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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510-028 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 10 pág. 12 centrais pág. 23 pág. 24 pág. 27 pág. 29 pág. 30 pág. 32 pág. 34 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > SUPLEMENTO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > EM FOCO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 18 a 24 de abril de 2013 Ano 12 N.º 578 1 Euro 0,80 Euros Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Novo acordo ortográfico Publicidade José Alfredo Afirmou o secretário de Estado Vieira e Brito, na conferência sobre Viseu e Balança Alimentar Agora com novo preço x xx “Próximo Quadro Comunitário “Próximo Quadro Comunitário valoriza a agricultura nacional” valoriza a agricultura nacional” Publicidade | págs. 6, 7 e 8

Jornal do Centro - Ed579

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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510 - 028 Viseu · [email protected] · w w w.jornaldocentro.pt |

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> SUPLEMENTO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> EM FOCO

> CULTURA

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário18 a 24 de abril de 2013

Ano 12N.º 578

1 Euro0,80 Euros

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Novo acordo ortográficoPub

licid

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José

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∑ Afirmou o secretário de Estado Vieira e Brito,

na conferência sobre Viseu e Balança Alimentar

Agora com

novo preçoxxx

“Próximo Quadro Comunitário “Próximo Quadro Comunitário valoriza a agricultura nacional”valoriza a agricultura nacional”

Pub

licid

ade

| págs. 6, 7 e 8

Page 2: Jornal do Centro - Ed579

praçapública

palavrasdeles

rTemos muitos depu-tados cujas idades se situam numa classe etária alta e que, no meu entender, deveriam dar lugar a deputados mais jovens. Precisamos de ideias novas, de alter-nativas, de gente com “sangue na guelra”, como diz o povo, que traga um contributo diferente a este País.”

Atílio NunesPresidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal,

em entrevista ao Jornal do Centro

rAinda se escondem muito os cegos”

Sara LourençoCoordenadora da delegação de Viseu da Associação dos Cegos

e Amblíopes de Portugal(Declarações ao Jornal do Centro, 12 de abril)

rNunca fui um polí-tico do “sim” quando a resposta tem de ser “não”, e muito menos o fui do “nim”. Nada pior do que falsos pagado-res de promessas. As pessoas merecem o nosso respeito”

Afonso AbrantesPresidente da Câmara Municipal de Mortágua,

em entrevista ao Jornal do Centro

rNão temos qual-quer dúvida que o desenvolvimento dos nossos territórios pas-sará pela inovação, pela competitividade, pelo trabalho em rede e naturalmente por apro-veitar as imensas pos-sibilidades que temos no nosso território”

Carlos MartaPresidente da Comunidade Intermunicipal da Região Dão Lafões

Os dois grandes marcos das úl-timas quatro décadas da História de Portugal foram a revolução de Abril de 1974 e a adesão do nosso país à CEE, em Janeiro de 1986.

Como disse o investigador José Manuel Seabra, há dias, na apre-sentação do seu último livro em Viseu, com o 25 de Abril Portugal perdeu o império colonial, aliás numa irrefragável lógica do que vinha a suceder com os maiores países imperialistas do mundo, a Inglaterra, a França, a Bélgica…

Acabou também quase meio século de Estado Novo no qual pontificaram Oliveira Salazar e Marcelo Caetano. O 25 de Abril abriu caminho à polémica inde-pendência das colónias, mais no modo que na essência. O êxodo de centenas de milhares de por-tugueses oriundos da Guiné, An-gola e Moçambique gerou pro-fundíssimas tensões sociais. Os que vinham traziam a revolta de quem tudo perde. Deixavam de ser africanos em África e não eram portugueses em Portugal, que para muitos nem pátria era. Portugal deu a independência às colónias e ao aderir à CEE deu a sua autonomia a uma ilusória confederação de países europeus com subterrâneas, astutas e pér-fidas lógicas económicas dos pa-íses ricos do norte, que só agora se começam a evidenciar e cujo futuro se adivinha calamitoso.

Nestas quatro décadas, à velo-cidade vertiginosa desta era, fo-ram tantas e tão súbitas as mu-danças, que no meio do nosso atordoamento ainda não abarcá-mos a amplitude e consequências de tal mutabilidade.

Se o poder central tem sido o corrupio de gente política de segunda qualidade, em geral, o

poder local tem tido, nestes úl-timos vinte anos, no distrito de Viseu, autarcas de grande méri-to e competência que, em duas décadas, mudaram completa-mente o rosto dos seus conce-lhos, fazendo obras que deveriam existir há muito e dando um no-tável contributo para a qualida-de de vida dos seus munícipes. Hoje, em todas as vinte e quatro autarquias do distrito de Viseu há infra estruturas sociais rele-vantes. E se há ainda lacunas nes-sa qualidade, elas são, em geral, de cariz e origem supramunici-pal e devidas ao poder central, nomeadamente em dois sectores charneira: a Educação e a Saú-de. Actualmente, o grave proble-ma de todo o interior é o recuo demográfico. Confessava-me há dias um edil: “Quando vim para

a câmara, há vinte anos, nasciam 140 crianças por ano. Hoje nas-cem 40”. E é este, agora, o novo desafio: o da captação e fixação dos mais jovens, com estímulos que vão desde o trabalho à na-talidade.

A nossa agricultura está a bu-lir. Diz quem sabe. E quem sabe esteve presente na conferência sobre a “Balança Alimentar - Contributos para o futuro”, pro-movida pela AIRV em parceria com o Jornal do Centro, no pas-sado dia 12 deste mês, em Viseu.

Entre técnicos, especialistas, docentes do ensino superior, em-presários, governantes e ex-go-vernantes, o perfil traçado du-rante três horas de prelecções e debate deixaram-nos fundadas esperanças no crescimento e ri-

q u e z a d o sector agrí-

cola e pecu-ário na nossa região. Ainda

há muito a fazer para equilibrar a balança

entre a produção e o consumo, mas a redignificação do sector está em marcha com inovação, juventude e investigação, contan-

do com empresas locais líderes no sector e com projectos valio-sos desenvolvidos por docentes e discentes do IPV, assim como com a intervenção das comuni-dades intermunicipais.

No âmbito das comemorações de Abril, no nosso distrito, des-taca-se a autarquia de Sernance-lhe pela elevação que lhes con-cede. E este 25 de Abril não é ex-cepção, contando com a presença de Dom Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal, Miguel Vei-ga, um dos fundadores do PSD, Barbosa de Melo, ex-presidente da AR, Lima Bastos, advogado e escritor, a Academia de Música local, Orquestra Filarmonia das Beiras, André Cardoso e Paulo de Carvalho. Um grande dia…

Em todos os concelhos, man-gas arregaçadas, preparam-se, com denodo e empenhamento as autárquicas 2013. Salutar fruto da democracia, apesar da partido-cracia, por vezes, tão confran-gedoramente redutora e tão clu-bisticamente limitativa, elas aí estão. É hora do povo dar os seus prémios limão e laranja aos can-didatos que os merecerem.

Na sede do distrito, só um can-didato está activo: José Junquei-ro. Naturalmente e por obriga-ção de funções governativas, Almeida Henriques só come-çará a lavrar sua leira em Maio. Hélder Amaral parece o can-didato “nim”. Quer dizer: tem que ser mas não quer ser. E por isso, vai adiando, vai adiando, vai adiando… à espera de uma bóia salvadora que não só tarda a chegar como, provavelmen-te chegará sem ar… A fábula da cigarra e da formiga com novos protagonistas?

Mudanças…Editorial

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

entre

Viseu

Cinfães ResendeLamego

Armamar Tabuaço

S. João da Pesqueira

Penedono

Sernancelhe

Moimenta da Beira

Tarouca

Vila Nova de Paiva

Satão

Penalva do Castelo

Mangualde

Nelas

Carregal do Sal

S. Comba DãoMortágua

Tondela

Vouzela

Oliveria de Frades

S. Pedro do Sul

Castro Daire

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Conhece o “Viseu Naturalmente”?O que acha?

Importa-se de

responder?

Sim, sei o que é. Já não estou em Viseu há três anos, mas posso dizer que acho a iniciativa positiva. No entanto, penso que devia inovar. Peca pela repetição dos eventos e das acti-vidades programadas.

Sim, conheço. O “Viseu Naturalmente” é uma iniciativa cultural louvável de todos os pontos de vista. Além de dar a conhecer os projetos culturais existentes na região, oferece a todos os viseenses um leque cultural abrangente , contribuin-do para fazer de Viseu, a melhor Cidade para viver...

Sim. Acho que é importante a câmara desenvolver este tipo de atividades de maneira a conseguir fazer chegar a cultura aos viseenses.

Sim, conheço. Acho que é um programa bastante bom e interessante criado pela Câmara Municipal de Viseu con-tendo várias actividades e eventos que contribuem para a dinamização da nossa cidade a nível cultural e social.

Na minha opinião é um projecto que contribui para que Viseu seja uma das cidades com melhor qualidade de vida a nível nacional.

Isabel PachecoJornalista

Paulo LimaPianista

Daniela NunesAdministrativa

João TaveiraEstudante

estrelas

Hélder AmaralPresidente da

Comissão Política Distrital do CDS/PP

A avocada unanimidade na es-colha dos candidatos às autárqui-cas no distrito ficou manchada com a demissão da comissão polí-tica concelhia de S. Pedro do Sul, em discordância com a escolha do candidato.

João AzevedoPresidente da Câmara

Municipal de Mangualde

números

6000Número de espectado-

res confirmados no jogo do passado domingo entre o Académico de Viseu e o Sporting de Espinho, que decorreu no Fontelo.

Mota FariaPresidente da ComissãoPolítica Distrital do PSD

O antigo Grémio local é res-taurado e ganha novo a len-to, dando vida à cidade, ao aco-l her o Cent ro de I novaçãoe Dinamização Empresarial de Mangualde.

Num momento em que os parti-dos já apresentaram os seus can-didatos a Viseu, o CDS/PP conti-nua em ponto-morto.

As várias tropelias que têm marcado a agenda mediática da nossa comunica-ção social e respectivos comentadores políticos, têm “chutado para canto” aquilo que seria, já era e é cada vez mais fundamental discutir - a Europa.

Até há dois pares de semanas todos os caminhos iam dar a Roma, devido à eleição de um Papa jesuíta e também pela incapacidade do regime político italiano conseguir desenvencilhar-se do novelo criado com o resultado das últimas eleições legislativas. As espe-ranças, então depositadas na coragem e seriedade política do presidente Na-politano, esqueciam que sem o acordo entre dois dos três partidos mais vota-dos, ele nada poderia fazer. Estava, e

permanece, impedido de apostar no-vamente num governo de iniciativa presidencial, como fizera com Monti, depois dos resultados deste nas últi-mas eleições. Assim, a república italia-na viu-se prostrada a uma indefinição que nos tolhe dois dos políticos mais sérios e corajosos com quem a Europa contou e poderia ainda contar.

A imprevisibilidade do que sucede-rá em Itália não parece fazer eco no cada vez mais provável resultado para chanceler da Alemanha, nem naquilo que continua a ser o rumo de uma po-lítica europeia, marcada por uma aus-teridade que assume a forma de braço armado numa guerra norte-sul, cujos efeitos e resultados são conhecidos. O

sucedido no Chipre foi mais uma de-monstração do autismo político dos governantes alemães e da irrelevância dos seus pares. Entretanto, agora que, por entre a espuma dos dias, já esque-cemos a Itália e o Chipre, fechamos os olhos ao que se passa na Hungria, Bulgária e Eslovénia. A Europa negli-gencia tudo aquilo que não tenha a ver com o estrito cumprimento dos défi-ces.

A preocupação com o nosso quintal, negligenciando o quintal do vizinho, sempre que este cumpra a cartilha im-portada, é, nos termos clássicos, equi-valente à saída da pólis (cidade), dada a não prossecução do bem-comum, e o regresso à oikos (casa), porque subme-

tidos ao oikos despote (déspota). Cada um dos membros da zona euro está remetido à sua oikos, perdeu a liberda-de, porque dominado por um déspota omnipotente que, sustentado na única oikos com real dimensão física e saúde financeira, submete as restantes oikos e suas comunidades.

Esta nova realidade europeia criou uma nova cortina de ferro, desta feita horizontal, que divide os calvinistas ri-cos dos pobres “alunos invejosos”, ago-ra ainda mais invejosos porque abran-gidos pela fome, cuja fronteira, como há muito Adriano Moreira vem subli-nhando, já transpôs o Mediterrâneo em direcção a norte. O desenlace po-derá estar ao virar da esquina.

A Cortina de Ferro Horizontal

David Santiago

Opinião

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

Ação ou efeito de desperdiçar, es-banjamento; e por ironia da língua designa também o conjunto de “des-perdícios” gerados em subprodutos e produtos da indústria têxtil, que é normalmente usado por mecânicos para limpar as mãos, e que é afinal um produto reciclado a 100%. Foi emitida durante a semana anterior uma reportagem que tentava mos-trar onde o país desperdiçava 50% de toda a sua produção, chegando à conclusão que a maior parte des-se desperdício dava-se logo na fase inicial do processo produtivo, prin-cipalmente na agricultura, em que a normalização de produtos leva a

que milhares de toneladas de produ-tos sejam deixados no campo e nas árvores por não cumprirem os obje-tivos standard. A produção agrícola em regime intensivo permitiu que esses desperdícios descessem em percentagem em comparação com a produção mais artesanal, mas é obviamente impossível reduzi-los a zero, mas poderia ser possível ar-ranjar solução para a maior parte deles. Em França, existe um costu-me apoiado por uma Lei secular do Código Penal, que de uma maneira quase romântica e retratada até em quadro por Millet, permite que Re-buscadores e Respigadores façam

rebusca (árvores) e respiga (solo) entre o nascer e o pôr-do-sol, por necessidade ou por prazer, também ele considerado uma necessidade, tornando o desperdício inicial mui-to mais baixo e enriquecendo em frescos as dispensas de muitas fa-mílias. Em Portugal este costume ainda não se pratica, e o pensamen-to mais rápido seria doar esses bens que não têm valor comercial, mas os custos associados à apanha e prepa-ração são insuportáveis sem qual-quer tipo de retorno. Neste momen-to o maior custo que se soma ao va-lor de um determinado produto, é o custo energético da produção, resul-

Desperdício

Sob o desígnio de garantir a sustentabilidade das finanças pú-blicas e reganhar a credibilidade nos mercados financeiros internacio-nais, o governo e a troika sangram a economia, definham a sociedade e não logram alcançar os objectivos propostos.

Pelo desiderato do controle do défice e da dívida pública recorre-se a instrumentos de política macro-económica de austeridade que, pelo seu excesso, nos afastam dos objec-tivos a que se propõem e destroem as bases que haveriam de os garan-tir no futuro.

Assim, uma fiscalidade excessi-vamente agressiva não resulta na receita desejada. O corte brutal nos investimentos tem efeitos multipli-

Por Portugal, pelos portugueses e pelos depósitos

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Micaela Costa, (estagiária) [email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoAvenida Alberto Sampaio, 1303510-028 ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

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Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai à quinta-feiraMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

Opinião

Tinha, no início dos anos 90, uma cassete de vídeo gravada com uma animação sobre “a história da acti-vidade económica”. Vi aquilo um cento de vezes, nas aulas da minha mãe (Professora) ou em casa. Ape-sar de nem o filme ter consegui-do despertar-me o interesse para a área dominante da minha famí-lia – as ciências económicas – re-cordo-o hoje, contudo, como as mi-nhas lições fundacionais de “como o mundo funciona”. E, nessas li-ções, ficou-me muito clara a ideia de que o dinheiro era um meio, usa-do na troca de bens: tinha uma cor-

respondência directa com um pro-duto ou com um serviço, tangível ou não. O dinheiro não existia per se, enquanto produto ou resulta-do de uma actividade económica, o dinheiro era o meio pelo qual se facilitaram as trocas, permitindo que estas se estabelecessem de for-ma não directa e, portanto, menos constrangida.

“Governo da casa”, já diziam os gregos, a economia é uma ciência real, sendo a formalização acadé-mica dos nossos mecanismos de so-brevivência, enquanto ser individu-al e enquanto espécie. Não há “se-

gredo” no que deve ser uma “boa” economia: esta deve satisfazer ne-cessidades em função de recursos que são, naturalmente, limitados, escassos ou menos escassos. E isto também é fácil de entender: afinal de contas, a Terra, hoje, ainda é um sistema fechado: não realizamos trocas materiais controladas com Marte ou com a Lua, cingimo-nos ao que temos à nossa disposição aqui, neste nosso planeta: os recur-sos minerais, os recursos hídricos, o solo… O resto é história e sabe-mo-lo bem: os avanços tecnológicos permitiram um melhor controlo

Fácil de entender

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Sílvia Vermelho Politóloga

Opinião

Elísio Oliveira Economista

Jornal do Centro18 | abril | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

tado dos elevados preços praticados, em especial na energia elétrica. Como país que lidera a lista da União Europeia da produção de energias renováveis, com 70% da energia total a ser consegui-da de forma sustentável, e financiado para que assim fosse, não se compreen-de o preço a que temos de a pagar (não considerando teorias recentemente divulgadas), se fizemos tanto investi-mento para cumprir metas principal-mente ambientais, porque não somos recompensados? Está a ser produzida cada vez mais energia e cada vez de forma mais limpa e sustentável, mas é desperdício enquanto não beneficiar quem dela precisa, se não permitir que

o custo dos produtos que dela depen-dem possa baixar, tornando as expor-tações mais competitivas e ajudando a economia. Esta relação de desperdício na produção, desperdício na execução e finalização, é muito comum por cá, grandes ideias, grandes investimentos, muito poucas repercussões no cliente final, e verifica o sinónimo, esbanja-mento. Resultado de muito esbanja-mento e muito desperdício, talvez não esteja longe o dia em que retrataremos para a posteridade, provavelmente não em quadro mas em fotografia, os Re-buscadores e Respigadores portugue-ses, infelizmente pela necessidade e não pelo prazer.

cadores recessivos. A excessiva sangria da procura interna não é suficientemen-te compensada pela relativa performance das exportações. Em consequência, o PIB cai fortemente e torna relativamen-te maior uma dívida que aumenta em valor absoluto. Ano após ano, estamos a criar uma dívida monstruosa que já atin-ge 205.000 milhões de euros e 123 % do PIB e, se nada de profundo for feito em termos de negociações, vai afirmar-se, pela enormidade dos juros a pagar, uma força de desequilíbrio orçamental e um travão à melhoria dos custos de contex-to, nomeadamente no domínio de uma fiscalidade mais dinamizadora da econo-mia e atractiva do investimento.

A sociedade tem que acomodar cada vez mais desemprego, emigração, me-nos regalias sociais e menos rendimen-

to disponível.

Entre 2011 e 2013 os portugueses estão a registar um empobrecimento colectivo de cerca de 12mil milhões de euros. Em 2013 estaremos com um nível de riqueza próxima do ano 2000. É como se estivés-semos 13 anos parados no tempo. Os por-tugueses estão a empobrecer de forma acelerada, pela via da menor produção de riqueza, da diminuição dos salários,da redução de regalias sociais, mas também pela via da desvalorização do seu patri-mónio. Hoje muitos portugueses estão, por exemplo, a pagar empréstimos so-bre um valor que as respectivas casas já não têm.

Os resultados actuais não caíram do céu, têm antecedentes práticos: as po-líticas públicas de quem nos tem go-

vernado.Os últimos 5 anos de governação, a re-

ceita da tróika e um contexto de crise in-ternacional conduziram o país a um labi-rinto e não se descortina uma perspecti-va promissora para os portugueses.

Para vencer esta dramática encruzilha-da em que deixamos cair a nossa história colectiva, necessitamos cada vez mais de um reforço de base governativa e da base social de apoio, com maior abran-gência, maior equilíbrio interno de posi-ções, maior capacidade negocial no plano internacional e uma visão de futuro para o que é essencial e estruturante.

Foram os governos liderados pelo PS e pelo PSD que neste período tutelaram a degradação da situação nacional, embo-ra num contexto de crise internacional. A gravidade da situação deve ter uma

resposta extraordinária, um verdadeiro pacto de regime. Os ombros de apenas um destes partidos serão sempre fracos para carregar a dimensão e a eficácia das exigências que nos esperam.

Não é tempo de aventureirismos nem de egoísmos ideológicos ou partidários. É tempo de unir esforços para evitar uma calamidade nacional sem precedentes. Pelo país, pelos portugueses e pelos de-pósitos.

É tempo de os responsáveis políticos se deixarem de jogos partidários e afirma-rem um generoso e vincado sentido pa-triótico. É necessário federar responsa-bilidades, capacidades e compromissos, para equilibrar as finanças públicas, rea-firmar a confiança internacional, refun-dar a economia, evitar a pobreza e salvar a essência do estado social.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

sobre a natureza, o que solidificou o sedentarismo e a agricultura de subsis-tência, permitindo às comunidades hu-manas prosperarem nos territórios em que se fixaram.

O final do século XIX estabeleceu, com a proliferação do novo paradigma social e económico trazido pela Revo-lução Industrial, a economia como a co-nhecemos até hoje. A normalização da “economia do salário”, baseada na re-muneração, em dinheiro, pelo trabalho desenvolvido nas fábricas e nas obras públicas, alterou profundamente as es-truturas demográficas, sociais e econó-micas das sociedades até então. A urba-

nização, a industrialização e a família nuclear foram respostas a uma nova for-ma de poder e dominação: a do empre-

gador sobre o assalariado. Deixámos de ter, também, competição pelo fim últi-mo – a comida ou o acesso a água potá-

vel – e passámos a ter competição pelo meio – o posto de trabalho com vista à remuneração. Basicamente, o mundo ocidental transformou o objectivo últi-mo da espécie – a sobrevivência – bus-cando-a não directamente (através do acesso à terra e aos meios de produção) mas através do salário.

Ao dissociar-nos da nossa realidade enquanto ser vivo e com necessidades biológicas primordiais, o salário tem sido, simultaneamente uma falsa carta de alforria da nossa dependência da na-tureza e a corrente escravizadora do ir-realismo, conveniente a certas élites.

Só há liberdade na realidade.

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5

Page 6: Jornal do Centro - Ed579

abertura

AgriculturaQue futuro?

O secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito reforçou em Viseu a ideia que tem vindo a ser transmitida de que o próximo Quadro Comunitário (2014-2020) vai ter uma forte aposta no reforço das organizações de produtores e na área da investigação, com vista à inovação e à valorização da agricultura nacional.

“O novo Quadro [Comunitário] tem um eixo muito importante no reforço das organizações dos produtores e no reforço da área da investigação e da ino-vação, em parceria entre as associações dos agricultores, as universidades e os politécnicos e a administração pública, ou seja, um dos maiores desafios que te-mos será necessariamente o reforço des-tas organizações de produtores e trazer mais valor aos produtos que nós fazemos bem”, destacou o secretário de Estado no encerramento da conferência “Viseu e a Balança Alimentar - Contributos para o Futuro”, organizada pela Associação Em-presarial da Região de Viseu, em parce-ria com o Jornal do Centro, na passada sexta-feira, no Hotel Montebelo.

Nuno Vieira e Brito destacou a região de Viseu por estar a apostar em secto-res em “franca expansão” como os ovos, o vinho e o leite (o azeite também faz parte dessa dinâmica), que contribuem para “reduzir o balanço das importa-ções” do país: O governante defendeu uma “aposta na tipologia do produto” ao dar o exemplo da referência para saúde que “o consumidor cada vez mais toma a sério”.

“Não há nada melhor do que vender ou produzir produtos que tenham uma re-ferência de bons para a saúde…, essa va-lorização é uma valorização necessaria-mente do consumidor, mas também sob o ponto de vista da exportação”, referiu.

Para o secretário de Estado, a agricul-tura e as perspetivas que o novo Qua-dro Comunitário deixa antever são uma oportunidade para os jovens, incenti-vando-os a olhar para o sector “como uma profissão de futuro e com elevação”, aproveitando as capacidades da terra e os incentivos comunitários, num quadro de maior formação dos agricultores e de aposta na investigação.

Nuno Vieira e Brito salientou a neces-sidade de o país se saber posicionar em três níveis de mercado: “os mercados de proximidade que devem ser estimula-dos”, o mercado nacional com um estí-mulo “à compra daquilo que é português e, depois, as exportações.

Qualidade. “As nossas empresas agrí-colas devem apostar não na quantidade mas na diferenciação, na qualidade, na qualificação. As empresas agrícolas têm que trabalhar em rede”, foi desta forma que o presidente da AIRV, João Cotta abriu a conferência, onde ao longo de três horas se abordaram diferentes sec-tores: vinho, produtos lácteos, horticul-tura, financiamento de empresas e qua-lificação.

O dirigente defendeu a aposta na inves-tigação aplicada, apelando aos deputados e autarcas presentes para que “lutem por isso” sem receios.

“O IPV (Instituto Politécnico de Viseu) tem particular responsabilidade nisto e tem que contribuir para a formação dos técnicos, para a investigação aplicada. Se há área em que Portugal não pode deixar de investir é na investigação aplicada e não pode voltar atrás”, sublinhou.

Inovação. João Paulo Gouveia, docen-te da Escola Superior Agrária do IPV, na sua intervenção, afirmou que o se-tor agrícola e agroalimentar tem “reve-lado capacidade para resistir” e, em al-guns casos “progredir”, num contexto de “instabilidade”. Para isso “é necessá-rio vencer desafios”, um deles “assenta numa aposta clara no conceito de fileira de vários produtos endógenos e na ino-vação, tanto ao nível do produto, como da embalagem e dos serviços agregados, alicerçadas na tão necessária formação”, afirmou. João Paulo Gouveia referiu ain-da que “estes desafios só podem ser ga-nhos com incentivo na formação de téc-nicos especializados e em atividades de investigação e desenvolvimento”.

Para o docente “Viseu é uma região com uma forte componente agrícola e agroalimentar” e, por isso, “constituem um verdadeiro espaço de desenvolvi-mento integrado”. Pa

ulo

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o

textos ∑ Emília Amaral / Micaela Costa

Jornal do Centro18 | abril | 20136

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BALANÇA ALIMENTAR - CONTRIBUTOS PARA O FUTURO | ABERTURA

Arlindo Cunha

“A agricultura na Região Centro (de que a área de Viseu é parte integrante) sofreu uma profunda transformação des-de a adesão à União Europeia, tendo hoje menos de metade dos ativos e do número de explorações, mas produzindo melhor qualidade e a preços mais baixos, sendo muito mais competitiva. Esta evolução é particularmente visível nos setores tra-dicionais da região, como as frutas (in-cluindo a castanha, noz e avelã), diferen-tes tipos de legumes, os vinhos, o leite de vaca, de ovelha e de cabra e o queijo. Não esquecendo as culturas de regadio do Baixo Mondego (destaque para o mi-lho e arroz). (...) Importa também referir novos setores que vão surgindo, em par-ticular na área de Dão Lafões”

Marta Moreira

“O McDonald’s tem procurado evidenciar os seus valores de marca global e tem-se tornado mais rele-vante localmente. Através do reforço das parcerias com fornecedores locais, sublinhando assim o com-promisso de contributo da marca para a economia local. São exemplo disso, produtos como a salada, azeite, sopas, frutas e vegetais.

Sempre que é estabelecida uma nova parceria, entre um fornecedor nacional e a McDonald’s, são atingidos requisitos que permitem a certificação deste fornecedor como oficial da Mc Donald’s, do-tando-o da possibilidade de parceria, não só com o mercado nacional, mas com outro mercado onde a marca está presente. Estas parcerias e investimento contínuo em Portugal e nos fornecedores portugue-ses continuarão a fazer parte da nossa filosofia”.

Rosário Gama

“O principal apoio público ao setor primário surge atra-vés do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER). Com principal foco na valorização da competitividade, sustentabilidade do espaço rural e dinamização das zonas rurais e estes são so principais objetivos do programa PRO-DER para 2015/2020.

Na competitividade promove um acesso mais equitativo ao sistema financeiro, apoiando a consolidação financeira numa ótica de investimento e capital e o consequente desen-volvimento mais sustentado das empresas e organizações do sector agrícola, florestal e agroalimentar. No que diz respei-to à sustentabilidade, visa contribuir para a utilização con-tinuada das terras agrícolas, manutenção da paisagem rural e a conservação e a promoção de sistemas de exploração agrícola sustentáveis. Através da promoção e diversificação da economia, para atividades não agrícolas, e do aumento o emprego nas zonas rurais, de acordo com uma estratégia definida para territórios locais alvo de abordagem LEADER, pretende tornar sustentáveis os espaços rurais”.

Domingos Almeida“Em tempos de crise não é despiciendo considerar o

importante papel económico e social da pequena horta familiar. Estes espaços de pequena produção hortícola existem em 65 por cento das explorações agrícolas na-cionais. (...) O seu papel não está avaliado, mas repre-sentam em muitos casos a diferença entre a pobreza e a miséria e contribuem em muito para a resiliência do es-paço rural em tempos de crise. (...) É preciso revitalizar modelos de negócios antigos e explorar novos modelos, como por exemplo “pick-your-own”, sistemas de produ-ção de semente,. As novas formas de horticultura, como por exemplo, a horticultura urbana, a horticultura te-rapêutica, a horticultura pedagógica, o interior plants-caping e todas as formas de incorporação de culturas hortícolas em construções - coberturas verdes de edi-fícios, jardins verticais, edifícios verdes, produção em arranha-céus, numa articulação entre as Ciências da Hortícolas e discuplinas como a Arquitetura, Engenha-ria Civil, Psicologia e outras áreas disciplinares, que po-dem criar oportunidades para os empreendedores”.

João Madanelo

“Atualmente temos cerca de 100.000 pequenos ruminantes e cerca de 110 quei-jarias ativas. Com esta capacidade produtiva instalada, esta Região oferta-nos 4000 destas ovelhas em exploração da vocação leiteira, 5 milhões de litros de leite. Isto gera um valor de 20 milhões de euros, entre queijo, requeijão e borrego de leite. (...) Agora são precisas algumas alterações: criar forma de incentivar a venda local à porta, para saberem que os produtores existem e que podem estar lá, criar espaços nas grandes e médias superficies de venda direta dos produtos, com a figura da Denominação de Origem Protegida, garantir ao consumidor e proporcionar mais valia ao produtor, “angariar” novos e fiéis consumidores e ainda apostar na restauração como postos de venda dos produtos regionais. Por fim aguardar uma lei facilitadora ao uso da terra associada a programas de apoio financeiro, à compra de pequenos ruminantes autóctones que permitiriam um redimensionamento das explorações e consequentemente aumento dos efeti-vos leiteiros com dimensão empresarial e, assim, equacionar a possibilidade de conquista do mercado externo com a preocupação de pautar por uma regular e referenciada qualidade. (...) Por outro lado a valorização do leite de cabra, ao in-vés do de vaca. A oferta e enrequecimento do nosso cabaz de lácteos com novos e ressurgidos alimentos é já hoje possível com queijo de ovelha fresco, iogurte da ovelha Serra da Estrela ou algo a criar como gelados de leite de cabra ou ovelha. A produção de leite de cabra, em alguma paragens para consumo em natureza constituirá uma forte mais-valia”.

José

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ABERTURA | BALANÇA ALIMENTAR - CONTRIBUTOS PARA O FUTURO

O projeto AquaSen-se foi apresentado pelo professor e investigador, Pedro Rodrigues.

Trata-se de um outro projetos de investigação aplicada da Escola Supe-rior Agrária de Viseu. O mesmo está vocacionado para a gestão da água em

processos de rega.“Visa desenvolver e

melhorar processos e produtos relevantes que possam contribuir para uma racionalização do uso de água para rega, adequando-o às necessi-dades reais em cada mo-mento, de acordo com as especificidades da cultu-ra e do seu modo de con-dução”, concretizou.

S e g u n d o P e d r o Rodrigues, o AquaSense visa ainda “uma utiliza-ção racional de produtos fitofarmacêuticos, ade-quando a sua aplicação ao risco efetivo de ataque de pragas e doenças”.

Com este projeto pre-tende-se densevolver uma plataforma integra-da, abrangente e amigá-

vel, com aplicação co-mercial de baixo custo, de acesso online, su-portada na monitoriza-ção ambiental em tem-po real, além da geração de relatórios, alertas e recomendações.

O investigador defi-niu-a como uma “fer-ramenta de apoio à de-cisão, que permit i rá também o controlo au-tónomo da rega”.

Na fase de projeto, pretetende-se construir uma estrutura genéri-ca (Framework), apli-cável a pomar e vinha, testada nas parcelas da empresa agrícola copro-motora, que no futuro será adaptada a outras culturas e outras locali-zações.

AquaSense visa racionalizaro uso da água nas regasde vinhas e pomares

O projeto de investiga-ção aplicada CARDOP foi apresentado pelo seu coor-denador, Paulo Barracosa.

A flor do Cardo é uma das matérias-primas fundamen-tais na confeção do queijo Serra da Estrela, uma das sete maravilhas da gastro-nomia portuguesa. O cardo é um coagulante vegetal na-tural, obtido a partir das flo-res do cardo silvestres que nascem e crescem na paisa-gem da região beirã.

Uma equipa da Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV) estabeleceu uma parceria com a Universida-de Católica - Centro Regio-nal das Beiras e com o Cen-tro de Neurociências da Universidade de Coimbra e contou com o apoio de várias organizações, para “caraterizar exaustivamen-te o cardo desta região de Denominação de Origem do Queijo Serra da Estrela, para no futuro transmitir o conhecimento aos pro-dutores da região”, referiu Paulo Barracosa, lembran-do que o objetivo final é os produtores “poderem criar queijo de uma forma mais padronizada, mas simul-taneamente diferenciada na diversidade de texturas, sabores e aromas”.

O especialista sublinhou que este trabalho desenvol-vido em equipa “é um pro-jeto integrado” composto por dois campos de inves-

tigação, um da ESAV e ou-tro na Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, onde a equipa se encontra a traba-lhar com “o saber, as práti-cas e a tradição” de cinco produtores de queijo Serra da Estrela que se associa-ram ao projeto e os cardos selecionados pelos inves-tigadores.

O CARDOP tem cada vez mais pernas para an-dar e no dia 26 deste mês vai realizar-se a primeira prova durante um jantar de degustação, em que o car-do “vai estar à prova”. Pau-lo Barracosa lembrou que o cardo só conhecido como coagulante para o queijo Serra da Estrela pode ser “uma mais-valia” na culi-nária.

O especialista lamentou apenas que o projeto “não tem sido feliz na relação com o PRODER (Progra-ma de Desenvolvimento Regional)”. EA

CARDOP à provana primeira degustaçãodia 26 de abril

ERRATANa edição nº 578, da semana passada, o título da secção Abertura divulga errada-

mente o novo cargo assumido pelo presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu, João Cotta. Nas páginas 6 e 7, onde se lê “João Cotta eleito presidente do Conse-lho Geral da AIRV” deveria ler-se “João Cotta eleito presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Viseu (IPV). Aos leitores e aos visados as nossas desculpas.

A Pedro Rodrigues, docente da ESAV/IPV

A Paulo Barroca, docente da ESAV/IPV

José

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em fim de mandatoentrevistas ∑ Paulo Neto

Que mudou em Carregal do Sal com a sua gestão?Sou de opinião que nós

não somos os nossos me-lhores avaliadores, sobre-tudo quando se trata de exercer cargos políticos. Por isso, penso que são as pessoas quem melhor podem avaliar e até jul-gar o trabalho feito. No meu caso concreto, ape-nas me posso pronunciar sobre aquilo que me é dito ou me chega aos ouvidos e que se resume sucinta-mente a isto: Para alguns, fiz muito mas, para mim, fiz pouco. O mesmo é di-zer que gostaria de ter feito muito mais do que aqui-lo que está à vista. Penso, no e n -

tanto, que basicamente transformei Carregal do Sal naquilo que ele é hoje: um Concelho desenvolvido, agradável, dotado de infra-estruturas a vários níveis, onde dá gosto viver. Aliás, durante anos fiz gala numa expressão que divulgámos muito, até na comunica-ção social e que me permi-to aqui recordar “Ali, entre o Dão e o

Mondego – Carregal do Sal, um concelho a agen-dar!”

Q u a i s a s t r ê s l i n h a s estruturantes da sua gestão em que mais se revê como autarca?Eu considero que tudo

aquilo que foi feito contri-buiu para o Concelho que hoje temos mas permito-me

aqui destacar as vias de comunicação, de

primordial i m p o r -

tância para a atrair

i n v e s t i m e n t o , e consequentemente, os par-ques industriais. A par sa-liento ainda a requalificação urbana.

Quais as qualidades do Poder Local que não encontrou no Poder Central?Tempos houve em que

dialogar com o Poder Cen-tral era mais fácil. Recordo-me de ter ido a Lisboa por várias vezes e, no mesmo dia, dialogar com represen-tantes de vários Ministé-rios. Atualmente, as coisas mudaram e, apesar da faci-lidade de deslocação, mui-to graças ao investimento feito pelo Poder Central nas vias de comunicação, já não é tão fácil abordar diretamente este ou aque-le responsável – há sem-pre interlocutores. Assim, apraz-me dizer que uma, se não a principal qualidade do Poder Local, é mesmo a proximidade com os cida-dãos, o contacto direto que nos permite conhecer as pessoas, as suas dificulda-des, expetativas e anseios. Sou de opinião que esta é a

principal qualidade e mais-valia do Po-

der Local.

Qual foi para si o maior polí-tico nacional destes últimos 20 anos?Sem querer ferir susceti-

bilidades, enuncio Cavaco Silva. Permita-me explicar porquê: foi o Primeiro-mi-nistro com quem trabalhei e a quem estou muito grato pela resposta positiva dada sempre aos pedidos que lhe formulei na qualidade de Presidente da Câmara. A título de exemplo, refiro aqui o IC12, a habitação so-cial (40 fogos) construída nessa altura com os devi-dos apoios da Administra-ção Central e até mesmos os parques industriais, a que já fiz referência nesta entrevista.

Qual foi a maior dificuldade que enfrentou enquanto autarca?Não tenho nenhuma

razão de queixa específi-ca mas recordo o proces-so moroso para instalar no Concelho a Subestação da EDP… Foram anos de diálo-go numa intensa luta para dotar o Concelho com uma estrutura que permitisse o abastecimento de eletrici-dade necessário para ga-rantir o pleno funciona-mento das empresas que se instalaram no Conce-lho e, consequentemente, melhor servir a população que é abastecida por aquela Subestação.

Que obras gostaria ainda de ter feito e deixa por fazer?As ambições do ser hu-

mano são imensuráveis pelo que não consigo es-pecificar uma em concre-to… Mas garanto-lhe que muito mais gostaria de ter feito pelo meu Concelho e pela qualidade de vida dos

meus munícipes.

Concorda com a Lei de Limitação de Manda-

tos?Concordo

com a limitação de manda-tos. E, digo-lhe mais: con-cordo com a Lei mas la-mento que a mesma não contemple igualmente limi-tação de mandatos para os deputados da Assembleia da República e para o pró-prio Governo. Permita-me que esclareça: é imperativo acabar com certos “vícios” e cargos ad eternum. Temos muitos deputados cujas ida-des se situam numa classe etária alta e que, no meu en-tender, deveriam dar lugar a deputados mais jovens. Precisamos de ideias no-vas, de alternativas, de gen-te com “sangue na guelra”, como diz o povo, que traga um contributo diferente a este País.

O que é para si fazer política?Isso é muito discutível!...

Como por inúmeras ve-zes já afirmei publicamen-te “Não sou político, mas ocupo um lugar político”, pelo que tento trazer para os meus munícipes e Con-celho o melhor que posso e sei. Fazer política é, no meu entender, dedicação às pes-soas. É ir ao encontro dos seus anseios, das suas ne-cessidades, ouvi-las, enten-dê-las e dar-lhes resposta adequada.

Quem foi a personalidade do seu partido político que mais o desiludiu, a nível nacional, regional e local?Compreenderá que nem

tudo é fácil e certamente, à semelhança de tantos, se não de todos os autarcas deste País, também eu, aqui ou acolá, sofri algu-mas desilusões, tanto a ní-vel nacional, como regional e até local… Acima de tudo, e porque não quero julgar ninguém, reitero o que, tan-tas vezes, já assumi: “o meu partido é o Concelho de Carregal do Sal. Não sou fi-liado em nenhum partido, mas sou do PSD!”

Que vai fazer depois de ter-minar o mandato?Continuar a trabalhar,

como sempre! “Homem pobre… nem quieto, nem calado!”

Atílio dos Santos Nunes, 74 anos, em-presário, natural da Azenha, Freguesia de Oliveira do Conde – Concelho de Carregal do Sal, ganhou as elei-ções em 1989 e to-mou posse no início de 1990.

Nota: Esta rubrica iniciou-se na edição 576 de 28 de março

“O meu partido é o Concelho de Carregal do Sal”

Que mudou em Carregal do Sal com a sua gestão?Sou de opinião que nós

não somos os nossos me-lhores avaliadores, sobre-tudo quando se trata de exercer cargos políticos.Por isso, penso que sãoas pessoas quem melhor podem avaliar e até jul-gar o trabalho feito. No meu caso concreto, ape-nas me posso pronunciarsobre aquilo que me é ditoou me chega aos ouvidos e que se resume sucinta-mente a isto: Para alguns, fiz muito mas, para mim, fiz pouco. O mesmo é di-zer que gostaria de ter feitomuito mais do que aqui-lo que está à vista. Penso, no e n -

ção social e que me permi-to aqui recordar “Ali, entre o Dão e o

buiu para o Concelho quehoje temos mas permito-me

aqui destacar as vias de comunicação, de

primordial i m p o r -

tância para a atrair

dialogar com o Poder Cen-tral era mais fácil. Recordo-me de ter ido a Lisboa porvárias vezes e, no mesmodia, dialogar com represen-tantes de vários Ministé-rios. Atualmente, as coisasmudaram e, apesar da faci-lidade de deslocação, mui-to graças ao investimentofeito pelo Poder Centralnas vias de comunicação,já não é tão fácil abordardiretamente este ou aque-le responsável – há sem-pre interlocutores. Assim,apraz-me dizer que uma, senão a principal qualidadedo Poder Local, é mesmo aproximidade com os cida-dãos, o contacto direto quenos permite conhecer aspessoas, as suas dificulda-des, expetativas e anseios.Sou de opinião que esta é a

principal qualidade emais-valia do Po-

der Local.

sempre aos pedidos quelhe formulei na qualidadede Presidente da Câmara.A título de exemplo, refiroaqui o IC12, a habitação so-cial (40 fogos) construídanessa altura com os devi-dos apoios da Administra-ção Central e até mesmosos parques industriais, aque já fiz referência nestaentrevista.

Qual foi a maior dificuldadeque enfrentou enquantoautarca?Não tenho nenhuma

razão de queixa específi-ca mas recordo o proces-so moroso para instalar noConcelho a Subestação daEDP… Foram anos de diálo-go numa intensa luta paradotar o Concelho com umaestrutura que permitisse oabastecimento de eletrici-dade necessário para ga-rantir o pleno funciona-mento das empresas quese instalaram no Conce-lho e, consequentemente,melhor servir a populaçãoque é abastecida por aquelaSubestação.

Que obras gostaria ainda deter feito e deixa por fazer?As ambições do ser hu-

mano são imensuráveispelo que não consigo es-pecificar uma em concre-to… Mas garanto-lhe quemuito mais gostaria de terfeito pelo meu Concelho epela qualidade de vida dos

meus munícipes.

Concorda com a Lei deLimitação de Manda-

tos?Concordo

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ATÍLIO NUNES | AFONSO ABRANTES | À CONVERSA

“Mortágua está hoje no pelotão da frente”

Que mudou em Mortágua com a sua gestão?Prestes a comemo-

rar 39 anos da revolução de Abril, diria que em Mortágua cumprimos os ideais de democratizar e desenvolver.

Infraestruturámos o ter-ritório construímos equi-pamentos e criámos ser-viços sociais que propor-cionam qualidade de vida e igualdade de oportuni-dades para todos no aces-so aos bens culturais e so-ciais.

Promovemos o desen-volvimento económico e a criação de riqueza que permitem aceder aos bens materiais, indispensáveis para uma democracia ple-na.

Mortágua está hoje no pelotão da frente dos con-celhos com melhores ín-dices de desenvolvimento económico e social, man-tendo mesmo agora as mais baixas taxas de de-semprego. Por outro lado o município tem indica-dores de gestão financei-ra que sucessivamente o colocam nos primeiros lu-gares no Rankig nacional.

Q u a i s a s t r ê s l i n h a s estruturantes da sua gestão em que mais se revê como autarca?Haverá certamente

mais que três princípios estruturantes. Escolhen-do três diria que o primei-ro é “promete só o que tens a certeza de poder cum-prir”.

Os meus compromissos e programas eleitorais, nos sucessivos mandatos, fo-ram verdadeiros contratos com os eleitores que cum-pri escrupulosamente.

Nunca fui um político

do “sim” quando a respos-ta tem de ser “não”, e muito menos o fui do “nim”. Nada pior do que falsos pagado-res de promessas. As pes-soas merecem o nosso res-peito.

Creio que as políticas so-ciais locais que concreti-zámos nas diferentes áre-as atestam concludente-mente um outro princípio estruturante “que as pes-soas sejam o princípio e o fim de toda a tua gestão autárquica”.

O terceiro é natural-mente “uma gestão rigo-rosa, eficiente e eficaz dos dinheiros públicos e uma consequente planificação dos investimentos privile-giando sempre os priori-tários em detrimento dos acessórios, mesmo que es-tes possam trazer mais vo-tos”.

Assim, foi possível exe-cutar os planos plurianuais e cumprir atempadamente compromissos com forne-cedores e empreiteiros, chegando a ter prazos de pagamentos na ordem dos 5 dias.

Quais as qualidades do Poder Local que não encontrou no Poder Central?A proximidade com que

se exerce o Poder Local é uma das suas maiores vir-tualidades. O autarca vive o dia a dia das pessoas, co-nhece quase todas pelo seu nome, é sensível aos seus problemas e procura per-manentemente soluções para eles.

Qual foi para si o maior polí-tico nacional nestes últimos 20 anos?Revejo-me por completo

no ex-Presidente da Repú-blica Dr. Jorge Sampaio.

Qual foi a maior dificuldade que enfrentou enquanto autarca?As maiores dificuldades

advieram sempre da for-ma como o Poder Central tratou o Poder Local, com especial destaque para o actual Governo que se pu-desse já tinha acabado com ele.

Aliás já deu um primei-ro passo com extinção de freguesias.

Que obras gostaria de ter feito e deixa por fazer?

Posso considerar-me um autarca com sorte porque estou muito perto de po-der afirmar que concreti-zei todos os investimentos que considero importan-

tes para o meu município e para a qualidade de vida das pessoas que nele vivem e trabalham.

Embora deixe criadas as condições e os recursos

financeiros necessários para que tal seja possível, não vou concluir o proje-to de ampliação do Parque Industrial, essencialmente por processos administra-tivos que são morosos.

Concorda com a Lei de limita-ção de mandatos?Considerando que os

Presidentes de Câmara são eleitos directamente e que eleitorado dispõe de toda a informação a seu respei-to, esta decisão devia ca-ber aos próprios e aos elei-tores.

Não entendo porque é que esta limitação se apli-ca apenas aos Presidentes de Câmara e de Juntas de Freguesia.

O que é para si fazer políti-ca?Fazer política autárquica

é estar permanentemen-te disponível e ao serviço das pessoas e das institui-ções e nunca servir-se de-las ou permitir que outros o façam.

Quem foi a personalidade do seu partido que mais o desiludiu ao nível nacional, regional e local?Nenhuma me desiludiu

particularmente pela sua actividade politica. Confes-so porém que não esperava de alguns a falta de prin-cípios enquanto homens e cidadãos.

O que vai fazer depois de terminar o mandato?Deixo o cargo que exer-

ci durante 24 anos com a consciência tranquila e a certeza de que sempre co-loquei o interesse público acima de qualquer outro.

Continuarei a trabalhar como sempre fiz ao longo da vida. Fico mais dispo-nível para a minha famí-lia, não deixando natural-mente de continuar a dar o meu contributo para a ci-dadania local, se os meus concidadãos considerarem que a experiência e o saber adquiridos ao longo destes 40 anos de actividade pro-fissional e política podem ainda ser úteis.

Afonso Sequeira Abrantes , 68 anos, professor do ensino secundário, natural da freguesia de Vide-monte, Concelho da Guarda. Autarca des-de 1976, Deputado Municipal, Vereador e Presidente da Câmara desde 1 de Janeiro de 1990.

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regiãoFUNDIÇÃO SINEIRA EM TAROUCA É MONUMENTO DE INTERESSE PÚBLICO

O A oficina de fundição sineira que laborou duran-te 400 anos e foi descober-ta em 2002 na freguesia de Granja Nova, no concelho de Tarouca, foi classifica-da como monumento de interesse público.

“Espero que esta clas-sificação atraia a atenção para o tema da fundição sineira e para a pertinên-cia de o investigar. Tem de ser feito um inventá-rio dos exemplares histó-ricos de sinos existentes, até porque eles quebram com o uso”, disse à agên-cia Lusa Luís Sebastian, responsável pela desco-berta das ruínas da ofici-na, que terá sido fundada no século XVI e abando-nada em 1947.

Na portaria publicada na quinta-feira em Diário da República, que classifi-ca a oficina como monu-mento de interesse públi-co e estabelece a sua zona especial de proteção, é re-ferido que “foi a primeira oficina sineira pré-moder-na identificada e estuda-da em território nacional, constituindo assim um raro testemunho mate-rial de uma atividade de enorme complexidade e riqueza técnica e etnoló-gica”. Lusa

CARLOS RODRIGUES É A APOSTA DO CDS EM CASTRO DAIRE

O comerciante Carlos Rodrigues encabeça a lis-ta do CDS-PP à Câmara de Castro Daire nas pró-ximas eleições autárqui-cas, anunciou partido na passada sexta-feira.

A comissão política do CDS-PP de Castro Daire refere, em comunica-do, que Carlos Rodrigues “é uma pessoa dotada de ideias próprias e de con-vicções, com a coragem de as afirmar e por elas lu-tar”, e também “aberta à implementação das ideias de outros, sempre imune a pressões e a interesses ins-talados”.

A Associação de Cegos e amblíopes de Portugal (ACAPO) Viseu quer criar novas parcerias de forma a ultrapassar algumas di-ficuldades sentidas, em particular este ano, resul-tantes do atraso dos apoios de algumas autarquias do distrito.

A ACAPO Viseu está a ser liderada por uma co-missão de coordenação, nomeada pela direção na-cional depois de Humberto Abrunhosa, reconduzido no cargo de presidente após as eleições intercala-res de dezembro, não ter tomada posse.

Sara Lourenço, a nova coordenadora da ACAPO Viseu revela que a gran-de preocupação é a falta de verbas para assegurar os compromissos da asso-ciação.

“O que mais nos aflige são os compromissos e se as câmaras não cumpri-rem os compromissos que têm connosco também não podemos cumprir, porque não temos rendimentos, adianta.

Neste apelo, Sara Lou-renço alerta que a missão

da ACAPO passa por “ir ao encontro dos invisuais e fa-zer de tudo para os reabili-tar e habilitar aqui [na sede de Viseu] e ao domicílio”, avançando que a delegação apoia diariamente cerca de 400 invisuais nos distritos de Viseu e da Guarda, com duas carrinhas permanen-tes na estrada.

Fundo de maneio. A par do “acordo atípico” que têm estabelecido com a Segu-rança Social e das parce-rias com as autarquias, Sara Lourenço revela que está nos objetivos da comissão de coordenação encontrar alternativas até ao final do ano, no sentido de “manter a atividade e, se possível, fa-zer coisas novas”.

“Era importante que a

ACAPO pudesse criar um fundo de maneio para es-tas eventualidades de al-gumas câmaras não nos poderem ajudar e nós não estarmos tão dependen-tes delas”, avança ao reco-nhecer a Câmara de Viseu como “uma parceira muito importante” na continui-dade do projeto.

A responsável fala ainda na intenção de conseguir novas parcerias, nomeada-mente, com as empresas, através de um processo de mecenato que até hoje não deu frutos. A realiza-ção de uma campanha de novos sócios é o próximo passo. “Para se ser sócio da ACAPO é só pedir para o ser e pagar a cota”, sorri.

Emília Amaral

ACAPO Viseuprocura novas parceriasCrise∑ Atrasos dos apoios das câmaras criaram constrangimentos

ASara Lourenço, coordenadora do projeto de Viseu desde dezembro

O famoso doce tradicio-nal Cavacas de Resende volta a ser cabeça de car-taz este fim-de-semana na Festa das Cavacas, que este ano se alia ao que de melhor têm as Termas de Caldas de Aregos e ainda a uma prova de gastrono-mia com a degustação do anho assado.

No domingo, dia 21, o pavilhão Multiusos de Caldas de Aregos, acolhe a sétima edição da Festa das Cavacas. A mostra vai reunir cerca de duas dezenas de vendedores/produtores que vão co-mercializar e promover o famoso doce tradicio-nal, entre música popular. O programa inicia-se às 11h00 com uma visita aos stands de cavacas, de vi-nho, licores e compotas da região. Na ocasião vai ser inaugurada a exposição de fotografia: “Os Anos

Doces” e vai realizar-se uma prova de vinhos e licores acompanhados pelo doce tradicional. A animação musical fica-rá a cargo, durante todo o dia, do Grupo de Bom-bos de S. Romão, do Ran-cho de Danças e Cantares de S. Cipriano, do Grupo

“Os Moleiros de Sta. Ma-ria de Cárquere” e da Or-questra da Academia de Música de Resende.

A novidade deste ano é que durante o domin-go os visitantes poderão usufruir, gratuitamente, das Termas de Caldas de Aregos desfrutando de valências como a pisci-na termal, banho turco e ginásio. Como já é habi-tual em edições anterio-res, a autarquia oferece uma viagem no rio Dou-ro a bordo da embarcação

“Barca d’ Aregos”.Já a partir de amanhã,

dia 19, decorre o fim de semana gastronómico, dedicado à degustação do anho assado com o arroz do forno. Esta iniciativa, é organizar em parceria com o Turismo do Porto e Norte de Portugal, em seis restaurantes aderen-tes. EA

Cavacas na rota de Resende este domingo

∑ Sara Lourenço, de 81 anos, é amblíope desde os 73. Na-tural do concelho de Moimenta da Beira, esta enfermei-ra, que exerceu a sua profissão no Porto e em Mangualde ao longo de várias décadas, foi a primeira vez à ACAPO Viseu pedir letras para o teclado do computador e nunca mais abandonou o projeto. “Perdem-se umas coisas e ga-nham-se outras, testemunha Sara Lourenço que já publi-cou a coletânea de versos “Pinceladas” e luta diariamente “contra o preconceito social”.

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SÃO PEDRO DO SUL | VOUZELA | REGIÃO

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A Comissão Política Concelhia do PSD de S. Pedro do Sul demitiu-se em bloco no passado dia 8, em discordância com o anúncio da candidatura à Câmara local, do atual vi-ce-presidente da autarquia, Adriano Azevedo.

A concelhia tinha in-dicado o nome do verea-dor José Sousa, também líder do PSD local, para candidato à autarquia de S. Pedro do Sul nas elei-ções de outubro, já que o atual presidente, António Carlos Figueiredo não se pode recandidatar devi-do à Lei de Limitação de Mandatos. Mas à distri-tal do partido chegaram duas propostas, a segunda

encabeçada por Adriano Azevedo, sobre quem aca-bou por recair a escolha da Comissão Política Dis-trital de Viseu do PSD.

José Sousa, em declara-ções ao jornal Gazeta da Beira afirmou que a Co-missão Política Concelhia pediu a demissão porque “Viseu não respeitou a de-cisão de S. Pedro do Sul”.

O presidente da distrital do PSD, Mota Faria desva-lorizou a demissão e insis-tiu que “o candidato na dis-trital foi votado por unani-midade”. “É uma decisão que respeitamos e compre-endemos”, concluiu.

Na sexta-feira passada foi criada uma comissão eleitoral autárquica em S.

Pedro do Sul para asse-gurar o processo das elei-ções de outubro. Mota Fa-ria adiantou que as eleições para a concelhia devem acontecer só depois das autárquicas.

Com esta recente demis-

são, o PSD fica sem conce-lhia em S. Pedro do Sul, em Vouzela, - sendo o proces-so autárquico liderado por uma comissão presidida por Telmo Antunes -, em Santa Comba Dão, onde o autarca, João Lourenço

preside a uma comissão eleitoral, e em Penedono, concelho onde não há co-missão política do PSD há já vários anos por não ter filiados suficientes.

Emília Amaral

Processo autárquico leva à demissão do PSD de S. Pedro do SulCausa ∑ Escolha do candidato Adriano Azevedo para as eleições de outubro

A José Sousa

CÂMARADE VOUZELAPROMOVETRILHO MEDIEVAL

A C â m a r a d e Vouzela promove na próxima sexta-feira, dia 20 percurso pe-destre “Trilho medie-val”, que terá oito qui-lómetros e percorrerá “alguns dos mais be-los recantos” da fre-guesia de Cambra.

“O trilho tem início no Largo do Cruzei-ro, passa pelo cami-nho do Calvário até à Torre Medieval, em Cambra de Baixo. Se-gue em direção a Tou-relhe, passando por Confulcos e termina novamente no Largo do Cruzeiro”, expli-ca uma nota da autar-quia.

Os interessados po-dem inscrever-se até dia 19 no posto de tu-rismo.

DR

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REGIÃO | SANTA COMBA DÃO

Os vereadores do PS na Câmara de Santa Comba Dão votaram contra um empréstimo de reequi-líbrio financeiro de 6,5 milhões de euros, na reunião do executivo da semana passada, e jus-tificaram o voto com o facto de este ter “condi-ções contratuais ruino-sas”, que piorariam a si-tuação financeira.

Este empréstimo, pro-posto pelo presidente da Câmara, João Lou-renço (PSD), foi chum-bado com os votos dos vereadores do PS e de uma vereadora do PSD (atualmente candidata do CDS-PP às próximas eleições autárquicas). “Seria mais uma corda com uma pedra a puxar para o fundo do poço”, disse à agência Lusa o vereador Leonel Gou-veia, que é também o candidato do PS à pre-sidência daquela autar-quia nas próximas elei-ções.

O empréstimo de ree-

quilíbrio financeiro in-tegra-se num plano mais vasto que inclui o Pro-grama de Apoio à Eco-nomia Local (PAEL), no âmbito do qual o Gover-no disponibilizará ao município quase 3,7 mi-lhões de euros para que possa pagar 50% das dí-vidas de curto prazo.

Leonel Gouveia con-tou que, em 2009, a Câ-mara contratualizou um empréstimo de sa-neamento financeiro de 6,5 milhões de euros a 12 anos, com um “spread” de 1,74%, pelo qual está a pagar uma prestação mensal de 65 mil euros. No entanto, segundo o vereador socialista, com o objetivo de diminuir a prestação mensal, “a Câ-mara propôs e a comis-são de análise do PAEL aceitou transformar este empréstimo num outro, um empréstimo de re-equilíbrio financeiro”, com o mesmo mon-tante e um prazo de 20 anos. “Quando isto foi

proposto, nós, vereado-res do PS, dissemos que estaríamos de acordo desde que as taxas do novo empréstimo fos-sem aceitáveis”, contou, acrescentando que tal não se confirmou, por-que a CGD disse que, no máximo, o empréstimo seria a 15 anos e teria um “spread” de 6,25%.

Segundo Leonel Gou-veia, pelo atual emprés-timo, a Câmara tem de pagar 501 mil euros de juros mas, se fizesse o novo, teria quase 4,5 mi-lhões de euros de juros e, depois dos 15 anos, “ainda ficaria por pa-gar um valor residual de quase 1,7 milhões de euros, para o qual teria de ser contratualizado um novo empréstimo”. A única vantagem para a Câmara seria, acrescen-ta, que a prestação men-sal passaria de 65 mil euros para 51 mil euros.

Os vereadores do PS defendem que “a Câma-ra diga à comissão de

análise do PAEL que não fará o empréstimo mas se compromete a, rapi-damente, dispensar pes-soas que estão em car-gos políticos”.

O presidente da Câ-mara de Santa Comba Dão comenta que a de-cisão “não abona nada a quem pretende con-quistar a autarquia” e, por outro lado, acarre-ta “uma complicação muito grande” para a autarquia, já que não vai poder “aliviar a te-souraria” da Câmara, nem cumprir os com-promissos com os for-necedores.

Quanto à sugestão dos vereadores do PS, de dispensar pesso-al, João Lourenço res-ponde que desde 2011 a Câmara já “diminuiu a despesa em 30%, ain-da está a baixar”, mas nunca conseguirá va-lores que equilibrem as contas da autarquia.

Emília Amaral/Lusa

PS chumbaempréstimo na Câmarade Santa Comba DãoComentário ∑ Presidente diz que está em causa a estabilização das contas da autarquia

Auto-suficiência

Opinião

A necessidade de cada nação se munir de géneros alimentícios é uma das es-tratégias mais remotas da civilização humana e mo-tivo de conflitos perma-nentes.

O recente estudo desen-volvido pela FAO (2012) ad-verte para a necessidade das nações incrementarem medidas de estímulo à sua produção agrícola e aponta ainda para um aumento ge-neralizado do preço dos ali-mentos durante a próxima década como resultado do crescimento demográfico mundial. Para culturas como o milho, arroz, trigo, óleos, gorduras e açúcar, a actual queda de preços, é o resultado das boas produ-ções alcançadas. No caso dos lacticínios e carnes, os preços demonstram uma tendência a manterem-se estáveis.

No nosso país, a popula-ção envelhece a um ritmo exponencial a que por cer-to não será estranho o de-golante êxodo das gerações entre os 25-35 anos que de-bandam para outras para-gens, levando no regaço os filhos. Vão voltar? Não me parece. Se o dilema da nata-lidade é já preocupante, da-qui a 10 anos será alarmante. Quando se investe, este não é um factor a mensurar?

O nosso franzino cresci-mento demográfico é bem diferente do que sucede na Ásia, onde prospera a inse-gurança alimentar e a sub-nutrição, baseadas e mui-to numa dependência de arroz. No entanto, e face à crescente melhoria das condições de vida, muitas bocas vão pugnar por ali-mentos em quantidade, va-riedade e qualidade por es-sas bandas.

Vários especialistas de-fendem que o acréscimo das produções agrícolas terá que ter por base a bio-tecnologia, em particular a utilização de OGM (or-ganismo geneticamen-te modificado). Para al-guns, esta orientação é um maná, que se vai exploran-do e disseminando. Outros aludem para a necessida-de de reestruturar toda a cadeia (produtiva, trans-porte e consumo), dimi-nuindo de forma drástica o desperdício alimentar.

O esbanjamento mundial atinge os 2 mil milhões de toneladas/ano. Por cá, fi-camo-nos com umas alar-mantes duas mil toneladas/ano. Na India, o segundo maior produtor agrícola mundial onde cumulativa-mente prospera a miséria alimentar, o valor suplanta os 50%. Em países ditos de-senvolvidos, o desaprovei-tamento baixa ligeiramente. Neste caso, uma das princi-pais causas da dita rejeição prende-se com a falta de aparência ou normalidade dos produtos. Estará esta si-tuação a mudar? Neste perí-odo, há lugar a este cenário? O que facilmente se cons-tata é que, o que até há uns anos atrás era tratado como

“refugo”, agora é embalado e comercializado.

Em termos agrícolas, já abordamos o nosso nível de auto-suficiência. Como estamos nas restantes ver-tentes? Em termos globais, no sector agro-industrial atingimos um valor de 79%, muito por culpa da fi-leira do vinho, onde somos excedentários. No entanto, talvez seja prudente esmiu-çarmos alguns dados.

Importamos 50% dos produtos da pesca (fresco, salgado e curado). Não so-mos nós, um país costeiro? A nossa dependência exter-na baixa para os 30% na car-ne e na batata transforma-da e atingimos um valor na ordem dos 20% em açúcar, óleos e gorduras. Num pa-tamar entre os 10 a 20% im-portamos ainda lacticínios. No que diz respeito à fileira das conservas de peixe, so-mos exportadores com va-lores próximos dos 50%.

Ao perspectivarmos pos-síveis e futuras linhas de in-vestimento no sector agrí-cola e agro-alimentar, não será importante conhecer como todo o sistema evo-lui em termos nacionais e fundamentalmente inter-nacionais? As exportações não têm sido a tábua de sal-vação de alguns? As impor-tações não são o declínio de muitos?

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

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Textos: Micaela CostaGrafismo: Marcos Rebelo

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 579 DE 18 DE ABRIL DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

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De que forma tem evo-luído a Vila de Armamar ao longo dos anos?A vila de Armamar foi bas-

tante valorizada nos últimos 20 anos, não só por causa do novo acesso que temos à A24, com a variante Arma-mar até Valdigem, que espe-ramos que o senhor Secretá-rio de Estado venha inaugu-rar o mais breve possível.

Em Armamar podem vi-sitar-se várias infraestrutu-ras de grande importância para fixar população propor-cionando-lhes serviços que contribuem para o seu bem estar. É o caso das piscinas cobertas e descobertas, das escolas e jardins de infância. A remodelação do edifício da Câmara Municipal e os no-vos armazéns vieram tam-bém melhorar as condições de trabalho e a qualidade dos serviços que prestamos aos munícipes. Temos infraes-truturas do mesmo nível que qualquer sede de município.

A Vila de Armamar tem cer-ca de 2000 habitantes, apro-ximadamente 20% da popu-lação do município e temos uma distribuição populacional pelas 19 freguesias mais ou menos homogénea, num to-tal de cerca de 7000. No ve-rão a nossa população sobe para cerca de 8500, porque temos muitos emigrantes sa-zonais.

Ao nível do desenvolvi-mento económico estamos no bom caminho. Somos dos municípios do país com maior valorização agrícola na fruticultura e na área do vi-nho. Temos apostado forte na rede viária rural e trabalha-mos muito para ajudar as ins-tituições do município ligadas à agricultura.

A grande aposta neste momento é de facto o setor primário. Armamar tem cerca de 60 milhões de receitas na área agrícola, fruticultura e vi-nha. Mas a indústria também tem expressão, nomeada-mente no setor da indústria alimentar com os fumeiros e enchidos e também os laticí-nios. Para além disso, no se-tor energético merecem des-taque as barragens e uma

forte componente na energia eólica. Aliás, a REN, respon-sável pela rede de distribui-ção de energia em Portugal, tem uma grande infraestrutu-ra em Armamar.

Como é que a autar-quia impulsionou e im-pulsiona estas mudan-ças?Na agricultura valorizamos

o sistema de rega, temos uma barragem que dá res-posta a cerca de 500 hec-tares e com algum melho-ramento e apoio podemos duplicar a capacidade des-sa resposta. Vamos criar um novo ponto de armazena-mento que estamos a ajus-tar com a Associação de Regantes.

Temos apoiado a Associa-ção de Fruticultores e a As-sociação de Regantes. In-vestimos na barragem e na rega mais de 5 milhões de euros. Se não o tivéssemos feito Armamar não tinha a ca-pacidade de resposta que tem neste momento.

Na valorização dos cami-nhos rurais já contamos com cerca de 180km de cami-nhos com boa qualidade.

Prevemos duplicar a pro-dução de fruta nos próximos cinco anos. Atualmente pro-duzimos 50 a 60 mil tonela-das ano, mas temos poten-cial para chegar às 80 ou 90 mil. Nestes últimos dois anos plantaram-se em Armamar cerca de 300 hectares de macieiras de várias varieda-des (royal gala, golden, fugi e outras). Quando estes novos pomares começarem a pro-duzir podemos atingir facil-mente mais 40 a 50 por cen-to de produção.

Ao nível da educação te-mos o novo centro escolar junto do agrupamento de es-colas que já existia. Criámos assim um espaço de educa-ção e formação das nossas crianças e jovens.

O ensino secundário em Armamar passou a ser uma realidade neste ano letivo. Começámos com as tur-mas de décimo ano e nos próximos dois anos letivos vamos ter o décimo primei-

ro e o décimo segundo. Até aqui tinha sido difícil trazer o ensino secundário para Ar-mamar mas a partir do mo-mento em que este passou a ser obrigatório foi mais fácil a sua implementação. É uma mais valia muito importante para a fixação das pessoas em Armamar.

Como está a demo-grafia no concelho?Neste momento a demo-

grafia é um problema que é transversal ao país e à euro-pa. Eu penso que Armamar estabilizou. Mas a realidade é muito diferente. Quando vim para a Câmara, há 20

anos, nasciam 180 crian-ças por ano, neste momento nascem 45. Em 2012 penso que houve uma ligeira recu-peração e com as apostas no desenvolvimento econó-mico que estamos a fazer as coisas podem continuar a melhorar.

Penso, por exemplo, que o investimento na explora-ção de tungsténio, que já começou em Tabuaço e que para o ano começará em Armamar, com os cerca de 500 postos de trabalho que vai criar permitirá ge-rar emprego e isso implica

atrair e fixar novas famílias em Armamar.

Que outras formas Ar-mamar tem para manter as pessoas?Eu penso que a economia

em Armamar está forte. Há crescimento económico, há investimento. Armamar deve ser o município da direção re-gional de Trás-os-Montes e Alto Douro com mais projetos de jovem agricultor. Há mui-ta gente a regressar à terra e com unidades de produção rentáveis. Não basta ser jo-vem agricultor, tem que se ter dimensão para haver rentabi-lidade, aumento de produti-vidade e receita e se houver mais jovens na terra há um aumento de população. E a nível industrial, já temos em-presas de algum relevo em Armamar, no que diz respeito ao setor agrícola e de trans-formação de produtos agrí-colas e animais. Na área do turismo e da hotelaria tam-bém tem havido investimento significativo.

O seu espirito rotário torna-o mais atento às causas sociais?Armamar na área da ação

social é uma terra exemplar.

Somos o município do distrito de Viseu que melhores equi-pamentos tem nessa área. Nos últimos cinco anos in-vestimos perto de 8 milhões de euros. Foram construídos três novos lares de raiz: um em Armamar, da Funda-ção Gaspar e Manuel Car-doso, outro que dá respos-ta a quatro freguesias (Quei-mada, Queimadela, São Romão e Tões) o Lar de são João Batista e um terceiro em São Cosmado, da Associa-ção de Solidariedade Social de São Cosmado, que tam-bém abrange mais do que uma freguesia. Brevemente vamos ainda inaugurar outra obra social, na freguesia de Aricera, mas mais virada para o apoio domiciliário e centro de dia. A Santa Casa da Mi-sericórdia de Armamar tem também prevista a execução de um projeto novo e está a fazer um trabalho magnífico.

Mas não é só para os ido-sos que trabalhamos. São sem dúvida os que mais ca-rinho nos merecem, pelo que fizeram pelo seu município e pela sua terra. As crianças são os futuros líderes e por isso trabalhamos para lhes proporcionar o melhor pos-sível. Fomos o primeiro mu-nicípio do país a incluir o en-sino de inglês obrigatório. As nossas crianças têm boas condições para estudar e to-dos os miúdos, do pré-es-colar ao ensino secundário, têm o apoio total da Câma-ra Municipal em transportes, alimentação, aulas de inglês, de música, expressões artís-ticas e atividade desportiva.

E na área da cultura?Estamos atentos ao traba-

lho das associações culturais e recreativas do município e apoiamos as suas iniciati-vas. O trabalho de algumas delas tem bastante expres-são a nível regional e mes-mo nacional. E no desporto é a mesma coisa! Armamar, apesar de ser um município pequeno, tem algumas mo-dalidades, como é o caso do futsal, com uma boa coloca-ção a nível distrital. As nossas camadas jovens ficam sem-pre nos três primeiros luga-res. Estamos agora a apoiar o andebol, temos um proto-colo com a Federação Por-tuguesa de Andebol para captação de talentos, e nas piscinas cobertas estamos a trabalhar para incrementar a modalidade de natação.

No que diz respeito aos produtos endóge-nos, a maçã é sem dú-vida a imagem de mar-ca do concelho. De que forma o potenciam?A maçã é de montanha,

com uma textura e gos-

to únicos. Não só a nossa, não podemos ser bairristas, a maçã da região é excelen-te. Os grandes pomares es-palham-se por Armamar e Moimenta e temos feito tra-balho em conjunto. Grande parte da nossa produção é exportada para Espanha, In-glaterra, Brasil. Eu penso que há procura e mercado.

E que outros produtos potenciam?Para além da maçã te-

mos os vinhos do Douro com uma notoriedade cada vez maior em todo o mundo. Estamos em plena região demarcada do Douro e há muito investimento estran-geiro em Armamar. Quintas de investidores ingleses, ale-mães, holandeses. A Niepo-ort, a Quinta de Ramozeiros, a Quinta do Tedo, a Quinta da Carvalhosa, entre outras. Temos ainda vinhos de boa qualidade, fora da região demarcada do Douro, como por exemplo o espumante. E estamos a potenciar outros produtos, como a cereja e a castanha.

Este é o seu último mandato. O vice-presi-dente, João Fonseca, já é conhecido como can-didato, manter-se-á o trabalho desenvolvido até agora?Vai haver vários candidatos

mas é logico que apoio a mi-nha equipa. Não quero dizer nada contra os outros por-que respeito-os a todos.

A grande mais-valia dos candidatos do PSD é que já estão na autarquia há dois mandatos comigo e têm uma experiência de gestão e co-nhecimento de todos os as-suntos. Com as ideias de-les, espero que façam me-lhor que eu, que é isso que é preciso, fazer sempre mais e melhor.

Penso que tem [João Fon-seca] todas as condições para continuar o trabalho po-sitivo e Armamar tem uma si-tuação financeira boa. Arma-mar tem tudo para dar certo. Tem um setor económico for-te e tem gente trabalhadora. A maior riqueza do município de Armamar são as pessoas, são trabalhadoras, dinâmicas e têm vontade de vencer e isso é fundamental.

O que gostaria de di-zer aos munícipes?Em primeiro lugar que ser-

vissem o país e o município com orgulho e responsabi-lidade. Penso que sempre dei o melhor pelo município e sempre tive uma maneira afável de me dar e de respei-tar as pessoas. E é essa a mensagem que gostava de deixar.

v Hernâni Almeida, presidente da câmara de Armamar

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“Armamar “Armamar tem tudo tem tudo para dar para dar certo”certo”

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CÂMARA MUNICIPAL

Capital daMaçã de Montanha

VI Passeio TTda Macieira em Flor

(Centro Cultural e Recreativo de São Cosmado)

II Festival Folclore Macieira em Flor11:00 horasReceção dos grupos11:30 horasVeraneio aos pomares de macieiras13:00 horasAlmoço15:00 horasInício do espetáculoAssociação Cultural Recreativa Jograis de GogimRancho Folclórico Centro Social de Orgens (Viseu)Rancho Folclórico Regional de Quiaios (Figueira da Foz)Rancho Folclórico de Trevões (São João Pesqueira)

9:30 horasIV Passeio Pedestre Macieira em Flor

com a presença da atleta

AURORA CUNHA,convidada para madrinha da prova

(concentração no Posto Turismo Armamar)

21:00 horasShow Case de Artistas, com:

Sérgio Lopes & CamilaDouro Latino

Carla Maria e as suas bonecasapresentação Festas ao Rubro

Dia 13

Dia 20

Dia 21

Dia 14

14:30 horas

Jornadas TécnicasFogo BaterianoGestão da Água de Rega;Associativismo no setor frutícola para ganhos de escalae de representatividade das Organizações de Produtores. apoio:Direção Regional Agricultura e Pescas do NorteAssociação de Fruticultores Concelho de Armamar

ARMAMAR, CAPITAL DA MAÇÃ DE MONTANHAA paisagem sul do municipio de Armamar é marcada

por extensos pomares de macieiras que dão a esta zona próxima do Douro um contraste único. O solo xis-toso que predomina a Norte dá lugar ao granito. Os vi-nhedos dão lugar a plantações igualmente extensivas, mas agora o que vê são pomares de macieiras a per-der de vista que atingem grande beleza na época da floração e uma mescla de aromas inebriantes, quando os frutos estão maduros.

O município de Armamar é um dos maiores produ-tores nacionais de maçã e esta representa uma das mais importantes fontes de rendimento da população. A qualidade da maçã de Armamar é reconhecida a ní-vel nacional e o seu peso na economia da região é relevante.

O clima e o solo combinam-se na perfeição para aqui crescerem as árvores de diversas qualidades.

Com cerca de 1400 hectares de área plantada, co-lhem-se por ano uma média de 50 mil toneladas de maçãs. A fruticultura é a razão pela qual o município é conhecido como a Capital da Maçã de Montanha.

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Criada em 1994 a As-sociação de Fruticulto-res tem apoiado os agri-cultores na produção da maçã. Convictos de que a formação é importante, a Associação tem também disponibilizado técnicos que visitam com frequên-cia os agricultores e os apoiam nas mais varia-das questões. São mais de 1400 hectares de po-mar e para José Osório, diretor da Associação de Fruticultores de Armamar, a única coisa que falta é uma boa gestão na con-centração e escoamen-to da produção, cada vez mais elevada cerca de 50/60 mil toneladas.

Qual o papel da As-sociação de Fruticulto-res?

O papel principal é o apoio aos agricultores nas várias vertentes: na área da produ-ção integrada onde apoia os sócios nos 1400/1500 hecta-res de pomar, na área da rea-lização de projetos agrícolas, formação profissional, corre-ção/realização do parcelário, sistema de aconselhamento agrícola e realização das di-versas candidaturas as aju-das ao setor agrícola. Temos ainda outras vertentes, no-meadamente a de apoio à Associação de Regantes e protocolos com outras insti-tuições em prol do desenvol-vimento agrícola da região.

De que forma é dado esse apoio?Os agricultores que estão

ligados à produção integra-da têm a visita dos nossos técnicos que de acordo com

os estados fenológicos das culturas, nível económico de ataque e as condições cli-matéricas, propõem a me-lhor estratégia para a prote-ção da cultura.

Há uma preocupação em formar os agriculto-res…

Cada vez mais é necessá-rio um cuidado com o trata-mento das culturas, com o ambiente e com a saúde dos consumidores. Nesse senti-do colocamos ao dispor dos nossos associados cursos de formação profissional na área agrícola.

Hoje em dia produ-zem-se cerca de 40 a 50 toneladas/hectare

de fruta. Esperam au-mentar esta produção? De que forma?

Os pomares estão a ser melhorados, há novas va-riedades e novos porta-en-xertos de macieiras que en-tram em produção mais rá-pido, maior produção/há e melhor qualidade. Enquanto que há cerca de 10 anos o hectare produzia 25/30 tone-ladas, hoje em dia produzem 40/50. Somos o concelho do país que produz mais maçã e penso que será uma das melhores senão a melhor.

Têm exportado bas-tante maçã...

Ao termos muita produ-ção temos necessidade de escoar o produto. E esta é a

nossa grande dificuldade pe-rante os agricultores, temos conversado com eles de for-ma a, concentrar a produção para melhorar a gestão nas vendas e aumentar assim o preço final. Precisamos de projetar o futuro, deixar de ser individualistas e começar a vender coletivamente e este é o salto que precisa-

mos de dar.

O que tem evoluído na Associação desde a sua criação?

Tem evoluído em vários campos, um deles tem a ver com o aparecimento de jo-vens agricultores, e esta evo-lução tem provocado uma mentalidade diferente e uma forma de pensar que nos aju-dam a evoluir.

A associação está ligada a uma cooperativa de com-pra e venda de produtos e isso também tem ajudado na evolução e na ajuda aos nos-sos agricultores.

E acima de tudo temos crescido no apoio a quem quer explorar um dos pro-dutos que marcam a nossa região.

Perspetivas para o fu-turo?

O que me preocupa mais, enquanto diretor da Associa-ção, é a parte da comercia-lização.

E o que é que pode ser feito?

Infelizmente por norma so-mos individualistas, mas é isto que tem que ser muda-do, é este espirito. Os agricul-tores têm que perceber que se estivermos todos unidos, no que diz respeito à comer-cialização, tudo é mais sim-ples e rentável.

Deveria também haver uma entidade responsável por esta gestão, que definis-se preços e que apoiasse os produtores particulares a en-trarem no mercado. “O que me

preocupa mais, enquanto diretor da Associação, é a parte da comercialização”

v José Osório, diretor da Associação de Fruticultores de Armamar

“Temos crescido no apoio a quem “Temos crescido no apoio a quem quer explorar um dos produtos quer explorar um dos produtos que marcam a nossa região”que marcam a nossa região”

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Com a construção da barragem de Temilobos, em 2005, Armamar vê-se na necessidade de criar um organismo que orientasse os agricultores na distribui-ção de água para os seus cultivos. É assim que, em 2009,os agricultores que fazem parte do perímetro de rega, com o apoio da AFA, formou a Associação de Regantes. A partir des-sa altura, esta associação tem vindo a gerir o períme-tro de rega, efetuando a co-ordenação dos regantes, distribuição da agua, ma-nutenção do sistema de fil-tragem e condutas. Todos os agricultores, dentro do perímetro de rega estabe-lecido tem fácil acesso e, até ao momento, disponi-bilidade de água. Segun-do Ricardo Santos, Presi-dente da Associação de Regantes tem-se verifica-do um aumento significati-vo de agricultores que pre-tendem usufruir deste re-curso precioso, cada vez mais escasso.

Qual o papel da Asso-ciação de Regantes?

A barragem foi construída há oito anos, depois ficou por fechar e entretanto criámos a Associação de Regantes, com a finalidade de gerir-mos o perímetro de rega. Foi o DRAPN a responsável des-te projeto, e a partir de 2009 foi entregue a gestão à As-sociação de regantes do Te-milobos.

Com a aposta na agri-cultura, o sistema de rega tem um papel mui-to importante…

Sem dúvida. Na zona de rega havia muitos terrenos que estavam “abandonados”. E, agora, como já têm dispo-nibilidade de água estão a ser feitas novas plantações de pomares com porta excertos mais ananicantes [árvores de pequeno porte com raízes pouco profundas], mas que

precisam de mais água. Mas também na produção estes porta-enxertos são mais pro-dutivos apresentam melho-res resultados em termos de qualidade e quantidade. E antes de termos a barragem tínhamos árvores de maior porte, que davam frutos de menor quantidade e em me-nor quantidade.

Ao nível de apoios, a A s s o c i a ç ã o d e Regantes, sente algu-ma dificuldade?

Até ao momento as dificul-dades têm sido muitas, dado que vivemos exclusivamente da receita da água que a as-sociação vende, no entanto temos a nosso cargo a ma-nutenção de todas as infra-estruturas de rega. De salien-tar que os agricultores, que utilizam a água da barragem, têm que adquirir os seus pró-prios contadores, fundamen-tais para uma boa gestão de rega. Se tivéssemos apoios, para adquirir esses contado-res, poderiam ser cedidos ao regantes, ficando a cargo deles o custo da água utiliza-da. Dado este custo há mui-tas parcelas de pequena di-mensão que não justificam, o preço do contador e por isso não estão a regar. Cla-ro que a água tem que ser gerida, os contadores são fundamentais, mas os valo-res a pagar por eles por ve-zes torna tudo mais difícil.

Quantas pessoas têm acesso ao sistema de rega?

Temos instalados 150 con-tadores, mas há pessoas que adquiriram mais que um contador, por isso são cerca de 100 agricultores a usufruir deste sistema.

Ao longo destes anos tem havido um cresci-mento de agricultores a usufruir deste sistema?

Sim, sem dúvida. Primeiro porque renovaram as planta-ções desde que têm dispo-

nibilidade água, houve insta-lação de jovens agricultores e aproveitamento de áreas produtivas que não estavam a ser utilizadas.

Este sistema de rega é utilizado apenas para a maça?

Não exclusivamente. A grande maioria é na cultura da maça, no entanto á água também é utilizada para ou-tras culturas.

Fala-se num novo ponto de armazena-mento de água. Qual a importância desta es-trutura?

Temos outras zonas do concelho que não estão den-tro do perímetro de rega e aí há alguma dificuldade em ter água. Nesse sentido esta-mos a ten-tar es-

tudar a melhor forma para combater esta falha.

E s t e s p o n to s d e água são por tanto determinantes…

Sim. É fundamental para a região e para o conce-lho. Como referi há zonas que não têm água e é pre-ciso dar-lhes apoio. Para os agricultores que têm de fa-zer o seu próprio furo é mui-to dispendioso e com outro ponto de armazenamento seria muito diferente.

Em média, que quan-tidade de água é utiliza-da por ano?

Em media temos gasto 500000 M3, estando ano após ano a aumentar. No primeiro ano, quando inici-ámos a Associação, a bar-

ragem ainda estava aberta e vazia, depois foi fechada nesse ano. No primeiro ano a cota foi muito reduzia, foi um período de experimen-tação. No segundo ano veio um inverno bom e encheu-se rapidamente, o que possibilitou ter mais água.

Este foi um bom ano para a barragem…

Sem dúvida, está cheia. É pena é a barragem não ter mais capacidade, pois n e s te m o m e n to está a descar-regar para o rio Douro. Quem está no pe-r í -

metro de rega tem garantia que durante esta época tem disponibilidade de água. E é neste sentido que seria im-portante que houvesse uma forma de levar esta água para zonas do concelho, onde não há disponibilidade de água.

E porque é que isso não é feito?

Em termos de projetos de regadio, desde 2008, só a região do Alqueva é que tem tido apoios, o que tem limita-do a apresentação de proje-

tos de re-

gadio para outras zonas do concelho.

Todo este processo de rega tem custos…

Sim, e da maneira que está o país não podemos andar com grandes ilusões e gran-

des obras.Já há muitos anos que andamos nesta luta e os apoios são inexistentes. Começamos a ter algum fundo de maneio fruto da venda da água, mas es-tas infraestruturas reque-rem manutenção. Depois

de a barragem estar con-cluída teve um período sem

funcionar, as condutas de-veriam ser testadas na

altura mas não

havia água e no primeiro ano tivemos várias roturas. Há válvulas que custam 50/60 mil euros, e temos que estar sempre salvaguardados caso aconteça alguma coisa, por-que os agricultores não po-dem ficar sem água.

“Temos que estar sempre salvaguardados “Temos que estar sempre salvaguardados caso aconteça alguma coisa, porque os caso aconteça alguma coisa, porque os agricultores não podem ficar sem água”agricultores não podem ficar sem água”

v Ricardo Santos, diretor da Associação de Regantes de Armamar

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nibilidade água, houve insta-lação de jovens agricultores e aproveitamento de áreas produtivas que não estavam a ser utilizadas.

Este sistema de rega é utilizado apenas para a maça?

Não exclusivamente. A grande maioria é na cultura da maça, no entanto á água também é utilizada para ou-tras culturas.

Fala-se num novo ponto de armazena-mento de água. Qual a importância desta es-trutura?

Temos outras zonas do concelho que não estão den-tro do perímetro de rega e aí há alguma dificuldade em ter água. Nesse sentido esta-mos a ten-tar es-

ragem ainda estava aberta e vazia, depois foi fechada nesse ano. No primeiro ano a cota foi muito reduzia, foi um período de experimen-tação. No segundo anoveio um inverno bom e encheu-se rapidamente, o que possibilitou ter mais água.

Este foi um bom anopara a barragem…

Sem dúvida, está cheia.É pena é a barragem nãoter mais capacidade, pois n e s te m o m e n to o o está a descar-regar para orio Douro.. Quem eststststttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttttáááááá ááááááááááááááááá á ááááááááááááááááááááá áááááááááááááno pe-r í -

des obras.Já há muitos anos queandamos nesta luta e os apoios são inexistentes. Começamos a ter algumfundo de maneio fruto da venda da água, mas es-tas infraestruturas reque-rem manutenção. Depois

de a barragem estar con-cluída teve um período sem

funcionar, as condutas de-veriam ser testadas na

altura mas não

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ARMAMAR, A norte predomina a paisagem duriense: as curvas de nível definem os socalcos dos vinhedos onde se trabalha para produzir os vinhos do douro e porto; a sul pode-

mos contemplar os extensos pomares de macieiras em terra Capital da Maçã. No Outono os soutos de castanheiros pintam a paisagem com as suas cores acastanhadas e douradas em harmonioso contraste com o verde dos pinhais e das pastagens que são alimento para o gado.

Em Armamar

encontra paisagens de sonho!

A HISTÓRIA - Percorrendo o Município não é difícil perceber que a história da ocupação destas terras remonta muitos séculos atrás.São inúmeros os vestígios arqueológicos que têm sido postos a descoberto ao longos dos tempos e que servem para comprovar que estas paragens foram servindo os interesses das diferentes civilizações que em distintos períodos da história por lá estiveram e deixaram as suas marcas.Os vestígios mais antigos da ocupação do Homem em Armamar remontam à pré-história. Já foram encontradas pequenas peças feitas em pedra que eventualmente terão sido instrumentos deste período.Do período Neolítico, e estendendo-se até à romanização, há uma imen-sidão de vestígios que comprovam o povoamento das terras de Armamar pelas tribos existentes neste período. Desta época chegaram até nós diver-sos vestígios de ocupação, uns mais identificados do que outros. Falamos dos castros, povoamentos fortificados posteriormente romanizados. Em Armamar terão existido diversos mas o mais conhecido e melhor identifica-do é o castro de Goujoim. Da ocupação romana chegaram até aos nossos dias, para além de traços de arquitectura existentes em diversos monumentos, uma rede de vias (es-tradas), que faziam parte da importante rede viária da península ibérica.

ENCOSTAS DE SABOR - Em Armamar têm sido conservados e transmitidos de geração em geração as re-ceitas e pequenos segredos culinários que fazem a riqueza gastronómica do Município.Numa terra rica em matérias-primas de excelência a gastro-nomia acaba por ser o “mostruário” da qualidade dos produ-tos agrícolas do Município: os vinhos, de mesa e generosos (Vinho do Porto), entram na confeção e no acompanhamento à mesa de inúmeros pratos típicos; a maçã, fruto que se pro-duz em quantidade e com qualidade reconhecida em diver-sos mercados é utilizada em alguns pratos, nomeadamente doçarias.Símbolo máximo da gastronomia armamarense é o cabrito. Também conhecido por cabritinho tem a sua época própria entre o Natal e a Páscoa e encontra-se à mesa em dias de Festa. Fora da época é substituído pelo cordeiro. A fama do cabrito de Armamar tem-se espalhado e não são poucos os que visitam Armamar para o provar: assado no forno a lenha, acompanhado por batatas assadas e arroz do forno.

MARCAS DE UMA CULTURA - Ao longo do ano celebram-se, em festas e romarias, os san-tos padroeiros das nossas aldeias. Em Armamar há várias associações cultu-rais que trabalham para preservar costumes que foram, ao longo dos tem-pos, construindo a identi-dade dos armamarenses. Festivais de folclore e can-tares são acontecimentos que dão vida a costumes de outras épocas. Exem-plo máximo disso mesmo são as festas do município em honra de São João.

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TERRA DE EMOÇÕES

O QUE VISITAR - Numa visita a Armamar sugeri-mos-lhe que visite alguns dos pontos mais interessantes que temos para lhe mostrar.

O MIRADOURO DE SÃO DOMINGOS em Fontelo é talvez o mais espectacular em toda a região do Douro. Daqui se contemplam os municípios pertencentes a três distritos: Viseu, Vila Real e Porto. O espectáculo das quin-tas que enquadram o rio Douro de um lado e doutro é extraordinário.

Neste ponto está implantada a ERMIDA DE S. DO-MINGOS. Exemplar típico das ermidas de romarias me-dievais, a referência mais antiga ao templo data de 1163. D. João II e sua mulher D. Leonor terão aqui vindo pedir a intervenção divina para que lhe fosse concedido um su-cessor. Voltaram a S. Domingos uma segunda vez em fi-nais de 1483, já com o seu filho varão, o príncipe D. Afonso, nascido a 18 de Maio de 1475.

Rezam as lendas que os casais com dificuldades em ter filhos dormiam ao relento sobre a “pedra propiciatória” ou

“fraga da fertilidade”, que ainda hoje se pode ver junto da porta da sacristia da ermida.

O MIRADOURO DA MISARELA fica em plena vila de Armamar, junto da igreja matriz. Mesmo por baixo está a cascata da Misarela, bonito lugar que o imaginário popular encheu de contos e lendas.

A IGREJA MATRIZ DE S. MIGUEL DE ARMAMAR é o único monumento nacional do município.

Segundo a tradição a igreja terá sido construída com pedras do demolido castelo de Armamar. Há quem con-sidere que a igreja foi fundada por Egas Moniz, aio do Rei D. Afonso Henriques; outros dizem que Egas Moniz terá construído uma capela a que terá sucedido a actual igreja. Como data provável da sua construção todos apontam os finais do século XII, princípios do século XIII.

A ALDEIA HISTÓRICA DE GOUJOIM fica a leste de Armamar, junto do rio Tedo. Os inúmeros vestígios arque-ológicos encontrados na freguesia são prova da sua ocu-pação remota: o castro situado numa eminência rochosa

voltada para o Tedo com grande parte das suas muralhas ainda intacta; a necrópole do Mogo composta por diversos túmulos, um deles antropomórfico (com a forma do corpo humano); o marco miliário, exemplar único em Portugal, só se conhecendo a existência de mais dois em Espanha; a fonte romana situada na zona do castro, o pelourinho na praça central da aldeia, exemplar único no Município, entre muitos outros.

Sede de concelho na primeira metade do século XVI conserva ainda a casa da Câmara (e cadeia) com a sineira medieval, atributo das residências municipais e o pelourinho (segunda metade do século XVII). A importância histórica de Goujoim está também bem patente no número de casas solarengas que preenchem o centro habitacional da aldeia, com especial destaque para a Casa Preta.

O lugar da Ribeira de Goujoim, situado na margem direita do rio Tedo, é também um pequeno povoado carac-terizado por uma vida comunitária com laços estreitos de vi-zinhança e onde as tradições comunitárias ainda persistem.

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ARMAMAR, ENCOSTAS DE SABOR

O QUE SÃO?Trata-se de um projeto dinamizado pela Câmara Municipal de Armamar e pela empresa Armamar Invest Mais, EEM., com o apoio das Juntas de Freguesia, associações culturais, desportivas e recreativas, bem como clubes desportivos de Armamar e da região.Os quadros competitivosenglobam 8 modalidades:Andebol, Natação, Polo Aquático, Boccia, Ténis De Mesa, Atletismo, Gira-Vólei E FutsalPodem inscrever-se pessoas de todas as ida-des para competir.

QUANDO VÃO ACONTECER?A primeira edição, que se quer de muitas, acon-tece durante os meses de abril, maio e junho deste ano em diversos locais onde existem equipamentos para a prática do desporto.

PARA QUÊ?Pretende-se fazer deste evento uma grande fes-ta do Desporto com os objetivos de:sensibilizar as pessoas para a importância da prática desportiva ao longo da vida;fomentar o convívio intergeracinal potenciando a troca de experiências e saberes entre crianças, jovens, adultos e idosos;promover hábitos de vida saudável conjugando o desporto com uma alimentação rica, equilibra-da e variada;enriquecer socialmente a vida de Armamar e dos armamarenses.

Para mais informações contactar as piscinas cobertas ou consultar a página da internet: www.cm-armamar.pt/

Armamar é um dos municípios da região do Douro integrado na zona classificada pela UNESCO Património da Humanida-de. Está situado numa das mais famosas regiões vinícolas do mundo. É nas vinhas e quintas sobranceiras à margem sul do Rio Douro, encosta acima, que se produzem vinhos “Douro” e “Porto” de excelência, disponíveis no mercado nacional e inter-nacional.

Mas nem só de vinho se fala em Armamar. Há outras culturas que marcam a diferença no setor produtivo do município, com destaque para a produção da Maçã de Montanha.

Na parte sul do município, com cotas de altitude entre os 600 e os 800 metros, produzem-se por ano cerca de 50 mil tone-ladas de maçãs com características únicas: são mais aromá-ticas, mais crocantes e mais saborosas quando comparadas com as mesmas variedades produzidas noutras regiões. São por isso cada vez mais procuradas!

Na área do aproveitamento das maçãs começam a surgir cada vez mais sugestões tentadoras que vão dos sumos à do-çaria. Convidamo-lo a provar as “Delícias de Maçã”!

O ícone da gastronomia de Armamar é o Cabritinho. Esta iguaria da mesa armamarense, antigamente servida em dias de festa, é argumento para muitos apreciadores visitarem Arma-mar. Assado em forno de lenha, acompanhado com batatinhas e arroz, juntam-se-lhe à mesa os nossos vinhos e... vai ver que vale a pena!

São ainda referências da gastronomia os queijinhos de Vila Nova, frescos e curados. Produzidos a partir de leite de cabra, são resultado de uma atividade com raízes bem antigas, sobre-tudo na aldeia de Vila Nova.

Os nossos fumeiros vão também surpreendê-lo pela sua qualidade, pelo seu sabor, resultado do trabalho e do saber de gerações.

Por tudo isto foram criados em 2012 as Rotas Armamar Gour-met com o objetivo de dar a provar o resultado de saberes e sabores que vêm sendo transmitidos, refinados, enriquecidos geração após geração.

Venha conhecer Armamar, provar as delícias da gastronomia, deslumbrar-se com as paisagens e testemunhar a riqueza da história e cultura.

Armamar está à sua espera!

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educação&formaçãoeducação&formação

Entre 25 de Fevereiro e 1 de Março decorreu esta iniciativa que envolveu to-dos quantos pela leitura se interessam. Entre outros, estiveram presentes os es-critores João Manuel Ri-beiro, Alexandre Parafita e Pedro Seromenho.

O evento final decorreu no repleto auditório do IPJ, a 12 de Abril, com ati-vidades lúdico-recreativas apresentadas por alunos dos 6 aos 16 anos.

O vice-presidente da Câ-mara de Viseu, Américo Nunes, o diretor do Jor-nal do Centro e o docen-te José Alexandre Ramos Rodrigues, da CAP do Agrupamento procederam à entrega de diplomas aos alunos premiados.

O grande propósito da realização deste even-to foi ir ao encontro da meta consignada no Pro-jeto Educativo: envolver a comunidade educativa na formação de uma dimen-são cívica ativa. Objetivo alcançado com sucesso.

Isabel Brito, Maria da Luz Faro, Catarina Loio e Agostinho Moreira, a equi-pa da Biblioteca, foram os principais impulsionadores da iniciativa.

Paulo Neto

Semana da Leiturado Agrupamentode Escolas de Viseu Norte

Anúncio Público

Eleição do Presidente do Instituto Politécnico de Viseu

Nos termos do disposto pelo artigo 86.º do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), aprovado pela Lei 62/2007, de 10 de Setembro, do artigo 30.º, n.º 6 dos Estatutos do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) e do artigo 5.º do Regulamento para Eleição do Presidente do IPV, aprovado em 09/04/2013 pelo Conselho Geral do Instituto, torno público que de 15/05/2013 a20/05/2013, se encontra aberto o prazo para apresentação de candidaturas à eleição do Presidente do IPV. O Regulamento e o Calendário para a Eleição do Presidente do Instituto Politécnico de Viseu encontram-se disponíveis para consulta em www.ipv.pt

Instituto Politécnico de Viseu, 09 de abril de 2013

O Presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Viseu

João Fernando Marques Rebelo Cotta

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DOENÇAS DA COLUNA VERTEBRAL

CASA DE SAÚDE DE SÃO MATEUSRUA 5 DE OUTUBRO3500-000 VISEU

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Decorreu no passado dia 11, em Mangualde, um workshop formativo com o tema “Como comunicar de forma inclusiva e não sexista: responsabilidade da administração pública”. O evento teve como oradora Teresa Alvarez, técnica da Comissão para a Igualda-de de Género.

O workshop teve uma adesão significativa. No final os presentes mostram o total agrado e sublinharam a pertinência do tema escolhido. Em análise estiveram cartazes de publicidade, sites e cartas que, muitas ve-zes, usam de linguagem sexista por “falta de conheci-mento do tema”, como eplicou Teresa Alvarez. MC

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economia

Abaixo-assinado contraencerramento da CGD no Parque Industrial de Coimbrões

A O Complexo empresarial de Viseu tem 72 empresa com 3000 trabalhadores, a AIRV e serviço de formação do CEFP

Empresas, utentes e cida-dãos moradores nas proxi-midades estão contra o en-cerramento da agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD) do Parque Industrial de Coimbrões, em Viseu e promoveram um abaixo-assinado com centenas de assinaturas, alegando que a decisão acarreta “mani-festos prejuízos”.

A petição enviada ao con-selho de administração da CGD, avançou antes mes-mo do encerramento da agência Expobeiras a 23 de março. Os autores do ma-nifesto acusam a CGD de encerrar o serviço por “ra-zões economicistas ou de diminuição de custos, sem terem em conta”, nomeada-mente “ o índice de utiliza-ção pelas empresas e outros utentes e critérios de proxi-midade”.

No documento era pedi-do à CGD que repensasse a manutenção da agência, lembrando que a mesma “situa-se no maior cen-tro empresarial da cida-

de, onde estão sedeadas e em pleno funcionamento 72 empresas, com um total aproximado de três mil tra-balhadores”. No complexo empresarial funciona ain-da o serviço de formação do Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu e a Associação Em-presarial da região de Viseu (AIRV) que movimenta diariamente centenas de formandos e formadores a par do seu quadro de pes-soal.

“A Agência Expobeiras tem uma grande movimen-tação diária quer por par-te das empresas quer por parte de utentes individu-ais. Além disso, não exis-te no Parque Industrial de Coimbrões qualquer outro tipo de agência semelhan-te, desta ou de outra insti-tuição, sendo esta a única que existe e presta serviços bancários, quer aqui, quer nas proximidades. Acresce que, a existência deste tipo de serviços na proximidade das empresas, é essencial,

quer para estas quer para o próprio banco”, alerta o do-cumento.

Sem uma resposta con-creta relativamente à agên-cia Expobeiras, a CGD co-mentou por email que “a Caixa Geral de Depósitos vai prosseguir, em 2013, com os seus planos de reor-ganização da rede de agên-cias, que “ prevê o encerra-mento, fusão ou substitui-ção por outros interfaces de relação, de 45 pontos de pre-sença, a sua quase totalida-de em áreas urbanas”, não estando em causa “qual-quer despedimento dos co-laboradores da Caixa”.

Segundo a CGD “Esta racionalização resultou de

uma rigorosa avaliação da viabilidade, a prazo, de cada unidade comercial e do ajus-tamento da presença da Cai-xa, face ao atual potencial de mercado em cada área de in-fluência”. Revela ainda que “foi igualmente ponderada a adequabilidade de instala-ções, sua localização ou con-dições funcionais para uma melhor prestação de serviço e desenvolvimento do ne-gócio, sem contudo deixar de atender à matriz social e de serviço público da Caixa e ao compromisso de servir todas comunidades, mesmo as mais isoladas ou comer-cialmente menos atrativas”.

Emília Amaral

Razão∑ Caixa Geral de Depósito justifica com “reorganização da rede”

O “R” como umadas primeiras letras do abecedário dos

Novos Tempos

Clareza no Pensamento

Nas últimas décadas o boom de investimento e consumo público e pri-vado, insuflado por taxas de juro decrescentes, pela alta rentabilidade no setor dos bens não transacioná-veis como a construção e o imobiliário, permitida e até incentivada pelos governos, e pelo deslum-bre dos fundos comuni-tários, induziu nos polí-ticos, como também nos empresários e nas pesso-as em geral, uma certa ân-sia do Ter, de preferência novo, moderno, tecnoló-gico, com design/arquite-tura e provindo do mains-tream.

É certo que era vital in-fraestruturar de base o país e elevar os padrões de consumo aproximan-do-os dos indicadores eu-ropeus, mas, como agora sentimos, subimos dema-siado de “escalão”, com di-versos excessos reconhe-cidos.

Para que o Reajuste seja menos brusco, há que Re-fletir numa nova realida-de que já se vai vislum-brando. Vai haver uma Redução estrutural e ex-pressiva dos recursos fi-nanceiros, a par de crité-rios muito exigentes para a disponibilização de fun-dos, como irá acontecer com o novo quadro comu-nitário de apoio; sendo as-sim, mais do que no passa-do, é imprescindível uma adequada Racionalização da sua aplicação.

Ao nível do investimen-to público e particular-mente autárquico, é fun-damental apostar na Re-generação Urbana e na Requalificação das infra-estruturas, dos equipa-mentos e dos espaços pú-blicos. Num país que não tem sabido conviver com a sua histórica patine, a Rea-bilitação e a Reconstrução dos degradados centros históricos têm de continu-

ar a ser uma aposta no fu-turo, mas pensada de for-ma mais intensa e integra-da. Esta nova perspetiva da obra pública é decisiva também para o amorteci-mento da agonia do setor da construção.

No plano mundial, in-dependentemente da ex-plosão do consumo nos BRIC, assiste-se a uma re-dução eloquente dos Re-cursos Naturais, incluin-do os energéticos, e à subi-da significativa dos custos das matérias-primas, para a qual aliás também têm contribuído as atividades especulativas, que não têm sido objeto de uma Regu-lação adequada.

Assim, e até por uma maior consciencialização ambiental, nas empresas e nas nossas casas, a po-lítica dos 3R’s – Reduzir, Reutilizar e Reciclar – é mais do que nunca uma necessidade. Ao nível do consumo, por exem-plo, tem de se assumir a reutilização e a reciclagem de produtos e o prolongar do tempo de vida dos auto-móveis, dos telemóveis, do mobiliário...

Mas os tempos de hoje exigem um outro “R”, de Re-industrialização, que em conjunto com os ou-tros será peça-chave para um crescimento económi-ca e socialmente sustentá-vel. A valorização dos Re-cursos Endógenos e a sua transformação em produ-tos recicláveis e duradou-ros, com valor acrescenta-do, é meio caminho para a sua efetivação, não sen-do despicienda igualmen-te uma aposta efetiva nas Energias Renováveis.

Pode não ser uma re-volução de mentalidades, mas temos de ser resilien-tes, o que obriga a uma certa Renovação do Espíri-to que reacomode melhor o nosso – novo – mundo, mais difícil e exigente.

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Pedro Baila AntunesDocente na Escola Superior de

Tecnologia de [email protected]

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∑ O Jornal do Centro sabe que em breve irá abrir uma nova agência de outro banco no Parque Industrial de Coimbrões. Vários empresários do complexo assegura-ram que a abertura do serviço é “imprescindível” para as empresas. Também vários trabalhadores admitiram que o encerramento da agência “obriga a ter que pegar no carro e gastar gasolina para sair do parque, por exemplo, à hora do almoço, coisa que antes não acontecia”.

Nova agência a caminho

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Lemos & irmão lança novos modelosOpel Adam

A recém-lançada gama do novo Opel ADAM com-bina o design arrojado e emblemático e a pura in-dividualidade. A cor e os revestimentos têm um es-tilo tão multifacetado como os clientes para os quais o Opel ADAM foi criado.

Oferece à escolha dois motores económicos 1.2 de 70 cv e 1.4 de 100 cv, ambos a gasolina. O mode-lo tem versões agrupadas em três ‘ambientes’: Jam (estilo ativo), Glam (requin-tado) e Slam (desportivo). A partir destas é possível criar múltiplas variantes ADAM. As possibilidades de personalização do pe-queno citadino ‘lifestyle’ da Opel são elevadas a um ex-poente inédito, oferecendo mais de 61 mil combina-ções diferentes de decora-ção do exterior e cerca de

82 mil do interior.Para além do avançado

sistema de informação e entretenimento Intellilink, outros equipamentos iné-ditos que o ADAM traz de segmentos de mercado su-periores são, por exemplo, a mais recente geração de es-tacionamento automático, o alerta de ângulo cego, o volante aquecido e o porta-bicicletas integrado FlexFix.

Todos os ADAM estão equipados de série com ar condicionado, volante for-rado a couro, programador de velocidade, computador de bordo, espelhos de re-gulação elétrica, vidros elé-tricos, fecho centralizado de portas e jantes em liga leve, entre muitos outros. Também no capítulo da segurança a lista de equi-pamento de série do ADAM é muito extensa, integran-

do, por exemplo, programa eletrónico de estabilidade ESP, sistema de travagem antibloqueio ABS, airbags frontais, airbags laterais e airbags de cortina.

O sistema Start/Stop, que desliga automaticamente o motor quando o automóvel está parado, é igualmente

de série de todos os ADAM e representa um consi-derável contributo para a economia de combustível, especialmente na cidade. A média de consumo misto do ADAM 1.2 de 70 cv fi xa-se em apenas 5,0 l/100 km e a do ADAM 1.4 de 100 cv em 5,1 l/100.

Opel MokkaAs linhas suaves e a pre-

sença robusta defi nem a aparência de um novo tipo de motorização. O novo Opel Mokka é sofi sticado, moderno e integra-se em qualquer ambiente, combi-nando o carisma desportivo com a realidade prática do quotidiano.

O perfi l do novo Opel Mokka tem tanto impacto quanto a sua presença am-pla e determinada.

O design traseiro simples e arredondado complementa o perfi l esculpido. A pre-sença ampla é realçada e o óculo traseiro envolvente marca o equilíbrio perfeito com o para-brisas inclinado.

A efi ciência aerodinâmi-ca é igualmente respon-sável pelo elegante spoiler dianteiro inferior e a grelha aerodinâmica do radiador otimiza o caudal de ar no compartimento do motor. A parte inferior do automó-vel inclui defl etores de ar à frente das rodas traseiras e frisos aerodinâmicos atrás

destes. Estes complemen-tam o spoiler traseiro e o design traseiro arredonda-do na distribuição do caudal de ar. O coefi ciente aerodi-nâmico é de apenas 0,360, sendo inferior à média do segmento e um contributo muito importante para a economia de combustível e estabilidade do novo Opel Mokka.

O interior oferece quali-dade e conforto. O espa-ço amplo e acolhedor, os bancos confortáveis em posição elevada, os co-mandos ergonomicamente dispostos e a qualidade dos revestimentos contri-buem para esta sensação de espaço.

O novo Opel Mokka é suportado pela suspen-são dianteira com braços McPherson desacoplados e pela suspensão trasei-ra com travessa do eixo traseiro. Esta combinação funciona em total harmonia com a direção assistida e com todos os sistemas de

assistência ao condutor para otimizar a condução e o comportamento em estrada a níveis que nunca esperaria, mas de que irá com certeza desfrutar. O re-sultado é uma sensação de controlo que faz sobressair o melhor de cada estrada.

Disponibiliza uma gama de caixas de velocidades e intervalos de potência. A versão a gasolina tem dis-poníveis os motores 1.6 ECOTEC® com 85 kW (115 cv) e 1.4 Turbo com 103 kW (140 cv). Encontra-se tam-bém disponível o sofi stica-do motor diesel 1.7 CDTI com 96 kW (130 cv), que debita um binário impres-sionante de 300 Nm.

As maiores novidades são em termos das caixas de velocidades. Está dis-ponível a nova caixa auto-mática de 6 velocidades para o motor 1.7 CDTI. Esta unidade de baixo peso ex-tremamente efi ciente e com mudanças de velocidade muito suaves reconhece

e ajusta-se ativamente ao estilo de condução, dete-tando quando é necessário a máxima aceleração ou a máxima economia de com-bustível.

O sistema Start/Stop otimiza a economia de combustível, em especial durante a condução na ci-dade. O motor desliga-se quando o automóvel para com a alavanca seletora em ponto morto e liga-se imediatamente assim que o condutor volta a pisar o pedal da embraiagem. É possível ativar/desativar o sistema através de um botão no painel de instru-mentos. Quando o siste-ma está ativado e o motor parado, o indicador do conta-rotações permanece na posição “AUTOSTOP”, indicando que o automó-vel está preparado para o arranque automático. O sis-tema Start/Stop utiliza um alternador otimizado, um motor de arranque e uma bateria específi ca.

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ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

As memórias da vida de um estudante vão, ao lon-go dos anos, ficando guar-dadas na memória, em fo-tografias e, muitas vezes, em objetos que marcam anos de vivências e expe-riências.

Com a chegada da eta-pa final dos futuros pro-fissionais começa-se a pensar “no objeto”. Qua-se como uma tradição os anéis de curso são os mais apreciados pelos jo-vens estudantes. Embora a simbologia tenha muda-do ao longo dos anos, este continua a ser “o objeto” de eleição, como explica Pedro Guimarães da ou-rivesaria Pereirinha: “O anel já não tem a mesma

tradição, se em outros tempos era a prova de que se tinha um “canudo”, hoje é apenas um marco, e muitas vezes acaba por nem ser usado”.

Com u m a coleç ão alargada, todos os anéis são feitos à medida e per-sonalizados consoante o gosto e as vivências dos estudantes. As pedras naturais tornam o objeto uma joia especial. As en-comendas “que devem ser feitas com algumas sema-nas de antecedência” per-mitem um acompanha-mento e personalização cuidada ao anel.

Na ourivesaria Perei-rinha, para além de inú-meras combinações, os

clientes podem ainda op-tar por ouro clássico, pra-ta ou ouro branco, “esta é uma novidade que a nossa loja decidiu criar. Como muitas vezes o anel não é para ser usado, os clien-tes podem optar por anéis menos dispendiosos”, re-feriu Pedro Guimarães. A ourivesaria Pereirinha, situada em Mangualde e Viseu, disponibiliza atendimento na loja on-line em www.pereirinha.com. Para mais informa-ções através do contacto telefónico 232449147, ou do endereço de correio eletrónico [email protected].

Micaela Costa

Ourivesaria Pereirinhapersonaliza anéis de curso Novidade∑ Para além do tradicional anel de ouro, disponibiliza ainda o adereço em ouro branco e em prata

A Ourivesaria Pereirinha situa-se em Mangualde e Viseu (Intermarché)

Mangualde vai poder con-tar em breve com um Centro de Inovação e Dinamização Empresarial (CIDEM). O projeto, apresentado na se-mana passada, no âmbito do RUCI Viseu | Dão Lafões, vai nascer no antigo grémio, através da reabilitação do edifício datado de 1905 e da sua posterior dinamização.

Este projeto de reabilita-ção urbana da Câmara Mu-nicipal de Mangualde tem como parceiros a AIRV/WinCentro, Patinter SA, Felmica SA, Peugeot Citro-en Automóveis Portugal SA e Sonae Indústria SA, con-tando com um investimento de 500 mil euros, comparti-

cipados em 85%. O CIDEM visa o acolhi-

mento de projetos empre-sariais preferencialmente orientado para os setores da metalomecânica, logística e transportes, madeiras e mi-nérios, bem como promover o espírito empreendedor na criação de autoemprego e na criação de valor a partir de recursos endógenos. Irá também disponibilizar con-dições competitivas para a retenção e captação regional de talentos.

“Hoje o objetivo principal de um autarca deve ser en-contrar espaços de investi-dores privados para poder promover emprego”, sa-

lientou o presidente da Câ-mara de Mangualde, João Azevedo. O autarca acredi-ta que com estas iniciativas vai conseguir “contrariar o empobrecimento”, ao con-siderar a âncora do setor se-cundário fundamental para aguentar a pancada” da cri-se.

O presidente da Comuni-dade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões, Carlos Marta reforçou que “o desenvolvi-mento dos territórios passa-rá pela inovação, pela com-petitividade, pelo trabalho em rede” e por “aproveitar as imensas possibilidades” que o território da CIM ofe-rece. EA

Grémio de Mangualdeem breve aberto à inovação

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A duas jornadas do final do campeonato, a luta pela subida à II Liga de futebol, é agora entre duas filiadas da Associação de Futebol de Viseu: Académico de Viseu e Cinfães.

Contudo, o Académico ocupa uma melhor posi-ção nesta reta final. O pri-meiro lugar e os três pon-tos de diferença em rela-ção ao segundo, Cinfães, pode possibilitar-lhe fa-zer a festa já este domin-go, em terreno adver-sário. Basta vencer. Já o Cinfães, se perder nos Açores, entrega sempre a subida ao Académico, qualquer que seja o resul-

tado dos viseenses. Os academistas vão a

casa da formação de São João Ver, 10º classifica-do. Equipa que venceu o Cinfães há duas jornadas por 1-2 e o Espinho por 3-0. Na primeira volta empa-tou a uma bola em casa do Académico.

Quanto à equipa do nor-te do distrito, desloca-se aos Açores para defrontar o 5º classificado, Operá-rio, formação que em casa é sempre um adversário complicado e que promete não dar tréguas ao Cinfães. Venceu o Espinho por 1-2 e o Académico por 4-0.

Na primeira volta a equi-

pa de Flávio das Neves venceu por 3-1, resultado que certamente quer re-

petir, para que possa ainda sonhar com a subida à II Liga de futebol, mas sem-

pre dependentes do que os viseenses façam no seu jogo.

Académico que goleou, e afastou da corrida à su-bida, o Espinho (3-0), no passado domingo, leva na bagagem uma boa exibi-ção e a massa associa-tiva que não tem larga-do os pupilos de Filipe Moreira, e promete estar em peso a apoiar. Para este domingo a Direção academista está a provi-denciar transporte para os adeptos e, até ao fecho da edição, tinham já três autocarros cheios.

O Cinfães, que teve um jogo sofrido no passado

domingo, não vai querer perder pontos e facilitar a vida ao adversário. Apesar de terem vencido, em casa, o Cesarense por duas bo-las a uma, viram o guarda-redes titular, Trigueira, ser expulso.

As duas equipas do dis-trito de Viseu têm pro-porcionado aos amantes deste desporto um bom campeonato e sobretudo uma reta final cheia de emoções. Este domingo tudo pode ficar decidido ou caso contrário os cora-ções vão ter que aguentar mais uma semana.

Micaela Costa

desportoFutebol

Académico e Cinfães só um pode subirCampeonato ∑ Viseu vai ter mais uma equipa na II Liga

A Académico mais bem posicionado que o Cinfães, pode fazer a festa da súbida já este domingo

Deixe-nos cuidar de si!

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DESPORTO | MODALIDADES

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O Viseu 2001 reentrou na luta pela subida à I Di-visão, no nacional de fu-tebol feminino.

Frente ao Atlético da Pontinha as viseenses ar-rancaram a vitória (3-0), e ocupam agora a 3ª po-sição com 6 pontos – os mesmos que o Freamunde e Valadares de Gaia.

Nesta fase final só as duas primeiras sobem de divisão e a faltarem sete jornadas, à equipa de Viseu só interessa somar

pontos. Na frente, com 9 pon-

tos, segue o A-dos-Fran-cos, assumindo-se como u m a d a s pr i n c ip a i s candidatas à subida.

Domingo, 21, a equipa feminina de Viseu tem um jogo muito importan-te na deslocação ao Vala-dares de Gaia, outra das equipas que se apresenta como candidata à subida, a vitória pode relançar a candidatura das viseen-ses. MC

Futebol Feminino

Viseu 2001na corrida à subida

Segunda LigaP J V E D GMGS

1 Belenenses 84 35 26 6 3 66 292 Arouca 62 35 18 8 9 54 383 Leixões 60 36 16 12 8 42 294 Desp. Aves 54 36 13 15 8 41 385 Oliveirense 54 35 14 12 9 46 396 Santa Clara 53 35 14 11 10 47 387 Benfica B 53 35 14 11 10 62 468 Portimonense 53 36 14 11 11 50 439 Penafiel 52 36 14 10 12 39 3610Sporting B 52 35 13 13 9 49 4011FC Porto B 50 35 13 11 11 43 3912Tondela 48 36 13 9 14 42 4913U. Madeira 46 35 10 16 9 37 3514Atlético CP 43 35 12 7 16 41 5115Feirense 43 35 11 10 14 50 5216Marítimo B 37 35 11 4 20 30 4117SC Braga B 36 34 9 11 14 31 4118Naval 34 35 11 13 11 44 4619Trofense 32 35 7 11 17 30 4920Sp. Covilhã 29 35 5 14 16 30 4521Guimarães B 27 35 5 12 18 21 4522Freamunde 27 35 6 9 20 37 63

Atlético 1 - 2 Sp. Braga BTrofense 4 - 2 FC Porto BArouca 2 - 0 Santa Clara

Guimarães B 4 - 2 FreamundeMarítimo B 1 - 3 FeirenseSp. Covilhã 2 - 2 Benfica BSporting B 1 - 3 BelenensesPenafiel 1 - 1 Tondela

Oliveirense 1 - 0 U. MadeiraPortimonense 2 - 0 Naval 1º Maio

Leixões 1 - 0 Desp. Aves

Tondela 1 - 0 Guimarães BPortimonense 1 - 1 LeixõesDesp. Aves 2 - 2 Penafiel

Naval 1º Maio - Marítimo BU. Madeira - Sp. CovilhãBenfica B - AtléticoFeirense - Sporting B

Sp. Braga B - AroucaFC Porto B - FreamundeSanta Clara - TrofenseBelenenses - Oliveirense

36ª Jornada

Segunda Div. CENTROP J V E D GMGS

1 Ac. Viseu 54 28 15 9 4 42 202 Cinfães 51 28 14 9 5 47 283 Sp. Espinho 48 28 13 9 6 36 274 Pampilhosa 45 28 13 6 9 41 345 Operário 44 28 12 8 8 40 306 Benfica CB 42 28 11 9 8 38 317 Sousense 39 28 10 9 9 34 318 Anadia 37 28 11 4 13 29 349 Coimbrões 37 28 8 13 7 34 3510S. João Ver 36 28 10 6 12 33 3811 Nogueirense 34 28 9 7 12 29 3412Tourizense 33 28 8 9 11 24 2813Cesarense 30 28 7 9 12 24 3514Lusitânia 27 28 6 9 13 36 4815Bustelo 27 28 5 12 11 26 3816Tocha 19 28 3 10 15 24 46

Ac. Viseu 3 - 0 Sp. EspinhoBenfica CB 1 - 0 Pampilhosa

Cinfães 2 - 1 CesarenseCoimbrões 1 - 1 AnadiaSousense 0 - 1 NogueirenseSp. Bustelo 1 - 1 Lusitânia

Tocha 2 - 1 S. João VerTourizense 0 - 0 Operário

28ª Jornada

Nogueirense - Sp. BusteloAnadia - Tocha

Benfica CB - Sp. EspinhoCesarense - CoimbrõesLusitânia - TourizenseOperário - Cinfães

Pampilhosa - SousenseS. João Ver - Ac. Viseu

29ª Jornada

35ª Jornada

O Viseu 2001 nunca no seu historial esteve tão perto de alcançar o so-nho da subida à I Divisão Nacional de Futsal.

Os viseenses conquis-taram no Multiusos da Póvoa de Varzim uma vi-tória que pode valer-lhe ouro.

O triunfo, frente ao Póvoa Futsal, por 6 a 4, abre as portas à tão an-siada promoção ao prin-cipal escalão da modali-dade em Portugal.

No recinto de um ad-versário direto, que ocu-pava a segunda posição no arranque da jornada 22, o jogo era decisivo para a formação orien-tada por Roger Augusto.

O Viseu 2001 sabia que perder pontos poderia ser hipotecar, em defi-nitivo, as ambições de subida.

Foi uma jornada que acabou por correr de fei-ção às pretensões viseen-ses já que, à vitória na Pó-voa, se juntou a perda de pontos dos principais ad-versários nesta luta pelo segundo lugar, e pela promoção de divisão.

A conjugação de resul-tados permitiu ao Viseu 2001 estar agora isolado na segunda posição (37 pontos), e com a vanta-gem de apenas depender de si próprio para nas quatro jornadas que fal-tam, materializar um so-

nho que vem alimentan-do nos últimos anos.

Perfilam-se quatro au-tênticas finais para os vi-seenses, a primeira das quais já este domingo, quando receberem no

Pavilhão da Via Sacra, a equipa do CRECOR, que ocupa a 6ª posição na tabela classificativa com 35 pontos, chega a Viseu também com am-bições de ainda discutir

a subida.Em perspectiva um

grande jogo de futsal e, certamente, com casa cheia.

Micaela Costa

Futsal

Viseu 2001 está perto do sonhoClassificação ∑ A equipa viseense está isolada no segundo lugar e depende apenas de si própria para subir à I Divisão

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em focoJornal do Centro18| abril | 2013 29

No passado sábado, 13, o Palácio do Gelo recebeu o “Palácio Fashion Show”, um espetáculo de moda que assinalou o 5º aniversário do espaço comercial, apresentado por Catarina Furtado.

D é b o r a M o n t e i r o , A n d r e i a Rodrigues, os gémeos Pedro e Ricardo Guedes e Afonso Vilela, foram as ca-ras conhecidas do público que desfi-laram e “arrancaram” muitos aplausos das centenas de espectadores que as-sistiam ao evento.

A animação ficou a cargo da can-tora Inês Santos e do grupo de dança Glam Dance.

Pela passerelle desfilaram ainda criações da estilista Katty Xiomara e de jovens criadores portugueses.

Palácio do Gelofoi palco de moda em dia de aniversário

Nos dias 13, 14 e 15 a Finiclasse, concessionária da Mercedes Benz, pelas mãos do gerente Rui Paulo Silva e do administrador do Grupo, Francisco Fernandes, apresentou os novos modelos CLA 22 CDI, Classe E Limo 220 CDI e Station.

Com vendas firmadas antes do lançamento, o evento foi um sucesso que con-tou com cerca de 700 visitantes nos três dias. O numeroso público teve ainda oportunidade de visitar a Feira de Usados, StarSelection, numa visita aberta às oficinas da empresa. O CLA fez 104 testes drive no fim-de-semana.

Finiclasse apresentaos novos modelos Mercedes-Benz

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culturasD Ateliê “Uma fl or para a minha mãe”

O Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Viseu está a promo-ver, até 05 de maio, o ateliê “Uma flor para a minha mãe”, destinado a crianças do ensino pré-escolar e do 1.º e 2.º ciclos do ensino básico. O objetivo é cele-brar o Dia da Mãe com uma atividade de sensibilização ambiental.

expos

roteiro cinemas Estreia da semana

Celeste e Jesse para Sempre – Celeste (Rashida Jones) e Jesse (Andy Samberg) conheceram-se na escola, casaram-se cedo e agora estão cada vez mais distantes um do outro.

Destaque Arcas da memória

A tarde do “sexto dia” e a invenção do dia da árvore

O Cláudio plantava casta-nheiros novos numa belga de ferrã, e era salutar ver um ve-lho entregue a uma tarefa de

frutos longínquos, de todo safa-ra para ele.

Aquilino Ribeiro, Terras do Demo.

Era a tarde do Sexto Dia. Do lodo da terra Deus fi-zera o primeiro homem à sua semelhança e como se fora vento de madrugada um sopro de vida o animou. E Deus traçou-lhe, ao ho-mem, um pouso, no Éden, a Oriente, lá onde o sol era o primeiro a despertar pela manhã, onde os pássaros começavam logo a cantar, onde se ouvia pelo andar do dia fora o manso correr de quatro rios, onde o “Se-nhor Deus fez desabrochar da terra toda a espécie de árvores agradáveis à vista e de saborosos frutos para comer” (Gen. 2, 9). Jardim, se lhe chamou.

Por muito tempo Adão guardou o jardim que Javé lhe dera para cultivar. E foi talvez quando as primei-ras rosas floriram, quando sentiu no ar o seu perfume, quando cortou a primeira rosa sem ter a quem a dar, foi então que se apercebeu de que estava só. Javé pas-seava no jardim a essa hora e viu a turbação do homem que criara e ali lhe prome-teu que ao acordar teria jun-to dele companheira. E as-sim foi. Adão deu à mulher a rosa que cortara, à mulher

a quem confiava agora o seu amor.

Havia no jardim uma ár-vore de frutos proibidos, ain-da não sabemos se eram as romãs. Eva, que esse iria ser o seu nome de mulher, era ainda quase uma crian-ça, colheu certa manhã um cesto de romãs na romãzei-ra. E partilhou os doces fru-tos com Adão.

Javé voltou ao fim da tarde. Não quis mais Adão no seu jardim. Nem Eva, que as-sim chamou Adão à compa-nheira. Vestiu-os com peles de cordeiro e ficou a olhar, compadecido, na porta en-treaberta do jardim. Eva e Adão caminharam então para Ocidente onde a terra era verde mas não tinha o jeito de jardim. Violetas sel-vagens já havia. E papoulas. Adão terá cortado um ramo delas e terá enxugado com um beijo as primeiras lágri-mas da mulher.

Adão aprendeu a plantar romãs e castanheiros e fa-zia, no Inverno, cestos de varedo. Eva enxugava-lhe às vezes o suor e servia-lhe água fresca numa bilha que inventara. Do lume aceso na lareira vinha o cheiro bom das castanhas a assar. E am-bos recordavam, magoados, o chão ameno e as sombras do arvoredo do Jardim onde nasceram.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

O Festival da Primavera, que vai já na sua sexta edi-ção, aposta este ano na in-ternacionalização, com a presença de músicos do pa-norama internacional.

Este domingo, 21, Aris-to Sham, pianista chines, sobe ao palco do Teatro Viriato pelas 17h00.

No passado sábado, 13, a Pousada de Viseu re-cebeu Tal Hurwitz, gui-tarrista israelita, que se juntou ao quarteto de guitarras dos professo-res do Conservatório, André Cardoso, António Coelho, Marco Pereira e Paula Sobral.

O evento, organizado pelo Conservatório de Música de Viseu é apoiado pela Câmara Municipal de

Viseu e integra-se na agen-da do Viseu Naturalmente.

Hoje, 18, o Festival da Pri-mavera reserva um dueto, pelas 21h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Viseu, ao piano Luís Pipa e Vítor Matos no clarine-te. Sexta, na Igreja da Me-sericódia atua pelas 21h30, a Orquestra da Câmara Piaget de Viseu. Sábado,no mesmo local, pelas 21h30,

Nuno Alexandre, no pia-no, acompanha o Coro da Câmara do Conservatório e no domingo, o pianista chinês Aristo Sham.

A 6ª edição do Festival de Música da Primavera prolonga-se até ao dia 28 de abril e promete trazer à cidade, muita música e cultura.

Micaela Costa

Pianista chinês atuano Festival da PrimaveraAgenda∑ Domingo pelas 17h00, no Teatro Viriato, sobe ao palco Aristo Sham

OLIVEIRA

DE FRADES

∑ Museu Municipal

Até dia 30 de abril

Exposição de pintura

«Realismo Abstrato»

de Wilfred Hildonen

VISEU

∑ FNAC

Até dia 30 de abril

Exposição de fotografia

“Arrefeceu a Cor Dos

Teus Cabelos”, de Lara

Jacinto.

∑ IPJ

Até dia 19 de abril

Exposição de escultura

Artesanato em torgas,

de Arlindo Pereira

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 13h30, 13h50, 16h15, 18h40Os Croods VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 13h30, 16h25, 19h00, 21h45, 00h15*Comboio noturno para Lisboa(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 15h50, 18h10, 21h00, 23h40*Celeste e Jesse para

sempre(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 16h05, 18h50, 21h35, 00h20*Esquecido(CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h45, 21h20, 00h00*G.I. Joe: Retaliação(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 16h50, 19h00, 21h40,

23h50*Ladrões com Estilo(CB) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 17h40, 21h10, 00h10* Um refúgio para a vida(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 14h00, 16h45, 21h10, 23h55* Esquecido(CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h45, 21h30, 00h10*

G.I. Joe: Retaliação (M16) (Digital 3D)

Sessões diárias às 11h00* (dom.), 14h10, 16h35, 19h00Os Croods VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 22h00, 00h30* Dou-lhes Um Ano(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 15h35, 17h50, 21h40, 00h20* A idade da loucura

(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 16h40, 18h50, 21h50, 00h00* Scary Movie 5 - Um Mítico Susto de Filme(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 16h30, 18h40, 21h20, 23h30*Nome de código: Paulette(M12) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado

O Museu Municipal de Várzea de Calde, em Viseu, está a convidar as crianças a participarem, até ao final do mês, num ateliê sobre a sementeira do linho, intitulado “O Sr. Linho e a Sr.ª. Linhaça”.

A realização do ateliê

coincide com a época do início das sementeiras do linho nos campos agríco-las da aldeia de Várzea de Calde. “Os participantes poderão semear o linho, com a semente, a linha-ça e com recurso às per-sonagens, o Sr. Linho e a

Sr.ª. Linhaça”, adianta a Câmara de Viseu numa nota à imprensa, sendo as crianças e os jovens envolvidas na temática do ciclo do linho, um dos conteúdos de gran-de expressividade do museu.

Museu de Calde convida crianças para semear o linhoVariedades

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culturas A Câmara de Mangualde está a desafiar os munícipes a inscreverem-se numa exposição que pretende dar a conhecer as coleções que têm em casa. “A Arte de Colecionar” é o nome da iniciativa, que se realizará este ano, em data a definir, na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves.

D Mangualde quer expor coleções de munícipes

O som e a fúria

O que se passana Hungria?

Melhor, na UE?

Parece que a Hungria já não é uma Democracia. Isto poderia não signifi-car nada para mim (nem para o leitor) mas signifi-ca porque estamos todos no mesmo barco desde que foi criado um figurino chamado União Europeia, alicerçado numa série de princípios e proclama-ções – entre os quais a Democracia. Mas, afinal, o que se passa naquelas bandas? Em resumo: o fim de uma era constitu-cional.

No poder desde 2010, o primeiro-ministro Viktor Orbán (chefe de um go-verno liberal e moderado na década de 90), trans-formou-se num aprendiz autocrata. Lá se vão as conquistas democráticas do pós-comunismo. Re-centemente, no dia 11 de março, o parlamento hún-garo adoptou uma nova alteração à Constituição que limita as competên-cias do Tribunal Consti-tucional. Muitos artigos que haviam sido retirados por serem inconstitucio-nais reaparecem agora na Constituição. Entre eles, a criminalização dos sem-abrigo ou a regulamenta-ção das críticas a figuras públicas.

A alteração foi apro-vada com 265 votos a fa-vor, 11 contra e 33 absten-ções, as do partido de ex-trema-direita Jobbil. O Fidesz, do primeiro-mi-nistro Viktor Orbán, dis-põe da maioria dos dois terços. Há quem fale numa ditadura da maio-ria como perigo vivo para

a comunidade, recorren-do ao pensador do sécu-lo XIX, Tocqueville. Mas, mais grave, é a aceitação da UE disto tudo (já para não falar da Constituição da Hungria de 2011, que entrou em vigor em 1 de janeiro de 2012 e dos con-flitos que envolveram o regulamento dos meios de comunicação)).

Budapeste e Bruxelas jogam ao rato e ao gato. A diferença é que o rato húngaro é muito ágil e o gato europeu é desajeita-do e hesitante. Mas o que poderia fazer Bruxelas? Sancionar o governo de um dos seus membros, saído de eleições demo-cráticas, não é fácil. Para o fazer dispõe apenas de uma arma: suspender, em Bruxelas, os direitos de voto do governo em cau-sa. Ora, a recordação do precedente austríaco con-tinua bem viva: aquando da chegada do partido de extrema-direita de Jörg Haider à coligação gover-namental de Viena, em 2000, os europeus acaba-ram por renunciar a agir. Bruxelas pode, também, pensar em sanções finan-ceiras contra Budapeste, porque a Hungria precisa muito dessa ajuda “estru-tural”. Mas esse meio de pressão, certamente mais convincente, não está a ser, por enquanto, encara-do. Enfim, como disse no outro dia, numa entrevis-ta, o centrista José Ribei-ro e Castro, “esta União Europeia não presta”.

Maria da Graça Canto Moniz

Destaque

Viseu 1962. Guitarris-ta autodidacta desde os 12 anos. A partir de 1982 estu-dou nos conservatórios de música de Aveiro, Viseu e Porto e também na Escola de Jazz do Porto onde estu-dou piano e posteriormente profissionalizou-se como professor de Educação Mu-sical na UTAD. Atualmen-te é professor de educação musical na EB 2,3 de Mun-dão. Foi co-fundador do Quinteto de Jazz de Viseu, o primeiro grupo de Viseu a tocar música de influência jazz, em 1986, onde tocou piano e compôs grande par-te do reportório. É colabora-dor de vários projetos Tea-trais e Musicais com desta-que, desde 1994 para o Trigo Limpo Teatro ACERT. É responsável pela direcção musical dos espectáculos e CDs do Trigo Limpo Teatro ACERT “SOLTAR a LIN-GUA”, “CANTOS da LÍN-GUA” e do novo “A COR DA LÍNGUA”, projectos que contam com muita mú-sica da sua autoria que têm como protagonista a Língua Portuguesa, com todas as riquezas da Diáspora, onde assume igual importância a palavra dita e a palavra can-tada.

Quando germinou em si este interesse pela música? Pela guitarra?Aos 12 anos através da in-

fluência de amigos que co-meçavam a aprender, come-cei a pegar no instrumento por curiosidade e não parei. Mais tarde quando comecei a estudar música no conser-vatório estudei piano assim como também me dediquei outros instrumentos de cor-das.

O jazz é para si um género de eleição ou tem outras prefe-rências?O jazz para mim tem ser-

vido como mais uma ferra-menta que posso juntar à experiência gratificante de ter podido trabalhar criati-vamente com atores e ence-nadores, assim como a pos-sibilidade de ter tocado com músicos como os Toques do Caramulo de Águeda, ou os Timbila Muzimba de Mo-çambique, ou até ter estu-dado um prelúdio de Bach. Tudo isso faz a música que

construo e gosto de todas as ramificações para onde a es-tas influências me levam.

Como surge este trio com quem tem actuado?Mantenho um quarteto

há mais de 15 anos com al-guns músicos de fora de Viseu, este trio, que não tem formação fixa, surge como a oportunidade de tocar com uma nova geração de mú-sicos que entretanto apare-ceram a estudar musica na área do jazz, ao fim de um fosso de alguns anos desde a minha geração até há pou-co tempo em que ninguém por aqui se tinha dedicado à musica improvisada, e po-der por em prática novas lei-turas dos clássicos além de experimentar a minha mu-sica com esta nova geração numa formação mais re-duzida mas por outro lado mais desafiante e exigente. Faço um reconhecimento da importância que tem tido a Gira Sol Azul na divulga-ção Jazz pela nossa região.

Hoje, Carlos Peninha é um profissional a viver exclusiva-mente da música?Como já referi sou profes-

sor do ensino básico, mas de certa forma posso dizer que sim uma vez que trabalho com esta linguagem quer como compositor, intérpre-te e professor, embora neste último caso cada vez menos haja lugar para a promoção do que realmente interessa

no que toca às artes. Honra seja feita a algumas excep-ções que tentam sobreviver à massificação do ensino!

Quais as futuras actividades previstas?Vou participar numa nova

produção do Trigo Limpo Teatro Acert, estou a pre-parar um CD de músicas originais com a participa-ção de muitos convidados com quem trabalhei ao lon-go dos anos, ainda sem data de edição, trabalho este que tem por base o projecto que também tenho há uns anos “Tocar o Chão” que explo-ra reportório novo e origi-nal sobre a poesia de língua portuguesa e alguma musi-ca instrumental de raiz por-tuguesa. Este projecto inter-preta exclusivamente músi-ca da minha autoria, alguma de carácter marcadamen-te instrumental, e também canções a partir de textos e poemas de autores por-tugueses e lusófonos. A in-fluência africana é um dos condimentos deste projeto que se junta ao Jazz e à mú-sica Tradicional Portuguesa e procura sonoridades mul-ticulturais. Estou também a participar na divulgação do DVD e espectáculo “Fado e Jazz” de Paulo Lima.

Qual o reconhecimento que lhe é prestado, a nível local, nacional e internacional?Apesar de sempre viver

em Viseu e tentar produzir

aqui o máximo de projec-tos criativos, também traba-lho muito com projectos de outros lugares. a nível local posso dizer que tenho tido sempre a oportunidade de apresentar os meus projetos na programação do “Viseu Naturalmente” da Câmara Municipal de Viseu e tam-bém na variada programa-ção da Acert em Tondela, só para dar dois exemplos. Não sou assim tão “conhe-cido” fora da minha região, embora já tenha tido provas de algum reconhecimento nos convites para criar mú-sica quer para teatro, quer para outros projectos assim como participar em inter-câmbios variados como por ex: SILA-Salão Internacio-nal do Livro Africano com “A Côr da Língua” Tenerife 2010; Festival POW WOW em Trogen – Switzerland e Bardentreffen Festival 2009 em NÜRNBERG (Alema-nha)(c/ Toques do Caramu-lo da D’Órfeu); Co-produção Theater tri-bühne Stuttgart (Alemanha) / Trigo Limpo teatro ACERT -Festival de Teatro Europeu de Stutt-gart 2008. “Ahoje é Ahoje” Intercâmbio artístico e de cooperação solidária-MA-PUTO, Moçambique 2008. Festival “Music and Dance from around the World”- Weston super Mare-Reino Unido”2008(Carlos Peni-nha& Tocar o Chão); Con-vidado em nome próprio no programa Quilómetro

“O jazz como ferramenta”

Zero da RTP2 para entrevis-ta e tocar música da sua au-toria-2008. “Torna Viagem” (CD de José Medeiros que ga-nhou o Prémio José Afonso 2005);”Gente feliz com lágri-mas” CD e Banda Sonora da série televisiva da RTP Aço-res de José Medeiros 2005; IDENTIDADES - Recife e Aracajú-Nordeste do Bra-sil (Espectáculo Canções de

João Loio, Trigo Limpo Tea-tro Acert, Gesto e Fundação Joaquim Nabuco)1998; Mu-sica original para teatro para peças de teatro Trigo Limpo, para o Teatro do Montemuro e Entretanto Teatro entre muitos outros eventos e dis-cografia que podem ser co-nhecidos em www.myspace.com/carlospeninha.

Paulo Neto

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saúde e bem-estar

800 202 669ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

SOS VOZ AMIGA

CHAMADA GRÁTIS

A Associação dos Bombeiros Volun-tários de Penalva do Castelo, em colabo-ração com o Agrupa-mento de Escolas do concelho e Associa-ção de atletismo de Viseu, promove a 1ª Corrida de Penalva

do Castelo no próxi-mo domingo, dia 21 de Abril.

A corrida terá como padrinhos da pro-va, Fernanda Ribei-ro, campeã olímpica e recordista mundial e José Regalo atleta olímpico.

Corrida dos bombeiros em Penalva

CAMINHADA SOLIDÁ-RIA COM PARTIDA NA RADIAL DE SANTIAGO

As Obras Sociais do Pes-soal da Câmara Municipal e Serviços Municipaliza-dos de Viseu e o Clube de Escola de karaté Shukokai organizam uma caminhada solidária, no âmbito da IV Corrida Solidária dos Médi-cos do Mundo. O encontro está marcado para o dia 19 de maio, às 10h30, no Parque Urbano, Radial de Santiago, em Viseu.

FISIOTERAPIA É TEMA PARA JORNADAS

A Escola Superior de Saúde Jean Piaget de Viseu promove as segundas Jor-nadas de Fisioterapia “Fi-sioterapia pelo Exercí-cio Físico”, dias 17 e 18 de maio. O dia 17 será preen-chido com workshops, de-correndo as jornadas ao longo do dia 18. Atividade física, exercícios de saúde e fisioterapia são alguns dos temas em análise.

RASTREIO DE CANCRO DA MAMA EM SÁTÃO ATÉ FINAL DE MAIO

O Núcleo Regional do Centro da Liga Portugue-sa Contra o Cancro (NRC-LPCC) está a promover o Programa de Rastreio de Cancro da Mama em Sátão, desde ontem, até ao final de maio.

A Unidade Móvel de Mamografia Digital en-contra-se estacionada junto ao Centro de Saúde. As mulheres com idades comprendidas entre os 45 anos e os 69 anos podem aderiar ao programa, bas-ta dirigirem-se à unidade de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h 00 às 17h00.

A LPCC lembra que “atualmente em Portugal, com uma população fe-minina de cinco milhões, surgem 4.500 novos casos de cancro da mama por ano, ou seja, 11 novos ca-sos por dia. Morrem qua-tro mulheres por dia com esta doença”. EA

A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cida-dão com Deficiência Mental de Viseu, a Câmara Munici-pal de Viseu e a Unidade de Cuidados na Comunidade Viseu do Agrupamento de Centros de Saúde Dão-La-fões organizam uma inicia-tiva simbólica de Movimen-to pela Saúde, na terça-feira, dia 16, na Ecopista do Dão. A par da caminhada pela saúde de seis quilómetros decorreram sessões de ava-liação da tensão arterial, do estado físico de cada parti-cipante e de aquecimento.

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SAÚDE

O extracto de planta que melhora a circulação sanguínea

Opinião

Inês VeigaFarmacêutica

O Ginkgo biloba contri-bui para uma melhor me-mória, reduz os zumbidos nos ouvidos e as mãos e os pés frios.

Uma das descobertas mais interessantes dos úl-timos tempos é o ginkgo bi-loba, um extracto de plan-ta que dilata os vasos san-guíneos e ajuda o aporte de oxigénio e nutrientes a to-das as partes do corpo.

Quando se fazem pala-vras cruzadas, o cérebro trabalha a grande veloci-dade para encontrar as res-postas certas. As tarefas de concentração e reflexão re-querem um enorme forne-cimento de sangue ao cé-rebro, dado que o sangue transporta o oxigénio e os nutrientes necessários às células cerebrais. O mús-culo também está depen-dente de sangue, oxigénio e nutrientes, bem como qual-quer outra função do nos-so corpo. À medida que se envelhece, o fornecimento de sangue fica mais lento devido à formação gradu-al de placas no interior dos vasos sanguíneos, afectan-do a memória e a concen-tração. Os pés e as mãos podem arrefecer e muitas das funções do corpo ficam

mais lentas. A boa notícia é que este problema pode ser resolvido através da admi-nistração de um extracto de planta designado ginkgo biloba.

Como funciona?O que contém essa plan-

ta que tem a capacidade de melhorar a circulação? O segredo está nos flavona-glicósidos e nas terpeno-lactonas, que são as subs-tâncias activas (flavonói-des) com diversos efeitos biológicos. De um modo simples, o ginkgo biloba di-lata (expande) os vasos san-guíneos, facilitando a pas-sagem do sangue. O ginkgo biloba apresenta um outro efeito importante – torna o sangue menos viscoso. Tal facilita a circulação do san-gue.

Mãos e pés mais quentesInvestigadores demons-

traram que ginkgo biloba melhora o fornecimento de sangue às extremidades, tais como os pés e as mãos. A utilização de termografia, uma técnica particular de imagem que mostra as dife-renças de temperatura com cores diversas, permitiu aos investigadores demonstrar como as zonas frias se tor-

nam quentes após a utili-zação de suplementos de ginkgo biloba. Por outras palavras, o acréscimo de fornecimento de sangue aumenta a temperatura nos dedos das mãos e pés.

Combate à demênciaOutra área que se mos-

tra promissora é a preven-ção de problemas como a Doença de Alzheimer. Es-tudos demonstram como pessoas em estados ini-ciais desta doença po-dem atrasar o desenrolar da doença. Deste modo, são capazes de se man-ter num estado inicial de doença, quando se espe-raria que dependessem completamente de tercei-ros. Assim, ginkgo biloba ajuda no bem-estar físico e mental e parece ser um meio extremamente útil na manutenção da saúde, especialmente durante o envelhecimento. Actual-mente, não existem me-dicamentos capazes de

igualar ginkgo biloba no que se refere à melhoria dos problemas circulató-rios. Por este motivo, este suplemento é único.

Melhora a memória e a concentração

Agora, se considerar o facto de que apenas o cé-rebro humano utiliza cerca de 20% do oxigénio consu-mido, não será difícil ima-ginar como ginkgo biloba pode melhorar o desem-penho mental. As pesso-as mais velhas que tomam este extracto apercebem-se de que conseguem lem-brar-se mais facilmente de pormenores e que têm maior facilidade de con-centração, mas existem ou-tros benefícios associados à utilização de ginkgo bilo-ba. O ginkgo biloba contri-bui também para o alívio de outros problemas rela-cionados com a má circu-lação como tonturas, zum-bidos nos ouvidos e pernas pesadas.

Como escolher um bom produto?Existem vários suplementos disponíveis nas farmá-

cias que ajudam a melhorar a circulação sanguínea. Estes podem parecer iguais mas estarem muito longe em termos de qualidade e eficácia. É por isso essen-cial ter em conta a matéria-prima utilizada.

Num estudo independente no Reino Unido, que comparou 18 marcas de ginkgo biloba disponíveis co-mercialmente, o suplemento que surgiu no topo da lis-ta dos melhores contém 100 mg de extracto patentea-do, obtido a partir das folhas da árvore Ginkgo biloba. Tem uma quantidade normalizada dos ingredientes activos (Norma PN 246). A matéria prima utiliza-da neste suplemento foi considerada a melhor maté-

ria-prima do mercado - a mais eficaz, de melhor absorção e

de melhor qualidade. Permite uma toma diária de apenas

um comprimi-do por dia - se-gundo estudos científicos re-cente s , u m a toma única de dose superior é

mais eficaz.

ria-prima do meficaz, de m

de mePerdi

m

Jornal do Centro18| abril | 2013 33

Page 34: Jornal do Centro - Ed579

CLASSIFICADOS

Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu. Serviço de Emprego de ViseuRua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de TondelaPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

Centro de Emprego de Dão Lafões. Serviço de Emprego de São Pedro do SulRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

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Jornal do Centro18 | abril | 201334

Page 35: Jornal do Centro - Ed579

CLASSIFICADOS

INSTITUCIONAIS

(Jornal do Centro - N.º 579 de 18.04.2013)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 579 de 18.04.2013)

2ª Publicação

OBITUÁRIOLevi Guedes Violante, 83 anos, ca-sado. Natural e residente em Fonte-lo, Armamar. O funeral realizou-se no dia 17 de abril, pelas 17.30 ho-ras, para o cemitério de Fontelo.

Agência Funerária IgrejaArmamar Tel. 254 855 231

José Augusto dos Santos Costa, 84 anos, viúvo. Natural de Carvalho-sa, Ermida, Castro Daire e residen-te em Picão, Castro Daire. O fune-ral realizou-se no dia 11 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemité-rio de Picão.

Amadeu Pereira, 79 anos, casado. Natural e residente em Mosteirô, Pe-pim, Castro Daire. O funeral reali-zou-se no dia 13 de abril, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Pepim.

Maria Soledade Pereira Almeida, 87 anos, casada. Natural de Vila Nova, Pinheiro, Castro Daire e re-sidente em Casal Bom, Reriz, Cas-tro Daire. O funeral realizou-se no dia 13 de abril, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Reriz.

Maria Ilídia Fernandes Pereira, 67 anos, viúva. Natura e residente em Almofala, Castro Daire. O funeral rea-lizou-se no dia 14 de abril, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Almofala.

Maria do Céu e Almeida, 97 anos, solteira. Natural e residente em So-bradinho, Ermida, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 15 de abril, pelas 18.00 horas, para o ce-mitério de Ermida.

Ag. Fun. Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Maria Laurinda de Jesus Augusto Abrantes, 60 anos, casada. Natu-ral de Moinhos de Pepim, Pindo, Penalva do Castelo e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 12 de abril, pelas 17.30 ho-ras, para o cemitério de Pindo.

Ag. Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

António Mariano da Silva Xavier Guerra, 64 anos, casado. Natural e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 4 de abril, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca.

Patrocínia de Carvalho, 74 anos, casada. Natural de Tarouca e re-sidente em Cravaz, Tarouca. O fu-neral realizou-se no dia 10 de abril, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca.

Ag. Fun. Maria O. Borges DuarteTarouca Tel. 254 679 721

Em i l i a no S i l va dos Sa ntos Martinho, 74 anos, casado. Natu-ral de Lousã e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 15 de abril, pelas 9.00 horas, para o ce-mitério de Pegada, Lousã.

Nazaré de Jesus da Silva, 72 anos, viúva. Natural de Fragosela e resi-dente em Fragosela de Baixo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 15 de abril, pelas 18.00 horas, para o ce-mitério de Prime.

Carlos Lopes, 93 anos, viúvo. Na-tural e residente em Tibaldinho, Viseu. O funeral realizou-se no dia 17 de abril, pelas 17.00 ho-ras, para o cemitério de Alcafache, Mangualde.

Agência Funerária D. DuarteViseu Tel. 232 421 952

Lucinda de Jesus, 83 anos, viúva. Natural de Vil de Souto, Viseu e residente em Carriça, Vil de Souto, Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 de abril, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Vil de Souto.

Preciosa Emília, 97 anos, viúva. Natural e residente em Torredeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 15 de abril, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Torredeita.

Manuel de Jesus Pedro, 69 anos, casado. Natural de Rio de Loba e residente em Viso Sul, Viseu. O fu-neral realizou-se no dia 17 de abril, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Ranhados.

Ag. Fun. Amaral & Sobrinho, Lda.Viseu Tel. 232 415 578

Maria da Natividade Martins, 89 anos, solteira. Natural de Penalva do Castelo e residente em Repe-ses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 12 de abril, pelas 10.00 horas, para o cemitério novo de Repeses.

António Ferreira de Figueiredo, 79 anos, viúvo. Natural de Rio de Loba e residente em Travassós de Cima, Viseu. O funeral realizou-se no dia 12 de abril, pelas 14.30 horas, para o crematório de Viseu.

Rita da Assunção Nery, 87 anos, solteira. Natural de Rio de Loba e residente em Travassós de Cima, Viseu. O funeral realizou-se no dia 16 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitério velho de Rio de Loba.

Ag. Fun. Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

(Jornal do Centro - N.º 579 de 18.04.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 579 de 18.04.2013)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 579 de 18.04.2013)

1ª Publicação

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Começa em grande a XXIX Semana Académi-ca de Viseu, com a atu-ação dos Xutos e Pon-tapés. A banda de rock português, que já não vinha à festa académi-ca da cidade há algum tempo, sobe ao palco no sábado.

A semana da festa dos estudantes, decorre no pavilhão Multiusos de Viseu e prolonga-se até dia 25 de abril.

Domingo, o programa começa pelas 15h00 com a Benção das Pastas, no adro da Sé, às 22h00 a Marcha dos Caloiros e às 23h00 a Monumental Serenata, também no

Adro da Sé. No Pavilhão Multiusos a animação fica a cargo de Jaimão. A noite de segunda-feira, 22, está reservada para as tunas académicas de Viseu.

O desfile académico está marcado para ter-ça-feira, 23, e à noite, já no recinto oficial da se-mana académica, a habi-tual presença de Quim Barreiros.

Os portugueses Blas-ted Mechanism também fazem parte do cartaz da edição 2013, e sobem ao palco, quarta-feira, 24.

O último dia da fes-ta dos estudantes fica reservado para várias

bandas portuguesas de hip-hop: os viseenses Adega 13, Dealema e os cabeça de cartaz para a última noite, Mind da Gap.

Para além das várias bandas a semana acadé-mica conta com a pre-sença de dj’s aos longo das sete noites: DJ Nuno Machado (20), DJ Peter Sky (22), DJ Vitto (23), DJ Alberto Grnja/DJ Vitor Pirez (24) e DJ Mouse (25).

O pavilhão Multiusos abre portas, durante os dias da Semana Acadé-mica, pelas 22h00.

Micaela Costa

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JORNAL DO CENTRO18 | ABRIL | 2013Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 18 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 8ºC.Amanhã, 19 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 6ºC.Sábado, 20 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 16ºC e mínima de 3ºC.Domingo, 21 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 6ºC.Segunda, 22 de abril, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 19ºC e mínima de 8ºC.

tempo

Quinta, 18 abrilMangualde∑ Curso de apicultura organizado por Harald Hafner, com o apoio da Câmara Municipal, vai decorrer no auditório da autarquia e na Quinta do Modorno, em horário pós laboral nos próximos seis dias.

Viseu∑ O Professor Jaqques Donnez visita o Centro Hospitalar Tondela - Viseu, EPE.O especialista participa num debate, às 11,30.

Sexta, 19 abrilViseu∑ A Associação Empresarial da Região de Viseu e a Associação Cristã de Empresários e Gestores, promovem a sessão “Ética para Dirigentes e Administradores. Como construir empresas de excelência e socialmente responsáveis” , às 17h45 no Hotel Montebelo

∑ Tomada de Posse dos órgãos sociais do CERV - Conselho Empresarial da Região de Viseu, às 14h30 na sede da Associação Comercial do Distrito de Viseu.

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

1. No último Olho de Gato do ano passado es-crevi aqui: “enquanto a generosidade das bases socialistas está focada nas próximas autárquicas, as elites pensam mais em legislativas antecipa-das, apostando que Portas se divorcia de Passos”. Chamei a isso “deriva estratégica”.

Seguro tem exigido a demissão do governo mas — como seria estúpido juntar-se à “rua” de Jerónimo e lhe fica mal jacobinar asneiras como Mário Soares - resta-lhe continuar a ligar para o roaming de Paulo Portas. Em resumo: a lideran-ça do PS passou todos estes meses num corrupio mas não saiu do mesmo sítio.

Nestes dois anos que leva de liderança, Segu-ro falhou o que se tinha proposto: nenhum can-didato a uma câmara importante foi escolhido em primárias, as suas ideias sobre ética política foram metidas no congelador com medo dos so-cratistas e agora até ele é obrigado a papaguear a “narrativa” do PEC4.

Seguro não tem agido, só reagido. Ao acto fa-lhado da proto-candidatura de António Costa, reagiu com a artilharia toda do aparelho e ob-teve 96% dos votos, uma norte-coreanice para esquecer.

2. Caro António José Seguro, ligue lá ao Paulo Portas outra vez. Não o atendeu? Esqueça esse dançarino habilidoso. Mude de página. Abra um novo capítulo. Foque-se no essencial, homem. E o essencial é pôr os portugueses a falar, e esse falar não é na “rua” nem em sondagens. Esse fa-lar é nas urnas, é nas próximas eleições autár-quicas.

Caro António José Seguro, faça o que Ferro Rodrigues e Sousa Franco fizeram nas europeias de 2004. Transforme as próximas autárquicas num cartão amarelo a este governo gasparino que não acerta uma. No futebol dois cartões amarelos dão expulsão, trabalhe para serem mi-lhões. Os autarcas socialistas agradecem. O elei-torado fica com uma motivação extra para ir vo-tar. Foque-se, homem. Tome a iniciativa. Em vez de reagir, aja primeiro.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Cartõesamarelos

Concertos ∑ Blasted Mechanism, Jaimão, Quim Barreiros e Mind da Gap, também vão subir ao palco do pavilhão Multiusos

agenda∑

Xutos abrem Semana Académica de Viseu

A Festa dos estudantes decorre de 20 a 25 de abril

DR