhecimento, proporcionando debates, analises,
interaC;80 dos alunos, referente a este meio tecnol6gico tao presente na convivencia
das familias. Nao se deve excluir a televisao da educ8C;80, mas saber direciona-Ia
para uma visao mais critica.
Os estere6Upos falsificam a realidade, porque a simplificam ou deformam,
com base em condicionamentos culturals. Desta maneira, a televisao impede a
crianC;8 de sociabilizar-se com as outras, inibe suas fantasias e bloqueia sua
autonomia, limitando suas ayoes a serem modificadas pelos modelos, segundo os
pad roes sociais.
2.2 BREVE RELATO DO HIST6RICO DA TELEVISAo
Segundo Loredo em meados do mes de setembro de 1951comeya a televisao
no Rio, estreou a inaugurayao da televisao em Sao Paulo e em 20 de janeiro do
mesmo ana, inaugurou-se no Rio de Janeiro as transmissores da Televisao Tupi,
canal 6. (Loredo, 2000, p.17)
A televisao Tupi de Sao Paulo iria somar-se ao Imperio de Chateaubriand que
reunia 23 jornais, 28 emissoras de radio, as duas rna is importantes revistas para
adultos do pais, 12 revistas infantis, agencias de noticias e de propaganda,
industrias quimicas, laboratorios farmac~uticos, urn castelo na Normandia, dez
13
fazendas espalhadas pelo Brasil e a maior cole,30 de obras de arte jamais vista no
pais.
Na epoca 0 atual presidente da Republica Eurico Gaspar Dutra e 0 General
Angelo Mendes de Moraes foram as principais padrinhos da Televisao Tupi. cujo
simbolo era urn indiozinho Curumim, criado pelo professor Mario Fanucchi.
Para Loredo crieu-se entao uma expressao popular uver para crer", porque a
homem recorre rna is as olhos do que ao ouvido para perceber as fatos. (Loredo,
2000, p.18).
Em 1952, inaugurou-se a segunda emissora de Sao Paulo: a Televisao
Paulista canal 5, atraves dela nasceram programas como: A Praya da Alegria, Circa
de Arrelia e 0 primeiro teleteatro da America Latina: 0 sitio do pica-pau amarelo.
Em sua maiaria, a elenco pioneiro da Tupi veia das emissoras de radio, as
quais aceitaram 0 desafio de conquistar urn novo publico, visto que a grande
coqueluche era 0 cinema com seus astros e estrelas. Eles entraram na "guerra"
seguindo 0 capit30 Assis Chateaubriand, que estava disposto a lutar ate as ultimas
conseqOencias. (Loredo, 2000).
Portanto, embora os prefixos tenham-se multiplicado em globo, Record,
Bandeirantes, Sbt e tantas outras redes espalhadas pelo Brasil, 0 "embriao"
Associado esta em todas elas. Em todas existe um pouco da alma daqueles que
fizeram 0 seu come.yo, com muito amor e dedica.y8o, ha 50 anos.
2.3 A TELEVISAO E A FAMiLIA
Coil (2000, p.25), cita em uma de suas obras, sobre a influencia televisiva
nos meios de Educa.yao. Para ele aprendemos a interpretar a televiseo atraves de
14
c6digos, quando estas informac;oes sao transmitidas a adultos; as crianc;as naD
compreendem tais codigos, devido ao seu nivel de desenvolvimento cognitive. Os
pais segundo ele, ajudam a valorizar a que e emitido e refonyam 0 que e transmitido
pela televisao.
Com urn ritmo social cada vez mais acelerado, as pais trabalham mais e
passam cada vez menDS tempo em casa. E quem muitas vezes "cuida" dos tilhes e
a propria televisao, atraindo crianc;as e adolescentes durante horas e exigindo uma
concentraC;6IO que, na maior parte das vezes, naD se reflete nem mesmo nos estudos
ou nas brincadeiras que promovem socializayao e convivencia com outras crianyas.
Por falta de tempo com seus filhos, os pais acabam deixando as crian9as
passar muito tempo em frente a televisao muitas vezes sazinha, sem preocupar-se
com as transmissoes, programa90es.
A midia tern 0 poder de trazer para dentro de casa (e dos olhos da crian9a)
um mundo pronto e um tanto quanta pratico. A crianc;aantes de ir para a escola tem
como pessoas de convivencia sua familia e seu veiculo de informaC;8oque e a
televis8o.
Devido a televisao estar cada vez mais presente nas familias, ela torna-se
um entretenimento, au seja, uma especie de baba, pais diante dela ficam as crianc;as
receptoras de varias e quaisquer informayoes, enquanto por outro lada ha um
descaso e comodismo dos pais nesta forma de liberaC;8o,pois para eles, de certa
forma, os seus filhos ficam mais calmos e entretidos.
Mas essas nao sao as unicas conseqOimcias de permitir-se que as crianc;as
passem tantas horas do dia "presas" a televisao. E e ai que entra a atenC;8oquanta
a seus comportamentos. Na falta de um exemplo em casa, os filhos buscam
semelhanyas dentro do mundo televisivo.
i5
A psicoterapeuta especialista em crianc;as e adolescentes, Ana Cristina
Olmos (2003) ve a lalta da presen9a dos pais como urn dos maiores motivos na
busca de identificac;5es diferentes daquelas que sao proporcionadas na familia e
para assegurar uma melhor qualidade de acompanhamento televisivo no ambito
educacional, nao serao necessarias "proibic;6es" I mesmo porque 0 que e proibido
torna-58 mais atrativo e interessante e no cantata com as amigos a crianc;a obtera
varias informac;6es.
Para as familias, como sugestao, deveriam deixar de encarar a televisao
como apenas urn entretenimento inofensivo e passem a negociar e dialogar com
seus mhos sabre as horiuios e as programas pelos quais sao influenciados.
Segundo La Taille, psic610go,cuja entrevista se laz na revista Veja (abril,
1998), diz que os pais de hoje estao com medo de educar, estao com medo de ser
autoritarios. Os pais de antigamente nac tinham absolutamente esse medo e se
tornaram muitas vezes arbitrarios. Hoje, se repensa esse autoritarismo. 0
conhecimento psicol6gico pos nos pais muitos medos, como 0 de traumas precoces.
1550 demonstra sensibilidade, mas acaba caindo na ausemcia. Os pais devem
retomar 0 papel de guias. Os primeiros passes das crian9as no mundo depend em
deles. As crian9as nao vao construir a moral sozinha. Essa abdica980 epreocupante. Muitas vezes, pais ficam em casa venda televisao. Entregam-se ao
consumismo. Os pais estao sendo pouco criticos para 0 que 05 filhos consomem,
sobretudo em rela980 a televisao.
Relacionamentos familiares sadios poderao proporcionar boas condutas dos
filhos no futuro, sem ter de impedi-Ios de fazer 0 que gostam; para tanto ha a
necessidade de saber negociar com os filhos, de dialogar e ate mesmo per que nao
impor limites, hoje palavra tao escassa na maiaria das familias.
16
Para Fern~s wUm dos maio res impedimentos para alcan~r a lucidez na
analise dos efeitos da televisao, e precisamente a convicc;8.o da absoluta
racionalidade humana conseqOencia, 0 desconhecimento dos mecanismos
emotivos, mediante a pessoa afilada". (1998, p.17).
Para 0 mesma autor, e necessario it pessoa que assiste televisao, ter
compreensao e lucidez para distinguir certo e errado. No case da crianya, ela deve
ser orientada sabre 0 que sera benefico e real para sua vida. Alem das razoes de
usa didatico para a utilizac;ao da televisao, soma-se cutra naD menes significativa: as
alunos gostam de ver e aprendem com a televisao. E sao os modos de talar, agir e
pensar, que sao passados pelos meies de comunicac;ao as pessoas.
No casa da crianc;a de 2 a 6 anos, as influencias podem ser ainda maiores,
pela dificuldade ou pela lalta de experiencia em detectar a mensagem bruta da
informayao uti I e necessaria, que deve ser modificada pelo receptor.
Atraves da televisao, 0 telespectador busca sempre algo de seu interesse e
que 0 mantenha diante da tela. 0 meio televisivo manipula principalmente a fase
infantil, devido ao seu meio de comunicayao ser por meio de "massificayao",
influenciando nos pensamentos (opinioes e comportamentos).
o artigo de Camilo Vannuchi, Eliane Lobato e Rita Moraes, da Revista Isto e
(ed. nO 1751,2003), aborda este tema e expoe que as crian~s enquanto expostas
ao canal televisivo sao receptoras de situayoes dramaticas, violentas, er6ticas, de
consumismo e mediocridade. Estas nao estao sendo influenciadas apenas pela
recepyao de tal imagem, mas tambem ha um marketing par tras de tudo que e
abordado, sendo reforyado atraves de personagens em cadernos, mochilas e este
universe violento, muitas vezes invade a rotina destas crianyas.
17
Para que isto aconteya de urn modo menes agressor, recomenda-se que as
pais devem orientar seus filhos, explicando suas opinioes sabre as programa90es
exibidas e quais consideram serem importantes para 0 seu filho na idade que se
encontra. Mediante negocia90es com os filhos, os pais poderao obter urn resultado
mais satisfat6rio e de controle, (rente as exibic;:6es abordadas nesta sociedade
medema.
Segundo a indicac;:aodo Ministerio da Justic;:a,a programac;:ao e livre ate as
20h. Das 20h as 21h deve ser indicada para maiores de 12 anos; das 21h as 22h
para maiores de 14 anos; das 22h as 23 para maio res de 16 anos e ap6s as 23h
recomenda-se 56 para maiores de 18 anos ficar diante da televisao. Nao e 0 que
aconteee em muitas familias.
A natureza humana e despertar este interesse, sobre sexo, paix6es,
violencia e morte; contudo devera existir urn controle sobre estes impulsos. A
influencia nao se fara atraves somente dos gestos, mas tambem nas ac;:oes
agressivas ou maliciosas, enfocadas ao publico mirim.
De acordo com umas das propostas Piagetianas, cada crianc;:a com a
relac;:ao ao meio ambiente que convive, constr6i esquemas afetivos e diversos
sentimentos sucessivos. 0 conjunto dos esquemas afetivos ira constituir 0 carater da
pessoa.
Para Piaget apud Faria (2001) nas rela90es que a crian9a obtiver, que tiverem
emoc;:ao, ela transportara suas experiemcias anteriores, havendo uma acomodac;:ao e
fara um comportamento generalizado, 0 que no esquema afetivo-amor, uma relac;:ao
da mae com 0 tilho podeH~ser generalizado aos irmaos, pai, companheiros e os
sentimentos que a crianc;:ativer experimentado no passado pela mae, orientara seus
18
sentimentos futuros, "ao amor de mae, e que ira modelar as emoc;6es e
comportamentos mais profundos". (PIAGET apud FARIA, 2001).
Oesta forma, percebe-se a importancia do acompanhamento dos pais no
acompanhamento assiduo de seus filhos frente as transmissoes televisivas e
programaC;6es infantis destinada a suas faixas etarias.
Faria diz que: "0 grau de generalizac;ao e de abstrac;ao 56 sera semelhante
ao dos esquemas 16gicos quando estes esquemas afetivos se tornarem esquemas
morais, produzidos par opera90es reversiveis de reciprocidade ou de atos de
vontade". (Faria, 2001, p.70).
Piaget apud Faria (2001) explica que 0 desenvolvimento da afetividade se
ap6ia numa construc;ao na qual a reac;ao afetiva do personagem do passado se
coordena com a reac;ao afetiva do personagem presente, entende-se de que as
relay6es e experienclas que a crianc;a tiver sejam elas generalizadas serao
transportadas a outros individuos de seus convivios.
Para produzir uma integrac;ao adequada da televisao na vida dos alunos, a
escola e 0 lar devem andar de maos dad as; cada urn com suas responsabilidades. A
do lar provem da questa.o de que sempre se assiste a televisa.o. E a familia deve
proporcionar urn contexto adequado, a sua realidade, cada urn sabe a rotina de sua
propria casa. Faz-se necessaria uma interac;ao entre a escola e a familia.
Educar na televisa.o significa transformar 0 meio em materia ou objeto de
estudo; educar na linguagem audiovisual, ensinar os mecanismos tecnicos e
economicos de funcionamento do meio: abordando quest6es politicas, culturais,
eticas, socia is, economicas, ideologicas, expressivas, etc.
19
Se em casa pela familia e no ambito pedag6gico as crianc;as fcrem sendo
habituadas a reflexao critica, acabam criando a senso critieD e autonomia, sendo
capazes de indagar, realizarem questionamentos e estes f1uirao espontaneamente.
Muitos pais atualmente consideram que seus filhos na idade dos 2 aos 6
anos, sao crianc;as apenas, mal percebem a esperteza destas criany8s que
aprendem tudo com rna is facilidade e espontaneidade. Ha a necessidade de educar
para a televisao, sendo esta cada vez mais presente na vida das familias brasileiras.
Para Ferres (1998) a televisao ocupa um lugar de destaque dentro dos
lares, sendo esta urn ponto de referencia obrigat6ria na organiz8c;ao familiar, torna-
S8 uma companhia para qualquer pessoa, indiferente do seu horario. No entanto ela
acaba ditando condutas familiares e modas. Todos as pais devem estar
acompanhando sempre a desenvolvimento do seu filho, seu processo-evolutivo
desde seu fisico, como tambem seu cognitivo, sua oralidade, seu emocional, social,
suas destrezas, entre outros. (FERRES, 1998).
2.3.1 Relato de uma experiencia
"Abordarei aqui uma vivEmcia, a qual marcou uma grande etapa da minha vida
e experiencia profissional. Trabalhei 11 anos na Escola de Educa9ao Infantil e
Ensino Fundamental, Aldeia Betania, situada na Rua Monteiro Tourinho, no bairro
Atuba, na cidade de Curitiba, Estado do Parana".
Em 1997, no meio do ana, atuava como professora regente na Escola Aldeia
Betania, em uma turma mista, que seguia a proposta de Freinet e abordava em seus
conteudos dirigidos para a fase 3, pre-alfabetiza9aO, pois a Escola nao possuia 0
criteria da crian~asair alfabetizada da pre-escola.
20
A escola per seguir uma tradiyao religiasa Luterana e Crista, tinha como
principios a instruc;ao religiosa tambem, par consequemcia disto a escolha pela
Escola era de interesse dos pais da mesma religiao ou nao.
Nesta turma mista, tive em sala a aluno M.T.H, que era muito esperto,
inteligente, a9il e gentil com todos do grupo, porem com a decorrer do processo de
ensino-aprendizagem e convivencias intra-pessoais e inter-pessoais, foram feitas
algumas observac;6es com relac;ao a este aluno, observac;6es estas que me
sensibilizaram e me leva ram a esta pesquisa, no tema escolhido.
o M.T.H, tinha grandes dificuldades em aceitar regras, e sempre procurava
diferenciar-se dos demais alunos, em suas brincadeiras sempre abordava seus
colegas atraves de magias (por ele definidas) ou comportamentos agressivos, como
lutar, utilizac;ao de pedac;os de madeira como arma, representar sempre a morte dele
ou do proximo, 0 que acarretou no afastamento do grande grupo, po is ficavam
assustados e rotulavam-no como incoveniente.
Toda sexta-feira era 0 momento de levar para a escola, seu brinquedo
preferido. Ele, porem dificilmente levava seu brinquedo, gostava de ir com fantasias
como de: super-homem, "batman", dracula, entre outros.
Dizia 0 M.T.H que era Hercules e seu pai era um "Deus" chamado Zeus.
Quando entao passei a investigar seus comportamentos, oralidade, e condutas, e
descobri que 0 pai do M.T.H era Pastor e dono de um Igreja Luterana em Curitiba.
Entao 0 menino estava internalizando 0 lade ficticio e levando a serio em sua
realidade, incorporando os personagens todos os dias; sua vida estava
transformando-se numa ficc;ao.
Ferres reforc;a a minha investigac;ao quando diz: "a televisao age como um
espelho", ela transmite 0 que 0 telespectador almeja. (Ferres, 1996, p.43).
21
Continuando 0 meu relato, 0 comportamento de M.T.H incomodava muitos
seus colegas, pais estavam (como Ferres cita em uma de suas obras)
estereotipados, segundo 0 que a criant;:a assistia. Dutra reflexao de Fem~s
relacionado a mensagem decodificada pela televisao sendo uma forma de espelho
para a crian\A3. (Ferres, 1996).
Quando percebi que tal situat;:ao em sala vinha agravando-se e que as
meninos estavam mais unidos e mais contra do que a favor do M.T.H, levei a casa a
direyao. Os pais foram chamados e acharam urn absurdo tal preocupay8o, pais se
tratava de uma crianya e que poderia sim ter suas fantasias.
Mas a situayao agravava-se. A mae reforc;ava cada vez mais 0
comportamento do filho, brincava ate mesmo dentro da escola de lutar com M.T.H,
de gritar, correr e nao impor suas limitayoes enquanto mae e educadora de seu
proprio filho.
Em resume de toda a situayao, a mae nao renovou a matricula para 0
proximo ana e colocou seu filho em outra Escola, ser melhor e rnais justa, tambem
por que almejava para seu filho uma alfabetiza9'io na Educa9ao Infantil, 0 que nao
ocorreu.
Espero que com este relato possa contribuir para que pais e educadores
estejam alerta e atentos com relac;ao as crianc;as, que enquanto sementes bern
cultivadas e preservadas poderao desabrochar e f10rescer de maneira sadia para
vida".
22
2.4 TELEVISAo E EDUCAc;:Ao
Segundo Rezende,
A TV, na verdade, nao informa e sim lanya no ar fragmentos de informarrOes.Esses, muitas vezes previamente selecionados para ocultar 0 que parecerevelar, envolvendo alguns atributos. do produto em efeito Ie-cnicegarantidores de verossimilhanrya. Problematicas abertas, inquietas, queestimulem a reflexao do telespectador que possam conduzir a umaconsci~ncja ic6nica ou simb6lica, nao t~m espayo na televisao. (Resende,1989, p.10).
Como sabemos, atualmente ha urn descaso par parte da sociedade, com
relay80 aos conteudos abordados pela televisao, de maneira que as gerayoes estao
sendo fortemente influenciadas pela informag8o fragmentada e lanyada. Devida a
estes fatos, e de suma importancia discutir e promover trabalhos paralelos com
rela~ao aos varios temas abordados e realizar urn habito de leitura, tendo urn olhar
critico e nao passiv~, que ace ita toda e qualquer regra social imposta.
Por tratar-se de uma linguagem presente em qualquer universo, independente
da classe social e cultural do individuo, nao e rna is passivel ignora-Ia na escola.
Admiti-Ia, nao significaria de forma alguma menosprezar 0 trabalho escrito au
qualquer outro conteudo sistematizado do curriculo escolar. Pode-se dizer que 0 uso
da linguagem televisiva ativaria 0 trabalho atual da escola.
A partir da influencia que a televisao exerce sobre todos, ela deve ser
analisada por interessados como: pais, educadores, pedagogos, psic6logos,
comunicadores, formadores de opiniao e a popula~ao em geral. Deve haver este
interesse em especial aos programas infantis, destinados as crian~as de 2 a 6 anos
(publico infantil), os quais merecem maior atenyao, ja que as crianr;as estao em fase
23
de assimilayao e formac;:ao de conceitos, compreendendo, questionando 0 que Ihes
cerca.
Para Faria: "a formac;:ao dos sentimentos esta ligada aos valores, estes
podem ser atribuidos aos Qutros e a si pr6prio 8, em ambos as cases passam por
urna evoluyao". (Faria, 2001, p.71).
Na fase dos 2 aos 6 anos, sao extremamente necessarias as tracas afetivas,
pois cria urn vinculo da criam;:a com Dutra pessoa. De acordo com Piaget, e pela
reciprocidade que se efetua a descentrac;:ao afetiva que conduz aos sentimentos e a
vida moral. Conversas brigas e confHtos naD destroem as sentirnentos, contudo
favorecem a tamada de consci€mcia em relac;:ao a novos valores.
Para Ferres "a televisao age como urn espelho, as preferencias dos
telespectadores provern tanto de urn exercicio de inteligemcia como de seus
sentirnentos". (Ferres, 1996, p.43).
Ele quer dizer que, quem assiste televisao acaba optando par urn her6i e
atraves deste e que manifestarc3 ideias, interesses, esperan9as e problemas. A
televisao e um espelho, devido a projetar uma imagem idealizada de si mesmo e do
mundo; ela oferece a que as pessoas pretendem ouvir, tanto consciente como
inconscientemente.
Com rela9ao ao que diz Ferres, a televisao age como espelho, devido as
crianc;:as desligarem-se do rnundo real e internalizam a rnundo ficticio a da televisao.
Assim ficarn absortas em rela9ao ao que a aparelho mostra. A crian9a copia estilos
de comportamentos, linguagens, perdendo urn pouco do seu "eu", e vive no
irnaginario, este tambem relacionado e internalizado pelo que assistiu e ouviu pela
televisao.
24
A questao que S8 pretende abordar e como a criam;a deve ser direcionada
com relac;:ao a leltura da mensagem audiovisual.
Relacionado ao pensamento de Ferres, a autera Preuschooff complementa:
"acredito que assistir a televisao prejudica as crianc;as pequenas, devido a televisao
impedir que elas S8 dediquem as atividades praticas e sao elas que fazem surgir a
confian~a no proprio valor". (Preuschooff, 2003, p.45).
De certa forma as autores estao certos, pois alem de a crianc;:a espelhar-se na
televisao, ela acaba interferindo na pr6pria pessoa e na personalidade infanti!.
Segundo a autera Preuschooff, "a televisao cobre a imagem pr6pria interior da
crianc;a, assim como seus desejos, fantasias e imaginac;:oes".E atraves do
imagimlrio que nos tornamos criativos e atribuimas valores diferentes das
estereotipos apresentados social mente. (Preuschooff, 2003, p.45).
E necessaria dar estimulas para que as crian9as produzam par elas mesmas,
abjetas, realizando experimenta9DeS e usanda suas capacidades e criatividades;
devida a este aspecta tarna-se inviavel dar "caisas prontas", ideias formadas e
impasta a elas. A crianc;a deve manipular e explorar a seu meio de tadas as form as,
para que atraves do seu saber adquirido, possa ser diferente, criativa, espontanea e
recanhe9a seus patenciais, valarizando sua auto-estima.
Segundo Camillo Vannuchi revista Veja-Edi~ao Especial (1998, p.88),
Uma pesquisa realizada sobre as emissoras campeas em investimento naprogramayao infanti!, sao as Tvs educativas, cultura de Sao Paulo e lYEdo Rio de Janeiro e 0 programa Cocoric6, que apresenta urn universe ruralatraves de bonecos de manipulayao, que recebeu 0 pr~mjo da Unesco, em1996, como melhor video infantil da America Latina e do Caribe. (1998p.88).
25
E difieil esta mudanc;a, devido as programa90es continua rem cheias de
desenhos e filmes violentos, desenhos bobos e seriados sem 16gieas (como exemplo
seriados criados no E.U. A), sem fundamentos.
Para a supervisora Pedagogica May Magalhaes Chagas, "a televisao
enriquece 0 universe da crian.,a pre-alfabetizada". (Chagas, 1996)
Ao faze-Ia ouvir outras vozes, alem das dos familia res, mostrando mais do
que limites das quatro paredes de casa, e importante procurar as responsaveis naD
somente nas emissoras, mas em casa, ja que cabe aos pais zelarem pel0 que os
filhos assistem.
Fem~s, diz que para produzirmos uma integrac;ao adequada da televisao a
vida dos alunos, a escola e 0 lar devem andar de maDS dad as, cada urn com suas
responsabilidades. Devido aos paiS terem suas limitac;oes e atualmente nao
saberem dosar e limitar seus filhos, ficara de responsabilidade da escola na
forma~ao e informa~ao, devendo ser um trabalho, projeto integrado e direcionado a
pais e alunos. (FERRE:S, 1996)
Devido a sociedade predominar mais 0 capitalismo, os pais tendem a ter que
se dedicar muito rna is em seus afazeres profissionais e, na maioria das vezes as
crianryas ficam sozinhas diante da televisao, sem a participayao dos pais,
armazenando todo tipo de inforrnaryao que recebe, sejam as mensagens com cenas
de violencias ou nao.
Para Weber (1988), os pais devem propiciar atividades que permitam as
relaryoes sociais, criando atividades e trocas afetivas com seus filhos e esclarecendo
duvidas e pontos de vistas.
Atualmente em nossa sociedade atribuiu-se a influencia da televisao sobre as
crianyas, devido as horas de exposiyao a telinha, tornando as crian~as vulneraveis
26
ao consumo, aos conteudos abordados de forma violenta, e formac;ao emocional e
sexual precoce; fora a mensagem lingOistica muitas vezes ignorada.
Se formos observar ao certo, em uma casa familiar quem escolhe 0 local ideal
e liga primeiramente 0 aparelho televisor, sao sem duvida as crianc;as e par falta de
instruc;ao e limita<;6es, elas definem a programay8o que querem assistir. Diante
dista, a crianc;a torna-se urn ser apenas receptiv~ e passiv~.
Por sua vez a fun,ao deste educar para as midias em enfoque a "televisao",
prevalece naD somente pais, mas sim educadores, au simpatizantes. E necessaria
pararmos para analisar 0 desenvolvimento das nossas crianc;as, nao somente para 0
presente, mas pensando que as mesmas poderao ser transformadoras e formadoras
de opinioes na sociedade.
Para Ferres (... ) "educar com a televisao incorpara-Ia em sala de aula, em todas as
areas e niveis do ensino, nao para aumentar ainda mais 0 seu consumo, mas para
otimizar 0 processo de ensino-aprendizagem". (FerrE>S, 1996, p. 93).
Para Ferres quanta rna is se educa com a meio, mais se educara no meio,
estas duas quest6es sempre deverao se completar, para isto e importante que a
escola promova urn espac;o para estas discussoes tao atuais e oportunize aos pais,
atraves de palestras e outros eventos, a estarem interagindo e participando neste
processo de ensino-aprendizagem com seus filhos, pais nao somente as crianc;as
necessitarn de urn direcionamenta, ate mesmo os pais, para que possam saber
trabalhar com seus filhos em suas casas.
E a escola podera oportunizar este veiculo de debate, crescimento e
informac;ao entre as familias, paiS nao podera ignorar este veicula de comunica98o
tao presente na vida de todos.
27
A escola devera oferecer mecanismos para que subsidie 05 pais e
educadores no encaminhamento dos alunos, 0 que atualmente demonstra-se cada
vez mais a carencia nao somente dos filhos com relac;ao a este avanc;o tecnol6gicQ,
mas tambem dos pais. Per isso cabe a escola a responsabilidade na formac;ao e
informayao as familias.
a educar para a televisao, seria 0 educador saber explorar as recursos
oferecidos pela televisao de uma maneira didatica, filos6fica e pOlitica. Para ista,
deve saber avaliar e analisar antecipadamente os materiais utilizados, apontando
aspectos necessarios a serem discutidos, integrando estes em seU$ conteudos de
ensina.
Algumas emissoras abordam programac;oes televisivas, com conteudos
tematicos enriquecidos e estes poderao ser integrados facilmente em sala de aula.
Ha uma abordagem alem dos muros da escola, pois se os alunos forem habituados
dentro da propria escola, a situarem imagens e programac;oes num contexto:
expressiv~, verbal, critico, reflexivo, surgirao espontaneamente suas proprias criticas
relacionando ao que viu, ouviu e sentiu. Desta forma, a aprendizagem facilitara este
vinculo e tara uma ponte da escola para casa e da casa para escola. Assim a
escola contribui para 0 ambiente ser rna is motivador, para que os alunos
internalizem os assuntos de uma maneira coletiva, trocando ideias com seus colegas
de sala e com 0 professor, para que construam suas proprias am11ises criticas
quando se ausentarem da escola.
28
2.5 TELEVISAa x AGRESSIVIDADE au PASSIVIDADE
AS pais devem procurar ser mais presente na vida de seus filhos, dar mais
atenc;ao, ter uma relayEio de carinho, demonstrando que eles sao amados; devem
procurar assistir alguns desenhos com as filhos, participando, estimulando, e
instruindo. Nao devem deixar crian9as permanecerem mais de 1 hora diante da
telinha televisiva po is perdem 0 prazer ludico e social, ficando muitas vezes
norteadas apenas pelas telinhas.
Num ambito educacional, torna-se importante os professores estarem
conscientes e alualizados com relac;ao as tendencias tecnol6gicas, que as mesmas
estejam comprometidos com 0 processo educacional, sendo mediadores e
transformadores de seres criticos, sabendo sistematizar e construir 0 conhecimento
com seus alunas, auxilianda-as naa apenas para formalizar urn trabalha au projeto,
mas utilizem estes recursas como urn material didatico de apoio.
Brito nos diz "0 simples usa das tecnologias edueacionais nao assegura a
eficiemcia do processo ensino-aprendizagem e nao garante uma inovaC;Bo ou
renova9aO". (2003, p.17). Isto e, nao basta 0 professor adotar em suas aulas os
recursos tecnol6gicos, se 0 mesmo nao sauber direcionar a trabalho, envalver seus
participantes a exparem suas duvidas e opini6es.
Como os pais, na maiaria das vezes, andam atarefados e perdem-se nas
limita90es com seus filhos, cabe,,; a Institui9ao Escolar prom over um elo de trabalho
conjunto aos pais e filhas, referente a varios temas de interesse e quest6es
abordadas na televisao que muitas vezes fieam inexplicaveis as crianc;as e geram
comportamentos estereotipados.
29
Para Ferres (1995) "a televisao e urn instrumento de penetrac;ao cultural e
afirma que sera atraves de estere6tipos, que a mesma manipula". (FerrE~s, 1995,
p.62).
Atraves de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, foi comprovado que
Crian((8S de tres anos que ficam mais tempo na frente da televisao, tern opinioes
estereotipadas sabre papeis sexuais, do que aquelas que nac assistem televisao por
muito tempo. (Ferres, 1995, p.62)
o deseducar e todo discurso que estabelece uma ordem de valores e
comportamentos contrarios aos idea is eticos da instituiyao escolar democratica, de
certa maneira a televisao deseduca 0 individuo quando cria nele mesma urn vicio
imoral ou 0 estirnula a fraqueza de seu carater, quando prega a individualism 0,
preconceitos raciais, socia is. Contudo ela educa 0 ser no sentido de mante-Io
informado e preparando-o para 0 mundo. Entao a televisao deseduca no campo
moral e etico, nao preparando a crian~a para ser solidaria, nem a participar e sim ser
receptiva e acaba estimulando-a para 0 mundo do consumo.
Para Coli (1985) a televisilo tam bern pode provocar serios problemas
emocionais na crianya, confundindo a parte ficticia com a realidade social.
No entanto a televisao bloqueia a capacidade reflexiva nas crianc;as, on de as
mesmas acabam buscando respostas atraves dos sentimentos, suas emoc;oes.
Segundo Camillo Vannuchi revista Veja-Edi9ilo Especial (1998, p.88) estudo,
realizado pela Universidade de Michigan, comparou a violemcia vista pelos pequenos
na tevi; com a praticada poreles na vida adulta. Entre 1977 e 1979, loram leitas 557
entrevistas com crianyas entre seis e dez anos. 0 objetivo era saber quais os
programas preferidos e com que frequemcias assistiam. Quinze anos depois, os
pesquisadores volta ram a 329 delas e, comparando as informa~oes previas com
30
uma analise de seu comportamento naquele momento, concluiram que meninos e
meninas que tiveram maior exposiyao a cenas de violemcia tornaram-se mais
agressivDs. Na epoca, entre as programas violentos estavam Cyborg, a homem de
seis mi/hOes de do/ares eMu/her Bi6nica. 0 desenho Papa-Leguas era icone da
garotada e as seriados Dirty Harry e Jus/iqa em dobro despertavam a mesma
interesse das novelas de hoje.
Para 0 psiquiatra Tiba (2002), os pais nao devem proibir totalmente as
crianyas de ter cantata com jogos violentos, pois as mesmas podem predispor a
vioh~ncia aquelas personalidades ou as que vivem em ambientes favoraveis a seu
crescimento. Ha pessoas que nascern mais agressivas que outras. Estas, quando
crescem em ambientes favoraveis a violencia, podem se tarnar mais violentas que
Qutras. Entao, estes "games" podem agravar a situayao, ou muitas vezes por falta de
limites, a crianca pode considerar-se no direito de fazer 0 que tern vontade sem a
minima considerayao com os outros, pede se tornar muito agressiva e impulsiva.
(TIBA, 2002). Dai surgindo urn grande passo para a violencia natural e adequada
que saiu do controle e passou a ser destrutiva.
Segundo 0 autor acima citado, devem os pais ter dialogos com seus frlhos,
nao terem medo de colecar limites, dizer na hora certa 0 "nao", criando uma rotina
para os frlhos, educando-os para 0 mundo e nunca para si mesmo. De obter bases
relacionais reais de acorde com as realidades da familia.
Uma das causas que atualmente mais preocupa a todos que, direta ou
indiretamente, se dedicam ao estudo da televisao, e que a vioh~ncia e a
agressividade contidas na programayao dos diversos gemeros televisivos sejam
responsaveis pela criminalidade que assola a sociedade.
31
Atraves de urna grande diversidade de exibi<;oes a televisao abarda a
agressividade de varias formas, sejam estas atraves de desenhos, filmes au ate
mesma novelas, as crian.yas interpretam certes cOdigos da televisao somente depois
dos sete anos de idade, antes elas esUio ern evoluyclO de aprendizagens e somente
depois dos sete anos e que interpretara como pura fantasia, isso e particularmente
verdade em desenhos animados, que contem mais atos de violencia por minuto que
qualquer outra forma de televisao, mas tarnbam se aplica a programas tais como
luta-livre, em que causa e efeito sao obviamente exagerados.
Segundo Ferres
A crltica felta a televisao pelos circulos progressistas tern insistido, as vezesde forma simplista, nos conceitos de passividade e manipulayao,considerando 0 espectador como uma especie de esponja que absorve tudoo que Ihe e jogado ou como uma cera maleavel na qual qualquer marcafican!! impressa automaticamente. (1996, p. 87).
Se analisarmos, pode-se observar de que pessoas que recebem 0 mesmo
estimulo televisivo possuem reac6es diversas, como num filme de terror, muitas
pessoas sentem raiva, outras fieam tristes, outras felizes, enquanto outras ficam
neutras na situagao, levando este aspecto referindo-se a um adulto ou adolescente,
mas nao em crianca na fase infantil e em desenvolvimento.
Estas nao possuem 0 significado ainda concreto dos conceitos, 0 que se faz
imoral ou nao, estao em processo evolutivo, de construcao social, de aquisicao para
novos conhecimentos e este jogo de interac6es que a televisao estabelece entre 0
espectador e suas mensagens transmitidas, torna-se diferentemente signifieativa de
urn adulto ou adolescente para a crianca. Pois 0 adulto ja traz consigo experi€mcias
de vida, possui uma ideologia e urn conceito formalizado de condutas tipicas ou
atipicas. A crianca neste sentido traz poueas experiencias, para a construyao de
seus pr6prios significados neste jogo de relagoes, precisa ainda atingir alguns
32
canceitos, que na sua idade seria dificil de compreender, como: valores, condutas,
ideologias, saber decodificar c6digos e ate mesma esquemas conceituais.
o excesso de televisao cria urn bloqueio reflexivo na criant;:a, atingindo
tambem sua expressao verbal, 0 que na fase dos 2 aos 3 anos, ainda estao ern
desenvolvimento em algumas crianyas, devido a crianca deixar de interagir com 0
meio, de brincar, de fazer experiemcias, de descobrir esquemas cognitivos e
corporais para sua pr6pria idade.
Ja a questao da violemcia na televisao ternau-se algo rotineiro. Nao peJa
crianc;:a simplesmente assistir e tomar-se violenta, mas sim pelo fato de naD haver
urn acompanhamento do adulto para suas limitayoes e encaminhamento para os
fatos veridicos ou os falsos.
F,mes (1996) aponta a televisao como um bode expiatorio, um recurso facil
para fugir das responsabilidades e obriga90es, 0 que na realidade deveriam ser
assumidas pelo meio social agressivo, competitivo. Muitos pais questionam a
televisao, como urn descanso para si mesmo, urn tempo para respirar e fazer seus
afazeres, mas esquecem da importancia de sua presen9a para sensibilizar seu filho
para programa90es e horarios especificos a ele.
Devido a crian9a na fase infantil dos 2 aos 6 anos, ver a adulto como seu
heroi, ou ate mesmo urn espelho, acaba nao tendo questionamentos por si s6, mas
sim copiando, imitando comportamentos dirigidos a ela. Desta maneira acaba
aprendendo a partir de modelos socia is determinados a ela, atraves de um jogo de
imita90es, e se houver de fato, urn acompanhamento da crian'Ya, seja este
pedag6gico ou familiar, ela ao ver uma programa'Yao violenta, sera receptiva de uma
forma normal para impor seus pr6prios interesses e solucionar seus conflitos.
33
PSic61ogos consideram que as frustrac6es CDstumam ser a causa de
comportamentos agressivos e que as pais e educadores poucas vezes levam a
serio, quando analisam as efeitos televisivos nas crianyas, a questao de muitas
facilidades, de abordagens na televisao de conquistas atraves de uma mane ira facil
e simples, de condutas para a consumismo, de sempre na maiaria dos filmes e
desenhos tudo acabar bern e feliz; isto tudo nao deixa de ser urna fonte de
frustray80 para a crianca no decorrer do seu crescimento, quando vai descobrindo
por si de que as caisas sao mais dificeis do que se pensava.
A presenya da viol€mcia nao deve ser abafada sua realidade, po is em
historias infantis elas tambem aparecem, mas de rnaneira progressiva a crianya
atraves de historias ouvidas, teatros, musicas, aprende de mane ira implicita e
natural, de que na vida existem muitas maldades, 0 que na televisao em dose
moderada tera 0 mesmo resultado, mas de acordo com 0 tema nao
acompanhamento pode acarretar danos pSicol6gicos irreparaveis mais tarde. A
questao de saber dosar sobre a violencia e um problema de controle, de horarios, de
quantidades, de qualidades dos programas abordados em seus respectivos horarios.
Uma coisa e a crianya aprender intuitivamente de que na vida ha violencia e
outra e que a vida e uma violemcia. Na idade dos 2 aos 4 anos a criant;;a nao
consegue decodificar 0 que e real ou ficticio, por rna is que se assegure de que ela e
bern desenvolvida, encaminhada, em certa hora poden~ ocorrer frustrat;;oes internas
e par que nao os medos, temas estes de 6tima abordagem na educayao infantil.
Referindo-me a educayao infantil podera ser abordada a questao do medo na
questao pedagogica, atraves de projetos ternaticos desenvolvendo: jogos,
brincadeiras, gincanas, hist6rias, teatros, musicalizayaes, dramatiza90es, esquemas
corpora is, atividades de pSicomotricidade, entre outros.
34
Relacionando 0 tema abordado com a "agressividade infantil", segundo La
Taille, psic6logo, cuja entrevista se faz na revista Veja (abril, 1998), diz que a
agressividade e um sentimento natural e tambem sao sentimentos primarios: alegria.
dor, raiva, curiosidade, medo. E tern sentimentos que pedem urn nivel de eiabora9Bo
maior: vergonha culpa, remorso, ciume. Nao e born nem ruim. E natural. Fazer de
conta que a agressividade naD existe e fuim, pais se perde 0 cantata com uma
dimensao humana. 0 que a cultura e a educa.yao devem fazer e dosar a
agressividade e canaliza-Ia para caisas produtivas.
o mesmo autor completa;
a sociedade como um todo esta em crise de valores. 0 comportamenlo dascrianyas e dos adolescentes reflete isso. Efes t~m problemas naconstrU/;:aode identidade, pais nao hell a sensa~ao de pader se integrar aalgo maior. Os pais de hoje nao tern a ideia de que seus filhos viverao nummundo melhor. A falta de perspectiva explica muita a falta de valoresmaiores, necessarios para se conter e organizar 0 comportamento.(LATAILLE,1998).
35
3 CONSIDERAC;OES FINAlS
A televisao e uma maneira de a crianya libertar-se do mundo real, de
fantasiar, sonhar e par que nao, para algumas situa<;6es, frustrar-se. Digo ista com
rela<;ao as crianyas com famHias de menor poder aquisitivo, pais observam e
acompanham pela televisao: modas, brinquedos modernos, desenhos com jogos
modernos tecnologicamente, e que elas mesmas naD poderao adquirir. Contudo a
televisao naD deixa de ser um espa<;o para reflexoes.
No aspecto negativo para todas as crianc;as que se encontram na faixa eta ria
dos 2 aos 6 anos, tarnam-S8 telespectadoras apenas ouvintes e receptoras de
informa<;oes, sem que ao menes sejam estimuladas a dialogar OU interpretar as
mensagens recebidas.
Nao exigindo tal resposta pela crian<;a, ela recebe as informayoes de maneira
passiva e nao questionadora, pelo fato de ainda encontrar-se no estagio pre-
operacional, sendo inca paz de realizar 0 processo de conservaeao, que este se da
por volta dos 6 aos 7 anos. A crianc;a nao possui ainda discernimento de certo ou
errado, sem que haja 0 acompanhamento de um adulto e que na lase em que se
en contra e suas aeDes sao controladas pelas percepyDes, 0 que dificulta que ela
chegue a uma conclusao "16gica" e de certa forma nao consegue ainda organizar
seus esquemas.
Segundo Piaget apud Faria (2001) as quest6es 16gicas sao um meio de
organizar a experiencia em esquemas que sao superiores it organiza-;ao previa.
Na fase dos 2 aos 6 anos, a crianya e muito centrada nela mesma, constr6i
sua realidade trabalhosamente, adaptando nOeDes espaciais, temporais, e do seu
proprio corpo, dilerenciando-se dos objetos ao seu redor. Sendo assim, a
aprendizagem depende principalmente da media9aOde um adulto. Para isto laz-se
36
necessaria que em casa au na escola, a criany8 tenha contato com jogos; interaja,
passu a atividades fisicas, pois qualquer recurso pedag6gico que seja significativD
para a crianc;:a, tera resultados positiv~s no seu desenvolvimento.
Assim, considera-se que a abordagem televisiva na educac;:ao infant11 para
crianc;:as de 2 a 6 anos deve ser realizada de maneira que as pais estejam a par do
assunto e interesses de seus filhos. E que a mesma trabalho seja estendido para a
questao escolar, para que as professores instiguem nos seus alunos de modo
natural e [udieD 0 905tO pera produc;:ao, apreciac;:c3o e reflexao sabre as abordagens
televisivas. Assim, estarao contribuindo para a formac;ao integral dessa crianya.
o contato televisivo nao e feito de forma igual no espectador adulto e infantil,
pais 0 adulto jil traz consigo experiencias vivid as, e estabelece relayao com a
situac;ao presente e a anterior; ja no contexte infantil considera-s8 que sao poucas
as experiencias vividas e ate mesma seu discernimento sabre as ac;6es, ainda nae
passui uma ideologia e atraves do cantata com a televisao, esta interaC;80 faz com
que a crian,!(a construa a realidade de acordo com a que ve.
Neste sentido, e muito importante que a crianc;a possua cantata com 0 meio
social, familiar, e que atraves de suas interac;oes possa adquirir experiencias e poder
progredir em seu desenvolvimento e habilidades para sua idade.
No aspecto televisivo, a crianc;a deixa de ter este contata social com a meio,
deixa de brincar, de descobrir por si 56, e deixa de desenvolver suas pr6prias
habilidades enquanto crian9a, tornando assim suas emoyoes rna is ficticias do que
rea is, passando a agir conforme urn modele padronizado que Ihe foi transmitido e
nao por suas pr6prias vontades e impulsos.
37
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