26
Índice Introdução..................................................... 3 1.Objectivo geral.............................................. 3 1.1. Objectivos específicos.....................................4 2. Metodologia.................................................. 4 3.Contextualização............................................. 5 4.Inovação..................................................... 5 4.1.Tipos de Inovação..........................................6 4.2.Inovação e vantagem competitiva............................7 4.3.Vantagens estratégicas da inovação.........................8 4.4.Fases básicas no processo de inovação......................9 Geração....................................................10 Conceitualização............................................10 Optimização................................................ 10 Implementação.............................................. 10 Captura................................................... 10 4.5.Como as empresas inovam?..................................11 4.6.O ciclo da inovação.......................................12 4.7.Habilidades relevantes para a Gestão da Inovação..........12 4.8.As 6 Dimensões da Gestão da Inovação:.....................13 4.9.Características da gestão da inovação.....................15 5.Condições para uma inovação de sucesso......................16 Conclusão..................................................... 18 Bibliografia.................................................. 19 2

FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

Índice

Introdução........................................................................................................................................3

1.Objectivo geral..............................................................................................................................3

1.1.Objectivos específicos...............................................................................................................4

2.Metodologia..................................................................................................................................4

3.Contextualização...........................................................................................................................5

4.Inovação........................................................................................................................................5

4.1.Tipos de Inovação......................................................................................................................6

4.2.Inovação e vantagem competitiva.............................................................................................7

4.3.Vantagens estratégicas da inovação...........................................................................................8

4.4.Fases básicas no processo de inovação......................................................................................9

Geração.................................................................................................................................10

Conceitualização.....................................................................................................................10

Optimização...........................................................................................................................10

Implementação.......................................................................................................................10

Captura.................................................................................................................................10

4.5.Como as empresas inovam?.....................................................................................................11

4.6.O ciclo da inovação.................................................................................................................12

4.7.Habilidades relevantes para a Gestão da Inovação..................................................................12

4.8.As 6 Dimensões da Gestão da Inovação:.................................................................................13

4.9.Características da gestão da inovação......................................................................................15

5.Condições para uma inovação de sucesso..................................................................................16

Conclusão......................................................................................................................................18

Bibliografia....................................................................................................................................19

2

Page 2: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

Introdução

O presente trabalho de pesquisa, tem como o tema ‘’Factores chaves na gestão de inovação’’ Na

verdade, Desde os anos passados, o tema da inovação tem atraído o interesse de pesquisadores,

académicos e empresários. Na última década, a inovação passou a ser reconhecida como um

factor essencial para a competitividade das organizações e foi incluída em suas agendas

estratégicas.

Vários estudos mostram uma forte correlação entre a inovação, capacidade empreendedora e o

desenvolvimento económico, produtividade e desempenho organizacional. Assim, torna-se

imperativo que as organizações no século XXI, estejam preparadas para renovar seus produtos,

serviços e processos, competências e desenhos organizacionais de forma contínua, a fim de

garantir sua adaptabilidade e consequente sobrevivência no mercado por meio do

desenvolvimento de uma competência chave: o empreendedorismo corporativo inovador.

Contudo, Apesar de a inovação indicar um caminho seguro para obter vantagem competitiva

sustentável e defender posições estratégicas no mercado, o seu sucesso não é garantido,

necessitando que os gestores conheçam e compreendam a dinâmica dos processos da gestão da

inovação dentro de suas organizações e realidades específicas.

3

Page 3: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

1.Objectivo geral

Desenvolver uma compreensão sistémica e dinâmica dos processos que sustentam a

inovação no empreendedorismo e desenvolver soluções estratégicas inovadoras em sua

área de actuação específica.

1.1.Objectivos específicos

Assimilar os principais conceitos acerca dos Fundamentos da Gestão da Inovação;

Conhecer os modelos de negócio para inovação;

Discutir as estratégias, métodos e processos para a construção de uma organização

inovadora;

Apresentar alternativas de instrumentos voltados ao apoio e fomento à inovação nas

organizações.

2.Metodologia

Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Também, foi usado o método

indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular

para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um

processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente

constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas.

Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais

amplo do que o das premissas nas quais nos baseia-mos.

4

Page 4: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

3.Contextualização

4.Inovação

Conforme o dicionário Aurélio, inovação é o acto ou efeito de inovar ou seja, melhorar processo

dentro da organização. Conforme Tigre (2006), antes da Revolução Industrial, o mundo era

voltado para a agricultura, os produtos eram feitos de forma artesanal e nenhum era igual ao

outro. Sem a utilização de máquinas e processos organizacionais, voltadas para a melhoria da

produtividade, o aumento da produção dependia de um aumento proporcional dos factores de

produção utilizados. Na visão de Drucker (2006) a inovação não é uma ideia brilhante, porém,

uma ideia de melhorar processos dentro da organização e assim facilitar o dia-a-dia. De acordo

com Marx apud (TIGRE, 2006, p. 23) a inovação era uma forma de manter o monopólio

temporário sobre uma técnica superior ou produto diferenciado. O aumento da produção

resultante da introdução dos novos meios de produção em uma única empresa capitalista não

diminuía o valor unitário ou o preço de mercadoria a curto prazo.

Na inovação de marketing o foco está voltado para aumentar a demanda e a diferenciação do

produto, visando atingir novos clientes. Segundo Porter (2004) as inovações no marketing

também podem alterar poder relativo dos compradores e afectar a balança de custos variáveis e

fixos e, consequentemente, a volatilidade da concorrência. De acordo com Tigre (2006) a

inovação de processo pode alterar a qualidade e os custos de um determinado produto, o foco

dessa inovação está na descoberta de novos e importantes meios que visam trazer melhores

resultados para a empresa. Conforme Tigre (2006), a inovação organizacional está relacionada à

mudanças significativas nos processos e na estrutura organizacional. Contudo, percebe-se que a

inovação pode ser classificada por meio de vários tipos, tema que será melhor aprofundado no

tópico a seguir.

5

Page 5: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

4.1.Tipos de Inovação

1. Inovação organizacional, que inclui:

A introdução de estruturas organizacionais significativamente modificadas;

A implementação de técnicas de gestão avançadas;

A implementação de orientações estratégicas empresariais novas ou substancialmente

alteradas.

2. Inovação tecnológica de processo

Adopção de métodos de produção tecnologicamente novos ou significativamente melhorados.

Estes métodos podem envolver mudanças em equipamentos ou na organização da produção, ou

uma combinação dos dois, e podem resultar do uso de novo conhecimento. Estes novos métodos

podem ser destinados a:

Produção ou entrega de produtos tecnologicamente novos ou de produtos melhorados,

que não poderiam ser produzidos ou entregues utilizando métodos convencionais de

produção;

Aumento da produção ou da eficiência distributiva de produtos existentes.

3. Inovação tecnológica de produto, que inclui:

Produtos tecnologicamente novos – produtos cujas características tecnológicas ou de

utilização são significativamente distintas das que existiam em produtos produzidos

anteriormente. Estas inovações podem envolver tecnologias radicalmente novas, ser

baseadas na combinação de tecnologias já existentes para novos usos, ou podem resultar

da incorporação de novo conhecimento.

Produtos tecnologicamente melhorados – produtos cujo desempenho foi

significativamente melhorado. Um produto simples pode ser melhorado (em termos de

melhor desempenho ou menores custos) através do uso de materiais ou componentes com

mais alto rendimento; um produto complexo que consiste num número de subsistemas

6

Page 6: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

técnicos integrados pode ser melhorado através de alterações parciais num ou mais dos

seus subsistemas.

4.2.Inovação e vantagem competitiva

Discussões acerca do que seria vantagem competitiva foram tratadas por Michael Porter, em seu

livro Vantagem Competitiva, de 1989. Segundo ele, o termo diz respeito à criação de valor para

a organização por meio de estratégias bem elaboradas que permitam elevado desempenho

perante o mercado e concorrentes em geral. Essa visão apresenta uma abordagem que considera

a busca por melhor posicionamento mediante a exploração de competências, percepção de

mercado e oportunidades, e fortalecimento da relação com os clientes, pautada na visão sistémica

do negócio e não mais apenas do produto (Porter, 1989).

No mesmo sentido, Brito e Brito (2012) a definem como o posicionamento acima da média de

uma determinada organização em relação a si mesma, em anos anteriores, e às demais empresas

com as quais compete conquistada por meio de criação de valor entre empresa, cliente e

fornecedor, de forma a fazer com que a superioridade de seu desempenho seja reconhecida e

valorizada por seus clientes.

Baseados nisso, Salunke, Weerawardena and Mccoll-Kennedy (2011) afirmam que a

competitividade exige uma análise apurada tanto do ambiente interno quanto externo às

organizações, a fim de alinhar as estratégias adoptadas com o mercado e gerar boas

performances sustentáveis no decorrer dos anos. Corroborando o exposto, Woerter and Roper

(2010) destacam que, num ambiente de constantes mudanças e incerteza quanto ao futuro, buscar

alternativas de actuação tem se tornado mais que um objectivo, uma necessidade de

sobrevivência. A capacidade de identificar onde se está, por que se está trilhando determinada

estratégia, e como são elaboradas as acções, se torna assim decisiva para se manter actuante no

negócio.

Todos esses aspectos denotam aquilo que, segundo Salunke et al. (2011), está actualmente cada

vez mais relacionado com a vantagem competitiva, a necessidade de as organizações inovarem e

aprenderem com a inovação. Isso porque a capacidade de buscar novas ideias e soluções, assim

7

Page 7: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

como novas formas de fazer negócio têm se transformado na melhor maneira de acompanhar as

rápidas transformações no mercado.

Ademais, o foco da vantagem competitiva concentra-se nos processos de mudança, inovação e

dinâmica da concorrência e baseia-se na descoberta interactiva de informações divergentes e

conhecimentos dispersos, com oportunidades a serem identificadas. Nesse contexto, como

evidenciam Robertson, Casali and Jacobson (2012), as capacidades dinâmicas, relativas à

capacidade de as empresas compreenderem e influenciarem os processos de mudança, tornam-se

favoráveis à flexibilidade e antecipação, no intuito de estabelecer uma ponte entre a estratégia

empregada e o mercado. Segundo Maçaneiro (2011), dado o actual cenário global altamente

competitivo no qual as organizações estão inseridas, as firmas encontram maior possibilidade de

competir através de cooperações e associações que garantam vantagens para todos os envolvidos

e que amenizem os riscos oriundos do mercado. Sendo assim, Nohara (2011) apontam que a

criação de vantagem competitiva por meio de alianças contribui para facilitar o acesso a outros

atores, recursos e actividades, além de ampliar a obtenção de conhecimento, melhorar o

posicionamento e agregar valor aos relacionamentos de negócio.

4.3.Vantagens estratégicas da inovação

O que inovação tem a ver com estratégia? A resposta é "tudo". Para inovar de maneira

consistente, qualquer organização, seja ela uma empresa, uma ONG, ou uma entidade

governamental, deve ter uma estratégia de inovação. Como o assunto em questão é a criação de

vantagem competitiva, vamos focar nas empresas. As empresas normalmente inovam visando o

lucro. Pode-se dizer "normalmente" porque inovação é uma palavra da moda, o que leva algumas

empresas a buscar a inovação de maneira pouco criteriosa e, em alguns casos, sem realmente

avaliar a possibilidade de lucro. Muitas empresas surgiram sem ter sequer perspectiva de lucro e

angariaram investimentos para começar a operar somente porque eram baseadas em ideias

inovadoras.

A primeira coisa que as empresas precisam entender é como funciona a dinâmica da inovação e

dentre quais tipos de inovação ela pode escolher. As inovações podem ser incrementais, quando

simplesmente agregam um valor extra ao produto, serviço ou processo pré-existente, ou radicais,

quando oferecem uma mudança significativa para o cliente ou usuário da inovação.

8

Page 8: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

Inovações radicais normalmente requerem uma mudança de comportamento do cliente ou da

relação dele com a inovação. Em alguns casos, as inovações radicais podem chegar a ser

disruptivas, destruindo a ordem dominante em determinado mercado ou indústria.

Inovações radicais têm uma curva de adopção que deve ser compreendida e gerenciada.

Conhecendo a curva de adopção de inovações é possível lidar com ela da maneira adequada,

conquistando primeiramente os inovadores, ávidos por novidades, e em seguida os cada vez mais

conservadores e garantindo assim uma boa penetração no mercado. Inovações de sucesso têm um

marketing adequado. Quem não acredita que o sucesso do iPod seja directamente ligado ao

marketing? Marketing sim, e grande parte deste marketing está no próprio produto, em seu

design, sua facilidade de uso e o conceito que ele se propõe a passar. Uma empresa inovadora

precisa também de uma gestão de portfólio de produtos adequada. Produtos novos ou inovadores

têm um risco de fracasso associado. Por outro lado, produtos hoje bem sucedidos têm 100% de

chances de perder mercado no longo prazo. É preciso criar produtos inovadores para ter uma

empresa sustentável.

Como inovar em tantas áreas e ainda garantir a lucratividade? Essencial para o lucro é ver a

inovação como um processo. Enquanto o comportamento criativo é importante, um processo

para planejar, gerar, seleccionar, implementar e avaliar continuamente as inovações é o que vai

garantir que ideias sejam convertidas em lucro. Parece complexo? Pode não ser tão simples

quanto apenas gerar ideias, mas é necessário. E vale a pena. Empresas que inovam podem ter

retorno sobre investimento dezenas de vezes maiores que empresas com estratégias "seguidoras"

em relação à inovação. O mercado que está absorvendo uma inovação é sempre um mercado em

crescimento. Para quem chega mais cedo, conquistar uma fatia grande deste mercado pode ser

muito mais barato do que para quem chega quando ele já está estabelecido. É fácil então

entender porque o retorno sobre o investimento é tão maior para quem sempre pensa em inovar.

4.4.Fases básicas no processo de inovação

Qualquer negócio voltado à criação e à venda de novos produtos deve conhecer o processo de

inovação. A inovação é um componente de duas funções, a invenção da ideia de um produto, e a

comercialização da ideia ou do produto. Não há um amplo consenso quanto ao número de fases

9

Page 9: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

no processo de inovação. Um estudo por Jay Abraham e Daniel Knight, publicado na revista

"Strategy & Leadership", lista cinco estágios: geração, conceitualização, optimização,

implementação e captura.

Geração

A geração é o onde o processo de inovação começa. Ela envolve o debate de ideias que depois

serão moldadas em soluções viáveis para os clientes. Nesse estágio pode existir ampla

modelagem e design.

Conceitualização

Aqui, as ideias são colocadas na esfera oficial de pesquisa e desenvolvimento de uma empresa.

As empresas investem dinheiro para financiar o desenvolvimento. Os inovadores projectam e

testam suas ideias ao planejar o processo de desenvolvimento do produto. Protótipos e modelos

são gerados. O produto geral começou a tomar forma, assim a pesquisa é conduzida de acordo

com as necessidades e os desejos do consumidor.

Optimização

Esse estágio é fundamental para qualquer invenção comercializada com sucesso. A pesquisa de

consumo e o teste de protótipos são colocados juntos e analisados. Toda boa ideia precisa ser

mais do que convincente; precisa preencher uma necessidade no mercado. Nessa fase, as

mudanças no projecto e na função são feitas para acomodar as exigências das necessidades de

mercado, de preço e do consumidor. As decisões finais são feitas em torno da estética e função

de um produto, assim ele pode ser comercializado com sucesso.

Implementação

A implementação é o último passo no processo de comercialização. Ideias ou produtos são

trazidos para o consumidor ou utilizador final. Se você está oferecendo um bem de consumo, o

produto é produzido em larga escala e enviado através do canal de distribuição. Pequenas

modificações ainda podem ser feitas para se ajustar à demanda e às necessidades reais, mas o

conceito geral permanece intacto e será ou bem-sucedido ou rejeitado pelos usuários.

10

Page 10: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

Captura

Apesar do sucesso, uma empresa deve implementar uma fase de captura. Nessa fase, a

informação sobre o sucesso ou falha do produto e a performance das fases antecessoras são

colocadas juntas e analisadas para aumentar o conhecimento e a experiência. Se o produto é

bem-sucedido, uma empresa quer descobrir se novas inovações nele podem ser comercializadas.

Também é quando a empresa começa a fazer revendas para custear futuras inovações.

4.5.Como as empresas inovam?

De uma forma muito genérica, as iniciativas que pode desenvolver uma empresa que quer inovar,

isto é, alterar o desempenho dos seus recursos tecnológicos, das suas competências e da sua

produção. Essas iniciativas são de três tipos: estratégicas; através da investigação e

desenvolvimento (I&D); e por outras formas que não têm relação imediata com a I&D, mas que

podem assumir um papel importante na inovação.

1. Iniciativas de carácter estratégico: como base necessária para actividades de inovação,

as companhias têm - explicitamente ou não – de tomar decisões sobre o tipo de mercados

que servem, ou procuram criar, e que tipos de inovação vão tentar introduzir;

2. Através de I&D:

A empresa pode conduzir investigação básica para estender o seu conhecimento dos

processos fundamentais relacionados com o que produz;

A empresa pode conduzir investigação estratégica (no sentido de investigação com

relevância industrial mas sem aplicação especifica), para ampliar o âmbito dos projectos

que pode explorar, ou investigação aplicada, para produzir invenções específicas ou

modificações em produto existentes;

A empresa pode desenvolver conceitos de produtos para decidir se são viáveis, o que

implica o desenho de protótipos, desenvolvimento e testes, e investigação adicional para

modificar desenhos ou funções técnicas.

3. Por outras formas:

Identificação de novos conceitos e tecnologias:

11

Page 11: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

Através das suas actividades de marketing e das suas relações com os consumidores;

Detectando oportunidades de comercialização resultantes da sua (ou de outros)

investigação básica ou estratégica;

Através das suas competências de desenho ou engenharia;

Monitorando os seus concorrentes;

Recorrendo a consultores externos.

A busca de novos mercados por explorar é outro elemento estimulador. Pode basear-se na

inovação tecnológica o na reconfiguração de produtos e serviços existentes, para apresentar aos

clientes uma mudança radical que criará neles a impressão de que obtêm um produto mais

valioso (inovação de valor acrescentado); A inovação pode passar também pela introdução de

uma abordagem completamente inédita para uma actividade (como por exemplo os novos

modelos de empresa dos distribuidores em linha), com o fim de criar novos mercados ou

aumentar a rentabilidade de um mercado já existente.

4.6.O ciclo da inovação

Inovar é a capacidade que o indivíduo empreendedor tem de implantar ideias capazes de gerar

valor para o negócio. Via de regra, no mundo dos negócios, as inovações se constituem em

fenómenos complexos e passam por um ciclo que envolve seu surgimento, crescimento,

maturidade e declínio. Cada um desses estágios pressupõe um conjunto de etapas que pode

envolver actividades como a pesquisa, o desenvolvimento, a prototipagem, a produção, a

distribuição, a comercialização, a entrega, a assistência técnica, o pós-venda, o marketing e a

gestão da marca.

4.7.Habilidades relevantes para a Gestão da Inovação

Algumas habilidades são especialmente relevantes e necessárias para se promover e garantir a

gestão da inovação como um processo dentro da empresa. Estas habilidades podem ser

reforçadas com a implantação de algumas rotinas que contribuem para a potencializá-las

conforme pode-se ver no quadro a seguir:

12

Page 12: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

Habilidade Básicas Rotinas que contribuem

Reconhecimento Buscar dicas técnicas e económicas que

desencadeiem o processo de mudança.

Alinhamento Assegurar que há uma boa integração entre a

estratégia de negócios e a mudança proposta.

Aquisição Reconhecer as limitações da empresa e

conectar-se com fontes externas para adquirir

conhecimento, informações, equipamentos etc

Geração Ter a habilidade de criar alguns aspectos de

tecnologia “da casa”, por meio de P&D, de

grupos internos de engenheiros etc

Escolha Explorar e seleccionar o que for mais adequado

ao meio-ambiente e que se encaixe na

estratégia, bem como na rede externa de

tecnologia.

Execução Gerenciar projectos de desenvolvimento de

novos produtos/ processos do início até o

lançamento. Monitorar e controlar esses

projetos.

Implantação Gerenciar mudanças introduzidas na empresa -

técnicas e outras -, de forma a assegurar-se

sobre a aceitação e uso efectivo das mesmas.

Aprendizagem Avaliar e reflectir sobre o processo de

inovação, identificando lições para melhoria

das rotinas de gestão.

Desenvolvimento da organização Estabelecer rotinas efectivas – estruturas,

processos, comportamentos subjacentes.

13

Page 13: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

4.8.As 6 Dimensões da Gestão da Inovação:

Muitos são os métodos e ferramentas utilizados para se implantar a gestão da inovação na

empresa. O desafio dos gestores consiste em encontrar quais as ferramentas e métodos são mais

compatíveis com a cultura da instituição. Visado auxiliar esse processo, desenvolvemos um

instrumento, baseado em 6 dimensões distintas, capaz de avaliar o grau de maturidade da gestão

da inovação na empresa.

Método

Ao se estudar a origem das inovações, percebemos que, via de regra, não é muito fácil identificar

como, onde e porque as inovações deram certo. Em muitos casos foram fruto do trabalho

sistematizado e contínuo, focado na solução de um problema específico. Em outros casos,

soluções são encontradas quase que por acaso. Contudo, a inovação tem seus próprios caminhos,

às vezes sendo por nós conduzida, às vezes nos conduzindo.

Ambiente

Assim como as ideias são a matéria-prima, são as pessoas o início, o fim e o meio de qualquer

inovação. Pessoas diferenciadas, com talento e criatividade, escolhem locais onde haja um

ambiente mais rico, mais dinâmico, mais diverso e mais desafiador para exercerem suas

actividades. Dentro desse contexto, percebemos que ambientes mais abertos e flexíveis, onde

amplas possibilidades de acesso a novas fontes de conhecimento e maior tolerância a diversidade

sejam possíveis, atraem pessoas criativas e talentosas. Eles funcionam como um impulsionador

dos talentos individuais e como um agente potencializador de interacções geradoras de

inovações.

Pessoas

No centro de todos os processos de uma empresa, sempre vamos ter a presença de pessoas. Elas

se constituem nos activos mais importantes para a criação de valor para o negócio. As empresas

devem estimular a criação de sistemas capazes de identificar, recrutar, manter, capacitar,

14

Page 14: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

reconhecer e recompensar as pessoas responsáveis pela geração de resultados galgados pelas

inovações.

Estratégia

A estratégia é, e sempre foi, parte integrante da essência do ser humano. É um factor central na

diferenciação que se estabelece entre os seres que criam pensamentos elaborados e complexos e

os demais animais, que a utilizam unicamente como ferramenta básica para a satisfação de suas

necessidades mais urgentes. A estratégia tem sido usada pelo homem de forma sofisticada e

singular, transformando-o no principal agente de transformação do meio onde vive. Também nos

negócios, ela tem um papel fundamental. Qualquer plano ou iniciativa voltada para inovar deve

estar devidamente alinhada com a visão de futuro da empresa e com a estratégia do negócio.

Liderança

Sempre existe um certo vínculo entre a obra e o seu criador. De forma deliberada ou

inconsciente, o criador transfere para a criatura um pouco de si, de suas crenças e valores, da sua

maneira de ver e entender o mundo e as coisas que o cercam. Via de regra, a empresa é um

espelho multifacetado, onde uma parte relevante deste mosaico está associada ao que sua

liderança diz e faz. Também na inovação o papel da liderança é determinante. Sua visão de

futuro, escolhas estratégicas, apetite ao risco e tolerância aos erros, determinam como a empresa

se comportará frente aos desafios e oportunidades que vão surgir.

Resultados

Só existe inovação quando existem resultados. Eles são fundamentais para a sobrevivência da

empresa. Porém, nem sempre os resultados são consequência de um processo estruturado e

sistemático. Muitas vezes, podem ser fruto do acaso. Por isso, é fundamental identificar se os

resultados obtidos são decorrentes dos sistemas e métodos implantados. É preciso encontrar nexo

causal (relação de causa e efeito) entre os resultados obtidos e os métodos e ferramentas

utilizados na gestão da inovação da empresa. Só quando orem fruto de um processo planejado e

sistematizado é que se poderá dizer que estamos gerenciando a inovação na empresa.

15

Page 15: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

4.9.Características da gestão da inovação

Existe um conjunto de características inerentes ao conceito de inovação que vão definir a sua

eficácia:

Gestão da oportunidade, risco e mudança: a inovação é imprevisível com elevado risco

associado, pode também ter grandes custos associados, deve por isso haver um

acompanhamento de perto da inovação quer de bens ou serviços, ou processos produtivos, de

forma a evitar fracassos e riscos não calculados;

A localização de meios técnicos e humanos é fundamental para um perfeito

desenvolvimento, que leve a uma transferência da inovação para os locais correctos da sua

aceitação e utilização. Inovação fora de timing ou de local pode originar a falha de todo um

processo.

Interacção com consumidor: procura de novos nichos de mercado faz com que seja

necessário pesar bem custos, benefícios e timing para se envolver consumidores nos

processos de inovação, para dessa forma potenciar o sucesso da mesma ao levar-se em conta

o interesse do consumidor;

Resistência cultural à mudança: havendo predisposição para a mudança o sucesso de

inovações será superior. Deve haver pressão na gestão da inovação para prevenir rigidez na

forma de pensar e haver atitudes permeáveis há existência de ambientes propícios à inovação

e mudança;

Desenvolvimento de novos negócios: inovação faz com que empresas se afastem da

estabilidade e controlo, da sua zona de conforto, desviando-as dos seus processos normais

de steady-state. Recursos usados na inovação são usados na possível criação de novos

produtos e possivelmente novas áreas de negócio, mas que tem risco associado e podem não

ter no futuro não ter o retorno esperado.

5.Condições para uma inovação de sucesso

As três são óbvias, mas frequentemente negligenciadas.

Inovação é trabalho.

16

Page 16: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

Exige conhecimento. Muitas vezes exige um grande empenho e conhecimento. E há claramente

inovadores de maior talento, além disso, os inovadores raramente trabalham em mais do que uma

área. Apesar de toda a sua enorme capacidade inovadora, na inovação, assim como em qualquer

outra iniciativa, há talento. Mas, no final, a inovação transforma-se num trabalho difícil,

centralizado e intencional que faz grandes exigências de diligência, persistência e de empenho.

Se isto não existir, não haverá talento, engenho ou conhecimento que ajudem.

Para ter sucesso, os inovadores têm que se basear nos seus pontos fortes.

Os inovadores de sucesso analisam um conjunto vasto de oportunidades. Mas depois perguntam:

“Qual destas oportunidades é adequada para mim, para esta empresa, utiliza aquilo em que nós

(ou eu) somos competentes e mostrámos ter capacidades em termos de desempenho?”

Obviamente, quanto a isto, a inovação não é diferente de qualquer outra iniciativa. Mas pode ser

mais importante na inovação basearmo-nos nos nossos pontes fortes devido aos riscos da

inovação a ao aumento do conhecimento e da capacidade de desempenho que daí resulta. E na

inovação, como em qualquer outro empreendimento, também tem que haver uma adequação

temperamental. As empresas não têm um bom desempenho numa coisa que não respeitam. Os

inovadores, da mesma forma, têm que estar temperamentalmente em sintonia com a

oportunidade inovadora.

A inovação é um efeito da economia e da sociedade.

Uma mudança no comportamento dos clientes, das pessoas em geral, normalmente está

associado a uma mudança no processo, e é à forma como se trabalha e produz alguma coisa. A

inovação, por conseguinte, tem de estar sempre próxima do mercado, tem de se centrar no

mercado, sem dúvida tem de ser impulsionada pelo mercado.

17

Page 17: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

Conclusão

Chegando o fim deste trabalho, constatou-se que a inovação, em sentido amplo, está no coração

da mudança económica. Tipicamente, a inovação é associada à busca de vantagens de custos, ao

estabelecimento de uma posição de monopólio, à defesa de uma posição competitiva, ou à

obtenção de vantagens comparativas. Mais recentemente, generalizou-se a ideia de que a

diferenciação através da inovação contínua é uma questão de sobrevivência, para melhorar

produtos, processos, serviços, redes e reputação, e desenvolver competências nucleares e

melhorias de performance críticas para o sucesso. A inovação é entendida hoje em dia como um

conceito multi-dimensional, de natureza estratégica, que vai para além da inovação tecnológica.

Uma empresa pode desenvolver vários tipos de iniciativas de inovação, e existem diversas

formas de trazer a novidade, essencial para a inovação, para o interior da empresa. O domínio e

boa gestão do processo de Desenvolvimento de Novos Produtos assumem um papel determinante

para as empresas empenhadas na inovação de produto, e conhecer os factores críticos de êxito e

insucesso deste processo é determinante para potenciar as competências internas e antecipar os

problemas mais comuns.

18

Page 18: FACTORES CHAVES NA GESTAO DE INOVACAO

Bibliografia

CORAL, Eliza; OGLIARI, Andre; ABREU, Aline França de. Gestão integrada da inovação: estratégia, organização e desenvolvimento de produtos. São Paulo: Atlas 2008. xxii, 269 p. : ISBN 978-85-224-4976-7 (7 exemplares na BU).

TIDD, Joe; BESSANT, John; PAVITT, Keith. . Gestão da inovação.  3. ed São Paulo (SP): Bookman, 2008. xvi, 600p. ISBN 9788577802029 (3 exemplares na BU).

MATTOS, João Roberto Loureiro de; GUIMARÃES, Leonam dos Santos.  Gestão da tecnologia e inovação:  uma abordagem prática. São Paulo: Saraiva, 2005. xviii, 278 p. ISBN 9788502049888 (3 exemplares). 

PREDEBON, José. Criatividade - Abrindo o lado inovador da mente: um caminho para o exercício prático dessa potencialidade esquecida ou reprimida quando deixamos de ser crianças. 7ª Ed. São Paulo (SP): Atlas, 2010. 238p. ISBN: 9788522458516 (3 exemplares na BU).

DAVILA, T. EPSTEIN, M. SHELTON, R. As regras da inovação. Porto Alegre, Editora Bookman, 2007.

19