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Revista Portuária - 9 Novembro 2015
4 Novembro 2015 Economia&Negcios
Editora Bittencourt
Rua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itaja
Santa Catarina | CEP 88303-020
Fone: 47 3344.8600
Diretor
Carlos Bittencourt
Diagramao:
Solange Alves
Redao:
Carla Superti
Foto de Capa:
Eduardo Marquetti
Capa:
Leandro Francisca
Contato Comercial
Rosane Piardi - 47 8405.8776
Elogios, crticas ou sugestes
Para assinar: Valor anual: R$ 300,00
A Revista Porturia no se responsabiliza por
conceitos emitidos nos artigos assinados, que
so de inteira responsabilidade de seus autores.
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twitter: @rportuaria
ANO 15 EDIO N 189Novembro 2015 EDITORIAL
Comercial para todo o Brasil
VIRTUAL BRAZIL Ltda+55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473
MAIL: [email protected]: [email protected]
Prejuzos por todos os lados
O ms de outubro trouxe danos para o sul do Brasil. Em Santa Catarina, as chuvas deixaram estragos por onde passaram, abalando diversos setores da economia. Fe-lizmente, Itaja e regio no foram atingidas por enchentes. Os alagamentos existiram isoladamente, prejuzo claro em termos de infraestrutura, mas ainda em propores menores, por en-quanto. Mesmo assim houve consequncias.
O fechamento total ou parcial do canal de acesso ao Complexo Porturio do Itaja durante mais de 20 dias causou consequncias que abalaram todos que dependem dessa fatia da economia, a mais forte da regio. Estaleiros, terminais por-turios, armadores, exportadores e importadores foram os prin-cipais prejudicados. Somente a cadeia logstica soma cerca de R$ 60 milhes em perdas. Mais de 30 embarcaes deixaram de atracar por aqui neste perodo.
Situao causada pela chuva quase constante, que ele-vou o nvel e a correnteza do rio Itaja-Au. Mais um captulo desanimador da novela que o Porto de Itaja faz parte nos lti-mos meses. A paralisao nas obras da nova bacia de evoluo e manuteno do canal, que poderia ter deixado a situao menos catica em outubro, o desinteresse com que o poder pblico nacional tem tratado o porto _ no se sabe ainda se haver liberao para a antecipao do arrendamento da APM Terminals _entre outros fatores refletem em todo o setor eco-nmico, dependente direto das operaes realizadas no Com-plexo Porturio de Itaja.
O que se deve pensar que contra a natureza pouco se pode fazer. No h como brecar o El Nio e impedir que tenha-mos um vero chuvoso. O que se pode e deve, no entanto, tomar providncias para que os danos sejam cada vez meno-res. No adianta apenas uma Defesa Civil preparada e atuante para retirar as pessoas de suas casas se no houver recursos para ajud-las a reconstruir suas vidas aps uma catstrofe. Com chuva ou sem chuva o municpio precisa estar bem para cuidar de seu povo.
Economia&Negcios Novembro 2015 5
TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAES28 anos transportando com agilidade e rapidez
20 Na contramo da crise, comrcio projeta crescimento
8ENTREVISTAPresidente da Praticagem defende a necessidade de investimentos no Complexo Porturio do Itaja
Marina de Itaja recebe embarcaes de regata e comea a operar neste ms
SumrioDivulgao
Carla SupertiD
ivulgao/Agncia A
INAUGURAO39
11 LUTAEmpresrios do sul ligados pesca elaboram documento com demandas urgentes do setor para o MAPA
18 RANKINGPesquisa aponta Balnerio Cambori como melhor cidade em desenvolvimento e uma das mais indicadas para negcios
12 DLAREntenda como a alta da moeda durante o ano reflete nos setores de importao e exportao
48 COMRCIOHorrio diferenciado de fim de ano comea na primeira semana de dezembro
50 PORTO DE ITAJACadeia logstica tem R$ 60 milhes de prejuzos em outubro
52 IMVEISMercado de luxo atrai construtoras e investidores em Itaja
6 Novembro 2015 Economia&Negcios
Uma pesquisa feita pela Fundao Getulio Vargas (FGV) revela que a maioria dos brasileiros tem o empreendedorismo e a vivncia no exterior como prioridades para o futuro. O estudo, conduzido durante a 11 edio do Like the Future, em So Paulo, foi feito com 290 pessoas e ainda mostra que de maro a setembro a si-tuao do brasileiro mudou. Houve um aumento de 2% na atuao em carreira executiva e 2% no empreendedoris-mo, passando para 28% e 60%, respectivamente. Tambm foi observada queda de 3% na participao em empresas familiares, que ficou em 9%.
Quando questionados sobre os prximos 10 anos, o nmero de aspiradores ao empreendedorismo sobe para 81%, um aumento de 5% comparado pesquisa de maro deste ano. Ao mesmo tempo, carreira executiva e empre-sa familiar perdem ainda mais adeptos, somando apenas 13% e 4%, respectivamente. A vivncia no exterior ou-tro item que chama ateno na pesquisa como prioridade
para os prximos anos, com um aumento de 6%, corres-pondendo por 14% das respostas.
Ao serem questionados sobre as dificuldades para empreender, a pesquisa aponta o ambiente favorvel como o principal ponto, com 33%, aliado ao capital neces-srio, apontado por 29% dos entrevistados. Entre outros nmeros, mostrou ainda que experincia (17%), capacita-o (15%) e contatos (7%) no dificultam o momento de empreender.
E, apesar da crise econmica, a crena em um futuro melhor, como apontaram 65% dos entrevistados. A pesquisa divulgada em outubro refora tambm que a educao a rea que mais precisa de melhorias (54%). Ao mesmo tempo em que a poltica foi indicada como um item relevante com um aumento de 26% para 31%, a in-fraestrutura baixou de 15% para 10%. Sade e segurana que, na ltima pesquisa, somaram 3% dos votos, recebe-ram o dobro (6%) este ano.
Empreendedorismo est em alta entre os brasileiros
Divu
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8 Novembro 2015 Economia&Negcios
ENTREVISTA: Alexandre Gonalves da Rocha
As discusses envolvendo o Complexo Porturio de Itaja so longas. Falta de investimentos, atraso na bacia de evoluo, dragagem interrompida so al-guns dos assuntos mais comentados nos ltimos meses. O canal de acesso aos terminais e estaleiros da regio ficou mais da metade do ms de outubro fechado ou com ma-nobras restritas, o que influencia diretamente armadores, prticos, cadeia logstica e os prprios terminais.
O presidente da Praticagem, Alexandre Gonalves
da Rocha, falou em entrevista Revista Porturia sobre os desafios enfrentados pelo Complexo Porturio e pela categoria na regio, composta hoje por 14 prticos. Ba-charel em Cincias Nuticas, com ps-graduao em Se-guro Martimo feita na Sucia em 2007 e em Sistemas de Gerenciamento de Segurana e Qualidade concluda em 2012 no Rio de Janeiro, Rocha tem 17 anos de profisso. Como prtico, tem, com os outros profissionais do setor, a funo de auxiliar o navio a manobrar com segurana
Estamos entre os primeiros a parar quando comea a chover mais e ficamos
entre os ltimos a voltar normalidade
Presidente da Praticagem de Itaja fala sobre os problemas enfrentados pelo Complexo Porturio e a falta de investimentos
Carla Superti
Economia&Negcios Novembro 2015 9
ENTREVISTA: Alexandre Gonalves da Rocha
Rua Brusque, 337 - Itaja - SC
no trfego intenso e condies ambientais desfavorveis. Isso tudo depois de um lon-go e meticuloso treinamento.
Revista Porturia Como a para-lisao da dragagem est interferindo no canal de acesso ao Porto?
Alexandre Gonalves da Rocha - Ainda no possvel dizer exatamente como ela est interferindo porque a gente tem uma situao muito dinmica do rio. Ns sabemos que houve uma perda de profundidade, mas isso uma situao transitria, pode mudar, ainda tem muito material para descer. Nesse momento muito cedo dizer o tamanho do dano que se pode atribuir falta de dragagem. Na verdade, nesse momento pode ser impos-svel.
Revista Porturia Itaja sempre teve esse problema das chuvas. Quando chove no se pode manobrar navios de tamanho algum. Isso ocorre em outros lu-gares do Brasil?
Alexandre Gonalves da Rocha Por rio, ns somos os que temos mais problemas. Mas o porto de Rio Grande, por exemplo, tambm fica fechado por causa do vento, da corrente que chegou a seis ns nos ltimos dias l. Mas a gente tem uma certa previsibilidade de quando chove, de quando a corrente vai ficar mais intensa. Ento possvel se preparar para esse tipo de coisa.
Revista Porturia Recentemente voc comentou que a anlise do nvel do rio Itaja-Au desconsidera a operao por-turia. Como isso pode mudar?
Alexandre Gonalves da Rocha Isso requer uma interao maior entre quem toma conta do nvel do rio e ns. A gente est longe, muito afastado do Alto Vale, e as decises acabam sendo toma-das priorizando certos fatores que no so os mesmos que os nossos. O que a gente quer no que os interesses a serem pro-tegidos de todo mundo que est no rio se-jam prejudicados por causa do porto. Mas que o interesse do porto e quem trabalha nele seja levado em considerao tambm j que um prejuzo que se toma. A gente est entre os primeiros a parar quando co-mea a chover mais e ficamos entre os l-timos a voltar normalidade. Deve haver algum modo de fazer com que isso mude.
Revista Porturia O principal risco com a correnteza o barco bater o casco no fundo do canal, correto? Isso j ocorreu aqui no Complexo Porturio?
Alexandre Gonalves da Rocha Sim. Aconteceu no passado, em 1997 houve uma situao parecida. Foi em um outubro, praticamente na mesma poca do ano.
Revista Porturia Como toda a obra da nova bacia levar 18 meses, se no atrasar, no de se esperar que a nova bacia j comece a operar defasada em relao ao tamanho dos navios?
Alexandre Gon