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Cinturao Negro Revista Portugues 304 Janeiro parte 2 2016

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A revista internacional de Artes Marciais, desportos de combate e defesa pessoal. Download grátis. Edição Online 304 - Janeiro - Parte 4. Ano XXV

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX,

osimilares) e aimpressão das capas segueasmaisrestritas exigências de qualidade(tipo depapele impressão). Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

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uando a crispação, a pressão, a tensão e osproblemas deixam de estar em fila e seamontoam; quando a energia para osenfrentar diminui, a imaginação nãofunciona e cada nova coisa parece ser mais

um passo numa já escrita sentença condenatória vital,meu amigo…, provavelmente faz muito que perdeu oNorte. Como começou tudo? Onde terá você errado?

A cadeia da negação tem sempre um incerto primeiromomento; talvez nesse pequeno desvio do rumoprimordial, que com o tempo e o espaço acaba por setornar uma tremenda deriva… E é que a viajem, com sorte,é longa. Paradoxalmente, a capacidade de resistência dohomem, provavelmente a sua principal virtude, aquela queo fez prevalecer, em certo modo é a sua maior falha, namedida que a dita persistência pode chegar a transformar-se justamente naquilo que o impede de aprender.

A evolução, contudo, essa coisa que se fundamenta emalgo tão simples como errar/acertar, trabalha sempre maisalém do binário "branco/preto". Tudo é mais complicadoquando chegamos a perceber que afinal, tudo é umaenorme escala de cinzentos, na qual é mais que fácilperdermo-nos. Como aquilatar a nossa consciência, paramanter o juízo preciso? Como distinguir o alvo em plenomovimento?

As Artes disciplinares, a tradição, dão-nos a chave:Mantenha o seu centro! Feche-se à dispersão! Abra-se àexperiência! Torne-se Um com o aparentemente alheio eunifique assim os opostos.

Que difícil tarefa nos tempos que vivemos! No entanto,não acredito que tudo isso tenha sido mais fácil numpassado épico ou sonhado, lendário afinal, mas tambémnão concebo que já alguém tenha a menor dúvida que aaceleração, a tensão e as forças extremas (radicais sepreferirem) dos tempos que vivemos, possam agora fazer-nos as coisas mais fáceis. Velhas tarefas num marcoeternamente cambiante.

Por isso, a velha consignação de ser positivo adquireuma dimensão cada dia mais importante. Ponhamos nomeio todas as salvaguardas necessárias, isso sim! Não váacontecer que acabemos cegos em vez de mais lúcidos.Ser positivos não quer dizer ser uns patetas! Ignorar osproblemas ou querer passar por cima deles à basesimplesmente de boa vontade, não é uma solução. Épreciso ser-se positivo… ao mesmo tempo que se pega otoiro de caras, seja qual for o assunto. Cada assunto temo seu lado pontiagudo, a sua haste, a sua espada, o seuperfil perigoso e principalmente, a sua adaga oculta.

Ser positivo quer dizer manter um espírito construtivopara além da conquista; como estratégia, como atitude.Perante o inevitável, ser positivo inclusivamenteproporciona-nos uma mais efectiva disposição de ordemprática. Observando-nos, focalizando-nos nos aspectos

positivos de uma desgraça, sempre podemos fazer de umproblema uma oportunidade pronta para ser trabalhada.Por outra parte, quando a escuridão nos prende, nãopodemos adivinhar uma saída; imersos na escuridão total,perdidos na penumbra, focar é impossível… só nos restaacender uma luz. Por isso dizem os clássicos "fecha-te àdispersão", deste modo aumentará a tua vitalidade. Avitalidade é energia e a energia possui essencialmente umlimiar que inevitavelmente acaba em luz.

Um sorriso (e o que dizer de uma gargalhada!) podemsalvar-nos a vida, focar-nos na distância adequada,proporcionar-nos uma perspectiva que nos permitaenfrentar, e inclusivamente transcender o conflito, ou seja,que nos permita ver e integrar a sua parte oculta. Opositivismo oferece-nos a ocasião de ver com um novoolhar uma mesma coisa. Rir-se é pois uma grandeestratégia, começando por nós mesmos! Que melhormaneira de neutralizar instantaneamente a nossaimportância pessoal? É que acontece que só sentindo-nosimportantes nos poderemos deprimir, só se nosatribuirmos importância poderemos sofrer.

Quando pomos em concerto adequado os problemas,as dificuldades são apenas uma irritante tromba sopradapor um pequeno diabinho, no meio de uma enormeorquestra sinfónica. Porque teimamos em escutar apenasesse instrumento? Ser positivo implica escutar toda asinfonia, incluída a irritante tromba, claro está! Se calharaté descobrimos que o seu som não carece de sentido naharmonia do conjunto! E se formos mais longe… Porpouco que vamos, acaba por nos agradar!

O positivismo é uma grande estratégia sempre que,claro está, não nos permitamos a nós próprios cair noNaïf. E o que há mais Naïf que julgar partindo do "bom emau"? Quando o que pretendemos é opor o positivismoao negativismo, negando o lado escuro das coisas,entramos inevitavelmente num diálogo contraditório; nãoestamos a unificar os opostos, estamos a confrontá-los!Esta é a figura do beato, do fundamentalista que pretendetranscender sem ter integrado, por certo, mais tarde oumais cedo fazendo do “bem” um indefectível “mal”. Não.Este não é o caminho do homem com conhecimento, doGuerreiro, o caminho do qual nos sussurram conselhos ossábios que pelo mundo foram.

O paradoxo da nossa realidade, o jogo dos opostos quesão complementares, faz do nosso plano de Consciênciae Ser um jogo de subtis claro-escuros, tons, coloridos eformas, imensamente rico e complexo. E é nessa riquezaonde reside o seu encanto; é no seu perigo, na suaincerteza, onde o sábio paladeia esse néctar rico eincomparável da fluidez, da realização da consciência domistério do Uno e as mil partes. Para compreenderquotidianamente este mistério, é preciso operar desde oprimeiro princípio que a tradição nos aconselha: Mantém o

"Um problema é uma oportunidade vestida num fato de trabalho"Jose María Sánchez Bárrio

Q

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teu centro. É um gigantesco paradoxo, mas sópartindo do centro poderemos adivinharcerteiramente a periferia. Um dos mistérios doUniverso é que nós, a sua própria criação, afinal lhetemos permitido olhar para si mesmo; admirar-se dasua beleza, do seu esplendor, grandiosidade epoder. Existe alguma experiência mais "religiosa",mais transcendente que esta?

O positivismo é uma direcção escolhida no nossocaminho ao infinito. Como descobrir se estamos ausá-la adequadamente? Nada mais fácil! Sempre que aeleição à qual o positivismo nos conduz, determinar quecaminhamos em frente, para cima, para dentro e nadirecção do Todo… não há dúvida, a nossa bússolafunciona!

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Alfredo Tucci é Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO.e-mail: [email protected]

https://www.facebook.com/alfredo.tucci.5

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O Vovinam, uma das artesmarciais vietnamitas, começou adar-se a conhecer em alguns paíseseuropeus a partir de 1970 e emespecial, nos países europeus maisindustrial izados, tais como aFrança, a Alemanha e a Itália.A chegada massiva de refugiados

vietnamitas fugindo do novo regimede Hanoi, após o final da guerra doVietname, em 1975, acentuou apropagação do Vovinam nessespaíses. Não obstante, esta difusãonão alcançou as que tiveram oTaekwondo ou a Capoeira, porexemplo.

Vovinam

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Tesouras voadoras, acrobacias…Criou o Mestre Fundador Nguyen Loc, estas

tesouras voadoras e acrobacias? O Mestre Nguyen Loc jamais fundou uma arte

marcial estética, nem muito menos um desportoespectacular. Pelo contrário, o que ele queria eracriar uma arte marcial agrupando apenas umastécnicas eficazes. A eficácia era a única meta domestre fundador, até tal ponto que a quantidade deQuyen (formas ou Kata em Japonês) que agoraestão no actual Vovinam, não existiam na época deMestre Nguyen Loc. Foram adicionadas após a suamorte. Algumas foram tiradas das artes marciaistradicionais vietnamitas (Long Ho Quyen, Lao MaiQuyen, Xa Quyen, Hac Quyen…) e outras foramcriadas a partir dos anos 1990.

O que fundou o mestre Nguyen Loc e qual opropósito?

Actualmente, se bem é certo queo Vovinam é praticado emnumerosos países da Europa eresto do Mundo, também é certoque não é o Vovinam marcial o quese conhece, mas sim o Vovinamespectacular, a parte “espectáculo”do Vovinam: as tesouras voadoras.Elas foram elementos cruciais

para o marketing do Vovinam, poisdavam instantaneamente umaimagem dinâmica, automaticamenteassociada ao Vovinam. Desde então,estes elementos se viraram contrao Vovinam, encerrando-o nestaimagem de ”tesouras voadoras”,que qualquer especialista verá comoumas técnicas irrealizáveis em umcombate real, ou pelo menos no quefaz referência à maior parte dastesouras voadoras do Vovinam.

Vovinam

“Os Don Chan TanCong ao pescoço,habitualmente

chamados «Don Chan»não existem nas artesmarciais tradicionaisdo Vietname”

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Artes do Vietname

“A luta Vat é o tronco debase do Vovinam.

Mas porque não se notaeste tronco de base nasdemonstrações actuais

do Vovinam?

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Antes de mais, devemos compreender queo Mestre Loc não praticava as artes marciais;ele era um lutador de Vat. Muitos mestres eprofessores de Vovinam, esquecem-no ouignoram. O Vovinam provém da lutavietnamita corpo a corpo (Vat). Na família do Mestre Nguyen Loc, todos

viviam em torno ao Vat. É precisamente omotivo pelo qual necessitava pesquisar.Queria completar seus conhecimentos delutador, com umas técnicas de punhos e compontapés, posto que ele as não sabia usar. Asua meta era criar um estilo para formar osjovens e assim poder defender-se contra osfranceses, que tinham invadido e colonizadoo país.Assim, é fácil compreender que, nestas

condições, as técnicas estéticas e semeficácia não eram bem vindas. Porconseguinte, não havia tesouras voadoras poruma razão muito simples: estávamos emvolta de ano 1930 e as tesouras voadorasainda não tinham sido inventadas!Actualmente podemos ler em alguns livros ouem sítios Internet que as tesouras voadoras“eram util izadas pelos vietnamitas paraderribar os cavaleiros Chineses duranteséculos”. São só fábulas inventadas nos anos1970, para apoiar as teses do carácter“milenário” do Vovinam Viet Vo Dao,conhecido na época com o nome de Viet VoDao, e que as revistas especializadas emartes marciais (e nos nossos dias os sítiosWeb) se apresaram em difundir, dando assimuma informação que apenas é um puro contode fadas…

Vovinam

“Na família do MestreNguyen Loc,

todos viviam em voltado Vat”

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“As tesouras voadoras são umcondimento somado a todas os

molhos do Vovinam, até tal ponto que o público

pensa que o Vovinam nada maisé que tesouras voadoras”

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Artes do Vietname

Estamos no Século XXI, numa época onde podemostransmitir informações verdadeiras e fiáveis e podemosdescobrir imitadores de toda espécie. No entanto, podemosler em muitas fontes ocidentais “Viet Vo Dao, a arte marcialmilenária”. Outra delírio comercial, posto que o nome Viet VoDao só aparece no Vietname em 1964! Foi o mestre Lê Sáng(Vovinam) quem o inventou, quatro anos depois da morte doMestre Fundador Nguyen Loc.Ou seja, para voltarmos ao assunto, o Vovinam foi criado

entre 1938-39 e tinha como meta a “colheita” de técnicaseficazes de artes marciais vietnamitas, mas tambémestrangeiras, para realizar o método definitivo de formaçãopara os jovens vietnamitas, contra os franceses.

Meios à sua disposiçãoNaquela época, de poucos meios dispunham no

Vietname. Os livros de artes marciais se contavam com osdedos da mão, não havia filmes, nem Internet, nem nada doque contamos na actualidade para poder transmitirinformação.… O Mestre Nguyen Loc podia apenas contarcom uma única coisa: aprender directamente com mestres eprofessores. Por isso, ele foi à região de Hanoi, paraprocurar especialistas. Mas, quais? Existe um certa dívidano que respeita às origens de numerosas técnicas deVovinam, por várias razões: as técnicas de chaves e dedefesa pessoal, tiveram sua forma e ordem de classificaçãomodificados, comparados com os originais; nenhum livrotécnico de Vovinam foi jamais escrito pelo Mestre Fundador;não existe nenhuma lista das escolas onde ele treinou.Por conseguinte, a luta Vat é o tronco de base do

Vovinam. Mas, então, por que motivo não se nota estetronco de base nas demonstrações actuais de Vovinam? O primeiro motivo é porque, desde 1964, os dirigentes do

Vovinam quiseram pôr por diante o que distinguia o Vovinamdos outros estilos do Vietname: as tesouras voadoras.Então, tudo foi organizado para que as tesouras voadorassejam o toque distintivo do Vovinam. As tesouras voadoras foram introduzidas em todas as

técnicas do Vovinam, inclusivamente onde nunca deviam tersido situadas. Por exemplo, nas técnicas de defesa contramachado ou contra machete. Não se brinca com estasarmas! Qualquer técnica inútil pode ser letal. É um domíniono qual as tesouras voadoras jamais deviam ter sidointroduzidas. Nem para os combates codificados contravários adversários, onde as tesouras voadoras foramsituadas abundantemente. De facto, as tesouras voadorassão um condimento adicional para todos os tipos doVovinam, até tal ponto que o público pensa que o Vovinamnão é mais que tesouras voadoras. Com a introdução destastesouras nas escolas europeias de Viet Vo Dao (com trajospretos) para o público em geral, as tesouras setransformaram nas técnicas tradicionais das artes marciaisvietnamitas.Mas no Vietname, absolutamente nenhuma escola antiga

de Vo Co Truyen, tem tesouras voadoras em seu programa.Os Don Chan Tan Cong ao pescoço, também chamados

“Nenhum livro técnico deVovinam foi jamais escritopelo Mestre Fundador;

não existe nenhuma lista dasescolas onde ele treinou”

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“Don Chan”, não existem nas artes marciais tradicionais doVietname. Porquê? Se estas técnicas fossem tradicionais desdefaz milhares de anos, deviam estar presentes em todas asescolas de Vo Co Truyen no Vietname! Mas não, porquesimplesmente, estas técnicas foram criadas pelos professoresde Vovinam.Por conseguinte, todas, absolutamente todas as escolas

vietnamitas que foram criadas no Ocidente e que possuemtécnicas de tesouras voadoras no seu programa, foram buscá-las ao Vovinam, tanto antes como após da separação daFederação Ocidental de Viet Vo Dao, criada em 1973. Não obstante, esta ideia de tesouras voadoras como técnica

vietnamita, está tão profundamente metida no pensamento dagente que se podem ver, inclusivamente no Vietname, emfilmes vietnamitas que contam factos históricos ou imagináriosda época colonial, uns combates com tesouras voadoras! Umanacronismo absoluto!Devemos esclarecer que durante o período de vida do Mestre

Fundador, havia Don Chan Tan Cong. Geralmente, as técnicasde Vovinam são agrupadas em dez ou doze, com algumasexcepções. Tal é assim que o próprio Mestre Lê Sáng, meafirmou que só havia dez Don Chan originais. E é precisamentea número dez a que inclui as formas voadoras com agarre aopescoço. Por conseguinte, o Vovinam do Mestre Nguyen Locnão incluía as tesouras voadoras (as que apertam o pescoço),mas os Don Chan de pontapés duplos sim existiam. Segundoos velhos mestres de Vovinam, a criação destes Don Chan 7, 8,9, e 10, foi guiada pela técnica do Catch francês, coisasemelhante aos “Wrestling Show” daquela época.Seja o que for, a partir de 1964, os dirigentes do Vovinam

tinham encontrado a “mina de oiro” com estas tesourasvoadoras, posto que o Vovinam necessitava acima de tudo,umas técnicas espectaculares e insólitas, para se destacar dosoutros estilos no Vietname.Alguns anos depois, durante a guerra do Vietname, surgiu

uma necessidade para os Vietnamitas, de rivalizar com odinamismo das escolas coreanas, introduzidas no Vietnamedevido à participação das unidades coreanas na guerra e quetinham mais sucesso que as escolas vietnamitas.Com a criação, em 1964, de um novo nome adicional (Viet Vo

Dao), a escola Vovinam tinha então duas facetas diferentes: porum lado, havia uma via guiada pelo caminho metafísico, o VietVo Dao - Nhan Vo Dao, e estas novas técnicas voadoras davam

Artes do Vietname

“Pode alguém defender-secontra uns militares, com estas

tesouras voadoras? Não! Pode alguém defender-se

na rua? Não!”

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Vovinam

“O Vovinam foi criado entre 1938-39 e tinha comometa a colheita de técnicas eficazes de artes

marciais vietnamitas, mas também estrangeiras,para realizar o método definitivo de formação para

os jovens vietnamitas,contra os franceses”

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Vovinam

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ao Vovinam Viet Vo Dao uma imagem inequívoca,um princípio de marketing anterior à época.Não obstante, estas tesouras voadoras se

afastam da visão do Vovinam do Mestre NguyenLoc. Pode alguém defender-se contra unsmilitares com estas tesouras voadoras? Não!Pode alguém defender-se na rua? Não! Não, é arazão principal da criação do Vovinam integral!Trata-se de uma maneira de voltar à fonte, masnão à fonte como lugar de nascimento doVovinam, mas sim a fonte como princípio debusca da eficácia, do conceito original do MestreNguyen Loc. Em 2010, numerosos mestres e professores se

reuniram para voltar a encontrar esta maneira detrabalhar e de treinar do Vovinam, segundo oespírito de Mestre Nguyen Loc.

Os QuyenSe a maneira de trabalhar do Mestre Nguyen

Loc, não incluía os Quyen como meio de

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trabalho, mas hoje existe uma certanecessidade de trabalho dos Quyen para:as crianças, para rever as técnicastrabalhadas a sós, para melhorar osmovimentos das técnicas, etc. Mas há umexcesso evidente de Quyen no Vovinammoderno. Entre um principiante e o 4ºDang,há 17 quyen! Se um praticante quisessevoltar a ver todos, passaria todo o seutempo de treino nisso e já não poderiatreinar o mais importante: a defesa pessoal,o combate, as projecções, oacondicionamento dos reflexos, o chão, aluta, etc.E se a isto somamos a dezena de Song

Luyen até o 4ºDang, estes exercícios decombate codificados e memorizados, aquantidade de técnicas que se devemmemorizar, é simplesmente um freio para aprogressão no sentido marcial. Transformao praticante em uma máquina derelojoaria, programado para umassequências de movimentosmemorizados, sem nenhumautilidade para melhorar o combateou a defesa pessoal. Assim, oVovinam moderno está nas

antípodas da sua metafundamental, da sua razão

de ser.Se comparamos o

nível de combate dosclubes europeus quepraticam um Vovinam“anterior a 1975”, com o

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Artes do Vietname

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“Nos nossos dias, se bem é certoque o Vovinam é praticado emnumerosos países da Europa edo Mundo, também é certo que

não é o Vovinam marcial oque se conhece, mas oVovinam espectacular,

a parte “espectáculo” doVovinam: as tesouras

voadoras”

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Artes do Vietname

nível dos clubes de Vovinam que seguem oactual programa do Vietname, é evidente que oexcesso de técnicas aprendidas memorizando,impede a progressão do combatente. Seguindoesta lógica, se regressamos a antes do programade 1964, ou seja, antes da morte do mestrefundador, continuando o seu projecto de buscade eficácia, só nos poderia beneficiar.

O Vovinam IntegralO Vovinam Integral é simplesmente voltar ao

verdadeiro Vovinam do Fundador. Mas, como? O Mestre Nguyen Loc esteve

doente desde o princípio dos anos cinquenta,chegando seu estado a piorar até o ponto de jánão poder dar as aulas de Vovinam em 1957.Foi o Mestre Lê Sáng que o substituiu desde1957 até 1960, ano em que faleceu. Porconseguinte, nos nossos dias, nenhum mestrede Vovinam no activo recebeu jamais aulas domestre Nguyen Loc.O Vovinam tem sido frequentemente

apresentada como uma arte marcial tradicionalvietnamita, quando não é assim. O Vovinamtambém é uma mistura. Mas a novidade noVietname foi única e exclusivamente o conceitodo Vovinam. A meta do Fundador estava clara eabertamente declarada: “Recolher técnicaseficazes, assimilar a essência destas técnicas etransformá-las em técnicas de Vovinam”- e porcerto, este conceito ainda continua em vigor e éOBRIGATÓRIO para todos os mestres deVovinam no mundo.

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No Vovinam nada foi criado, tudo existia antes,excepto… as tesouras voadoras, claro está!… Sãoas únicas técnicas que foram realmente novas,porque não existiam antes, nas artes marciais doVietname.O Vovinam é então um conceito de investigação

e pesquisa, para alcançar um estilo super eficaz.No entanto, nos nossos dias, um 90% dosprofessores esqueceram isso, frente a um programademasiadamente carregado, demasiadamente fixo,

demasiadamente estético e por vezes,completamente ineficaz para numerosas técnicas.O Vovinam integral é, simplesmente, voltar a

encontrar a essência original da arte de MestreNguyen Loc. Para isso, temos os princípios, astécnicas de base e só temos de voltar a trabalhar aforma eficaz de cada técnica, assim como aplicar oprincípio fundador de “Colher técnicas eficazes,assimilar as essências destas técnicas etransformá-las em técnicas de Vovinam”.

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“O Vovinam integral é,simplesmente,

voltar a encontrar aessência original da artedo Mestre Nguyen Loc”

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

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• Velocidade pura: dependentes do SNC e factores genéticos, só podeser treinada minimamente, e ocorre nos esportes apenas emdesempenhos altamente curtos e explosivos ou com resistênciasexternas mínimas. WEINECK (1999) subdivide-as em velocidade de reacção, velocidade

de frequência de movimentos e velocidade acção.

"As velocidades puras podem ser sensivelmente melhoradas,especialmente através do treinamento na fase iniciante, até a

fase mais madura".(WEINECK, 1999: 382).

Battojutsu - a velocidade como grande aliada...

Expandir uma técnica, a ponto desta se tornaruma fonte inesgotável de recursos, não é tarefatão fácil, nem para o aluno nem para o professor.Para muitos que vêm no caminho uma impregnaçãodo “Do”, a velocidade pode não ser um ponto deforte essência. Mas, é sabido pelos praticantes do“Jutsu”, que a perfeição técnica que visasobrepujar em combate a força do oponente,requer um conhecimento mais definido acerca dacaracterização da forma aplicada com a espada.A parte determinante da técnica que envolve o

“Saya Biki”, representa em suma o detalheexpressivo para uma técnica de velocidade. Esta, porsua vez, deve estar em harmonia com a mão direita,que respeita os limites exigidos pelo saya biki.A velocidade no esporte, tal como nas artes de

guerra, manifesta-se de diferentes formas, e éclassificada em dois grupos:

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Bugei

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Velocidades complexas: É dependente de outras capacidadesfuncionais como força e resistência. Podemos dizer que ela encontra-sena região limítrofe entre a velocidade e a resistência ou a força. SegundoWEINECK (1999) a velocidade complexa compreende a resistência deforça rápida, velocidade de força e resistência de velocidade máxima.

"As possibilidades de desenvolvê-las por treinamento são muitomenos restritas do que o desenvolvimento das formas puras de

velocidade". (WERCHOSHANSKJI, 1998 apud ELLIOTT (2000).

"A velocidade é um factor de desempenho físico, que sofre perdasvisíveis com a idade, portanto, quanto mais cedo ela for trabalhada,melhor será sua eficiência".(WEINECK, 1999: 382). ISRAEL (1977) apudWEINECK (1999), enfatiza um pouco mais essa questão, admitindo apossibilidade de que o perfil definitivo das bases fisiológicas davelocidade seja estabelecido muito cedo. O que não foi desenvolvidoem tempo útil não pode ser recuperado depois. Essas constataçõesdestacam a importância de sua instrução tão precoce quando possível,desse factor físico da performance. ZAKHAROV(1992), complementa a posição dos autores citados

acima, ressaltando que um adulto não treinado pode, por intermédio deum treinamento apropriado, melhorar seu desempenho de 15 a 20%.Destaca também que outros casos são excepções e que as diferençasna distribuição das fibras musculares e no modelo de inervação, sãogeneticamente fixados e o treinamento pode apenas modificar o volume(por aumento da secção transversal) ou a capacidade de coordenação,mas não a distribuição percentual das fibras.

"A velocidade é um factor de desempenhofísico, que sofre perdas visíveis com a idade,

portanto, quanto mais cedo ela fortrabalhada, melhor será sua eficiência"

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Nós, que praticamos o “Jutsu” e no caso deste artigo, ressaltando o battoujutsu, éimportante determinar os pontos a serem trabalhados, para que os resultados sejamconsideráveis. Por outro lado, sabemos que se por demais for afiada uma katana, estadeixará de cortar. Ou seja, é necessário obter a temperança. Todos sabemos que o Japão éimpregnado pelo Zen e desta forma, cabe ao mestre a instrução.O profundo de todos os aspectos guarda características peculiares que o tornan especial,

mágico. Várias pessoas que conheço, que dedicam suas vidas a alguma coisa queconsideram importante, percebem ao longo das suas actividades que o “profundo” está maisalém do momento, da oportunidade. Interagimos, mas nem sempre de maneira verdadeira;essencial, interessante!Assim, o libertar-nos do superficial, do ilusório, do “inverdadeiro”, significa libertar-nos do

medo, do medo psicológico; do medo da reflexão acerca da interacção do Eu com omomento. Um senhor de meia idade, disse: “¿O que eu vou querer com a prática da espada?Isso é coisa para idiotas!” Certamente que o termo idiota se refere a guerreiros antigos quefalavam apenas uma linguagem. Todavia, estabelecermos uma ideia acerca de algo, antesmesmo de conhecê-lo, é estabelecer uma forte via com a idiotia, não?

“Todo erro se apoia numa verdade da qual se tem abusado.” (Whillein Bousset)

A prática com espada, sem dúvida estabelece uma via distinta à da idiotia; suaprofundidade está relacionada aos mais elevados conceitos de raciocínio e conclusões. Éatravés do profundo que encontramos o espaço existente entre a imaginação e o verdadeiro.

“A prática com espada, sem dúvida estabelece uma viadistinta a da idiotia; sua profundidade está relacionadaaos mais elevados conceitos de raciocínio e conclusões.

É através do profundo que encontramos o espaçoexistente entre a imaginação e o verdadeiro”

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Para os mais sábios, este intervalo, este espaço - que é tempo- existente entre a pessoa que estabelece a via dasuperficial idade, do medo, da estagnação. O acto deaprofundarmos estabelece a condição de interromper o cicloilusório: o medo desaparece e a pessoa fica directamente emcontacto com o facto; observa-se a partir de um ponto racional.Para o Zen, é somente o facto que se dissolve dentro de simesmo... Só há o facto, e não há entorno. Por esta via, emparalelo com o Zen, podemos dizer que várias coisas ocorremnesse processo: elimina-se completamente o conflito quando aauto-observação se dá no momento que o observador é a coisaobservada.No caminho da espada podemos dizer que, neste caso, o

observador é o próprio medo. Podemos senti-lo claramente ao terque atacar um inimigo ao mesmo tempo em que ele nos tentacortar. Uma vez que não há a auto-observação, eleva-se a energiavigente do momento; ou seja, experimentamos o fenómeno deque toda a energia (interna e externa) assume a forma de medo.Dissolver este intervalo é a via mais adequada para os sábios.Uma vez que não há intervalo, uma vez que somos a energia,dissolver o medo se torna uma via lógica, racional.

"Uma vida não é importante a não ser pelo impacto que causaem outras vidas”

Jackie Robinson

"Uma vida não é importante anão ser

pelo impacto que causa emoutras vidas.”

(Jackie Robinson)

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Bugei

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“Uma vez que não háa auto-observação,eleva-se a energia

vigente do momento;ou seja,

experimentamos ofenómeno de quetoda a energia

(interna e externa)assume a forma demedo. Dissolver este

intervalo é a viamais adequada paraos sábios. Uma vez

que não háintervalo,

uma vez que somosa energia, dissolvero medo) se tornauma via lógica,

racional”

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • DVD/YANTI-1REF.: • DVD/YANTI-1

O Mestre Shaolin Shi Yanti é monge da 34ª geraçãodo Templo Shaolin de Songshan e discípulo directodo Venerável Abade Shi Yong Xin. Neste primeiro trabalho para Budo International, elenos apresenta Luohan Shibashou, uma das formas

básicas de mão nua mais antigas erepresentativas do Templo Shaolin.

Segundo o livro “Shaolin Quan Pu”,na Dinastia Sui, os monges

guerreiros de Shaolindesenvolveram uma série demovimentos simples,escolhidos de acordo comas “18 Estátuas deLuohan”, daquí o nome deLuohan Shi Ba Shou (18mãos de Luohan). Oestilo deste Taolu éespecial e em seusmovimentos contínuos,se apreciam nitidamentecombinações demovimentos reais eirreais, de defesa e contra-

ataque, e grande variedadede movimentos ocultos. As

principais técnicas de mãoneste Taolu, são as de palma e

sua aprendizagem exige uma muitoboa agilidade e coordenação, assim

como o domínio das posições Xubu,Dingbu, Gongbu e Mabu, e suas características.

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • DVD/FEH-1 REF.: • DVD/FEH-1

José Manuel Reyes Pérez, 7ºDan de Hapkido pelaWorld Hapkido Federation (WHF), membro da JuntaDirectiva da WHF, Director Internacional para a EuropaOcidental e Presidente da Federação Espanhola deHapkido (FEH), nos apresenta no eu primeiro DVD, um

completo tratado acerca das técnicas que fazemgrande esta Arte Marcial tradicional

Coreana, mediante o legado que lhetransmitiu directamente o Grão

Mestre Kwang Sik Myung, 10ºDande Hapkido.

O Hapkido é a Arte da DefesaPessoal Dinâmica porexcelência, onde seconjugam velocidade efluidez, junto com apreparação física, atécnica, a respiração, ameditação e o cultivo daenergia interna. Uma arteque contempla umagrande variedade detécnicas com e sem armas,combina defesas e ataques,

entre as quais se incluemtécnicas de perna, joelho,

punho, cotovelo, projecções,estrangulamentos e acima de

tudo, as técnicas de luxação.Neste trabalho, o Mestre Reyes nos

mostra os exercícios de respiraçãoDanjon Hop, os ataques com o braço

Gonkiok Sul, as técnicas de perna duplas etriplas Jok Sul, a defesa pessoal Ho Shin Sul, as

técnicas de ataque e defesa com pau curto Dan Bong ea defesa contra faca. Um completo trabalho sobre umaArte, o Hapkido, o caminho para harmonizar a energia,cuja prática ajuda a melhorar em grande medida, anossa saúde, tanto física como mental, proporcionandoao praticante vitalidade, energia, autoconfiança, caráctere personalidade.

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Grandes Mestres

Este artigo trata da forma Yang de Tai Chie é parte do novo livro de Paolo Cangelosi,sem dúvida o mais completo alguma vezrealizado acerca da forma Yang.

Sifu Cangelosi mostra-nos nesta magníficaedição colorida tudo quanto devemos sabersobre esta forma, sem dúvida a mais popularforma de Tai Chi no Ocidente, desde asequência da forma em si mesma, até àssuas aplicações guerreiras.

O livro inclui uma completa explicaçãoacerca da história, as características

técnicas, a nomenclatura das suas partese posições, a sua relação e o trabalho

energético em cada parte, e os seusfundamentos filosóficos.

Com a profundidade e osconhecimentos que o tornaramfamoso, Sifu Cangelosi completacom esta obra um trabalhoiniciado há já alguns anos coma edição em três vídeos,tendo estes depois sidoeditados num super duplo

DVD, forma em que hojeestão disponíveis para opúblico que os desejar.Sem dúvida, no livro não

só poderemos verif icar emqualquer lugar as dúvidas com respeito àforma, mas também que este formatopermite ao autor expressar umcompletíssimo capítulo teórico quecomplementa magnificamente o quetodos os estudantes de Tai Chi devemsaber acerca da forma Yang.

Um magnífico trabalho que temos ahonra, mais uma vez, de apresentar aosnossos leitores.

Paolo Cangelosi©www.budointernational.comFotos:

Texto:

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Características técnicas do TAI CHI

Nesta secção, vamos ver os aspectos técnicos doestilo, tratando de levar uma síntese específica

dos inúmeros matizes que constituem estequadro, tão poético e eficaz. Por quanto sepossa racionalizar e explicar tecnicamente, defacto o TAI CHI é uma experiência empírica quesó se revela com uma constante prática, comouma relação que melhora dedicando-se-lhe

atenção e tempo. O primeiro problema queencontram aqueles que querem transmitir com

seriedade e competência esta arte, é a difusão deum TAI CHI superficial e frequentemente falseado por

uma moda NEW AGE, sem nenhum conteúdo marcial:muitos dos que praticam e ensinam TAI CHI não estão

conscientes de que expressam uma linguagem marcial.Acima de tudo, temos que recordar que a expressão

energética e rítmica do movimento em tempos dofundador YANG LU CHAN, era muito

diferente da que já estamoshabituados a ver na grande

comunidade dos praticantesdo YANG. Esse períodoainda era candente e vitalpara as artes marciais e oseu emprego visava a

defesa pessoal e a suaaplicação em combate.Para manter a honra deuma escola ou de umafamília, os mestresenfrentavam-se emcontínuos desafios com

cruentos combates, osquais constituíam uma boa

selecção da eficácia dossistemas.Como já dissemos, o estilo

Yang nasce na família CEN, que,por sua vez, herdou essa arte de

versados lutadores dos esti losexternos, dos quais ainda se narram

lendárias façanhas. O fundador YANG

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Tai Chi

“Acima de tudo, temos que recordar que aexpressão energética e

rítmica do movimento emtempos do fundador

YANG LU CHAN, era muito diferente da quejá estamos habituados a

ver na grande comunidadedos praticantes do YANG”

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LU CHAN, chamado WU TI (sem rivais), manteve a honorabilidade dasua escola numa cidade de Pequim, rica em excelentes lutadores,enfrentando-os sem temor. Na antiga "forma das treze regras" fala-senum combate que realmente aconteceu entre YANG LU CHAN armadode um longo pau (em que era versado) e 13 soldados ingleses a cavalo.O oficial que os guiava queria vingança por ter sofrido uma derrotalutando contra Yang, o qual defendia uma jovem chinesa que o oficialincomodava.

Originalmente, o estilo era ensinado de maneira completa, tanto naexpressividade como no ritmo: veloz e explosivo, além de lento efluído, e com uma especial atenção para a eficácia marcial dastécnicas, além do aspecto energético e meditativo.

Também o neto YANG CEN FU teve ocasião de defender a honra doestilo, demonstrando a sua eficácia inúmeras vezes durante a sualonga viagem às regiões meridionais da China. Era um chinêsfisicamente bastante atípico, porque era muito alto e corpulento.Quando era desafiado, ficava sentado e mandava na frente o seumelhor aluno, limitando-se a intervir só no caso de o aluno se encontrarem verdadeira dificuldade. É significativo o facto de ter sidoprecisamente ele a modificar a metodologia do ensino, tornando todosos movimentos lentos e mais fáceis de ensinar para um mestreitinerante, cujo objectivo era divulgar o mais possível o estilo que atéesse momento se tinha mantido rigorosamente dentro da família.

Em todo o caso, a vantagem do estudo do movimento lento, CHANFON JING, é uma peculiaridade importante dos estilos internos e quese desenvolve em todos os estilos, ainda que não de maneirapredominante, como aconteceu no TAI CHI moderno. Permitedesenvolver a consciência e a precisão do movimento, além do totalcontrolo do equilíbrio nos passos e a mudança da base de apoio; émais fácil manter a descontracção muscular (característica das escolasinternas) e a concentração mental no gesto, assegurando a relaxaçãopsico-física.

Claro está que no momento da aplicação efectiva destacará umaexplosividade incrível, resultado dessa grande relaxação.

As bases do estilo dividem as posturas do corpo nas duas principaisgestões do peso, que se denominam "passo vazio" e "passo cheio",cuidando desde o básico o aspecto interior e energético. Quando opasso se denomina vazio quer dizer que o peso do corpo caiprincipalmente sobre a perna atrasada e a da frente fica ligeira e prontapara mudar a posição (fase YIN), enquanto que no caso do "passocheio", o baricentro ou centro de gravidade se desloca para a frente,carregando o peso principalmente sobre o pé adiantado, por exemplopara consolidar a técnica de ataque (fase YANG).

Pelo que diz respeito à arquitectura da parte inferior do corpo, oestilo tem previsto um bom número de posturas, posições queencontram um paralelo naquelas típicas dos estilos externos: posiçõeslongas com o peso para a frente, como a "posição do cavalo" GUNGBO, ou com o peso para trás, como a "posição da serpente que searrasta pelo chão" KAI KUNG TZE; posições curtas com a perna dafrente apoiada só na ponta do pé, como "a posição do gato" DING BO,ou apoiada sobre o calcanhar, como "a posição do arqueiro" KAI BO emuitas mais.

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Em cada uma destas posturas é importante prestar atenção aoalinhamento e à orientação de ambos pés com respeito àdirecção do olhar e a pelve.

Para passar de uma posição para outra, no TAI CHI os pésdeslocam-se com uma característica deslocação do peso,oscilando o baricentro, para permitir descarregar o peso antes degirar um pé e situá-lo na direcção necessária para a nova posição.

Este especial cuidado do equilíbrio permite e facilita a correctaposição da coluna vertebral que, com diferença de outrasescolas, tem sempre que manter a atenção no canal terra-céu,tratando de nunca inclinar as costas. O controlo da posiçãoortopédica da coluna evita perigosas lordoses ou cifoses,mantendo uma ligeira tensão do cóccix para a frente, como se seestivesse sentado num tamborete com o queixo ligeiramente parabaixo, para esticar as cervicais. A atenção à verticalidade dacoluna é frequentemente muito forte no principiante, chegandoaté a realizar-se um género de treino onde se lhe ata um pau àscostas durante a execução da forma, para evidenciar a suamá posição, levando-o a ser consciente desse erro. Oque à primeira vista poderá parecer rigidez dascostas, realmente proporciona um grandeequil íbrio e relaxação que se consegueprincipalmente com a suavidade dasarticulações dos membros inferiores, emespecial do ponto denominado WEI CHUN,situado no espaço atrás do joelho.Paralelamente, também os membrossuperiores têm que manter sempre umaligeira flexão, evitando o estiramentocompleto ou fechar para além dos 90graus a articulação dos cotovelos, paranão parar o f luir do CHI; importantetambém é a atenção à posição dos dedosdas mãos, que nunca devem apresentartensão ou distensão completa, a não serque exista petição explícita, como porexemplo na técnica dos batimentos com aponta das falanges.

Este estilo prefere os deslocamentos daposição em linha recta, uti l izando osprincipais sistemas de movimento como o

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Tai Chi

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passo, o passo longo do pé da frente avançando semmudar de perna e o assim chamado "pé empurra pé",onde a iniciativa do movimento sai da perna atrasada.

Em cada um destes casos, antes de descarregar opeso, é importante tocar ligeiramente no chão, como senão se estivesse seguro de o achar sólido, ficando semprepronto para retirar o pé sem perder o equilíbrio. Paraconseguir esta sensibilidade não é necessário apoiar oulevantar o pé do chão com o tornozelo rígido, mas simlevantá-lo e baixá-lo sempre parcialmente: antes ocalcanhar ou a ponta, tendo a certeza, antes de levantar opé, de ter carregado todo o peso sobre o outro pé.

Frequentemente, esta total mudança do peso consegue-se com uma completa “explosão” do empurrão do pé quevamos levantar, utilizando até a última falange do polegar.

O movimento harmonioso e elegante típico do TAI CHI,também se deve à perfeita sincronia do movimento entreartes superiores e inferiores, que sempre acompanha ummovimento do pé com um dos braços, uma descarga dopeso ao mesmo tempo que uma tracção das mãos ou umdesvio circular, uma carga em frente juntamente com umempurrão, um batimento ou uma pressão; resumindo, umaacção orgânica de todo o corpo em cada secção. Astipologias principais podem ser diferentes: o movimento

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YIN e YANG, quando o peso avança e as mãosretrocedem ou vice-versa, o movimento homogéneoquando empurro e avanço ao mesmo tempo ou aocontrário, quando retrocedo e puxo.

Estas regras têm profundas raízes na proto-história doestilo, contempladas nos famosos treze princípioscodificados pelos legendários mestres taoistas do monteWU DANG, constituídos unindo a teoria dos cincoelementos dedicada às direcções e a teoria dos oitotrigramas no que diz respeito à descrição das principaisacções.

Os cinco elementos da tradição taoista são: GAM - metal, MO - madeira, SOI - água, FOT - fogo, TU - terra e associam-se aos seguintes deslocamentos: avançar,

retroceder, girar à esquerda, girar à direita e voltar ao centro.

Seguidamente, vamos ver as oito acções associadasaos trigramas:

PENG, parar, bloquear, interceptar a acção de ataque,acção fundamental para estabelecer contacto edesenvolver as estratégias principais do estilo;

LU, deitar-se para trás, absorver a técnicadesequilibrando o adversário na sua acção de empurrãoou pressão, como quer o carácter principal deste métodobaseado em ceder e na suavidade da acção;

JI, empurrar para diante aproveitando o momentooportuno, com frequência após ter causado umdesequilíbrio com uma alavanca ou com uma torção,dirigindo a força empregada pelo atacante para elepróprio;

AN, rejeitar sempre reagindo a uma acção ofensiva,procurando a direcção que oferece a menor resistência,nesta acção podemos incluir o princípio de bater;

KAI, torcer para fazer a alavanca à articulação ou paratirar o eixo de equilíbrio do adversário;

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Tai Chi

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LIE, puxar para baixo aproveitando a zona vazia da basede apoio, com frequência atrasando o peso;

ZHUO, usar o cotovelo como arma de ataque na curtadistância, como escudo para bloquear a impetuosidade doagressor ou de maneira fluida e envolvente para se libertarde um agarre;

KAO, usar o ombro como apoio ou um golpe nadistância curta com deslocamento do peso.

Estas acções podem resumir-se nas três palavras: TIE JING, estabelecer contactoSUI JING, seguir a pessoa descobrindo os pontos YING

e os pontos YANGHUA JING, transformar a acção.

Para conseguir os resultados que se descrevem nestestreze princípios, o TAI CHI trata as trajectórias de maneiraespecial, as quais cumprem percursos redondos esinuosos, sem nunca chegar a uma solução decontinuidade. Assim sendo, passaremos de um desviocircular a uma trajectória directa, sem parar o ímpetocinético do movimento; de uma expansão de braços auma contracção, sem inverter directamente a tendência,mas canalizando suavemente, para manter a energiasempre activa.

Notaremos que a ausência quase total de gestosexplosivos, passando fluidamente de uma acção paraoutra, aquecerá gradualmente todo o corpo de umamaneira contínua.

Além disso, o movimento constante permite sempreencontrar uma eficaz possibilidade de escape contra apressão dos ataques, como um remoinho de ar querechaça tudo o que se aproxima, ou um remoinho de águaque pelo contrário absorve, levando o infeliz agressor a vertodos os seus esforços perdidos e frequentemente viradoscontra ele.

De facto, vemos que a posição dos pulsos favorecefrequentemente o movimento cedendo, como se os dedosdas mãos fossem os pêlos de um pincel que desenhacurvas sobre uma tela; um exemplo evidente é omovimento das mãos nas nuvens YUN FA SHOU. Empoucos casos, os pulsos movem-se, deixando-se guiarpela canalização da ponta dos dedos, como na posiçãodo galo doirado ou na posição das sete estrelas, sendo noentanto este um movimento muito utilizado no estilo PAKUA e no estilo HISING I.

Em qualquer caso, o ceder do movimento requer a sábiagestão do peso, que compensará sempre a acçãocontrária com um desfeitear eficaz, como abrir uma porta

Tai Chi

“O movimento harmonioso eelegante típico do TAI CHI, também

se deve à perfeita sincronia domovimento entre artes superiores

e inferiores, que sempreacompanha um movimento do pé

com um dos braços, uma descargado peso ao mesmo tempo que uma

tracção das mãos ou um desviocircular, uma carga em frentejuntamente com um empurrão, um batimento ou uma pressão;

resumindo, uma acção orgânica detodo o corpo em cada secção”

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“Não se podeesquecer outro

importante sector detreino tradicional muito

difuso: o TUI SHOU, "as mãos que empurram",necessário para adquirir a

sensibilidade do vazio e do cheio,

do estático e do fluído”

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no momento exacto em que se tenta deitá-la aochão dando pancadas com as costas. Issotambém requer uma boa mobilidade da pelve edas articulações, para canalizar com torções econtra-torções todas as acções de agressão,tratando de transformar a força do oponentenuma vantagem.

Graças a uma sábia utilização dos agarres aosmembros, este estilo emprega muito as alavancasàs articulações, para quebrar o equilíbrio do

adversário e agir com o mínimo esforço noponto preciso do empurrão.

Quando uma pessoa estáperfeitamente estável, poderá reagir

eficazmente contra os nossosataques, iremos bater contra um"muro de pedra", mas bastaráprovocar uma alavanca àarticulação de um cotovelo paraver o seu ponto de equilíbriolevantar-se, a sua posiçãoacabar sobre as pontas dospés, para depois projectá-lolonge, sem esforço.

Quando o praticante de TAICHI bate, fá-lo sempre comgrande atenção à canalização

do CHI, pelo que prefere astécnicas de mão aberta em

vez das de punho fechado,muito mais usado porexemplo na escola CHEN.Quando a mão se fechapara bater, usa-se apostura do "punho dealgodão", que deixa

um pequeno espaçovazio dentro do punho,

para não bloquearexcessivamente os seis

canais energéticos,resultando numa técnica

suave, mas dotada de umaalma de aço.Para a maioria dos golpes será a

palma da mão aberta a descarregarnos impactos o peso de todo odeslocamento da posição, ou da

rotação da pelve.

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Também as pernas têm os seus golpes eficazes esimples, que ao longo dos séculos se refinaram numaspoucas técnicas, excluindo as mais espectaculares edifíceis de execução. Os pontapés que se encontram naforma longa, são os golpes especiais empurrados com ocalcanhar, seguidos pela extensão do tornozelo antes deapoiar o pé no chão, aqueles golpes como açoites aosgenitais com o peito do pé e o característico pontapé emrotação que se vê no fim da terceira parte na técnica"escovar a flor de Loto", que expressa energia explosivaFA JING num movimento com a perna ligeiramentedobrada.

O movimento das pernas sincroniza-se sempre comacções dos braços elegantemente coordenados,mostrando ao mesmo tempo paragem e ataque.

Juntamente com a prática assídua e diária da forma, fazfalta atender a um importante sector do estudo e dotreino, que são as aplicações.

Esta parte, além de muito estimulante e divertida, éprimordial para compreender a alma do movimento eenchê-lo com a intenção correcta do gesto: as aplicaçõesdas técnicas com o sparring, permitem realmenteentender o sentido de "conseguir a máxima eficácia com omínimo esforço". Com o parceiro, analisa-se cada gestoindividual no seu emprego marcial, ganhando confiança namanipulação de outro corpo e gradualmente aumentandoa velocidade de execução, juntamente com o aumento daprecisão, tudo em sequências anteriormenteestabelecidas. Além das clássicas aplicações codificadas,

Grandes Mestres

“Provavelmente, para poder enfrentarexaustivamente os aspectos técnicos

desse último punho supremo, seria preciso escrever um livro de

trezentas páginas, ou talvez de três mil,ou quem sabe, a única solução sejapraticar dia após dia, em silêncio”

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“Tradicionalmente,o trabalho a mãos

vazias éacompanhado peloemprego de armas,

o que ajuda opraticante a

desenvolver as suasfaculdades de

elegância, precisão e vigor”

“Guiados pelosjustos conselhos domestre, neste estilo

também seencontra o princípiomais avançado do

DIM MAK, ‘bater nos

centros vitais’”

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um bom praticante terá que tentar descobrir novas e pessoais aplicações,descobrindo assim cada aspecto da acção e chegando também frequentemente acompreender subtis segredos do estilo, apenas acessíveis a quem se dedicar a elecom paixão e constância.

Guiados pelos justos conselhos do mestre, neste estilo também se encontra oprincípio mais avançado do DIM MAK, "bater nos centros vitais". Essa arte estápresente em toda a esfera do KUNG FU chinês, desenvolvida por alguns métodosde maneira mais evidente e especializada.

Não se pode esquecer outro importante sector de treino tradicional muito difuso:o TUI SHOU, "as mãos que empurram", necessário para adquirir a sensibilidadedo vazio e do cheio, do estático e do fluído. Este exercício é trabalhado comparceiro e baseia-se apenas na situação de contacto, evitando esse momento docombate em que os lutadores estão afastados um do outro e trabalhaminterceptando os golpes. Existe uma sequência pré-estabelecida, constituída porempurrões, tracções, desequilíbrios e desvios, que se divide frequentemente,limitando-se a repetir alternativamente uma técnica de maneira contínua, comouma forma de meditação. Essa é a ocasião para desenvolver a sensibilidade e apercepção do movimento de um corpo que interage connosco utilizando ocontacto, para perceber exactamente quando é o momento de carregar para afrente o peso ou efectuar uma torção do busto, etc.…

Começa-se com um ritmo lento e contínuo, de aspecto harmonioso, como umadança ligeira e suave, para gradualmente chegar à versão livre onde já não hánenhum esquema a respeitar além daquele do YIN e YANG. Agora o TUI SHOUtorna-se uma competição em que tudo é possível excepto bater; o objectivo édesequilibrar o adversário obrigando-o a cair ou empurrando-o para longe da suaposição, usando todos os treze princípios.

O exercício livre divide-se em três diferentes níveis, aumentando aos poucos adificuldade: o primeiro é executado sem mover os pés, mantendo uma posiçãobem estável, um em frente do outro, começando com o contacto dos antebraços;o segundo nível da mesma posição permite o deslocamento para a frente ou paratrás com um passo, adicionando uma maior dinâmica e possibilidade dedesequilíbrio; o terceiro nível permite o movimento completo a 360° dentro de umazona delimitada por um círculo de diâmetro variável.

As competições de TUI SHOU estão muito difundidas na China e a nível mundialna comunidade de praticantes de TAI CHI. Serão inclusivamente vistas naspróximas olimpíadas em Pequim, em 2008. Existem muitas formas de realizarestas competições, consoante a região, por exemplo em FOSHAN (na província deGUANGHZOU), em 2007, realizou-se um torneio e a área de competição era umaplataforma de menos de dois metros de largura. Este campeonato foi ganho poruma jovem senhora de 70 anos!

De facto, não há limite de idade para esta prática que é realmente muitoagradável. Pessoalmente acabei por perceber que deixa as pessoas de bomhumor e despreocupadas, devido ao seu carácter competitivo mas não violento.

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Inevitavelmente, quem se entumece muscular ou mentalmente é projectadoao chão com facilidade.

Neste género de competições, acima de tudo é necessária uma boasoltura nas articulações a nível de ancas e pelve, e uma boa capacidadede descer o centro degravidade, portanto, umaprática constante tambémajuda a manter o corpoágil e flexível numa idadeavançada.

Tradicionalmente, otrabalho a mãos vazias éacompanhado peloemprego de armas, o queajuda o praticante adesenvolver as suasfaculdades de elegância,precisão e vigor.

Certamente, a arma commaior difusão nas várias escolasde TAI CHI é a espada recta de doisgumes, originária do monte WU DANG,denominada em mandarim JIEN.

Considerada uma arma nobre, ela encerra e representa na sua folhaesbelta e fina, as características principais do CHI canalizado:subtileza e eficácia, como um raio de luz.

Outra arma que frequentemente se pode ver nos parques chinesesde manhã, é o leque (Gun Sen), que marca a execução da dançacom o característico som seco do seu abrir e fechar, arma deaspecto gentil e inocente que se revela mortal nas suas varetas deaço com as pontas afiadas como folhas de barbear.

Depois existem outras armas menos conhecidas edesenvolvidas, como a alabarda, a espada curva, a lança e aflauta. Pelo que diz respeito à prática do pau comprido, do qualjá falamos na história de YANG LU CHAN, é consideradapraticamente extinta porque no panorama internacional nãoficaram muitas escolas que ensinem essa forma. Esta últimaarma, chamada TA KWAN, veio da tradição dos barqueiros eera a ferramenta usada para empurrar as jangadas noscanais. Também se denomina PA KUA KWAN, quer dizera bengala dos oito trigramas, estando dividida em oitozonas, sendo que cada uma das quais associa umtrigrama a uma diferente maneira de bater.

Provavelmente, para poder enfrentarexaustivamente os aspectos técnicos desse últimopunho supremo, seria preciso escrever um livro detrezentas páginas, ou talvez de três mil, ou quemsabe, a única solução seja praticar dia após dia, emsilêncio.

Tai Chi

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REF.: • KMISS-1REF.: • KMISS-1

Em exclusiva, o DVD do Mestre Marco Morabito, acerca dadefesa pessoal com mãos nuas, e a apresentação preliminardo Krav Maga Israelita Survial System. Las técnicas e ométodo que constitui o sistema, se ilustram sem segredos,

de maneira clara, transparente e facilmentecompreensível. Uma ocasião única para nos

aproximarmos até o coração da defesaisraelita e melhorar os nossos

conhecimentos sobre a matéria. Oautor é um dos grandes

expoentes mundiais em defesapessoal e conta em seu haver

com experiência no âmbitomilitar e empresas desegurança; galardoado porvárias nações, convidado adar cursos e semináriosem todo o mundo, desde oJapão aos E.E.A., aPolónia, a Espanha, CaboVerde, Alemanha, Israel,França e Rússia, se tornouporta-voz internacional de

diferentes sistemas decombate e defesa pessoal

pouco conhecidos, ainda queextremamente efectivos.

Morabito desenvolve umapesquisa contínua, sem nunca

parar na procura incansável deadquirir novos conhecimentos e nunca

deixar de fazer perguntas. Krav MagaIsraelita Survial System não é uma disciplina o um

conjunto de regras rígidas, mas sim um método, umprocesso em evolução contínua e constante. Isto fá-loadaptável a qualquer situação e circunstância, permeável aqualquer mudança e proporciona a capacidade de fazer umestudo dos erros e da sua experiência uma oportunidadepara melhorar.

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ó nos últimos meses, os distúrbios e saqueioem várias cidades; tiroteios em igrejas,escolas, empresas, universidades e basesmilitares; terroristas que apunhalam, muitasvítimas ocasionais nas ruas; entradas emcasas particulares; roubos de automóveis;

violações; sequestros; etc... e não esqueçamos asrecentes massacres em Paris e Mali. Por que não estamosmais preparados? Por que não estamos mais capacitadospara fazer frente à violência? Quando vemos as notíciastodos os dias, temos notado que os polícias fortementearmados e soldados, sempre chegam à cena depois dagente ter sido apunhalada, disparada, violado ou explodiu! Não quero dizer que se mais pessoas se capacitassem

nas Artes Marciais e na defesa pessoal, dominariam comêxito a todos os criminosos, terroristas o psicopatasresolvidos a entrar em acção, mas tenho a certeza de que,se mais pessoas fossem treinadas e dispostas a lutar,poderíamos reduzir em grande medida o número devítimas resultantes desses ataques. Mas, à diferença dosromanos, nossas modernas e "civilizadas" sociedades nãoincentivam seus cidadãos a "preparar-se para a guerra",de facto, em muitos casos, realmente aconselham a nãoresistir a agressão o mesmo impedem lutar aos cidadãos.Esta atitude, aparentemente irracional, está perfeitamentedemonstrada nas paranóicas restrições, proibições eproibições totais sobre a posse de armas por parte doscidadãos respeitosos da lei, forçadas na maioria dospaíses de todo o mundo. Essas leis não são, nunca foram

ao longo da história, para a prevenção da delinquência oupara garantir a segurança pública. Nunca existiu aintenção de "nos manter seguros", posto que não se fazabsolutamente nada para evitar que os terroristas,mafiosos e psicopatas obtenham armas! Por definição, asleis são obedecidas só pelos cidadãos que respeitam alei... Os criminosos, por definição, quebrantam qualquer leiestabelecida pela sociedade. O único efeito que essas leistêm é desarmar a povoação e torná-la indefesa. Mas,podemos então perguntar, por que se estabeleceriam asditas proibições? A resposta é tão simples comoterrivelmente inquietante: os governos querem manter omonopólio da força para controlar a povoação. Nãoconfiam em que seus próprios cidadãos possuam armas,posto que historicamente, têm sido utilizados para resistirà opressão, à injustiça e a tirania. Uma ditadura repressivanunca poderia ser imposta a uma povoação armada.Inclusivamente o treino em Artes Marciais tem sidoproibido em alguns momentos, em muitos lugares, porqueos que estavam no poder, temiam que seus "súbditos"pudessem utilizar suas habilidades de combate paraenfrentar-se contra a sua autoridade. Vemos este pensamento irracional que impregna cada

aspecto da nossa sociedade e quanta mais violênciaexperimentamos, mais estúpida é a resposta e assoluções sugeridas.Depois de que uma epidemia de "violações" nas

universidades de todos os E.U.A., chamasse a atençãonacional, os reitores e directores não contrataram

Grandes Mestres

PRIORIDADES

Os romanos construíram o maior império que o mundo vira jamais, pelo que a sua civilizaçãofoi uma das mais transformadoras da história da humanidade. Suas conquistas emarquitectura, engenharia, língua, artes, leis, comércio, agricultura e em praticamente todosos aspectos da vida, deixaram uma marca indelével na nossa cultura e contribuíram emgrande medida a desenvolver as sociedades modernas.

Mas a construção de um império não veio só com a poesia e os belos monumentos. Osromanos também construíram o exército mais avançado tecnologicamente, disciplinado ebrutalmente eficiente do seu tempo. Dirigido por, líderes fortes e valentes e empregandoestratégias efectivas e tácticas novas, a máquina militar romana se tornou o melhor exércitodo mundo. Mesmo quando não estando em guerra, a política romana foi guiado por umprincípio simples: "SI VIS PACEM, PARA VELLUM", que se traduz em: "Se queres a paz,prepara a guerra", uma frase e um conceito inteligente. E se olharmos à nossa volta nonosso mundo de hoje e vemos as notícias e não enterramos a cabeça na areia como umaavestruz, estaremos de acordo em que a sabedoria intemporal dos nossos antepassadosromanos, é tão válida nos nossos tempos modernos como foi no seu. Então, porque a maioriadas pessoas não segue essa filosofia simples na sua vida pessoal? Porquê as pessoas nãoadoptam essa mentalidade inteligente na sua vida quotidiana?

S

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instrutores de defesa pessoal para ensinar as mulheres jovensvulneráveis a se defenderem. Em vez disso, obrigaram os jovens aassistirem a aulas de "sensibilidade de género!".Em resposta à violência armada (perpetrada por delinquentes!),

algumas lojas, restaurantes, escolas, igrejas e outros lugares,adoptaram uma política de "Não se autorizam armas de fogo" e sepublicaram sinais proeminentes de orgulho por anunciá-lo. Claro estáque todos os cidadãos que respeitam a lei, com as licenças válidaspara portar armas, se sentem obrigados a cumprir com esta políticaidiota. Os criminosos e terroristas, esses não só não cumprem comorealmente preferem e escolhem esses objectivos "seguros" (paraeles!) e fáceis.Da mesma maneira, muitas autoridades das cidades, em todo o

país, estabeleceram "Zonas Livres de Armas" que proíbem a qualquerpessoa, à excepção da Polícia, portar uma arma de fogo. Não hámelhor maneira de avisar os meios de assassinos, terroristas egrupos rebeldes de que ninguém vai ter a capacidade de evitar quemassacrem vítimas inocentes! Passageiros insubordinados, bêbados, ou mentalmente instáveis,

têm causado que dezenas de aviões realizassemdesnecessariamente aterragens de emergência por causa detripulações inexperientes, incapazes e pouco dispostas a parar econtrolar adequadamente e com segurança até a chegada a destino.Muitos instrutores de auto-defesa têm oferecido os seusconhecimentos à indústria aérea, para treinar o seu pessoal. Asofertas têm sido ignoradas!A maioria das escolas públicas estão tendo sérios problemas com

o "bullying", com muitas crianças sendo vítimas de acossamento. Aresposta tem sido instituir políticas que castigam as poucas criançasque resolvem lutar! As autoridades escolares se negam a autorizarque os programas de Artes Marciais formem parte das actividadesescolares, porque pensam que esses programas "promovem umaconduta violenta e agressiva" e podem dar às vítimas a confiança, acoragem e habilidades para se defenderem. Os “matões” sãomandados à reitoria.Mesmo depois de vários tiroteios horríveis nas bases militares, se

está proibindo aos portar armas. O governo que os arma e os treina,não confia em seus próprios guerreiros para portarem armas nasbases militares.Muitos incidentes recentes que envolvem agentes da polícia,

levaram a que oficiais fossem despedidos e até detidos pelo uso de"força excessiva" ou o uso de uma arma sem a devida justificação. Amaioria destes incidentes se podem dever directamente à falta deformação táctica defensiva. Os Funcionários de departamentosministeriais preferem gastar seus orçamentos em equipamentos deluxo e seminários de "sensibilização", em vez de "inúteis movimentosde Artes Marciais". Há excepções, claro está, mas essa é amentalidade que prevalece.

Grandes Mestres

“Depois de que uma ‘epidemia’ de violações nasUniversidades de todos os E.U.A. chamara a atenção

nacional, os directores não contrataram instrutores dedefesa pessoal para ensinar as mulheres jovens

vulneráveis a defender-se. Em vez disso, obrigaram osjovens a assistirem a aulas de ‘sensibilidade’ de género"

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Poderia oferecer muitos outros exemplos, mas penso terdemonstrado o meu ponto de vista. A nossa cultura moderna estáconsciente e activamente comprometida na erradicação sistemática daauto-suficiência, e do valor individual. As nossas sociedades decidiramque não querem nem necessitam heróis ou cidadãos-guerreiros. Eaqueles que não estão de acordo são acusados de ser fanáticos,"vigilantes" ou "extremistas" que querem tomar a justiça por sua mão.Essas mentiras, difundidas pelas autoridades e seus aliados nos meiosde comunicação e as instituições académicas, servem para ocultar asua ideologia nefasta e sua última ordem do dia: o controlo total dapovoação..., menos liberdade em aras da "segurança". Não estou sugerindo que passemos a vida em um constante estado

de paranóia ou que deixemos de gozar do que a vida tem paraoferecer. Ainda podemos dedicar-nos aos nossos assuntosquotidianos e ir a restaurantes, ao teatro, à praia ou a um desafio defutebol. Digo que não devemos escutar aqueles que nos dizem quedevemos deixar a tarefa de nos protegermos a especialistas eprofissionais liderados pelas "autoridades"; e que sempre devemoscorrer ou encolher-nos com medo, em vez de lutar e que devemosrenunciar ao direito a ter armas. Homens, mulheres e crianças de todosos âmbitos da vida, devem ter como prioridade aprender habilidadesde defesa e quando seja possível, aprender a utilizar as armas. Nosestamos transformando numa cultura de pessoas suaves, preguiçosas,pouco profundas, absorvidas por entretenimentos sem sentido, falassem sentido, eventos desportivos sem sentido e em egoístas. Não éque aconteceu com os romanos? Quando as Artes Marciais e o treinocom armas deixaram de ser uma prioridade e caíram no descrédito, apovoação fez-se completamente dependente de um governo corrupto,opressivo e ineficiente para a sua protecção, a sociedade se derruboue finalmente, se desintegrou. Não temos problema algum em gastar dinheiro em aparelhos na

moda, roupa de desenho, comida rápida o mesmo estupefacientes,mas não podemos permitir-nos o custo das aulas de Artes Marciaispara nós e os nossos filhos. Não temos problemas em perder tempovendo programas estúpidos e desportos na televisão, jogandovideojogos ou passando um bom bocado no bar, mas estamosdemasiadamente ocupados para passar algumas horas por semana,aprendendo defesa pessoal.Devemos recordar as lições da história e voltar a avaliar as nossas

prioridades.

Defesa Pessoa

“Passageiros insubordinados, bêbados, ou pessoasmentalmente instáveis têm causado que dezenas de aviões

realizassem desnecessariamente aterragens deemergência devido a tripulações incapazes e pouco

dispostas a parar e controlar adequadamente passageirosdescontrolados. Muitos instrutores de auto-defesa têm

oferecido seus conhecimentos à indústria aérea, para treinar seu pessoal. As ofertas têm sido ignoradas”

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Grandes Mestres

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Page 104: Cinturao Negro Revista Portugues 304 Janeiro parte 2 2016

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Rene Latosa lo es y vuelve justamente a nuestras portadas,muchos años después de aquel primer encuentro,

porque reúne todas estas cualidades.Gozoso reencuentro debo añadir, pueslo fue. Corto pero sabroso y suficientepara comprender como todo lo queuno había esbozado hace años,en aquella primera ocasiónestaba ahí, maduro, firme ygentil a la vez.La razón de su viaje: Unnuevo video que verá la luzen breve. Una mañana detrabajo impecable, unagrabación fluida yagradable, para un videoque a buen seguro, harálas delicias de todos losamantes de las Artesfilipinas. El Latosa Escrima, un

estilo que un Maestroamigo de Wing Tsun definiócon elógios como “antiespectacular”, donde la

eficacia campa a sus anchas,marcando la diferencia.Contamos con la inestimable

asistencia de su alumno Sifu MarkusGoettel, al que agradecemos su gentileza

y ayuda.

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OS PONTAPÉS NAS ARTES MARCIAIS

Continuamos com o nosso estudo einformação, acerca dos pontapés emartes marciais, onde vos comunicamos aiminente necessidade de pôr em marchaum completo processo de treino

equil ibrado, para chegarmos aconseguir a nossa maior e melhorexecução delas.

Partindo da basefundamental do treino físicogeral da nossa“MÁQUINA”, ou seja, ocorpo físico, o Jooging,Stretching, Resistência,Abdominais, etc… epontapear, pontapear,

pontapear e pontapear.Repetir, repetir e continuar até

o último dos nossos dias, tendosempre especial cuidado com aspossíveis lesões que poderíamosevitar, sendo prudentes e atentos nacorrecta manobra, técnica e princípiosfísicos, psíquicos e fisiológicos, quetemos de ter em consideração emtodo momento. O treino constante nos

proporciona saúde em geral e nãosó resulta úti l para real izarpontapés, defesa pessoal oucombate, como também deve de

incidir directamente em todos osaspectos humanos, sociais eprofissionais da nossa existência,durante as 24 horas do dia. Pelocontrário, as lesões nos fazemretroceder, estancar o nosso avancee que é pior, nos pode afundar emdepressões ou condicionantes quepoderiam fazer -nos abandonar aprática da nossa arte marcial emquestão, seja ela Karate, Kenpo,Kung-Fu ou Desportos de Contacto. Eainda há mais; há lesões graves: nasnossas articulações, ancas, joelhos ecoluna vertebral, que podem prejudicarpara sempre, a nossa existência. Assimpois, amigos, muito cuidado e sejamprudentes.

Fu-Shih Kenpo

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as artes marciais, como já temospodido observar, temos umagrande variedade de pontapés emtodos os sentidos, manobras,combinações e varrimentos. Cadaum deles tem uma técnica

determinada para ser executada. Devemos pôrmuita atenção às indicações, correcções econselhos do nosso Instrutor ou Mestre. Ospontapés têm um sentido ou direcção, tanto sejaele frontal, lateral, circular, em revés, em redondo,descendente desde o interior ou exterior,esmagadores, etc. Frequentemente, estes têm oseu destaque dependendo de se o executante éproveniente do Karate, do Tae-Kwon Do, Kenpo,Kung-Fu ou Muay Thai, por exemplo. Obviamente,um especialista sempre pode ver imediatamenteacerca deste pormenor, principalmente emencontros abertos, exibições, exames ousimilares. Me refiro a que não importará se umgrupo de praticantes vão vestidos simplesmentecom roupa desportiva, calção curto ou todos comda mesma maneira. O profissional ou especialistapoderá identificar em cada um a procedência doseu estilo ou a combinação deles.A falta de treino sério e constante, a pouca

elongação, falta ou excesso de força, carência de

controlo, coordenação, estética ou de equilíbrio,e por vezes o aperfeiçoamento de “erros”, assimcomo o uso constante em combate, provocaalguns vícios e deformações, que deixam emrisco a técnica, tão necessária para a transmissãoda arte e para a máxima eficácia na suaexecução. Alguns estilos começam a execução de um

determinado pontapé da mesma maneira em queaplicariam outra. Isto é devido a que a ideia époder escolher o pontapé a lançar, uma vezcomeçada a técnica, dando-nos maior controlosobre a perna. Significa que, por exemplo em umcombate, inicio a execução de um pontapé frontalporque o oponente está oferecendo um espaçona sua guarda, mas quando vou a caminho, ele semove, fecha esse espaço com a sua guarda,talvez porque desde o início me convidava aexecutar-lhe esse pontapé, o que pela sua parteteria sido uma manobra de engano ou convitepremeditado. É neste momento quando devemoster o controlo na direcção do mesmo, com apossibil idade de surpreender o oponente,mudando no último instante o pontapé que íamoslançar, para que penetre na sua guarda. Este tipo de controlo ou táctica no uso das

pernas, proporciona uma estrutura firme e

A coluna de Raúl Gutiérrez

N

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Fu-Shih Kenpo

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A coluna de Raúl Gutiérrez

“Cada estilo ou profissional nosoferece certas indicações arespeito de pontapear”

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precisa, a qual podemos utilizar, para daí iniciar todoo possível uso da nossa gama de pontapés, desdeum ponto inicial comum.Normalmente, se sugere subir o joelho frente ao

corpo. Depois, desde esse ponto, o nosso cérebroregista a mobilidade do oponente e então se lança opontapé, que pode ser de uma maneira ou outra,dependendo das reacções do adversário. Pode serfrontal ou com o peito do pé desde um lado, com ocalcanhar de frente ou de lado, com a planta do pé,com o metatarso descendo, etc.Cada estilo ou profissional nos oferece certas

sugestões com respeito a pontapear. Mas aquiprecisamente estaremos condicionados, porque asqualidades de cada expoente, variamsignificativamente. Ainda que todas poderiam serválidas, depois tudo vai depender do nosso estudopessoal, acerca dos motivos de ele ou eles, realizaremesse tipo de manobras. Por exemplo, conseguir aelasticidade e a mobilidade articular de Bill Wallace,não é nada fácil. E sendo este uma pessoa especial,com quem me relacionei a partir de 1981, no WilshireBoulevard, de Los Ángeles, Califórnia, posso recordaros seus seguintes aspectos: Wallace sofreu uma ruptura grave no seu joelho

direito, durante um dos seus treinos. Ele era tambémprofessor de educação física na Universidade deNebraska. Bill era competidor nos Campeonatos dosEstados Unidos, organizado pela United States Karate

Association, USKA, criada pelo Grão Mestre RobertA.Trias e aqueles eram os primeiros torneios de KarateOpen e as primeiras regras de Torneio, tambémcriadas por Trias (ao que também tive o prazer deconhecer e tratar até a sua prematura morte), masquando apareceu o Full-Contact, foram Bill Wallace,Joe Lewis e Isaias Dueñas, entre outros, os que sepassaram logo para esta nova modalidade americana.Como nesses novos eventos, os combates eram

de pleno contacto, Wallace estabeleceu “para ele” osseus próprios parâmetros técnicos e de auto-protecção. Por temor a voltar a ser magoado na suaperna direita, aperfeiçoou a esquerda e também asua técnica pugilística e estabeleceu uma guarda decombate sempre perpendicular ao oponente, com asua esquerda adiantada. Chegou a utilizar a suaperna esquerda como se de um braço se tratasse.Mas só utilizava o pontapé lateral “Side Kick ou YokoGeri”, circular “Roundhouse Kick ou Mawashi Geri”,e o de gancho “Hook Kick ou Ura Mawashi Geri”. Cada um destes três pontapés era veloz, potente e

preciso. Criou também uma gama de possíveiscombinações entre os três, as quais levaram-no aganhar 23 combates profissionais de Full-Contact ese tornou uma “Lenda Viva”, única e irrepetível. Nãoutilizou jamais em seus combates, outro tipo depontapés. Não fizeram falta. Excepto em um dosseus tantos encontros profissionais, uma vez aplicouuma frontal. Ele até se surpreendeu y também nos

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surpreendeu a nós “os susseguidores”.

Pontapé de Peito de péO Pontapé de Peito de pé aos

genitais, o “Kin Geri”, é um pontapéque se realiza de maneira ascendente,como se pontapeássemos a balão. Omesmo pontapé de peito do pé, masdirigida pelo exterior à coxa ou pelointerior à virilha, no Fu-Shih Kenpo aexecutamos subindo primeiro o joelhoindicando uma frontal e realizando noúltimo momento uma rotação para oponto de impacto, caindo em meia luae empurrando com a anca.

Passos para a execução Depois de subir o joelho, o pé de

base se abre e o joelho levantado sesitua de lado, se aplica como umachicotada, impactando nos lados dooponente com o peito do pé. Este pontapé, quando iniciada pode serdirigida à zona baixa, média ou alta. Se executa com o peito do pé,ganhamos alguns centímetros de penetração ou profundidade. Se pelocontrário a executarmos com o metatarso, encurtamos o ponto de impacto.Este pontapé, difere claramente do pontapé com a tíbia, como a que

se utiliza no Muay Thai. Nela, o joelho fia semi-flexionado e o ponto deimpacto é a tíbia, movimentando-se o corpo como um só bloco, comgrande força de arraste. O do peito do pé, é mais veloz no seu percurso, visto se expressar

como uma chicotada. Dependendo da estratégia o lutador usará uma ououtra.

Como bloquear? Podem utilizar-se esquivas, controlo das distâncias, tanto seja entrando

em contra do oponente ou afastando-se dele. Para o meu gosto e se nãose tiverem dúvidas, entrar com decisão é uma muito boa anulação e umbom contra-ataque. Tenho várias combinações contra este pontapé, massem nunca esquecer que sempre temos de procurar “manter o nossoequilíbrio” à vez que temos que “desequilibrar o oponente”. Sempre se têm de considerar os ângulos perigosos, os de escape,

protecção e de menos risco. No caso de se retroceder, permitimos que ooponente concatene outras combinações. Também não esquecer que élógico enganar-nos e recebermos algum impacto. É normal. Estamos emcombate livre ou em um encontro real. O oponente se move comabsoluta liberdade, quer magoar-nos ou destruir-nos, é agressivo e coma adrenalina muito alta. Não podemos preocupar-nos nesse instante, dopossível dano recebido. Terminar o encontro é a premissa, depoispassaremos em revista os resultados.Se não se conseguir esquivar, o melhor é ter sempre bem acima a

guarda, a nossa cabeça é o mais importante a proteger. É o principalobjectivo de um oponente e não esqueçamos outro princípio: “onde vai acabeça, vai o corpo”. Quando se lutar com alguém que dominar estepontapé, não descer nunca a guarda quando se estiver na sua distância,porque é um pontapé rápido e quase o não vemos. Pode acontecer nãotermos tempo de subir a guarda. Um bom competidor ou umprofissional, joga com o engano e a improvisação. Até o mês que vem, amigos, quando continuaremos analisando outros

pontapés. Obrigado…

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Fu-Shih Kenpo

“Nas artesmarciais,

como já pudemosobservar, temosuma grandevariedade depontapés emtodos ossentidos,manobras,

combinações evarrimentos”

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UMA PERSPECTIVA EVOLUTIVASem dúvida, o principal evento no Campeonato Mundial de Taijiquan é a modalidade de rotinas livres, em que os atletas

seleccionam as próprias coreografias, que incluem movimentos de grande dificuldade e acompanhamento musical. Esta é amodalidade que melhor mostra a estratégia de evolução e direcção, a que o Wushu de competição se tem comprometido,procurando tornar-se mundialmente um desporto com classe, uma verdadeira representação do lema "superior, difícil, inovador eestético", utilizado pela Federação Internacional de Wushu (IWUF), desde que começou o seu programa de expansão olímpica. As novas regras, introduzidas no 1º Campeonato Mundial de Taijiquan, em 2014, são fiéis a este princípio da promoção da

capacidade desportiva e ao mesmo tempo, enfrentar eficazmente os vários problemas das anteriores normas. Com o novo código, a pontuação de partida para as rotinas opcionais, consta de três constituintes principais, cada um com

seu próprio painel de juízes: Grupo E - Execução Técnica, com uma pontuação de partida de 7 pontos. Grupo P - osresultados globais, com uma pontuação de partida de 3 pontos; e o Grupo D - Grau de Dificuldade ou Nandu, com umapontuação de partida, que depende dos elementos de dificuldade seleccionados pelo atleta. A conta final é a soma do E, das

WUSHU

GRANDES MUDANÇAS NO TAIJIQUAN DE COMPETIÇÃO

Texto: Emilio AlpansequeFotos: CortesIa de Lesley Chan

Deixando de lado qualquer discussão acerca do significado conceitual das ArtesMarciais, cultura e desportos tradicionais, e concentrando-nos nos valores desporti-vos e estéticos puros desta disciplina, temos de reconhecer que o Taijiquan competi-tivo se tornou um desporto e mais do que nunca, sumamente difícil. Com os últimosregulamentos, os atletas se deslizam elegantemente na competição, combinando umasérie de movimentos obrigatórios, de varios estilos de Taijiquan, junto com movimen-tos surpreendentemente de alta dificuldade, incluindo saltos em que parecem flutuarno ar, seguidos de aterragens suaves, que deixam a audiência sem fôlego. Por outra parte, as rotinas se realizam com música instrumental, seguindo uma

coreografia e dando um efeito dramático a cada movimento.

Wu Shu

Page 125: Cinturao Negro Revista Portugues 304 Janeiro parte 2 2016

pontuações P e D, menos as deduções de qualquer juizprincipal. Por isso podemos dizer que a era dos 10 perfeitos acabou

para as rotinas l ivres do Taij iquan. Este ajuste é umatransformação significativa para a imagem deste desporto. Porexemplo, com as novas regras, agora vemos bons resultadoscomo 12,80, em vez de um 9,70 do passado. As pontuaçõespara medalha, estão nos 13pontos ou mais.

ASSEGURANDO OCONTEÚDO DO TAIJIQUAN O novo regulamento introduz

o uso de novos elementos, quecontêm todos os diferentesmovimentos possíveis de seremutil izados na competição deTaij iquan. Estes são osrequerimentos de composição,uti l izados pelos atletas etreinadores, para criar suasrotinas de competição. Há 16categorias que incluem todos osmovimentos principais deTaijiquan, como “acariciar a crinado cavalo” o “o chicotesimples”, com a diferença deque alguns deles agora sepodem realizar de acordo comas escolas específicas deTaijiquan chamadas, Yang, Chene Wu. Além disso, a tabelacontém todos os movimentosNandu permitidos, como oequil íbrio da perna cruzadainserida atrás do corpo, opontapé frontal em salto,pontapé do loto de 540 graus, eassim sucessivamente.Há directrizes específicas para

a escolha dos diferenteselementos de cada uma dascategorias, assim como paraabertura e encerramento dos

movimentos da rotina. Certos movimentos são obrigatórios,enquanto que outros são opcionais, mas o mais importante éque todos os movimentos, nas rotinas, devem de sermencionados. A todos os elementos incluídos na tabela se lhesatribui um nível de habilidade ou grau, que vai do grau A (fácil)ao grau G (mais difícil). Por exemplo, “retroceder e rechaçar omacaco” é um grau 1 de movimento, enquanto que o “pontapé

Desportos Chineses

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de torvelinho” de 540 graus, é um grau G. Cada nível dehabilidade tem um valor associado em pontos, a partir de 0,20para o grau A e o aumento de cada nível de 0,05. A tabela deelementos oferece uma linha de base clara, para quantificarcada elemento e se assegura que os atletas já não possamincorporar elementos de “fantasia”, que não são de Taijiquan.

GARANTINDO A EXECUÇÃO DO TAIJIQUAN A avaliação realista dos resultados do competidor se baseia

em dois parâmetros diferentes: a execução técnica e orendimento geral, observados pelos juízes, como E e Prespectivamente. O novo sistema impõe uns critérios maisamplos para a avaliação da execução técnica, que inclui formasde mão, posições corporais, técnicas de perna e saltos, assimcomo outras deduções aplicáveis a como o competidor seequilibra, dá passos, salta, cai, e tudo o mais. Com estaestrutura, os erros de menor importância, como o passo deArco, onde o joelho da perna adiantada ultrapassa a linha dosdedos dos pés, o passo escondido, com a planta do péestendida, sem estar totalmente em contacto com o chão nemenganchado para dentro, pode ser uma dedução de um décimode ponto; um erro moderado, como um apoio adicional ou umainfluência importante, pode custar ao competidor dois décimose os erros mais drásticos, como deixar cair todo o corpo nochão, custam três décimos.

A pontuação é para o rendimento geral, volume de energia,ritmo, a harmonia, a coordenação das mãos, dos olhos, dospassos, os movimentos do corpo, o espírito, o estilo, aestrutura e a coreografia. As actuações com a execuçãotécnica correcta e precisa, constituem um método claramentevisualizado, bem coordenado, com suavidade e força, e apotência aplicada correctamente; um ritmo diferente. A umacoreografia bem pensada e um desenho de rotina bem unida,assim como a harmonia com o acompanhamento musical, sese dão de 2,51 pontos e 3,00 pontos. As rotinas que mostraremum nível médio das características antes ditas, obtêm de 1,91pontos a 2,50 pontos. As rotinas que mostrem um nível inferiorà média das características anteriores, obterão de 1.01 a 1.90pontos. Após anos de queixas das especificações limitadas por

deduções por erro, os juízes dos grupos E e P, agora têmdescrições muito claras para cada tipo de elemento da rotina,assim como para a execução completa e o rendimento, quesão muito específicos do Taijiquan.

FOMENTANDO A CAPACIDADE FÍSICA O Nandu significa a capacidade física no desporto do

Taijiquan, é um grau de dificuldade, quase sem restrições numarotina. As novas normas introduzem um método diferente decálculo o a acumulação de pontos, baseados em quatroconstituintes: a execução das técnicas de Nandu,

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Enlaçamentos de Nandu, Lançamentos de Nandu ePosicionamento de Nandu. O primeiro constituinte são astécnicas. Uma relativamente fácil, como um pontapé frontal emsalto, soma 0,30 pontos, enquanto que um assombrosoPontapé de Loto de 540 graus, soma 0,50. Então, acombinação de uma técnica com outra, ou a escolha daaterragem de um salto de uma maneira específica, estabeleceráo constituinte para as ligações. Um pontapé frontal em salto,seguido de um pontapé de loto de 540 graus (no ponto),aumentará a pontuação 0,20. Por outra parte, adicionar a umaRecepção em posição de saltador de valas, depois do Salto doLoto, somará mais 0,25.O terceiro constituinte são os lançamentos, mas estes estão

reservados para as rotinas de 6 pessoas (3 com mãos nuas e 3com espadas rectas), posto se referirem a um atleta querealmente lança outro ao ar, para uma técnica específicaNandu, que se pode completar depois de ser libertadototalmente e com uma ligação específica realizada enquantoaterra. Alguns dos lançamentos mais populares incluem olançamento + Pontapé Tornado de 180 graus + aterragem comum pé e o lançamento + Pontapé tornado de 360 graus + aaterragem com só um joelho levantado. Por último, o quarto constituinte é a localização, que são

pontos de bonificação para a execução dos elementos maisduros do Nandu, perto do final da rotina. O novo códigoincentiva claramente os atletas a seleccionarem poucastécnicas de dificuldade de pontuação mais alta, em vez demuitas de dificuldade, de pontuação baixa, pois este aspectopermitirá uma maior separação das contas entre atletas de

diferentes níveis de competição atlética. Há uma mudançaradical das normas anteriores, as de 2005, onde a dificuldadese limitava a 2 pontos sobre 10.

O QUE FAZER COM RESPEITO AESTAS MUDANÇAS?Inicialmente, a maneira em que se constituem e se avaliam as

rotinas com as novas regras, poderia ser um desafio difícil decompreender, mas provavelmente em breve surgirá umconsenso acerca do que o novo sistema de pontuação, que éuma melhora em varias áreas importantes. Por exemplo, comas anteriores regras, o número de movimentos principais deTaijiquan requerido era baixo, em comparação com as actuais eassim eram as possíveis deduções pela qualidade dosmovimentos que os juízes podiam aplicar. Em consequência,alguns atletas poderiam organizar suas rotinas de cherry-picking com o conteúdo mínimo requerido, adicionando comorecheio movimentos que não eram de Taijiquan, dando poucaou nenhuma possibilidade de ter deduções pela qualidade dosmovimentos. Como resultado, as pontuações altas estavamquase garantidas, sempre e quando se completassem osmovimentos de alta dificuldade, posto que os juízes derendimento geral não tinham uma grande gama suficiente depontos, para fazer uma diferença significativa nas pontuaçõesfinais. Isto foi completamente abordado pelas novas normas.Outro aspecto da discussão está na inclusão de tantos

diferentes movimentos de alta dificuldade, incluindo os saltos devariações de grau de 180, 360, 450 e 540 e a escala aberta dos

Wu Shu

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pontos D, sempre que o atletacumpra as normas de selecção e asexigências indicadas nas normas.Estes dois aspectos, se incorporaramapenas para promover a capacidadefísica e separar melhor o nível deexperiência e o profissionalismo dosatletas, que com o tempo poderiamfazer desviar a Competição doTaijiquan, para longe dos princípiosmais fundamentais da Arte originaldo Taijiquan. Se bem é certo que nos desportos

de competição de elite, a inovação ea ruptura das barreiras existentes ésumamente importante, há umdilema intrínseco que parece surgirdeste princípio. Poderia dizer-se que,pela surpreendente popularizaçãomundial da Arte, o Taij iquan deCompetição se encontra naactualidade numa encruzilhada. Atéonde pode afastar-se do Taijiquantradicional e ainda ser consideradoparte da Cultura contemporânea doTaij iquan? Estas mudançasasseguram um lugar nos JogosOlímpicos? Talvez o tempo dirá…

Desportos Chineses

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Na entrevista deste mês econtinuando com a série desta“Coluna do Wing Chun” de BudoInternational, na sua ediçãomundial, queremos falar de umestilo em especial. Conhece o leitor,o Snake Crane Wing Chun?Sifu Salvador Sanches continua

procurando na China, as origens doWing Chun e a sua evoluçãohistórica até os nossos dias. Jápreparam a terceira expedição como grupo de escolas doDepartamento de Wing Chun daFederação Espanhola de Luta, quevisitará Hong Kongue, Fotshan e oTemplo de Shaolín em Julho de2016. Estudioso das Artes Marciais

Chinesas e um autênticoapaixonado pela prática, SifuSalvador Sanches nos aproxima amestres e estilos que sem nenhumgénero de dúvida, irão enriquecersubstancialmente, a visão dosadeptos ao Wing Chun, que seguema nossa publicação.

Wing Chun

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ifu Salvador Sanches diz-nos: Na minhaúlt ima viagem a Hong Kongue, t iveocasião de conhecer um grande homem,uma extraordinária pessoa, que agoraconsidero um amigo das Artes Marciais ecom ele espero poder continuar

comparticipando de caminho e experiências, durantemuitos anos. Um cavalheiro, em toda a extensão dapalavra, para o qual só tenho palavras de profundoagradecimento. Ele é o Dr. Wayne Yung, do estiloSnake Crane Wing Chun.

Quando preparava a minha viagem a Hong Kongue,contactei com o Grão Mestre Paucciullo Gilberto(Presidente da International WuShu Sanda Federation),pedindo autorização para visitar o Dr.Wayne Yung.Daqui agradeço a sua generosidade e por terpromovido a ponte entre praticantes de Artes MarciaisChinesas, mediante a IWSF. Compartilhamos a paixãopelas Artes Marciais Chinesas e isso é o mais

importante. Agradeço desde estas páginas ao MasterPaucciullo Gilberto, todo o seu apoio.

Para muitos seguidores das Artes Marciais, o VingTsun talvez seja um estilo que desconheçam, masposso dizer, sem medo a enganar-me, que não osdeixará indiferentes. Poderia afirmar que um 90% dasescolas de Wing Chun que conheço mundo afora, sãoderivações da linhagem do Grão Mestre Yip Man.Quando comecei a pesquisar acerca de outras“famílias”, devo reconhecer que me senti entusiasmadopor saber da existência de diferentes linhagens eescolas provenientes da raiz original e das quaissurgiram os RAMAIS deste grande estilo. Apesar de eupertencer a dois estilos completamente diferentes (issoera o que eu pensava!), me causou grande surpresa aquantidade de similitudes técnicas entre os nossosestilos e a maneira de aplicação à prática das formasdo mestre Wayne Yu. Fez-me pensar acerca de muitospontos a nível histórico, que damos como “certos” e

Wing Chun

S

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Entrevista

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que depois de vistos em profundidade e de estudara crónica da história recente das Artes MarciaisChinesas, talvez devíamos pensar mais acerca dealguns elementos que aceitamos como “dogmas”.

Muitas pessoas de certo hão-de perguntar: E queimportância poderá ter o conhecimento a nívelhistórico, da evolução de um estilo de artes marciais?

Cada dia tenho mais a certeza de que nãoseremos capazes de conseguir uma evolução REAL,que ponha os estilos do Kungfu Chinês no lugar quemerecem, sem conhecermos a origem, os motivosda sua evolução e aqueles elementos históricos quemarcaram sua própria cronologia. Alguns desteselementos têm marcado o que hoje são e somos.Por isso me parece essencial conhecer esta históriae estes esti los, que hoje são realmenteFUNDAMENTAIS para compreender as ArtesMarciais Chinesas.

Sifu Wayne Yung é um claro exemplo depesquisador e estudioso incansável. Um defensorda tradição ancestral do seu estilo, como autênticoTÉSOIRO da Cultura Chinesa. Não em é vão que oDr. Wayne tem conseguido que o estilo Snake CraneWing Chun seja considerado como uma das trêslinhas do Ving Tsun Kung Fu, consideradas“património” de Hong Kongue.

O seu trabalho como professor na Universidadede Alta Tecnologia de Hong Kongue, o dota deexcelentes qualidades para a análise e o estudo.Um científico que tem dedicado parte da sua vida àinvestigação acerca da ORIGEM, EVOLUÇÃO eDESENVOLVIMENTO do estilo Snake Crane WingChun, com o objectivo de que a seguinte geraçãoreceba o legado que faça com esta família do WingChun se estender por todo o mundo, como deve deser, como um tesoiro das Artes Marciais Chinesas.

Além de tudo isto, não posse deixar de assinalar aexcelente qualidade humana do Dr. Wayne Yung.Hospitaleiro, generoso, atencioso e sempre dispostoa compartilhar. Se querem conhecer um autênticoestilo de Kungfu, não podem deixar de conhecer otrabalho deste excelente professor.

A primeira coisa que me surpreendeu do nossoencontro, foi o facto de ser recebido no hall daUniversidade da Alta Tecnologia de Hong Kongue. Écurioso como um científico reconhecido em HongKongue, é o “herdeiro” de um estilo tradicional doKung fu Chinês.

Wing Chun

“O S.W.E. é um claroexemplo de pesquisador e

estudioso incansável”

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Pessoalmente, o Dr.Wayne e um grupo deseus instrutores nos recebem na porta ecomeçamos a nossa entrevista.

Sifu Salvador Sanches: Dr. Wayne Yung,muito obrigado por receber-nos. Sentimo-nosimensamente honrados por estar aqui e sermosrecebidos com tanta amabilidade e mostrar-noscomo é o Snake Crane Wing Chun Kung Fu.

S.W.E.: Obrigado a ti, a vocês todos, porvirem de tão longe. Para mim é um prazerrecebe-los e espero poder mostrar-lhes damelhor maneira, como é o SCWC (Snake CraneWing Chun).

S.S.S.: Faremos então algumas perguntas... Oque é exactamente SCWC?

S.W.E.: O Snake Crane Wing Chun (SCWC)é o estilo conhecido de mais antigo e queainda conserva as técnicas e ensinançasoriginais de meados do Século XIX. Isto érealmente importante, porque à diferença dequase todos os outros casos, a história e aevolução de SCWC pode ser h istór ica ecient i f icamente seguidos. Podemosdocumentar o est i lo com exact idão nosúlt imos 200 anos até à data, com dadosbastante exactos. Isto dá-nos uma ideia clarade como era o WCK e penso que também nospode ajudar a compreender algumas coisasdo Wing Chun Kung Fu dos nossos dias e afinalidade de ter sido criado.

S.S.S.: Se o esti lo foi criado com umobjectivo, qual foi ele?

S.W.E.: O SCWC foi criado durante a rebeliãoTaiping, como arma de vingança contra ostraidores do movimento. Em primeiro lugar,devemos de compreender que historicamente, oconhecido mestre de Wing Chun era um actorda Companhia da Ópera “Red Boat" (o barcovermelho), Law Man Gung que permanecia naclandestinidade após a rebelião ter sido“esmagada”. Law Man Gung transmitiu a arte aseu primo Ley Tiu Wen, na segunda metade doséculo XIX, o qual manteve a sua arte familiarem segredo. Quando Sun Yat-Sen levantou umarevolução, Law Tiu Wen se uniu ao movimentocomo secretário do general Lee Fu Lin. Nosprimeiros dias da República da China, demitiuda uma posição oficial, se estudou medicina,exercendo como médico quando regressou aoseu lugar de origem, Xiqiao, perto de Foshan.

Law Chiu Wing passou a sua arte a Law TingChau (?- 1980), que trabalhou como funcionáriode alta patente militar, na República da China.Durante a Segunda Guerra Mundial, toda a suafamíl ia emigrou para Hong Kongue e eletrabalhou para a Polícia de Hong Kongue.Depois de aposentado, começou a trabalhar noâmbito da cultura e da educação. Passou todo oseu conhecimento para o seu filho Law ChiuWing, que nasceu em 1935, em Foshan. Em2009, decide mostrar o Snake Crane Wing Chunem público.

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Em 2012, o SCWC foi dado a conhecer aogrande público, aparecendo no fi lme"Unbeatable Youth" e em 2014, SCWC foireconhecido como uma das três linhagensWing Chun Kung Fu de HongKong,consideradas “Património Cultural Imaterialde Hong Kongue”.

S,S.S.: Então, é o “responsável” de teraberto ao público este estilo?

S.W.E.: Sim, assim é. Penso que é um estiloque tem muitas coisas interessantes equeremos fazer um trabalho de difusão a nívelmundial. Consideramos que é um estilo comuma riqueza muito grande e com grandes

coisas para oferecer aos seguidores das ArtesMarciais. Pode ajudar muito na vida, por issopenso que é o que temos de fazer...

S.S.S.: Qual a relação com a linhagem doGrão Mestre Yip Man?

S.W.E.: Realmente, nenhuma. São estilosque provavelmente têm uma mesma origemmas que têm seguido por caminhosdiferentes. A imensa maioria das pessoasconhecem o Wing Chun devido ao trabalhodo Grão Mestre Yip Man, após ter vindo paraHong Kongue, mas o Snake Crane WingChun é um estilo com uma história muito ricae anterior a Yip Man

“A imensa maioria das pessoasconhecem o Wing Chun devido ao

trabalho do Grão Mestre Yip Man”

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S.S.S.: Em que se parece ao estilo Wing Chunmais estendido no mundo?

S.W.E.: Tem certas similitudes... Sem dúvidatemos uma origem comum, mas em algummomento as l inhagens evoluíram de maneiradiferente. Se observamos as formas do estilo SiuNin Tao, Chun Kiu Tao, Pau Comprido ou Facas,observaremos importantes coincidências, mastambém podemos ver importantes diferenças…Quere ver isto?

S.S.S.: Com certeza...!O Dr. Wayne pede amavelmente ao seu instrutor

de Singapura, para realizar a forma Siu Nin Tao doestilo. (Dispomos desta forma em um vídeo, paraquem o quiser ver)

A estrutura da forma é similar, mas os movimentossão completamente diferentes. Imitam o movimentode uma “SERPENTE” e de um GROU”. Sãomovimentos SUAVES, completamente coordenados,elásticos, de grande BELEZA

Poderíamos dizer que é uma mistura do Siu NinTao que conhecemos y do Biu Tze Tao…

Após mostrar também a forma Chum Kiu Tao doesti lo, podemos observar como existe umantepassado comum. Há importantes coincidênciase na minha opinião, há elementos que explicam

muito convenientemente alguns pontos do nossoestilo. Claramente se pode apreciar que a origem é amesma…

S.S.S.: Mestre, como é seu relacionamento com oresto de escolas de Wing Chun em Hong Kongue?

S.W.E.: Em geral muito bom, aliás, como devede ser. Tentamos ter uma mentalidade aberta ecompreensiva com todas as escolas. Como é delóg ica , es tamos mui to preocupados porpreservar o autêntico espírito do estilo SCWC. Énossa obrigação! Mas as relações com outrasescolas e linhagens é correcta e cordial. Alémdo mais, sou Vice-Presidente da InternationalWuShu Sanda Federation e seu delegado emHong Kongue, o que me leva a ter muita relaçãocom mestres de outros esti los diferentes aoWing Chun

S.S.S.: Como explica as importantes diferençasentre o Wing Chun de Hong Kongue e o da Europaou o dos Estados Unidos?

S.W.E.: Isso é uma questão complicada.Fundamentalmente penso que alguns mestres têm“mercantilizado” em excesso o Kungfu e não sepreocupam demasiadamente com a conservação dahistória e da cultura do povo chinês.

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Isto é um assunto importante para nós e que define a nossa maneira de praticare transmitir.

S.S.S.: Tem outras escolas fora de Hong Kongue?S.W.E.: Sim. Por fortuna muitas pessoas estão interessadas em conhecer o

SCWC. Temos vários grupos em Hong Kongue, outros na China e em Singapura.Também alguns grupos na Europa e nos Estados Unidos. Estamoscomprometidos com o estilo, para darmos uma difusão global do sistema, porquecompreendemos ser a melhor maneira de sobreviver no tempo a tradição danossa linhagem.

S.S.S.: Como pode alguém interessado em conhecer o estilo, aprofundar nele?S.W.E.: Afortunadamente já temos alguns grupos por todo o mundo. Também

temos bastante informação documental, que pode explicar a evolução histórica

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do estilo e algumas outras explicações importantes.Finalmente, podem dirigir-se a mim e estareiencantado de mostrar-lhes o que é e como é onosso estilo

S.S.S.: MUITO OBRIGADO! Não posso deixar deagradecer novamente, a sua atenção, a suahospitalidade e generosidade. Ficamos à sua inteiradisposição para qualquer coisa que se possa fazerpara dar a conhecer esta autêntica MARAVILHA daCultura Chinesa, o Snake Crane Wing Chun

S.W.E.: Obrigado a vocês por virem de tão longe.Foi um prazer recebe-los e espero poderreencontrar-nos em breve e poder praticar ecompartilhar ideias.

Obrigado!

Em 2012, o SCWC foi dado aconhecer ao grande

público aparecendo nofilme "UnbeatableYouth". Em 2014,

o SCWC foireconhecido como uma

das três linhagensWing Chun Kung Fu de

HongKong,consideradas

“Património CulturalImaterial de Hong

Kongue”

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Wing Chun

Se alguém quer contactar com o Dr. WayneYung ou conhecer o estilo Snake Crane Wing

Chun, favor contactar-me no meu correioelectrónico pessoal. Facilitaremos uma maneira de

contacto e a informação requerida.

Sifu Salvador SanchesA Coluna do Wing Chun

[email protected]

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“O que dá a beleza ao deserto é que em alguma parte,esconde um poço de água”

Antoine de Saint-Exupery

“O que sabemos é um pingo de água; o que ignoramosé o oceano”

Isaac Newton

Fluir não quer dizer ser descuidado; a água o não é. Não deixacanto sem cobrir, a tudo chega! Dizem os Asturianos que a águatem “um focinho muito fino”. Sem presa, adaptando-se àscircunstâncias, a água é a metáfora da persistência e daadaptabilidade extremas. O paradigma da mydança na forma, semtransformar a essência. O água cataliza a vida, sem ela, a terra seca e fica ermo, o fogo sem

controlador, tudo inunda e o ar, transformado em tormenta de areia, nãopode levar a fertilidade das nuves, nem a força das mudanças. Até ometal é torneado com seu uso nas forjas! A água nos conforta, nos limpa, nos abençoa. Molhados

nos rios do momento, nadamos, lutamos, naufragamos. Fluir, adaptarse às barreiras, correr para baixo, não

se opôr a nada, a água é a perfeita analogía dahumildade, da adaptação e do não conflicto. Aágua vence sem objectivo; seguindo a suanatureza, rodeia qualquer obstáculo e nosensina a como vencer, mas com sabedoria,sem desgaste, sem perder de vista oobjectivo. O que é uma rocha no caminho?O que é uma montanha? Até quando nãohá saída, ela se filtra ou se evapora. Nadadetém o seu destino.O río da vida me deixou nas minhas

margens estos textos, que hojecompartilho como livro. E digo que“deichou”, porque toda autoría équando menos confusa, pois todosdevemos àqueles nos precederam,aos que nos inspiraram e inspiram,as flutuantes nuvens doinconsciente colectivo e até, quemsabe!, os espíritus econsciencias que nos rodeiam. Não tenho nada que

ensinar, porque nada sei, peroa quem quizer escutar asminhas palavras, lhe deixoaquí sinceras reflexões,sentidas, cada día maissentidas e menos pensadas,porque o pensamento nosengana vendo o que quer vere dele aprendi a suspeitar.

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Há unos 360 anos, Miyamoto Musashi(1584-1645) escreveu ”O Livro dos CincoAnéis” recomendando e descrevendo comodesenvolver a resistência mental. Estaera uma das conclusões de Sun Tzu noseu livro “A Arte da Guerra”: como orendimento mental pode ser alteradoquando o guerreiro se encontrar sobcircunstâncias violentas e caóticas. AResistência Mental, como ele adenominou, era conhecida nos códigosSamurai da guerra e também praticadano adestramento budista da "mentevazia". O professor John Machado gostade se referir a ela com estas palavras:"Deixa o teu ego à porta da escola”. NoJapão também é conhecida como"Mussin" e “Muga Mussin", que vem domedo de viver na expectativa da morte, oque nos leva ao código Samurai “Bushido".Em 1905, Inazo Nitote dividiu o códigoSamurai em 6 partes:

Kapap

Resistência MentalPreparação Psicológica para o Combate, Controlar e lidar com o Estresse em Combate, e Posicionamento Relativo™.

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Avi Nardia

Kapap™ – Krav Panim El Panim & ProfessorJohn Machado Brazilian–Ju-Jitsu Academy

Texto e Fotos:

“Albert tinha amissão deprender comvida umterroristasuicida.

Teve que seguiro terrorista

durante mais deuma semana”

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1. Dever (Giri), 2. Magnanimidade (Doryo), 3. Generosidade (Ansha), 4. Humanidade (Ninyo), 5. Resolução (Shiki) 6. Força de espírito (Fudo).

Trabalhar todos eles em harmonia, conduzirá àResistência Mental que um guerreiro Samuraipsicologicamente teve de enfrentar no campo debatalha e a que nós hoje chamamos "psicologiamilitar”.

Num combate experimentamos sons, cheiros,gostos, imagens, impacto, dor e medo, os quais nãoenfrentamos no dia-a-dia. Podes pôr o teu corpo emforma, mas como podes treinar-te mentalmente paraenfrentares um combate?

Aconteceu comigo que uma vez assisti a um“Ultimate Fighting Championship” e a partir de entãojá não sou um tão grande admirador. Foi estranho verum desses indivíduos que quando perdeu, começoua chorar porque lhe tiravam o título… Isto parece-meuma situação muito longe da realidade! Por quemotivo deveria aquele indivíduo forte e grandalhãochorar como faz uma criança pelo seu brinquedoquebrado? Isto levou-me a pensar no meu colega.

O meu colega tinha a missão de prender com vidaum terrorista suicida. Teve que seguir o terroristadurante mais de uma semana. Logo que recebeuautorização para continuar com a operação, prendeuo terrorista enquanto este estava com a bomba atadaao corpo. Ele estava mentalmente preparado paraentrar em acção a qualquer momento e assim fez. Oque ele tinha a perder não era um título…, era a suavida que estava em perigo, assim como as vidas daspessoas que ele protegia. Frente a este género deexperiências, a minha pergunta é como há pessoas

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que pensam que o UFC, etc., são um caminho dasartes marciais.

O que aconteceu com as artesmarciais como modelo de vida?Onde foi que isto se perdeu?

Ensinamos e praticamos as artes militares e ossistemas militares oficiais israelitas e é triste vertodos aqueles que "querem ser" artistas marciais eque nunca foram soldados, mas ainda assiminsistem. Vestem uniformes militares como seformassem parte do exército, do Mosad, ou de umcomando. Basta pedir-lhes para treinarem na chuvaou na neve (num treino realista) e desapareceminstantaneamente. Entretanto, todos afirmam quenão são artistas marciais tradicionais… Eles dizemserem artistas marciais mas “não para parvoíces”…Talvez pensem que a arte marcial das forças desegurança israelitas são uma espécie de novo"exercício aeróbio" de treino para famosos? Nãocompreendem que é uma forma de defesa pessoal enada mais? A última vez que estive a treinar com oprofessor John Machado (Machado Brasilian JiuJitsu), falámos dos sistemas de treino mental ecomo desenvolver a resistência mental para ocombate. O que é a resistência mental? Porque éque a arte do Brasilian Ju Jitsu (BJJ) está tãointeressada na resistência mental? O professorMachado contou-me histórias acerca do seu tioCarlos Gracie, a lenda surgida em sua volta e comoele desenvolveu o sistema do BJJ. John disse queCarlos Gracie via o BJJ como uma arte de viver enão apenas como uma maneira de magoar pessoas.

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Tem que incluir a maneira como que te sentires, a tuasaúde e a alimentação, e todos os pontos de vista mentaise vitais que por vezes se esquecem. John contou queCarlos gostava de nadar no meio de jacarés no rioAmazonas e como os observava e estudava o seucomportamento. Aprendeu a sentir e a saber comopensavam. Chegou a estar muito descontraído quando orodeavam. Metia-se na água e nadava com os jacarés,sem medo de ser atacado, porque a sua mente estavaacondicionada por meio da observação docomportamento dos jacarés. Depois, John contou que

Carlos também se tornou mestre no treino de frangos (sim,no treino de frangos!). Pegava num frango criado para sersacrificado como alimento e fazia dele um “guerreiro”, umgalo de briga. Com um adequado e correcto treino, essefrango podia chegar a vencer numa "luta de galos". Carlostinha métodos que usava para fazer do frango umguerreiro, punha o frango de tal maneira em forma que oanimal acabava por achar que podia vencer. Carloscompreendia os factores da "briga de galos", os medos asuperar e como treinar e fazer desaparecer o rechaçomental envolvido. Sabia como melhorar a energia mental

1. O Defensor utiliza joelhadas e pontapés.2. O Professor John Machado, com o

plastrão azul, dá uma pancada no defensor.3. O círculo fecha-se e desloca o defensor

para um canto.4 e 5. O defensor paga o preço.

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desse animal até um nível que permitia que um frango combatesse em "lutasde galos"!

Estas conversas com o John levaram-nos a falar dos métodos paradesenvolver a Resistência Mental que usamos nos Corpos EspeciaisIsraelitas. Descobri que a maneira em que o faz o professor John Machado, éuma das mais eficazes e seguras maneiras de ensinar Resistência Mental.

O propósito desta coluna não é ensinar Resistência Mental, mas simdescrevê-la como um dos mais importantes elementos do treino necessário.Adicionalmente, através do treino dos métodos Kapap de PosicionamentoRelativo™, queremos que o leitor compreenda que tropeçar com "simulacrosde combate" de todo o género, também desenvolve a Resistência Mental. Épossível chegar a ser como um mestre de xadrez que pode antecipar-se aoinimigo, chegando a ser dinâmico e fluído. Dominando o PosicionamentoRelativo™, ao mesmo tempo que outro treino de Resistência Mental, chega-se a ser um melhor lutador e um autêntico guerreiro que faz das artes marciaisum estilo de vida, em vez de um desporto. A Academia Kapap™ continua asua expansão oferecendo mais formação e DVD’s que pesquisam comotreinar "corpo e mente" ao mesmo tempo.

Por exemplo, treinamos o seguinte:1. A conexão entre o corpo e a mente existe tal como se descreve na

maioria das artes marciais tradicionais. A defesa pessoal e a sobrevivênciabem sucedidas são a manifestação física da constituição psicológica e do seuefeito sobre o corpo. (Fundamentos do diagnóstico visual).

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Kapap

“Num combateexperimentamos sons,

cheiros, gostos, imagens,impacto, dor e medo,

os quais não enfrentamos navida do dia-a-dia.

Podes pôr o teu corpo emforma, mas como podes

treinar-te mentalmente paraenfrentares um combate?”

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2. O medo causará "bloqueios" no corpo e na mente. Hámaneiras de os solucionar e superar o medo.

3. O estresse extremo afecta seriamente a mente e ocorpo. Ensinamos preparação para a acção num estadode estresse, sobrevivência no combate e após o combate.

4. A "cadeia de dor" e a concentração. Ensinamos osfundamentos para trabalhar com dor.

Também temos acesso ao potencial adicional da mente,da sua evolução e aplicação.

Por exemplo: 1. A atitude mental e a sua influência na própria

percepção do ambiente e dos comportamentos.2. "A voz interior do corpo", a sua evolução e aplicação.3. Intuição. A preparação da mente para um trabalho

intuitivo.4. A sensibilidade e a precisão da percepção como base

do combate.5. Auto desenvolvimento da mente.Os outros elementos-chave incluem o Critério Visual de

Situações: detectar uma mudança de propósitos nos outros:1. Reconhecimento de modelos de comportamento.2. Um meio de diagnóstico visual: lógico e intuitivo.3. A detecção de objectos escondidos.4. Diagnóstico do estado psicológico e da intenção.5. Controlo da intenção de outra pessoa. "Invisibilidade"

e “mente não detectável".6. Estresse extremo, que tem a ver com um

acontecimento especial; ou estresse acumulado, o seuefeito no corpo e na saúde.

O trauma psicológico e os transtornos somáticos dasaúde: o Sistema de Enfoque para a prevenção etratamento da doença.

Com isto, abordamos o seguinte:1. O efeito do estresse psicológico sobre o corpo

humano. 2. A evolução do trauma psicológicoe os seus sintomas. As obsessões e

a acção de evitá-las.

3. Manifestações corporais dos sintomas. Trabalhar nosproblemas psicológicos através do corpo.

4. Prevenção e resistência ao estresse psicológicotrabalhando com o nosso próprio corpo.

Dispomos de estudos adicionais sobre a matéria da"saúde" do ponto de vista fisiológico, e de exercíciosespecíficos para ajudar o corpo. Utilizamos um trabalho"duro" para preparar a mente através de um trabalhointensivo com socos e dor. Um exemplo disto é o quedenominamos "Círculo de Treino". Um "defensor" ésituado no centro de um círculo formado por outrosestudantes que seguram em plastrões. O defensor dájoelhadas e pontapés nos plastrões e aqueles que osseguram empurram e batem no defensor aleatoriamente.O instrutor manda estreitar o círculo em volta do defensore começam a movê-lo para um canto do quarto. Oobjectivo do defensor é impedir que isto aconteça e seconseguirem levá-lo para o canto, então ele tem que pagarum preço (por exemplo, flexões ou uma actividade similar).

Isto é importante porque queremos que o defensorsaiba que deve ter a resistência mental para lutar e nãoparar, caso contrário, terá de pagar um preço. O instrutorcontrola a intensidade mandando abrir ou fechar o círculo,etc. (Ver fotografias)

(Mais fotografias poderão ser apreciadas nos próximoslivros e DVD’s da Academia Kapap™ e do professor JohnMachado BJJ.)

Passemos ao assunto da discriminação pessoal, acriminalidade, a segurança pessoal, e etc.. Todos estessão assuntos que empregamos na Academia Kapap™para termos a certeza de que os nossos estudantes sãoautênticos estudantes de artes marciais, recebendo umtreino que enfatiza todos os elementos necessários para adefesa pessoal, a sobrevivência, etc., incluindo aResistência Mental.

(Para pedir o nosso novo jogo de DVDs visitar a nossapágina Web: www.kapapacademy.com)

Avi Nardia

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PRIMEIRO ENCONTRO INTERNATIONAL COM OS MESTRES DE BUDOQueridos apaixonados pelo BUDO, este evento vai ser

uma ocasião única para conhecer pessoalmente Mestresde todo o mundo e para enriquecer a cultura e afraternidade entre artes, estilos e homens. Uma grandefesta de novo formato, onde compartilhar, através dosseminários, as infinitas técnicas das Artes Marciais, ondepoder intercambiar opiniões e conhecer pessoalmenteaquelas personalidades que escrevem e se fizeramfamosas nas páginas da nossa Revista.Actualmente editada em 7 idiomas (Espanhol, Inglês,

Italiano, Português, Alemão, Francês e Chinês) e que embreve o será em mais (já confirmada em Novembro aedição em língua Turca), a Revista vai apoiar com todo oseu potencial por meio das redes e contactos, a excelenteiniciativa do respeitado Mestre Sifu Paolo Cangelosi.Os estudantes que irão formar parte de um grupo

específico, devem contactar com seu Mestre para asreservas. Aqueles que simplesmente queiram assistir e

formar parte de tudo isso, seja nos seminários, seja noJantar de Gala, podem fazer a inscrição directamente.Todos são bem-vindos sob a bandeira do respeito, dafraternidade marcial e da cooperação.

O evento constará em duas jornadas:

SÁBADO 16 E DOMINGO 17 DE ABRIL DE 2016,EM ROMA-ITÁLIA

O programa será subdividido em Seminários e Noite deGala.

Detalhes:

SEMINÁRIOS: Cada mestre convidado compartilharásuas próprias técnicas; o tempo à sua disposição poderávariar, dependendo do número de mestres participantes.

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HORARIO DOS SEMINÁRIOS:SÁBADO 16 DE ABRIL, DAS 10,30 às 13,30DOMINGO 17 DE ABRIL, DAS 10,30 às 13,30CUSTO DOS SEMINARIOS PARA OS ALUNOS:1 DIA 30 €2 DIAS 40 €

É importante que todos os Mestres que se unirem àiniciativa do nosso evento, confirmem a sua participação ese virão sozinhos ou com seus alunos, antes do fim domês de Novembro. Em um segundo passo, antes do dia28 de Fevereiro, devem enviar uma lista detalhada dosseus alunos, com nomes e apelidos, com um adianto de20 Euros por aluno. A liquidação do seminário se efectuará directamente no

dia do stage.

NOITE DE GALA SÁBADO 16 de Abril,às 20,30h

Aperitivo e ceia bufete. Durante a Gala serão entregues os diplomas de

participação a todos os alunos. Os Mestres serãopremiados com o Diploma de “Director”, do Budo MasterCouncil, reconhecido a nível mundial e com o aval daassinatura dos mestres mais famosos do mundo.Por sua parte, todos os alunos receberão uma certidão

de assistência, afirmando que fizeram parte do encontro eassinado por todos nós.Uma Photocall estará disponível o tempo todo, no

mesmo lugar da Gala, onde se farão fotografias com todosos membros da direcção, amigos, estudantes, etc… Testemunhos fotográficos aparecerão na Revista

Cinturão Negro e Budo International, que já nessa alturaserá traduzida a 10 idiomas, com um artigo extraordinárioque tratará amplamente todo o evento e seusparticipantes, destacando a presença de cada Mestre.

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Todos os Mestres, conforme forem confirmando a suaassistência à Gala, serão também incluídos nas páginaspublicitárias do evento, tanto na Revista como em toda anossa network. Alguns exemplos desta publicidade estão inseridos no

final deste documento, mostrando alguns dos Mestrescuja assistência já foi confirmada e que hão-de vir detodas as partes do Mundo.

CUSTO DA NOITE DA CEIA DE GALA 80 €

Dado que o objectivo do encontro não é pecuniário, massim cultivar a amizade e a cooperação, foi estabelecidoum preço muito acessível.Para a reserva da noite de GALA, cada mestre deve

mandar uma lista com o nome e apelidos e uma quota de80€ por cada convidado, antes do dia 28 de Fevereiro de2016. Os participantes que vierem pela sua conta,poderão fazer a sua inscrição directamente.Considerando a grande participação a nível mundial,

aconselhamos não demorar em mandar as listas, postoque o número de reservas é limitado.

PARA O PAGAMENTO DAS QUOTASDE RESERVA:

BANCO POPOLARE GENOVA AG.3IBAN: IT90 X050 3401 4030 0000 0000 824SWIFT: BAPPIT21Q60

PARA AS LISTAS DE RESERVA DOS STAGES E DANOITE DE GALA, MANDAR TUDO PARA:[email protected]

OS SEMINÁRIOS E A NOITE DE GALASERÃO REALIZADOS NO:

CENTRO SPORTIVO FONTE MERAVIGLIOSAVIA ROBERTO FERRUZZI 110/112 (ZONA EUR)ROMA – ITALIA(AMPLO ESTACIONAMENTO GRATUITO)

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HOTEL

Para a pernoita em Roma, nos juntaremos emconvenção no:

HOTEL SHANGRI A CORSETTIVIALE ALGERIA 14100144 ROMA (ZONA EUR) ITALYTEL. +39 06 5916441FAX. +39 06 5413813email: [email protected]

CUSTE DAS HABITAÇÕES:SIMPLES 60€€

DUPLA 85€€

PEQUENO ALMOÇO INCLUIDO

Para fazer a reserva, contactar directamente com ohotel, identificando-se como participante na convenção,usando a contra-senha: BUDO MASTERS.

Reservamos um número l imitado de quartos; seaconselha fazer a reserva antes do dia 15 de Março de2016 (queremos avisar que para aqueles que chegaremtarde demais, não será fácil encontrar alojamento emRoma, posto se festejar o ano Jubilar).Para todos aqueles que se alojarem no Hotel Corsetti,

vai haver à sua disposição um autocarro pullman paratransportar as pessoas do nosso grupo “Budo Masters”,até o lugar dos seminários e na noite de Gala.O nosso director Alfredo Tucci, teve a gentileza de pôr à

disposição da organização, a través de seu e-mail [email protected], para que todos os amigos nãoitalianos que tiverem alguma pergunta acerca do evento e nãoquis deixar passar a ocasião de nos dedicar umas palavras:“Queridos irmãos no Budo, é um prazer para mim, apoiar

a grande ideia do Mestre Cangelosi. Muitos já conhecem os participantes deste encontro

através das nossas páginas e do seu extraordináriotrabalho como Instrutores e Mestres. Agora vão poderconhecê-los pessoalmente, formando parte de um eventoúnico em seu género, fotografar-se com eles e ter ocasiãode aprender com os melhores, levando depois para casa,

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uma grande experiência como Artistasmarciais e como pessoas, junto a umdiploma assinado por todos osmestres, que de certeza vai presidir avossa história pessoal como budokas.A minha avó dizia que “Todo secontagia, menos a beleza…”Venham então e formam parte da

grandeza!

Alfredo TucciDirector de Budo International

Publishing Co.

Exemplos das certidões queserão entregues e sobre as quaisestamos trabalhando.Logicamente, os respectivosnomes serão inscritos quandoconfirmarem a sua assistência. Aprimeira é a certificação paraalunos e a segunda a dos Mestres.

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Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dosShizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexõesgenuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante oabismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva.

O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem domistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente oautor.

Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminhodo guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, quepodem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qualcontemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, decontundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar enão comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo.

Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidadede seu conteúdo.

Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e demanipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoasinteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram ooculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.

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