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Cinturao Negro Revista Portugues 293 Julho parte 2 2015

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A revista internacional de Artes Marciais, desportos de combate e defesa pessoal. Download grátis. Edição Online 293 - Julho - Parte 2. Ano XXIV

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • DVD/LAT-3REF.: • DVD/LAT-3

Este DVD se centra en las armas de filo, en conocer yentender todos los peligros asociados a ellas, y su temaprincipal es el establecimiento de la prioridad. El énfasis

principal en el entrenamiento con un arma defilo es conocer y entender todos los

peligros asociados a este tipo dearmas. El grave peligro de estas

armas es real, y debe tratarsecomo tal. Esto significa saber

donde debes establecer tuprioridad de entrenamientopara ser una herramientade supervivencia, en casode que tal situación sepresente. Afrontémoslo,tú eres quien tiene quesobrevivir, y no tuentrenador que teayuda a entrenar tusmetas, pero no tuobjetivo. Lasprioridades deentrenamiento que uso

en Latosa Escrima sonlas siguientes: realidad,

técnica y ejercicios.Realidad: es la comprensión

de lo que podría sucederexactamente y los peligros al

usar o enfrentarse a un arma defilo. Técnicas: movimientos que tratan

de darte una generalización deposibilidades y probabilidades de lo que puede

suceder. Ejercicios: la mayoría de ellos se utilizan paradesarrollar y mejorar las habilidades de movimiento utilizadasen la aplicación técnica.

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omo sabermos para onde vamos, se nãosabemos o que queremos? O queverdadeieamente somos é uma equaçãoindescifrável e sem solução, porque estamos

continuadamente mudando…, sem acabar de mudar. Como agir nos processos mas profundos de

transformação e mudança? Em jovens, o nosso potencial explode, experimentando

em direcções diversas. O meu tío, que contava então 70anos, me dizia: “Che, yo já estoy jugao!”.

Os anos passam e nos vão enseñando, primeiro, o quejá não seremos, porque temos iso “descartando” ouporque aquilo nos “descartiu a nós. Assim começamos acompreeender que já não somos tão jovens…

A vida é um processo de decisões; a cada vez quedissermos sim a alguma coisa, estamos a dizer que não atodo o resto; cada que vez que abrimos uma porta,entramos numa habitação que nos leva a outra. Aliberdade - tenho escrito isto muitas vezes - é umcorredor estreito de direcção única, onde como máximopodemos, “motu propio”, chegarmo-nos para um lado oupara outro do corredor.

Vivemos na ilusão da liberdade, na pretensão deestarmos np comando das nossas vidas, quando o ciertoé que estamos inseridos em milhares de realidadesmaiores que nós mesmos, influenciados continuamente,de maneira abierta ou solapada, pelos mlhares de forças,energias e tensões, que nos mandam em nós muito maisdo que gostariamos aceitar, tanto seja pela ignorância,anto seja pela prepotência.

Se temos ocasião de comçar a saber de comofuncionam as coisas, a primeira intenção, após o assombroinicial, é correr! Faz-me lembrar do Matrix, aquilo dapastilha vermelha e a pastilha azul; o problema é quequando optamos por as tomar, já não há marcha atrás.

Sair da ignorância nos leva ao desconsolo, porque oque antes brilhava, agora vemo-lo escuro e até que algumcoisa comece de novo a brilhar para o nosso olhar, nossentimos perdidos, porque não sabemos o que é; o quefoi, já não está, o que há-de chegar, ainda está chegando,mas não cgeou…

É a história de cada transformação, de cada salto aovazio nas mudanças profundas da nossa vida; a vertigemdo desconhecido, se mistura com a inquietação de umaidentidade nova que nasce, mas para que isto aconteça,primeiro a anterior deve morrer.

A melancolia dos ditos estados transitórios, é maisprofunda que nenhuma, e não porque nos situe nasencrucilhadas do destino (aí o exterior aperrta etemos de espavitar), mas sim porque estamosrealmente desenganados. O eu que olhava, estámorrendo e frequentemente nos agarramos a elecomo náufragos aos restos de um batel afundado.Mas são eses momentos os mais valiosos paracrescer, porque neles somos forçados a voltar aavaliar a nossa visão, semeando uma nova etapa. Sãomomentos em que estamos forçados a sair doestancamento; escartando toda ilusão, podemosprofundizar em uns novos valores, ou mrdmo emalguns antigos, que suportando a prova, de novoserão vigorosos nesse novo renascer.

Mas todo renascimento se processa com dor emelancolia. É sua chave de fundo; um momento em quedesejamos voltar à sincera e simples primigênia unicidadede todas as coisas. Por veses, é nesses momentos ondeos mais sensíveis, desenvolvem uma profunda compaixãopor todos os seres, compaixão que já nunca osabandona. Só quem sofreu pode empatizar com quemsofre.

É preciso saie dos nossos infiernos pessoais, dospoços negros onde a morte campa à vontade,recordando, como dizia Castaneda, que “tudo quanto amorte toca, tem poder”. Sair digo, limpos, novos ebrilhantes… Renascer das cinzas cheios de luz, para umanova etapa, metamorfoseados como a lagarta de seucasulo, a uma nova vida mais livre, onde em vez de nosarrastrarmos, voamos fecundando cada flor em quepousarmos…

Cuidem bem do casulo cada día, porqueindefectivelmente, chegará a transformação. Mesmo queagora, pequena lagarta, não te possas imaginar comasas, amanhã voarás.

C

“Não desesperes, nem sequer pelo facto de nãodesesperares. Quando tudo parece terminado, surgennuevas forças. Esto quer dizer que estás vivo”

Frank Kafka

"A naturaleza humana se resiste quando alguien tentamodificá-la. Quando a deixam em paz,

muda por si mesma"Anónimo

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Alfredo Tucci é Director Gerente de BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO.e-mail: [email protected]

https://www.facebook.com/alfredo.tucci.5

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Combat Hapkido

“Literalmente, havia centenas de

diferentes espadas,lanças, picas e

machados de váriostamanhos,

para diferentesaplicações. A maioriadessas armas erampesadas e difíceisde usar. Examinaressas armas eracomo fazer uma

viagem aopassado e aobtenção deuma novaapreciaçãoda durezadaqueles

guerreiros”

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ARMADURAS, ESCUDOS E ARMASGrão Mestre John Pellegrini

ive uma inspiração para escrever este artigo, durante a minha recente visita àEspanha, um dos meus países favoritos. Tenho viajado à Espanha desde 1994 ealém de ensinar Combat Hapkido e realizar Seminários para a comunidade de artesmarciais, sempre trato de aproveitar mais uns dias da minha apertada agenda, paragozar das muitas coisas que esta terra mágica tem para oferecer: história, cultura,beleza natural, um clima extraordinário e a hospitalidade da sua gente cordial e

generosa. E não esqueçamos a comida e o vinho!Nesta última visita, me acompanhava minha mulher Trina, e o Mestre Marcos Gridley e sua

mulher Liz. A penas umas horas após chegarmos a Madrid, sem fazer caso do nosso “jet-lag”,fizemos uma sessão de fotos para esta revista. Nos dois dias que se seguiram realizamos umseminário de grande êxito, para estudantes e Instrutores de Combat da Europa, organizadospelo nosso instrutor Juan Romero Pons.

Grandes Mestres

T

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Combat Hapkido

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Após aproveitar bem a animada vida de Madrid durantetrês noites, nos dirigimos para o Norte, para visitar as cidadesde Segovia, Ávila e Salamanca. Antes de voltar a Madrid parao nosso voo de volta para casa, fomos capazes dededicarmos várias horas ao palácio de San Lorenzo de ElEscorial. A experiência de passarmos quatro dias visitandoimpressionantes muralhas medievais, catedrais, castelos,mosteiros, palácios e museus, foi quase esmagadora. E nemainda falei da comida e do vinho!A esta altura, os leitores devem estar a pensar o que é que

isto tudo, tem a ver com as Artes Marciais! Tenham,paciência, meus amigos... Já lá vou chegar… Durante asnossas visitas, vimos exposições de grande número dearmas, incrivelmente bem conservadas e armaduras de váriosséculos de história. Levou-me tempo examiná-las de perto efiz algumas observações, que têm a ver com a luta e quepenso serem relevantes para as Artes Marciais e acredito queos leitores vão achá-las interessantes.

MOVILIDADE. Na maior parte da armadura, pareciaseriamente restringida. Uma ou mais pessoas sãonecessárias para "vestir" o guerreiro para a batalha e depoisde usada, a armadura era difícil de a tirar. Imaginei as minhastécnicas usando essas armaduras: coisa que seriapraticamente impossível. Não só as restrições à mobilidade,como também a incapacidade de articular pequenosmovimentos, impediriam o uso da maioria da motricidadefina. Dar pontapés seria extremamente difícil (quando nãoimpossível) e cair ao chão, fatalmente perigoso.

PESO. Posto que a maioria da armadura estava feita emmetal e foi desenhada para proteger o guerreiro das espadase das flechas, tinha de ser forte e por necessidade, pesada.Carregar com esse peso, além do escudo e as armas, semdúvida reduzia a resistência do guerreiro. Cansado e semfôlego, eu não seria capaz de entrar em um combateprolongado (ao contrário que nas fitas de Hollywood). Comoexperiência pessoal, quando passei um tempo no Afganistão(2006) e no Iraque (2008) treinando as tropas, me foientregue, como parte do meu equipamento, um coleteantibalas, que pesava cerca de 25 libras (12 Kg).Levando isso por cima, além dos outros 16 quilos de

equipamento, andando em um terreno rochoso, a 45 grauscentígrados de temperatura, era esgotante! O ensino docombate corpo a corpo aos soldados que portam esseequipamento, é realmente um desafio! Portanto, pensem

Grandes Mestres

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acerca do facto de que estes coletes antibalas modernos, relativamente confortáveis. de "pesoligeiro", não eram nada, comparados com o que os guerreiros dos séculos XV e XVI, tinham delevar.

TEMPO. Imaginem em marcha, lutando ou correndo com essas armaduras, com um calorsufocante, ou um frio gelado, ou com chuva ou neve!

VISIBILIDADE. A maioria dos artigos para a cabeça, usados nesses tempos, reduziamdrasticamente a visibilidade em algum momento, a não mais de uma ranhura muito estreita. Avisão da periferia, essencial no combate, era quase que inexistente na maioria dos capacetes.

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Combat Hapkido

“Tudo quanto hojefazemos no dojo, foi originalmente

desenhado para o campode batalha.

Inevitavelmente,armaduras, escudos e

armas, tinhamde evoluir comas novas

tecnologias”

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ACÚSTICA. Os próprios capacetes também prejudicariam seriamente a audiência doguerreiro, magnificando seus sons internos, como a sua própria respiração, enquantodiminuiriam os sons do exterior, como os de um inimigo que se aproxima.

ESCUDO. Era uma parte importante do equipamento, mas o escudo era embaraçoso epesado. A través dos séculos, se utilizaram diversos materiais, tais como metal, madeira ecouro, com diferentes graus de êxito. Também se experimentam muitos feitios: redondo,ovalado, rectangular. O peso, o material e o feitio contribuiriam à eficácia da protecção contraespadas, lanças e flechas. No combate corpo a corpo, o escudo suportava múltiplos golpes edepois de um curto tempo, o guerreiro não poderia continuar levantando o braço no combatecorpo a corpo.

ARMAS. Literalmente, havia centenas de diferentes espadas, lanças, picas e machados devários tamanhos, para diferentes aplicações. A maioria dessas armas eram pesadas e difíceis

Grandes Mestres

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Combat Hapkido

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de usar. Examinar essas armas era como fazer uma viagemao passado e a obtenção de uma nova apreciação dadureza daqueles guerreiros.

As Artes Marciais se originam com as classes guerreiras,com os guerreiros treinados para a guerra. Tudo quantohoje fazemos no dojo, foi originalmente desenhado para ocampo de batalha. Inevitavelmente, armaduras, escudos earmas, tinham de evoluir com as novas tecnologias. Asestratégias e tácticas também continuam evoluindo. Noentanto, devido a que esta evolução continua baseada natecnologia, as Artes Marciais perderam importância nasociedade "guerreira" moderna, que depende cada vezmais de armas, veículos e equipamentos de altatecnologia. Mas, como já comentei anteriormente nestaspáginas, em um artigo intitulado "O exército e as ArtesMarciais", acredito que os nossos soldados modernospodem beneficiar-se de uma formação competente,relevante e apropriada em Artes Marciais. Ainda que maismodernas - nas situações de batalha se utilizam armas eequipamentos de alta tecnologia - os guerreiros aindausam "armadura" e ainda têm de aprender habilidades decombate corpo a corpo, com e sem armas.A situação tem sido diferente para a povoação civil. A

través dos séculos, os camponeses, comerciantes,trabalhadores e praticamente qualquer pessoa que não eranobre ou guerreiro, tinha de se preocupar de ser atacadospor bandidos e bárbaros itinerantes. Frequentemente eramaté violentados pelos nobres e os soldados que deviamprotege-los!

Grandes Mestres

“Grupos de delinquentes, terroristas,criminosos, psicopatas, predadores e

indivíduos desesperados de todo género,andam nas ruas da nossas cidades e esperamna sombra ou à vista. Todos eles sabem deuma coisa: não temos armadura ou armas.

O que podemos fazer?”

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Combat Hapkido

“O estudo das Artes Marciais e ossistemas de defesa é a única maneiraeficaz e provada para transformar ocorpo e a mente em um arsenal de

armas que se podem empregar emqualquer lugar e em qualquer

momento, para proteger-nos e

protegeroutros”

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Esta povoação civil não tinha a protecção da armadura e do escudo, e na maioria dos casosnão estavam autorizados a portar armas, o que os fazia vítima fácil de um ataque violento.Assim, uma das minhas observações é que neste caso…, nada mudou! Séculos atrás, só os

guerreiros tinham armaduras e armas, enquanto que a povoação civil ficava indefesa. Hoje, só os"guerreiros" profissionais (militares e polícias) têm armaduras e armas, enquanto que a povoaçãocivil fica indefesa. É claro que se pode argumentar que hoje temos "lei e ordem" numa sociedadecivilizada, com a polícia que nos protege dos criminosos e os militares que nos protegem dosinimigos externos, portanto, não temos necessidade de armaduras e armas. Mas eu lhes digo quepor desgraça, isso é um suposto erróneo. Basta com ver as notícias ou ler o jornal regularmente,para percebermos que o mundo é um lugar muito perigoso e violento.Grupos de delinquentes, terroristas, criminosos, psicopatas, predadores e indivíduos

desesperados de todo género, andam nas ruas da nossas cidades e esperam na sombra ou àvista. Todos eles sabem de uma coisa: não temos armadura ou armas. O que podemos fazer?

Grandes Mestres

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Posto que não todos podemos ser soldadosou polícias e nunca serão promulgadas leispermitindo os civis vestir armaduras e portararmas, só resta uma solução: criar a nossaprópria "armadura" mental de segurança eaprender a utilizar as nossas armas naturais.A armadura moderna, metaforicamente

falando, é a atitude e o estilo de vida queadoptamos, quando resolvemos estar alerta,conscientes, cautelosos e prontos. Estaarmadura mental está forjada por umcompromisso absoluto com NÃO nostornarmos uma fácil vítima. Uma grandevantagem é que esta armadura não é pesada,nem restringe em maneira alguma amobilidade ou a visibilidade. Pode usar-seconfortavelmente 24 horas por dia, 7 dias porsemana.No que respeita às armas, de certeza de

que a esta altura já sabem do que estou afalar... O estudo das Artes Marciais e os sistemas

de defesa é a única maneira eficaz e provadapara transformar o corpo e a mente em umarsenal de armas que se podem empregar emqualquer lugar e em qualquer momento, paraproteger-nos e proteger outros. Estas "armas"nunca podem ser confiscadas, proibidas ouretiradas. Não requerem licença especial oulicença de género algum, basta aprender ausá-las correctamente.O nosso sistema, Combat Hapkido,

concentra a maior parte na formação edesenvolvimento da armadura pessoal, oescudo e as armas, na pessoa, comindependência de seu tamanho, força, ouposição social. Os modelos belamentedesenhados de armaduras, escudos e armasde séculos passados, agora pertencem amuseus e castelos históricos, para osadmirarmos e nos perguntarmos o que deveter sido usá-los em combate!E se bem temos de evoluir e abraçarmos a

nossa época moderna, é importante respeitare conhecer a história, para dela podermosaprender.

Grandes Mestres

“Posto que não todos podemosser soldados ou polícias e nunca

serão promulgadas leispermitindo os civis vestir

armaduras e portar armas, só resta uma solução: criar a

nossa própria "armadura"mental de segurança eaprender a utilizar as

nossas armasnaturais”

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Estás a ver aquele Feto e aquele Bambu? - disse o nobre idoso a umaluno - “Quando semeei as sementes do feto e do bambu, cuidei deambas muito bem. O feto cresceu rapidamente. O seu verde brilhantecobria o campo, mas nada saiu da semente de bambu. Mas eu nãodesisti do bambu.

No segundo ano, o feto cresceu mais brilhante e abundante ainda e denovo, nada cresceu da semente do bambu. Mas não desisti do bambu.

No terceiro ano, ainda nada brotou da semente de bambu. Mas nãodesisti fo bambu.

No quarto ano, novamente, nada saiu da semente de bambu,mas eu não renunciei ao bambu.

No quinto ano, um pequeno broto de bambu surgiu na terra.Em comparação com ou feto, era aparentemente muitopequeno e insignificante.

Fu-Shih Kenpo

“A História do Feto e o Bambu”

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A Coluna de Raúl Gutiérrez

No sexto ano, o bambu cresceu mais de 20 metros de altura. Passaracinco anos a deitar raízes que o segurassem. Aquelas raízes fizeram-noforte e deram-lhe o que necessitava para sobreviver”.

Sabias que todo este tempo que tens estado lutando, realmente temestado a deitar raízes? - disse o idoso e continuou…

O bambu tem um propósito diferente ao do feto, no entanto,ambos são necessários e fazem do bosque um lugar formoso.

Nunca te arrependas de um dia na tua vida. Os bons dias tedão felicidade. Os maus dias te dão experiência. Ambos sãoessenciais para a vida - disse o idoso, que continuou…A felicidade te mantém doce. As tentativas te mantêm forte.

Os pesares te mantêm humano. As quedas te mantêm humilde. Oêxito te mantém brilhante…

Se não conseguires o que tanto desejas, não desesperes…, talvez sóestiveres deitando raízes…

Anónimo

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Fu-Shih Kenpo

“Pessoalmente ehoje, com o meusquase 65 anos devida, posso dizer,

com conhecimentode causa, que éverdade que aspessoas mais

fortes são as quetêm tido uma

dura vida, cheia de

acontecimentosque as forjaram na

lutar paracontinuar em pé”

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lgumas das coisas maisimportantes que o serhumano devia perceberquanto antes, é osimples facto de que a“perfeição - se é que

existe! - nós os humanos aalcançaremos pelo menos uma veznesta vida? É por isto que a nossaexistência estará submetida a altos ebaixos em todas as etapas damesma. A saúde se mantém até quese perde e que passa a ser de umaimportância fundamental,precisamente quando nos falta poruma consequência natural, poracidente ou por doença! Aabundância nos é oferecida edevemos gozá-la ao máximo,enquanto for nossa aliada! Porque aescassez também tem os diascontados. Tudo vai e vem, nada épara sempre… Yin e yang, devemexistir sempre com um equilíbrio e nasua permanente busca, habilitarão asmudanças, em um sentido ou emoutro. As ditas mudanças marcarão oêxito e a prosperidade, ou o fracassoe o sofrimento.Desde o momento em que o ser vê

a luz da vida, deve aceitar também amorte. Impossível aferrar-se a umaexistência sem final. Deixamos deexistir e uma essência da nossaenergia viajará e se integrará emalgum lugar do universo.Por vezes digo a mim mesmo, que

no lar, nos colégios ou nasuniversidades, uma das matériasimportantes que devíamos receber, éprecisamente isto: aprender a viver avida, com explicações baseadas nas

experiências vividas por todo opassado da nossa humanidade. Querdizer, avisar-nos acerca dasconsequências que comportam osdeterminados comportamentos eacções do ser humano, na nossasociedade. Eu sei que de uma maneira ou de

outra, isto nos é comunicado.Também sei que é já umaresponsabilidade assumida, o factodo “homem tropeçar duas vezes namesma pedra”, ou vinte vezes… eisto nos mostra que, como todas ascoisas que nesta vida vão mal, seprefere aceitar que somos pecadorese com grandes falhos contínuos, emvez de tentar melhorar e criar ummundo melhor.Dizem que a adversidade é o

melhor dos Mestres e isto éabsolutamente certo. Se contarmos aum amigo, ou a vários, um problema,uma dor, um desejo, um sentimento,todos vão dizer que sim com acabeça ou com a palavra, masninguém poderá sentir, nem sequerinterpretar exactamente o querealmente nos acontece, da maneiraem que a nós nos afecta. Primeiroporque essa dor, preocupação ousentimento, não se pode comunicarcom palavras nem gestos. A outraparte também o não poderá saber, atéque essa pessoa não tenha passadopelo mesmo caso ou etapa e mesmoassim, só poderá aproximar-se umpouco da nossa realidade, mas nãoexactamente.Pessoalmente e hoje, com o meus

quase 65 anos de vida, posso dizer,com conhecimento de causa, que é

verdade que as pessoas mais fortessão as que têm tido uma dura vida,cheia de acontecimentos que asforjaram na lutar para continuar empé. E efectivamente, as mais débeis,inclusivamente aquelas quefracassam constantemente,acostumam ser aquelas que tiveramquase tudo, com pouco ou nada deesforço. Porque, entendendo queaqueles pais que podem proporcionarprazeres, dinheiro e facilitar as coisasa seus filha, fazem-no porque eles osnão tiveram. Mas nisto é preciso termuito cuidado. Sempre os excessosresultam, finalmente, perigosos ou dealto risco.Na vida temos de nos esforçar em

todos os sentidos: para conhecermoso caminho, para conhecermos o queé o esforço, a dor, a maneira de nossuperarmos, a maneira de darsolução às situações. Na mi infância (nasci em 1950),

foram duros tempos de escassez emtodos os aspectos. Não era nada fácilabrir um caminho, nem alcançar asaspirações de cada um, sem aplicarmuita força vontade, humildade,sacrif ício, esforço constante,simplicidade, respeito… Pois aindaassim, éramos mais saudáveis física,mental e espiritualmente. Como apenas tínhamos para ir subsistindo,não sobejava para esbanjar e malempregar o pouco dinheiro queentrava. Tínhamos mais cuidado,respeito e apreço pelo que faltava oupelo pouco que possuíamos. Éramoscuidadosos com os nossos alimentos,vestuário, calçado, o carro utilitário…Um automóvel nos durava 20 ou 25

A Coluna de Raúl Gutiérrez

A

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Fu-Shih Kenpo

“As pessoasacostumadas a lutar,

sofrem menos, têm mais capacidade

para resolver as diversassituações contrárias docaminho e fá-lo-ão com

mais alegria quesofrimento”

“Desde o momento em que oser vê a luz da vida,

deve aceitar também a morte.

Impossível aferrar-se a umaexistência sem final”

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anos e assim se tornava quase um amigo, umcompanheiro. Era estimado, cuidado e tratávamos delecom respeito e agradecimento. Tudo mudou e semdesprezar os avances da ciência e da tecnologia, agora hámais facilidades, mais meios e possibilidades, mas aescassez passou a ser excesso…Também sabíamos dividir o nosso tempo entre o

colégio, os deveres, o lar e o entretenimento. Brincávamosao ar livre e isto era extremamente saudável, porquepassávamos horas a correr ou praticando algum desportoao ar livre. E não nos importava o frio nem o calor! Onosso corpo e mente se beneficiavam dos esforçosfísicos, da reciclagem constante do ar puro, nutrindo asnossas células, sangue, cérebro. Não me lembro de tervisto uma criança nem um adulto GORDOS. Tínhamosbom humor. Gostávamos de assistir ao colégio, de estudare progredir. Eram etapas muito marcantes. Naadolescência, os nossos hábitos eram muito maissaudáveis. Não bebíamos álcool, não existiam as drogasque hoje há; poucos fumavam… E assim passávamosnoites de sábados, dançando, tocando a guitarra,contando anedotas…, com duas garrafas de refrescos, umpouco de comida e tentando impressionar algumarapariga…Não estou em contra dos avances da tecnologia, tudo

pelo contrário, sou dos que gostam e se beneficiam dequantas facilidades e meios temos hoje ao nosso alcancepara investigar, criar, experimentar, etc…, só que voltamosao mesmo, não nos descuidemos de nós mesmos.Saibamos tirar bom partido de tudo quanto a nossa actualsociedade nos oferece, sem desperdiçar ou nosexcedermos. Deixemos tempo para a liberdade, parapassear, realizar desportos, desenvolver as nossainclinações e tendências, compartilhar com a família eamigos. Cuidemos do nosso corpo, mente e espírito.Acostumo a dizer que temos de estar sempre prontos paraquando chegarem as oportunidades, os bons momentos,as vacas gordas… Mas estejamos preparados tambémpara quando se der a reviravolta e nos vejamos em certosapertos, que ninguém deseja, mas que chegam por si sóse é preciso saber resolve-los.Nos meus treinos ou nos seminários que diri jo

constantemente mundo afora, acostumo avisar quequando resolvemos empreender alguma coisa, temos de ofazer com decisão, como um desafio, com constância econcentração. Sabendo a que nos enfrentamos. Que nãoserá fácil nem agradável. Que vai haver dor, sacrifício,sofrimento e também prazer. Mas isto é uma maneira deauto-formação, de preparação para saber vencer todosaqueles obstáculos que encontrarmos no nosso caminho.É melhor sofrer na nossa escola ou no espaço de treinos,antes que fora, na vida real. É melhor jamais termos deutilizar os nossos conhecimentos para causar mal e dor,nem os padecer…, mas se estes chegarem, que saibamosresolve-los com menos esforço e menos danos colaterais. Uma pessoa bem formada, tem mais capacidade para

saber orientar os problemas, enfrentá-los e resolvê-los. Ese tem de uti l izar a força, fá-lo-á inclusivamente

protegendo o seu oponente ou os seus oponentes. Umapessoa sem conhecimentos nem domínio, causará ereceberá mais danos, porque vai demorar mais tempopara dar solução ao caso.Através de mi vida, tenho podido aprender a ser

humilde, paciente, tolerante, respeitador e agradecido.Aprendi a perceber que a vida não tem nada contra mim.Que as coisas simplesmente acontecem de maneiranatural, porque estamos constantemente expostos as 24horas do dia e 365 dias por ano, a múltiplos factores derisco. Nada tem a ver “DEUS”, simplesmente analisemosquantos riscos existem toda vez que abandonamos onosso lar e saímos à rua… Quando vamos para o colégio,para a universidade, o trabalho, em passeio... Nem épreciso sair à rua. Em casa, no nosso próprio lar, podemsuceder infinitas coisas que nos prejudiquem em mausentido.Aprendi que com dor, também se supera a dor. Se

conhecermos uma determinada dor, nos causará menosmal se já a tivermos sentido anteriormente. Pelo contrário,toda nova dor surpreende e afecta mais.Estudar, pesquisar, treinar, criar, sofrer e ser feliz, tudo

forma parte das nossas próprias raízes. As pessoasacostumadas a lutar, sofrem menos, têm mais capacidadepara resolver as diversas situações contrárias do caminhoe fá-lo-ão com mais alegria que sofrimento. As que nãoencontrarem soluções tratam de chamar a atenção deoutros, pedindo ajuda ou estão sempre a queixar-se e alamentar-se, serão aquelas que supostamente nãopercorreram esse longo caminho de pesquisa,aprendizagem e esforço, porque tiveram tudo sem o terganho, são aqueles que foram invadidos por seus próprioscaprichos e estupidez.Este tipo de pessoas acostumam a ser imaturas,

inseguras, invejosas, egoístas, caprichosas, ciumentas,vaidosas. Pelo contrário, quem sabe da dura existência,acostuma ficar alegre com êxito dos outros, porque sabeque se alguma coisa conseguiram é porque merecem.Exceptuando aquelas de êxito dado ou comprado, aspessoas que têm de pagar para encontrar um espaço entreas pessoas de êxito, terão esse êxito de maneira transitória.Terão de novo o fracasso à sua frente, a curto prazo.É este o caso dos políticos que investem em grandes

campanhas para se situarem. Têm um breve período deexploração de esse falso êxito e em breve serãorevezados por outro, que fez o mesmo jogo, para ir cair namesma roda. Vão e vêm… Só aqueles que com seu bemfazer, conseguiram assentar raízes, terão um período deglória mais extenso.Os pais que são realmente conscientes de qual e como

deve de ser uma educação adequada para os filhos,conseguirão bons e melhores resultados neles. OsInstrutores ou Mestres que são pacientes e perseverantesna formação de seus alunos, conseguirão deles grandesresultados e frutos.

“NÃO DEIXES FUGIR CADA INSTANTE E VIVE-OINTENSAMENTE, PORQUE A VIDA ESCAPA COMO AÁGUA ENTRE OS DEDOS”

A Coluna de Raúl Gutiérrez

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A espiritualidade do ShaolinWeng Chun Kung Fu

O Chan (Zen em japonês;Sim em cantonês:) se conheceem Sânscrito como Dhyana,que se pode traduzir como"meditação". Chan quer dizerestar presente no momento,sem distracções, expectativasou temores. Signif ica oregresso ao estado natural doser. Para nós, os praticantesde Kung Fu, isto significa queo nosso treino, a nossa luta ea nossa vida quotidiana setornam um campo depráticas.

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Weng Chun

“O espaço e aalegria no lugardo nascimentodo Shaolin Weng Chun, são duas

maneiras decultivar a mente,

que secombinaram emum método

único, que só sepode encontrar

na China: o Chan (Zen), ou Terra Pura do Budismo”

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Weng Chun

rocuramos ser conscientes domomento presente, puro,alegre, pacífico, inquebrantável,de coração aberto e por tanto,estar firmemente atentos aocaminho de acesso (DAO).

Assim começou o Chan e assim foitransmitido: como uma flor! Como aexpressão da vitalidade e do nosso desejode crescer, da nossa consciência domomento e a través da experiência, deMestre a aluno, em vez da através dosimples estudo dos textos ou por muitaspalavras. A experiência directa da realidadeda nossa mente, era o principal no ShaolinChan.

"O Chan é para ser livre de apego a todosos objectos exteriores e o Samadhi é para

alcançar a paz interior" Hui Neng, o Sexto Patriarca

Entre os praticantes de Shaolin Kung Fu(Weng Chun), frequentemente escutamos apalavra "Amitofo", como uma saudação oucomo prática da meditação. Esta é a práticaNianfo, a recitação do nome do Buda, porter nascido na terra pura do Buda Amithaba. De entrada se poderia pensar que isto é

uma contradição com o Chan, mas vamos

P

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observar mais de perto, como se vê desde oaspecto de “Terra Pura de Shaolin”. Nos "Amithaba Sutras" se explicam os

métodos da prática espiritual. São três osníveis para recitar o nome de Buda.Inicialmente, o principiante tem a menteperturbada. Após alguma prática, obtêm ahabil idade de concentrar a mente e oobjectivo é estar completamenteconcentrado na recitação do nome de Buda.Dois níveis se distinguem aqui e é capaz defocalizar cada pensamento no nome deBuda, terá dado o primeiro passo. Se aprática da recitação do nome do Buda olevar ainda mais longe, conseguirá umavisão directa da derradeira realidade,perceber a natureza do vazio e a próprianatureza de Buda, verdadeiramente adefinitiva. Então terá chegado ao segundonível. Em um dos Sutras Amithaba se diz que

“de facto, a mente é Buda e Buda é amente”, portanto, uma mente pura é a TerraPura. Assim, se estamos recitando Amitofo,recitamos a abreviatura de Namo AmithabaBuda, ode Namo significa "tomar refúgio" ou"regressar"; Amithaba é "a luz infinita, oilimitado"; e Buda significa "conhecimentoesclarecido e todo o poder e toda asabedoria que está em nossas mentes emestado natural".

Weng Chun

“Tratamos decrear la

Tierra Pura connuestra mente,con nuestrocuerpo,

con nuestraforma dehablar,

en nuestrasfamilias y ennuestra vida

diaria”

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Weng Chun

Como praticantes de Shaolin (Weng Chun) Kung Fu, recitamos o Amitofunão só com a voz interior e exterior e a mente, mas também com o corpo,utilizando a própria natureza. Tratamos de criar a Terra Pura com o nossopensamento, com o nosso corpo, com a nossa maneira de falar, nas nossasfamílias e na nossa vida do dia-a-dia. Assim, esta maneira de ver da TerraPura se corresponde com o Chan. O sinal secreto deste profundo trabalho espiritual é a nossa saudação ao

Sol e à Lua, em todas as formas do Kung Fu de Shaolin do Sul (WengChun). Isto representa a "luz infinita" do Sol e a "consciência clara" da Lua. Hoje, a maioria dos praticantes de Kung Fu entendem a saudação como

“Si la práctica de la recitación delnombre del Buda le lleva aún más

lejos, logrará una visión directa de larealidad última, darse cuenta de la

naturaleza de la vacuidad y de la propia naturaleza de Buda, en verdad la definitiva. Entonceshabrá llegado al segundo nivel”

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"a superação da dinastia Ming", mas este não é o significadooriginal e sim uma interpretação política das tríadas, mais recente. Convido os leitores a voltarem às nossas raízes Shaolin e

deixarem-se inspirar pelo significado original que nos põe emcontacto com a energia e o espírito do sol (Amithaba - Terra Pura)e a Lua (Chan).Tratemos de fazer uma meditação Shaolin Weng Chun Chan –

Terra Pura. Devemos sentar-nos e permanecer relaxados, deixando que o

cansaço e a tensão dos músculos e do corpo em geral,desapareçam com a respiração. Imaginemo-nos sentados ou empé, numa bonita praia. Vemos as ondas que vêm e vão edeixamos que os pensamento vão e venham, sem nos aferrarmosa eles e sem tratar de os manter afastados. Respiramos

„Ich möchte Sie also dazu einladen,sich auf unsere Shaolin-Wurzelnzurückzubesinnen, sich von derursprünglichen Bedeutung

inspirieren zu lassen, durch die wiruns mit der Energie und demWesen der Sonne (Amithaba –Reines Land) und des Mondes(Chan) verbinden können.“

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Weng Chun

naturalmente, sendo conscientes da nossa respiração. Agora,com a terceira visão, vemos o calor do Sol no céu azul eimaginamos o Sol no Amithaba Buda (se confiarmos em Buda,em caso de que não, sentimos a energia solar). Recitamos o A-Mi-To-Fo, lentamente, com uma voz suave, respiramos epensamos no A-Mi-To-Fo, afastando os outros pensamentos,Assim, só isto teremos no pensamento… Pensemos A-Mi- To-Fo,exalando e A-Mi-To-Fo inalando. Repitamos isto 108 vezes,enquanto festejamos a imagem do Sol e o Amitabha Buda.Depois, empregamos um tempo para gozarmos da nossa mente,que está em silêncio, tranquila e firme. Sintamos o espaço ilimitado, a alegria e o amor em nós, na

nossa verdadeira natureza. Finalmente, sintamos a nossarespiração profunda que subo desde o ventre e desejemos quetodos os seres estejam assim alegres. ¡Vamos trazer o Sol à nossa vida de todos os dias! Amitofo!

Texto: Andreas Hoffmann, Christoph Fuß, Fotos: Andreas Hoffmann

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Todos los DVD’s producidos por BudoInternational se realizan en soporte DVD-5,formato MPEG-2 multiplexado (nunca VCD,DivX, o similares), y la impresión de las carátulassigue las más estrictas exigencias de calidad(tipo de papel e impresión). Asimismo ningunode nuestros productos es comercializado através de portales de subastas online. Si esteDVD no cumple estos requisitos, y/o la carátulay la serigrafía no coinciden con la que aquímostramos, se trata de una copia pirata.

REF.: • FUSHIH-2REF.: • FUSHIH-2

Este nuevo trabajo sobre Fu-Shih Kenpo delSoke Raul Gutierrez está centrado en las formastradicionales del estilo, sus aplicaciones y ladefensa personal. Estudiaremos especialmente laForma “El Tigre se defiende”, con suscorrespondientes aplicaciones técnicas, la forma

“Dientes de Tigre”, y trabajo libre conarmas. A continuación el Maestro

explica detalladamente unaextensa serie de técnicas

avanzadas de defensapersonal, indicando el

porqué se realizand e t e r m i n a d o smovimientos, lasadvertencias a tener enconsideración, losposibles ángulos, ylas variantes que sepueden aplicar encada grupo tecnico.El DVD se completacon una serie detécnicas de combatepara competición y eltrabajo deacondicionamiento

fisico, donde elMaestro Gutierrez

explica cómo prepararnuestras armas, brazos y

piernas, para la defensapersonal y el combate. Sin

duda una forma de trabajocuya riqueza se basa en el

intercambio y coordinación conotros estilos, y el aprender a respetar

nuestras diferentes fuentes de trabajo.

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A bengala francesa de combate

Desporto de combate ou arte marcial, a disciplina francesa da bengala de combateobteve as suas cartas de nobreza através dos séculos, sem perder o seu patrimóniohistórico.

Bertrand Dubreuil (diplomado pelo Estado, onze vezes campeão da França debengala de combate, preparador da equipa da França, presidente do Comité Nacionalda Bengala de Combate e de Pau, associado à Federação francesa de Savate, boxefrancês e disciplinas associadas) explica no DVD de iniciação à bengala decombate, editado pela Budo Internacional, que a bengala de combate e o pauestavam associados à esgrima como armas de treino, nas escolas militaresfrancesas nos inícios do Século XIX. Depois, na segunda metade domesmo século, os princípios técnicos fundamentais foramestabelecidos para uma prática civil, com a influência de mestresfundadores como Louis Boucher (1807-1866) mestre de esgrima,e Joseph Charlemont (1839-1914), mestre de boxe francês ede bengala de combate e pau.

Assim começa a história comum da prática da bengalafrancesa de combate e do boxe francês, nas mesmassalas de armas.

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Artes do Occidente

“Desporto de combate ou arte marcial, a disciplina francesa da bengala de combate

obteve as suas cartas de nobreza através dos séculos,

sem perder o seu património histórico”

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A Bengala de Combate e o Pau FrancêsEstas primeiras codificações técnicas evidenciam a

vontade de fazer destas armas de madeira umas armaseficazes. É assim que a técnica histórica fundamental do

“armado” dos golpes adquire todo o seu sentido. Defacto, a regra do “armado” impõe durante a execuçãodos golpes de ataque uma fase prévia, onde a mão quetem a arma deve passar atrás do plano dos ombros,antes de voltar ao objectivo.Para uma melhor compreensão, é preciso conhecer a

sua justificação histórica. A bengala e o pau foram,sucessivamente, na história, ferramentas, símbolos,

objectos de etiqueta e armas rudimentares, antes deserem integrados nas escolas militares. Menos custosase menos perigosas, estas armas de substituiçãotornavam a aprendizagem da esgrima mais acessível.No início da sua história, estas armas de madeira,

inspirando-se na “arte francesa da guerra”,apropriaram-se das técnicas da espada e do sabre,entre outras, e da evolução dos golpes diante daguarda. Depois, após terem imitado durante muitotempo o corte e a estocada da esgrima, a bengalae o pau abandonaram a falsa ameaça doseu gume virtual. Estas armas demadeira viriam a determinar-sea si mesmas como

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Artes do Occidente

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“Bertrand Dubreuil tem um alto conceitoda arte de combate e gosta de lembraraos seus alunos que a prática de umaarte marcial tem de ser vivida com um

sentido agudo do valor do respeito, para além dos muros do ginásio”

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disciplina propriamente dita, através de técnicas cujaeficácia viria da sua própria natureza, da sua condiçãode armas contundentes e não cortantes.Esta mutação foi marcada pela necessidade de

adicionar potência nos batimentos. É aí que aparecemos primeiros movimentos de ataque reforçados. Damesma maneira que se abre um arco antes de atirar,como o arqueiro ou o tenista, o princípio consistia ematrasar suficientemente o braço por detrás do busto,para dar impulso à arma - como uma mola, eportanto, com potência de batimento. Tinha nascido o“armado”! Isto deu uma autêntica identidade a estadisciplina, apresentando movimentos novos maisamplos, temíveis e estéticos.A partir desta particularidade, as características

motoras da disciplina da bengala e do pau adquiremtodo o seu sentido, porque perpetuam opçõestécnicas antigas, não só devido ao seu valor histórico,mas acima de tudo pela sua eficácia intrínseca queainda hoje no mundo não tem nenhum equivalente noresto dos desportos de combate deste género(velocidade de execução que pode ir até quatrobengaladas por segundo com “armado” e completodesenvolvimento do braço para cada golpe).Este “armado” dos golpes é hoje só uma

demonstração de potência, sem a força de impactoprovocada por este impulso. A metodologia actual dadisciplina prevê que o impacto dos alvos sejacontrolado e sem violência; um simples contactoentre a arma e o alvo é suficiente.A bengala e o pau foram ensinados nas salas de

armas, na escola e no exército até à primeira guerramundial (por volta de 1910), mas a sua prática foidesaparecendo lentamente, frente à importânciacrescente de novas práticas desportivas.Seria preciso esperar até 1970 para assistir ao

renascer da bengala, devido a Maurice Sarry, etambém a Bernard Plasait, Michel Gomez e Philippe

Artes do Occidente

“A bengala e o pau foramensinados nas salas de armas, na escola e no exército até à

primeira guerra mundial”

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Conjat. Uma nova codificação marca as bases daevolução da competição da bengala de combate,enquanto que o pau continua a ser uma disciplina dedemonstração.Este renascer veio marcado pela regra da “fenda”

baixa obrigatória durante a execução dos golpes àperna, para evitar as trajectórias oblíquas dosbatimentos, por razões de segurança e legitimidade daacção.

Nos nossos dias, esta discipl ina marcial cominf luências provenientes da “ar te f rancesa daguerra”, situa-se esteticamente entre a Esgrima e aCapoeira. O Campeonato da França e a Taça da França foram

criados em 1980. O primeiro campeonato do Mundo deBengala de Combate teve lugar na Ilha Reunião, em2004, e o primeiro campeonato da Europa emEstrasburgo, em 2006.

Artes do Occidente

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Fora da França, a bengala e opau são praticados nos seguintespaíses: Alemanha, Itál ia,Eslováquia, Coreia do Sul, Canadá,Ilha Maurício, Madagáscar.A bengala (madeira de

castanheiro, 95cm, 110gr) agarra-se com uma mão. O pau (140 cm,400gr) agarra-se com as duasmãos e restitui os movimentos dabengala. Só estão autorizados os“golpes de corte” executados como canto da arma. As competiçõesde pau não existem, mas já secontemplou criar, num próximofuturo, uma competição de estilo.

La Canne

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Artes do Occidente

“A bengala de combate e o pau estavamassociados à esgrima como

armas de treino, nas escolas militaresfrancesas nos inícios do Século XIX”

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Na competição da bengala decombate, os atiradores deslocam-senuma superfície circular de 9 metrosde diâmetro, que oferece infinitaspossibil idades tácticas ecoreográficas. Os golpes são dadosrealmente (mas sem violência) e oscompetidores estão protegidos porum fato acolchoado e um capacete.As zonas de batimento autorizadassão: a cabeça (salvo a parteposterior), os flancos (salvo a parteposterior e apenas os ombros), astíbias (uma “fenda” baixa deveobrigatoriamente acompanhar estesgolpes na linha baixa). Os assaltossão regulados por um árbitro e osbatimentos são avaliados por trêsjuízes que levantam bandeiras. Osassaltos são constituídos por três oucinco tempos, com uma duração dedois minutos cada. No entanto, as exigências da

competição não podem ocultar oprazer que os praticantes da bengalaou do pau “de distracção” sentemlogo que adquirem os primeirosrudimentos.Hoje, devido ao impulso de

Bertrand Dubreuil, a bengala decombate e o pau oferecempossibilidades técnicas e tácticasconsideráveis. De facto, quandoobservamos a recente evolução dasconfigurações técnicas e tácticasdesta disciplina, vemos que possuienormes qualidades desportivas emarciais, entre outras, o quepoderíamos considerar como umavelocidade coreográfica especial,com esquivas cruzadas e acrobacias,somadas a uma grande velocidadede execução.Apostava-se por tirar partido das

acções técnicas históricas como o“armado” que anuncia os batimentos.

Aproveitando esta obrigação dearmar, nasceria um jogo complexo defixações, o qual proporcionariacontinuidade e inteligência nasacções. Observamos então que a“fenda” e a “finta” ou engano, já nãopertencem ao campo daoportunidade do golpe directo, masinserem-se num processo complexode desestabilização do adversário.Bertrand Dubreuil criou a arte dafixação incorporando “graus deintenção” integrados em tempos deacção graduais. É assim como umabengalada pode mudar de alvo atécinco vezes, enquanto os seusmodos de execução (velocidade,plano e eixo) variam, e isto semruptura do movimento inicial. Omelhor exemplo para ilustrar estasubti leza do jogo é quando seconsegue tocar no adversário emmovimento lento, depois de umaexcelente fixação - um pouco como otoureiro consegue ser extremamentelento nos seus passes e nas suasesquivas.Bertrand Dubreuil tem um alto

conceito da arte de combate e gostade lembrar aos seus alunos que aprática de uma arte marcial tem deser vivida com um sentido agudo dovalor do respeito, para além dosmuros do ginásio. Para ele, o respeitonão basta, e mais ainda emcompetição. Exige que se chegue àadmiração pelo adversário e que acortesia se manifeste comassiduidade, especialmente por partedo perdedor, que não devemanifestar nenhum movimento demau humor. Repete aoscompetidores que são unscavalheiros e que, por este motivo,devem dar exemplo. Explica tambémque o combate é uma encenação

La Canne

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dramática e catártica que deve servir paratrazer à superfície conflitos internos e a auto-valoração, e não pode ser lugar paradiscórdias e violência.Para Bertrand Dubreuil, a defesa é um sector

de combate primordial e uma das suasespecialidades. Estima que ganhar umcombate com um resultado alto por ambas aspartes, não é aceitável (mesmo estandoprevisto no regulamento). É partidário doprincípio da eficácia defensiva própria dequalquer arte marcial, considerando que umadisciplina de combate deve poder proteger de

todas as maneiras de ataque possíveis,inclusivamente vindas de outras artes marciais. Considera que se o ataque é uma arte, a

defesa é uma ciência, a ciência da antecipaçãoe da economia. A defesa deve pôr em jogo amínima energia possível, de maneira apreservá-la para o ataque, o que requer umamuito boa percepção da adversidade, parafavorecer a antecipação. Para ir mais além naantecipação, Bertrand Dubreuil desenvolveu a“defesa activa”, que consiste em adoptar umcomportamento defensivo especial, queprovoca no adversário uma resposta ofensiva,

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o que permite prever a escolha detécnicas e o seu tempo de entradaem acção.A competição com a bengala de

combate permite verif icar eexperimentar as opções tácticas enão é por acaso que BertrandDubreuil obtém uns resultadosconvincentes contandoactualmente no seu curso comquatro grandes campeões: AntoineDubreuil (dois títulos de campeãoda França juvenil), Cécile Serris(um título de campeã da Françasénior), Jonathan Dubreuil (seistítulos consecutivos de campeãoda França sénior), Francis Bareilles(um título de campeão da Françasénior e cinco títulos veterano).Um grande seminário

internacional dirigido por BertrandDubreuil, aberto a todos, éorganizado todos os anos durantea últ ima semana de Julho, emSaint Pierre d’Oléron (França). Com

Dubreuil, Francis Bareilles, LucCheynier, Roland Hoffbeck (directortécnico nacional da disciplina) eGuillaume Bérard partilham a suavaliosa experiência de professor.No DVD de iniciação à bengala decombate, editado pela BudoInternational, com Bertand Dubreuilvoltamos a encontrar FrancisBareilles, cuja genialidade criativainspirou algumas concatenaçõesverdadeiramente criativas.Além dos seminários nacionais, o

Comité Nacional de Bengala deCombate e de Pau organizaseminários it inerantes,respondendo às petiçõeschegadas do mundo inteiro.Bertrand Dubreuil não é o único

a ensinar a arte da bengala e dopau, muito professores talentosostrabalham por todo o lado naFrança e no estrangeiro.A bengala de combate tem

evoluído em muitos lugares e entre

outros com os nossos amigos emcadeira de rodas. Temosinclusivamente intenções deorganizar competições entreinválidos e diminuídos físicos, oque seria uma primícia nosdesportos de combate.Experimentem esta

disciplina! Depois, já nãopoderão viver sem ela…

DVD & video download

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REF.: • KMRED 1REF.: • KMRED 1Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

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Talvez seja pela renovadapaixão pelo Grappling, talvezpelo trabalho de Mestres eespecialistas que comoVincent Lyn, sempre aposta-ram na eficácia e inteligênciade um método extremamen-te poderoso para enfrentara autodefesa, o certo é que,nos últimos anos, o Chin Naadquiriu um protagonismoimpensável poucas décadasatrás, não passando nessaaltura de um ilustre desconhe-cido.

O artista Marcial, Mestre econhecido actor do cinemaSifu Vincent Lyn, traz-nos aexperiência e o conhecimentodo seu sistema familiar, noque respeita ao Chin Na.Um trabalho que, semdúvida, irá interessar agregos e a troianos, edesde já a todos aquelesque sabem do poderque uma simples luxa-ção de pulso tem pararesolver um confron-to não desejado,especialmente paraneutralizar umadversário até àchegada da polícia.Um artigo e umDVD que vãoagradar.

Jeffrey Helaney & Vincent Lynwww.budointernational.com

Texto: Fotos:

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Artes Chinesas

“Compreender a maneira decontrolar e manipular oadversário é coisa muito

específica da ciência marcial.Para ser mais habilidoso, o combatente tem de

ter conhecimentos daanatomia de ambos os

lados, da psicologia e dafísica básica”

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Reportagem

“Um erro vulgar épensar que o Chin Na

não é um estilo deArtes Marciais,

mas uma série detécnicas que se

incorporam em váriosestilos das Artes

Marciais chinesas”

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Introdução à Arte do controlo e à manipulação do corpo

Compreender a maneira de controlar e manipular oadversário é coisa muito específica da ciência marcial.Para ser mais habilidoso, o combatente tem de terconhecimentos da anatomia de ambos os lados, dapsicologia e da física básica. Adicionalmente, os estilosque mais utilizam a manipulação requerem de muita maishabilidade motriz, isto quer dizer que requerem de maisprática que as Artes do género pugilista. Ter isto em mentedesde o princípio, permite ao praticante determinar seestas Artes encaixam com o seu estilo de luta.O controlo e a manipulação baseiam-se em princípios

inter-relacionados. Um destes princípios é o darecondução da energia. Tem de se aplicar um simplesprincípio de ciências do ensino secundário: “Um corpo emmovimento tem tendência a permanecer em movimento, anão ser que lhe seja aplicada uma força externa.” Também

sabemos que se aplica a mesma quantidade de forçasobre um corpo em movimento, para parar a sua inércia.Do ponto estático onde se conserva a energia, é muitomais fácil reconduzir a energia que parar a energia. Porisso, muitas técnicas de Artes de Controlo utilizam ummovimento de puxar ou de empurrar, em vez de umbloqueio forte. Utilizando estes princípios, a energia de um adversário

pode ser redirigida e voltar-se contra o assaltante.Técnicas que param ou que empurram são usadas apenaspara mudar a direcção, enquanto que as técnicas deagarre realmente permitem ao praticante somar energiaàquela que o atacante utilizou. Estes movimentos levam-nos ao próximo princípio de controlo, deslocamento doequil íbrio. A meta usual da recondução é levar o

Artes Chinesas

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Artes Chinesas

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“As técnicas de batimento do Chin Na aplicam-se sobre os pontos vitais,

e podem chegar a ser mortais”

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adversário a um ponto de desequilíbrio. Isto torna o contra-ataque mais difícil epermite ao praticante manipular um adversário num determinado modo que seriaimpossível no caso de estar bem equilibrado. Muitas vezes, o deslocamento doequilíbrio é usado tanto para derrubar um adversário como para o dirigir a um pontoonde a técnica de neutralização pode ser aplicada.As técnicas de neutralização podem ser feitas de muitas maneiras. As mais habituais

em artes de controlo, tomam a forma de manipulações de submissão. Estas dolorosastécnicas incluem chaves nas articulações ou técnicas de pressão aplicadas directamentesobre pontos de Acupunctura. Este género de técnicas é utilizado como distracção esubmetimento do adversário. Podem ser usadas em casos de graves agressões e paraevitar que o rival inicie o seu contra-ataque. Um exemplo é a manipulação do pulso; é

um movimento normal que causa ao adversário uma dor extrema. Podeescolher queixar-se ou acabar com o pulso partido.

A manipulação de pontos da Acupunctura é um pouco maisdesafiante. Quando são usados para a submissão, normalmente opraticante vai pressionar com o dedo, causando a interrupção daenergia Qi ou estimulando o nervo que estiver situado nessa zona. Umponto habitual da Acupunctura que se encontra na mão é o LI 4(intestino delgado 4) que se utiliza para neutralizar um agarre muitoagressivo. Um ponto nervoso da cabeça que frequentemente seutiliza, é o nervo hipoglosso que se encontra perto do ângulodo osso da mandíbula.

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Para ter acesso ao nervo hipoglosso, é precisofazer pressão com o dedo, atrás do cocuruto. Oacesso aos pontos de Acupunctura emanipulações dos nervos é diferente em cadapessoa, cada um tem o seu próprio limiar de dore nem todas as técnicas funcionam da mesmamaneira para todos. O praticante também temde ter um grande conhecimento da psicologiahumana e uma ampla perspectiva das zonas deambos os lados.Apesar de haver muitos géneros de Artes de

controlo, todas têm similitudes. Estas similitudesbaseiam-se na psicologia e na mecânica docorpo. Falaremos na mecânica do corpo commais detalhe em próximos artigos, mas poragora, neste artigo tomemos como conceitobásico que: a mecânica do corpo é o estudo domovimento que o corpo faz de maneira natural.Quando mudamos o funcionamento normal docorpo, iniciamos o processo de controlo. NÃO éimportante qual a Arte, estes conceitos têmelementos universais. Utilizando esta série depensamentos, é fácil verificar porque muitasArtes de controlo têm técnicas similares, emboraas culturas que as desenvolveram fossem muitodiferentes.Na China, a Arte do Chi’Na é a Arte de agarrar

e controlar. Encontra-se em muitos estilos deKung Fu e é usada principalmente em algunssistemas de Aikido, Hapkido e Jiu Jitsu. Um erro

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vulgar é pensar que o Chin Na não éum estilo de Artes Marciais, mas umasérie de técnicas que se incorporamem vários estilos das Artes Marciaischinesas. O Chin Na está fortementeligado ao meu estilo familiar Ling Gar.Há que esclarecer que para umestudante que se inicie no Chin Na enão tenha a habilidade para batercom as mãos e com os pés, o ChinNa não será eficaz, mesmo tendo o

conhecimento de anatomiahumana, da psicologia e da

mo t r i c i dade

requeridos para se ser um Mestre,com a sensibilidade e a subtilezadesta maneira de controlar umadversário.

O que é o Chin Na?“Chin” em Chinês quer dizer segurar

ou agarrar. “Na” quer dizer reter econtrolar. Por isso, Chin Na pode sertraduzido como “agarrar e controlar.”Falando de um modo genérico, amaioria dos estilos marciais chinesesinclui quatro categorias de técnicaspara ser mais eficaz no combate. A

primeira vem constituída pelastécnicas de batimentos,

socos, empurrões,

pressão, etc. A segunda é constituídapor batimentos de perna, varrimentos,e passos ou deslizamentos. Nestastécnicas o contacto com o adversárioé muito breve, e a potência debatimento é explosiva e prejudicial. Aterceira é denominada “Shuai Jiao”(luta livre) e contém as habilidadespara destruir o adversário atacando asua estabilidade e o seu equilíbrio,através de derribamentos. A últimacategoria é o Chin Na, que contémtécnicas de agarre que seespecializam em controlar ou paralisaras articulações, músculos e tendõesdo adversário. Entretanto, é precisocompreender um facto importante.Numa situação de combate, as trêsprimeiras categorias antes ditas, sãoaplicadas ao mesmo tempo erealmente não podem ser separadas.Por exemplo, enquanto uma das mãosestá a agarrar e controlar o adversário,a outra mão é usada para bater numacavidade vital. Outra possibilidade éque enquanto se agarra umaarticulação, tenta-se derribar oadversário, para um ataque ulterior.Por isso, muitas vezes é muitodifícil separá-las numa situaçãoreal. Muitos artistas marciaischineses pensam que hámuitas outras técnicas quenão são de agarre, comoa pressão ou obatimento nas

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cavidades ou nos nervos, que podem fazer adormecer umaparte do corpo do adversário (ou fazer com que fiqueinconsciente); como controlam o adversário, estas técnicassão reconhecidas como Chin Na. Resumindo, as técnicas de agarre do Chin Na servem

para controlar e imobilizar as articulações, músculos etendões do adversário, os quais não podem ser tocadosnem neutralizados pela habilidade deste para o combate.As técnicas de pressão do Chin Na são usadas paraadormecer os membros do adversário, chegando acausar-lhe a perda da consciência, ou inclusivamente amorte. As técnicas de pressão do Chin Naaplicam-se sobre as cavidades do Chi, parainterromper a circulação deste para osórgãos ou para o cérebro. As técnicas depressão do Chin Na aplicam-sesobre as terminações nervosas,para causar dor extrema oumesmo a morte. Astécnicas de batimento doChin Na aplicam-se sobreos pontos vitais, e podemchegar a ser mortais. Ascavidades do canal doChin Na podem seratacadas, ou pode-se bater nasz o n a s

vitais para quebrar as artérias. Todas estas técnicasservem para “agarrar e controlar” o adversário. Portanto,as técnicas do Chin Na podem ser divididas nas seguintescategorias:1. Dividir o músculo/tendão2. Deslocar o osso 3. Interromper a respiração4. “Dim Mak” em Cantonês – pressionar a veia/artéria.

Selar ou bloquear a veia/artéria. Fazer pressão sobre umcanal primário do Chi.

Com estas categorias, normalmente nós dividimos omúsculo/tendão; Deslocamos o osso e fazemosoutras técnicas para interromper a respiração,técnicas que são relativamente fáceis deaprender, e cuja teoria é fácil decompreender. Só requerem de forçamuscular e força para tornar o controloeficaz. Quando estas mesmastécnicas são usadas para partirossos ou lesionar articulações outendões, normalmente é precisousar o Jing (poder marcial). Selar aveia/artéria e pressionar sobrecavidades, requer umconhecimento detalhado dalocalização e da profundidadedas cavidades; o tempo dacirculação do Chi; a evoluçãodo Yi (a mente), Chi (energiainterna), e Jing (poder

marcial); e de formase técnicas

específicas.

Artes Chinesas

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Por norma, isto requer umainstrução por parte de ummestre qualificado, não sópelo conhecimento emprofundidade, como tambémporque a maioria das técnicasse aprende através dasensação e da experiência.Muitas técnicas podemcausar a morte comfacilidade, por esta razão, umMestre só passa os seusconhecimentos a alunos comcapacidade moral suficiente eque sejam dignos deconfiança.

““Chin” em Chinês querdizer segurar

ou agarrar. “Na” quer dizer reter e

controlar”

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Kata. Um passo em frente

Muitas vezes pensamos quesabemos quase tudo acerca danossa paixão ou das actividadesque real izamos durante umagrande parte da nossa vida.De um tempo a esta parte,

tenho pensado acerca do bonitoque resultam as frases “épicasdas artes marciais” e a suapouca prática e entendimento.Frases como: “Karate ni sente

nashi”, “Ken zen itchi”, “Hito katasannen”…., me levam a pensarque a importância do trabalho daparte interna das artes marciais,é tanta como o da parte externa.Quando se fala em “1 kata 3

anos”, podemos chegar a pensarque antigamente não havia umacomunicação tão rápida e amplacomo hoje há; que a transmissãooral das técnicas fazia que oentendimento fosse muito lento eportanto explicaria a necessidadede tanto tempo para aprenderuma série de movimentosginásticos.

Karate

Texto: Kyoshi Jesús fernandezFotos: Borja De La Lama

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Kata

ortanto, essa máxima doKarate tradicional,poderíamos actualizá-laaos nossos dias como:“3 katas 1 mês” e aindasobejaria tempo paraoutros assuntos…

Em certa medida, o progresso nascomunicações e o acesso àinformação de que dispomos hoje,não é nada comparável com asdaquela época e portanto, isto poderános ajudar, mas a ideia que agora lhesapresento, é: Não havia de haver maisalguma coisa, para ter de dedicartanto tempo a aprender um kata?

Claro está que do meu ponto devista, a resposta é um SIM rotundo,posto que o kata se pode entenderdesde diferentes prismas e anda queem artigos anteriores o consideravacomo um dos vértices do triânguloformado pelo kihon, o kumite e okata, neste análise, vou considerá-locomo o eixo sobre o qual se mantêmos outros 2 pilares.Hoje quero t ratar da ide ia de

que sobre a base do trabalho doKa ta , podemos me lho ra r eap ro funda r em os ou t ros do i saspectos fundamentais: o kihon eo kumite.

Um bom trabalho de kata nos vaidepurar a nossa técnica básica. Omovimento e o dinamismo do katanos melhora a técnica emdeslocamento e nos permitecompreender os ritmos e o kimé, àhora de executar uma técnica, assimcomo o estudo do kata nos ensinatácticas à hora de estudar o combate.Muitas vezes temos visto uma

execução de kata em que todos osseus elementos se realizam com amesma concentração e de maneirasimilar, dando como resultado umkata monótono e aborrecido. Mas okata bem executado não pode

P

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Karate

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Kata

O movimento e o dinamismo do katanos melhoram a técnica emdeslocamento e nos permitemperceber os ritmos e o kimé,

à hora de executar uma técnica,assim como o estudo do kata nosensina tácticas à hora de estudar

o combate”

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procurar só a estética ou o ritmo, sem perceber oconjunto. Claro está que isto não vai em contra daexibição e da competição, mes penso que mecompreendem e agora a ideia é executar um kata paranós, como estudo! Este é o caso que nos ocupa…Para mim, a estética à hora de executar um kata é a

consequência de um bom entendimento, de uma boaprática e de uma boa …, mas não ao contrário!Por exemplo, se ao executar um kata, a perna não se

fica fixada à altura da cabeça (coisa que como Budo seriaimpensável, posto que utilizar as pernas por cima dacintura iria em contra da natureza, posto que as pernas

estão no trem inferior do corpo e os braços no superior),mas se pelo contrário, se executar essa mesma técnica deperna ao nível chudan ou gedan, e conseguisse transmitiresse combate imaginário e a aplicação que estariarealizando, então, para mim essa é a execução correcta.Lembro-me agora de um caso acontecido com meus

alguns dias atrás. Eles são pequenos e ainda têm umconhecimento muito limitado dos katas, pelo que lhes pedipara me observar e dizer a primeira coisa que lhes viesseà cabeça… Executei um kata do Grou Branco e a minhasurpresa foi que o primeiro que se lhes veio à cabeça foiuma águia e depois um flamingo ou uma ave similar.A minha alegria e a minha auto-estima subiram como a

espuma. Conseguira transmitir a essência do kata e elesme tinham compreendido.Penso que agora o leitor poderá compreender melhor o

que quero transmitir neste artículo e em próximostrabalhos.

Vamos dar um exemplo: Quando ensino, gosto muito de activar a parte cognitiva

dos estudantes e levá-los a participar da aula, não pararepetir e executar o que um grau superior lhes indica, massim para que percebam o objectivo da aula e o motivopelo qual vou exigir-lhes o máximo a cada um deles). Si tomarmos Heian Nidan e vemos uma execução de

tipo médio, veremos como um 99% dos praticantesrealizam o kata com a mesma tensão e kimé em todas assuas técnicas. Quer dizer, o Yoko uraken uchi, irá com amesma potência que o gyaku tsuki (e por agora não voumeter mais elementos). Mas, o que acontece se umatécnica é tsuki waza e a outra é uchi waza? Será o mesmoà hora de bater?, Tanto faz utilizar as cadeias articularesdo braço em extensão, buscando um ponto de máximaconcentração, que uma técnica que procura o snap eportanto a velocidade, para obter a sua máxima eficácia?Efectivamente, as respostas às perguntas precedentes

são “não”. Então, por que motivo executamos as técnicasda mesma maneira, procurando o mesmo kimé e força emtodas elas?É por isto que se estiverem de acordo em estes

pensamentos, o estudo do kata deve ser muito cuidadoso

Karate

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para se perceber o kihon, mas desta vez, comoresultado de uma boa execução do kata.Desta maneira, os ritmos do kata variam em

função da técnica aplicada, sem que isso seoponha ao ritmo do kata como conjunto e queestá definido em muitos casos. Quer dizer, ummovimento lento e concentrado para fazer haishuuke ou tate shuto, não vai alterar-se para executara defesa ou o ataque que se poderia realizar comesta técnica. Primeiro, o ritmo do kata; segundo,uma execução da técnica consoante a suanatureza. Esse é o começo do caminhoAgora estamos no ponto de unir a parte

técnica do kata, com o combate.Quer dizer que temos de estudar o kata e

seus bunkais, com a ideia de perceber os seusmovimentos e a táctica que há neles.Os trabalhos (DVD's) que realizei de katas e

bunkais para Budo Internacional, íam nessesentido. Não eram um trabalho exclusivo debunkais, mas um método para desenvolver amaneira de perceber o que os katas nosquerem ensinar, além de melhorar a técnica e atáctica do combate.Dessa maneira, começava com os katas

Heian, com umas aplicações, que eram seguirexactamente o embusen. Quem só visse asimagens, poderia pensar que estava mal dacabeça. Como vai alguém bater retrocedendo edando passos para trás!… Essa não era amensagem e sim “primeiro aprende a aplicar atécnica básica do kata em seu movimentonatural, mesmo que sacrifiquemos a realidadedo bunkai, porque nesse momento, essa nãoera a prioridade”.Uma vez que percebemos o kihon do kata e a

aplicação prática, vamos dar-lhe um sentido,para o que, começava a modificar as direcçõesfrente aos ataques, em função da aplicação doTenshin e do Tai Sasaki, o que me permitiapoder estar em vantagem frente a um ataque

Karate

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Kata

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previamente determinado. Assim, o bunkai começavaa despontar e a aaquirir carácter próprio frente àexecução habitual de uma série de movimentos dokata. Ou seja, começamos a perceber como o katapode servir-nos para realizar aplicações de yakusokukumite e nos ensina tácticas, como por exemplo,trabalhar cobrindo-nos as costas, de frente para umaparede, precipício, barco ou o que a história tiver idoensinando quando trabalhamos os Tekki, ou bemquando se trabalha Gankaku Sho (Kyan no Chinto)com um embusem diagonal, para evitar ser copiado seera visto a través de algum buraco na parede dosantigos Dojos okinawenses.Outro aspecto a destacar dos katas tradicionais seria

como nos ensinam que não há nada que tenha sidodeixado à sorte… As guardas, kamaes, movimentoslentos, fintas etc, nos abrem um leque de técnicas deprojecção, luxação, estrangulamentos, que pareciamescondidas vendo a execução de um kata. Daí asguardas inicial e final de cada kata, que não é só umamaneira típica de saudação, pois muitas vezes escondenão só técnicas (que parecem secretas), como tambémnos revela a filosofia de uma verdadeira arte marcial.Por exemplo, quando em um kamae inicial e final,

uma mão envolve um punho, significa que o controlo ea paz (mão aberta), protegem e bloqueiam aagressividade e a luta (punho fechado) que está dentrodela e que no caso de se liberar, pode ser selvagem, oque seria quando começamos a executar o kata.Espero poder contribuir um grãozinho de areia neste

maravilhoso mundo das artes marciais e que sirva aalguém para indagar os motivos de continuarpraticando artes marciais. Quando posso estar satisfeito de ter conseguido

conhecer ao completo um kata?. Para mim, isto é oque me motiva para continuar aprendendo etrabalhando para melhorar como artista marcial, mas oque é mais importante, melhorar como ser humano.

Jesus Alexandre Fernández MartínezKyoshi SKIF

Karate

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Kata

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Karate

GRAUS RECONHECIDOS Ficha técnica

MESTRIA KARATE DO• Renshi. Shotokan Karate Do International Federation (SKIF)• Kyoshi. Shotokan Karate Do International Federation (SKIF) (2012)

KARATE DO.• 6º Dan. Federação Espanhola de Karate (2013)• 6º Dan. Shotokan Karate Do International Federation (SKIF) (2012)• 6º Dan. World Kuntaiko Budo Association (WKBA)

JU JITSU.• 5º Dan. Federação Madrilenha de Luta • 6º Dan. Federação Espanhola de Ju Jitsu (2013)• 6º Dan. World Kuntaiko Budo Association (WKBA) (2013)

FORMAÇÃO ACADÉMICA• Treinador Nacional (Técnico nível 3). Federação Espanhola de Karate• Treinador Nacional (Técnico nível 3). Federação Espanhola de Luta(Ju Jitsu)• Instrutor Internacional (WKBA). World Kuntaiko Budo Association

OUTROS DADOS DE INTERESSE• Chief Instructor (Director Técnico) SKIF Spain.• Shodan Nawa pela Associação Zembukai• Representante e Director Técnico para a Espanha, da World Kuntaiko Budo Association• Campeão do Mundo de Karate (categoria Master) em Kata SKIF (ano 2009. Grécia).• Campeão da Espanha Yawara Jitsu (Defesa Pessoal) ano 1989.• Praticante Tai Chi (Professor Hirokazu Kanazawa).• Representante do Mestre Hirokazu Kanazawa na EspanhaJesús Fernández e-mail: [email protected]

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Todo sistema tem limites e quando se necessita passar de um sistema para outro, devemos de aprender outraArte e isto é o que o Kapap tenta evitar. Isso é o Kapap, combate cara a cara, uma ponte entre sistemas. Oseu fundador deixou-nes uma frase cujo conceito empregam outros estilos de artes marciais tradicionais:“Não portes uma arma, sê tu mesmo a arma”. Se a tua mente, o teu espírito e o corpo são a arma, tu serás umaarma que será também efectiva quando portares uma arma. Este DVD da “Avi Nardia Academy”, trata daconexão entre a “velha escola” de Artes Marciais e o moderno CQB (Close Quarters Battle). A experiência como comandante nas IDF (Forças de Defesa de Israel) e oficial treinador da principal unidadeanti-terrorista israelita, ensinaram a Nardia que cultivar a mente e o espírito do guerreiro deve considerar-seprioritário ao simples treino do corpo. Entre outros, estudaremos a segurança com armas, os convincentes paralelismos entre o Iaido e a adequadamanipulação de uma arma de fogo. As armas de fogo são a última hipótese em armamento individual, mas nãoescapam à eterna sabedoria e à lógica da velha escola. Exercícios de treino adaptados do BJJ, exercícios dedesarme e o acondicionamento inteligente do corpo mediante exercícios, com explicações sobre os benefíciose as precauções. Um DVD educativo, inspirador e revelador, recomendado aos praticantes de todos os estilos,antigos e modernos.

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Kihon waza (técnicas básicas) es la parte másimportante del entrenamiento de cualquier Arte

Marcial. En este DVD el Maestro SueyoshiAkeshi nos muestra diversas formas

de entrenamiento de Kihon conBokken, Katana y mano vacía.

En este trabajo, se explica enmayor detalle cada técnica,para que el practicantetenga una idea más clarade cada movimiento y delmodo en que el cuerpodebe corresponder altrabajo de cada Kihon.Todas las técnicas tienencomo base común laausencia de Kime (fuerza)

para que el cuerpo puedadesarrollarse de acuerdo a la

técnica de Battojutsu, y sibien puede parecer extraño a

primera vista, todo el cuerpodebe estar relajado para conseguir

una capacidad de respuesta rápida yprecisa. Todas las técnicas básicas se realizan

a velocidad real y son posteriormente explicadaspara que el practicante pueda alcanzar un niveladecuado. La ausencia de peso en los pies, larelajación del cuerpo, el dejar caer el centro degravedad, son detalles muy importantes que elMaestro recalca con el fin de lograr un buen niveltécnico, y una relación directa entre la técnica basey la aplicación real.

REF.: • IAIDO7 REF.: • IAIDO7

Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

Cinturón NegroAndrés Mellado, 42 28015 - MadridTelf.: 91 549 98 37e-mail: [email protected]

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TorçãoO Kyusho funciona com a torção

A torção não é mais queuma medição da força derotação ou giro. Gera umaemissão de poder muitomaior que uma linha recta emuitos lutadores têm faladodisto desde os primeiros diasdo Boxe. Esses velhospugilistas sempre afirmaramque giravam a luva noimpacto... Isto era assim pordiferentes razões, mas aindaassim, eles sabiam. Se utilizaprincipalmente para abrir umcorte, preferentementesobre o olho, para que ospingos de sangue no olhodificulte a visão..., ainda quedepois não continuassesendo um objectivo para oresto da luta. Também sesabia que o impacto seriamaior, mesmo se não seabrisse uma ferida, postoque a melhora do impactofaria o golpe muito maiseficaz.

Evan Pantazi

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Kyusho

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Então, o que faz com que a rotação seja mais forte que o poderem linha recta?Comecemos com a energia cinética. Em física, a energia cinética de um objecto é a energia que

possui devido ao seu movimento. Também se define como oesforço ou a inércia necessária para acelerar uma massadeterminada, desde o repouso até uma velocidade específica.A energia cinética se divide em energia cinética linear e a

energia cinética de rotação. A grande vantagem de usar atécnica de rotação é a maior capacidade de aumentar avelocidade de um batimento, numa distância determinada,devido a que a trajectória de aceleração é maior. Esteaumento da trajectória da aceleração, pode ser de até 1,5vezes maior na rotação, em comparação com a técnicalinear. A energia cinética também se pode transmitir de um

objecto a outro, como no jogo do Bilhar. Isto é podeobservar quando um jogador impõe a energia cinética dabola branca, batendo com o taco. Quando a bola brancachoca com outra bola, diminui drasticamente a suavelocidade e a bola com a qual chocou, se acelera àvelocidade que a energia cinética transfere à mesma. Aisto chamam colisões elásticas. Nelas se conserva aenergia cinética; (com colisão não elástica, a energiacinética se dissipa em outras formas ou energias, como ocalor, o som, a fractura, etc.).Agora bem, também é possível combinar o nível de

potência linear transferível e conseguir a energia de rotaçãopara uma velocidade máxima. Quando se inicia o golpe comuma projecção linear e se soma a velocidade de rotação e a forçade contacto, então se consegue o máximo efeito. Mas, por que motivo com o Kyusho, afecta mais a torção ao

oponente, que a linha de transferência de energia cinética recta?A maioria dos principiantes tratam de usar a transmissão da

energia em linha recta, pelo que o Kyusho não funciona para eles,até desenvolverem o toque correcto com a torção. Mas não sóaumenta o poder de penetração, como também há muitos outrosconstituintes vitais implicados.Mediante o uso da rotação, como se vê, se explica e se mostra

no DVD das “6 Ji Mãos”, usamos esta transferência de potênciadupla, para maior penetração na área do objectivo. Se chega aonervo mais limpamente, visto que a acção de rotação serve paraimpulsionar as estruturas musculares desde um lado. Istoproporciona um caminho claro até o nervo, sem os músculosque o protegem ou o material de recheio da área de contactoda arma. Também serve para ganhar em profundidade, graçasao aumento da velocidade e à velocidade da acção.Nesta acção, o nervo, quando exposto e

acessível, também se estica, pelo que é muito maisvulnerável e reactivo, o que provoca maioresresultados. A acção pode ser decisiva beliscandotambém o nervo estirado contra um objecto, comouma estrutura óssea, o que fará que se mande umamensagem ainda mais aguda ao cérebro. Isto pode

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Kyusho

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provocar uma sobrecarga da entrada sensorial e desencadear ummecanismo de segurança no corpo, como deixar-se cair a umaposição de decúbito prono (mediante desmaios, disfunção ou perdados sentidos), para recuperar-se.Agora bem, se o objectivo está numa zona muscular do corpo (em

um ponto da cabeça com poucas capas de pele, gordura e fascia),também serve para atacar o sistema reflexo desde o motor somático,o que irá afectar mais a nível autónomo reflexivo e subconsciente.Isto se consegue afectando simultaneamente as células fusiformesdo músculo ou o tendão do órgão Golgi, dependendo de onde sebater. A mesma acção de estiramento que se emitirá no nervo,também alcançará uma destas duas estruturas e provocaraainda maiores efeitos sobre o oponente.Também nos serve no Boxe clássico ou no Kick Boxing e

até no treino mais moderno das MMA, adicionando arotação no contacto, que utilizavam os antigos pugilistas.Vejamos o jab, por exemplo; a maioria dos combatentesutilizarão potência linear que atordoa o contacto, masse também se aprender a descer os nós no impacto,(mesmo dentro das luvas) os resultados serão muitomaiores e especialmente quando se utiliza em umobjectivo Kyusho. Se vemos o queixo, como umexemplo de objectivo nesta rotação enérgica, se o jab éem linha recta, vai haver poucos resultadosperceptíveis, a não ser um estremecimento ou retiradada cabeça dos oponentes. Se conseguimos girar os nósno fim do impacto no queixo, então se conseguealcançar o ângulo de trajectória, para ter acesso ao nervo,e será muito maior a disfunção, o deterioro ou a alteração doestado de consciência que se provoquem.

Isto também é válido para o croche, o gancho e ouppercut, os 4 golpes principais utilizados em combates,

assim como em brigas na rua. Aprendendo os objectivos doKyusho e trabalhando-os com o golpe de rotação, seremos

muito mais poderosos, potentes e protegidos.Resumindo, temos:• O aumento da aceleração do nosso ataque.• O aumento da penetração.• Aumento da velocidade do golpe na fase do impacto.• Uma base da transferência de energia mais estreita.As vantagens da técnica de rotação são as seguintes:• Os profissionais não têm de ser tão grandes ou tão fortes.• Maiores variações no treino da técnica de rotação, em

comparação com o ataque linear.• A tensão necessária e a força necessária para o ataque

linear, podem ser contraproducentes em contraposição aomovimento relaxado e a maior fluidez do ataque derotaçãoAssim sendo, a "torção" (com energia medida) no

Kyusho não se mede pelo dispositivo mecânico,mas sim se mede em consequência física durante otreino ou consoante a necessidade.Lamentamos muito, mas a energia é uma

realidade!

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • KYUSHO 22REF.: • KYUSHO 22

O "Programa de Controlo Táctico Kyusho" (KTCP), foi desenhadopara controlar a escalada de conflitos mediante a pesquisa legal,médica, o aspecto táctico, provas de campo y coordenação. Esteprograma está especialmente destinado, ainda que nãoexclusivamente às Forças de Ordem Público, Segurança,Emergências, Guarda Costeira, Militares, Agências

Governamentais, Escoltas y Segurança pessoal.Este módulo básico se constitui de um

conjunto de 12 objectivos principaisintegrados en 4 módulos de controlo

da escalada de força. Há numerosasestruturas débeis no corpo

humano que podem serutilizadas por um Agente para

simplesmente obter ocontrolo de um indivíduo,mais eficientes que o usoconvencional da forçacomo nos indica oprotocolo. Mais alem daetapa de ordem verbal,numa situação deescalada do conflito, sãoestes pontos (Vitais) doKyusho onde o agentepode fazer uso dos

sistemas internos decontrolo físico, como os

nervos, a estrutura dostendões e os reflexos nervosos

naturais do corpo. No requer degrande força ou de um complexo

controlo da motricidade ou da vista... tudo isso sujeito ao fracasso em

estados de elevada adrenalina. Estainformação está dedicada aos valentes e

resistentes membros das Agências de todo omundo ... Obrigado pelo que fazeis!

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Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dosShizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexõesgenuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante oabismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva.

O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem domistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente oautor.

Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminhodo guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, quepodem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qualcontemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, decontundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar enão comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo.

Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidadede seu conteúdo.

Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e demanipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoasinteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram ooculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.

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O Major Avi Nardia - um dos principais instrutores oficiaisdo exército e da polícia israelitas no campo da luta contra o

terrorismo e a CQB - e Ben Krajmalnik,realizaram um novo DVD básico que

trata sobre as armas de fogo, asegurança e as técnicas de treino

derivadas do Disparo Instintivoem Combate, o IPSC.

O Disparo Instintivo emCombate - IPSC (InstinctivePoint Shooting Combat) éum método de disparobaseado nas reacçõesinstintivas e cinemáticaspara disparar emdistâncias curtas, emsituações rápidas edinâmicas. Umadisciplina de defesa

pessoal para sobrevivernuma situação de ameaça

para a vida, onde fazem-senecessárias grande rapidez e

precisão. Tem de se empunhara pistola e disparar numa

distância curta, sem se usar a vigia. Neste primeiro volume se estudam: o

manejo da arma (revólver e semi-automática); prática de tiro em seco e a segurança;

o “Point Shooting” ou tiro instintivo, em distância curta e emmovimento; exercícios de retenção da arma, sob estresse emúltiplos atacantes; exercícios de recarga, com carregador,com uma mão e finalmente, práticas em galeria de tiro compistolas, rifles AK-74, M-4, metralhadora M-249 einclusivamente lança-granadas M-16.

REF.: • KAPAP7REF.: • KAPAP7 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

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Todos os DVD's produzidosporBudoInternational são realizadosemsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD,DivX, osimilares) e aimpressão dascapas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipodepapel e impressão).Também,nenhum dosnossosprodutos écomercializado atravésdewebs de leilõesonline. Se este DVDnão cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidemcom a que aquimostramos,trata-sede uma cópia pirata.

REF.: • LEVIREF.: • LEVI8