Teoria Matemática da Comunicação

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  • UNIVERSIDADE GUARULHOS

    TEORIA MATEMTICA DA INFORMAO

    TRABALHO DE ENGENHARIA DE SISTEMAS I

    Turma CIC 3 MA

    22/10/2010

    Alex Correia (RA 2009.11604.0), Daisy Santos (RA 2009.12601.1) Sara Cunha (RA 2009.13078.7)

  • TEORIA MATEMTICA DA COMUNICAO

    A Teoria da Informao ou Teoria Matemtica Comunicao um

    ramo da teoria da probabilidade e da matemtica estatstica que lida com sistemas

    de comunicao, transmisso de dados, criptografia, codificao, teoria do rudo,

    correo de erros, compresso de dados, etc.

    A Teoria da Informao foi criado por Claude E. Shannon (1916-2001).

    Sua teoria foi a primeira a considerar comunicao como um problema matemtico

    rigorosamente embasado na estatstica e deu aos engenheiros da comunicao um

    modo de determinar a capacidade de um canal de comunicao em termos de

    ocorrncia de bits. A teoria no se preocupa com a semntica dos dados, mas pode

    envolver aspectos relacionados com a perda de informao na compressoe na

    transmisso de mensagens com rudo no canal.

    A moderna teoria da informao comeou com duas publicaes: a do

    artigo cientfico de Shannon (A Mathematical Theory of Communication Teoria

    Matemtica da Comunicao), no Bell System Technical Journal, em julho e outubro

    de 1948; e do livro de Shannon em conjunto com o engenheiro norte-americano

    Warren Weaver (1894-1978), intitulado The Mathematical Theory of

    Communication Teoria Matemtica da Comunicao, contendo reimpresses do

    artigo cientfico anterior de forma acessvel, popularizando os conceitos.

    A reflexo terica sobre a comunicao nasceu em conseqncia da

    crescente preocupao com o impacto social da chamada revoluo nas

    comunicaes. Em meados do sculo XX, as pesquisas sobre a natureza e o

    impacto dos meios de difuso de massas haviam-se posto em marcha, a

    propaganda tornara-se matria de segurana nacional e os estudos sobre a

    linguagem haviam reenforado-na como estrutura de comunicao, revelando, isso

    tudo, a necessidade de fundamentar teoricamente no s o conceito, mas o prprio

    campo de estudo de comunicao. A soluo do problema foi encontrada no modelo

    terico proposto, mais ou menos mesma poca, por Shannon e Weaver. A

    denominada teoria matemtica da informao permitiu-lhes desenvolver o conceito

    da coisa como processo de transmisso de mensagens de um emissor para um

  • receptor que, dado o cunho puramente formal, tornou-se possvel seu seu emprego

    nos mais diversos ramos do conhecimento.

    Para os autores, a problemtica da comunicao pode ser equacionada

    em trs nveis: o tcnico, o semntico e o pragmtico; resolvendo-se o primeiro,

    soluciona-se o conjunto. O problema semntico, refere-se ao significado das

    informaes; o problema pragmtico refere-se capacidade das informaes

    modificarem o comportamento das pessoas: podemos reduzi-los porm ao problema

    da preciso com que se processa a transmisso de informaes do emissor para o

    receptor, na medida em que se compreende por informao todo sinal capaz de

    provocar reaes no comportamento de um dado sistema. Noutros termos, a

    problemtica da interao se reduz ao problema da transmisso de informao, tem

    a ver com o estabelecimento das condies necessrias para otimizao da

    transferncia de mensagens do emissor para o receptor, diz respeito capacidade

    do canal conduzir as informaes sem rudo para o destinatrio, capacidade essa

    que passvel de definio tcnica.

    Shannon demonstrou que letras e palavras, escolhidas ao acaso, postas

    em seqncia e ditadas exclusivamente por consideraes de probabilidade (depois

    das palavras "no caso", a probabilidade da prxima ser "de" muito grande), tendem

    a formar palavras e frases significativas. Assim, a informao deve ser medida pela

    entropia. Se uma situao altamente organizada, a informao, ou a entropia,

    baixa.

    A teoria matemtica da comunicao est preocupada, no com o

    significado de mensagens individuais, mas com a natureza estatstica da fonte de

    informao.

    No processo de transmisso do sinal, infelizmente caracterstico que

    certas coisas no pretendidas pela fonte de informao sejam acrescidas. Essas

    alteraes no sinal podem ser chamadas de rudo. A incerteza que decorre da

    liberdade de escolha da parte do emissor uma incerteza desejvel. A incerteza que

    decorre de erros ou da influncia de rudo uma incerteza indesejvel. Para

    obtermos a informao til do sinal recebido, precisamos subtrair a poro espria.

  • Shannon demonstrou que cada canal tem uma capacidade e uma

    quantidade limite de informaes transmitidas. A partir de um certo ponto, a

    mensagem comea a ser dominada pelos rudos que prejudicam a recepo.

    interessante observar que enquanto a informao significa variedade,

    novidade, a redundncia significa falta de variedade ou simplesmente repetio. A

    redundncia da lngua inglesa de cerca de 50 por cento. Em outras palavras, cerca

    da metade das letras ou palavras que escolhemos, ao escrever ou falar, de nossa

    livre escolha e cerca de metade realmente controlada pela estrutura estatstica da

    lngua. Com isso, possvel economizar tempo de telgrafo, embora manter a

    redundncia pode ser vantajoso pois ajuda a combater o rudo.

    Obs.: devemos levar em considerao no s a capacidade do canal,

    como tambm a capacidade da audincia para no sobrecarreg-la.

    Shannon e Weaver desenvolveram um modelo linear para o sistema geral

    da comunicao. Verificaram o processo de comunicao entre dois telefones:

  • O objetivo era otimizar o custo de uma mensagem transmitida entre dois

    pontos, em presena de perturbao aleatria (denominada Rudo), que impede o

    isomorfismo (que a mensagem inicial chegue de maneira idntica a seu destino), a

    plena correspondncia entre os dois plos. Os pesquisadores pretendiam encontrar

    a melhor maneira de transmitir as msgs a um custo mais baixo.

    A proposio desse modelo terico tinha por objetivo responder a trs

    questes, que so interdependentes.

    1 Qual a acuidade de uma transmisso de sinais?

    2 Qual o grau de nitidez com que os sinais transmitidos veiculam os

    significados desejados?

    3 Qual a eficincia/eficcia dos significados captados/assimilados no

    comportamento do receptor? E no que diz respeito finalidade desejada e prevista

    pelo emissor/fonte de informao?

    O modelo buscava a soluo de ordem tcnica, at porque para

    engenheiros de telecomunicaes pode ser irrelevante o contedo de uma

    mensagem. O que a eles pode interessar diz respeito ao tempo em que uma linha

    permanece ocupada, podem querer saber qual a distncia entre o incio e o fim do

    processo de transferncia; ou, ainda, determinar o grau de nitidez dos sinais vocais

    ao telefone, etc. Seu interesse concentrava-se nas caractersticas morfolgicas do

    sinal/mensagem e na nitidez com que ocorra sua transmisso.

    Como, portanto, transmitir o mximo de teor informativo pela utilizao

    competente de um canal, combatendo-se o rudo (sinais parasitrios que prejudicam

    a captao e o entendimento de uma mensagem???)

    Como avaliar a capacidade de um canal em veicular informao?

    Como fazer para que a informao, proveniente de uma fonte, atinja um

    destinatrio, produzindo efeitos por ela previsto e intentados.

    Como conciliar baixo custo e lato rendimento em matria informacional?

  • Shannon e Weaver pressupem que haja sentido (informao orientada)

    em uma mensagem. Bastar que se aperfeioe a codificao para que aumente a

    propriedade semntica da mensagem e, assim, possam ser adequadamente

    respondidas as perguntas 2 e 3, que fizemos antes.

    Em sua concepo original, esse modelo se destinada estimativa da

    quantidade da informao transmitida, tomando-se por referncia a improbabilidade

    estatstica de aparecimento de certas mensagens sem levar em conta os seus

    sentidos.

    Bibliografia:

    RDIGER, Francisco. Introduo Teoria da Comunicao. So Paulo,

    Edicon, 1998.

    EPSTEIN, Isaac. Teoria da Informao. So Paulo. Ed. tica, 1988.

    www.portal.ufra.edu.br