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3090-1017 1 MANAUS, DOMINGO, 17 DE ABRIL DE 2016 ARQUITETURA Uma residência para contemplar obras de arte Página 3 NENAD RADOVANOVIC ‘Cartório digital’ para facilitar venda de imóveis Expectativa é que o tempo para análises de contratos de compra e venda caia de 30 para cinco dias, diz especialista A compra e venda de imóveis podem ganhar uma força a partir de maio, quando os cartó- rios de registros do país estive- rem digitalizados e integrados em um único sistema nacional de pesquisa. A previsão é do CNJ (Conselho Nacional de Jus- tiça), que monitora o processo que permitirá o acesso a do- cumentos de imóveis a partir de um único portal. A expectativa é que o tem- po para análises de contratos de compra e venda caia de 30 para cinco dias, segundo o especialista em mercado imo- biliário Luiz França, presidente da França Participações e ex -presidente da Abecip (Associa- ção Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). Ganha-se velocidade, por exemplo, na obtenção de cer- tidões de matrícula (documen- tos oficiais com o histórico de transações envolvendo uma pro- priedade) pela internet -o que permite ao banco saber se finan- ciar a compra da propriedade é seguro, por exemplo. Também poderá permitir a assinatura digital de contratos entre bancos e tomadores do crédito, explica Marcelo Prata, especialista em crédito imobiliário e dono do site Canal do Crédito. “Isso vai ajudar o merca- do imobiliário, que está em momento difícil. Em alguns casos, as pessoas não vendem pelo financiamento devido à espera até o dinheiro chegar.” O envio de contratos digitais já é tecnicamente viável para uma parte dos cartórios. Em São Paulo, começou a ser testado no 5º Cartório de Re- gistro de Imóveis, diz Patrícia Ferraz, da Anoreg/BR (Associa- ção dos Notários e Registra- dores). Ela afirma que, mesmo que as informações não sejam enviadas pela rede, o prazo de cinco dias já é cumprido por boa parte dos cartórios. Central única No início do mês, associa- ções do setor de registro de imóveis reunidas em Brasília formalizaram a criação de uma coordenação nacional para dar diretrizes de padroni- zação e segurança do sistema de registro nacional. A ideia da coordenação é criar padrões a serem segui- das pelas centrais estaduais e promover a integração de suas bases de dados, diz João Pe- dro Lamana Paiva, presidente do Irib (Instituto de Registro Imobiliário do Brasil). Histórico Ferraz, da Anoreg/BR, diz que a digitalização das infor- mações dos cartórios é um processo trabalhoso e custo- so, mas que começou antes da recomendação do CNJ. “Um cartório médio pode ter centenas de matrículas. Digitalizar cada uma delas en- volve, além do escaneamento, a digitação de uma série de informações. Cada documen- to digitalizado pode custar de R$ 6 a R$ 9”, diz Paiva. Ele estima que entre 70% e 80% das informações dos cerca de 3.600 cartórios de registro de imóveis brasileiros estejam digitalizadas. “O de- safio agora é auxiliar cartórios de cidades menores”, diz. Em São Paulo, a informati- zação ganha força ao menos desde 2005, quando a Arisp (Associações dos Registrado- res de Imóveis de São Paulo) criou sua plataforma digital. Ela oferece informações ao poder público pelo site Ofí- cio Eletrônico e aos demais cidadãos pelo Registradores. VANTAGENS Será possível visuali- zar matrícula de imó- vel, pedir certidões digitais (até 2 horas), monitorar matrículas, para receber notifica- ções sobre alterações e a pesquisa de bens em arquivos de cartó- rios, entre outros Um dos pré-requisitos é a exigência de um cadastro e, em parte dos serviços, de um certificado digital FOTOS: DIVULGAÇÃO FILIPE OLIVEIRA SÃO PAULO, SP FOLHAPRESS

Imóveis & Decor - 17 de abril de 2016

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Imóveis & Decor - Caderno de imóveis do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Imóveis & Decor - 17 de abril de 2016

3090-1017

1

MANAUS, DOMINGO, 17 DE ABRIL DE 2016

ARQUITETURA

Uma residência para contemplar obras de arte

Página 3

NENAD RADOVANOVIC

‘Cartório digital’ para facilitar venda de imóveisExpectativa é que o tempo para análises de contratos de compra e venda caia de 30 para cinco dias, diz especialista

A compra e venda de imóveis podem ganhar uma força a partir de maio, quando os cartó-

rios de registros do país estive-rem digitalizados e integrados em um único sistema nacional de pesquisa. A previsão é do CNJ (Conselho Nacional de Jus-tiça), que monitora o processo que permitirá o acesso a do-cumentos de imóveis a partir de um único portal.

A expectativa é que o tem-po para análises de contratos de compra e venda caia de 30 para cinco dias, segundo o especialista em mercado imo-biliário Luiz França, presidente da França Participações e ex-presidente da Abecip (Associa-ção Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

Ganha-se velocidade, por exemplo, na obtenção de cer-tidões de matrícula (documen-tos ofi ciais com o histórico de transações envolvendo uma pro-priedade) pela internet -o que permite ao banco saber se fi nan-ciar a compra da propriedade é seguro, por exemplo. Também poderá permitir a assinatura digital de contratos entre bancos e tomadores do crédito, explica Marcelo Prata, especialista em crédito imobiliário e dono do site Canal do Crédito.

“Isso vai ajudar o merca-

do imobiliário, que está em momento difícil. Em alguns casos, as pessoas não vendem pelo fi nanciamento devido à espera até o dinheiro chegar.”

O envio de contratos digitais já é tecnicamente viável para uma parte dos cartórios.

Em São Paulo, começou a ser testado no 5º Cartório de Re-gistro de Imóveis, diz Patrícia Ferraz, da Anoreg/BR (Associa-ção dos Notários e Registra-dores). Ela afi rma que, mesmo

que as informações não sejam enviadas pela rede, o prazo de cinco dias já é cumprido por boa parte dos cartórios.

Central únicaNo início do mês, associa-

ções do setor de registro de imóveis reunidas em Brasília formalizaram a criação de uma coordenação nacional para dar diretrizes de padroni-zação e segurança do sistema

de registro nacional.A ideia da coordenação é

criar padrões a serem segui-das pelas centrais estaduais e promover a integração de suas bases de dados, diz João Pe-dro Lamana Paiva, presidente do Irib (Instituto de Registro Imobiliário do Brasil).

HistóricoFerraz, da Anoreg/BR, diz

que a digitalização das infor-mações dos cartórios é um processo trabalhoso e custo-so, mas que começou antes da recomendação do CNJ.

“Um cartório médio pode ter centenas de matrículas. Digitalizar cada uma delas en-volve, além do escaneamento, a digitação de uma série de informações. Cada documen-to digitalizado pode custar de R$ 6 a R$ 9”, diz Paiva.

Ele estima que entre 70% e 80% das informações dos cerca de 3.600 cartórios de registro de imóveis brasileiros estejam digitalizadas. “O de-safi o agora é auxiliar cartórios de cidades menores”, diz.

Em São Paulo, a informati-zação ganha força ao menos desde 2005, quando a Arisp (Associações dos Registrado-res de Imóveis de São Paulo) criou sua plataforma digital. Ela oferece informações ao poder público pelo site Ofí-cio Eletrônico e aos demais cidadãos pelo Registradores.

VANTAGENS

Será possível visuali-zar matrícula de imó-vel, pedir certidões digitais (até 2 horas), monitorar matrículas, para receber notifi ca-ções sobre alterações e a pesquisa de bens em arquivos de cartó-rios, entre outros

Um dos pré-requisitos é a exigência de um cadastro e, em parte dos serviços, de um certifi cado digital

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ÃOFILIPE OLIVEIRASÃO PAULO, SP �FOLHAPRESS�

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MANAUS, DOMINGO, 17 DE ABRIL DE 20162

Pavimento permeável em seminário de capacitaçãoEncontro acontece dia 9 de maio em São Paulo e é dirigido especialmente aos profi ssionais arquitetos-paisagistas

Um evento dedicado inteiramente à capa-citação de arquitetos-paisagistas sobre o

pavimento permeável, suas características, projeto/es-pecifi cação e normalização. Esta é a proposta do se-minário que acontecerá no próximo dia 9 de maio, das 14h às 18h, no auditório da ABCP, em São Paulo. O se-minário é uma realização da BlocoBrasil (Associação Bra-sileira da Indústria de Blocos de Concreto), com apoio da

Abap (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas), da ABCP (Associação Brasi-leira de Cimento Portland) e do Sinprocim/Sinaprocim, o sindicato das indústrias de artefatos de cimento.

“O objetivo da BlocoBrasil e das entidades parceiras com esse seminário é fornecer aos arquitetos-paisagistas infor-mações técnicas rigorosas e confi áveis sobre as carac-terísticas dos diversos tipos de pavimentos permeáveis, as exigências para um bom

projeto paisagístico com esse tipo de pavimento e as pres-crições constantes da norma ABNT 16.416/2015, que regu-lamentou os requisitos e pro-cedimentos para pavimentos permeáveis de concreto”, ex-plica Ramon Barral, presidente da BlocoBrasil.

PalestrasO seminário foi estruturado

com base em dois enfoques principais, a serem aborda-dos nas duas palestras do evento: a primeira delas, que

será ministrada pelo enge-nheiro Cláudio Oliveira Silva, gerente de Indústria da ABCP, abordará os principais itens da norma 16.416 na palestra intitulada Normatização dos pavimentos permeáveis.

“A norma estabelece as di-retrizes para a correta utiliza-ção do pavimento permeável, permitindo até o reaproveita-mento das águas pluviais, algo fundamental nesses tempos de crise hídrica”, afi rma Cláu-dio Oliveira.

Na segunda palestra, a

engenheira Liliane L. C. Al-ves Pinto, da empresa de consultoria L. C. Engenharia, detalhará as questões de hi-drologia, permeabilidade dos solos e reuso das águas plu-viais em um projeto de pavi-mento permeável na palestra “Pavimento permeável: uma estrutura sustentável”.

A moderação das pales-tras será feita pela arquite-ta-paisagista Maria Cecília Guimarães, ex-presidente da Abap. Haverá, ainda, de-monstração prática da per-

meabilidade da água pelo pavimento permeável com revestimento de peças de concreto drenante no Labo-ratório da ABCP.

Ao fi nal do evento, os par-ticipantes, que precisam ser obrigatoriamente associados à Abap, receberão um exem-plar com a íntegra da norma ABNT NBR 16.416/2015.

A participação no seminário é gratuita, porém as vagas são limitadas. As inscrições devem ser feitas na Abap, pelo e-mail: [email protected].

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MANAUS, DOMINGO, 17 DE ABRIL DE 20163

EXPEDIENTEEDIÇÃO e REPORTAGEMMellanie [email protected]

FOTOSArquivo EM TEMPO

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira

TRATAMENTO DE FOTOSKleuton Silva

Arte no convívioPor exigência e escolha do cliente, diversos quadros e esculturas tomam conta dessa casa assinada pelo Studio Gisele Busmayer & Carolina Reis. A mistura de estilos é o grande diferencial do projeto composto por 20 ambientes em 450m²

Uma residência para viver e contemplar belas obras de arte. Essa foi a proposta

do Studio Gisele Busmayer & Carolina Reis no projeto de interiores para um casal com uma fi lha, localizado no Alphaville Graciosa, em Pi-nhais, Paraná. Os quadros e esculturas tornam a casa uma verdadeira galeria de arte, onde é possível percorrer pelos ambientes e viajar por entre as fotografi as da natureza, pinturas da Curitiba antiga e desenhos abstratos.

“Os quadros foram exigên-cias e escolha do cliente, que compõem os ambientes de passagem e também nos dor-mitórios. O projeto faz refe-rências às galerias de arte, pois exploramos a utilização dos quadros e obras de arte por toda a residência”, conta Gisele Busmayer.

Os 450 m² são compostos por 20 ambientes da resi-dência que teve como base os elementos neutros, como preto, nude e branco. Para seguir com a linha sustentá-

vel, o projeto luminotécnico contou com lâmpadas 100 % LED, o que gera economia e valoriza a iluminação, além de não esquentar o ambiente.

As profi ssionaisHá 8 anos no mercado curi-

tibano, a designer de interiores Gisele Busmayer destaca seus trabalhos pelo estudo de cores e por traduzir o estilo de cada cliente. Com ambientes ele-gantes, requintados e elabora-dos a profi ssional já participou de inúmeras mostras de deco-ração e, neste ano, completa o 7º ano na Casa Cor Paraná.

Carolina Reis técnica dese-nhista de arquitetura, já no mercado de trabalho desde 2001, assinou inúmeros pro-jetos de interiores, corpora-tivos, comerciais e mostras de decoração, inclusive nesta edição da Casa Cor Paraná, onde assinou um espaço em parceria com Gisele. Carolina, por meio de seus projetos per-sonalizados e criativos, valori-za a identidade, a satisfação dos clientes e a viabilidade da execução dos projetos.

O quadro do artista Marcelo Cristal, na entrada imponente e clássica, é valorizado pelos abajures laterais As profi sionais Gisele Busmayer e Carolina Reis atenderam os pedidos do cliente e abusaram dos neutros

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Em foco: a designer de interiores Carmosa Abreu

Paulo Ricardo Sachs Atuante no mercado nacional e internacional de mobiliário e alta decoração

Arquitetando

Quando questionada sobre estilos e van-guarda, onde Carmosa Abreu se encaixaria ela dispara: no clássico e atemporal”

[email protected]

@pricardosachs

arquitetandomanaus

www.arquitetandomanaus.com.br

FOTOS: CARMOSA ABREU

Mestre do surrealismo, Salvador Dalí criou peças na década de 1930 em parceria com um amigo designer

Especializada em mo-biliário de design de época e contemporâ-neo, a Herança Cultural

acaba de disponibilizar em seu catálogo online cinco peças criadas na década de 30 pelo grande mestre do surrealismo, Salvador Dalí.

Os itens surgiram da parce-ria com o amigo e aclamado designer de móveis e decora-dor Jean-Michel Frank. Juntos, eles desenvolveram uma série de ideias de mobiliário e lu-minárias, que ganharam vida em 1990 com a equipe da BD Barcelona Design, liderada por Oscar Tusquets, que produziu o mobiliário que Dalí esboçou para Jean-Michel.

A cadeira Leda Chair e a mesa Leda Low Table, assim como as luminárias-escultura Bracelli, que Dalí tinha em sua casa em Port Lligat e se destaca pelo pedestral em ziguezague coberto por folha de ouro; a Cajones, com um pé em madeira e pequenas gavetas em referência a uma ideia já utilizada na escultura Venus de Milo aux tiroirs; e a Muletas, um objeto-obsessão para o artista, já visto em obras como Autoportrait mou avec lard grillé, de 1941, e The

dream, de 1937.Leda Chair e Leda Low Table

(que Dalí retratou no quadro Femme á la tetê rose, de 1935) foram criadas pelas mãos do escultor catalão Joaquim Camps. Por serem fundidas uma a uma em latão polido e envernizado, cada Leda Chair é única. Já a Leda Low Table faz parte de uma edição ainda mais especial, a coleção Black Label, toda em preto e com apenas 105 edições. Feita em latão (liga de cobre e zinco), leva aplicação em pátina preta envelhecida em bronze fundi-do e mármore Marquina negro que forma o ovo pousado sobre a mesa. Os pés reproduzem um braço e uma perna femininos.

“Embora não tenha dese-nhado a mesa e a cadeira como objetos, quando Dalí pintou Femme á la tetê rose já estava envolvido no uni-verso do mobiliário. Portanto, pode-se considerar o quadro quase como um ‘desenho es-quemático’ para a produção posterior”, diz Beto Consorte, responsável pela curadoria de produtos da Herança Cultural.

As peças já estão disponí-veis na loja online da Herança Cultural (www.herancacultu-ral.com.br)

INDUSTRIAL

A Arquitetura da Luz apre-sentou um novo sistema de instalação para iluminação com os fi os aparentes, cha-mado Industrial. O novo sis-tema traz para profi ssionais e amadores a possibilidade de criar a partir das instalações de iluminação, com fi os PP em 11 opções de cores.

Além do aspecto estético, o novo modelo de instalação traz vantagens como a pos-sibilidade de se criar vários pontos de iluminação, utili-zação de diferentes tipos de lâmpadas e luminárias no mesmo sistema, facilidade na manutenção dos tipos de luminárias e lâmpadas ins-taladas, além de mudanças futura no próprio layout do es-paço onde estão instaladas.

Este sistema possibilita infi nitas formas de uso e estará em constante apri-

moramento, neste momen-to está sendo estudada a possibilidade de dimerização individual para cada linha.

A Arquitetura da Luz é uma empresa especializada em soluções para iluminação, e mantém um catálogo de pro-dutos criados e fabricados internamente, além de lumi-nárias assinadas por grandes nomes do design nacional e internacional.

ProjetosA Arquitetura da Luz é

uma empresa especializada em soluções para ilumina-ção, e atua na fabricação de luminárias, na execução de projetos de iluminação para arquitetura, na venda de produtos técnicos a cer-tifi cadores e na venda de luminárias decorativas para o público em geral.

Para a Arquitetura da Luz, a iluminação é um dos ele-mentos mais importantes na arquitetura, é como se a arquitetura estivesse viva, com “alma”.

A iluminação deve fazer parte do momento criativo do projeto; projetar espa-ços pensando no efeito da luz que irá transformá-lo. A iluminação artifi cial é distin-ta para diferentes espaços, sejam comerciais, residen-ciais ou corporativos, o que torna importante o layout luminotécnico com a precisa especifi cação de lâmpadas e luminárias mais apropria-das para o uso em estudo, pois as lâmpadas possuem diferentes temperaturas de cor, proporcionando conforto visual para o usuário, gerando efeitos maravilhosos para os espaços internos ou externos.

Iluminação com fi os aparentes

Vantagens do modelo são manutenção, vários pontos de iluminação e diferentes tipos de lâmpadas

Entre as peças disponíveis no catálogo on-line estão a cadeira Leda Chair e a mesa Leda Low Table, retratadas em obra produzida em 1935

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AÇÃ

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Peças criadas por Dalí estão à venda no Brasil

Nascida em Salvador, Carmosa Abreu quan-do jovem queria cur-sar Belas Artes porém

na época, a escola não gozava de boa reputação, o que levou seus pais a não permitirem que ela frequentasse o cur-so de Belas Artes, mudando desta forma o rumo para o curso de Enfermagem. Mas, logo surgiu em Salvador a Escola Baiana de Decoração de Interiores, então inscreveu-se neste curso para que este fosse o fi o condutor com a arte. Sem pretensão de tra-balhar, apaixonou-se e abriu seu escritório, passando as-sim a exercer em paralelo as duas profi ssões. Em 1999 veio para Manaus passando a atuar como Designer de Interiores. Carmosa Abreu possui grande realização em fazer projetos residenciais, apesar de já ter feito clíni-cas, ambientes corporativos e lojas. Desenvolve os projetos de seus clientes à partir das necessidade dos mesmos; dis-ponibilidade fi nanceira e de-sejos latentes. Conserva no contexto da arquitetura, uma grande admiração por Oscar Niemeyer, na decoração não tem alguém específi co como referência, costuma admirar muito o trabalho de vários co-legas profi ssionais brasileiros. Considera a feira de Milão uma referência para estudo e apri-moramento de seu trabalho. Como tendências para 2016 a designer enxerga que as cores, são as de tons suaves, o dourado, o ouro velho, e os metalizados que vieram com muita expressão, inclusive nos metais para banheiro. Os mó-veis espelhados continuam em alta assim como os papeis de parede. A associação do víntage na decoração tam-bém permanece forte. O Fun Design é um estilo jovem que veio para fi car para quem gos-ta de tons fortes e vibrantes. Para Carmosa, a verdadeira

tendência é aquela com a qual você se identifi ca independen-te de época. Achei bacana sua incursão durante a entrevista: Atemporal, não é propriamen-te uma tendência, mas sim um estilo, a decoração atemporal está bem próxima do clássico, são móveis e objetos que es-tão sempre atuais, como por exemplo, o dourado, que voltou com força, é uma característi-ca do clássico mas tem muitos clientes que não gostam. Se você não pretende mudar com frequência a decoração da sua casa, o atemporal é uma boa opção, comenta. A falta de um bom planejamento e o compromisso com a sua exe-cução, podem comprometer um bom projeto assim como a funcionalidade, harmonia e um bom projeto luminotécnico são imprescindíveis, afi rma. Para a designer, bom gosto é uma palavra de signifi cado muito abrangente, mas que nesta profi ssão, signifi ca ter a habilidade de saber har-monizar qualquer ambiente com beleza, sofi sticação e funcionalidade, independente da disponibilidade fi nanceira. Quando questionada sobre as barreiras e diferenças entre arquitetos, decoradores, de-signers de interiores comenta de forma simples e objetiva que são profi ssões que se prepararam para realizar o sonho material das pessoas que admiram a beleza; os ar-quitetos, com uma respon-sabilidade maior por serem responsáveis pela constru-ção técnica e urbanização das cidades. Educação? Base de uma evolução de qual-quer país. Luxo? Bom gosto. Um arquiteto(a)? Profi ssional que contribui para e beleza e acessibilidade de uma cidade. Uma obra? Palácio Imperial em Bangkok. Um arquiteto? Oscar Niemeyer. Um desig-ner? Sergio Rodrigues. Um país? Japão. Contato Carmosa Abreu: 92-999-821122.

A designer de interiores Carmosa Abreu

Inspiração no conceito e detalhes da escada

Criatividade e elegancia na Bombê que tornou-se uma pia: luxo

Salão lounge: amplitude Living com elementos atemporais e clássicos

Cozinha: detalhe dos vidros fumê, um clássico

Sala de Jantar: clássico

Banheiro: detalhes de passamanarias diferenciadas

04 e 05 IMÓVEIS&DECOR.indd Todas as páginas 15/04/2016 23:09:14

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Em foco: a designer de interiores Carmosa Abreu

Paulo Ricardo Sachs Atuante no mercado nacional e internacional de mobiliário e alta decoração

Arquitetando

Quando questionada sobre estilos e van-guarda, onde Carmosa Abreu se encaixaria ela dispara: no clássico e atemporal”

[email protected]

@pricardosachs

arquitetandomanaus

www.arquitetandomanaus.com.br

FOTOS: CARMOSA ABREU

Mestre do surrealismo, Salvador Dalí criou peças na década de 1930 em parceria com um amigo designer

Especializada em mo-biliário de design de época e contemporâ-neo, a Herança Cultural

acaba de disponibilizar em seu catálogo online cinco peças criadas na década de 30 pelo grande mestre do surrealismo, Salvador Dalí.

Os itens surgiram da parce-ria com o amigo e aclamado designer de móveis e decora-dor Jean-Michel Frank. Juntos, eles desenvolveram uma série de ideias de mobiliário e lu-minárias, que ganharam vida em 1990 com a equipe da BD Barcelona Design, liderada por Oscar Tusquets, que produziu o mobiliário que Dalí esboçou para Jean-Michel.

A cadeira Leda Chair e a mesa Leda Low Table, assim como as luminárias-escultura Bracelli, que Dalí tinha em sua casa em Port Lligat e se destaca pelo pedestral em ziguezague coberto por folha de ouro; a Cajones, com um pé em madeira e pequenas gavetas em referência a uma ideia já utilizada na escultura Venus de Milo aux tiroirs; e a Muletas, um objeto-obsessão para o artista, já visto em obras como Autoportrait mou avec lard grillé, de 1941, e The

dream, de 1937.Leda Chair e Leda Low Table

(que Dalí retratou no quadro Femme á la tetê rose, de 1935) foram criadas pelas mãos do escultor catalão Joaquim Camps. Por serem fundidas uma a uma em latão polido e envernizado, cada Leda Chair é única. Já a Leda Low Table faz parte de uma edição ainda mais especial, a coleção Black Label, toda em preto e com apenas 105 edições. Feita em latão (liga de cobre e zinco), leva aplicação em pátina preta envelhecida em bronze fundi-do e mármore Marquina negro que forma o ovo pousado sobre a mesa. Os pés reproduzem um braço e uma perna femininos.

“Embora não tenha dese-nhado a mesa e a cadeira como objetos, quando Dalí pintou Femme á la tetê rose já estava envolvido no uni-verso do mobiliário. Portanto, pode-se considerar o quadro quase como um ‘desenho es-quemático’ para a produção posterior”, diz Beto Consorte, responsável pela curadoria de produtos da Herança Cultural.

As peças já estão disponí-veis na loja online da Herança Cultural (www.herancacultu-ral.com.br)

INDUSTRIAL

A Arquitetura da Luz apre-sentou um novo sistema de instalação para iluminação com os fi os aparentes, cha-mado Industrial. O novo sis-tema traz para profi ssionais e amadores a possibilidade de criar a partir das instalações de iluminação, com fi os PP em 11 opções de cores.

Além do aspecto estético, o novo modelo de instalação traz vantagens como a pos-sibilidade de se criar vários pontos de iluminação, utili-zação de diferentes tipos de lâmpadas e luminárias no mesmo sistema, facilidade na manutenção dos tipos de luminárias e lâmpadas ins-taladas, além de mudanças futura no próprio layout do es-paço onde estão instaladas.

Este sistema possibilita infi nitas formas de uso e estará em constante apri-

moramento, neste momen-to está sendo estudada a possibilidade de dimerização individual para cada linha.

A Arquitetura da Luz é uma empresa especializada em soluções para iluminação, e mantém um catálogo de pro-dutos criados e fabricados internamente, além de lumi-nárias assinadas por grandes nomes do design nacional e internacional.

ProjetosA Arquitetura da Luz é

uma empresa especializada em soluções para ilumina-ção, e atua na fabricação de luminárias, na execução de projetos de iluminação para arquitetura, na venda de produtos técnicos a cer-tifi cadores e na venda de luminárias decorativas para o público em geral.

Para a Arquitetura da Luz, a iluminação é um dos ele-mentos mais importantes na arquitetura, é como se a arquitetura estivesse viva, com “alma”.

A iluminação deve fazer parte do momento criativo do projeto; projetar espa-ços pensando no efeito da luz que irá transformá-lo. A iluminação artifi cial é distin-ta para diferentes espaços, sejam comerciais, residen-ciais ou corporativos, o que torna importante o layout luminotécnico com a precisa especifi cação de lâmpadas e luminárias mais apropria-das para o uso em estudo, pois as lâmpadas possuem diferentes temperaturas de cor, proporcionando conforto visual para o usuário, gerando efeitos maravilhosos para os espaços internos ou externos.

Iluminação com fi os aparentes

Vantagens do modelo são manutenção, vários pontos de iluminação e diferentes tipos de lâmpadas

Entre as peças disponíveis no catálogo on-line estão a cadeira Leda Chair e a mesa Leda Low Table, retratadas em obra produzida em 1935

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AÇÃO

Peças criadas por Dalí estão à venda no Brasil

Nascida em Salvador, Carmosa Abreu quan-do jovem queria cur-sar Belas Artes porém

na época, a escola não gozava de boa reputação, o que levou seus pais a não permitirem que ela frequentasse o cur-so de Belas Artes, mudando desta forma o rumo para o curso de Enfermagem. Mas, logo surgiu em Salvador a Escola Baiana de Decoração de Interiores, então inscreveu-se neste curso para que este fosse o fi o condutor com a arte. Sem pretensão de tra-balhar, apaixonou-se e abriu seu escritório, passando as-sim a exercer em paralelo as duas profi ssões. Em 1999 veio para Manaus passando a atuar como Designer de Interiores. Carmosa Abreu possui grande realização em fazer projetos residenciais, apesar de já ter feito clíni-cas, ambientes corporativos e lojas. Desenvolve os projetos de seus clientes à partir das necessidade dos mesmos; dis-ponibilidade fi nanceira e de-sejos latentes. Conserva no contexto da arquitetura, uma grande admiração por Oscar Niemeyer, na decoração não tem alguém específi co como referência, costuma admirar muito o trabalho de vários co-legas profi ssionais brasileiros. Considera a feira de Milão uma referência para estudo e apri-moramento de seu trabalho. Como tendências para 2016 a designer enxerga que as cores, são as de tons suaves, o dourado, o ouro velho, e os metalizados que vieram com muita expressão, inclusive nos metais para banheiro. Os mó-veis espelhados continuam em alta assim como os papeis de parede. A associação do víntage na decoração tam-bém permanece forte. O Fun Design é um estilo jovem que veio para fi car para quem gos-ta de tons fortes e vibrantes. Para Carmosa, a verdadeira

tendência é aquela com a qual você se identifi ca independen-te de época. Achei bacana sua incursão durante a entrevista: Atemporal, não é propriamen-te uma tendência, mas sim um estilo, a decoração atemporal está bem próxima do clássico, são móveis e objetos que es-tão sempre atuais, como por exemplo, o dourado, que voltou com força, é uma característi-ca do clássico mas tem muitos clientes que não gostam. Se você não pretende mudar com frequência a decoração da sua casa, o atemporal é uma boa opção, comenta. A falta de um bom planejamento e o compromisso com a sua exe-cução, podem comprometer um bom projeto assim como a funcionalidade, harmonia e um bom projeto luminotécnico são imprescindíveis, afi rma. Para a designer, bom gosto é uma palavra de signifi cado muito abrangente, mas que nesta profi ssão, signifi ca ter a habilidade de saber har-monizar qualquer ambiente com beleza, sofi sticação e funcionalidade, independente da disponibilidade fi nanceira. Quando questionada sobre as barreiras e diferenças entre arquitetos, decoradores, de-signers de interiores comenta de forma simples e objetiva que são profi ssões que se prepararam para realizar o sonho material das pessoas que admiram a beleza; os ar-quitetos, com uma respon-sabilidade maior por serem responsáveis pela constru-ção técnica e urbanização das cidades. Educação? Base de uma evolução de qual-quer país. Luxo? Bom gosto. Um arquiteto(a)? Profi ssional que contribui para e beleza e acessibilidade de uma cidade. Uma obra? Palácio Imperial em Bangkok. Um arquiteto? Oscar Niemeyer. Um desig-ner? Sergio Rodrigues. Um país? Japão. Contato Carmosa Abreu: 92-999-821122.

A designer de interiores Carmosa Abreu

Inspiração no conceito e detalhes da escada

Criatividade e elegancia na Bombê que tornou-se uma pia: luxo

Salão lounge: amplitude Living com elementos atemporais e clássicos

Cozinha: detalhe dos vidros fumê, um clássico

Sala de Jantar: clássico

Banheiro: detalhes de passamanarias diferenciadas

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MANAUS, DOMINGO, 17 DE ABRIL DE 20166

‘Arquitetour’: os detalhes da história de São PauloAspectos relevantes da história e arquitetura da cidade compõem roteiro guiado pelo centro da maior capital brasileira

A incorporadora Ide-a!Zarvos, conhecida pela construção de edifícios marcantes

de arquitetura autoral na Vila Madalena, realiza a segunda edição do “Arquitetour”, um tour nos dias 16 e 30 de abril guiado pelo jornalista Fernando Serapião, da revista Monolito e com os arquitetos Pedro e Lua Nitsche, do Nits-che Arquitetos. Desta vez, o tour acontece no centro de São Paulo. O roteiro a pé pre-tende desvendar os detalhes arquitetônicos de marcos da cidade cuja importância his-tórica é reconhecida mundial-mente como o edifício Itália e o Copan, esse último, criação do mestre Oscar Niemeyer.

O ponto de encontro será às 9h em frente ao Copan e, a partir daí, o grupo segue pelo tour, apreciando e des-vendando toda a arquitetura

que compõe um dos locais mais emblemáticos de São Paulo. Os participantes terão a oportunidade de conhecer mais detalhes sobre as obras realizadas, curiosidades e fa-tos históricos que transforma-ram a cidade na maior e mais importante da América Latina.

Previsto para acontecer em aproximadamente duas horas e meia, a expedição seguirá um roteiro de dois quilôme-tros e se encerra no Mirante do Vale, um arranha-céu que oferece uma vista deslum-brante de cima dos seus 170 metros e onde haverá uma visitação exclusiva ao estúdio do fotógrafo Leonardo Finotti, instalado no edifício. Com 51 andares, o Mirante foi conclu-ído em 1960 e é, atualmente, o maior do Brasil.

Os interessados em par-ticipar da segunda edição do Arquitetour podem ser

inscrever pelo e-mail: [email protected] (va-gas limitadas).

Sobrea a Idea!ZarvosA história da Idea!Zarvos

comprova que é possível pensar diferente e investir em uma arquitetura autoral. Todos os edifícios assinados pela incorporadora carregam uma proposta arquitetônica contemporânea, e têm em co-mum detalhes como recuos frontais e obras de arte aber-tas para a rua que devolvem aos cidadãos pedaços do seu espaço urbano. Os prédios não apenas suprem demandas lo-cais como criam novas paisa-gens incomuns que fogem às tendências mercadológicas. “Pode parecer pretensioso, mas nosso objetivo é entregar um legado para a cidade”, ex-plica Otávio Zarvos, fundador e presidente da Idea!Zarvos.

Edifício Copan (topo) e Mirante do Vale (acima) são alguns dos marcos arquitetônicos de São Paulo

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Tetos ganham cada vezmais destaque em projetosUso da técnica de drywall por arquitetos e designers permite estética diferenciada nessa parte que era esquecida

Quase sempre prete-ridos nas reformas, os tetos agora estão recebendo cada vez

mais atenção de arquitetos e têm ganhado destaque na decoração. Se há até pouco tempo, os tetos eram lembra-dos apenas como um revesti-mento da laje ou um simples rebaixo, hoje a realidade é outra. O uso cada vez maior do drywall nas construções brasileiras tem permitido aos arquitetos e designers de inte-riores soltarem a criatividade e ousarem nesta parte da casa.

Sancas, tetos em curva, fl utu-antes ou recortados para ilumi-nação embutida. São inúmeras as possibilidades que o drywall oferece aos projetistas.

Segundo Omair Zorzi, ge-rente técnico da Knauf do Bra-sil – fabricante de drywall –, hoje o produto oferece um de-

sign diferenciado, permitindo a criação de ambientes mais sofi sticados e aconchegantes. “Algumas chapas de drywall, por possuírem diferentes per-furações, proporcionam uma estética única, além de ga-rantirem níveis distintos de absorção acústica”, explica.

O gerente ressalta, ainda, que, além das inúmeras pos-sibilidades estéticas, o drywall oferece também extrema fa-cilidade de manuseio, permi-tindo a passagem de fi ação de maneira prática, além de ser capaz de esconder vigas e aproveitar colunas e espaços pouco utilizados.

“Por se tratar de um ponto delicado para decorar, os tetos costumavam apresentar uma aparência simples e padroni-zada, mas aos poucos, o uso do drywall tem mudado esse perfi l”, completa.

Sancas, tetos em curva, fl utuantes ou recortados para iluminação embutida: com o uso do drywall, são inúmeras as possibilidades oferecidas aos projetistas, que agoram atentam para deixar o teto sofi sticado

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CAR já atinge 2,6 milhões de propriedades no Brasil

DIVULGAÇÃO

Na reta fi nal do prazo para o Cadastramen-to Ambiental Rural (CAR) – que vai até 5

de maio – o País registra um aumento percentual de áreas cadastradas. A alta verifi cada é em março é de 4% em rela-ção ao mês anterior, aponta o Ministério do Meio Ambiente (MMA). O percentual é qua-se o dobro da média mensal dos últimos cinco meses, o que pode ser explicado pelas adesões de última hora.

A procura pelo CAR cresceu até mesmo na região Sul, que vinha apresentando números menos expressivos. Somen-te no mês de março, foram cadastrados 2,38 milhões de hectares nos Estados do Pa-raná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ao todo, a região tem 41,37% da sua área cadastrada, sendo o Rio Grande do Sul o Estado com maior inclusão no último mês (1.264.887 de hectares).

A região Norte manteve os números expressivos que vinha apresentando, com 85,8%, se-guida pelo Sudeste (71,4%) e pelo Centro Oeste (67,9%). O

Nordeste tem 43% dos imóveis no sistema. Os números são do relatório divulgado, nesta terça-feira (12), pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), ór-gão vinculado ao MMA.

Os dados mostram, ainda, os estados de Minas Gerais (1.719.939 hectares cadas-trados), Maranhão (com 1.682.610), Mato Grosso do Sul (1.284.441) e o Rio Grande do Sul (1.264.887) como os que apresentam a maior área cadastrada no mês de março.

Os proprietários que não aderirem ao CAR podem sofrer restrições no crédito rural.

O cadastroO CAR, previsto no Código

Florestal Brasileiro, é um regis-tro eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais do País. A base de dados do Sistema In-tegrado de Cadastro Ambiental Rural (Sicar) é estratégica para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das fl orestas e demais for-mas de vegetação nativa do Brasil. Ele vai, ainda, facilitar o planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.

Donos de imóveis precisam se cadastrar até o dia 5 de maio para obter benefícios do Programa de Recuperação Ambiental

Até o momento, 2,6 milhões de imóveis rurais já foram cadastrados no programa, ou seja, 70,3% da área prevista já está no sistema

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