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Cinturao Negro Revista Portugues 303 Janeiro parte 1 2016

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A revista internacional de Artes Marciais, desportos de combate e defesa pessoal. Download grátis. Edição Online 303 - Janeiro - Parte 1. Ano XXV

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luir como a água, deslizar-se como a nuvem” (YunShui) Assim rezava o proverbio que escolheu paraa sua escola o meu querido e recordado Mestrede Artes Marciais, José Luis Paniagua Tevar, quenos deixou este ano.

Que difícil proposta! Nos prendemosconstantemente em ninharias e preocupados com asramagens, não vemos o bosque.

Fluir não quer dizer ser descuidado; a água o não é. Nãodeixa canto sem cobrir, a tudo chega! Dizem os Asturianosque a água tem “um focinho muito fino”. Sem presa,adaptando-se às circunstâncias, a água é a metáfora dapersistência e da adaptabilidade extremas. O paradigma damydança na forma, sem transformar a essência.

Ainda que não haja um elemento mais importante queoutro, podemos apreciar o seu excesso ou seu defeito emcada instante. Em um mundo e um tempo dominados peloelemento fogo, a carência de água, desde o físico aometafísico, é uma perversa constante; daí a importância defilosofar sobre ela, aprender do seu poder e suas razões, aimportância de pôrmos alguma da sua força nas nossasvidas.

O água cataliza a vida, sem ela, a terra seca e ficaermo, o fogo sem controlador,tudo

inunda e o ar, transformado em tormenta de areia, não podelevar a fertilidade das nuves, nem a força das mudanças. Atéo metal é torneado com seu uso nas forjas!

A água é o berço de toda vida, o sustento primordial dosseres inanimados e animados, todos eles “bolsas” de águasmais ou menos quentes, consoante seu grao evolutivo,adaptados a uma mudança que acompanhamos, da qualsomos parte e não culpaveis, como nos querem fazeracreditar... O “pecado terminal”, é a culpa judeo-cristã doecologismo.

A água nos conforta, nos limpa, nos abençoa. Molhadosnos rios do momento, nadamos, lutamos, naufragamos.

Hoje, a água doce não abunda e faz-se preciosa pordefeito, quando o já era por virtude. Su contraparte negativa,infecunda e baldía para a terra pelo sal, a inmensidadeoceánica, agoniza lentamente. Mares asfixiados, maisquentes do normal, lixeiros, guardam os mistérios do começoda vida e se-lo-ão de seu final. Mas mesmo contaminada,suja, a água continua limpando tudo, posto que essa é a suanatureza.

Fluir, adaptarse às barreiras, correr para baixo, não se opôra nada, a água é a perfeita analogía da humildade, daadaptação e do não conflicto. A água vence sem objectivo;seguindo a sua natureza, rodeia qualquer obstáculo e nosensina a como vencer, mas com sabedoria, sem desgaste,sem perder de vista o objectivo. O que é uma rocha nocaminho? O que é uma montanha? Até quando não há saída,ela se filtra ou se evapora. Nada detém o seu destino.

O río da vida me deixou nas minhas margens estos textos,que hoje compartilho como livro. E digo que “deichou”,porque toda autoría é quando menos confusa, pois todosdevemos àqueles nos precederam, aos que nos inspiraram einspiram, as flutuantes nuvens do inconsciente colectivo eaté, quem sabe!, os espíritus e consciencias que nosrodeiam.

Este novo livro não tem continuidade, nem tempos ecomo todos os meus anteriores trabalhos (e já lá vãouns poucos!) pode ser lído de detrás para diante,extemporaneamente, ou por capricho.

Como a água que inspira o seu título, ostextos que constituem este trabalho, estãoinundados de um tempo em trânsito pelaminha vida, onde as certezas, sendopoucas, se afirmam gentilmente, semimposições, nem entusiasmosexcessivos. Será a maturidade?

A vida é uma coisa maravilhosa, umaoportunidade, um tesoiro, se somoscapazes de parar a cabeça e sentir, darcabida à simplicidade; um raio de sol so

“O que sabemos é um pingo de água;o que ignoramos é o oceano”

Isaac Newton

“O que dá a beleza ao deserto é que em alguma parte,esconde um poço de água”

ANTOINE DE SAINT-EXUPERY

F“

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Outono aquecendo a nossa pele, um golo deágua quando temos sede, um banho no mar,uma amorosa carícia… Quando nãosoubermos apreciar estas coisas, teremosperdido o norte, desnaturalizado a experiência deviver e não existe propósito, ideal, nem coisaalguma que possa encher esse vzio.

Não tenho nada que ensinar, porque nada sei,pero a quem quizer escutar as minhas palavras,lhe deixo aquí sinceras reflexões, sentidas, cadadía mais sentidas e menos pensadas, porque opensamento nos engana vendo o que querver e dele aprendi a suspeitar.

Facebook: https://www.facebook.com/alfredo.tucci.5

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Vincent Lyn: Desafiando as Alturas

Quando Vincent Lyn saiu ao palco do Conservatório de Música deBoston, para receber seu diploma de actuação e composição, elepode ter pensado que chegara ao máximo da sua educaçãouniversitária.Quando em 1983 e 1984, ganhou o Campeonato nacional de

pesos médios - e depois os Campeonatos Mundiais de Kickboxingde 1985 e 1987, podia ter pensado que escalara as alturas domundo das Artes Marciais.Quando constituiu o seu primeiro “Top ten hit” para a indústria

da gravação de "Canto-pop " de Hong Kong, pode ter sentido quetambém tinha alcançado a cúspide dessa vocação.Depois, através da ilha, quando pisou o túnel de vento

estabelecido para as cena principal de luta na "Armadura de Deus2: Operação Condor", pode ter sentido que não havia nenhumameta maior que alcançar no mundo do cinema de Kung Fu.De facto, desde essa altura, poderia parecer que não havia

maais nada a que responder no mundo exterior.Mas depois descobriu mundos dentro de si mesmo e da sua

família. Quando ele se dispunha a aceitar e fazer o relevo do LingGar, a forma de Kung Fu da sua família, encontrou um legado paraacabar de completar durante toda a sua vida. Entretanto, aindahavia matizes para as suas sempre cambiantes realidadespessoais yin-yang, porque enquanto que a família de seu paidesenvolve o seu Kung Fu, pelo lado de sua mãe perseguiuobjectivos musicais.

Kung Fu

Texto: Ric MeyersFotos de estudio: Bob Capazzo

Outras fotos: Stace Sanchez

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Assim, quando o modelo, o actor, o Mestre, o pianista e ocompositor Vincent Lyn subiu ao cenário do Carnegie Hall, umadas salas de concertos mais prestigiosas do mundo, para realizarum concerto num teatro com a lotação esgotada, deve ter sentidoque chegara ao ponto álgido da sua vida e ter superado o maiordesafio que o mundo tinha que lhe oferecer...

Mas ele diz que "não"! Diz: "Só foi quando vi o olhar de ummenino africano, que ajudara a se libertar da morrer na escravidão, que percebiter chegado longe... e o muito que ainda me resta por percorrer!"

Quando Vincent Lyn se prepara para seu primeiro concerto no belo cenárioZankel, do Carnegie Hall, fá-lo para fundação filantrópica de James Kofi Annan"Desafiando Alturas" - uma organização que trabalha para a liberdade, aeducação, a protecção e a defesa das crianças da escravidão em Ghana.

"Toda a minha vida tenho superado alturas desafiantes", diz Lyn. "Masquando conheci James e estas outras crianças, foi quando percebi onde asminhas conquistas me levavam..."

Não é de estranhar que Lyn se identifique com a luta pelas crianças. Nem osmédicos, nem seus pais esperavam que ele sobrevivesse até a adolescência.

"O meu pai fora enviado em serviço ao Iémen, Arábia Saudita, quando eunasci" - explica. "Meus pais casaram na Inglaterra, em um momento em que oscasamento inter-raciais eram quase que inauditos..., especialmente para umamulher Inglesa, que tinha sido um prodígio musical na televisão da BBC, casarcom um engenheiro chinês, de Hakka, que conhecia as máquinas de coser damesma maneira que ela conhecia os pianos!"

O pai de Vincent estava no exército, quando nasceu o futuro polifacético -um menino de pouca saúde, quase paralisado com asma.

"Meu pai me contou que os médicos não viram nenhuma esperança paramim e deram aos meus pais a opção de me deixarem morrer na Inglaterra" -conta ele. "Mas logo que saí do deserto, as minhas doenças curaram de vez!"

Depois começou a persecução na escola, para um ainda frágil jovemmestiço - com quem os abusões do colégio Inglês se poderiam assanharfacilmente. Por fortuna, o Kung Fu da família Lyn estava no sangue de Vincent.

Kung Fu

A

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Kung Fu

"É curioso" - lembra ele. "Os meus tios também eram como um yin-yangdo Kung Fu. O tio Geek-yong foi um batedor, enquanto que o tio Sung-ghoera um sanador. Lembro-me de que, em criança, ver a meu pacífico tio Abak

praticando Tai Chi no pátio das traseiras e eu pensando: “Esquece. Isso nãose parece ao faz Bruce Lee!”

Como muitos jovens, Vincent era rebelde frente às ensinanças dafamília, para perseguir seus próprios sonhos e ídolos. Isso levou-o aos

campeonatos de Kickboxing durante toda a década de 1980, e a outrarevelação.

"Havia uma certa satisfação nos troféus, as medalhas e o combate, maspercebi que eu também queria ser como Bruce, mas de outra maneira. Queriaestar em um ecrã de cinema".

Assim, à semelhança do seu herói, Lyn viajou da América para a Ásia,donde esse homem alto, atlético e talentoso jovem começou a fazer demodelo para anúncios fotográficos e televisivos. Mas também era a "épocadourada do cinema de acção de Hong Kong" e alguns dos grandesdirectores, chamaram-no para trabalhar.

Corey Yuem Kwai o contratou para interpretar o matão Blonde Fury;Frankie Chan o dirigiu como assassino frio em Outlaw Brothers; Jamie

Luk Kim-ming o dirigiu no clássico de culto Robotrix, e a lendavenerada Yuen Wo-ping, o contratou para interpretar o vilão

principal no seu filme Tiger Cage.Parecia que não havia mais nada para fazer, masdepois foi escritor, realizador, produtor, coreografo,

estrela, e o ícone internacional do cinemaJackie Chan, chamou-o lê para uma das suasmelhores e favoritas sequências de acção -uma sequência onde Vincent ganhou orespeito de toda a equipa..., quando partiuo crânio e se negou a ir para o hospital!

"O Cinema de Hong Kong é outromundo!" - diz Lyn, a rir. "Nos bateram

“Os meustios tambémeram comoum yin-yangdo Kung Fu.O Tio Geek-yong batia,

enquanto que otio Sung-ghocurava.”

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dois ventiladores gigantescos, a equipa de efeitos especiais nos pendurou decabos e nos lançou ao ar; a parte posterior da minha cabeça bateu numa dasparedes. Me disseram que o som tinha sido como um tiro. Finalmente, medeitaram no chão e Jackie perguntou se eu estava bem... Abri a boca pararesponder... depois, só sei estar a olhar para ele, de costas no chão do estúdio.Tinha estado inconsciente durante meia hora. "Descansa agora - me disseJackie. "Vamos filmar de novo daqui a quinze minutos”.

Lyn se recuperou e Operação Condor se tornou um êxito internacional. Mas,apesar de estar na cúspide desse negócio, havia uma coisa mais importanteque tinha de fazer. Sua mãe tinha sido diagnosticada de lúpus, uma doençacrónica, inflamatória, doença auto-imune, e Vincent se apressou a voltar paraos Estados Unidos, para ajudar a tratar dela.

"Da mesma maneira que acontecera comigo, os médicos nos davam poucasou nenhuma esperança. Disseram que ela só tinha uns meses de vida. Foi amaneira em que reagimos o que marcou a diferença e abriu um novo mundo deKung Fu para mim".

Os Lyn responderam com Medicina interna oriental, incluindo aAcupunctura. O trabalho de Vincent com os grandes do cinema de Kung Fu,assim como a própria linhagem da família, o preparou para o seguinte passo asua subida às alturas desafiantes.

Kung Fu

“Lyn se recuperou e a OperaçãoCondor se tornou um êxito

internacional. Mas, apesar de estarna cúspide desse negócio, havia

alguma coisa mais importante, quetinha de fazer”.

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Tudo o que o pai, o tio e avô lhe tinham ensinado, lheveio à cabeça de vez e o leva à prática, como tinhaestado praticando durante toda a vida. Com setentaanos, o seu tio Sung-go foi diagnosticado de um tumorcerebral. Era do tamanho de uma bola de golfe,sobressaindo da cabeça. Também lhe deram uns seismeses de vida. Mas ele tinha estado estudando Tai Chi eQi Gong desde que era criança. Voltou aos médicos unsnove meses depois e os médicos não podiam acreditarque o tumor tivesse quase desaparecido. Viveu até osoitenta e oito anos.

A mãe de Vincent também sobreviveu para além dasestimações dos médicos, e assistiu a todos os seusconcertos no Carnegie Hall, décadas mais tarde. Masantes de que Vincent chegasse a s teatro tão famoso,sabia que tinha de fazer uma outra coisa: ensinar a outroso estilo da sua família.

"Pensando no futuro, percebi que eu sou o últimomestre de Ling Gar que conhecemos neste mundo",declara Vincent. "O estilo de artes marciais chinesas daminha família vem desde 1368. Nunca se ensinou fora dafamília. Era chegado o momento!"

Um dos resultados da decisão de Lyn foi o livro, “KungFu no mundo real: O Legado do Ling Gar”, publicado em2009.

"Percebi de que sem a prática interna as ArtesMarciais são muito limitadas" - explica Vincent - "Me fazapreciar ainda mais a grande habilidade que o meu tioAbak possuía. Ele estava a anos luz por diante de mim eme sinto muito honrado em dizer que em comparaçãocom ele, continuo sendo um principiante. Oxalá lhetivesse prestado mais atenção, quando era criança. Mas,mais vale tarde do nunca! Devido à sua habilidade, desuma importância nas Artes internas, e os poderescurativos da Medicina Chinesa, sabia estar destinado aseguir os seus passos".

Nos anos que se seguiram ao livro, esses passoslevaram Lyn de vitória em vitória. Foi dez vezes incluídoem salões internacionais da fama, das Artes Marciais.Aparições em mais de 200 publicações de todo o mundo.Levou para casa uma medalha em oiro dos Jogos

Kung Fu

“Compreendi de que sema prática interna asArtes Marciais são

muito limitadas" e faz-me apreciar ainda mais,a grande habilidade domeu mi tio Abak. Eleestava anos luz pordiante de mim e me

sinto muito honrado dedizer que em

comparação com ele,continuo a ser um

principiante"

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Olímpicos de Artes Marciais. Um concerto na Rússia perante vinte mil pessoas. Váriosalguns dos mais vendidos, de fusão com jazz. Múltiplas nominações para os prémiosGrammy. Concertos no Carnegie Hall...

Mas isso não foi tudo. através de sua ascensão, Lyn queria dar mais que música eactuação. Em 2003, fundou o Pro-Force Security Corporation, para ajudar a proteger aspessoas, como um especialista em avaliação de ameaças e tácticas de defesa - tornar-se em um investigador privado, com licença privada, instrutor da policia diplomado etreinador “air marshal”. Foi através deste outro lado yang do seu trabalho, comoconheceu James Kofi Annan.

Lyn mantém: "Este homem, este notável homem, que escapou após dez anos deescravidão em Ghana, passou a ser um banqueiro de grande êxito. Mas renunciou aesse negócio para criar a Challenging Heights, uma organização para resgatar crianças.Quando me encontrei com ele e me mostrou o que estava fazendo, eu logo soube quetinha de ajudar”.

Dedicar seu último concerto no Carnegie Hall a Annan e Challenging Heights, é só ocomeço, no que respeita a Vincent Lyn.

"Fechou o círculo, tratando de ajudar as pessoas da maneira em que James meajudou e a maneira em que ele o faz?"

"Não. assim com o símbolo yin-yang nunca se fecha o círculo, eu também,exponencialmente como Artista Marcial, músico e ser humano, aceitarei que a saúdeinterna e externa se consegue e se mantém por uma combinação de mente, corpo eespírito.

"Unam-se a mim e a James, venham ajudar!

Ric Meyers é um premiado autor, escritor e professor do que agora se denomina“Buyao Shanghai Ziji Kung-Fu”.

Kung Fu

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Sim, era e é real

Aií está marcado em vermelho,na página da antigo "Wu Bei Zhi"(também conhecido como"Bubishi")..., mas, o que éexactamente?Na verdade, ninguém pode dizer

absolutamente o que era, postoquem ali o pôs, assim como osseus pensamentos ou intençãooriginal da inclusão, fê-lo faz muitotempo. Aparece como umaexperiência tutorial de guerreirosantigos, nas Artes do Combate ecurativas do seu tempo.Está considerada como parte da

"6 Mãos Ji ", (六機手 Liù Jī Shǒu)as armas manuais, com afinalidade de atacar os objectivoscruciais ou vitais do corpohumano. - No manual também sejunta uma lista parcial. Estas 6Mãos Ji, se representam em todoo manual e são essenciais para acompreensão ou a aplicação dasMetas marciais também contidasno texto.Agora, com estas mãos, não só o

treino é importante, como tambéma habilidade de implementação,que é o ponto vital. Trata-se de ummétodo para fazer de cada mão,ou dito mais correctamente, fazerque cada aplicação na superfície debatimento, seja muito maispenetrante com uma maior forçacinética ou transferênciaenergética, para as estruturasanatómicas mais profundas.

Kyusho

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Desafortunadamente, quem des-creveu estas mãos no antigo trata-do, não inclui este aspecto da apli-cação. Portanto, seu uso real nãopode determinar-se por qualquerpessoa, simplesmente especulan-do..., de maneira que a prova dovalor vem na continuação, prove-niente da aplicação demonstrada eportanto, de seu uso.A posição da Mão Dobrada se uti-

liza em muitas Artes (com ramaisde derivados) e com diferentescapacidades. Em alguns estilos,sob o nome de Wing Chun, FookSao utilizam-no principalmentecomo uma maneira de manter adirecção ou como método de aga-rre. No Pangainoon (Uechi-Ryu)chamam-no Koken Tsuki (golpe depulso dobrado) ou Kanushiken(golpe de ponta de dedos desdeesta posição mão que “escava”,que utiliza principalmente a posiçãoda mão como arma de batimento, eque em estilos como a “mantis reli-giosa” chamam (螳螂勾 TánglángGgōu) Mas não leiam mais se ainda acre-

ditam nos pontos de pressão...Com o tempo e muita experiência,chegamos a concluir que o Kyushonão trata de pontos de pressão.Leiam, se quiserem, mas com opróprio risco.

Kyusho

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Evan Pantazi

“Agora, com estas mãos,não importa só o treino,mas também a habilidadede implementação, que é o

ponto vital”

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A posição de mão dobrada - transfe-rência rotacional para diante

Isto é para um ataque mais poderoso e a percussão sobremuitos objectivos. É mais adequado que as outras mãos,para uma penetração mais profunda nos objectivos ou nacavidade corporal, utilizando o movimento de rotação paradiante, dos dois primeiros nós dos dedos. Entretanto, nãopodemos (como em todas as posições das mãos) negar aspossibilidades de meter, puxar ou comprimir as acções,usando as gemas dos dedos ou dobrando a palma da mão.

Alguns objectivos, como aqueles que estão por debaixo daclavícula, se alcançam com uma acção de balançar maisprofunda (para esticar e comprimir). É interessante que onome seja "Mão dobrada", que foi uma ferramenta utilizadano ataque ao tecido vascular ou nos órgãos onde o sanguese acumula. Isto poderia afectar de maneira adversa, oumagoar o baço, o fígado, os rins ou mesmo o coração. Comoo primeiro objectivo já mencionado, (debaixo da clavícula) éo tecido vascular crucial, desde e para o coração, como osarcos da aorta ou a jugular.

Estes são os ataques mais evidentes, que alguns podemclassif icar como do Tipo Yang, ataque de golpe oucompressão. Mas como sempre dizemos, há duaspossibilidades de Yin e Yang em todos os movimentosmarciais, e a Mão dobrada tem de novo as duas…, maspoucos disso se apercebem…

Como podem ver, situando a mão com uma acção rápida,podem realizar 3 acções direccionais na extensão e narotação desta mão.

Agora compreendemos que o corpo pode fazer frente aum ataque igual ou consistente, muito mais facilmente queàs pressões escalonadas e alternantes (esta é uma daschaves principais do Kyusho). Assim então, quandoestendam a mão para a frente, para um objectivo dopescoço, o lado do músculo esternocleidomastoideo, porexemplo, contactem primeiro na zona de destino, com abase da palma da mão, numa acção para diante, assimcomo um simples golpe direccional. Provocarãotransferência de mensagens neurológicos agudos aocérebro. Si Se baterem suficientemente, também podemafectar o tecido vascular responsável de trazer sangue eoxigénio para e desde o cérebro. Na medida que os dedosse retiram na rotação que anteriormente dita, os dedos e ointerior da palma somam pressões alternas (com a

Kyusho

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sincronização escalonadas) sobre outros nervos, que também mandam mensagens enérgicas ao cérebro, com umaagudeza surpreendente e alternante. (Por certo, não é necessário conhecer ou memorizar nada disto, para fazer quefuncione. Tem de se bater correctamente, no lugar correcto e eles caem… Não são necessários "pontosde pressão" específicos, posto que as estruturas subjacentes são longas e têm uma maior área deataque que o "ponto de pressão". (Reparem nisto…).

Se o ataque de mão dobrada se faz correctamente nesta zona, se terá alterado o sangue, oar e o fluir dos nervos... O corpo humano simplesmente não pode funcionar correctamente ese abate, se não recuperar a estabilidade ou equilibrar o sistema adequadamente.

Podemos ver numas páginas, representações de ataques a objectivos do próprio Bubishie como a dita posição de mão dobrada funcionará neles:

Exemplo 1: Vemos a mão dobrada utilizada pela figura da direita, sobre a zona médiainterior da coxa. As variações se podem ver em vários Kata antigos, como Seipai com oSangue Real, ou na posição de punho.

O ataque mais óbvio ao sangue e aos nervos (utilizando a acção de rotação para diante dosdois primeiros nós para esticar, comprimir e ou comocionar) estão em um nível superficial(mais perto da superfície) a grande veia safena interna e os ramais anteriores circunstancias donervo femoral. Em um nível mais profundo, existe a artéria femoral, a veia femoral e o sejamafectados, dependerá da transferência da força utilizada e da trajectória do ataque.

Este objectivo utilizado numa só perna, causará dor, disfunção da perna e estados alteradosde consciência, devido à restrição do sangue lo que resulta numa diminuição da pressãoarterial) ou choque neurológico.

Ambos podem ser utilizados de maneira simultânea, mas com menos precisão, força eefeito. Por isto, deve o leitor determinar se estas duas ilustrações dos opositores,

estão trabalhando ao mesmo tempo, ou estão simplesmente mostrando que aferramenta se pode aplicar a cada lado do corpo. Qual mão que se utilizaria

depois, dependerá da posição dos opositores durante uma determinadasituação.

A zona de ataque tem de entre 20 a 30 centímetros de comprimento(NÃO É UM PONTO SIMPLES), o Kyusho não trata dos pontos de

pressão, são objectivos vitais, independentemente de que sejamlongos ou curtos. O Kyusho também não é a pressão; é um ataque

às estruturas anatómicas.

Evan Pantazi

“Agorapercebemos queo corpo pode fazerfrente a um ataque

igual ou maisconsistente, muitomais facilmente que

às pressõesescalonadas e

alternas (esta é umadas principais chaves

do Kyusho)”

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Isto se mostra com duas mãos dobradas, nesta página web(clicar aqui)

Exemplo 2: Vemos a Mão utilizada pela figura da direita, naregião do pescoço, provocando que o oponente afaste a suacabeça. Uma posição exacta das Katas de Seisan Panginoone Sanseiryu.

Agora se pode argumentar também, que a figura da direita,também está utilizando uma mão dobrada no pulso dooponente. Isto poderia ser outro tipo de agarre, mas não seilustra como tal..., mas não faz falta dizer que poderia ser umacompressão vascular, do nervo, ou ambas, no pulso dooponente, para causar um aumento de mensagens e ouimpedimento do fluxo sanguíneo..., ou simplesmente abrir ocaminho para o ataque de mão dobrada.

Voltando ao ataque que é claramente da mão indicada, istopode ser usado como um ataque de tipo castigo, com aspontas dos dedos para atacar os vasos nervosos esanguíneos nesta área. No entanto, se formos atacar esteobjectivo (um zona de 5 centímetros de comprimento e nãoum "ponto de pressão" específico, a cabeça do oponente (naposição erguida) no impacto, se inclina para baixo e não paratrás. (Só realizando a aplicação em muitos indivíduos, poderádar-nos esta visão que não vemos facilmente em um desenhoantigo... ou numa simples conversa especulativa).

A resposta não está nos "pontos de pressão", as estruturasanatómicas naturais subjacentes, são o verdadeiro objectivo e

não um ponto teórico, baseado em linhas teóricas, designadopelo homem. Quando reparamos no que realmente há ali eonde apontam realmente os dedos, vemos que o típico pontoST-9 não é o objectivo. Os dedos estão representadosdebaixo a mandíbula, a um lado da garganta e o ângulo deataque l igeiramente para cima..., então: o que é loque"realmente" há?

Bem. Nas capas mais superficiais ou exteriores daanatomia, estão: a artéria carótida externa, o nervo chamadoo asa cervical, e a artéria retromandibular.

Mais profundamente e dependendo da força emitida noataque, estão: a veia jugular, o asa cervical superior, a artériacarótida interna e o nervo hipogloso.

Mais profundamente ainda, estão: o nervo Vago (o coraçãoestá enervado por fibras vagais e simpáticas. O nervo vagodireito, enerva principalmente o nó SA, enquanto que o vagoesquerdo enerva o nó AV) e o gânglio superior cervical (donervo).

Batendo com grande força nesta zona, se poderia magoarqualquer ou todas estas estruturas vitais e causar muitostranstornos fisiológicos ou a paralisação. Como vemos, ocotovelo também ataca o coração no diafragma (um órgãoonde o sangue se acumula) e o fígado (outro órgão onde osangue se acumula). Isto poderia ser um tipo de ataque graveou mortal.

Para ver uma versão segura desta épica posição fazer Clickaqui.

Kyusho

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Evan Pantazi

“A posição deMão dobradase utiliza emmuitas Artes

(com os ramos dederivados) e com

diferentescapacidades”

A posição da mão dobrada éuma das 6 Mãos Ji, que são nãosó uma arma ou ferramenta

propriamente ditas, comotambém uma aplicação derotação. São uma dashabilidades dos atributos namudança completa do

corpo, que abrange o textoantigo.

Lembrem-se que não éimportante como se chama a

ferramenta ou os objectivos, oque importa é conhecer o

objectivo e a maneira de atacá-lo. Arealidade reside na experiência, não

na teoria nem no discurso.

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Por que querem aprender Latosa-Escrima? Para ter liberdade para ser criativo.O que faz o Latosa Escrima diferente de outras Artes Marciais filipinas? A compreensão

dos cinco conceitos básicos e a descoberta. OS PRATICANTES fazem o Latosa Escrimadiferente. Pura e simplesmente, tudo o que é eficaz e lógico, começa com o indivíduo. Amaneira em que uma pessoa pensa é a sua maneira de ver a realidade. Isto quer dizer que oindivíduo pensa que o que está praticando é para a sua própria protecção, ou para justificar eanalisar "o que aconteceria se…".

Sabem o motivo essencial de porque se praticam as artes marciais? O valor da periferiatambém é importante, como o exercício, o aeróbio, a tradição, a confiança e a uniformidadeda estrutura, mas, qual é o objectivo de aprender artes marciais?

Qual é a prioridade número um? É para proteger-se e proteger os seres queridos, ou paraconseguir uma categoria o nível que significa que se está bem informado?

Meus amigos, esta é uma decisão que cada um tem de tomar.Tem de se ter a cer teza de aqui lo que se estiver

praticando, realmente funciona contra diversosataques e atacantes.

Grandes Mestres

¿Por qué queréis aprender Latosa-Escrima? Tener libertad para ser creativo

CONCEITOS

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O Latosa Escrima tenta estabelecer uma ponte entre aaplicação física e a forma conceitual de pensamento. Aprioridade número um do Latosa Escrima é ser capaz deexecutar movimentos de ataque e de defesa contra osfactores desconhecidos de um ataque. O objectivo éequilibrar os dois mundos, não só para indicar que funcionapor causa de uma técnica específica.

Alguém ter dito que esta é a maneira em que se faz, não éválida, é para manifestar a criatividade e a liberdade depensar, quando a situação se complica.

Na maioria das práticas, quando se modifica a técnica, sepode correr o risco de ser acusado de não ser l íeismodificando o sistema e em alguns casos “tratar deencontrar o próprio caminho". Que Deus o não queira! Osseres humanos somos tenazes, por isso há tantas empresasde tecnologia de nova criação. A uma pessoa se deve depermitir a liberdade de ser inovador e criativo na busca doseu caminho. O Latosa Escrima proporciona aos indivíduos aliberdade de expressar a sua criatividade sem os julgar!

No Latosa Escrima, incentivamos todos a concentrar-semais na própria maneira de pensar, em como percebemos esentimos as coisas, e menos na raiz de uma estrutura. Afocalização do Latosa Escrima proporciona uma base e umaestrutura básica. A partir daí, treinando, a estrutura muda emperceber os factores de risco e as vantagens e como fazerreagir o olhar perante o objectivo. Um treinador ou Mestrenão é 100% correcto, nem quem tudo sabe a 100%, e averdade do assunto é que aprendem convosco. O LatosaEscrima é uma oficina criativa onde, como indivíduos,devemos determinar as vantagens e os riscos da execuçãodo movimento.

No mundo real, já não é um jogo ou uma práticaonde se permite "experimentar".

O meu objectivo no Latosa Escrima é permitiraos estudantes encontrar o seu caminho,descobrir o que funciona, perceber o que é umafantasia ou ataque estéril. O ataque deve ter osmesmos elementos relativos aos conceitos do LatosaEscrima.

Os cinco conceitos básicos do Latosa Escrima se utilizampara experimentar as técnicas e ataques, para determinar sesão eficazes e têm boas condições estruturais.

Equilíbrio: O equilíbrio é o conceito primordial nestesistema. É uma exigência prévia para o bom funcionamentode todos os outros. Nada se pode conseguir de maneirafiável nas artes marciais, se não estiver equilibrado.

Potência: O estudante treina o seu corpo para aplicarpoder devastador através de qualquer arma, sem necessitarde uma distância excessiva de aceleração. Através damecânica corporal adequada, se pode conseguir um nívelextremamente alto de, por exemplo, potência de batimentocom um pau, mesmo quando o golpe começa só a unspoucos centímetros de distância do objectivo.

Não há necessidade de "balanceio" do pau para bater comforça. Como resultado, se obtêm economia de movimentos,o que permite bater imediatamente desde qualquer posição,sem perda de tempo. Também permite golpes sucessivosextremamente rápidos, posto que o pau não necessita serretirado, para acelerar de novo. A potência em curto se geraa partir do próprio corpo e portanto, não depende dascaracterísticas do movimento da arma em especial; se podeaplicar através de qualquer objecto ou parte do corpo em

Grandes Mestres

CONCEITOS

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Latosa Escrima

movimento. Na defesa própria e na vida, isto nos permite agir de

maneira imediata, desde onde se está nesse momento, sempreparação, no instante e de maneira eficaz.

Zonificação ou bater na zona, é assegurar que o golpe saiatravés do objectivo previsto e não mais além, a fim demanter seguros o posicionamento e o controlo da arma. Éum elemento da potência em curto.

Focalização (ofensiva): Um Escrimador Latosa semprese concentra no objectivo e não nos obstáculos docaminho. A focalização visual e f ísica deve estarconcentrada no objectivo do ataque e não nas armas doinimigo. O aluno está capacitado para dirigir o 100% dasua energia para o objectivo, deixando questões alheias àconsciência efectiva da periferia. O objectivo é sempreconquistar o centro de mando do inimigo, em vez deperseguir as suas tropas. Desta maneira, osEscrimadores atacam em defesa.

"E o que é?" é a teoria onde o Escrimadorsimbolicamente diz o que é, aos bloqueios e fintas doinimigo, enquanto simplesmente pressiona em frentecom o seu próprio ataque; é um elemento defocalização atacante.

Velocidade (timing e distância): A Velocidade útilnão deriva principalmente da rapidez com que podemmover as extremidades, mas sim precisamente de

como podemos sentir o momento adequado parainiciar uma acção e a precisão com a qual se

pode julgar a distância que a acção deve cobrir. Os Movimentos relativamente lentos,

economicamente executados com umasincronização e distanciamento perfeitos,derrotarão os movimentos extremamenterápidos e amplos, executados no momento ena distância errados. Da mesma maneira, navida, agir de maneira eficiente no momentoe no lugar adequados, é muito melhor queagir em excesso no momento errado.

O estudante de Latosa Escrima étreinado para interpretar os subtismovimentos, tensões e atitudes do corpode um inimigo potencial, para estar um

“Uma pessoa deve ter aliberdade de ser inovador e

criativo na busca do seucaminho. O Latosa Escrima

proporciona aos indivíduosa liberdade de expressar

a sua criatividade semos julgar”

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passo por diante das intenções e do momento do inimigo.Isto é um elemento crítico da velocidade.

Transição (a qualquer arma ou situação): O LatosaEscrima ensina um pequeno e simples repertório deconceitos e estratégias de movimento, que se aplicam aqualquer tipo de arma, em qualquer situação. Isto permiteque o Escrimador reaja de maneira flexível e eficiente, a

qualquer situação de legítima defesa, sem confusão nempensamento técnico. Esta capacidade de adaptar-seespontaneamente às circunstâncias, é útil também emâmbitos diferentes à legítima defesa.

Sub-conceito - Atitude: O estudante aprende a canalizar asemoções que o distraem e debilitam, como o medo e a raiva,numa atitude mental para melhorar o rendimento e que oconduzem à superação das situações mais perigosas.

Esta atitude pode por vezes exteriormente parecer-se à ira,

mas na realidade é mais profunda e muito mais construtiva.No processo, o estudante aprende a tratar e em grandemedida controlar os efeitos fisiológicos do estresse, evitar opânico, manter a claridade mental baixo pressão e em geral,trabalhar através das más situações. Também aconfiança em si mesmo,

incentivada por um treino realista, impregna todos os âmbitosda a vida.

A Explosividade é um elemento de cada um dos conceitosprincipais e refere-se à capacidade de transição de maneirainstantânea e sem esforço, de um estado de quietude amovimento, ou de um tipo de movimento para outro tipo demovimento. Esta capacidade depende muito da atitudemental.

Grandes Mestres

CONCEITOS

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Latosa Escrima

“Um treinador ouMestre não é

100% correcto,nem quem tudo

sabe ao 100%. Averdade do

assunto é queaprendem de nós”

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Grandes Mestres

CONCEITOS

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Latosa Escrima

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Todos los DVD’s producidos por BudoInternational se realizan en soporte DVD-5, formatoMPEG-2 multiplexado (nunca VCD, DivX, osimilares), y la impresión de las carátulas sigue lasmás estrictas exigencias de calidad (tipo de papel eimpresión). Asimismo ninguno de nuestrosproductos es comercializado a través de portales desubastas online. Si este DVD no cumple estosrequisitos, y/o la carátula y la serigrafía nocoinciden con la que aquí mostramos, se trata deuna copia pirata.

REF.: • LAT-3REF.: • LAT-3

Los grandes Maestros lo son no solo en virtud de susconocimientos, también claro está de una trayectoria y en mihumilde opinión, desde luego, de una personalidad, de un carácter.

Rene Latosa lo es y vuelve justamente a nuestras portadas,muchos años después de aquel primer encuentro,

porque reúne todas estas cualidades.Gozoso reencuentro debo añadir, pueslo fue. Corto pero sabroso y suficientepara comprender como todo lo queuno había esbozado hace años,en aquella primera ocasiónestaba ahí, maduro, firme ygentil a la vez.La razón de su viaje: Unnuevo video que verá la luzen breve. Una mañana detrabajo impecable, unagrabación fluida yagradable, para un videoque a buen seguro, harálas delicias de todos losamantes de las Artesfilipinas. El Latosa Escrima, un

estilo que un Maestroamigo de Wing Tsun definiócon elógios como “antiespectacular”, donde la

eficacia campa a sus anchas,marcando la diferencia.Contamos con la inestimable

asistencia de su alumno Sifu MarkusGoettel, al que agradecemos su gentileza

y ayuda.

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Entrevista

ARNOLD CLASSICEUROPE 2015

No mês de Setembropassado, do dia 25 até odia 27, em Madrid, serealizou a 5ª edição doevento multi-desportivoArnold Classic Europe(ACE).Como nas edições

precedentes, o evento sereal izava no Pavi lhãoMultiusos Madrid Arena eno Pavilhão de Cristal,contando pela primeiravez, com o Pavi lhãoMultiusos II. Tal foi o êxito que

provocou algunsproblemas: o recinto ficoupequeno para albergarquase 75.000espectadores, quepresenciaram festival

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multi-desportivo. Muitos seguidoresdo Bodybuilding fitness, das ArtesMarciais e dos Desportos deContacto, além de outras 30modalidades desportivas, como: poledance, cheerleaders, crossfit, rubik,street workout, parkour,armwrestl ing, dancefit, salto àcorda, BMX, strongman, bodytonespinning master class, powerlifting,streeetworkout, etc.

esta ocasião, se dedicaram mais de24.000 metros quadrados à Feira Expo,com grande número de empresas denutrição e roupa desportiva, tantonacionais como internacionais, decomplementos, suplementação e

alimentação, academias desportivas, federações, etc.A 3ª Edição do Arnold Fighters (AF3) superouamplamente as expectativas, tanto no Pro-Show,como nos Combat Games, assim como no resto deactividades que se realizaram no Pavilhão Satélite doMadrid Arena.

AF3 foi um dos eventos que mais promoção tevenos meios, durante os últimos meses, devido aoconcurso Arnold Fighters Girls, que aglutinou mais de200 competidores de diversas idades, sexos e graus.

Este evento é considerado um referente a níveleuropeu, em Artes Marciais e Desportos de Combate,tornando-se encontro obrigatório para todo aquele quegostar de qualquer destas disciplinas: Artes Marciaistradicionais, modernas, de exibição, de competição,históricas, de tatame, de ringue, amadores eprofissionais.

A grande novidade nesta 5ª edição de ACE, de 27de Setembro, foi o encontro do actor e ex governadorArnold Schwarzenegger, com seus admiradores.Muitos tiveram o prazer de assistirem ao encontro comuma das estrelas mais famosas de Hollywood, quealém de ser a imagem do Bodybuilding e o Fitness anível mundial, respondeu a todas as perguntas duranteuma hora, no Teatro Auditório da Casa de Campo (deMadrid). Além disso, 50 afortunados admiradorestiveram ocasião de lhes tiraram uma foto com o seuídolo, pelo preço de 500 euros.

O actor também recebeu os meios de comunicaçãona Sexta-feira 25 de Setembro. Acompanharam-no umamplo grupo de pessoas, que se sentaram nos lugaresreservados das primeiras filas. Isto acontecia às 19horas, na sala 18 da Torre Espaço, um dos edifíciosmais altos de Madrid.

Aqui se mostrou que o actor é um homemagradável, simpático e com um grande sentido dohumor. Nesta entrevista, o actor cinematográfico foi

Texto: Mónica Gail Rodríguez & Pedro Conde.Fotos: Alejandro Jesus Gil del Val & António Moral.Tradutor: Luís Loras Oteo.

N

“Ao princípio estavainteressado em ser o

homem mais musculadodo mundo e ganhei

campeonatos do mundo deculturismo; mas depois,percebi que não devialevantar pesos só para

mim, mas sim pelodesporto e o culturismo”

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posto de lado e praticamente só faloude desporto e do ACE 15. Isto é o queArnold nos contou:

Cinturão Negro: Como já sabemos,a tua presença aqui é devida ao ACE15. Poderias falar-nos da quinta ediçãodo Arnold Classic, ao qual cedes a tuaimagem?

Arnold Schwarzenegger: É grandehonra e prazer estar aqui na Espanhapara o Arnold Classic. Tenhocompetido em culturismo desde quecontava 16 anos e Rafael Santojasempre diz que tenho sido um dosestandartes desta competição… Talvezseja o mais famoso mas, de certeza,não sou o mais importante, porque istoé devido a pessoas como ele, que acada dia trabalham em todos ospormenores deste evento desportivo.Isto só é possível porque temosalguém que tem sido extremamenteinteligente para criar uma equipa emColumbus, Ohio, e fazer a versãonorte-americana do Campeonato doMundo de Arnold Classic. Bárbara, aminha filha, que vem relevando-noslentamente, desde faz 10 anos, setornou uma companheira muitoimportante. É fantástico contarmoscom a sapiência de Jim e com estaagressiva, activa e energética pessoajovem. É gente como esta, que faz comque gente como nós, queira participar.Estamos encantados de estarmos aqui,na Espanha.

Cheguei à pouco do October-Fest,uma maravilha que me encanta! e láestive com um amigo que trabalha oculturismo na Alemanha, Albert Busek,que está sentado aqui mesmo e que foium dos organizadores dosCampeonatos europeus, dosCampeonatos mundiais, MissGermany, Mr. Germany e todo esse

género de eventos e também de umadas melhores revistas. Também é meuamigo pessoal. Passei muito tempocom ele no October-Fest. Pegamosnumas cervejas, salsichas e todogénero de comida com gordura. Porisso é bom estarmos agora falando emsaúde e fitness, neste encontro com aimprensa, onde podemos queimar todoesse excesso gordura...(r i àsgargalhadas...)

C.N.: Porquê o Arnold Classic?A.S.: De início estava interessado

em ser o homem mais musculado domundo e ganhei campeonatos domundo de culturismo, mas depois,percebi que não devia levantar pesossó para mim, mas sim pelo desporto eo culturismo. Claro está que a gente aoprincípio disse que eu estava a perdertempo, porque não gostavam delevantar pesos ou não queriam ver-se asi mesmos no espelho! Outros diziamque eu me tornaria estúpido ou gay. Eestavam ainda os comentários acercados efeitos adversos à saúde e todaessa sapiência… Mas actualmente,tudo isto é um êxito; não há um sóhotel no mundo, daqueles onde eu vou,que não tenha um centro de fitness ouum ginásio; não há nenhuma basemilitar onde não haja instalações paralevantar pesos, Esquadras da Polícia,Bombeiros… Toda universidade oucolégio, todas as equipas, em todos oslugares, incluídos os hospitais, têm

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tratamentos de resistência com pesos e alteres, paragente impedida ou com lesões. Como podem ver, tudoisto deu uma grande volta e o culturismo se tornou umadas actividades mais praticadas do mundo.

C.N.: Quais são teus objectivos?A.S.: É um prazer estar neste evento por quinto ano

consecutivo, e que é cada vez melhor. A exposição seestá fazendo cada vez mais grande, e significa que anossa saúde e a nossa “cruzada” pelo fitness é muitofamosa. O objectivo do Arnold Classic é promover asaúde e o fitness, no público em geral. Por isso, os quetemos muitas competições e sabemos haver muitasmaneiras de estar em forma, queremos que as pessoaspossam escolher. A ideia é incentiva-los para se

exercitarem diariamente, especialmente sendo como é,uma coisa que se pode fazer em família, com oscrianças: levá-los para a rua, para jogar à bola, jogarténis, ir nadar; qualquer coisa que quiserem fazer...,mas fazer alguma coisa! A questão é que quandovemos alguém que não está em forma, queremosajudar a que viva mais anos e com melhor qualidade devida. Isso é o que significa o fitness e o culturismo...

C.N.: E do que mais gostas de Madrid? Pensasvisitar algum lugar em especial?

A.S.: Sem dúvida, o Arnold Classic. É o que vouvisitar neste fim de semana. Vamos assistir mais de75.000 pessoas e vamos ver muitas competições.Vamos ver quem vence no homem mais musculado do

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mundo, o homem mais forte, quem receberá o troféu aomelhor corpo de mulher e muito mais… Por isso, este é o lugaronde vou estar.

C.N.: Quais os valores do culturismo que se aplicam nodia-a-dia?

A.S.: Há muitas coisas que podemos aprender doculturismo…, ou dos desportos em geral. Por exemplo: euaprendi que quanto mais duro se trabalha, melhor nossentimos. Não há atalhos; si treinares muito duro e muitodisciplinadamente, terás êxito. E isso é aplicável a tudo navida. Quem procura atalhos, vai fracassar. Eu aprendi comdisciplinas. O culturismo, se o não fizeres todos os dias, nãopodes ser um campeão mundial. Se quiseres ser bom emalguma coisa, tanto faz que queiras ser um engenheiro, ummédico ou o presidente, tens de trabalhar muito, serdisciplinado e faze-lo o tempo todo. Trabalhar com gente, otrabalho em equipa é muito importante. Todo aquele que dizque se fez a si mesmo, é bonito de escutar, mas não fazsentido. Não há ninguém que se tenha feito a si mesmo, atodos nos fez alguém! Se os meus pais não tivessem estadoencima de mim desde que era um garotito, ou os meustreinadores e parceiros de treino, o meu especialista emnutrição…, ou se a América não tivesse estado ai para mereceber de braços abertos… Toda esta gente e países me têmajudado… Sei que há gente que diz que fizeram tudo sozinhos,até há gente que de mim diz ter-me feito a mim mesmo... Masnão, isso se aprende muito depressa no desporto e noculturismo, porque sozinho, não se pode fazer... Juntos

Entrevista

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“A vida não é só recolher, também é dar de volta edevemos ter um bom equilíbrio, porque não vamos serlembrados pelo que fizemos, mas sim pelo que demos.”

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podemos e é muito importante que gente como eu, que aprendiisso, o ensino a outros. A vida não é só recolher, também dar emtroca, porque não vamos ser recordados pelo que fizemos, massim pelo que demos. Este é uma das menagens que aprendi noculturismo, que me tem ajudado na minha vida no cinema e queme ajudou a desenvolver a minha carreira em tudo quanto tenhofeito. Se não tivermos uma visão do todo, não chegamos a lugaralgum; podemos ter o melhor avião do mundo, mas se o piloto nãosouber onde ir…, acabaremos em nenhuma parte...

C.N.: Qual o treino que actualmente segues?A.S.: Hoje, de manhã, o meu bom amigo Albert, me acordou

cedo, bateu na porta do meu quarto e foi dizendo que tinha duasbicicletas e que íamos andar nelas. Estávamos em Munich e fomosandar de bicicleta umas duas horas, subindo e descendo ascolinas. Isso foi hoje mas, normalmente, faço treino cardiovascular45 minutos e treino com pesos mais 45 minutos. Normalmente,faço um treino de manhã e outro à tarde. Por vezes faço cárdio naparte da manhã, outras faço pesos, mas trato de sempre memanter activo. Mesmo quando estou gravando uma fita ou quandofazemos gravações nocturnas, dedico, nem que seja um pouco, às4 da manhã ou à meia noite, para fazer uns pesos nos estúdios.

C.N.: É possível fazeres um filme auto-biográfico?A.S.: Sim…, mas não para já... Não é uma das coisas que

estão na minha agenda, nos meus próximos projectos.

“Eu aprendi que quanto mais duro trabalhamos, melhornos sentimos. Não há atalhos; se treinarmos muito duro emuito disciplinadamente, teremos êxito e isso é aplicável a

tudo na vida. Quem procurar atalhos, vai fracassar”

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“A gente, ao princípio disse queeu estava a perder tempo,

porque não gostam de levantarpesos ou não querem ver-se asi mesmos no espelho. Outragente dizia que me tornariaestúpido ou gay. E tambémhavia comentários sobre os

efeitos adversos para a saúde etodas essas coisas… Mas hoje,tudo isso é um êxito, não há um

só hotel no mundo ao que eutenha ido, que não tenha umcentro de fitness ou um

ginásio”

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • KMISS-1REF.: • KMISS-1

Em exclusiva, o DVD do Mestre Marco Morabito, acerca dadefesa pessoal com mãos nuas, e a apresentação preliminardo Krav Maga Israelita Survial System. Las técnicas e ométodo que constitui o sistema, se ilustram sem segredos,

de maneira clara, transparente e facilmentecompreensível. Uma ocasião única para nos

aproximarmos até o coração da defesaisraelita e melhorar os nossos

conhecimentos sobre a matéria. Oautor é um dos grandes

expoentes mundiais em defesapessoal e conta em seu haver

com experiência no âmbitomilitar e empresas desegurança; galardoado porvárias nações, convidado adar cursos e semináriosem todo o mundo, desde oJapão aos E.E.A., aPolónia, a Espanha, CaboVerde, Alemanha, Israel,França e Rússia, se tornouporta-voz internacional de

diferentes sistemas decombate e defesa pessoal

pouco conhecidos, ainda queextremamente efectivos.

Morabito desenvolve umapesquisa contínua, sem nunca

parar na procura incansável deadquirir novos conhecimentos e nunca

deixar de fazer perguntas. Krav MagaIsraelita Survial System não é uma disciplina o um

conjunto de regras rígidas, mas sim um método, umprocesso em evolução contínua e constante. Isto fá-loadaptável a qualquer situação e circunstância, permeável aqualquer mudança e proporciona a capacidade de fazer umestudo dos erros e da sua experiência uma oportunidadepara melhorar.

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TRIANGLE-ACADEMY Gracie Jiu-Jitsu

A História de Vacirca 1ª Parte

© 2015/2016 Franco Vacirca, Sandra Gehriger-Nagel

Em criança, me fascinavam tanto aArtes Marciais que soube logo comoiria ser a minha trajectória na vida.Depois de treinas Judo durante unsdois anos, No Inverno de 1979, entreiem contacto com o Win Tsun, um estilodo Kung Fu. Através dos primeirosfilmes de Bruce Lee, surgiu a primeiraonda de Kung Fu na Suíça, de talmaneira que apareceram muitasescolas de Kung Fu, que aproveitaramo ensejo de se comercializarem a simesmas. Muitas dessas escolas diziamque nelas se podia aprender o “Jeet-Kune.Do”, famoso estilo de combate deBruce Lee, o que nessa altura no eracerto, mas quase ninguém o conheciamelhor.

Brazilian Jiu Jitsu

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o dia em que eu fazia 11 anos, em Abril de1980, meu pai nos levou a um passeio aoaeroporto de Zúrich, o que de algumamaneira se tornara a nosso actividade dasmanhãs dos Domingos. Passamos noquiosque dos jornais e o pai nos disse que

daquela vez, poderíamos escolher a nossa própria revista.Procurando nos estantes das revistas, achei uma revistainglesa, que na capa trazia a fotografia de um homem todovestido em preto. Com cuidado, peguei na revista e comeceia folheá-la, mas não percebia palavra! No entanto, pelasimagens reconheci que era uma revista de Artes Marciais. Fuilogo mostrá-la ao meu pai, que sorrindo me perguntou: Desdequando tu percebes Inglês? Eu só abanava a cabeça dizendoque sim, e esperei até ele me pagar a revista desejada, comoprometera.

Quando chegamos em casa, peguei no o dicionário Inglês-Alemão, do meu pai, que era um livro enorme, e assimcomecei a traduzir o artigo acerca daquele misterioso“homem vestido de preto”. Desta maneira, comecei aaprender a língua Inglesa por mim mesmo. Também comeceia copiar o que me interessava e assim, com o correr dotempo, o meu próprio “livro de Artes Marciais”, ondecoleccionava artigos traduzidos por mim. Ainda tenho váriosdaqueles artigos e textos que coleccionava nessa época eque por vezes me têm ajudado a conhecer mais de pertoverdadeiros e grandes mestres das Artes Marciais. A partirdaquele momento, praticamente todos os domingos íamosaté aquele quiosque e pouco tempo depois, a simpáticavendedora de jornais, punha de lado os meus exemplares.Por vezes não chegava nenhuma revista dos Estados Unidos,

Brazilian Jiu Jitsu

N

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mas depois, vinham dois exemplares ao mesmo tempo e a minhaemoção aumentava de dia para dia.

Uma noite, a nova máquina de escrever do meu pai, estava na mesada sala de jantar, onde ele tinha escrito algumas cartas de negócio. Erauma flamante Olivetti; foi prestigiada como o orgulho de toda a família.Se tivesse “respirado”, teria sido incluída como a “irmã pequena!”Perguntei ao pai se podia usar a máquina de escrever… Com umsorriso, ele me disse que podia e com um grande sorriso, me explicoucomo a teria de usar sem a estragar. Após essa instrução de comousar a maquina de escrever, que a mim me pareceu durar umaeternidade, peguei cuidadosamente numa folha de papel e comecei acopiar as traduções de meu caderno de apontamentos. Pouco tempodepois, já não escrevia as traduções à mão e sim as passavadirectamente com a máquina de escrever para a folha. Ao princípio, osmeus pais se entusiasmaram com isso, porque mediante o meuinteresse pelas Artes Marciais, eu gostaria de aprender Inglês e talvezaté dactilografia! Mas aquele seu entusiasmo acabou depressa, porqueeu continuava a escrever à tarde o por vezes também à noite e com obarulho da máquina, ninguém podia dormir!.

Algumas semanas depois, observava como o eu pai respondia ascartas que recebia dos seus clientes e tive outra ideia... Sem saberexactamente como se escreve correctamente uma carta, comecei aescrever uma. Assim comecei a escrever aos meus ídolos das revistasdas Artes Marciais dos Estados Unidos. Um dos primeiros a quemescrevi, foi, claro está! ao “homem vestido de preto”, que era StephenK. Hayes, um famoso especialista de Ninjutsu, que morava em Ohio. É,absolutamente, o maior especialista dessa arte militar japonesa e mefascinava qualquer artigo que ele escrevia. Nos meus sonhos, eu já mevia como Ninja… Outra pessoa não podia deixar de ser Sifu DanInosanto, o mais conhecido companheiro de treino de Bruce Lee, nessaépoca dirigia a Academia Kali, em Santa Mónica, Califórnia.Evidentemente, a maioria das minhas cartas ficavam sem resposta,provavelmente também por estarem escritas em um Inglês tão mau,que o destinatário não conseguia perceber tudo…

A minha querida mãe era de Madrid e nós passávamos com a famíliapraticamente cada Verão, na grande cidade, com a minha avó Maria,até eu já ter 16 anos. Devido a que o meu pai era um grande adeptoaos automóveis e sempre tinha carros com motores fortes,percorríamos todos os anos mais de 2.000 quilómetros de Zúrich aMadrid e depois íamos visitar os seus pais em Siracusa, Sicília.Geralmente, a duração da viagem era de dos dias, com uma noite emum hotel no meio da etapa, salvo que os meus pais tivessem pensadoem fazer outra coisa, como por exemplo, percorrer parte da etapas aolongo da “Côte d’Azur”, ou ir directamente de Madrid, visitar ambospais durante o mesmo Verão.

Já então, Madrid, como Londres e Paris, era um dos três centroseuropeus para as Artes Marciais asiáticas. Na revista espanhola,“Cinturão Negro”, li que Sifu Dan Inosanto, companheiro de treinopessoal da lenda das Artes Marciais Bruce Lee, estava a caminho daInglaterra, para ali dar os primeiros seminários de treino. Isso me levoupela primeira vez a Londres, onde se haviam formado os primeirosgrupos na Europa, de treino de Jeet-Kune-Do e Kali.

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Com o primeiro aluno particular espanhol de Inosanto, José MariaFraguas, treinávamos intensivamente o meu irmão Demétrio e eu, asdisciplinas Jeet-Kune-Do (JKD) Concepts, Muay-Thai Boxe (do GrãoMestre Surachai “Chai” Sirisute) e o Kali-Eskrima filipino (combate depau e de faca). Na Primavera de 1988, fundamos sob a suasupervisão, o primeiro grupo de treinamento de JunFan/JKD-Kali-MuayThai, da Suíça e um ano depois, nos visitou na nossa academia,o Grão Mestre Chai Sirisute. Desde o início, eu estava tão fascinadodo Boxe Thai de alta qualidade e do carisma do Grão Mestre Chai,que fiz toda a minha formação profissional nessa disciplina com ele,até 1996.

Após outra viagem de treino a Los Angeles, na Primavera de 1989 ydepois de ter treinado vários meses na Academia Inosanto, em SantaMónica, com Sifu Paul Vunak, fundador dos Progressive FightingSystems (PFS), resolvi, junto com o meu irmão Demétrio, fundar umaacademia própria, proveniente do existente grupo de treino. Aoprincípio, tivemos a possibilidade de alugar a um amigo, um espaçopara integrar o nosso grupo. Denominamos a escola “VacircaAcademy of Marcial Arts (VAMA)”. Estava situada em um pátio, naBinzmühlestrasse, em Zúrich-Oerlikon. Durante esse tempo, tambémconheci pessoas que trabalhavam como seguranças na Polícia eassim, o novo programa de PFS/Jeet-Kune-Do com o Kali filipino e oBoxe MuayThai, parecia perfeito para o ensino. O JKD-Grappling,uma “forma para o ringue”, seguindo o conceito JKD, tambémencontrou o seu lugar. Para isso, no Outono do mesmo ano, viajei aNova York e depois a Los Angeles, para ali treinar com Sifu LarryHartsell, o versado absoluto do JKD-Grappling.

Assim, do nosso pequeno grupo de treino, se formou umaacademia de Artes Marciais independente. Então, nos visitavam cadavez mais, uma variedade de interessados em Zúrich, vindos dointerior do país e do estrangeiro. Alguns, em breve fariam elesmesmos muitos seminários de JKD/Kali na Itália, na Espanha,Alemanha, Grécia e logicamente, também na Suíça.

Posto que ao princípio, um grande número de alunos tinha queviajar desde da região Zug para treinar em Zúrich, resolvemos deassentar a nossa academia nessa região, mas pouco tempo depois,tivemos de voltar para Zúrich, por motivos de trabalho, onde aintegramos no espaço de um amigo e companheiro de treino delongos anos, (Pentjak Silat) Guru Livio Altorfer.

Continue lendo na próxima edição de Budo Internacional, comocontinua a nossa história…

www.vacircajiujitsu.ch

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WTU Wing Tsun

Primeira Fase:Desenvolvemos a base - a estrutura natural do corpo

mediante o TREINO de 7 qualidades:

• A atenção• Elasticidade• Equilíbrio• Sensibilidade• Movimento completo• O tempo• Intenção

Segunda fase:Desenvolvemos uma compreensão dos 3 princípios de

movimento WTU e 4 interacções.

3 princípios:

• Permitir Contacto• Acompanhar movimento• Evitar a distância

4 interacções:

• Interacção gravitacional• Interacção débil• Interacção forte• Interacção magnética

Terceira Fase: Abertura das funções dos dois conceitos de movimento de

luta.

1. Luta conceito: Onda / dupla onda2. Conceito da luta: Tornado / duplo tornado

Wing Tsun Universe

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Wing Tsun Universe

Problemas do movimento humano:

O homem não é livre em seus movimentos, realmente semove por padrões anteriormente estabelecidos. Estáencerrado numa jaula. Não é que não seja capaz de o fazer, éque se move conforma está habituado, de acordo ao queseus nervos foram activados.

1. Não se podem controlar os movimento sem ter feito umgrande esforço e treino;

2. Não se podem coordenar e...3. … provavelmente, na maioria dos casos afecta e merma

também a qualidade do movimento, elasticidade, equilíbrio,etc.

Qual é o problema que isto acarreta? Estar condicionadospara responder a alguma coisa (seja a nível intelectual, físicoou emocional) significa que a realidade não se pode percebere que estamos agindo como “máquinas”. Um homem nestacondição, carece de vontade própria e não é capaz de tomaruma decisão consciente; não pode controlar a sua vida, nãopode pensar com claridade. Ele arrasta uma máquina comuma associação perceptiva em distorção, acerca de simesmo e do mundo.

Esta limitação implica problemas físicos de movimento.Posto que o homem se sente melhor na sua zona deconforto (onde está a maior parte do tempo). Esta posição amantém até quando já não está sentado à sua mesa. Porisso, mesmo em pé, muitas pessoas se curvam para a frente,com os ombros caídos.

O corpo já não pode ser livre para adaptar-se ao “aqui eagora”, mas mantém a mesma estrutura músculo-esquelética, porque de facto, ele tem estado constantemente"treinando" a mesma.

Motivamos as pessoas! SALVE!

“Estar condicionados pararesponder a alguma coisa (sejaa nível intelectual, físico ouemocional) significa que a

realidade não pode perceber-se e que estamos agindo como

máquinas”.

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Weng Chun em Fatshan, China

30 graus Celsius. Humidade alta. Sinto na pele aminha camisa molhada, enquanto estou batentocontinuadamente no boneco de madeira. A poeira,o feno e a palha esvoaçam no ar com cada batimen-to. De facto, o meu espaço de treino é a sala deuma granja, que ao mesmo tempo é uma escola deKung Fu, nesta pequena povoação chinesa, pertode Fatshan. Não há duches e tenho de me confor-mar com um balde de água. O vaso sanitário é umburaco no chão, atrás do estábulo. De noite, souatacado por milhares de mosquitos e a comida nãome cai lá muito bem... Para os chineses da povoa-ção sou a atracção e não há ninguém que não quei-ra puxar-me do pelo dos braços, porque quase nin-guém viu alguém do Ocidente em pessoa. Estouemocionalmente tocado pela cordialidade e amabili-dade destas pessoas. Quando souberam que mecai mal a comida daqui e que a Coca-Cola e o cho-colate me mantinham vivo e preparado para o trei-no, de repente encontro uma garrafa de Coca-Colae chocolate todas as manhãs, diante da porta, quetrouxeram de muito longe e que pagaram da suaalgibeira.

Fotos: Andreas Hoffmann. Budo International, Textos: Andreas Hoffmann, Christoph Fuß

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sto acontecia e eu escrevia na década dos anosoitenta...

Durante esse tempo, nos oitenta, o meu mestre eraSifu Pak Cheung, que vinha de uma família rica, masque tinha sido mandado alí durante os distúrbios daRevolução Cultural e dali em diante, tinha que

praticar o Weng Chun Kung Fu oculto. Sou consciente dasorte que tenho, de poder treinar pessoalmente com umdos últimos grandes mestres do Weng Chun Kung Fu, nasua própria casa. O seu mestre foi o legendário Grão MestreTang Shuin, que introduzira o Weng Chun em Hong Kong,ainda antes da Segunda Guerra Mundial, mas que depoisvoltou para Cantão. Ali ensinava a Polícia e finalmente, seinstalou na sua povoação natal Tang Village, perto de

Fatshan. Um dia, lá o foram buscar os pais ricos de PatCheung, que lhe deixaram o filho ao seu cuidado, para asua formação em Kung Fu. O filho se tornou um dos seussucessores do Kung Fu, mais importantes e ainda hoje sepodem encontrar praticantes do Weng Chun da linha dePak Cheung em Fatshan e arredores.

O Grão Mestre Pak Cheung me ensinava todos os diascom as espadas duplas, o pau comprido dos seis e meioprincípios, o pau comprido dos oito trigramas, amanipulação do boneco de madeira, assim como as formasde treino do Weng Chun Kuen sem armas. Ao longo doprograma de formação, ele insistia no treino de combatelivre e acima de tudo em passar das distâncias de combateamplas, para distâncias mais próximas. Por o outro lado,

para ele o Chi Sao, o exercício das mãosaderentes ou “pegajosas”, que se tem praticadotão intensamente em Hong Kong, tinha umpapel menos importante.

“O Grão Mestre PakCheung também

estudava Wing Chun,assim como HungGar, e me davamuitos conselhos

e estímulospara o meuKung Fu”

I

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Era da opinião que em um combate real, a fase decontacto era muito curta e portanto, o Kiu Sao, o sparringlivre, era o mais importante para desenvolver acapacidade de combate.

Habitualmente, à noite vinham os seus alunosparticulares chineses, assim como os mestres do Kung Fumais chegados a ele y que moravam nos arredores, paraintercambiarem técnicas e para realizar combates desparring comigo. Nessas ocasiões, eu me sentiaespecialmente feliz por Kam, o aluno/mestre de PakCheung, que também é seu sucessor. Sempre me atacavacom força e estava muito entusiasmado com o WengChun Kung Fu.

O Grão Mestre Pak Cheung também estudava WingChun, assim como Hung Gar, e me dava muitosconselhos e estímulos para o meu Kung Fu. Acima detudo, me ajudava a perceber melhor as diferenças entre oWeng Chun de Hong Kong e aquele do continente chinês.

Eu achava lamentável que o seu filho, seus netos egente da povoação não mostrassem interesse nenhumem praticar o Weng Chun. Durante esse tempo, pudeobservar que o interesse pelo Kung Fu chinês diminuíacada vez mais, em todos os lugares da China, seu país deorigem e esta riqueza cultural chinesa não foi apreciadapela povoação local, na medida adequada, considerandoa sua importância histórica e o interesse para ospraticantes.

No Ocidente, pelo contrário, já foi reconhecida aimportância múltipla dessa arte e se dedicam com muitapaixão à aprendizagem e a expansão do Kung Fucom todos os seus estilos, para que a humanidadenão esqueça este tesoiro.

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KEYSI E O VALOR DOSNOSSOS TROPEÇOS

Entrevista com Justo Dieguez, no passado mês deNovembro, nos Estados Unidos, com Don EnricPanes e o grupo de Keysi Texas.

"A experiência não é o que nos sucede, a experiênciaé o que fazemos com o que nos sucede"

Cinturão Negro: Porquê KEYSI?Justo Dieguez: É a pergunta que me têm feito em

várias ocasiões e quando tenho respondido, esta é aminha resposta: “Valha-nos Deus! Do que o mundonecessita!… Mais outra Arte Marcial!”. Suponho eu que se o leitor está lendo este artigo, é

por ser uma pessoa que procura, como eu, umdevorador de informação…, e não concebo fazeralguma coisa sem me informar, sem pôr nisso toda aminha paixão. Seria desonesto comigo e com aspessoas às que ensino! Me interessa tudo o que estiverrelacionado com o mundo da Defesa Pessoal.Tristemente, continuo vendo os mesmos arquetípicos

sistemáticos, quando não, mestres com um podersobre humano, seguidos pelos procuradores da força, ecomo não podia deixar de ser, os mestres que treinamumas horas e voltam a casa com um título que oscredencia como mestres. E dos programas deformação on-line, o que posso dizer que são o fraudedeste século.Talvez o leitor está a pensar que estou maluco! Pois

bem, não digo eu que assim não seja, mas me encantaestar louco!

C.N.: Há vazios nas Artes Marciais?J.D.: Acredito que sim! E em qualquer método…

Nada é perfeito, muitos artistas marciais estãopensando em orientar a sua vida para um método queencha estes vazios, que depois de muitos anos deprática, hoje sentem a falta da Defesa Pessoal. O mundo vai mudando demasiadamente depressa e

a maneira em que se ensinavam as artes marciais nopassado, nos nossos dia é completamente diferente. É

Keysi

El pasado mes de Noviembre en USA:con Don Enric Panes, y el grupo de Keysi Texas

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possível que isto que eu digo, o tenham analisado emalguma ocasião e que sintam que a ensinança querecebem é uma rotina. Também é possível que porvezes tenham a sensação de quase não sabem nadada rua, que tanto título e graus não é a resposta àbrutal realidade e sintam angústia porque esse ensinonão seja como sonharam um dia… Se assim é, bemvindo ao clube, ao clube das pessoas que nospreocupamos por nós mesmos. Isso é sinónimo de quereconhecemos os nossos erros e é bom e saudável,porque procuramos a maneira de melhorar e fazemo-lopor nós mesmo, e é o melhor que podemos fazer pelosnossos estudantes, superar-nos a cada dia, sem nosrendermos.

C.N.: ¿Existe essa preocupação?J.D.: Sim. Eu acredito que existe uma grande

preocupação na área da defesa pessoal, mas a boanotícia é a preocupação y o passo seguinte é quebraras barreiras do “mestre que sabe tudo”. Mudar demaneira de pensar, nem sempre tem de ser mau e essamudança pode fazer os sonhos realidade. Também setem de evoluir. Na medida em que o mundo se abre aosnossos olhos, vamos descobrindo que dentro destemundo há outros mundos, outras maneiras de ver,pensar, entender e viver a vida.

C.N.: É necessário saber varias Artes Marciais?J.D.: Não, não é necessário saber tudo e isso é

impossível! Mas há uns princípios básicos… O incrívelde aprender um método como o KEYSI, é o facto de

Keysi

El pasado mes de Noviembre en USA:Justo y Renne

“O ensino não se baseianas respostas, se baseianas perguntas. A educação

é o método que nospermite encontrar asrespostas a todas as

perguntas”

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que se não necessita saber tudo, só perceber e assimilarseus princípios e são estes os que proporcionam aessência de quem se é, com os próprios limites ehabilidades físicas, as barreiras, os prévios julgamentose a nossa força mental. Temos de aprender que nuncapoderemos controlar as nossas emoções; elas sãoincontroláveis, mas de certeza, reconhecendo-as, asvenceremos. Mas para isso temos de reconhecer que overdadeiro inimigo e o verdadeiro amigo estão dentronós. Quando reconhecemos e assimilamos estesprincípios, eles serão a pedra angular sobre a qualconstruir uma verdadeira e sólida base.

C.N.: De que maneira?J.D.: Existe uma maneira e é educar os que ensinam.

Mas primeiro temos de levar o pensamento numadirecção. Primeiro devemos aprender a educar-nos anós mesmos!!! Uma grande maioria de professores,acumulam centenas de técnicas, vão saltando detécnica em técnica, como se nisso lhes fosse a suareputação. O ensino não se baseia em respostas,baseia-se em perguntas e a educação é o método quenos permite encontrar as respostas a todas asperguntas… Perguntas sim! Não respostas!

C.N.: O que oferece o Keysi?J.D.: Quem sabe! Ler este artigo poderia ser um ponto

de partida, ou talvez alguém se zangue… e não é o meudesejo! No Keysi não encontraremos respostas externas,

educamos para encontrar respostas internas. O Keysinos ajudará a elaborar melhores perguntas. Saber o queé fundamentalmente significativo e porque se faz o quefaz, é a condição prévia para ser um bom professor.Quanto melhor se estabelecer qual é o objectivo do seuensino (a pergunta) antes se encontrarão as respostas.

C.N.: ¿Inconformista?J.D.: Total e completamente inconformista. ¿Serias

capaz de dar um só motivo pelo qual daqui a um ano,não tenhas conseguido fazer os teus sonhos realidade?A resposta é não. Não podes porque simplesmente osnão há. A chave é não te conformares com o que és edesejar o que serás.

Keysi

En Texas acompañado de Don Enric PanesConsul Geral da Espanha .

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • DVD/YANTI-1REF.: • DVD/YANTI-1

O Mestre Shaolin Shi Yanti é monge da 34ª geraçãodo Templo Shaolin de Songshan e discípulo directodo Venerável Abade Shi Yong Xin. Neste primeiro trabalho para Budo International, elenos apresenta Luohan Shibashou, uma das formas

básicas de mão nua mais antigas erepresentativas do Templo Shaolin.

Segundo o livro “Shaolin Quan Pu”,na Dinastia Sui, os monges

guerreiros de Shaolindesenvolveram uma série demovimentos simples,escolhidos de acordo comas “18 Estátuas deLuohan”, daquí o nome deLuohan Shi Ba Shou (18mãos de Luohan). Oestilo deste Taolu éespecial e em seusmovimentos contínuos,se apreciam nitidamentecombinações demovimentos reais eirreais, de defesa e contra-

ataque, e grande variedadede movimentos ocultos. As

principais técnicas de mãoneste Taolu, são as de palma e

sua aprendizagem exige uma muitoboa agilidade e coordenação, assim

como o domínio das posições Xubu,Dingbu, Gongbu e Mabu, e suas características.

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Frode Strom, Sifu en 3 estilos diversos de Kung-FuRepresentante Oficial Fu-Shih Kenpo en Drammen, Noruega.Frode Strøm Fu-Shih Kenpo Drammen Tollbugata 98 3041 Drammen (+47) [email protected]

Instructor Krzysztof AdamczykInstructor Nacional para Polonia y Noruega.Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega [email protected] 92520150

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Como fazer para ser instrutorde artes marciais na KUNG FUSCHULE MARTIN SEWER

Muita gente gosta de trabalhare se esforça dia após dia, emlevar a termo projectos, criarcoisas ou com o seu trabalhoajudar os outros. Em grandeparte dessas pessoas chama aatenção o que se deixa ver nassuas ambições e correspondenteêxito. Essa gente, no fundo temuma única vantagem, quandocomparadas com outra gente:agrade-lhes fazerem o que fazem. Paraalguns, esta circunstância de fazertodos os dias, o que se gosta de fazer, éum sonho inalcançável. Para o dizer dealguma maneira, o objectivo final. O quepara outros é o objectivo final, para aKUNG FU SCHULE MARTIN SEWER é ocomeço, ou digo por outras palavras, abase para muito mais.

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a KUNG FU SHULE MARTIN SEWER,que a alguém lhe agrade o que se fazcomo instrutor, é uma condição prévia.Fazemos o que gostamos edesfrutamos de cada uma das liçõesque damos. Nos agrada e desfrutamos

ensinando o Kung Fu autêntico e ajudamos a ter êxitoe acima de tudo, gostamos do nosso Kung Fu e de

praticar todos os dias a nossa arte. Se a ti, comopraticante de artes marciais, te acontecer o mesmo,então estás justamente no caminho para chegar a serum bom Mestre. Ser instrutor não é uma profissão, é

uma vocação e uma obrigação virtuosa frente aopróximo, tanto no caso de serem alunos ou não.

"Não serve de nada ser o melhor, o mais rápidoou o mais forte, se devido ao teu carácter

débil, ninguém quer saber nada contigo" Chiu Chi Ling

Quando nos meus anos moçoscomecei com as lições a ganhar um extra,os meus problemas económicos estavamna ordem do dia. Encontrei um homem jáidoso, o encarregado de um quiosque, comquem falava regularmente e me queixava daminha situação financeira. Ele me disse:

"Tens sorte, Martín. Com o teu trabalhoganhas três milhões por ano. Simplesmenteassim".

Surpreso com esta afirmação, pedi a eleque me explicasse. Ele me disse:

"Dando essas lições, estás a cada dia emmovimento e como constantemente tens dete treinar a ti mesmo para te manteres em

forma, tens automaticamente um corpoforte e musculado que outros invejam.

Quanto vale um corpo assim?Digamos que um milhão?"Compreendi e tive de anuirsorrindo. Ele continuou:"Naturalmente, tens um corposaudável. Estás em boa formafísica e vital e como posso ver,nunca estás doente Que valortem esta saúde? Digamosque um milhão? Então jáestamos nos dosmilhões". Assim, curiosase simples eram as suasexplicações, mas ohomem tinha razão.Realmente, eu nuncaestava doente!

Hung Gar

N

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O homem continuou: "E por último. A través do que fazes todos os dias, estás em contacto comgente de todas as idades, tu lhes ensinas a eles uma coisa e dos teus alunos, tu aprendes maissobre a vida. Que valor pensas que tem esta realidade? Mais outro milhão! Estása ver! Podes ser muito feliz!".

Depois desta conversa, os meus problemas económicos já o não eram...,mas eu era consciente da minha sorte e fui embora com um amplo sorriso,para seguir adiante.

Esta história, faz-me lembrar muito frequentemente que, na profissãode instrutor ou mestre, se trata de ir ao fundo do assunto e que o ensinoe o que se ensina, seja capaz de nos fazer realmente felizes.

Mas por muito amor pelo que fazemos, somos combatentes de artesmarciais orientados naturalmente, também na prática. Por isso, eu pensoque afinal, se precisa de dinheiro, se necessita um ordenado parapoder viver como mestres.

Talvez o leitor ande a pensar que gostaria de serinstrutor connosco, mas tem um trabalho e certasresponsabilidades. Se me perguntarem especificamentecomo podem fazer isto realidade, como têm de fazerexactamente, primeiro vejamos:

O facto de ser instrutor não excluiautomaticamente tudo o mais. Sim, muitos dos meuinstrutores fazem isso, trabalham para se fazeremprofissionais a tempo completo. Mas nós somosuma família de Kung Fu e nos ajudamos entrenós até onde podemos.

Com isto, também digo que um instrutorque ajuda o seu mestre na escola, uns diaspor semana, já é um instrutor perfeitamenteválido, pode ganhar dinheiro e aprofundar nasua paixão. Da mesma maneira se é profissionala tempo completo ou a tempo parcial, masquero chamar a atenção sobre os trêspontos que indiscutivelmente se têm deconsiderar, posto que em breve formaráparte do quadro de pessoal da KUNGFU SCHULE MARTIN SEWER:

1. SegurançaO meu Mestre me dizia acerca

deste assunto: "Onde um barcoestá mais seguro é no porto. Mas nãofoi construído para isso"

Age após ter pensado, sê cuidadosomas valente. As pessoas em teu redortalvez o não percebam e considerem o quetu andas a pensar como "demasiadamenteinseguro".

Isto acontecia nos meus começos. Hoje somosuma grande escola com êxito.

Sê valente e dá o primeiro passo. Há muita genteperto de ti que te vai ajudar, principalmente os teusinstrutores.

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Hung Gar

"Não serve de nadaser o melhor, o mais

rápido ou o mais forte,se devido ao teu

carácter débil,ninguém quersaber nada

contigo”

Chiu Chi Ling

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2.- CambioTalvez terás de reduzir mais o trabalho para te poderes

dedicar mais a ensinar? Planeja tudo previamente edirige as tuas opções. Uma mudança a profissional atempo completo, tem de ser planejada seguindodiversos passos. O melhor é preparar-se tambémfinanceiramente para uma fase de transição, na qualestejas a coberto em possíveis tempos de penúria.

3. FormaçãoDeves de ter uma visão exacta sobre a iminente

preparação e planeja com anterioridade, quando e o quequeres resolver. Procura toda a informação que estiverdisponível. Marca as tuas metas, que em um tempodeterminado queiras alcançar e avança para afrente, tudo o eficientemente possível. Assimeconomizas a longo prazo tempo, que afim de contas é dinheiro!

Na KUNG FU SCHULE MARTINSEWER é possível a partir da faixaverde (4° grau da escola elementar)começar com a formação deInstrutor. Os passos para chegar ainstrutor compreendem:

• Exercícios a aspirante adirector adjunto

• Exercícios a director adjunto • Instrutor• Instrutor sénior

Pelo caminho, a través dosdiversos degraus, se aprende tudo onecessário e interessante para a novavocação. Entre outras se encontramcoisas como cursos de primeirosauxílios, bases de filosofia e medicina,assim como as ferramentas de ensinonecessárias para dar uma lição comêxito.

O final do ensino elementar deinstrutor é o Curso de Instrutor 1.Com o aprovado deste curso, seestá em condições de ensinar auma aula e precisamente noalto nível em que os alunosda KUNG FU SCHULEMARTIN SEWER estãohabituados.

Muita sorte para ti!

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“O que dá a beleza ao deserto é que em alguma parte,esconde um poço de água”

Antoine de Saint-Exupery

“O que sabemos é um pingo de água; o que ignoramosé o oceano”

Isaac Newton

Fluir não quer dizer ser descuidado; a água o não é. Não deixacanto sem cobrir, a tudo chega! Dizem os Asturianos que a águatem “um focinho muito fino”. Sem presa, adaptando-se àscircunstâncias, a água é a metáfora da persistência e daadaptabilidade extremas. O paradigma da mydança na forma, semtransformar a essência. O água cataliza a vida, sem ela, a terra seca e fica ermo, o fogo sem

controlador, tudo inunda e o ar, transformado em tormenta de areia, nãopode levar a fertilidade das nuves, nem a força das mudanças. Até ometal é torneado com seu uso nas forjas! A água nos conforta, nos limpa, nos abençoa. Molhados

nos rios do momento, nadamos, lutamos, naufragamos. Fluir, adaptarse às barreiras, correr para baixo, não

se opôr a nada, a água é a perfeita analogía dahumildade, da adaptação e do não conflicto. Aágua vence sem objectivo; seguindo a suanatureza, rodeia qualquer obstáculo e nosensina a como vencer, mas com sabedoria,sem desgaste, sem perder de vista oobjectivo. O que é uma rocha no caminho?O que é uma montanha? Até quando nãohá saída, ela se filtra ou se evapora. Nadadetém o seu destino.O río da vida me deixou nas minhas

margens estos textos, que hojecompartilho como livro. E digo que“deichou”, porque toda autoría équando menos confusa, pois todosdevemos àqueles nos precederam,aos que nos inspiraram e inspiram,as flutuantes nuvens doinconsciente colectivo e até, quemsabe!, os espíritus econsciencias que nos rodeiam. Não tenho nada que

ensinar, porque nada sei, peroa quem quizer escutar asminhas palavras, lhe deixoaquí sinceras reflexões,sentidas, cada día maissentidas e menos pensadas,porque o pensamento nosengana vendo o que quer vere dele aprendi a suspeitar.

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Jeet Kune do

Jun Fan Jeet Kune DoO caminho da minha vida

Há um momento único, irrepetível na vida, quando o homem entra no mundodesafiando tudo e todos, sem reservas. Nesse momento, transforma a monotonia davida em um sonho sem limites; Nesse instante começa a existência de um novo ediferente conceito da vida, um novo caminho, um novo mundo no qual ver as coisasfora dos estreitos limites do possível e assim é que, como por magica, o homemimensidão virtual e íntima, procura a sua vida.

Isto é o que me sucedeu durante a minha vida marcial e quando festejei osquarenta anos de prática assídua. Descobrir o Jun Fan Jeet Kune Do, a maravilhosaArte Guerreiro e filosófica, criado por Lee Jun Fan (Bruce Lee) na minha opinião,mostra com exactidão o futuro das novas gerações de artistas marciais, porque

está ligada a uma possibilidade específica de renovação interior ou a umacapacidade potencial por parte dos professores, de nesta época se

abrirem a visões mais completas do conceito da rua, respeitando ocódigo marcial antigo, de acordo com as ensinanças dos

antigos mestres.Actualmente, após ter fundado como Presidente, aUnião Italiana de Kung Fu Tradicional, resolvi levaravante um ambicioso projecto, o desenvolver dentroda organização, através de um programaampliado, o autêntico caminho marcial de BruceLee, o Jun Fan Gung Fu, desde Oakland, até osnossos dias, com uma revisão cuidadosa doseu pensamento, das suas técnicasoriginais, do seu estilo “não-estilo” e dosprincípios e conceitos da suarevolucionária e avançada arte decombate. O meu desejo é juntar ospraticantes e entusiastas do Jeet KuneDo, baixo uma só bandeira, a daUnião Italiana de Kung Fu Tradicional,fundada e representada por mim.Que seja uma verdadeira família deinvestigadores marciais, dedicadaúnica exclusivamente adesenvolver e a ensinarsistemas de combate devanguarda.

A arte do Pequeno Dragãoterá finalmente o seu lugarbem definido. Isto é para daroportunidade a que sedesenvolva um programaconjunto, dedicado àpesquisa global doconhecimento, através deseminários e cursos, na Escola

do Desporto do CONI e Templodas Artes Marciais. Trata-se de

assegurar um apoio didáctico, deformação de alta qualidade.

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Jeet Kune Do,o caminho do punho interceptor

“Em memória de Larry Hartsell, meu Sifu e promotor”

Tenho uma dívida de gratidão com todos os meus Mestres e com as pessoas que contribuíram à formação dasminhas ideias, transmitindo-me os conceitos e a filosofia das suas sublimes Artes de Combate: - Scott Dobss (que me introduziu nos conceitos do JKD, de Inosdanto). - Guru Sifu Larry Hartsell (aluno directo de Bruce Lee), a pessoa que mais contribuiu na minha formação em JKD,

como mestre e promotor. - Patrik Strong (aluno de primeira geração de Bruce Lee), a quem devo o conhecimento mais profundo do JKD. - Taky Kymura (aluno de primeira geração de Bruce Lee), que me deu a conhecer a origem do JKD, através do estudo

do Jun Fan Gung Fu.- Tim Takett (uma pessoa que eu chamo “o Professor do JKD”, por seu cuidadoso análise através da pirâmide do JKD. - Erik Paulson (aluno destacado de Larry Hartsell, que conheci em sua casa de Los Ángeles e veio à minha escola em

Roma).- Carlos Hernández (que me transmitiu a fantástica interpretação do JKD PFS de Paul Vunak).- John Machado (um dos grandes intérpretes do sistema de combate mais avançado do século, o Jiu Jitsu Brasileiro.

Foi várias vezes convidado na minha escola.- Ajarn Yodtong Senanan, verdadeira lenda do Muay Thai Boran (ponto de referência da minha escola, através de

seminários na Tailândia e na Itália).- Choo Kenzyng (meu primeiro mestre de Kung Fu, a quem devo o profundo conhecimento da Arte da Guerra).- Richard Douieb (um dos maiores especialistas do mundo, em Krav Maga), convidado várias vezes na minha escola e

na minha casa.- Sifu Sérgio Iadarola, uno dos mais grandes estudiosos do Wing Chun (que me introduziu na origem do sistema,

através de aulas dadas por seus ajudantes e a participação na sua acampada de Verão).- Paolo Delisio (um dos grandes interpretes da gestão do corpo, no sistema de Yip Man), e meu grande amigo.

“Tenho uma dívida degratidão com todos os

meus Mestres e aspessoas que

contribuíram áformação das minhas

ideias, transmitindo-meos conceitos e a filosofia

das suas sublimesArtes de Combate”

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Jeet Kune do

- William Cheung (ele introduziu Bruce Lee na escola de Yip Man. Foi hóspede na minha escola e promotor, assimcomo protagonista do “regresso” do Wing Tsun a Shaolin, viagem em que participei pessoalmente, conhecendo ainterpretação de Wing Chun na sua terra de origem.- Li Rong Mei (minha amiga e mestra de Tai Ji).- Tuhon Ray Dionaldo, fantástico intérpetre das Artes do Sudeste Asiático (meu mestre de Kali e Artes Marciais

Filipinas), convidado frequente da minha escola.- Tommy Charruters (um dos melhores interpretes do JKD original de Ted Wong).- Fries Michael (meu primeiro mestre de Wing Chun). - etc., etc.…

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AS QUATRO DISTÂNCIAS DE COMBATEA distância dos pontapés

Em termos de relações espaciais entre nós e o adversário (que neste caso, são as únicas coisas que importam) adistância dos pontapés se define como a distância desde a qual se pode bater eficazmente no adversário, com aspernas.As distâncias de pontapés e socos são flexíveis, e dizendo flexíveis me refiro a que estão determinadas pela

habilidade do praticante e por suas características físicas. Em geral, quanto maior seja a distância que possamos cobrircom as nossas armas naturais, maior será a eficácia do nosso ataque. Se podemos bater a uma distância da qual onosso oponente não possa fazer o mesmo, então tenremos uma vantagem importante, ainda que não decisiva.Nesta distância, seleccionamos técnicas tomadas do Muay Thai, do Savate e do Wing Chun.

1. Pontapé frontal com a perna adiantada. 2. Pontapé frontal com a perna atrasada.

As 4 distâncias de combate - Parte 1DISTÂNCIA DE PONTAPÉS

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Jeet Kune do

3. Pontapé em rotação. 4. Pontapé em rotação.

“Em termos de relações espaciais entre nós e oadversário (que neste caso, são as únicas coisas

que importam) a distância dos pontapés se definecomo a distância da qual se pode bater

eficazmente no adversário, com as pernas”

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Wing Chun

1. Ataque de punho vertical com esquiva de passo em tesouras.2. Saída lateral e pontapé às articulações.

Savate

Pontapé em chicote aos genitais.Pontapé obliquo ao joelho.Golpe de parada às articulações.

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Jeet Kune do

A distância dos punhosEsta distância se conhece como distância pugilística. As ferramentas que utilizamos nesta distância são as do

Boxe e o Wing Chun, mas mais uma vez, vamos a definir esta distância em termos de relações espaciais.Nos encontramos na distância de batimentos cuando podemos atacar o adversário com o punho do braço

adiantado, dando meio passo adiante; se podemos chegar al contacto sem avançar, então estamosdemasiadamente perto e portanto, a esta distância podemos utilizar todo o repertório técnico do Boxe Ocidental edo Wing Chun, tratando de usar simultaneamente ambos sistemas de combate na nossa acção ofensiva.

1. Jab ao olho2. Jab3. Directo

1. Jab. 2. Directos de direita. 3. Gancho de esquerda. 4. Gancho de direita. 5. Uppercut. 6. Uppercut de direita. 7. Defesa com torso-flexão à direita. 8.

Defesa com torso-flexão à esquerda. 9.Defesa de gancho esquerdo. (Pêndulo). 10.Defesa com desliçamento sobre o ombro.

DISTÂNCIA DE PUNHOS

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¿Pode unir-se finalmente o Wushu Kung Fu?A resposta é "SIM". NASCEU A UNIÃO!O que para MUITOS só era um SONHO se tornou uma

realidade!

NASCEU A UNIÃO, AGORA DEPENDE DE TODOS NÓS,OS PRATICANTES, INCLUINDO AQUELES QUE NÃOPARTICIPARAM DESDE O PRINCÍPIO, TORNAR-NOSPARTE DELA E FAZE-LA CRESCER PARA DAR À NOSSAARTE UM MELHOR FUTURO UNITÁRIO.

NACIDOS PARA O TRABAJO DURO

UIKT: Unione Italiana Kung FuTradizionale - WTKF: World TradicionalKung Fu Federation.

Demos vida a um gran projecto, o nascimento de a UniãoItaliana de Kung Fu Tradicional, uma organização que temcomo único objectivo a unificação e a promoção doautêntico Kung Fu tradicional na Itália, na Europa e em todoo mundo.A alma desta federação é a PAIXÃO pelo Kung Fu

Tradicional, frequentemente mascarado por operações demarketing.A associação deseja representar a antiga Arte Marcial que

em seus diferentes estilos, é compartilhada por milhares depraticantes em todo o mundo.Hoje, o panorama nos apresenta diversas realidades, cada

uma com seu próprio ideal, cada uma com a necessidad deter um ponto de referência, uma voz comum que junte osrepresentantes legítimos do Kung Fu tradicional. Esta é anossa intenção.Queremos ser uma comunidad marcial colaboradora para

que suejam novas escolas e proteger as já existentes,recebendo a quantas outras realidades se queiram aderir.Temos responsabilidades importantes, e a primera de

todas é a de garantir que os estilos sejam dados a conhecerde acordo com as ensinanças dos antigos mestres,mantendo inalterada a arte que os distingue e que lhes dávalor em su singularidade. Com a anuência de muitos mestres e da comunidade

marcial tradicional chinesa, nos encaminhamosorgulhosamente ao nosso segundo ano federal, durante oqual esperamos dsenvolver uma grande actividade e estarpresentes em todo o território nacional.Para construir esta realidad, necesitamos a tua ajuda e

colaboração. Se praticas um estilo tradicional, já podesentrar a formar parte da nossa grande família, serás bemvindo e podes contribuir com teu sentido de pertença.Podemos contar com o apoio da “World Traditional Kung FuFederation” (Federação Mundial de Kung Fu Tradicional) eas muitas associações chinesas tradicionais existentes, comas quis já estamos em irmandade.

O PresidenteAissandro Colonnese

Despertar o Espírito marcial

Em cantonês: Sen Mo Jing SanMandarim: Shang Wu Jing Shen

Respeita o Caminho! Respeita oMestre

Em cantonês: Usted Zhun Chun TouMandarim: Zhong Shi Zun Dao

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Jeet Kune do

Nova geração de Instrutores da Academia Jun Fan Jeet Kune Do.

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Todos os DVD's produzidos porBudoInternationalsão realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares)e aimpressão das capas segueas maisrestritasexigências de qualidade(tipo depapel e impressão).Também,nenhum dosnossos produtosécomercializado atravésde webs de leilõesonline.Se este DVD não cumpre estasexigências e/o acapa ea serigrafia nãocoincidem com a queaquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.

REF.: • DVD/FEH-1 REF.: • DVD/FEH-1

José Manuel Reyes Pérez, 7ºDan de Hapkido pelaWorld Hapkido Federation (WHF), membro da JuntaDirectiva da WHF, Director Internacional para a EuropaOcidental e Presidente da Federação Espanhola deHapkido (FEH), nos apresenta no eu primeiro DVD, um

completo tratado acerca das técnicas que fazemgrande esta Arte Marcial tradicional

Coreana, mediante o legado que lhetransmitiu directamente o Grão

Mestre Kwang Sik Myung, 10ºDande Hapkido.

O Hapkido é a Arte da DefesaPessoal Dinâmica porexcelência, onde seconjugam velocidade efluidez, junto com apreparação física, atécnica, a respiração, ameditação e o cultivo daenergia interna. Uma arteque contempla umagrande variedade detécnicas com e sem armas,combina defesas e ataques,

entre as quais se incluemtécnicas de perna, joelho,

punho, cotovelo, projecções,estrangulamentos e acima de

tudo, as técnicas de luxação.Neste trabalho, o Mestre Reyes nos

mostra os exercícios de respiraçãoDanjon Hop, os ataques com o braço

Gonkiok Sul, as técnicas de perna duplas etriplas Jok Sul, a defesa pessoal Ho Shin Sul, as

técnicas de ataque e defesa com pau curto Dan Bong ea defesa contra faca. Um completo trabalho sobre umaArte, o Hapkido, o caminho para harmonizar a energia,cuja prática ajuda a melhorar em grande medida, anossa saúde, tanto física como mental, proporcionandoao praticante vitalidade, energia, autoconfiança, caráctere personalidade.

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Sempre tendo como pano de fundo o Ochikara, “a Grande Força” (denominada e-bunto na antiga língua dosShizen), a sabedoria secreta dos antigos xamãs japoneses, os Miryoku, o autor leva a um mundo de reflexõesgenuínas, capazes de ao mesmo tempo mexer com o coração e com a cabeça do leitor, situando-nos perante oabismo do invisível, como a verdadeira última fronteira da consciência pessoal e colectiva.

O espiritual, não como religião mas como o estudo do invisível, foi a maneira dos Miryoku se aproximarem domistério, no marco de uma cultura tão rica como desconhecida, ao estudo da qual se tem dedicado intensamente oautor.

Alfredo Tucci, director da Editora Budo International e autor de grande número de trabalhos acerca do caminhodo guerreiro nos últimos 30 anos, nos oferece um conjunto de pensamentos extraordinários e profundos, quepodem ser lidos indistintamente, sem um ordenamento determinado. Cada um deles nos abre uma janela pela qualcontemplar os mais variados assuntos, desde um ângulo insuspeito, salpicado de humor por vezes, decontundência e grandiosidade outras, nos situa ante assuntos eternos, com a visão de quem acaba de chegar enão comunga com os lugares comuns nos que todos estão de acordo.

Podemos afirmar com certeza que nenhum leitor ficará indiferente perante este livro, tal é a força e a intensidadede seu conteúdo.

Dizer isto já é dizer muito em um mundo cheio de manjedouras grupais, de ideologias interessadas e demanipuladores, e em suma, de interesses espúrios e mediocridade. É pois um texto para almas grandes e pessoasinteligentes, prontas para ver a vida e o mistério com a liberdade das mentes mais inquietas e que procuram ooculto, sem dogmas, sem morais passageiras, sem subterfúgios.

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O Major Avi Nardia - um dos principais instrutores oficiaisdo exército e da polícia israelitas no campo da luta contra o

terrorismo e a CQB - e Ben Krajmalnik,realizaram um novo DVD básico que

trata sobre as armas de fogo, asegurança e as técnicas de treino

derivadas do Disparo Instintivoem Combate, o IPSC.

O Disparo Instintivo emCombate - IPSC (InstinctivePoint Shooting Combat) éum método de disparobaseado nas reacçõesinstintivas e cinemáticaspara disparar emdistâncias curtas, emsituações rápidas edinâmicas. Umadisciplina de defesa

pessoal para sobrevivernuma situação de ameaça

para a vida, onde fazem-senecessárias grande rapidez e

precisão. Tem de se empunhara pistola e disparar numa

distância curta, sem se usar a vigia. Neste primeiro volume se estudam: o

manejo da arma (revólver e semi-automática); prática de tiro em seco e a segurança;

o “Point Shooting” ou tiro instintivo, em distância curta e emmovimento; exercícios de retenção da arma, sob estresse emúltiplos atacantes; exercícios de recarga, com carregador,com uma mão e finalmente, práticas em galeria de tiro compistolas, rifles AK-74, M-4, metralhadora M-249 einclusivamente lança-granadas M-16.

REF.: • KAPAP7REF.: • KAPAP7 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.